segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

.: Cony previa lançar “Operação Condor” em 2018

Obra é uma reedição de “O beijo da Morte” (2003) em coautoria com a escritora e jornalista Anna Lee


A Ediouro lamenta profundamente o falecimento de Carlos Heitor Cony, um importante membro de nossa casa, que nos deixou na noite desta sexta-feira (5), aos 91 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos.

Cony estava para lançar “Operação Condor”, uma reedição revista e ampliada de “O Beijo da Morte”, romance-reportagem em coautoria com a escritora e jornalista Anna Lee sobre a morte de JK, Jango e Carlos Lacerda. Com a exumação do corpo de Jango, Anna colheu novas informações, viajou, entrevistou diferentes pessoas, pesquisou documentos e está finalizando o original para entregar à Nova Fronteira.

“Sem dúvida, a literatura brasileira perde um grande escritor. E, nós, seus editores e companheiros, perdemos um amigo”, lamenta Jorge Carneiro, presidente da Ediouro.

Trajetória: Nossa história com o escritor começou há mais de 50 anos, com sua obra juvenil e suas famosas adaptações dos clássicos da literatura universal, entre as quais estão: “Moby Dick”, “Taras Bulba” e “Viagem ao Centro da Terra”.

Cony conciliava o talento e a criatividade de um mestre da palavra ao profissionalismo do escritor sob demanda, cumprindo prazos e revisando provas de cada reedição. Em 2013 toda sua obra passou a ser publicada pela Nova Fronteira, selo editorial da Ediouro. Ele participou ativamente de todo o plano de edição, com sugestões e aprovação de capas.

Nascido no Rio de Janeiro em 1926, Cony estreou na literatura ganhando por duas vezes consecutivas o Prêmio Manuel Antônio de Almeida, com os romances “A verdade de cada dia” e “Tijolo de segurança”.
Considerado um dos maiores expoentes do romance neorrelista brasileiro, o escritor também se aventurou de maneira bem-sucedida em outros gêneros, como crônicas, ensaios, adaptações de clássicos, contos, entre outros.

Ganhou em quatro ocasiões o Prêmio Jabuti na categoria Romance, duas vezes o Prêmio Livro do Ano da Câmara Brasileira do Livro e o Prêmio Nacional Nestlé de Literatura. Em 1998, foi condecorado pelo governo francês com a L’Ordre des Arts et des Lettres. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em março de 2000.

Atuava na imprensa desde 1952, ano em que entrou no Jornal do Brasil. Mais tarde passou pelo Correio da Manhã, onde foi redator, cronista e editor. Entre suas últimas ocupações estava o cargo de colunista da Folha de S.Paulo e comentarista da rádio CBN.

Muito ativo, frequentemente aceitava convites para palestras, tendo participado das últimas edições da Bienal do Livro e da Flip. Atualmente, estava selecionando o vencedor do Prêmio Kindle de Literatura, uma parceria da Amazon com a Nova Fronteira.

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