sexta-feira, 19 de junho de 2009

.: Resenha de "Crepúsculo" com Kristen Stewart e Robert Pattinson


Uma história de amor que mexe com o coração
Por: Mary Ellen Farias dos Santos


Um vampiro milenar apaixonado por uma adolescente comum que veio da cidade grande. Saiba mais de Crepúsculo!


Ok. No quesito perfeição o longa dirigido por Catherine Hardwicke não atinge a nota máxima, porém, a história de Stephenie Meyer ganhou mais agilidade, sem perder todo o romantismo entre Bella e Edward. Crepúsculo é uma produção simples e sem pretensão de ser um blockbuster.

No estilo de filme para a televisão conhecemos Isabella Swan. A adolescente decide morar com o pai na cidade interiorana, conhecida como Forks, depois que a mãe decide casar-se novamente. Embora deteste o excesso de frio, a chuva e o verde de Forks, Bella encanta-se infinitamente por um membro da família Cullen, Edward.

Os dois se conhecem no colégio e enfrentam as dificuldades do amor entre uma humana e um vampiro milenar. Em meio a vampiros não vegetarianos vemos Edward lutando contra o amor que sente por Bella, pois, sabe que quanto mais a ama, mais a coloca em perigo. Até porque Bella provoca a sede de sangue em Edward.

MUDANÇAS: Para os mais detalhistas, além dos problemas com os efeitos especiais (seja em um salto de Edward na floresta ou no brilho dele exposto ao sol), outro descompasso da produção está na troca de momentos chave, os quais são aguardados pelos leitores, porém acontecem em cenas ou cenários totalmente diferentes.

Entre eles está quando Bella conhece os mais jovens da família Cullen. Sim. Tudo acontece no refeitório, mas todos já estão sentados. "Foi ali, sentada no refeitório, tentando conversar com sete estranhos curiosos, que eu os vi pela primeira vez. [...] Olhei de lado para o rapaz bonito, que agora fitava a própria bandeja, desfazendo um pãozinho em pedaços com os dedos pálidos e longos. Sua boca se movia muito rapidamente, os lábios perfeitos mal se abrindo. Os outros três ainda pareciam distantes e, no entanto, eu sentia que ele estava falando em voz baixa com eles".

No filme, os irmãos entram como se estivessem sendo apresentados, e, já na mesa dos Cullen, não há comida. Como estão em um refeitório e não comem? Boa sacada da diretora. No entanto, algumas mudanças não são tão legais. Seja a inserção de um laptop para o uso de Bella (no livro ela conta somente com um micro velho com internet ruim) ou quando o primeiro contato entre os dois acontece somente dentro do Volvo prateado (e não durante a aula de Biologia). Em meio a acertos e erros na história, o longa agrada (tranquilamente) ao público jovem.

DVD - Edição Dupla: O lançamento da Paris Filmes, região 4, trará o filme (colorido) originado pelo romance de Stephenie Meyer, homônimo, com os atores: Christian Serratos, Nikki Reed, Elizabeth Reaser, Robert Pattinson, Justin Chon, Catherine Hardwicker, Kellan Lutz, Kristen Stewart, Michael Welch, Peter Facinelli, Taylor Lautner. Tem recomendação para espectadores acima de 12 anos.

LOCADORAS: O DVD de Crepúsculo (Twilight), disponível para locação, será lançado em 8 de abril (data prevista de entrega nas locadoras). A versão terá formato widescreen e sem extras.

LUA NOVA: O fenômeno Crepúsculo (Twilight, 2008) já está com a sequência em andamento, isto é, na segunda metade do mês de abril foram iniciadas as filmagens de Lua Nova. Junto ao triângulo amoroso formado por Kristen Stewart (Bella), Robert Pattinson (Edward) e Taylor Lautner (Jacob), retornam Ashley Greene (Alice), Peter Facinelli (Carlisle), Elizabeth Reaser (Esme), Kellan Lutz (Emmett), Nikki Reed (Rosalie), Jackson Rathbone (Jasper), Edi Gathegi (Laurent), Rachelle Lafevre (Victoria) e Billy Burke (Charlie Swan).

Contudo, as locações do filme que estão divididas entre Vancouver, no Canadá, e Toscana, na Itália terão novidades no elenco. Entre as novidades estão Charlie Bewley (Demetri), Jamie Campbell Bower (Caius), Daniel Cudmore (Felix), Christopher Heyerdahl (Marcus), Dakota Fanning (Jane), Cameron Bright (Alec), Noot Seer (Heidi), Michael Sheen (Aro), Graham Greene (Harry Clearwater) e Tinsel Korey (Emily). Na direção, nada de Drew Barrymore ou tantos outros nomes cogitados, Lua Nova terá Chris Weitz (A Bússola de Ouro) como diretor e será lançado no Brasil pela Paris Filmes, simultaneamente, em 20 de novembro.

TEASER: Lua Nova (The Twilight Saga: New Moon), o segundo filme da cinessérie Crepúsculo, já conta com um vídeo de divulgação circulando na web. O vídeo promocional editado pela Entertainment Tonight vai ao ar no dia 23 de abril com entrevistas e cenas do filme.

