sexta-feira, 25 de junho de 2004

.: Resenha de "Mãe: A História de Maria"

Os mistérios de Maria
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2004


A figura sagrada da mãe é reverenciada há longos tempos pela humanidade. No entanto pouco se sabe sobre a mãe dos cristãos, a Virgem Maria que se tornou mãe de Deus Filho. A editora Mercuryo reuniu pela primeira vez, textos históricos (Proto-Evangelho de Tiago e o Tratado de São João Evangelista) para mostrar detalhes da vida de Maria. "Mãe: A História de Maria" reconstrói a história da Virgem de Nazaré numa edição luxuosa de 84 páginas coloridas, em papel couché e com capa dura em papel couché fosco. O livro conta toda a história de Maria desde o nascimento à assunção.

"MÃE" nos permite conhecer os pais de Maria: Ana e Joaquim. O livro traz revelações que vão desde que Jesus tenha nascido numa caverna e não num estábulo à escolha de José como esposo de Maria em que todos os viúvos levaram os seus bastões, e como no de José saiu uma pomba e se pôs a voar sobre a cabeça dele, a ele coube a sorte de receber a custódia da Virgem Maria. 

As passagens da vida de Maria estão todas registradas neste livro. A festa do nascimento de Maria na casa de seus pais; a visita dos três reis magos à caverna onde nasceu Jesus; a reunião dos apóstolos para acompanhar Maria, quando Jesus veio buscá-la para subir aos céus. 
Além da história de Maria o livro traz belíssimas ilustrações do aluno da Associação Rodrigo Mendes (Escola de Artes Plásticas de Jovens Artistas Portadores de Deficiências Físicas ou de Baixa Renda) João Batista. Na compra de um exemplar da obra uma porcentagem da venda de cada livro que custa R$25,00 será revertida para a Associação e para o autor das imagens. 

"MÃE" é uma boa dica para presentear a sua mãe ou as futuras mamães que você conhece. Para o fundador da Associação Rodrigo Mendes, Rodrigo Hubner Mendes a obra, "além de revelar ao leitor detalhes sobre a vida da Virgem Maria praticamente desconhecidos pela maioria do mundo contemporâneo, este livro permeia, a todo o tempo, a imensurável importância desempenhada pela figura materna durante toda e qualquer passagem da civilização humana". Para saber mais sobre o livro basta acessar www.mercuryo.com.br e caso queira ajudar esta associação, para ter maiores informações acesse www.arm.org.br

Livro: Mãe: A História de Maria
84 páginas
Editora: Mercuryo

quinta-feira, 24 de junho de 2004

.: Resenha de "Lisbela e o Prisioneiro", Osman Lins

Lisbela, o prisioneiro e o sucesso
Por: Helder Moraes Miranda

Em junho de 2004


Se você gostou do filme dirigido por Guel Arraes e encenado por Débora Falabella e Selton Mello nos papéis principais, irá se surpreender ainda mais com o livro, que supera o já excelente longa-metragem. 

Esta nova edição do romance escrito por Osman Lins, publicada pela Editora planeta, conta com pósfacio de Sandra Nitrini, doutora em teoria literária e literatura comparada na USP. 

Autoridade no assunto, ela comenta sobre a vida e obra do escritor e explica a comédia "Lisbela e o Prisioneiro", além do processo criativo e situação em que a peça foi escrita. 

Para quem conhece a obra densa de Osman lins, a leveza desta publicação serve como contraponto à obra do autor, que neste livro abusa de situações hilariantes, expressões e ditados populares, além de uma linguagem que recria os diálogos nordestinos com muita ternura e comicidade. 

Ao contar a história de amor entre Lisbela , a mocinha da trama, e do prisioneiro Leléu, Osman Lins descreve como ninguém a cultura popular e transforma a literatura em um precioso resgata da cultura nacional. Lisbela e o Prisioneiro foi a primeira peça escrita por Osman Lins, levada com sucesso para o teatro, celebrada em especial de televisão e agora no cinema, com absoluto sucesso de bilheteria enquanto esteve em cartaz, sendo assistido por mais de dois milhões de espectadores. Os números não mentem a qualidade, a arte nacional agradece.

Livro: Lisbela e o Prisioneiro
Autor: Osman Lins
Editora: Planeta do Brasil

quarta-feira, 23 de junho de 2004

.: Resenha de "Férias! ", Maryan Keyes

Férias! faz Maryan Keyes superar a síndrome do segundo livro
Por: Helder Moraes Miranda

Em junho de 2004


Toda escrita é autobiográfica? Para Marian Keyes parece que sim. Seguindo a bem-sucedida fórmula de "O Diário de Bridget Jones" (Helen Fielding, Ed. Record), a escritora vem aglomerando admiradores ao se especializar em escrever os problemas de mulheres comuns: personagens que não são exatamente beldades, têm problemas de auto-estima baixa como qualquer mortal, e contas a pagar. 

Em seu segundo best-seller, "Férias!", o universo das drogas é o foco principal. Alternando senso de humor com cenas desconcertantes, a autora se mostra mais amadurecida e ousada ao experimentar situações-limite em sua escrita adocicada Não deixa de ser uma tarefa árdua para uma mulher, advogada que nunca exerceu a profissão, que só obteve o sucesso quando largou as drogas. 

Lançado no País pela Bertrand Brasil, Férias! promete surpreender os fãs, já arrebatados com o mega-sucesso editorial anterior, "Melancia", que ano passado e retrasado ficou nas listas dos mais vendidos nos principais periódicos do mundo. 

O novo romance segue a mesma fórmula do primeiro livro, mas revela uma Marian Keyes mais ousadinha e com mais liberdade do que a descompromissada estreante do primeiro livro, ainda não aclamada pelo público e crítica, que sequer sonhava em ser uma celebridade, muito menos em vender suas próximas obras a peso de ouro, por onde são publicadas. A diferença está na responsabilidade de manter o público e o patamar de Melancia, na nova empreitada, e conseqüentemente atrair novos leitores. 

Com abordagem leve, Marian se aventura a colocar o dedo na ferida, misturando cenas de puro deleite irônico com a descrição de imagens contundentes, como cenas sugeridas de overdose e o dependente químico que agride fisicamente a esposa e não admite o que faz. Ela também se permite descrever cenas de sexo com uma precisão de detalhes bem mais corajosa do que no primeiro livro. 

O enredo poderia ser considerado banal, já que Férias! é praticamente uma continuação de Melancia. Para ter idéia, a personagem principal, Rachel, é irmã da protagonista do primeiro livro, Claire. Os enredos dos romances se assemelham: enquanto Claire tem que voltar para casa por ter sido abandonada pelo marido ainda na maternidade, logo após dar a luz à primeira filha, Rachel retorna para a casa dos pais porque é viciada em drogas. 

