quarta-feira, 29 de julho de 2015

.: Nova Cadeia Velha, um espaço livre de criação artística em Santos

Crédito da imagem: revista "Sanatório Geral"
Final feliz: atendendo à reivindicação da classe artística, que promoveu a campanha "Não Queremos Mais Um Museu", um dos mais importantes edifícios coloniais de Santos, no litoral de São Paulo, a Cadeia Velha passará a funcionar como espaço de apoio à produção artística local e se chamará Centro Cultural Nova Cadeia Velha. 

A decisão conjunta da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e Secretaria de Cultura de Santos (Secult) foi tomada em consonância com os anseios dos artistas da região, ouvida em audiência pública no início de maio. O edifício está atualmente passando por restauro, realizado pelo Governo do Estado de São Paulo.  

O Centro Cultural Nova Cadeia Velha será um espaço livre de criação artística, com regras de convívio e uso a serem estabelecidos por um conselho gestor composto por integrantes da sociedade civil, Estado e Prefeitura, com intuito de promover governança e gestão compartilhada. A liderança nesse processo será exercida pela Secretaria de Cultura de Santos. 

A diretriz central do espaço será a ativação e mobilização da cena cultural da Baixada Santista. Para isso, a proposta é de que o Centro Cultural promova a integração de múltiplas linguagens artísticas por meio de oficinas, cursos de formação e laboratórios, seminários, intercâmbios técnicos, ações de fomento, pesquisa, apoio à criação e à difusão cultural, em um modelo renovado e convidativo. 

Outro aspecto central da proposta de ocupação do edifício, tombado nos níveis federal, estadual e municipal, será a preservação e difusão de suas memórias. Assim, a Cadeia Velha funcionará como um espaço de permanente diálogo entre história e produção artística contemporânea.

As obras de restauro prosseguem até janeiro ou fevereiro de 2016. Com isso, o novo espaço cultural deverá iniciar seu funcionamento após o prazo necessário para instalação. 

Saiba mais 
A Cadeia Velha de Santos é um dos edifícios coloniais mais antigos do município, construído em 1869. O prédio abrigou Casa de Câmara, Paço Municipal de Santos, Fórum e Hospital de Emergência, além de funcionar como cadeia da cidade por quase um século. Mas é no âmbito cultural que tem se destacado nos últimos anos, tendo sido ocupada pela Oficina Cultural Pagu até o início dos procedimentos para restauro. 

Com mais de 2 mil m² de área construída, todos os espaços do térreo e do piso superior estão sendo recuperados, assim como fachadas, esquadrias e pinturas ornamentais. A obra está realizando também a adaptação de todas as áreas para receber pessoas com deficiência, além da implantação de um elevador para acesso ao pavimento superior e de todos os requisitos de segurança e de proteção contra incêndio.


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