SUCESSO NAS PRATELEIRAS: O romance de estréia de Stephanie Meyer, sucesso absoluto de vendas, ocupou o primeiro lugar na lista do New York Times, posição a qual permaneceu durante mais de um ano. Em todo o mundo vendeu 45 milhões de livros, sendo 20 milhões em apenas três meses. No Brasil, os livros ocupam as primeiras colocações na lista dos campeões de venda. Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer venderam 45 milhões de exemplares em 37 países. Aqui no Brasil, as vendas já somam 700 mil desde o lançamento do primeiro título, em abril de 2008. Enquanto acumula elogios diversos da crítica internacional, a escritora tem seu mérito por envolver (em massa) o público adolescente, embora a série de livros seja adequada para todas as idades. A história com seres sobrenaturais com sede de sangue continua em outros três livros: Lua Nova, Eclipe e Amanhecer (com lançamento previsto para o final do mês de junho deste ano).


Filme: Crepúsculo (Twilight, EUA)
Ano: 2008
Gênero: Suspense / Romance / Drama / Fantasia
Duração: 122 minutos
Direção: Catherine Hardwicke
Roteiro: Melissa Rosenberg e Stephenie Meyer (livro)
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Billy Burke, Ashley Greene, Nikki Reed, Kellan Lutz, Peter Facinelli, Cam Gigandet

segunda-feira, 8 de junho de 2009

.: Resenha de "Crepúsculo", Stephenie Meyer


Uma tentação chamada Crepúsculo
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Uma lindíssima história de amor narrada em grande estilo. Saiba mais do grande sucesso editorial, Crepúsculo, de Stephenie Meyer!



"Nunca pensei muito em como morreria - embora nos últimos meses tivesse motivos suficientes para isso -, mas, mesmo que tivesse pensando, não teria imaginado que seria assim. (...) Sem dúvida era uma boa forma de morrer, no lugar de outra pessoa, de alguém que eu amava. Nobre, até. Isso devia contar para alguma coisa"


"Crepúsculo", de Stephenie Meyer reúne os ingredientes dos grandes sucessos literários: um enredo intrigante, personagens cativantes, cenários do cotidiano com um toque de mistério e uma narração bem amarrada e de tirar o fôlego. Resultado: o livro virou mania entre os adolescentes. Embora o sucesso de Crepúsculo seja visto com muito preconceito -rotulado até de "modinha"-, não há qualquer dificuldade para os leitores -iniciantes e avançados- destruírem tal mito e embarcarem também nesta fantástica história com tempero na medida certa.

Basta folhear as primeiras páginas do livro que não haverá outra opção a não ser lê-lo sem parar. Contudo, na necessidade de uma parada, o leitor continua sendo provocado a continuar a leitura. Também pudera, enquanto o livro está fechado, na cabeceira de sua cama, a "tentação" das mãos segurando uma maçã de um vermelho inebriante (que remetem a história de Adão e Eva e ao conto de "A Branca de Neve") convidam a um mergulho livre na incansável história de amor de Isabella Swan e de Edward Cullen.

No romance vampírico tudo começa quando a jovem Bella está de mudança para a cidade de Forks. Ela que vivia com a mãe e o padrasto em Phoenix, cidade de muito sol e calor intenso, decide morar com seu pai, Charlie, o chefe de polícia de Forks, cidadezinha cheia de verde, muita chuva e neve. Tudo o que Bella mais detesta, apesar de não ter olhos claros, cabelos ruivos e uma pele bronzeada.


"Eu não me relaciono bem com as pessoas da minha idade. Talvez a verdade seja que eu não me relaciono bem com as pessoas, e ponto final. Até a minha mãe, de quem eu era mais próxima do que de qualquer outra pessoa do plante, nunca esteve em sintonia comigo, nunca esteve exatamente na mesma página. Às vezes eu me perguntava se via as mesmas coisas que o resto do mundo. Talvez houvesse um problema no meu cérebro".


E assim, na primeira noite, a típica adolescente encontra dificuldades para dormir. Contudo é em Forks High School, com 358 alunos, que a história da jovem ganha ritmo. Já no estacionamento da escola, em sua picape dos anos 50, Bella percebe a grande quantidade de carros velhos, destacando-se somente um Volvo reluzente. Enquanto está "perdida" para a próxima aula "conhece" Eric.

É no refeitório, ao conversar com sete estranhos, que Bella vê pela primeira vez os Cullen. Ao notar os rostos diferentes, inumanamente lindos e nomes incomuns (Edward, Emmet, Rosalie, Jasper e Alice), ela descobre que os filhos de Carlisle e Esme são distantes dos outros alunos. Em contraponto, é Bella quem, aos poucos, acaba com este afastamento.

Enquanto Edward luta contra o desejo pelo (cheiro bom do) sangue de Bella, sem deixar de sentir amor pela novata da escola, sua colega de classe, o inimaginável acontece e reforça o sentimento dos dois: Edward a salva de um atropelamento.


"Por um segundo o silêncio foi absoluto, antes que começasse a gritaria. No tumulto repentino, eu podia ouvir mais de uma pessoa gritando meu nome. Mas com mais clareza ainda, podia ouvir a voz baixa e frenética de Edward Cullen no meu ouvido.

- Bella? Está tudo bem?

- Eu estou bem. - Minha voz parecia estranha. Tentei me sentar e percebi que ele me segurava junto à lateral de seu corpo num aperto de aço.

- Cuidado - alertou ele enquanto eu me esforçava. - Acho que você bateu a cabeça com força.

Percebi uma dor latejante acima da orelha esquerda.

- Ai - eu disse, surpresa.

- Foi o que eu pensei. - Pela voz dele, tive a surpreendente impressão de que ele reprimia o riso."