Ela perde o emprego, é abandonada pelo namorado, pela amiga e é obrigada pelo pai a se internar em uma clínica para dependentes químicos na Irlanda. Pensando que se tratar e tirar férias em um spa, com saunas, academias e banheiras de hidromassagem, Rachel se decepciona a perceber que o lugar não oferece nada do que esperava. Para piorar a situação, ela, disposta a se vingar do ex-namorado – o brega Luke Costello -, se envolve com um dos pacientes da clínica, Chris, que tem um passado duvidoso. 

Uma coisa é certa: ela não é escritora de uma só obra, e passou pelo obstáculo que pode acabar com a carreira de muitos escritores da nova geração: superar, em termos de escrita e enredo, o antigo sucesso depois de ter escrito algo genial. 

Marian Keyes escreve sobre o cotidiano, o que poderia ser considerado banalidade para os críticos de plantão, mas ela aproveita, deita e rola em seu diferencial: a atitude das personagens. Mais que uma boa leitura, o livro nos proporciona o aprendizado de que as adversidades devem ser enfrentadas com senso de humor e respeito às diferenças de cada um.

Livro: Férias!
Título Original: Rachel´s Holiday
Autora: Marian Keyes
118 páginas
Ano: 2004
Tradução: Heloísa Maria Leal
Editora: Record

terça-feira, 22 de junho de 2004

.: Resenha de "Sentimento do Mundo", Carlos Drummond de Andrade

Sentimentos de um poeta
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2004


"Tenho apenas duas mãos./ e o sentimento do mundo, / mas estou cheio de escravos, minhas lembranças escorrem/ e o corpo transige/ na confluência do amor". Este é o trecho inicial da poesia "Sentimento do Mundo", a qual intitula uma das grandes obras de Carlos Drummond de Andrade.

A quarta edição da Record (2004) traz as poesias da obra Sentimento do Mundo, cronologia e uma vasta bibliografia, que pode ser também consultada, para melhor entender a poesia de Carlos Drummond de Andrade.

"Drummond, capaz de pegar o lugar-comum e dele fazer gato e sapato, fonte inesgotável de achados poéticos de fôlego. Só não foi indicado para o Nobel porque não quis. [...] Um mundo que o leitor quando começa a descobrir não consegue parar. O sujeito é um mundo, que cumpre explorar, descortinar, com a ajuda do espelho fornecido pela poesia de Carlos", assim diz Ítalo Moriconi, em Como e Por que Ler a Poesia Brasileira do Século XX.

Definições para Carlos Drummond é que não faltam, ele que foi o 'professor' modernista que usava da subjetividade, com a dinamicidade e complexidade, o que exige um certo conhecimento do leitor. Na poesia de Carlos Drummond, como toda poesia moderna, há um peso crítico na dimensão dupla da linguagem. O objetivo de Drummond era não se fazer entender rapidamente, exigindo que o leitor tenha um certo repertório para possa entender o signo novo.


POEMA DA NECESSIDADE

"É preciso casar João,/ é preciso suportar Antônio, é preciso odiar Melquíades,/ é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país,/ é preciso crer em Deus,/ é preciso pagar as dívidas,/ é preciso comprar um rádio,/ é preciso esquecer fulana.
É preciso estudar volapuque,/ é preciso estar sempre bêbedo,/ é preciso ler Baudelaire,/ é preciso colher as flores,/ de que rezam velhos autores.
É preciso viver com os homens,/ é preciso não assassiná-los,/ é preciso ter mãos pálidas/ e anunciar o FIM DO MUNDO."

Livro: Sentimento do Mundo
Autor: Carlos Drummond de Andrade
118 páginas
Editora: Record

segunda-feira, 21 de junho de 2004

.: Resenhas de "A Morte de D.J. em Paris" e "Iracema"

Livros para todos os gostos
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2004

Contos ou um grande romance? A escolha é sua. Várias histórias envolventes ou um enredo intrigante com uma virgem de lábios de Mel, ambos são livros de leitura indispensável. Em "A Morte de D.J. em Paris", de Roberto Drummond estará inserido em algo paradoxal e cheio de observações do nosso cotidiano que deixamos passar e nem se quer percebemos.

Analisando Roberto Drummond nada é fácil, a quebra da linearidade de sua escrita é algo óbvio, o que causa um estranhamento no leitor. Ele conduz a leitura a um caminho que absorve. Um simples exemplo é no conto Dôia na Janela. Aqui há uma mulher que podia voar e por isso colocaram grades na janela. Lá ela ficava a observar tudo. 

Na parte da tarde ligava o toca-fitas para ouvir as vozes e os barulhos de sua casa. Ela sempre estava lá, em um quarto. Um dia o irmão trouxe para ela uma luneta que foi do avô. Dôia só deixava a janela quando escutava o barulho do rato que chamava de Salameminguê, mas um dia ela vê algo muito diferente: um homem ser crucificado por outros três que portavam uma metralhadora. (Geração Editorial, 102 páginas)

Em "Iracema", José de Alencar convida o leitor no prólogo da obra: "Abra então este livrinho, que lhe chega da corte imprevisto. Percorra suas páginas para desenfastiar o espírito das coisas graves que o trazem ocupado".

Em forma de poesia, Alencar começa a contar a história da índia Iracema, que em guarani significa lábios de mel. A virgem se apaixona por Martim. Guerreiro branco, português que aliado aos pitiguaras, vence os franceses e os tabajaras. (Ática, 112 páginas).


Livro: A Morte de D.J. em Paris
Autor: Roberto Drummond
100 páginas
Editora: Geração Editorial

Livro: Iracema
Autor: José de Alencar
Editora: Ática

sábado, 19 de junho de 2004

.: Resenha de "Memória da Morte, Memória da Exclusão", Francisca Eleodora Santos Severino

Revelações de um mundo à parte
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2004



"Memória da Morte, Memória da Exclusão: prostituição, inclusão marginal e cidadania", da professora doutora Francisca Eleodora Santos Severino, é o novo lançamento da Editora Universitária Leopoldianum, da Universidade Católica de Santos.

A banalização da violência é analisada ao longo de seis capítulos. Contudo, com um novo olhar sobre a prostituição feminina, mostra como este corpo social, excluído da sociedade, pode ter espaço. Nesta obra, as trabalhadoras do sexo comentam as constantes humilhações, ameaças, agressões e a desqualificação pessoal vivida a cada dia de trabalho. 

