quinta-feira, 1 de outubro de 2009

.: Entrevista com Umberto Gonçalves, escritor pela Editora Scortecci

“A Literatura como um todo me faz viajar. É onde encontro muita paz, conhecimento e busco a sabedoria que ainda não encontrei.” - Umberto Gonçalves


Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2009


Conheça melhor o escritor Umberto Gonçalves, autor de "Cabo Genaro: Homem de Honra”, publicado pela Editora Scortecci.



Natural de Moreno, Pernambuco, Umberto Gonçalves, um  escritor que acredita no poder do ser humano em enfrentar os problema da vida, fala ao site cultural Resenhando sobre o seu livro Cabo Genaro: Homem de Honra, seus planos literários, o gosto pela leitura e o seu amor pela escrita. Saiba um pouco mais deste verdadeiro HOMEM  DE HONRA!




RESENHANDO – Na sua visão de escritor o que é ser um HOMEM DE HONRA? 
UMBERTO GONÇALVES - Na minha visão, Homem de Honra é todo aquele que tem “vergonha na cara”. Não se trata de valentia no sentido de violência, mas para enfrentar os problemas que a vida apresenta. 


RESENHANDO – Como surgiu a história de “Cabo Genaro: Homem de Honra”, publicado pela Editora Scortecci? Comente um pouco sobre o livro. 
UMBERTO GONÇALVES - A história de Cabo Genaro: Homem de Honra surgiu com o intento de contar sobre coisas e costumes do Nordeste do Brasil, aquela terra tão rica e cheia de coisas pra contar. Melhor saber lendo o livro.


RESENHANDO – Como foi o processo de criação deste livro? Por que você decidiu escrever um livro com uma temática bastante forte? 
UMBERTO GONÇALVES - Ora, o tema não é tão forte assim. Talvez um pouco cru, sem meias palavras. O livro conta algumas histórias. De todas conheço um pouco. O resto tive que inventar com a experiência, com a convivência que tive na Região.


RESENHANDO - Qual o sentimento ao ver um livro publicado?
U. G. – Um sentimento similar ao nascimento de um filho. 


RESENHANDO - Como foi despertado o seu gosto pela leitura, e consequentemente, pela escrita?
U. G. – Uma vez fui redator de um pequeno jornalzinho (redundância proposital). Comecei a escrever e não parei mais.



RESENHANDO - O que gostava de ler durante a sua infância e adolescência?
U. G. – De família pobre, não tinha rádio, TV ou qualquer outro entretenimento que não fosse a revista “O Cruzeiro” e eventuais jornais atrasados. Lembro que meu primeiro livro, afora os didáticos, foi Antologia dos Poetas Brasileiros. Ainda o tenho. Foi o primeiro... Responde também a parte da última pergunta.


RESENHANDO - Atualmente, na hora da leitura, qual o seu estilo preferido? 
U. G. – Continuo um sonhador. Amo ficção. Sei que não é verdade hoje. Amanhã, quem sabe? Gosto mais da prosa.


RESENHANDO - O que a literatura representa em sua vida?
U. G. – A Literatura como um todo me faz viajar. É onde encontro muita paz, conhecimento e busco a sabedoria que ainda não encontrei. 


RESENHANDO - Quais seus planos no meio literário?
U. G. – Depois de publicar o “Dr. Zezinho e o Cabo Genaro – Homem de Honra, tenho pronto, no prelo, Zapadojna, uma história passada no Rio de Janeiro, na época da ditadura. Neste, também escrevi sobre os costumes daquele povo maravilhoso que é o Carioca. Atualmente escrevo uma história que ocorre em São Paulo, Santos e São Sebastião, ainda sem título. No mais, é deixar que o Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, nos ilumine e guarde.


PING-PONG
Gosto de: Amigos e Sashimi.
Detesto: Falsos amigos e Limão.
Meus escritores favoritos são: José Lins do Rêgo (Meu Pé de Laranja Lima), Jorge Amado (Capitães de Areia), Margot Morrell  (Sharckleton), entre tantos outros bons autores.
Escrevo por: Amor
Mensagem para o público: Como tímido que sou, espero que este meio traga entretenimento a todos. Me comprometo a trazer aqui, antes que qualquer lugar, o próximo trabalho (ZAPADOJNA). Que Deus os abençoe!

.: Entrevista com Ildi Silva, atriz cosmopolita

“Fizeram teste a partir da saliva e detectaram a proporção de europeu, negro e ameríndio no meu sangue, coisa que nunca tinha imaginado.” - Ildi Silva


Por: Renato Krausz
Em outubro de 2009


A bela e as feras: capa da revista VIP de outubro e aprendiz de vilã em novela, Ildi Silva, a mulher mais bonita da TV na atualidade, fala sobre tudo, inclusive de Caetano Veloso.



