quinta-feira, 11 de agosto de 2016

.: Crônica: Um abraço à caixa do supermercado

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em agosto de 2016



A cara feia de má vontade sempre incomoda, ainda mais quando você trabalhou o dia inteiro e está realizando a última tarefa "trabalhosa" do dia. Ok! Entendo que a atendente de caixa do mercado está rezando para terminar o expediente e se livrar de tudo dali. Diferentemente de mim. Claro! Estou lutando no meu negócio que ainda está mostrando a que veio. Não! Não conto as horas para ir embora, estar lá é um prazer e uma realização indescritível.

Tentar entender o outro, em situações complicadas, faz parte. Contudo, é preciso perceber a linha tênue que limita o mínimo do atendimento. De nada vai adiantar fazer caretas, bufar de raiva ou dizer que horas são, sendo que ainda é permitida a entrada de outros clientes que irão usar o caixa ainda mais tarde da noite. O que eu, enquanto cliente, tenho a ver com a raiva? Nada!

Sendo assim, eu poderia fazer um show no mesmo atacadista que numa das últimas compras altas que fiz, paguei por itens que não levei. Não que deixe de ter controle sobre o valor final a pagar. Sempre tive o hábito de anotar cada coisa que vai para o meu carrinho. Na hora, olhamos e não percebemos e nem mesmo o fiscal que fica na porta "vistando" a notinha do que foi comprado foi capaz de identificar o erro. 

A verdade é que, após conferência na minha loja, percebi que paguei por pipocão salgado, embora tenha levado amarrados de pipocão doce. Diferença gritante de valor que foi bancada por mim. Detalhe que a embalagem tem cor diferente e no próprio amarrado com dez, estava pintado "pipoca doce". No fim, o prejuízo de comprar uma coisa, pagar por outra bem mais cara e tolerar cara feia de funcionário insatisfeito fica a cargo do cliente. É exatamente assim que a banda toca.


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm
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