De acordo com a autora, apesar das dificuldades, este trabalho foi muito gratificante. “As dificuldades advinham das relações de poder e violência que cercam o mundo prostitucional. Não foi fácil aceitar que no âmbito das relações de parentesco de famílias bem constituídas acontecia a forma mais brutal de violência, o incesto. Foi desalentador presenciar violência hospitalar, violência policial, cafetinagem e tráfico de crianças, de mulheres e de drogas. É, de fato, um universo à parte, e o desencantamento com o mundo é inevitável. Por outro lado, foi também muito gratificante. Descobri com essas mulheres uma forma peculiar de produzir conhecimento e de preservar a vida em condições infinitamente adversas. O reconhecimento e a reciprocidade produzidas no âmbito prostitucional é algo extraordinário. Pode-se concluir que a maioria das mulheres são excelentes mães e filhas abnegadas.” 

Autora: Francisca Eleodora Santos Severino é docente do curso de Mestrado em Educação, da Universidade Católica de Santos. Nasceu em Carmo do Rio Claro, no Sul de Minas Gerais; é bacharel e mestre em Ciências Sociais, pela PUCSP, onde também apresentou sua dissertação Memória da morte, memória da exclusão: prostituição, inclusão marginal e cidadania, em 1921, na área de Antropologia; fez o doutorado em Ciências da Comunicação, na ECA/USP, defendendo, em 2001, a tese Fotos Jornalísticas: a imagem da violência como espelhamento da metamorfose da sociedade brasileira em processo de globalização, com bolsa Fapesp.

Livro: Memória da Morte, Memória da Exclusão: Prostituição, Inclusão Marginal e Cidadania
Autora: Francisca Eleodora Santos Severino
352 páginas
Ano: 2002
Editora: Editora Universitária Leopoldianum

sexta-feira, 18 de junho de 2004

.: Resenha de "A marca do Zorro", Johnston McCulley

Mascarado fascina em meio a capas e espadas 
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2004



A história do Zorro é antiga, e muitos já conhecem ou ao menos ouviram falar. Entretanto, muita gente não sabe que esta obra foi produzida para consumo rápido. A Primeira Guerra Mundial deixou inúmeros estragos. Para refazer a vida da população mundial, os editores da All Story Weekly encomendaram a autores, histórias de aventura para que o público apagasse os males daquela época. 

Em 9 de agosto de 1919 a All Story Weekly apresentava ao público o primeiro capítulo de A Maldição de Capistrano, (The Course of Capistrano), que depois virou: "A Marca do Zorro". A fascinante história deste herói, escrita por Johnston McCulley, foi sucesso geral, tanto é que durante cinco semanas suas vendas estouraram. "El Zorro" ("a raposa" em espanhol) fez sucesso ao contar a história do jovem fidalgo Don Diego Vega. 

Em 2000, a Panda Books trouxe pela primeira vez ao público brasileiro a história do Zorro em 240 páginas. O enredo se passa no Pueblo de La Reina de Los Angeles, na missão de San Juan Capistrano, território do México, controlado pela Espanha. Don Diego assume a identidade de Zorro e assim, defende o seu povo explorado por militares espanhóis. 

Esta maravilhosa história, que prende a atenção do leitor do começo ao fim, desenrola-se entre duas personalidades totalmente opostas. Don Diego é um homem sem graça. Não é romântico e sempre foge das lutas, pois não gosta de brigas, mesmo que seja humilhado e sirva como alvo de chacota dos outros. Don Diego até parece ser efeminado. 

Já o inconfundível Zorro em seu cavalo negro, de espadas e capa preta, é um defensor dos pobres e oprimidos, além de ser um galanteador de primeira. O pai de Don Diego o faz procurar uma moça de família para casar, pois ele é filho único. Don Diego pede a mão de Lolita à Don Carlos, pai da moça. Mas o soldado Ramón tem a mesma idéia. Em resumo: os dois fazem a corte à moça, mas nenhum ganha o coração da bela. Para aqueles que gostaram, resta apenas, conferir a obra completa. Aventure-se em meio a fugas e bravas lutas de espadas.

Livro: A Marca do Zorro
Autor: Johnston McCulley
Editora: Panda Books

.: Resenha de "13 dos Melhores Contos da Mitologia da Literatura Universal", Flávio Moreira da Costa

Mitologia para todos os gostos
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2004


A origem de tudo o que há no mundo está na Mitologia, deuses imortais que desciam do Olímpo para o planeta Terra, além de musas, demônios, guerreiros, reis, monstros terríveis, além de mortais, pessoas de carne e osso. Interessante, não? Para os fãs deste tipo de literatura, a dica é o livro "13 dos Melhores Contos da Mitologia da Literatura Universal", organizado por Flávio Moreira da Costa, o qual é recheado de muitos contos mitológicos.

Esta antologia também irá surpreender os admiradores da obra de Tolkien: "O Senhor dos Anéis". Entre os contos selecionados por Costa estão "Recordações de Circe", de Alberto Moravia, "Posêidon", Prometeu. "Sereias", de Franz Kafka, "Viver!", de Machado de Assis, "O Diário de Adão e Eva", de Mark Twain entre outros.

As histórias deuses e heróis da antiguidade sempre despertam a nossa atenção, pois como já afirmou Claude Lévi-Strauss: "Os mitos são incansáveis e retornam onde menos se espera". Entretanto, o organizador desta obra soube encontrar uma forma de mostrar que há uma riqueza muito grande entre os contos mitológicos, seja na 'revelação' do dia-a-dia de Adão e Eva a história do príncipe Rama e Sita.

O livro que é o terceiro volume da Coleção 13 dos Melhores Contos é uma excelente colaboração para o futuro da humanidade, além de recepcionar com muita força novos leitores aos contos mitológicos, pois em toda a obra o leitor liberta a imaginação e enriquece o seu intelecto.

Livro: 13 dos Melhores Contos da Mitologia da Literatura Universal
Organizador: Flávio Moreira da Costa
208 páginas
Editora: Ediouro Publicações

quinta-feira, 17 de junho de 2004

.: Resenha de "O Gato Medroso", de Ofélia Fontes

Um gatinho cinzento cheio de medos
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2004


É de pequeno que se começa a ler. Uma dica, para o leitor-mirim é "O Gato Medroso". Neste livro o pequeno leitor irá encontrar o Gato Cinzento que tem medo de tudo, até mesmo de seu reflexo na poça d'água.

Na história de "O Gato Medroso", traduzido por Ofélia Fontes e baseado na história original de Sara Asheron, da Coleção Fantasminha, da Ediouro há três gatinhos: Gatinho Amarelo, Gatinho Preto e Gatinho Cinzento, este o menor de todos. 


"Havia uma grande poça d'água no pátio. O Gatinho Cinzento correu para lá e olhou para dentro da poça. Na água ele viu um gato olhando para ele! O Gatinho Cinzento fez uma careta. O gato da poça d'água fez uma careta também! O Gatinho Cinzento saiu correndo. 