A atriz Ildi Silva é mesmo cosmopolita. A influência genética de diferentes raças a transformou num tipo de mulher ideal, como você pode comprovar no ensaio da revista Vip de outubro. Além disso, Ildi costuma dizer que é bapaioca, uma junção de baiana, paulista e carioca: nasceu e morou até os 16 anos em Salvador, e nos últimos 10 anos se dividiu entre São Paulo e Rio e de Janeiro. Ela adora as três cidades.

Anote aí a receita: misture código genético na proporção 75% europeu, 19% negro e 6% ameríndio. Acrescente um pouco de energia baiana diluída com agito paulista e tempere com astral carioca a gosto. Leve às passarelas e deixe desfilar por uns quatro anos. Depois mergulhe em cursos de teatro nacionais e internacionais e ponha à prova em telenovelas das três maiores emissoras do país. Espere completar 27 anos (em 8 de outubro) e pronto: você criou uma Ildi Silva, essa morena de olhos verdes cuja beleza e talento são impossíveis de reproduzir numa receita que não seja exatamente esta. 

A proporção genética não é chute: foi aferida por um teste de DNA encomendado pela BBC de Londres. Seus traços desconcertantes lhe renderam uma música de Caetano Veloso (Musa Híbrida, do álbum Cê, de 2006), com quem ela teve um affair, sobre o qual não gosta de comentar. Hoje, na pele da secretária Dinorá Melo, Ildi diverte o público na cômica novela Bela, a Feia, da TV Record.




Explica essa história de a BBC fazer teste de DNA com você. 
ILDI SILVA – Me ligaram dizendo que estavam fazendo uma pesquisa no Brasil sobre mistura de raças. Fizeram teste a partir da saliva e detectaram a proporção de europeu, negro e ameríndio no meu sangue, coisa que nunca tinha imaginado. Minha avó paterna é negra. Meu avô era branco e tinha olho claro. A família da minha mãe descende de holandeses, mas tem misturas também. 


E onde o índio entrou nessa história. De gaiato?
I.S. – Ah, é. Uma das duas famílias deve antepassados ameríndios. Ou as duas. É uma mistura boa.


Dá para separar algumas partes? Por exemplo: o olho vem dos holandeses...
I.S. – Poxa, brasileira, baiana... O quadril não tem jeito. É mais avantajado, uma influência dos negros. A pessoa malha, corre, mas não adianta. Agora até que entrei nos eixos. O formato do meu rosto é igual ao do meu pai, mas os traços são iguais aos da minha mãe, com o nariz mais fino. É uma mistura mesmo. Fico imaginando como serão os meus filhos...


Como você entrou nos eixos?
I.S. – Corro seis quilômetros todos os dias. Também vou à academia. E acertei a alimentação também. Antes eu fechava a boca por dois dias e depois comia um monte de porcaria. Hoje gosto de comida orgânica e aprendi a cozinhar.


Onde você corre?
I.S. – Na academia ou na praia. Vou do Arpoador até o final do Leblon e volto.


Você trabalhou nas três maiores emissoras do país. Como você as compara?
I.S. – Todas me agregaram experiências muito boas. No SBT fiz uma novela de época, coisa que eu nunca tinha feito. Me senti muito privilegiada. A Globo foi onde eu trabalhei mais, lá é maravilhoso. Agora na Record estou no meu primeiro trabalho. Estou adorando, eles estão com uma ótima estrutura, estão investindo muito para atingir um patamar muito bacana de dramaturgia. Tudo é muito bem tratado, a direção, a iluminação, tudo. 



Você acha que o bom-humor é o motivo principal do sucesso da novela?
I.S. – Eu acho, a novela tem um lado cômico que eu gosto muito. A Dinorá, minha personagem, tem um sarcasmo bem engraçado.


Ela é uma secretária bajuladora ou alpinista?
I.S. – Acho que as duas coisas e eu ainda colocaria mais uma, ela é uma aprendiz de vilã. O primeiro momento em que ela tiver oportunidade de fazer algo para se dar bem, ela vai fazer, seja coisa boa ou má. Ela também maltrata muito a Bela.


Você maltratava as meninas feias na escola?
I.S. – Não, isso nunca. Aliás, pelo contrário. Às vezes eu chegava com o cabelo bagunçado, sem as tranças, com o braço roxo. Havia umas meninas na escola que queriam me bater, fazer algum mal, só porque eu era bonita. Eu me sentia acuada.


Hoje morando no Rio, do que você mais sente falta em São Paulo?
I.S. – Quando eu vim morar no Rio, há cinco anos, eu sentia muita falta de São Paulo. Eu brinco que eu sou bapaioca, mistura de baiana, paulista e carioca. Em São Paulo sinto falta de andar na Oscar Freire, de usar roupas de frio, de ir a restaurante a qualquer hora do dia ou da noite. Mas fui me acostumando com o Rio, até porque tem o mar, como na Bahia, e hoje amo morar aqui.


