quarta-feira, 20 de junho de 2018

.: Entrevista com Charles Möeller, o homem do teatro musical

"É fascinante trabalhar num personagem dentro de um musical que tem um pacto com a dúvida! Hoje em dia, com as redes sociais, todos têm tanta certeza de tudo, pois estão ilhados atrás de seus avatares", Charles Möeller

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Colaboração de Helder Moraes Miranda 
Em junho de 2018



Charles Möeller, figura importante para a dramaturgia brasileira, devido a longa estrada galgada com trabalhos inesquecíveis, da TV ao teatro, não se gaba pela extensão de seu currículo que inclui as ocupações de ator, diretor, autor, figurinista, cenógrafo e professor de teatro. Homem de diversas facetas dentro do teatro, brilhou na televisão em novelas como "Mico Preto" e "Xica da Silva", fez seriados como "Você decide", passou para atrás das câmeras e trabalhou em "Chiquinha Gonzaga" e "Dalva e Herivelto: Uma Canção de Amor".

Formando a produtora M&B, Möeller e Botelho, ao lado do também ator Cláudio Botelho, a dupla foi responsável pelo resgate do teatro musical no Rio de Janeiro, trazendo aos palcos brasileiros sucessos como "Beatles Num Céu de Diamantes", que há 10 anos viaja pelo Brasil, incluindo apresentações internacionais, "A Noviça Rebelde", após temporada aclamada em São Paulo, com estreia no Rio, em julho, e a novidade "Pippin", com primeira apresentação marcada para 2 de agosto, no Rio. Confira entrevista ESPECIAL com Charles Möeller, o homem do teatro musical!





RESENHANDO - Como é ser um dos responsáveis pelo resgate do teatro musical no Rio de Janeiro?
CHARLES MÖELLER: Quando começamos a fazer musical em 1990, não tinha essa caráter de resgate. Era quase um sonho impossível, uma teimosia, éramos dois garotos cheio de sonhos. Sofremos muito. Insistimos no gênero. No começo só conseguíamos pautas em teatro públicos e em horários mortos e não ia ninguém. Mas nunca esmorecemos, cada conquista foi celebrada, cada crítica, o aumento de público devagar. Formamos literalmente gerações de plateias e elencos. Eu me sinto um bandeirante que abriu estradas para todos os que vieram. Esse resgate quase impossível era de um gênero absolutamente desacreditado e faltava tudo: Desde equipamento à equipe. E não tínhamos elenco capaz de fazer com excelência as três coisas: dançar cantar e interpretar, era tudo setorizado e separado. Me dá muito orgulho de termos conseguido tanto e revertido esse placar.


RESENHANDO - Como foi sair do litoral paulista -Santos- e ganhar o mundo?
C.M. - Sempre sonhei com essa profissão. Acho que tinha muita fé também. Fé, às vezes, cega. Tudo aconteceu muito rápido comigo. Fui muito levado pelos acontecimentos e sempre chutei a bola mais pra frente que podia. Fiz teatro amador desde sempre e com 13 anos já tinha DRT e com 16 anos estava protagonizando um espetáculo na abertura do teatro SESC de Santos, chamado "O Noviço", essa peça me levou para festivais e fui imediatamente para o CPT, Companhia do Antunes Filho que fiz paralelamente aos meus estudos na faculdade de artes cênicas. Estava formado com 20 anos, fiz minha primeira peça fora o CPT,  chamada "O Concílio do Amor", com direção de Gabriel Vilela. Um olheiro me viu num elenco de 30 pessoas e me indicou para um teste na Rede Globo, para uma novela das 19! Fui para o Rio sem nunca ter pisado na cidade. Fiz o teste  e passei. Foi tudo tão rápido que em três semanas já tinha me mudado para o Rio num verão de 50 graus. Tenho pavor de calor. Com 20 anos, sozinho no Rio de Janeiro, sem conhecer ninguém, com um salário que mal pagava as minhas contas e com uma personagem enorme sem nunca ter feito TV. Foi só pancadaria. A vida sempre me colocou em furacões, mas acredito muito que marinheiro bom se faz em tempestade! E isso nos fortalece muito na estrada. Nos molda.  