- Corram! Corram! - gritou para os outros gatinhos. 
- Um gatão cinzento vem atrás de nós! 
O Gatinho Amarelo e o Gatinho Preto começaram a rir. 
O Gatinho Cinzento viu acara dele na poça d'água e saiu correndo! - disse o Gatinho Preto. 
- O Gatinho Cinzento é um gato medroso! - disse o Gatinho Amarelo. 
- Gato medroso! Gato medroso! - repetiu o Gatinho Amarelo". 


E assim ficou. Todos os gatos começaram a chamá-lo de gato medroso, e por coisa do destino, mais medroso ele ficava. Contudo, um dia o inesperado acontece. Será que o gato será medroso para sempre? Como ele irá se tornar corajoso? Descubra no livro infantil: "O Gato Medroso".

Livro: O Gato Medroso
Autora: Ofélia Fontes
Editora: Ediouro Publicações

quarta-feira, 16 de junho de 2004

.: Resenha de "O Tao do Jeet Kune Do", Bruce Lee

As artes marciais desmistificadas
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2004


"As artes marciais baseiam-se no entendimento, no trabalho árduo e na total compreensão das técnicas. O condicionamento físico e o uso da forças são fáceis de conquistar, mas a total compreensão de todas as técnicas das artes marciais é muito difícil de ser alcançada. Para entender, devemos estudar todos os movimentos naturais de todos os seres vivos. Naturalmente, podemos entender como os outros utilizam as artes marciais. Podemos estudar seu timing e suas fraquezas.

Conhecendo esses dois elementos, você poderá derrotar o oponente com facilidade". Esta é a abertura do capítulo As artes marciais, incluindo o boxe, do livro "O Tao do Jeet June Do", de Bruce Lee. Entender as técnicas é a base para ser um bom lutador. É preciso conter os movimentos e está escrito no livro de Lee: "Pode ser um sistema de opostos muito parecido com o conceito de Deus e o Diabo". 

Durante a leitura desta obra o admirador da arte marcial irá descobrir que a busca pelo autoconhecimento é eterno e não somente quando está se preparando para lutar ou quando está em ação. 

Treino, aquecimento, posição de guarda, quadros de armas, precisão, força, resistência, equilíbrio, sensibilidade do corpo, boa forma, velocidade, atitude, golpes, chutes, agarramento, defesa e muitos outros itens importantes para o bom desempenho do lutador na luta são destaque nos capítulos deste livro. 

Em Velocidade é possível saber como aumentar a agilidade: mobilidade, vigor, capacidade de recuperação rápida, elasticidade, resistência à fadiga (ou seja, energia e preparo físico), agilidade física e mental, imaginação e antecipação são características que ajudam a ter mais velocidade na luta. 

O eterno aprendiz: Além de trazer dicas de luta com um toque de filosofia, o livro de Bruce Lee tem desenhos feitos por ele mesmo. Entre os pensamentos filosóficos estão frases como: 

"A arte do Jeet Kune Do é simplificar. É ser você mesmo." 

"Se aprender um método de luta através de algum estilo, você será capaz de lutar de acordo com as limitações desse método. E isso não é lutar de verdade." 

"Todas as noções vagas devem sucumbir antes que um aprendiz possa se autodenominar mestre." 

O Tao do Jeet June Do tem o intuito de instruir qualquer lutador, seja ele dos ringues, academias ou do dia a dia, com informações suficientes para enfraquecer os adversários se tornem mais eficientes e fulminantes, em todos os sentidos. Este livro que teve tradução de Tatiana Orikovacs para a língua portuguesa já vendeu mais de um milhão de exemplares e foi publicado em nove idiomas, em 28 países.


As dicas em "O Caminho da Verdade" colocadas em uma lista também são importantes: 

1. Busca da verdade 
2. Consciência da verdade (e sua existência) 
3. Percepção da verdade (seu conteúdo e direção - com a percepção do movimento) 
4. Entendimento da verdade (Um filósofo de primeira linha pratica para entender - TAO. Não para ser fragmentado, mas para ver a totalidade - Krishnamurti) 
5. Vivência da verdade 
6. Domínio da verdade 
7. Esquecimento da verdade 
8. Esquecimento do portador da verdade 
9. Retorno à fonte original - onde a verdade tem suas raízes 
10. Descanso no nada


O caminho da verdade: Bruce escreveu este 'livro' enquanto estava com problemas de saúde nas costas. Durante os seis meses que teve de ficar acamado, ele fez várias anotações que ao fim resultou nesta obra. Bruce tinha uma vasta biblioteca com mais de 2000 títulos.  

Bruce Lee: Ele que continua sendo um dos ícones de cultura pop mundial, tinha como nome verdadeiro: Lee Hasio Lung. Nasceu em San Francisco, no mês de novembro, no ano de 1940. Filho de um famoso cantor chinês de ópera, Bruce, pegou um outro caminho e tornou-se uma estrela infantil da crescente indústria de filmes do Oriente. 

Posteriormente conheceu o Kung Fu, estudou filosofia na Universidade de Washington, nos Estados Unidos e lá conhece Linda Lee, que tornou-se sua esposa. Começou a fazer participações pequenas em filmes de Hollywood. Com o sucesso de sua escola de artes marciais, teve alunos como James Coburn, Steve McQueen e Lee Marvin. Lee chega a ser uma estrela em potencial, mas em 1973 morre durante a filmagem de O Jogo da Morte.

Livro: O Tao do Jeet Kune Do
Autor: Bruce Lee
240 páginas
Editora: Conrad

terça-feira, 15 de junho de 2004

.: Resenha de "O Garoto da Casa ao Lado ", Meg Cabot

Uma história de amor nas ondas da internet
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2004


Mel, ou seja, Melissa Fuller é uma colunista de fofocas do New York Journal, que aliás é muito preocupada com a atriz Winona Rider, que por sinal nem a conhece. No entanto, algo que parece não estar indo muito bem para o lado da nossa amiga é o fato de estar com os dias contados em seu emprego. Motivo: já chegou 37 vezes atrasada. 

A vizinha Helen Friedlander que está em coma, após ter sido agredida em seu próprio apartamento é a culpada por esses atrasos de Mel, pois a garota cuida do cachorro Paco e dos gatos Sr. Botucas e Chico Bum, os queridinhos da senhora Helen. Para que ela possa cuidar de Paco, é preciso de muita disposição, pois o cão gosta de passear de cinco em cinco horas. Cansada de ficar longe da amiga de serviço, Nadine, encoraja Mel a entrar em contato com Max Friedlander, sobrinho da velhinha milionária. 