E de Salvador, o que você mais sente falta. Não vale dizer que é da família porque seria muito óbvio.
I.S. – Da energia que tem lá. É diferente de qualquer outro lugar. Já viajei muito, mas quando chego a Salvador, eu não sei explicar, não sei se é espiritual ou o quê, mas existe uma coisa que me conecta, que me dá força. Eu me sinto revitalizada, como se eu fosse uma bateria que colocassem na tomada. É uma vibração muito diferente.


Quais restaurantes você mais gosta nessas três cidades?
I.S. – Em Salvador, o Soho, na Marina, onde a gente come na varanda, olhando o mar. No Rio, tem vários, gosto muito do Market, em Ipanema, que tem comidas orgânicas deliciosas. E, em são Paulo, eu adoro o Spot.


Quando você veio a São Paulo, você fez curso de teatro no Wolf Maya, né? O que você aprendeu lá?
I.S. – O foco maior lá era televisão, não teatro. Foi muito importante, não tanto na parte prática, mas na teórica. Conheci muitos dramaturgos, li muitas peças. Também estudamos questões corporais. Na parte prática foi legal porque me preparou para a TV. Eles têm um cenário lá que reproduz uma rotina de emissora.



O cinema está entre os seus planos?
I.S. – Quero muito fazer cinema. A preparação para um filme é bem diferente da TV, mais demorada, é um pouco parecida com a do teatro. Na TV tudo é mais imediato. No ano passado fui para Los Angeles fazer um curso de interpretação com o Aaron Speiser, que foi coach do Will Smith e da Jennifer Aniston. Era para ficar um mês, mas fiquei seis. Foi incrível. O curso me amadureceu muito como atriz.


E não pintou uma chance de fazer filme por lá?
I.S. – Fiz ótimos contatos com pessoas do cinema de lá. Mas tive de voltar por causa do meu visto, que não era de estudante. E também houve o convite do (Edson) Spinello (diretor de Bela, a Feia) para trabalhar na Record. Mas minha vontade é voltar para os EUA assim que puder.


Você casou com 19 anos, certo? Não era muito adolescente?
I.S. – Fui morar junto quando tinha 20 anos. Eu estava em São Paulo sozinha, trabalhava como modelo, e ele também morava sozinho e trabalhava como modelo. Ir morar junto foi natural. Foi bacana, vivemos muitas coisas juntos.


Depois que você se separou, que lição tirou da vida a dois?
I.S. – Para um relacionamento dar certo é preciso aprender a fazer concessões e a querer estar junto. 


Você já se definiu como romântica. O que você faz quando quer muito agradar um namorado ou pretendente?
I.S. – Gosto de fazer surpresas e de ser surpreendida.


Qual a maior surpresa que você já fez?
I.S. – Estar muito longe, em outro estado trabalhando, e voltar só para almoçar com a pessoa.


Há uns três anos só se falava no seu affair com Caetano Veloso. É difícil para duas pessoas famosas se conhecerem e iniciarem um relacionamento em paz?
I.S. – Todo mundo, de qualquer área, tem uma vida particular. Para nós é diferente porque estamos muito expostos. Estamos dentro da casa dos outros, nas novelas, nas revistas, então é comum querer saber da nossa vida. Minha única saída é ser uma pessoa muito reservada, tento ao máximo preservar minha vida pessoal.



É por isso que até hoje você não fala sobre o Caetano?
I.S. – Nunca falei sobre isso. Não faz diferença, eu acho. O que eu digo é que somos muito amigos, temos muito carinho um pelo outro.


Que trecho você mais gosta de Musa Híbrida, a música que ele fez para você?
I.S. – Gosto da música como um todo. Acho linda a música. O Caetano é genial.


Você tem planos de ser mãe?
I.S. – Tenho. Sou muito família, acho muito legal ter uma família. As pessoas na minha área acabam dando um peso maior para a profissão. Mas não há coisa melhor que ter uma família, ter um marido, ter filhos, acho que isso só ajuda, só agrega coisas, não atrapalha. Lá em Los Angeles eu via muitos atores novos, talentosos, bem-sucedidos, todos com família. Eu quero isso para mim. Não é para já, mas não vou perder de vista nem deixar passar quando for a hora.


Você está namorando? 
I.S. – Estou.


Pode falar quem? 
I.S. – Um empresário mineiro, Régis Campos. Estou muito feliz.


Então você corre o risco de virar bapaiocaeira?
I.S. – Ai, ai, é verdade. 

Fonte – Revista Vip (http://vip.abril.com.br)
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