quarta-feira, 30 de março de 2016

.: Aprendiz mais legal, artigo de Luiz Gonzaga Bertelli

Luiz Gonzaga Bertelli*


No mundo competitivo, em que o mercado de trabalho exige pessoas cada vez mais preparadas para exercer funções simples e complexas, os jovens encontram dificuldades de inserção pela falta de experiência e qualificação. Em épocas de crise, a situação piora. Os índices mostram que a falta de perspectiva entre os jovens aumenta em progressão geométrica. Um dos alicerces para que a juventude alcance sua primeira experiência no mercado de trabalho, mesmo em épocas de crise, é a aprendizagem. Com o programa Aprendiz Legal, o CIEE, em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, já inseriu mais de 230 mil jovens no mundo do trabalho. A formação profissional pelo programa é realizada com treinamento prático na empresa ou órgão público e, um dia por semana, nas aulas de capacitação teórica, ministrada pelos instrutores do CIEE.

Para atender às novas demanda das empresas, atualizando permanentemente os aprendizes ao mundo do trabalho, a Fundação Roberto Marinho elaborou uma nova proposta pedagógica, que busca modernizar a metodologia empregada nas aulas. O novo método cria um processo voltado à preparação do aprendiz para as diversas situações encontradas na realidade laboral. Os instrutores trabalham com dois módulos – Mundo do trabalho e Específico –, contando com o apoio de 138 planos de encontro, que orientam a aplicação das etapas do programa e a utilização dos chamados objetos de aprendizagem – vídeos, textos, filmes e reportagens. Em lugar do livro, os aprendizes recebem uma agenda que, além da conexão com as atividades práticas, incentiva reflexões de forma descontraída.

A proposta torna as aulas ainda mais dinâmicas, apresenta conteúdos mais arrojados e próximos da realidade dos aprendizes, já que eles vivem em um mundo cada vez mais ágil e tecnológico. Esse alinhamento de conteúdo traz avanços diretos na formação do aprendiz, que se torna mais rápida e eficiente.
A capacitação teórica dos aprendizes é realizada em várias modalidades: Auxiliar de produção industrial, Auxiliar de alimentação, Comércio e varejo, Logística, Ocupações administrativas, Práticas bancárias, Telesserviços, Telemática, Turismo e hospitalidade. O Aprendiz Legal forma jovens de 14 a 24 anos que estejam no ensino fundamental ou médio, ou que tenham concluído o ensino médio. Ainda auxilia as empresas a cumprirem as exigências da Lei da Aprendizagem que determina a contratação de cota de aprendizes para as grandes e médias empresas, de acordo com o número de colaboradores.

Contratar aprendizes, portanto, é impulsionar o país para o mundo do desenvolvimento, capacitando e abrindo oportunidades para que a juventude não entre no submundo do vício e da malandragem e alcance sucesso profissional com qualificação e comprometimento.


*Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do CIEE, do Conselho Diretor do CIEE Nacional e da Academia Paulista de História (APH).

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