Ele, fotógrafo de grandes modelos, não quer saber de ajudar Mel e a própria tia, quer só curtir as férias com Vivi, uma super modelo que está caidinha por ele. Resultado: Max manda no lugar dele, o amigo John. O inesperado acontece! John e Mel se apaixonam. Problema: Como ele deve contar a Mel que ele não é o sobrinho da velhinha? E sem contar que Mel irá desconfiar para sempre dele, pois quem mente uma vez..., pode vir a mentir muitas outras vezes. 

A história de "O Garoto da Casa ao Lado", de Meg Cabot (2004, 394 páginas) é diferente por contar tudo o que acontece com a personagem principal via e-mail. Um recurso interessante, visto que hoje em dia dependemos do micro para resolver muitos problemas. 

O livro é indicado a jovens que estão perto da idade adulta, pois nele há alguns pormenores não muito apropriados para adolescentes de até 15 anos. Mas não há dúvidas! Palmas para Meg Cabot são merecidas. Ela mais uma vez ousou e trouxe uma história com um 'visual' despojado. Agora é só esperar para quem sabe, ver este livro adaptado nas telonas. Certamente seria um sucesso de público, principalmente por ser focado nos pensamentos e medos adolescentes.

Livro: O Garoto da Casa ao Lado 
Título Original: The Boy Next Door
Autora: Meg Cabot
394 páginas
Ano: 2004
Tradução: Celina Cavalcante Falck
Editora: Record

segunda-feira, 14 de junho de 2004

.: Resenha de "O Golpe de 64 e a Ditadura Militar", Júlio José Chiavenato

Torturas e perseguições retratam o Golpe de 64
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2004


Em "O Golpe de 64 e a Ditadura Militar", Júlio José Chiavenato saúda o leitor com uma frase do político francês Jean Jaurès: Só pode haver revolução onde há consciência. É assim, que o leitor 'tem uma idéia' do teor de toda obra, que retrata um período de violência política, tortura, mortes e perseguições a todo tipo de ser humano que batalhasse pelos seus direitos em uma época de repressão total a toda e qualquer forma de pensar e expressar que não seguisse os moldes dos militares.

Na introdução Chiavenato fala: "Entre 1964 e 1984, a ditadura no Brasil destruiu a economia, institucionalizou a corrupção e fez da tortura uma prática política. Envileceu a nação e abalou o caráter brasileiro. Alienou as novas gerações, tornando-as incapazes de entender a sociedade em que vivem".

Aqui percebe-se que o pesquisador consegue descrever o passado e o presente em um único parágrafo. É no passar das páginas que pode-se saber a fundo o que aconteceu, há 40 anos, período de ditadura militar. Época em que muitos jovens do século XXI nem se quer sonhavam em estar aqui, e muito menos fazer parte de uma juventude desorientada e sem motivos para retrucar e exigir os seus direitos.

O livro que está dividido em 12 capítulos comenta as incoerências dos presidentes, os momentos de conspiração contra João Goulart, o Golpe, a desnacionalização, a prática política da ditadura, a linha dura no poder, a política econômica do regime militar, a repressão e a luta armada. No decorrer do livros muitas siglas são citadas, mas nem neste detalhe o autor peca, pois há um glossário de siglas, desde A-2, Serviço Secreto da Aeronáutica a VPR, Vanguarda Popular Revolucionária.

"O Golpe de 64 e a Ditadura Militar" é mais do que uma aula de história em formato de livro. É um registro da história que não deve ser esquecido, mas estudado e 'relembrado' para todos possam entender os motivos de tantas indiferenças para com a população durante as trocas de governos, a plena e total corrupção.

Livro: O Golpe de 64 e a Ditadura Militar
Autor: Júlio José Chiavenato
192 páginas
Editora: Moderna

domingo, 13 de junho de 2004

.: Resenha de "Minha Vida", Suzana Flag (Nelson Rodrigues)

Suzana: O eu-poético feminino de Nelson Rodrigues
Por: Helder Moraes Miranda

Em junho de 2004


Personagem de si mesmo, Nelson Rodrigues nos presenteia com a autobiografia no pseudônimo Suzana Flag, "Minha vida", a misteriosa mulher que havia escrito os folhetins anteriores: "Meu Destino é Pecar" e "Escravas do Amor" (em 1944), os quais fizeram grande sucesso.

Tanto que Suzana virou celebridade nacional, recebendo cartas de homens apaixonados (até mesmo de presidiários). Poucos sabiam que a verdadeira Suzana Flag se barbeava com "Gilette". O alter-ego da personagem era o polêmico escritor que refugiava no pseudônimo feminino para fugir da censura que imperava na época.

Ao contar a história mirabolante da "pobre" escritora, Nelson descreve detalhes da própria vida, como as tragédias que presenciou na juventude. No folhetim mais ousado (porque não?) de Suzana Flag, ele difundiu as idéias mais polêmicas que, até então, eram apresentadas somente em suas peças teatrais. A verdadeira face da "escritora" começa a ser esboçada.

Nunca uma autobiografia de um personagem refletiu tanto o autor. Afinal, como Suzana estava contando a própria vida, tinha a liberdade de contar apenas a verdade nada mais que isto, embora o pseudônimo confesse no início de romance a tentação de criar em cima dos fatos. Essa foi a única menção à escrita de Suzana Flag. Na obra, se tratando de uma "autobiografia" romanceada de uma escritora, ficou faltando explorar mais o assunto.

Era impossível que os leitores acreditassem no que liam. Antes de morrer, a mãe de Suzana lhe roga uma praga: "Você há de encontrar o homem que vai te fazer...", antes de terminar a frase ela morre, para o alívio da filha, assombrada.

Pouco tempo depois, o pai se mata com um tiro na cabeça, nenhuma mulher da família gosta da personagem principal. Todas a consideram uma biscate, como a mãe, e não é raro uma delas dizer: "Você não pode ver rapaz!" Para complicar a situação, Suzana quer vingar a morte dos pais, casando-se com o suposto amante da mãe (Jorge), o qual "teria" causado toda a tragédia no lar.

O que a mocinha não espera é que o seu tio Aristeu, odiado pela calculista avó, planeja levá-la junto com a sua família e a do noivo para uma ilha perdida, em que não há regras e as únicas leis são ditadas por ele. Lá Suzana irá ficar dividida entre três homens: Jorge, Aristeu e Cláudio, melhor amigo do próprio tio. No entanto, a personagem acaba envolvida em uma trama diabólica. Bom para quem quer sentir novamente, ou pela primeira vez, o delicioso sabor de uma época perdida e marcada pela inocência.


Livro: Minha Vida
Autora: Suzana Flag (Nelson Rodrigues)
238 páginas
Editora: Companhia das Letras

sábado, 12 de junho de 2004

.: Ninguém é perfeito!