Ao desmistificar o ser vampiresco, Bella apaixona-se ainda mais por quem aquele que deveria manter distância, até porque uma parte de Edward desejava sugar-lhe a vida. E numa relação de amor e desejo, os dois jovens embarcam rumo ao inusitado, o namoro de uma humana de 17 anos e de um morto-vivo (que nasceu em 1901, mas desde 1918 assumiu esta forma de "vida"). Em meio a muitas declarações de amor, os dois percebem a importância de suas famílias e descobrem a beleza de amar alguém pela primeira vez.

AUTORA: Stephenie Meyer formou-se em literatura inglesa na Brigham Young University. Sobre este romance (Crepúsculo), ela diz: "Sempre admirei a capacidade de alguns escritores de criar situações de fantasia impossíveis e depois acrescentar personagens que são tão profundamente humanos que suas perspectivas tornam a situação real. Espero que Crepúsculo proporcione a mesma experiência a seus leitores". A escritora mora com o marido e três filhos em Glendale, no Arizona.

SUCESSO: O romance de estréia de Stephanie Meyer, sucesso absoluto de vendas, ocupou o primeiro lugar na lista do New York Times, posição a qual permaneceu durante mais de um ano. Em todo o mundo vendeu 45 milhões de livros, sendo 20 milhões em apenas três meses. No Brasil, os livros ocupam as primeiras colocações na lista dos campeões de venda. Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer venderam 45 milhões de exemplares em 37 países. Aqui no Brasil, as vendas já somam 700 mil desde o lançamento do primeiro título, em abril de 2008.

FAÇANHA - Enquanto acumula elogios diversos da crítica internacional, a escritora tem seu mérito por envolver (em massa) o público adolescente, embora a série de livros seja adequada para todas as idades. A história com seres sobrenaturais com sede de sangue continua em outros três livros: Lua Nova, Eclipe e Amanhecer (com lançamento previsto para o final do mês de junho deste ano).

CURIOSIDADES: A autora Stephenie Meyer é grande admiradora da escritora Jane Austen, principalmente de romances como Razão e Sensibilidade e Orgulho e Preconceito. Para compor os quatro livros da saga de Crepúsculo ela inspirou-se nos seguintes clássicos da literatura:
- Crepúsculo: Orgulho e Preconceito
- Lua Nova: Romeu e Julieta
- Eclipse: O Morro dos Ventos Uivantes
- Amanhecer: O Mercador de Veneza e Sonho de uma noite de Verão
Fonte: blig.ig.com.br/powerteen/

FILME: O fenômeno Crepúsculo (Twilight, 2008) já é garantia de venda, seja pelo livro -esgotado em muitas livrarias- ou por produtos relacionados. No entanto, o longa que estreou no Brasil em dezembro de 2008, acumulou muitas críticas negativas ao redor do mundo. Em um estilo telefilme, a produção de Catherine Hardwicke, realizado com baixo orçamento, não é muito fiel ao livro. E, em umas alterações e outras derruba seus baldes de gelo no público que já conhece a história (em seus mínimos detalhes), principalmente em cenas importantes que causam expectativas e decepcionam por terem sofrido alterações ou até cortes. Por essas e outras cositas é melhor fazer o caminho mais correto: primeiro leia o livro e depois veja o filme. Ao chegar no final de tal trajeto, tire sua próprias conclusões e veja o que mais lhe agrada. Caso o assunto, seja o visual das personagens, este não há o que comentar, né!

Livro: Crepúsculo
Autora: Stephenie Meyer
102 páginas
Ano: 2008
Tradução: Ryta Vinagre
Editora: Intríseca

quarta-feira, 3 de junho de 2009

.: O teatro rodrigueano em Vestido de Noiva

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em junho de 2004


Os detalhes e as surpresas da boa narrativa.


Imagine-se em um teatro de luzes apagadas. "Buzina de automóvel. Rumor de derrapagem violenta. Som de vidraças partidas. Silêncio. Assistência. Silêncio". É assim que começa a peça Vestido de Noiva (1943), de Nelson Rodrigues. O jogo de luzes e som, além da ruptura temporal entre real, alucinação e memória (mudança de cenários) são fatores que causam em certo estranhamento no espectador, mas ao mesmo tempo o aproximam, pois é necessário que cada detalhe seja bem entendido.

É neste jogo de espaço e tempo que Nelson Rodrigues prepara o espectador. Contudo, marcante acontece. O uso deste recurso não limita o espectador, pelo contrário o faz fica próximo dos fatores para depois juntar a compreender a perturbadora história da jovem Alaíde. Na transgressão de tempo, ação e espaço o espectador vive com Alaíde o conflito, caminhando paralelamente com as emoções da personagem. Com a ruptura temporal Nelson Rodrigues cria um teatro perturbador, cheio de reflexões. E nos deixa várias perguntas que para serem respondidas é preciso criar uma lógica. É ao juntar a 'mensagem' que pode-se perceber o quanto Nelson Rodrigues cutuca a sociedade de classe média, burguesa, em que a aparência era mais importante (sociedade hipócrita).

É por meio das reflexões de Alaíde que o espectador passa a conhecer a verdadeira Alaíde, mulher reprimida que só tem coragem de ser livre quando está entre a vida e a morte (alucinando). Neste estado Alaíde vive o conflito com Madame Clessi, mulher por quem ela se apaixonou, por ser livre, uma prostituta. Enfim, Vestido de Noiva é uma peça em que o afastamento do decoro ao invés de distanciar o espectador, os acontecimentos simplesmente aproximam ainda mais o espectador.