RESENHANDO - O que o teatro representa em sua vida?
C.M. - O teatro me salvou em todos os sentidos. Se não fosse o teatro eu não respiraria, não comeria. Não tenho sobrevida fora do teatro. O teatro me deu tudo que tenho hoje. Sou um homem de teatro. Sou um ator, diretor, autor, figurinista, cenógrafo e professor de teatro. Não falo isso com arrogância. Falo isso, pois tudo nesse ofício, para mim, sempre foi oxigênio. Quando não trabalhava como ator, estava fazendo cenário, figurino. Assim, nasceu o autor, o diretor, o professor e o produtor. Por sobrevivência e por não me imaginar fazendo outra coisa que não seja esse ofício. A minha vida é totalmente atrelada a minha carreira e meus anos são contados por aquilo que realizei.


RESENHANDO -  Nas artes cênicas, o que prefere: ser ator, criar figurino, fazer cenografia ou produzir?
C.M. - Certamente ser diretor virou o meu ofício principal. Tanto que ele ofuscou todos os outros e hoje sou produtor apenas para realizar meus sonhos de diretor e não ter que ficar à deriva, à mercê de fazer títulos que não me interessam como artista.


RESENHANDO - O musical "Beatles Num Céu de Diamantes" completou 10 anos em cartaz, nos palcos paulistas e cariocas. Imaginava que a produção seria esse sucesso todo?
C.M. - Nunca! Beatles foi uma janela de pauta entre o "Sete - O musical" e "A Noviça Rebelde". Fui chamado no SESC Copacabana para criar um musical jovem, pois queriam mudar o público que frequentava e tive a ideia dos Beatles. Quando propus ao SESC Copacabana eles me perguntaram: Beatles é jovem? E eu respondi: Eles são eternos! Desconstruímos o som. Tiramos a bateria, a guitarra e fizemos um gênero que amo: o Musical Revue. Naquela época pouco difundido no país. Estreou muito timidamente, e em um mês éramos uma febre absoluta, os ingressos da temporada toda no Sesc se esgotaram. Formatamos para palco italiano, pois originalmente era em teatro de Arena e nunca mais parou. Já estivemos no Brasil todo. Fomos para a Europa e a cada temporada eu vejo uma enorme renovação. Tenho a sensação de que nunca vamos parar de fazer o espetáculo. Todo último dia dos Beatles a gente fala: Até daqui a pouco. Fenômeno não se explica.  


RESENHANDO - 2018 marca o resgate  de "A Noviça Rebelde" após 10 anos. Terminada temporada de sucesso em São Paulo, o musical segue para o Rio de Janeiro. Por que a trama de Maria foi escolhida? 
C.M. - A Noviça Rebelde foi um marco nas nossas carreiras. Foi o primeiro musical gigante que fizemos. Era estreia do Teatro Oi Casagrande e foi o primeiro de uma série de musicais old Broadway que tivemos uma enorme felicidade de fazer. "A Noviça" foi um sucesso estrondoso há 10 anos e repetiu um feito ainda maior dessa vez que foi lotar o Teatro Renault, de quarta a Domingo. Na primeira produção, não era uma franquia e isso aumenta muito a responsabilidade de estar naquele palco sagrado onde o nível de excelência é absoluto. 



RESENHANDO - Qual é a mágica que faz essa história tocar o coração das pessoas?
C.M. - A mágica, eu acho, está em não repetir fórmulas. Não ficar preso no sucesso de 10 anos atrás e tentar não me auto franquiar ou me remontar. Fizemos do zero. Nova roupagem, nova visão. Novo enfoque. Mas com o mesmo amor por essa história fascinante de Maria, do Capitão Von Trapp e seus filhos. Uma metáfora para o poder da musica, da arte e da cultura, capazes de mudar o luto e enfrentar qualquer totalitarismo e tirania. Claro que isso não seria possível se não tratasse de um dos musicais mais perfeitos do Oscar Hammerteimm e Richard Rodgers.


