quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

.: As melhores músicas nacionais de 2014

Por Helder Miranda
Em janeiro de 2015

Tudo bem, eu sei que esta lista está há pelo menos um mês atrasada... mas se você levar em contas as festas de fim de ano, a viagem sabática que faço todos os anos e que ainda tem para vr uma lista de melhores músicas internacionais do ano passado... esta lista não está tão atrasada assim. Aliás, uma listagem que mistura Anitta e Pitty não deve ser levada a sério, você pode pensar. Mas quem disse que eu quero que você leia esta lista com seriedade? Músicas são para se divertir e você pode, e deve, fazer isso, mesmo que você não concorde com nada do que está escrito aqui. 

Só não pode discordar de que as canções sempre podem ser um bom refúgio. Ainda mais em um ano como 2014, cenário de muitas coisas sem pé nem cabeça que aconteceram, como a quase-morte de Andressa Urach, Xuxa sendo demitida da Globo após quase 30 anos, um avião com um candidato à Presidência da República cair em uma rua de um bairro residencial santista e ninguém morrer além dos tripulantes, Aécio Neves ser decretado no meio dele o novo presidente por algum tempo e Dilma Roussef vencer por uma virada espetacular, a goleada de 7 a 0 da Alemanha sobre o Brasil na Copa do Mundo e... ufa, você também deve ter a sua história (ruim) a respeito de 2014. Coisas boas também, porque acontecem, mesmo que tudo seja muito estranho, como foi este ano. E com tantos acontecimentos desse porte, a lista das melhores músicas de 2014 não pode fugir à regra.




5) “Tcheguedie” – Ao Cubo
“Quem é que vai falar, ou vai contradizer...”. Com dez anos de carreira o grupo de hip hop Ao Cubo continua com a mesma formação – DJ Fjay, Dona Kelly, Cleber e Feijão. Gravado no Viaduto do Chá, no centro de São Paulo e com direção de Alex Kundera, o clipe foi inspirado em filmes clássicos de Charles Chaplin, como o "O Grande Ditador" e "Tempos Modernos" e faz crítica sobre a atual condição de sobrevivência humana, consumismo, status, alienação e o principal: estresse. "No processo criativo tentamos esgotar todas as possibilidades de ideias, buscando assim as formas mais absurdas para nos expressar sobre o assunto”, explicou Feijão. O termo “Tche Gue Die”, que foi implantado pelo próprio grupo, faz referência a uma gíria gaúcha e se resume nas expressões “Amigo Fiel” ou “Amigo de sangue até a morte”. “Tche” significa “companheiro” nos países latinos; “Gue” é um termo italiano que representa sangue; e “Die” é morte em inglês.




4) Cobertor – Anita [com Projota]
“Eu sei que o tempo pode afastar a gente, mas se o tempo afastar a gente é porque o nosso amor é fraco demais... e amores fracos não merecem o meu tempo”... Depois do megassucesso “Show das Poderosas”, até entre as classes mais abastadas que vira e mexe colocaram essa música para descontrair os ambientes nas recepções mais classudas – repletas de gente fingindo ser simples – Anitta parece que vem saindo do funk e caminhando cada vez mais para o pop melódico. “Cobertor”, uma parceria da cantora – ela já ultrapassou o patamar de funkeira – é uma delícia de escutar. Anitta deve ser fã de Projota, pois gravou outra composição dele, chamada “Mulher”, por sua vez um dueto com Ivo Mozart que são não entrou nesta lista pela imprecisão de ter sido lançada em 2013 ou 2014. 




3) Agora Só Falta Você - Pitty
Gosto de Pitty, mas sempre a considerei um tanto superestimada. Não porque ela realmente não seja talentosa, nem nada disso - talvez ela seja tudo o que dizem sobre ela, ou até mais, o problema é a comparação que desde sempre é feita entre Pitty e Rita Lee e a constatação quase em uníssono de que ela é a sucessora da "rainha do rock" tupiniquim. Isso sempre me fez pegar um pouco de "bode" da Pitty, sem ela ter culpa alguma, ou pelo ar de superioridade que ela demonstra, pela "saia-justa" proposital e desnecessária que fez a funkeira Anitta (coladinha com a roqueira nesta lista) passar ao vivo no programa "Altas Horas" - embora eu também ache que "os homens não têm de pensar nada". Mas vê-la cantando Rita Lee, na fase "Os Mutantes", dá uma certa emoçãozinha.



2) Eclético - Tiago Abravanel
Música feita sob medida para o neto de Silvio Santos mostrar toda a sua versatilidade. E, assim como nosso primeiro lugar, morram de inveja, porque ele é rico nascido em berço de ouro, carismático, ainda canta bem e ainda diz em uma letra gostosa de ser ouvida: "Eclético, sou como whisky com energético, mistura pra te deixar elétrico, mas quero mesmo é te dar amor". Lide com isso.




1) Beijinho no Ombro – Valesca Popozuda 
Não teve para ninguém. O ano foi, mesmo, da funkeira que, com esta música, desejou a todas as inimigas uma vida longa para que pudessem testemunhar a sua vitória. Acredito que as inimigas dela realmente morreram de inveja. E quem não viu, ou fez, senão a própria Valesca, alguém beijando o próprio ombro... ou tatuando, no ombro, um batom em formato de beijinho?

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