sábado, 16 de janeiro de 2016

.: Hip Hop terá tarde cultural em quatro tendas da orla de Santos

Programação gratuita contará com shows, DJs, break dance, rimas, sorteio de brindes e grafite.

No sábado, 30 de janeiro, entre 15h e 17h, as quatro tendas da orla de Santos receberão diversas atrações de hip hop. A organização é do projeto "Muito Prazer, Meu Nome é Hip Hop!", em parceria com a Secretaria de Cultura de Santos. 

A iniciativa visa propagar a diversidade cultural da região: o movimento hip hop na cidade é reconhecido nacionalmente. As opções são bem variadas e a escolha fica por conta de cada um: vai rolar música, dança, grafite e muitas rimas com talentos da Baixada e da capital paulista.   

A Tenda 1, da Pompeia (Av. Presidente Wilson, em frente ao n°100), receberá o projeto Litoral Chyper: uma tarde com dançarinos urbanos que entreterão a plateia por duras horas enquanto o DJ Dan comanda as pick-ups. Acontecerão ainda batalhas entre crews da região, performances e dança livre.

Na tenda 2, no Gonzaga (em frente à Rua Carlos Afonseca), quem marcar presença poderá conferir as atrações do projeto "Chocolath Chic". Os DJs Amendoim, Soneka e Mamuth levarão ao público os hits de verão da black music: canções de Flo Rida, Chris Brown, Missy Elliot, R. City, Beyoncé e outros grandes nomes da música prometem elevar o calor no espaço.

Já no Boqueirão, na Tenda 3 (Av. Vicente de Carvalho, em frente ao n° 18), ocorre o projeto "Rap Caiçara". Lá acontece a tradicional “Batalha da Conselheiro - Os Campeões", quando será apresentada esta modalidade dentro do gênero rap, que é o duelo de "Freestyle" de rimas e o Cypher que é uma roda de improviso com participação dos rappers  El Raiz, Koala, Negrow e Seven. A Batalha da Conselheiro ocorre semanalmente, no jardim da orla, sempre em frente à famosa avenida. 

Consiste em duelos nos quais cada concorrente possui 30 segundos para fazer uma rima em provocação ao outro. O público decide quem foi o melhor. Na ocasião, os vencedores receberão um prêmio de R$ 100 cada. Para o público, um atrativo é o sorteio de brindes cedidos pelas lojas "Território Alternativo Zero Treze" e "Gueto 23". Neste dia, haverá ainda pocket-shows do rapper Carlos Tatu e do grupo Made in Praia. Tudo isso sob o comando do DJ Buzina.

Para completar, a Tenda 4 do Embaré (direção da Rua Oswaldo Cochrane) terá o projeto "Hip Hop Resiste". Na agenda, “Live Painting" (arte visual produzida ao vivo) por Nenê Surreal e muita musicalidade com o DJ Kiko - ambos virão de São Paulo para uma conexão com a rapper  Preta Rara, da Baixada Santista, que apresentará um pocket-show de seu primeiro CD solo “Audácia”.

“Trata-se de uma oportunidade importantíssima para a propagação da cultura hip hop, que sairá do gueto para ser apresentada na orla da praia, para moradores do município e tantos turistas que estão por aqui essa época do ano”, ressalta o responsável pela programação, Orlando Rodrigues, que divide a direção do projeto “Muito Prazer, Meu Nome é Hip Hop!” com o DJ Mamuth. “Há quem ainda não conheça direito a cultura hip hop. Quem for às tendas não apenas terá uma visão geral do segmento, que atua em quatro elementos (dança, rima, grafite e discotecagem), como poderá se divertir bastante”, explica o produtor. Toda a programação é gratuita.

Projeto "Muito Prazer, Meu Nome é Hip Hop"
Criado em 2010 pelos produtores Orlando Rodrigues e DJ Mamuth, começou a fazer renascer oportunidades para o gênero na Baixada Santista, que estava em total desestímulo. Desde então, tem fomentado a prática dos quatro elementos (dança, rima, grafite e discotecagem) por meio de políticas públicas governamentais e derrubado os estereótipos que permeavam o ideário dos administradores. Foi então que iniciou-se uma proveitosa parceria entre o Projeto e o Governo Municipal, e logo em seguida essa parceria também se estendeu para o Governo do Estado.

Além de promover eventos, com mostras culturais que fizeram reascender a chama do break dance, grafite, discotecagem e rimas de rap, o projeto passou a dar oportunidade aos jovens da periferia por meio de duas vertentes:

1 - Recrutou jovens amantes da cultura hip hop para ensinarem aos alunos da rede pública que por meio dele cidadãos podiam ser desenvolvidos, ao mesmo tempo em que promovia uma alternativa de incremento de sua renda;

2 - Deu a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade a oportunidade de ter uma alternativa, já que as crianças encaravam as oficinas como uma prazerosa e divertida atividade de lazer, sem se dar conta do conteúdo de ensino e estímulo cidadão embutido na iniciativa.

Em 2015, o projeto lançou o filme “Hip Hop Santista: Suas Origens e Trajetórias Sobre o Tempo”.



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