RESENHANDO - Qual é a diferença entre a Maria de Kiara Sasso e a de Malu Rodrigues? 
C.M. - Kiara e a Malu começaram comigo, são frutos de terra muito arada, regada e adubada por nós. Acho que 10 anos depois queria ter outro enfoque do personagem! Quis me aproximar mais da verdadeira Maria Kutchera. Mais indisciplinada e mais bagunceira, mais respondona. Mais selvagem e tirolesa. Uma camponesa mesmo. A Malu  tem a mesma idade  da Maria quando chega na casa do Capitão. Lemos todas as biografias existentes inclusive da Agathe Von Trapp, filha mais velha do Capitão. Acho o trabalho de ambas, Kiara e Malu, maravilhosos. A Kiara era perfeita para aquela concepção:  mais centrada,  polida , romântica  e dona da situação. A de Malu é mais para selvagem e moleca, tem relação de igual para igual com as  crianças, enquanto a de dez anos atrás era mais de governanta e preceptora. Não tinha como mudar o olhar da peça e não passar pela Maria. Sou suspeito pois amo as duas! São tintas perfeitas para quadros muito diferentes .


RESENHANDO - Gottsha -muito admirada pelo público do portal Resenhando.com- já atuou em produções Möeller e Botelho, como "Nine", "Beatles Num Céu de Diamantes" e "Rocky Horror Show", sendo que atualmente, está em "A Noviça Rebelde". Como é trabalhar com ela?
C.M. - Gottsha é minha irmã. Temos um relação que vai além dos palcos. Começamos juntos. Passamos por tudo. Muitas alegrias, muitas tristezas. Temos uma simbiose. Amamos estar juntos e ela é um gênio. Tem dos timbres mais lindos que já ouvi. Gosto sempre de dar outros rumos para ela, fiz isso a vida toda com ela, e ela embarca cegamente em todas e tudo que peço. 



RESENHANDO - Por que colocá-la no papel de Madre Superiora em "A Noviça Rebelde"?
C.M. - A Madre Superiora é  tudo aquilo que ninguém pensaria em dar para ela. Acostumada a papéis muito exuberantes, voz muito vinculado ao Pop music e a Disco, como encarar uma senhora, quase lírica e de hábito, sem maquiagem?  Mas ela vai de Bach a Emilinha. Ela é um ser humano muito agregador. Tem uma relação de muito amor e envolvimento com o trabalho quando ela acredita. Também, quando não acredita sai de baixo! Ela gosta quando é provocada e corre atrás de superação. Somos muito amigos, mas sabemos muito bem a hora de trabalhar. Se tenho que ser duro com ela, ela sabe que serei.  É muito difícil quando você trabalha com artistas que não querem ser dirigidos ou quando são ficam num mar de lágrimas e justificativas. Gottsha é muito prática, como eu, e sabe que sempre vou querer ela brilhando e ela sempre brilha. Nunca passa desapercebida, pois tem muita luz e é uma estrela no melhor sentindo da palavra. Ela brilha, mas sabe que não faz isso sozinha então sempre vai pensar no todo.


RESENHANDO -  Há novos projetos no teatro musical de Möeller e Botelho com Gottsha?
C.M. - Sempre há ! E quando não há ela se escala. (risos)


RESENHANDO - Como é a experiência de refazer super produções como "Beatles Num Céu de Diamantes" e "A Noviça Rebelde"?
C.M. - A experiência é sempre ter um frescor, não pensar em repetir e tirar coelhos da cartola e sempre se reinventar, manter a chama acesa, não cair nunca no burocrático e deitar no sucesso. Os deuses não perdoam quando você se acredita muito e acha que sabe tudo. Sempre estou me atualizando. Estou reiniciando todos os dias. Gente que acha que chegou lá fica sempre chata e chateado. Acho a chatice o túmulo do artista.