História: Alaíde é uma jovem inconformada com as convenções sociais que reprimem a mulher. No entanto, a jovem só opõem-se a estas convenções enquanto alucina. Com seu poder de sedução manipula as pessoas e rouba os namorados da irmã. Alaíde casa-se com Pedro, que junto de Lúcia planejam e desejam com intensidade a morte de Alaíde. A jovem encontra o diário de Clessi, uma prostituta, antiga moradora da casa de Alaíde, é aí que ela se vê apaixonada por esta mulher que viveu livremente e teve coragem de fazer tudo o que desejava. Um dia um acidente de automóvel leva Alaíde. Pedro e Lúcia casam-se, mas a 'presença' de Alaíde na hora do casamento é percebida quando Lúcia pede o buquê, e "Alaíde, como um fantasma, avança em direção da irmã, por uma das escadas laterais, numa atitude de quem vai entregar o buquê. Clessi sobre a outra escada. Uma luz vertical acompanha Alaíde e Clessi. Todos imóveis em pleno gesto. Apaga-se, então, toda a cena, só ficando iluminado, sob uma luz lunar, o túmulo de Alaíde. Crescendo da Marcha Fúnebre. Trevas".

terça-feira, 2 de junho de 2009

.: O amor está nas telas, um tema universal

O amor está nas telas
Por: Amanda Aouad
Em junho de 2009


No mês de aniversário do Resenhando, o mesmo em que se comemora o Dia dos Namorados, Amanda Aouad fala sobre seis grandes cenas de amor do cinema.


O amor é o tema universal. Presente em praticamente todos os filmes, consegue arrancar suspiros, com casais apaixonados, mesmo em filmes de ação como Exterminador do Futuro ou Matrix. Uma seleção das melhores cenas de amor do cinema seria, então, uma tarefa árdua e controversa. Qual o critério a ser utilizado? A química entre os atores? A construção técnica da cena? A música marcante que sempre acompanha uma cena de beijo? Diversas são as formas de se escolher uma lista de melhores e o gosto pessoal sempre acaba sendo decisivo. 

Foi então, que pensei: o que mais alimenta e embala os nossos sonhos de amor no cinema? A paixão! A capacidade de entregar-se a uma emoção. A abnegação do personagem em prol do outro. A identificação com um sonho maior: sentir-se especial para alguém. Foi então, que veio a idéia de aproveitar os seis anos do Resenhando, em um mês em que se comemora o dia dos namorados, para comentar, sob este prisma, seis grandes cenas de amor do cinema. 

Falando em amor, lembramos logo da cidade mais romântica de todas. Paris, mesmo em meio a guerra, surge no imaginário coletivo como sonho ideal. “Sempre teremos Paris”, diz Humphrey Bogart à uma chorosa Ingrid Bergman, em uma cena de Casablanca. O avião está partindo para cidade luz, ele precisa convencê-la a ir, ficará mais segura do que ali em Casablanca, o momento é de guerra. Então, por amá-la, ele a manda embora da maneira mais controversa possível, prometendo que eles nunca irão se separar. Não há quem resista. 

Se Paris é a cidade luz, reduto dos enamorados, Nova York é a cidade de quem quer subir na vida. Audrey Hepburn, em Bonequinha de luxo, é Holly Golightly uma garota de programa que só pensa em casar com um milionário. Mas, o amor é insistente e aparece na figura de seu vizinho Paul Varjak (George Peppard), um escritor pobre. Tudo leva a crer que ela irá embora sem admitir o que sente, até que debaixo de uma chuva imensa, seu gatinho de estimação pula do táxi, forçando-a a ir atrás. Quando está quase desistindo, surge Paul com o bichano no colo e os dois se declaram. Irresistível, tocante. Uma cena memorável, com certeza. 

Mas, nem só de alegrias vive o amor. Às vezes, o ser amado não consegue enxergar que o que está em sua frente e é preciso lembrá-lo de que ali está apenas “uma mulher pedindo a um homem que a ame”, como fez Anna Scott (Julia Roberts) em Um Lugar Chamado Notting Hill, em uma cena de tirar o fôlego, principalmente pela interpretação contida de um assustado Hugh Grant. 

Pior, é quando a pessoa que a gente ama está tão no fundo do poço, que não é possível erguê-la. É preciso se afundar junto com ela. Maior prova de amor que Robin Williams deu no filme Amor Além da Vida, quando decide ficar no “inferno” junto com sua esposa, pois sem ela, sua existência não tinha sentido. A força do gesto de amor dele acabou salvando os dois, despertando-a e levando-os de volta para a casinha idealizada, no “céu”. 

Mas, a prova de que mesmo com dor e sofrimento, amar vale sempre a pena está em Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança. Ao perceber que sua amada apagou suas memórias, Joy (Jim Carrey) resolve se submeter ao mesmo processo. Porém, enquanto vai esquecendo tudo que viveu com Clementina (Kate Winslet), ele vai se dando conta de que valeu a pena e que não quer deixá-la ir. O momento crucial do filme é uma das mais belas cenas de amor do cinema, não tenho dúvidas. Quando em sua última lembrança, na casa de praia, eles têm a conversa definitiva. O mar invadido tudo, ele angustiado porque acabou e sua memória está sendo apagada. Mas, o amor é mais forte e fica uma ponta de esperança: “Encontre-me em Montauk”, ela sussurra em seu ouvido. 

