sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

.: Amelinha interpreta Belchior no Sesc 24 de maio, dia 14

Show marca a estreia da turnê “De Primeira Grandeza – As Canções de Belchior”


Há pouco tempo a cantora e compositora Amelinha apresentou seu novo álbum, “De Primeira Grandeza – As Canções de Belchior” (Deck). O disco é uma homenagem ao conterrâneo e amigo Belchior, no qual ela interpreta canções dele como “A Palo Seco”, “Alucinação”, “Paralelas” e “Mucuripe”. Ela apresenta o novo trabalho pela primeira vez ao vivo em São Paulo, no dia 14 de dezembro.

Além das canções do disco, no repertório estão alguns de seus grandes sucessos, como “Frevo Mulher”, “Foi Deus Quem fez você”, “Galope Rasante” e “Mulher Nova Bonita e Carinhosa”. Amelinha será acompanhada da banda formada por: Julio Brow (violão e guitarra), Estevan Sincovitz (baixo), Ricardo Prado (teclado e acordeon) e Caio Lopes (bateria).

A direção do show é de Thiago Marques Luiz, produtor e idealizador do projeto.

SERVIÇO
Data: 14/12 (quinta-feira)
Horários: 18h e 21h
Local: Teatro (216 lugares)
Ingressos: R$ 30,00 (inteira); R$ 15,00 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência); R$ 9,00 (credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes).
Duração: 90 minutos
Classificação etária: 12 anos
Local:
SESC 24 DE MAIO
Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo
Fone: (11) 3350-6300
Horário de funcionamento da unidade:
Terça a sábado, das 9h às 21h.
Domingos e feriados, das 9h às 18h.



Álbum “De Primeira Grandeza – As Canções de Belchior”
por Amelinha


Na década de 90, por volta de 1996, encontrei com Bel nos bastidores de uma emissora de TV em SP e ele me disse que tinha feito uma música chamada "De Primeira Grandeza" e que gostaria muito de ouvi-la na minha voz. Foi uma surpresa deliciosa, mas como estava num momento um tanto tumultuado na minha vida pessoal e profissional, guardei a música para fazer parte de um disco de carreira que tivesse uma representatividade mais ampla.

Depois, em 2000, gravei com ele e Ednardo o CD “Pessoal do Ceará”, produzido pelo Robertinho do Recife e lá também não coube "De primeira grandeza", pois era um disco autoral com músicas já conhecidas.

Em 2012, fui convidada por Thiago para gravar o CD "Janelas do Brasil", incluímos Galos, Noites e Quintais, canção emblemática do Bel (ele me chamava de Mel) que fizemos questão de inserir também no meu primeiro DVD, gravado a seguir com os meus sucessos e convidados especiais que fizeram parte determinante e fundamental da minha trajetória, Fagner e Toquinho, e uma novidade de parceria: Zeca Baleiro.

"De Primeira Grandeza" permaneceu na lista do que eu chamo de "meu balde de canções" para a continuação de Janelas do Brasil, assunto que eu já vinha falando com Thiago há um ano.

Em janeiro de 2017, no aniversário de São Paulo, cantei "Passeio", música do primeiro disco dele, período em que nossa convivência era bem intensa e eu pude assistir de perto o nascimento de canções como Mucuripe, A palo seco, Na hora do almoço, Paralelas e tantas outras.

Continuei dizendo nos shows: "Volta, Bel!", mas nunca imaginei que fosse acontecer desta forma. No primeiro momento, fiquei 7 dias muda, quieta, chocada e com um vazio enorme no meu peito. Mesmo assim recebi o convite de Thiago com um sentimento não identificável, mas simplesmente disse sim! E pensei: "Como vou conseguir?", e isso ficou em mim até chegar o momento da gravação.

Fui conduzida por Deus, eu creio, através do produtor a um lugar belíssimo para gravarmos esse álbum, no interior de São Paulo com um clima puro e frio que transmitiu paz e esperança. Água de mina, cachoeira, comida orgânica. Tudo de uma pureza vital e restauradora. Acordávamos cedo, café às dez, gravação a partir das 14h até as 19h. Em 4 dias gravamos este disco, neste ritmo, basicamente ao vivo.

Foi um intensivão, penso que necessário pra que eu, rodeada de tantas pessoas de almas bonitas, de crianças e de animais como ganso, galinha d’angola, cavalos, cachorros lindos, vacas, gatinhos, além de uma tremenda cachoeira sonora e transbordante ao largo, enfim. Aquilo tudo me ajudou poderosamente a realizar minha tarefa.

Respirei fundo e me entreguei de voz e alma. Eis-me aqui novamente com mais um álbum, onde além de grandeza, veio uma cascata de outras músicas do saudoso amigo, a compor esta nova e delicada sinfonia.

Sinto-me agradecida, revigorada, muito mais forte. E tudo isso tem uma intrínseca relação com as conversas que desde os anos 70 e ao longo do tempo, vinha desenvolvendo com o Bel, nesta nossa relação tão próxima que sempre foi, mesmo estando longe.

Espero que gostem de voar conosco nesse "Disco Voador, meu amor! Meu Amor! Meu Amor! É pra você.”

“Quando estou sob as luzes, não tenho medo de nada e a face oculta da lua que era minha aparece iluminada.


Amelinha, setembro de 2017.

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