RESENHANDO - "Rocky Horror Show" é uma produção emblemática. Por que vocês sentiram vontade de montar esse espetáculo que toca em assuntos ainda polêmicos? Há previsão de ser remontada?
C.M. - Não acho polêmico, acho muito saudável e divertido brincar com esses temas. Antes de mais nada ele trata de uma grande homenagem ao trash movie, filme B, ficção cientifica. O "Rocky Horror" é anárquico por natureza. E não podemos colocar numa caixa, rotularmos ou classificá-lo, assim ele perderia sua essência que é ser o avesso do avesso. Trata com muito humor a possibilidade de não idealizar a vida, não romantizar o sonho. Não Sonhe : seja! Faça aquilo que te dê prazer, em todos os sentidos. Não é à toa que eles brincam iconicamente com a imagem da boca faminta, sedenta... Não temos previsão pra remontar, mas é claro que o ROCKY merece ser revisto sempre pois: Let's do the time-warp again.




RESENHANDO - Atualmente, está trabalhando na produção de "Pippin". O que lhe impulsionou a escolher outro grande musical da Broadway?
C.M. - Nesses 30 anos de carreira, já temos mais de 44 espetáculos e todos tem um norte: Nunca fizemos um espetáculo pensando se ele será um sucesso de público ou qual é demanda do mercado. O Pippin assim como muitos é sonho antigo. Amo essas músicas desde adolescente. Somos adoradores de Bob Fosse e durante anos nosso aquecimento era feito com "Magic to do", em todas as peças! Tentei comprar algumas vezes e nunca conseguia. Quando soube da remontagem, enlouqueci e estava na primeira fila da estreia da Diane Paulos.  Quando os direitos de não réplica ficaram disponíveis compramos e estamos renovando há muitos anos e finalmente conseguimos patrocínio para a tão sonhada mágica .


RESENHANDO - "Pippin" trabalha o autoconhecimento e o significado da vida. O que já pode adiantar da nova produção?
C.M. - A peça é muito profunda e quanto mais trabalho nela, vejo a modernidade. Acho o "Pippin", o "Hamlet" dos musicais. É fascinante trabalhar num personagem dentro de um musical que tem um pacto com a dúvida! Hoje em dia, com as redes sociais, todos tem tanta certeza de tudo, pois estão ilhadas atrás de seus avatares. É maravilhoso tratar de um personagem que duvida de tudo, o tempo todo, até dele mesmo e quer, acima de tudo, ter uma vida extraordinária sem escolhas ordinárias! A produção está sendo feita com o rigor e amor de sempre. Estamos muito apaixonados por todo o processo e espero que todos tenham o mesmo prazer vendo do que estamos tendo em fazer.


RESENHANDO - Entre as excelentes produções da dupla Möeller e Botelho, há preferência por alguma? Qual?
C.M. - É como você me perguntar qual é o filho que eu acho mais bonito? Vou sempre falar o último, pois nunca fiz nenhum trabalho sem chegar no meu limite. Quando faço, vivo aquilo tão intensamente que me transformo por inteiro. Tanto que quando estreia eu me afasto para tentar me reciclar e deixar o navio zarpar. Não tenho uma preferencia explícita. Tenho marcos na carreira. Às vezes, nem sempre, foram os que deram mais bilheteria. Mas tiveram mais significado.  O "7 - O musical", foi nossa peça de menor bilheteria que me deu mais prêmios, mais dívidas, mas fui muito feliz fazendo.


RESENHANDO - Há outros projetos para levar aos palcos? 
C.M. - Muitos outros sempre. Na sequência do Pippin faremos "West Side Story", no Teatro Municipal. Ano que vem já temos duas remontagens de outros títulos da M&B, estamos gostando de nos revisitar. E mostrar para novas gerações títulos nossos. Vivo disso e não me dou o luxo de achar que ocupo um lugar inatingível. Continuo matando um leão por dia, a tapa, e sei que não existe hegemonia nessa profissão. Sou operário braçal mesmo.