E para provar que brasileiro também sabe amar no cinema, pensemos em qual a maior prova de amor de uma pessoa pode dar a outra. Antônio (Gustavo Falcão) de A Máquina, amava tanto a sua Karina (Mariana Ximenes) que levou o mundo para ela. Em uma loucura, ele promete viajar no tempo, só para chamar a atenção de todos para a cidade onde vivem e de onde Karina estava querendo sair, pois ali, nada acontecia. A cena de sua volta, já com o plano traçado para provar sua viagem, o vento e a chuva caindo sobre a multidão que assiste à cena e os dois apaixonados comemorando é difícil de sair da mente. E está entre as mais românticas de todos os tempos. Porque não importa a cena. Amar, seja na tela ou na vida real, vale sempre a pena. 

* Amanda Aouad – Roteirista, pós-graduada em Cinema e em Roteiro

segunda-feira, 1 de junho de 2009

.: O Resenhando.com elencou as seis entrevistas mais clicadas

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em junho de 2009


Marian Keyes, Meg Cabot, Carmo Dalla Vecchia, Luana Piovani, Danni Carlos e Thaeme Mariôto são os entrevistados mais acessados neste aniversário do Resenhando. Saiba mais!


Mais um ano de vida. Ao seis anos de idade o Resenhando e sua equipe têm muita história para contar. Ao considerarmos os entrevistados do período de julho de 2008 a junho de 2009, encontramos nomes nacionais e internacionais, todos muito importantes. Em conversas francas, as escritoras Marian Keyes, Meg Cabot e Thalita Rebouças mostraram o outro lado de quem cria histórias e personagens de sucesso. Já o escritor Pedro Vieira apareceu por aqui e revelou a força dos jovens na produção literária. Com simpatia, os atores Carmo Dalla Vecchia, Rosana Mulholand e Luana Piovani provaram que beleza tem conteúdo, enquanto que os cantores Arnaldo Antunes, Lobão, Thaeme Marioto e Danni Carlos mostraram seu profundo amor pela música. 

Para festejar o sexto aniversário Resenhando, preparamos uma lista com as seis entrevistas mais acessadas de julho de 2008 a junho de 2009. Saiba um pouco mais dos nossos entrevistados e não deixe de ler o R.G. de cada um deles na íntegra!

A autora de sucessos como Melancia, Sushi e Férias!, líder deste ranking, em entrevista EXCLUSIVA ao Resenhando, revela que tem como principal obstáculo a falta de tempo para produzir seus livros. No entanto, ao falar sobre suas personagens confessa ter grande admiração por suas protagonistas: "Sim, eu sou muito carinhosa com minhas personagens. E eu acho que elas são heroínas porque elas passam por momentos difíceis, e elas sobrevivem e emergem, fortes e sábias".

Já não é novidade que a escritora irlandesa Marian Keyes deu a volta por cima ao lutar contra o vício do alcoolismo. Ela, que atualmente, tem seu lugar garantido no meio literário e grande destaque nas prateleiras das livrarias, conversou com a equipe do Resenhando.com e falou sobre suas alegrias, suas personagens e como é ser uma escritora irlandesa, país com uma história cheia de tradições.


Na sequência temos o ator da Rede Globo, Carmo Dalla Vecchia. Simpático e educado, o "protagonista" dos capítulos finais de A Favorita, que tem em seu currículo profissional nada mais, nada menos que dez novelas, três minisséries e dois filmes, disse ao Resenhando que o sucesso é apenas uma consequência. "Não acho que ele (Zé Bob, personagem de A Favorita) seja minha consagração, porque já fiz vários personagens, e por mais que ele tenha o maior ibope de todos, eu só cheguei a ele pelo trabalho que foi executado até aqui."

Sobre seu último trabalho na televisão, o galã do momento ainda revela: "Eu tive a chance, no Rio de Janeiro, de conhecer algumas pessoas parecidas com o Zé Bob... Mas isso, infelizmente, é uma pena, cada vez parece menor. Pessoas mais engajadas, pessoas com uma ética muito forte, né? O Zé Bob, em termos de conduta, caráter, ética, eu acho que ele é um exemplo a ser seguido."


Nesta disputadíssima corrida das entrevistas mais acessadas, a terceira posição é da escritora Meg Cabot. A autora das séries O Diário da Princesa e A Mediadora, admirada pelo público juvenil, por sua diversidade na escrita, conta que sempre gostou de escrever. "Aos 26 anos, após a morte de meu pai, decidi tentar enviar algumas das histórias que escrevi para uma editora. A maior parte dos editores disse: "Não, obrigado" e me rejeitaram. Após muitos anos, um finalmente disse: "sim". Foi então que me tornei autora. Agora escrever é o meu trabalho e o meu hobby. Então eu escrevo por diversão e por trabalho. É insano".

É quase que impossível não se encantar com alguém tão receptivo e divertido quanto Meg Cabot. Ao falar sobre seus livros a escritora internacional diz: "Dos meus livros, gosto de todos os meus personagens da mesma forma. Ou, é isso o que digo às pessoas. Assim como uma mãe gosta de todos os seus filhos na mesma proporção. Ela encontraria grandes dificuldade se "escolhesse" algum!".


A carinha de anjo e o jeito meigo ajudaram a cantora Thaeme Mariôto a garantir a quarta posição nesta lista de entrevistados do Resenhando. A moça que venceu o programa Ídolos 2007 (SBT) mantém a carreira e continua conquistando grande número de fãs por todo o Brasil, os Thaêmicos. 