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em junho de 2004


A tampa da sua panela! É complicado encontrar este par exato, mesmo porque ninguém é perfeito. Contudo, as diferenças entre um casal podem saltar aos olhos alheios, mas entre os dois pode haver muita cumplicidade e amor. Os ajustes acontecem ao passar dos dias, meses e anos de namoro, e muitos são os casais que confirmam: mesmo após anos de namoro e casamento, ainda há muito a aprender e entender o outro.

Caso o seu namoro esteja assim, meio desajustado, não se descabele e tente ver o que vocês dois tem em comum. E não é porque vocês não gostam das mesmas coisas que vocês não são feitos um para o outro. É lógico que se parar pra pensar, temos Brad Pitt, que apesar de lindo, não é perfeito, pois ele está sempre de namorada nova. Isso prova que ir à procura de um novo amor não é a solução das diferenças entre namorados. (Parece que o galã, está mais maduro e está tentando se ajustar com a atriz Jennifer Aniston).

Quando há um enorme contraste entre um homem e uma mulher, não há nada como uma boa conversa, porque ter de aturar egoísmo, imaturidade, galantismo desorganização, pão-durismo e um par calado, não é nada fácil.

Por esse motivo, saiba manter um equilíbrio no seu relacionamento, além de ver que nem todo mundo tem só defeitos, mas sim qualidades, que às vezes, podem ser maiores que defeitinhos bobos. Respeite os seus sentimentos e o do seu amor, mas antes de tudo tenha muita sinceridade.


Formas de melhorar o relacionamento:

Egoísta: Mostrar que existem outros assuntos na vida, além da vida dele.

Namorador(a): Conversar sério e começar a impor limites para que você não acabe se machucando e nem a ele (a).

Boca fechada:
 A solução para haver mais diálogo é conquistar a confiança do seu amor.

.: Resenha de "Footloose: Completamente Livre", Kate Cann

A idade da razão
Por: Helder Moraes Miranda

Em junho de 2004



"Footloose" é o livro ideal para quem pretende curtir as férias, mas não vai sair de casa. Conta a história de três colegas de escola; Kelly, Jade e Sarah, cada uma com sua história de vida e um drama pessoal, que resolvem passar uma temporada na Grécia.

Apesar dos termos fortes para ser voltado ao público infanto-juvenil o livro retrata bem os pensamentos dos adolescentes; a sensação e os anseios de liberdade quando estão fora do controle dos pais, os relacionamentos, as aventuras, amor e sexo.

O livro, publicado pela ARX Jovem, escrito por Kate Cann e traduzido por Melissa Kassner, começa quando Mike, namorado autoritário de Kelly, resolver levar a moça para a viagem que havia planejado tempos atrás.

Pela primeira vez Kelly resolver contrariar o namorado e partir para uma viagem ao lado das colegas de classe Jade (a ex-feia do colégio que se tornou linda) e Sarah (a melhor amiga de Jade). Tudo parecia correr extremamente como o esperado: animação, agito, sol, praia, noite mal-dormidas, discussões e aventuras.

O que ela (Kelly) não esperava era conhecer Nick, o oposto do namorado, e repensar então, os seus valores. A confusão está armada quando Mike e os amigos resolvem aparecer no lugar em que as garotas estão hospedadas. Não perca Footloose: Completamente Livre, vai fazer você viajar nestas férias.

Livro: Footloose: Completamente Livre
Autora: Kate Cann
288 páginas
Editora: ARX JOVEM

sexta-feira, 11 de junho de 2004

.: Perfume: Uma arma de sedução

Por: Iory Keller 
Em junho de 2004


Quando uma pessoa compra um perfume, ela não está comprando apenas uma fragrância, mas sim buscando um estilo, um glamour, um sonho. O comércio de perfumes parece moderno, porém existe desde antiguidade.

Historiadores acreditam que o primeiro perfume surgiu no templo de Edfu, no Egito em 176ac, uma homenagem a Deusa do Amor, nesta época os egípcios já utilizavam ervas, madeira, e mirra para queimarem em rituais religiosos como oferenda aos deuses. Dessa forma surgiu o nome per fumum, que significa através da fumaça.

O primeiro perfume surgiu em 1370. Era uma concentração de óleos essenciais conhecidos como L'eau de La Reine d'Hongrie (Água da Rainha da Hungria). Um ermitão deu a ela a fórmula, dizendo que conservaria sua beleza e que tinha poderes afrodisíacos, no entanto, o que se sabe é que aos 72 anos ela foi pedida em casamento pelo Rei da Polônia.

Criar uma fragrância é tão importante quanto compor uma música, todos os ingredientes devem estar em perfeita harmonia. O perfume representa uma jóia em estado líquido. Para a criação de uma fragrância são necessárias em média 3.000 ingredientes, que podem ser extraídos da natureza como flores, ervas aromáticas, frutas cítricas, madeiras, especiarias e resina.

As matérias-primas de origem animais são responsáveis pelo fixador do perfume entre eles, temos o almíscar produzido por cabras que habitam no Himalaia, civette uma substância secretada pelos gatos silvestres indianos, castoreum substância extraída dos castores que lubrifica os seus pelos, sem a necessidade de sacrificar os animais e o âmbar gris, que é uma secreção do intestino grosso do cachalote (espécie de baleia) recolhido nas águas do oceano índico.

O perfume leva em torno de 6 meses a 2 anos para ser elaborado e se divide em três fases: notas de cabeça que são as voláteis, duram apenas alguns segundos e é a primeira impressão da fragrância, as notas de coração onde se encontra a composição do perfume, e as notas de fundo onde estão os fixadores que dão corpo a fragrância e determinam o tempo de duração na pele. Para conquistar ou tentar seduzir através de uma fragrância, é importante descobrir o perfume ideal para o momento, para revelar a sua personalidade.

.: Resenha de "Caminhando com Jesus", Carlos Mesters e Mercedes Lopes

A palavra de Deus em estudo
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2004


Marcos, apóstolo de Jesus Cristo, escreveu o seu evangelho para ajudar as comunidades a encontrar uma resposta para os seus problemas e preocupações. "Ele recolher vários episódios e palavras de Jesus e os uniu entre si como tijolos numa parece. Os tijolos já eram antigos e conhecidos. Vinham das comunidades, onde eram transmitidos oralmente nas reuniões e celebrações. Os desenhos que os tijolos formavam era nova. Vinha de Marcos, da sua experiência de Jesus".

Esta á a base do livro Caminhando com Jesus: Círculos Bíblicos do Evangelho de Marcos, de Carlos Mesters e Mercedes Lopes, publicado pela Editora Paulus e o Centro de Estudos Bíblicos (2003, 274 páginas). Grupos religiosos sempre realizam círculos bíblicos, mas nem sempre sabem por onde começar e focar. Este livro é um grande apoio a católicos que gostam de estudar a Bíblia, mesmo porque o Evangelho de Marcos foi escrito para ser lido e ouvido em comunidade. 