*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm



Audição não é só difícil pra quem faz . A banca sofre muito . O espetáculo começa a ser feito nesse xadrez . Quem é reprovado não significa que ele não serve . Tudo é uma fórmula que é criada naquele instante . Um NÃO numa audição pode ser um SIM para uma próxima . Assim como um SIM nessa pode significar um NÃO pra próximas . O artista se faz no dia a dia no convívio ,na jornada ! Há anos não via uma audição tão sensacional de gente tão incrível como no @musicalpippin ! Queria ficar com todos . Bravo pra todos que participaram e pelo nível de excelência de TODOS.Já com estou muitas saudades da audição de @musicalpippin e já loucos para começar a ensaiar! 😊 🕺🤸 #charlesmoeller #Pippin #pippinmusical #musicalpippin #teatromusical #musicais #moellerbotelho #musicaltheatre
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.: Crônica: Pesadelo justificado, por Mary Ellen Farias dos Santos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em junho de 2018



Estou magoada e ponto final. A partida tinha data e hora marcada, só não fui informada. E mais uma vez eu me senti como aquela menina que fora obrigada a dar sua boneca Xuxinha para a prima mais nova. Contudo, dessa vez, nem pude me despedir como fizera com o brinquedo.

Aquele dia foi extremamente cansativo. Cuidei dos afazeres domésticos e me debrucei nos textos do Resenhando.com. Desde abril estava elencando -com detalhes- os 40 motivos para assistir "Grease - Nos Tempos da Brilhantina" e, por um erro ainda não identificado, a lista prontinha, desapareceu completamente do sistema e não tinha cópia. Chorei? Não, mas faltou pouco. No entanto, quando se tem apreço por algo, o texto flui. Trabalho refeito.

Ainda de noite, assim que meu marido chegou, fomos antecipar o pagamento das contas que venceriam nos próximos dias, completamos o tanque do carro e comemos uma pizza deliciosa de frango e catupiry. Eis que o momento do choque estava por vir. Já na cama, lendo o livro "Black Dog: Os Sonhos de Paul Nash", de Dave McKean, conferi o WhatsApp -que deveria mudar de nome para "Amostrinha do Inferno". 

Tinha uma mensagem da minha mãe. Abri, vi as fotos, li e reli. Permaneci incrédula até que decidi repassar a meu marido a informação: Os filhotes das tartarugas já tinham sido doados para a pessoa interessada. O combinado não era esse. Fui dormir pensando naquilo e no último domingo em que estive com as miudezinhas que a natureza havia enviado, sendo que eu planejava comprar um ouriço para cuidar e chamar de meu. 

Os filhotes de tartarugas passeavam em meu pensamento. Fatalmente, tive um pesadelo. Durante a visita a uma casa cheia de lama e com muitas, muitas tartarugas andando apenas pelos cantinhos, decidi tirar o filhotinho que carregava comigo, dentro de uma bolsinha, no intuito de se relacionar com os outros. Assim que o coloquei na trilha das tartarugas lameadas, o filhote seguinte mordeu-lhe a pata, enquanto que o da frente deu meia-volta e comeu parte de sua cabeça, tal qual o comercial das tortuguitas. Estúpida? Sim! Acordei com o coração acelerado e com a certeza de que eu não veria mais os filhotes. Talvez em um novo pesadelo.


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: 
@maryellenfsm

.: Alok lança remix de música do Barbatuques

Ação do Spotify para a Copa une a musicalidade de Alok, Barbatuques e Foreign em remix do clássico Baianá de autoria do grupo 


Torça pela nossa seleção com um hino inédito, dançando na batida do novo som de Baianá. O remix da música do Barbatuques criado pelo Alok está disponível apenas no Spotify, acompanhado por videos teasers com cenas de bastidores e entrevistas, do DJ com o grupo. Tudo dentro na playlist ¡Viva Latino! – a lista do Spotify que traz os hits latinos mais importantes da atualidade. A dupla de hip-hop Foreign, também participa do single como convidada.