A vencedora do Ídolos que viu sua vida mudar da noite para o dia, fala ao Resenhando revela: "Eu não entrei no Ídolos com a intenção de vencer... Em nenhum momento tive certeza da vitória, ainda mais na final onde minha concorrente era a Shirley (com muito talento e já veterana em concursos de música)". Contudo, após embarcar na vida de celebridade musical, ao falar sobre os fãs diz entusiasmada: "Eu amo meus Thaêmicos e nada melhor que o carinho deles por mim... Ixi, tem história, hein?! Um dia eu fui a manicura e na hora em que saí do carro uma menina estava passando por mim de bicicleta (sem as mãos no guidão) e ela levou um susto tão grande que quase caiu, foi por pouco... Tem também as loucuras de fãs!!! Amo!"


Saindo do meio musical, chegamos à televisão, ou melhor, em nossa quinta posição, a atriz Luana Piovani. Irreverente e cheia de opiniões, a Mulher Invisível (protagonista do longa brasileiro), mostra a sua preocupação com o futuro. “As crianças são os adultos que teremos amanhã e eu acho que nós estamos precisando formar pessoas melhores do que as que estão por aí hoje”.

Tomada de sensibilidade ela revela sua preocupação com o público infantil: "Minha comunicação com as crianças é muito fácil. E ninguém merece mais o meu esforço e a minha dedicação do que elas.", diz a atriz.

Ela que tinha acabado de passar por problemas com o ator Dado Dollabela (participante do reality show da Rede Record, A Fazenda), defende o seu humor, sempre questionado pela mídia. "Eu não sou antipática com quem não merece. Jornalista sério tem todo o meu respeito. Mas com quem sai por aí falando besteira, que vem querendo invadir minha privacidade, eu sou mesmo. Mas eu não deixo de viver por conta disso, não. Vou à praia, namoro, saio com meus amigos... Deixo que falem o que quiserem", conclui.


Já a sexta entrevista mais vista pelos internautas do Resenhando é da cantora que, atualmente, participa do reality show da Rede Record, A Fazenda, Danni Carlos. Ela que está compondo músicas no programa exibido todas as noites e muito visto na internet, diz que sua inspiração tem origem nas coisas do cotidiano. “São fragmentos de ‘causos’ de amigos, pedaços da minha história pessoal, coisas que acontecem num horizonte mais próximo a mim”, revela. 

A intérprete de “Coisas Que Eu Sei”, estourou nas rádios e passou a ser conhecida por lançar um CD com canções de própria autoria. Sorte do grande público, que tem mais uma opção de qualidade no pop melódico. Ao falar sobre discos covers e autorais, conta: "Logo meu primeiro CD autoral foi indicado para dois Grammys Latinos – melhor disco de pop rock e melhor canção. Acho que é mais um sinal de Deus de que eu devo continuar nesse sentido. “Música Nova” foi o CD me deu maior reconhecimento, até no exterior. Fui elogiada por pessoas como Ney Matogrosso, Arnaldo Antunes, Vanessa da Mata. Então, estou contente. Mas gostaria de continuar com os dois, porque eu não posso negar que cantar em inglês me rendeu bons frutos."

.: Entrevista com Renata Dias Gomes, roteirista

“...a cobrança existe com qualquer autor novo, comigo não vai ser diferente”. -  Renata Dias Gomes

Por: Helder Miranda

Em junho de 2009


O Resenhando comemora o aniversário com mate diet, e quem ganha é você. Confira o entrevistão do mês!



Neta de dois grandes nomes da dramaturgia brasileira, Dias Gomes e Janete Clair, o sobrenome de Renata Dias Gomes, a entrevistada dos seis anos do Resenhando, fala muito alto, mas não bastou para abrir as portas para ela, nem para mantê-la na trilha de uma promissora carreira na televisão. “Comecei como todo mundo, não pulei etapas por ter um sobrenome famoso”, afirmou, em recente entrevista.

Como prova irrefutável de que a genética não falha, com só 25 anos foi uma das colaboradoras de Chamas da Vida, novela da TV Record, de Cristianne Fridman, e Alta Estação, de Margareth Boury, da mesma emissora. Muito bonita, simpática e espontânea, a carioca – fã de chá mate diet – foi mãe aos 20 e entrou para o quadro de roteiristas da emissora aos 22 anos. Numa conversa franca, e EXCLUSIVA, fala sobre tudo e revela uma característica tão marcante quanto seu talento: a autenticidade.



RESENHANDO – As novelas ainda sofrem preconceito?
RENATA DIAS GOMES – Com toda certeza. A novela ainda não é uma unanimidade como expressão artística. O preconceito vem mais da classe intelectual, com certeza, porque a novela não é vista por eles como expressão artística. É classificada como um produto menor. 


RESENHANDO – Com o histórico familiar tão importante na dramaturgia brasileira, como você se define?
RDG – Sou uma escritora iniciante e em formação. Com muita vontade de aprender e contar as minhas histórias.


RESENHANDO – A cobrança, para você, é maior do que para os colabores de telenovela que estão iniciando?
RDG – Acho que não. O cargo de colaborador é de muita responsabilidade, mas a pressão da empresa ou do público não existe porque não damos a cara para bater. E as duas autoras com quem trabalhei me cobravam como ao resto da equipe. Eu é que me cobro demais. 


RESENHANDO – Por que essa autocobrança?
RDG – Eu me cobro muito em tudo. Faz parte da minha personalidade. Sempre fui assim. Na escola, no vôlei, na maternidade, no casamento.


RESENHANDO – Ser neta de Dias Gomes e Janete Clair atrapalhou ou ajudou, de alguma maneira, sua carreira como roteirista?
RDG – Só ajudou! Porque eu tive dois grandes exemplos dentro de casa de que era possível chegar lá. E por causa do sucesso deles minha família também sempre viu minha opção como uma coisa natural. Além disso, eu encontrei muito carinho no meu caminho porque muita gente do meio me viu bebê. Ser neta deles não me ajudou diretamente porque eu comecei mandando currículo para literalmente todas as produtoras do Rio de Janeiro. E depois fui parar na TV aberta por intermédio do Tiago Santiago que não foi amigo dos meus avós. Mas com certeza indiretamente ajudou e continua ajudando. 