"Quando você lê um livro sozinho, você sempre pode parar e voltar atrás, para ligar uma coisa com a outra. Mas quando você está na comunidade e lá na frente alguém está lendo o Evangelho, você não pode gritar: 'Pare! Leia mais uma vez! Não entendi direito!'", já ressaltam os autores na introdução do livro.

Este livro explica a como fazer círculos bíblicos e como passá-los aos leigos. Por esse motivo, nos 43 círculos o religioso terá: acolhida (cantos e boas vindas), momento para reflexão, como fazer a leitura e como tornar a palavra de Deus em ação, além de comentários que podem ser feitos pelo grupo reunido.

Vale a pena ter este livro em mãos quando se planeja estudar a Bíblia, pois mesmo que queira estudar outro caderno bíblico é só seguir os tópicos que se repetem no livro Caminhando com Jesus: Círculos Bíblicos do Evangelho de Marcos.

Livro: Caminhando com Jesus: Círculos Bíblicos do Evangelho de Marcos
Autores: Carlos Mesters e Mercedes Lopes
296 páginas
Editora: Paulus (em cojunto com o Centro de Estudos Bíblicos)

.: Resenha de "A Fórmula do Texto", Wander Emediato

A língua portuguesa desmistificada
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2004


Quantas vezes nos pegamos em dúvidas cruéis sobre a língua portuguesa? Sem contar as vírgulas e crases que nos tiram nosso sossego. Este era um dos casos que se repetiam em classe com o professor Wander Emediato. Até que um dia o professor disse: "Escutem, basta colocar no parágrafo uma frase do tipo 'Embora A, B'. Por exemplo: 'Embora a economia brasileira esteja razoável (A), os problemas sociais continuam graves (B)'.".

Simples, não? Pois bem, este é o intuito da obra de Wander Emediato, A Fórmula do Texto: Redação, Argumentação e Leitura - Técnicas inéditas de redação e ensino médio. Antes que uma nuvem paire sob sua mente. Não, este não é um livro matemático. Ele apenas traz o Português de uma forma mais descompromissada, mas objetiva e fascinante, pois ele segue a gramática representada pelas formas de raciocínio, e que só lhe falta praticá-la sistematicamente.

Em dez capítulos de livro, é possível assimilar muitas dicas para as regras de acentuação, coesão textual, argumentação, enredo entre outros importantes detalhes da Língua Portuguesa. Na introdução, o autor justifica o tema do livro: "Cresce cada vez mais o interesse dos alunos brasileiros pelo domínio da comunicação escrita e da língua portuguesa. Esse interesse surge da tomada de consciência da importância do idioma nacional e da comunicação na vida diária e profissional".

O livro de 296 páginas, traz no primeiro capítulo as funções da linguagem e do discurso, pois conforme o autor, "comunicar é adaptar-se a uma situação de comunicação e engajar-se em um interação com alguém... É através da linguagem que materializamos nossas intenções em relação ao outro".

Este é um livro inovador, pois traz um método sistêmico de produção textual, como um conjunto de procedimentos na prática de redigir textos mais pensados e de grande conteúdo, sem se prender em manuais da Língua Portuguesa.

Livro: A Fórmula do Texto
Autor: Wander Emediato
296 páginas 
Ano: 2003
Editora: Geração Editorial

quinta-feira, 10 de junho de 2004

.: Resenha de "Blonde", Joyce Carol Oates

A desconstrução do mito
Por: Helder Moraes Miranda

Em junho de 2004


Chega ao Brasil o romance "Blonde", biografia romanceada da atriz Marilyn Monroe dividida em dois volumes, escrita por Joyce Carol Oates e publicada aqui pela Editora Globo. Para os mais conservadores - aqueles que, por uma razão sem sentido, não gostaram do livro - a publicação peca por tratar a lendária atriz de maneira diferenciado, abordando seus dilemas como os de uma pessoa comum, e não a tratando como o mito, em cima de um pedestal, idolatrado por gerações. 

Se os conservadores torceram o nariz, a crítica especializada e inteligente deve alertar: "Blonde" celebra a existência de Marilyn Monroe e não a deixa ficar desinteressante. As 408 páginas que recheiam o primeiro volume dissecam a vida da estrela, enfocando mais o lado da mulher, do ser humano. Não há novidades na biografia de Marilyn, mas sim em como ela é abordada. Todos sabem do relacionamento conturbado com a mãe, dos abortos, das drogas e do envolvimento com o então presidente dos Estados Unidos J.F.K. 

Uma das mais significativas e ousadas obras publicadas sobre Marilyn Monroe no Brasil, os dois volumes de "Blonde" apresentam a atriz como um ser frágil e um tanto desequilibrada. A segunda parte de "Blonde" já mostra uma Marilyn que alcançou a fama, mas não consegue se desvencilhar de um passado, não tão distante e repleto de sofrimentos que marcaram a alma. A obra retrata também os relacionamentos conturbado, a má fama com os homens, o incômodo causado pela fama, as indagações, a relação com a imprensa e a busca pelo aprimoramento e reconhecimento como atriz, da menina elevada ao status de símbolo sexual. 

A desconstrução do mito: Como pano de fundo, a escritora combina dados biográficos com ficção, aborda o início da carreira e a podridão do meio artístico na época, a fama e os medicamentos para dormir. "Blonde 2" recria os últimos dias de um dos maiores mitos de Holywood - Norma Jeanne Baker - protagonista de uma das cenas mais célebres do cinema norte-americano: a da garota de vestido branco apanhada por uma corrente de ar, sobre o gradil do metrô. Mal sabia ela, que esta cena iria imortalizá-la, principalmente nos rostos dos homens de todas as épocas. 

Mais sobre Blonde: Concorrente do prêmio Pulitzer de literatura, um dos mais importantes dos Estados Unidos, Blonde tem várias citações de artistas e pensadores conceituados como Charles Darwin, H. G. Wells, Arthur Schopenhauer, Sigmund Freud, e Blaise Pascal. Também foram consultadas as seguintes obras: Legend - The Life and Death of Marilyn Monroe (Fred Giules, 1985), Goddes - The Secret Lives Of Marilyn Monroe (Anthony Summers, 1986), Marilyn Monroe - A Life of the Actress (Carl E. Rollyson Jr., 1986), Marilyn Monroe (Graham McCann, 1987) e Marilyn(Norman Mailer, 1973).

Livro: Blonde
Autora: Joyce Carol Oates
408 páginas
Editora: Globo

quarta-feira, 9 de junho de 2004

.: Artigo: Um tapinha não dói nas novelas

Em junho de 2004

Toda novela que se preze precisa ter uma grande vilã. E toda vilã que se preze precisa e merece levar uns sopapos. O público vai o delírio.