A parceria entre Barbatuques e Alok foi promovida pelo Spotify, em ação especialmente para a Copa do Mundo 2018, para agitar os ouvintes principalmente da América Latina em torno da competição. A nova música já figura na 22ª posição no TOP 50 Brasil, que lista as faixas mais tocadas no Brasil dentro da plataforma. 

Baianá é um clássico do Barbatuques, a música foi criada pelo grupo a partir de "Boa Noite Povo” (de Maria do Carmo Barbosa) e ganhou o mundo em produções do cinema, publicidade e tantas outras veiculações, além das pistas pelo mundo nos remixes e samplers feitos por outros DJs e produtores, como o Tropkillaz. A faixa faz parte do disco "O Seguinte é Este", de 2005.

O Barbatuques tem 20 anos de carreira, produzindo música somente com o corpo e reconhecido internacionalmente pela sua linguagem única de percussão e música corporal. Área onde o grupo contribuiu significativamente para a difusão. A sonoridade do grupo mostra uma sobreposição de estilos e estéticas, passando por baião, coco, samba, maracatu, rap, afoxé, funk, carimbó, toré indígena, choro, rock, beatbox, kecak e a música africana. São canções e temas "instrumentais" que exploram a fonética, aspectos rítmicos, harmônicos e melódicos. Variando entre o erudito, a tradição popular brasileira e o pop contemporâneo.

OUÇA O REMIX de Baianá > open.spotify.com/album

Canais Barbatuques:
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.: Juntos: Zé Ramalho e Nando Reis no Espaço das Américas

Apresentações acontecerão na sexta-feira, dia 3 de agosto, e projeto leva o nome de Versão Brasileira


O Espaço das Américas é sempre palco de grandes shows e ocasiões mais do que especiais. E na sexta-feira, dia 3 de agosto, não será diferente! A casa receberá o espetáculo "Versão Brasileira" – ocasião que consiste na apresentação individual de dois grandes nomes da música brasileira: Zé Ramalho e Nando Reis, cada um levando seu show de turnê e cantando os grandes clássicos de carreira em uma grande noite.

Nando Reis e Zé Ramalho tem muita coisa em comum. Além de ambos terem a atitude e postura rock and roll no palco, eles também são donos de lindas canções que fazem parte da música popular brasilera e também da memória popular. “Fico muito lisongeado em cantar na mesma noite que Zé. Sou fã dele e com certeza serei um espectador desta grande apresentação”, diz Nando. “Nando Reis é hoje um dos maiores nomes da MPB da atualidade. Me sinto honrado em me apresentar no mesmo dia que ele no Espaço das Américas”, completa Zé Ramalho.

Ao lado de sua banda, Nando apresenta um show recheado com canções de toda a sua carreira. Na apresentação, o púbico poderá ouvir músicas como “All Star”, “O Segundo Sol”, “Relicário”, “Marvin” e “Sou Dela”, entre outras. Além disso, o cantor inclui no set list, a canção “Só Posso Dizer”, destaque do último álbum.

Durante todo o ano de 2017, Nando Reis viajou o Brasil com a turnê "Jardim Pomar", baseada no álbum de mesmo nome, lançado no final de 2016. O ano foi dedicado também ao projeto "Trinca de Ases", ao lado de Gal Costa e Gilberto Gil. Além de algumas apresentações pelo Brasil, o trio viajou para a Europa, com shows em Paris, Porto, Lisboa, Amsterdam, Zurich e Hamburgo.  

Já Zé Ramalho, faz um show revisitando alguns de seus maiores êxitos que venderam milhões de discos, mantendo o respeito da crítica especializada, em rara unanimidade. 

"O que é, o que é", "Ta tudo mudando", "Entre a serpente e a entrela", "Eternas ondas", "Chão de Giz", "Admirável gado novo" e "Frevo mulher" são apenas algumas das inúmeras pérolas que Zé Ramalho cantará. Além claro, do grande sucesso “Sinônimo”, que retorna a trilha sonora da novela Além do Tempo, da Rede Globo.