RESENHANDO – Como era Dias Gomes na intimidade?
RDG – Um super avô! O patriarca da família. Um homem que gostava muito de reunir a família, que fazia questão de comemorar o natal mesmo sendo ateu pra poder reunir todos os muitos filhos e os netos. 


RESENHANDO – Ele tinha o temperamento fácil ou difícil?
RDG – Eu sou neta, né? Com neto é tudo fácil (risos).


RESENHANDO – Com duas novelas no currículo, como colaboradora, o que falta para escrever uma novela própria?
RDG – Falta uma oportunidade (risos). Talvez o ideal para minha formação seja ainda colaborar mais para adquirir mais experiência. Duas novelas não formam um autor titular de novelas. Mas eu ando na fissura de contar as minhas histórias. E se rolar uma oportunidade com a ajuda de um supervisor de texto experiente, ficarei feliz.


RESENHANDO – Antes de uma novela própria, se fosse para fazer um remake, qual obra você escolheria??
RDG – Eu gostaria sinceramente de começar com uma novela minha. Mas se pudesse escolher uma trama histórica para fazer um remake, escolheria Que Rei Sou Eu?.


RESENHANDO – Em uma telenovela própria, qual será o estilo de Renata Dias Gomes?
RDG – Ainda não sei. Só vou saber quando fizer minha novela. Gosto de temas engajados, de política, de social. Mas me preocupo principalmente em ter uma boa história para contar e contá-la da melhor forma possível. Não gosto de levantar bandeiras, mas de contar boas histórias e levar o público a pensar sobre elas. Acredito também que o humor será uma característica forte no meu trabalho porque está presente em boa parte do que eu escrevo.


RESENHANDO – Qual a linha tênue que pode transformar o merchandising social utilizado nas novelas em chatice, demagogia?
RDG – Quando o merchandising social foge do contexto e não está inserido na história, vira panfletarismo e aí acho que fica chato.


RESENHANDO – Quando escrever uma, você acredita que o sobrenome vai se refletir em cobrança dos telespectadores e, sobretudo, da emissora?
RDG – Talvez. Não dá pra prever. Eu acho que o sobrenome gera uma expectativa. Mas até aqui essa expectativa veio convertida em carinho e não em cobrança. Mas a cobrança existe com qualquer autor novo, comigo não vai ser diferente. O que eu pretendo é ter uma boa história para contar e fazer isso da melhor forma possível.


RESENHANDO – Como você descobriu a vocação, para escrever?
RDG – Não sei! Não lembro exatamente quando eu descobri. Mas foi muito pequena. Tenho lembranças bem antigas das minhas primeiras histórias. Aprendi a ler e escrever sozinha com 3 pra 4 anos. Não sei se já contava histórias antes, mas depois que aprendi a colocá-las no papel não parei mais. Com cinco anos uma redação que escrevi foi publicada no jornalzinho do colégio. Ali eu já sabia que seria escritora. Lembro de também por volta dessa idade escrever num caderninho as "Aventuras de Dênis e Denise". Escrevia um pouco a cada dia sempre deixando um gancho para continuar no dia seguinte. 


RESENHANDO – Ao mesmo tempo em que escreve, você também orienta outros profissionais em cursos sobre teledramaturgia. O que fazer para conseguir um lugar ao sol, na área de roteiros?
RDG – Não sei dizer um caminho específico. Porque não conheço pessoas que seguiram o mesmo caminho. O que eu posso dizer é que telenovela é um gênero muito restrito. Então o sonho de um roteirista ou de um escritor não deve se limitar a isso. Existe um mercado que não é fácil , mas é bem maior se pensarmos em televisão fechada, cinema, produtoras de conteúdo, teatro. Eu sempre falo para quem quer se tornar roteirista que então escreva roteiros. A maioria das pessoas pensa em desenvolver sinopses, mas não sabe como escrever uma cena, um capítulo. E precisa disso pra se tornar roteirista. As novelas são um produto comercial. Então é natural que a empresa que está bancando a produção cobre resultados satisfatórios. 


RESENHANDO – Joaquim Ferreira dos Santos, autor do livro "Leila Diniz - Uma Revolução na Praia" afirma que Leila Diniz foi afastada da TV Globo, porque Janete Clair alegou que não havia papel de prostituta em suas novelas seguintes. Você acredita que isso determinou a queda de Leila Diniz?
RDG – Não faço ideia. Nem conhecia essa história, não tenho como comentar. Não li o livro, não conheci a minha avó e nem a Leila Diniz (risos). 


RESENHANDO – Qual contribuição de livros, músicas e vivências para a construção de cenas e diálogos de qualidade para televisão e cinema?
RDG – É muito importante que o autor tenha um grande conhecimento de arte e cultura em geral. Ler é fundamental pra quem quer escrever. Ler jornal e ter experiências de vida também ajuda bastante. O autor precisa de uma boa base de referências pra poder escrever bem. 


RESENHANDO – Falando nisso, qual é seu livro e autor preferidos?
RDG – Não tenho um livro preferido. Sou de fases. Tive uma época fanática pelo Rubem Fonseca, outra pela Clarice Lispector. Se você me fizesse essa pergunta há um tempo atrás eu certamente escolheria uma obra de um desses autores. Mas hoje estou (novamente) numa fase Gabriel García Márquez. Então escolho Cem Anos de Solidão.


