segunda-feira, 9 de outubro de 2017

.: Claudio Cupertino realiza exposição individual em Paris

Artista mineiro radicado em Porto Alegre é o único brasileiro convidado a expor individualmente na 21ª edição do Salon International D’Art Contemporain do Louvre. Mostra apresenta obras inéditas da série Memórias, com técnica desenvolvida pelo próprio artista, a Cupergrafia. Catálogo da exposição será lançado no dia 21 de outubro, em edição trilingue


Entre os dias 20 e 22 de outubro, o artista visual Claudio Cupertino realiza exposição individual no 21º Salão Internacional de Arte Contemporânea de Paris, que acontece no Louvre, no pavilhão destinado a mostras temporárias e feiras. Em Voo Diáfano da Cupergrafia no Louvre, o artista – único brasileiro a expor individualmente no Salão – apresenta dez obras inéditas da série Memórias, em que utiliza a cupergrafia – técnica desenvolvida pelo próprio artista, a partir da litografia.

Além das pinturas da série, a exposição apresenta duas instalações/performance, em que o artista “descola” a pintura da tela e a exibe sem suporte. Somam-se às obras, dois retratos da amiga Julia Coufal Willms, recentemente produzidos com as mesmas técnicas. No dia 21, acontece o lançamento de um catálogo trilíngue (português, francês e inglês) sobre a obra de Cupertino.

Com curadoria de Cézar Prestes, as obras escolhidas para a exposição remetem às memórias de infância do artista e homenageiam também o pai da aviação, Santos Dumont. Utilizando tinta acrílica e folhas de ouro, Cupertino trabalha sobrepondo camadas de tinta para criar uma atmosfera diáfana em suas telas. Essa técnica, que o artista nomeou de cupergrafia, parte do processo básico da litografia e tornou-se a marca de seu trabalho. 

Os elementos figurativos da série Memórias são os aviões de papel, que remetem de uma forma lúdica e poética à infância humilde do artista, vivida no interior de uma pequena cidade de Minas Gerais. Ao mesmo tempo, os aviões de papel de Cupertino relacionam-se com os voos de Santos Dumont sobre Paris em 1901, quando o pai da aviação circundou a Torre Eiffel com seu dirigível. No que diz respeito ao seu processo de trabalho, Cupertino apresenta mais uma evolução: a pintura agora revela uma inusitada autonomia em relação à tela e ganha vida fora dela. 

“Inquieto, Cupertino agora questiona a materialidade da pintura e interage com sua criação, transformando essa pintura eventualmente em performance. (a pintura) Pode ser exibida repousando sobre o suporte ou centímetros à frente dele, revelando dois lados do mesmo fazer artístico – diversos e uníssonos ao mesmo tempo, um conjunto que se funde: matéria + arte, como corpo e espírito”, afirma o curador.

No ano que vem o artista vai ganhar um documentário sobre sua vida e obra, com direção e produção do cineasta Matheus Ruas, co-fundador da produtora StudioFly e documentarista do History Channel, autor do premiado documentário Guerra do Paraguai. As cenas finais do documentário sobre Claudio Cupertino serão gravadas em outubro, durante a exposição em Paris, pela equipe europeia. O lançamento está previsto para o segundo bimestre de 2018.

Claudio Cupertino nasceu em Viçosa/MG. Vive e trabalha em Porto Alegre/RS há 12 anos. Entre as diversas exposições de que já participou, destacam-se: duas exibições no Salão Internacional de Arte Contemporânea do Louvre, Bienal de Veneza, Bienal da Finlândia, ArteBasel Miami e exposição na Sede da ONU em Nova York, onde recentemente recebeu o Prêmio Gold, concedido pela Organização da Nações Unidas.

Sua obra é conhecida em 18 países da Europa e também nos Estados Unidos.  O artista tem peças em galerias de Nova York, Miami, Paris, Londres, Berlim, Frankfurt, Roma e Viena, além do Brasil.

O interesse pela pintura começou na década de 1990, com pequenas impressões com pedras e esponjas, técnica que utiliza até hoje. Iniciou o processo de construção de sua identidade pictórica sobre papel e hoje pinta em tela, com a mesma poética. A cor passou a inundar as obras e sua paleta de tons faz parte determinante da sua identidade, seja em propostas com marcas contrastantes ou quase monocromáticas, onde a textura fala mais alto. Inquieto, Cupertino desenvolveu uma técnica própria a partir da litografia: a cupergrafia.

Um documentário sobre sua vida e obra está sendo produzido e dirigido pelo cineasta Matheus Ruas, co-fundador da produtora StudioFly e documentarista do History Channel, autor do premiado documentário Guerra do Paraguai. O lançamento está previsto para o segundo bimestre de 2018.

Sobre o Salon International d’Art Contemporain de Louvre

De 20 a 22 de outubro de 2017, o ART Shopping celebra a 21ª edição do Salão de Arte Contemporânea Internacional, que reúne cerca de 700 artistas e galerias de todo o mundo do mundo. Esta 21º edição é sinônimo de mais de 10 anos de exposições. Mais uma vez, o salão afirma seu DNA: acessibilidade para conhecer e adquirir obras de arte contemporânea de artistas de todo o mundo. Pintura, escultura, arte digital, fotografia e arte urbana são as linguagens apresentadas nessa edição, que deve atrair de 15.000 a 20.000 visitantes. http://www.artshopping-expo.com/

Serviço
Exposição Vôo Diáfano da Cupergrafia no Louvre, de Claudio Cupertino
Salon International D’Art Contemporain de Paris - Art Shopping Paris
http://www.artshopping-expo.com/info_artiste/7642/cupertino.html
Curadoria: Cézar Prestes
De 20 a 22 de outubro de 2017
Abertura para convidados: dia 20, sexta-feira, das 19h às 22h
Visitação: dia 21 (sábado), das 10h à 20h e dia 22 (domingo), das 10h à 19h
Ingressos: 10€ (inteira) / 7€ (reduzida) / entrada franca para estudantes e menores de 12 anos
Local: Carrousel du Louvre - 99, rue Rivoli, 75001 Paris

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