segunda-feira, 9 de novembro de 2015

.: Encontro literário: Com Nobel e 200 horas de programação gratuita

Evento, que é gratuito e aberto ao público, terá 105 l escritores nacionais e 12 internacionais, entre os quais Wole Soyinka, Nobel de Literatura de 1986. Todos participarão de saraus, debates e contações de histórias, numa programação de 12 a 15 de novembro, em 32  livrarias e espaços culturais da cidade


A programação do 1.º Emil – Encontro Mundial da Invenção Literária está fechada e será um presente para o público, que terá a chance de ver de perto um dos 105 escritores nacionais ou um dos 12 internacionais confirmados, entre eles o prêmio Nobel de Literatura de 1986 Wole Soyinka.

Com 200 horas de programação totalmente gratuita, o 1.º Emil acontece em São Paulo entre 12 e 15 de novembro, com abertura dia 11 no Museu da Língua Portuguesa apenas para convidados e imprensa. O Emil será realizado em 32 locais da cidade de São Paulo, entre livrarias, centros culturais, bibliotecas públicas e teatros.

O objetivo do Emil, uma iniciativa comum da Academia Paulista de Letras (APL), Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Associação Nacional de Livrarias (ANL), com apoio da Prefeitura de São Paulo, além de diversas parcerias e patrocínios, é estimular o hábito de leitura em todas as idades, promover a cidadania e fortalecer a criação de um Estado leitor.

O EMIL contará com mesas de criação e leitura, saraus e sessões de contações de histórias, que permitirão diferentes formas de abordagem, abrangendo todos os perfis de público, das crianças aos idosos.

Entre os autores nacionais, nomes como Maurício de Sousa, Ruth Rocha, Laerte, Alberto Mussa, Bernardo Kucinski, Andrea del Fuego, André Vianco, Cristovão Tezza, Heloisa Seixas Marçal Aquino. A lista dos estrangeiros traz, além de Wole Soyinka, que aproveita sua participação na Flinksampa, a convite da Universidade Zumbi dos Palmares, para também estar no 1.º Emil, nomes como José Eduardo Agualusa, que é bastante popular no Brasil, autor de “Nação Crioula” e “Teoria Geral do Esquecimento”.

O objetivo, diz Manuel Costa Pinto, curador do 1.º Emil é ter representantes dos quatro cantos do mundo. Da Ásia, por exemplo, vem o coreano Yun Dong-Jae, autor infanto-juvenil que escreveu “O Guarda-chuva Verde”. De Portugal há os escritores Alberto S. Santos, Teolinda Gersão, autora de “Árvore das Palavras” e José Luís Peixoto, que escreveu os romances “Morreste-me” e “Cemitério de Pianos”.

O autor da saga de fantasia Conjurador, cujo livro “O Aprendiz” em breve chega ao Brasil, Taran Matharu também é presença confirmada no Emil, assim como o mexicano Julián Herbert, autor de “Cantiga de Findar”. Da Guatemala vem Eduardo Halfon, de “O Boxeador Polaco”, e do Uruguai Felipe Polleri, que escreveu “A Alma do Mundo”, e Ines Bortagaray, autora de “Um, Dois e Já”. O argentino radicado em Barcelona Rodrigo Fresán, que escreveu “O Fundo do Céu”, também estará no Emil para conversar com o público.

Desta forma, o EMIL deverá estreitar o contato do livro com os públicos infantil, jovem, adulto e idoso, amplificando o poder formativo e educacional da literatura, além de valorizar o papel de dois pilares fundamentais do circuito literário: professores e livreiros, na qualidade, respectivamente, de agentes de incentivo à leitura e de difusão do livro.

Para estimular a relação dos professores com o livro e livrarias, a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo irá distribuir quase 80 mil vouchers para os profissionais da rede pública municipal, professores, gestores, corpo técnico e de apoio. O Voucher Educador, no valor de R$ 50,00, é uma das ações do Programa Leia, São Paulo!, da Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Associação Nacional de Livrarias - ANL. O prazo para a troca do voucher por livros se dará entre 01/11/2015 e 31/12/2015.

Luiz Torelli, presidente da CBL, considera que eventos como o Emil visam “construir, articular e potencializar o incentivo à leitura, entendendo-a no seu sentido mais amplo, como um processo de compreensão abrangente da realidade e que se apresenta em várias linguagens. A leitura vai, portanto, além do texto, e começa ainda antes do contato com ele. Processo dinâmico, ler implica diálogo entre o leitor e o objeto lido, seja este um texto escrito, uma paisagem, uma canção, ou, o próprio cotidiano que nos envolve”.

Gabriel Chalita, Secretário de Educação do Município de São Paulo e presidente da Academia Paulista de Letras (APL), é um dos maiores entusiastas do Emil. Ele acredita que o movimento deve ter amplo interesse por conta de sua formatação, que consiste na simultaneidade de eventos em várias livrarias da cidade. Além disso, diz ele, há a relevância de autores nacionais e estrangeiros que estão sendo convidados. Sobre os vouchers, ele entende que o professor que lê tem seu trabalho em sala de aula facilitado. “Com o voucher o professor vai a uma livraria e escolhe um livro segundo sua preferência, sem nenhuma imposição por parte da secretaria”.

Para Chalita, o Emil será uma excelente oportunidade de o público ter contato com seus autores e se envolver ainda mais no universo dos livros. “Queremos que o Emil atue como mola propulsora de estímulo à leitura, por isso o caráter amplo e de difusão do livro e das livrarias”.

O 1.º Emil tem curadoria do jornalista e crítico literário Manuel da Costa Pinto e de Manoela Leão, produtora cultural e designer gráfico e editorial.

Segundo Costa Pinto, o Emil terá autores consagrados e pop. “O Emil traz para a maior metrópole do País o formato das festas literárias, com encontros informais do público com os escritores e uma programação de saraus e leituras. Mas existem duas diferenças importantes. A primeira é a escala inédita do encontro, com cerca de 20 atividades diárias e muitos escritores brasileiros e internacionais. A segunda é o fato de o Emil acontecer numa grande cidade – ou seja, não exige o deslocamento e a disponibilidade de tempo para viajar que as outras festas literárias supõem. Nesse sentido, o Emil tende a atingir um público mais heterogêneo e de forma mais democrática, inclusiva”, acrescentou Costa Pinto.

Segundo Manoela, se a literatura não é discutida, as pessoas acabam perdendo o interesse por ela. “O Emil coloca a leitura em evidência e por isso tem grande papel como modificador do comportamento e da compreensão cultural e social do hábito de ler. Fazer isso em uma escala como o evento se propõe, traçando um panorama tão vasto da invenção literária atual, torna o evento ainda mais essencial para a cidade”.  Para ela, o Emil tem tudo para se firmar no calendário cultural de São Paulo.

O Emil é realizado de forma conjunta pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), Academia Paulista de Letras (APL), Associação Nacional de Livrarias (ANL), Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), escolas, universidades, consulados e governos Federal, Estadual e Municipal. A programação completa está no site do Emil: www.emil.art.br.

O Emil é realizado de forma conjunta pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), Academia Paulista de Letras (APL), Associação Nacional de Livrarias (ANL), com apoio da Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), de escolas, universidades, Governo do Estado de São Paulo - através da Secretaria da Cultura, Prefeitura Municipal de São Paulo - por meio das secretarias de Educação e Cultura, e Folha de S. Paulo. 

O projeto é incentivado pela Lei Rouanet e tem entre os patrocinadores o Iguatemi Empresa de Shopping Centers, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Itaú. 

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