RESENHANDO – O que o público pode esperar de "Vende-se Um Véu de Noiva", folhetim radiofônico de sua avó, agora no SBT?
RDG – Não sei responder, porque vai ser adaptado, mas a história original é sensacional! Um folhetim típico de Janete Clair.

.: Crepúsculo: O Resenhando elegeu 6 relacionamentos desta obra vampiresca

Amor: um ponto em comum
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2009


"Crepúsculo": Descubra quais são os seis relacionamentos mais interessantes eleitos pelo Resenhando.com em seu sexto aniversário. Saiba mais!Para celebrar os seis anos do Resenhando.com, elegemos a obra de maior sucesso editorial dos últimos tempos, Crepúsculo, de Stephenie Meyer, para elencar os seis relacionamentos mais importantes e interessantes desta obra vampiresca.

A história de amor entre Edward Cullen e Isabella Swan é o centro de todos os relacionamentos de Crepúsculo. Em meio a personagens cativantes e de perfis opostos e até irreverentes, o toque de mistério envolve o leitor na familiaridade e/ou intimidade existente em Isabella e Charlie (filha e pai), Isabella e Jacob (amizade), Carlisle e Esme (marido e mulher), Rosalie e Emmet (namorados) e Alice e Jasper (namorados).

A obra de Stephenie Meyer, que continua conquistando fãs por todo o mundo, tem como história principal o relacionamento entre uma humana (Bella) e um vampiro centenário (Edward). Dificuldades para a realização deste amor "impossível" é que não faltam. Os problemas já começam no desejo intenso que Edward sente de tomar o sangue de seu grande amor. "De três coisas eu estava convicta. Primeira, Edward era um vampiro. Segunda, havia uma parte dele -e eu não sabia que poder essa parte teria- que tinha sede do meu sangue. E terceira, eu estava incondicionalmente e irrevogavelmente apaixonada por ele".

Graças à esta história de amor conhecemos os casais de namorados Rosalie e Emmet e Alice e Jasper. Estes, todos integrantes da "família" Cullen, portanto "irmãos adotivos", têm um histórico parecido: são vampiros. Contudo, o perfil de cada um tem suas peculiaridades. Rosalie, é linda e encantadora, porém explosiva e demonstra claramente não gostar de Isabella. Enquanto que Emmet grandão e forte, além de agradável e calmo, transmite proteção.

Representando o lado zen está Alice e seu modo fadinha de ser. Sempre pensando no bem de todos, enquanto que Jasper, o mais novo vegetariano dos Cullen, deixa visível a sua luta por não tomar sangue. Daí então, seu comportamento bastante "esquisito" diante de Bella, que para eles, tem um "cheiro bom" (sangue).

Já os pais adotivos dos "vampirinhos", Carlisle e Esme, são mais estáveis. Enquanto que Esme, mantêm-se mais afastada de todos, por ficar mais em casa, Carlisle representa a saúde de Forks e tem conhecimento público. O médico da cidade tem uma beleza clássica e, assim como Emett, tem o seu lado protetor, não só pelo bem-estar de Edward, mas pela vida humana de Bella, a paz e a tranquilidade de Forks e seus habitantes. Como diz Edward a respeito de seus pais: "- Ficam felizes por me verem feliz. Na verdade, Esme não se preocupou comigo, com medo de que houvesse alguma coisa ausente em minha constituição básica, que eu fosse jovem demais quando Carlisle me mudou... Ela está em êxtase. O tempo todo que toco você, ela praticamente afoga-se em satisfação".

Com o namoro aprovado pelos quase "sogros", em contrapartida, a protagonista da história estabelece um elo de amizade com Jacob Black, o qual conhece em um passeio à praia, no capítulo 6, Histórias de Terror. Na tentativa de tirar informações sobre os Cullen, Bella inicia uma grande amizade com o mais novo membro da família Black. Embora ele tenha acabado de completar seus 15 e Bella tenha 17, ambos estabelecem um vínculo de amizade bastante profundo e intenso, abrindo assim, precedentes românticos para a história de Lua Nova, sequência de Crepúsculo.

Por fim, outro relacionamento importante que tem início tão frio quanto a cidade de Forks e ao longo da história ganha muito calor e emoção, é o carinho de pai e filha, entre Charlie e Isabella. A reaproximação entre os dois consegue quebrar o gelo dos anos de distância. O que começa com o chefe de polícia de Forks recebendo a filha no aeroporto com um abraço desajeitado acaba tornando-se em um relacionamento verdadeiro entre pai e filha, inexistente para ambos, até então. Após dias de convivência na mesma casa, a filha mostra seu lado "mãe" e cuida do próprio pai com muita dedicação. Tanto é que Charlie até chega a pedir: "- Deixe os pratos, posso cuidar deles hoje. Você me mima demais".

Crepúsculo aborda várias formas de amar e ser amado. Em destaque sempre permanece a força e o desejo do amor, não somente entre um casal, mas também o amor familiar (pais e filhos) e o de um amigo. Definitivamente, Crepúsculo é um livro que não pode faltar na sua estante de livros. Leia Crepúsculo, de Stephenie Meyer e descubra outros temas importantes nesta saga literária!

Livro: Crepúsculo
Autora: Stephenie Meyer
102 páginas
Ano: 2008
Tradução: Ryta Vinagre
Editora: Intríseca
Site da Editora Intrínseca: www.intrinseca.com.br/crepusculo
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