sexta-feira, 1 de julho de 2005

.: Resenha de "A Pequena Princesa", Frances H. Burnett

Princesa passa por desventuras e tem final feliz
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2005


Uma infância cheia de reviravoltas: órfã de mãe, mas com uma grande riqueza, seguida pela pobreza e, finalmente, o retorno à uma vida boa com roupas novas, brinquedos, boas amizades, sem proibições bobas da diretora do internato e alimento necessário. Esta é uma forma de reduzir a história de Sara Crewe, filha de um capitão que decide investir na busca de diamantes. A procura nada rende a ele e a filha, esta, que como o costume dos ingleses que viviam na Índia, está em um internato.

"Fora criada numa ótima casa, mimada pelos lascars e por uma babá indiana, cercada de lindos brinquedos e usando as mais belas roupas que uma menina pudesse desejar. A única preocupação de sua infância era a certeza de que um dia teria de separar-se do pai". Tal afastamento acontece. Até que no dia do seu aniversário de onze anos uma triste notícia é dada a ela: a morte do pai e a falta de dinheiro para que a garota continuasse a receber o tratamento que há tempos vinha recebendo de Miss Minchin, a diretora do colégio interno.

Ao saber que o pai de Sara morrera e não deixara nada para a pequena ou para o colégio, a diretora, a coloca imediatamente no sótão. Por sorte, Sara nunca fora exibida, pelo contrário era humilde e tratava suas amigas igualmente, até mesmo a pobre Becky, empregada do colégio de mesma idade de Sara. "A pobre Becky ollhou-a, espantadíssima. Nunca em sua vida alguém lhe falara com tamanha delicadeza".

Pobre, Sara tornou-se vizinha de Becky e a amizade das duas somente aumentou. No entanto, Ermengarda e Lottie, garotas ricas, amigas de Sara que a conheceram na riqueza não a abandonaram e muitas vezes até fugiram para o sótão para tentar alegrar a "pequena princesa". Entretanto, é após a mudança de um homem indiano que a vida de Sara volta a ser como antes.

Saber que a história de "A Pequena Princesa", em Frances H. Burnett, com texto adaptado por Isabel Vieira é linda, nem é preciso afirmar, pois isto é fato. O interessante desta adaptação, publicada pela Editora Rideel, está no uso de quadrinhos explicativos para as palavras mais difíceis que estão no texto de cada página do livro, o que facilita a leitura dos pequenos, assim como o aumento do vocabulário deles. Um exemplo é a página 12 que traz as palavras honorário e submissa desta forma: "HONORÁRIO: remuneração de profissional liberal / SUBMISSA: que se sujeita, dócil".

Este livro é totalmente indicado para crianças a partir de 6 anos, pois trata de uma bela história de maneira simples e direta, além de ser uma maneira fazer a crianças enxergar a leitura não como quadrinhos, pois o livro não é ilustrado, mas vale pela história que certamente irá agradar ao leitor-mirim. Caso tenha interessado-se pela obra e seu filho ainda não lê, a dica é ler a história para ele, esta é sem dúvida uma forma simples de melhor o seu relacionamento com o pequeno, além de estar inserindo-o no universo da boa leitura.

Um pouco de Fances Burnett: Esta romancista anglo-americana nasceu em Manchester, Inglaterra, em 1849. Com a morte precoce de seu pai, foi educada com poucos recursos pela mãe. Em 1865, mudou-se com a mãe e os irmãos para os Estados Unidos, onde viveram numa fazenda no estado de Tennessee. Foi então que começou a escrever contos e os publicou em revistas. Casou-se com Dr. Swan Burnett e acompanhou o marido na mudança para Washington. Passou a escrever histórias infantias para a revista St. Nicholas. Foi então que publicou livros como O Pequeno Lorde,  (1886), A Pequena Princesa (1905) e O Jardim Secreto (1909). Frances faleceu em Tennessee, Estados Unidos, no ano de 1924.

Livro: A Pequena Princesa
Autora: Frances H. Burnett, com texto adaptado por Isabel Vieira
32 páginas
Editora: Rideel
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