Sei que o assunto já não é novidade. Já foi pauta do Vídeo-Show, criou polêmica entre os críticos de TV há alguns tempos. Sei também que corro o risco de ser mal interpretado, de acharem que estou fazendo apologia da violência contra a mulher. Porém, insisto neste assunto: os telespectadores gostam de ver as vilãs apanharem. É um sadismo necessário para nós, que do lado de fora da telinha, torcemos pelos protagonistas das telenovelas.

O exemplo mais recente aconteceu dia desses. O público ficou extasiado quando Maria Clara (Malu Mader) foi à forra e meteu a mão na fuça de Laura (Cláudia Abreu) em "Celebridade". Lindas e rivais, elas se cruzam na entrega do "Troféu Celebridade". Laura recebe o prêmio pela coletânea Pixinguinha, ideia roubada da protagonista. Dar uma surra na bandida era o mínimo que se esperava da ex-Musa do Verão, aquela que foi sem nunca ter sido, após todos os maus-bocados que passou devido à vingança da loura diabólica e obsessiva.

A cena remete a outra escrita por Gilberto Braga, em "Vale Tudo" (1988). A mãe Raquel (Regina Duarte) rasga o vestido de noiva da filha Maria de Fátima (Glória Pires) e a esbofeteia. Foi pouco para a vilã, que vendeu a casa deixando a própria mãe na rua e em nome de dinheiro era capaz de armar as maiores artimanhas, inclusive contra sua progenitora.

Há outras malvadas que levaram porradas homéricas na teledramaturgia. Em "A Próxima Vítima" (1995), de Sílvio de Abreu, Isabela Ferreto (Cláudia Ohana), ao ser pega pelo noivo Diego (Marcos Frota) aos beijos com o tio no dia do próprio casamento, além de apanhar na cara e levar diversos chutes, rolou da escada vestida de noiva. Já é a segunda noiva agredida nesses poucos parágrafos. No final da trama Isabela ainda ganhou uma cicatriz no rosto após uma facada do tio/marido Marcelo (José Wilker) ao pegá-la com o amante. Apesar do público aplaudir de pé a cicatriz na face da perigosa herdeira dos (as) Ferreto, foi criada uma polêmica: os homens ainda devem lavar sua honra com sangue?


Outra que apanhou feio foi Laura (Viviane Pasmanter) de "Por Amor" (1997), de Manoel Carlos. Sua rival Eduarda (Gabriela Duarte) lhe deu uma surra de jornal na cara e a empurrou de cadeira de rodas na piscina. Fenomenal! Ainda nesta trama houve duelo de vilãs: Branca Letícia (Suzana Vieira) e Isabel (Cássia Kiss) se atracaram e rolaram escada abaixo.

Uma das surras mais esperadas da atualidade foi em "Mulheres Apaixonadas" (2003), também de Maneco. O vilão Marcos (Dan Stuban) vivia espancando a ex-mulher Rachel (Helena Ranaldi). Eis que um dia ele se envolve com a terrível Dóris (Regiane Alves) que maltratava os inocentes avós. Não deu outra. Um belo dia ela levou suas merecidas pancadas.

Também foi numa trama de Manoel Carlos que uma vilã, que apesar de aprontar muito nem era tão nociva assim, apanhou de quase todo o elenco. Trata-se de Íris (Débora Secco) em "Laços de Família" (2000). Vida de vilã não é fácil. Pobrezinhas!





terça-feira, 8 de junho de 2004

.: Lento Despertar, por Marcelo Luciano Martins Di Renzo

Lento Despertar
Por: Marcelo Luciano Martins Di Renzo

Em junho de 2004




pela fresta da janela

violando da madrugada

o silêncio,

raio de sol

desperta meus sentidos

latinos sentimentos

a ela - dormita, ainda - 

me impelem.

segunda-feira, 7 de junho de 2004

.: Resenha de "Tipo Assim, Clarice Bean", Lauren Child

Uma quase "Sherlock Holmes" 
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2004



Tipo assim... Clarice Bean é uma garota que está em um mundo cheio de personagens chatos e implicantes, como por exemplo, a própria mãe que só sabe lhe dizer: Tire os cotovelos da mesa, Não belisque o seu irmão e por aí vai. Esta é personagem principal de "Tipo Assim, Clarice Bean", de Lauren Child.

Clarice tem 11 anos e três irmãos, o que soma uma família de seis membros. Uma das paixões dela é ler as histórias de Ruby Redfort. Clarice e Betty, sua melhor amiga são ab-so-lu-ta-men-te fanáticas pela Coleção Ruby Redfort. Nesta série temos uma menina detetive, e ao contrário de Clarice, ela não tem irmãos e estão sempre vivendo aventuras sensacionais. Clarice? O máximo que faz é ir na venda sozinha e nem recebe correspondência em seu nome, apenas as de propaganda de produtos como a de colete térmico.

Contudo, a vida de Clarice não é moleza. Além de ter que aturar Roberto, um vizinho super mala-sem-alça e a Graça Grapello uma garota super metida que está na classe da detetive mirim. Além de tudo isso, Clarice tem de agüentar uma professora, azeda que está sempre de olho no que ela faz. Motivo: Clarice tem fácil desconcentração. 

Agora Clarice tem que apresentar um trabalho para a professora, mas ela irá precisar mostrar o que aprendeu com a leitura da Coleção Ruby Redfort. Mas isso será tão difícil quanto resolver um mistério grande que Clarice sente-se encarregada de solucionar.

Este livro traz uma didática muito boa, o que facilita a leitura e interação do leitor mirim (indicado para crianças com 10 e 11 anos). A publicação tem inúmeras ilustrações, muitas vezes cômicas, como a escrita da história, que é leve, mas engraçado. Um exemplo está nas páginas 14 e 15 em que diz: "Antigamente eu não lia muito. Isso só aconteceu quando minha avó me deu um livro chamado Uma Menina Chamada Ruby. Minha mãe sempre diz que foi aí que eu passei a viver "encaramujada" nos livros." Na figura, Clarice está desenhada de forma muito bem-humorada, um "caramujinho", até com "anteninha". Este livro de Lauren Child é indicado ao público juvenil que gosta de aventuras de detetives.

Livro: Tipo Assim, Clarice Bean
Autora: Lauren Child
202 páginas
Editora: Ática

.: Vendomar, por Marcelo Luciano Martins Di Renzo

Vendomar
Por: Marcelo Luciano Martins Di Renzo

Em junho de 2004






Há dias importantes,

outros não. Há noites

bonitas com luar,

estrelas, brisa. Há gente

maravilhosa ao redor.

É só abrir os olhos, o coração.
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