Zé Ramalho vem trazendo a alegria de milhões de brasileiros a mais de quatro décadas, é um dos artistas com a personalidade mais marcante da música popular brasileira. Com sua voz inconfundível e sua poesia apocalíptica, o cantor escreveu, escreve e continuará escrevendo seu nome na história musical brasileira, seguindo feito um viajante pelas estradas do país, arrastando multidões por onde quer que passe. Assistir Zé Ramalho ao vivo é uma experiência única em uma espécie de pacto de fidelidade que se renova ano a ano.

Os ingressos já estão disponíveis. Para efetuar a compra, basta ir pessoalmente às bilheterias do Espaço das Américas (de segunda a sábado das 10h às 19h - sem taxa de conveniência) ou acessar o site da Ticket 360 (https://goo.gl/xgibPV). Os preços vão de Pista: a patir de R$ 40,00 | Camarote Premium: a partir de R$ 70,00 | Mezanino País Tropical Open Bar: a partir de R$ 200,00. 

Serviço Zé Ramalho e Nando Reis em Versão Brasileira - Espaço das Américas
Data: 3 de agosto de 2018 (sexta-feira)
Abertura da casa: 20h30
Início do 1º show: 23h
Censura: 18 anos 
Local: Espaço das Américas ( Rua Tagipuru, 795 - Barra Funda - São Paulo - SP)
Acesso para deficientes: sim
Ingressos: Pista: a patir de R$ 40,00 | Camarote Premium: a partir de R$ 70,00 | Mezanino País Tropical Open Bar: a partir de R$ 200,00 
Compras de ingressos: Nas bilheterias do Espaço das Américas (de segunda a sábado das 10h às 19h - sem taxa de conveniência ) ou Online pelo site Ticket360: https://goo.gl/J6QLFf.  
Formas de Pagamento: Dinheiro, Cartões de Credito e Debito, Visa, Visa Electron, MasterCard, Diners Club, Rede Shop. Cheques não são aceitos.
Call center Ticket360: (11) 2027-0777
Objetos proibidos: Câmera fotográfica profissional ou semi profissional (câmeras grandes com zoom externo ou que trocam de lente), filmadoras de vídeo, gravadores de audio, canetas laser, qualquer tipo de tripé, pau de selfie, camisas de time, correntes e cinturões, garrafas plásticas, bebidas alcóolicas, substâncias tóxicas, fogos de artifício, inflamáveis em geral, objetos que possam causar ferimentos, armas de fogo, armas brancas, copos de vidro e vidros em geral, frutas inteiras, latas de alumínio, guarda-chuva, jornais, revistas, bandeiras e faixas, capacetes de motos e similares. 

.: Gratidão é escolhida como tema dos 110 anos da imigração japonesa

Sentimento de profundo reconhecimento ao Brasil e aos brasileiros, expresso em Arigatô Brasil, música oficial das comemorações



O sentimento de gratidão é algo muito forte na sociedade japonesa, sempre presente em todas as relações sociais. Culturalmente, agradecer é um hábito cotidiano e natural, em que podem ser usadas inúmeras formas linguísticas e gestos. Em todas as áreas, há sempre a consciência de que tudo o que se consegue ao longo da vida e das gerações demanda reconhecimento e gratidão.

Assim, a Comissão para Comemoração dos 110 Anos da Imigração Japonesa no Brasil escolheu gratidão para ser o tema central das celebrações deste ano. Um sincero e profundo reconhecimento pela receptividade e pela calorosa acolhida dos brasileiros aos milhares de famílias japonesas que para cá vieram. 

Tambores japoneses e escola de samba: Este agradecimento ao Brasil e ao povo brasileiro é muito bem retratado na música-tema Arigatô Brasil (Obrigado Brasil), interpretada pelo cantor e compositor Joe Hirata, gravada em português e japonês. A música, uma entusiasmada celebração entre as duas culturas, mistura estilos diferentes, com instrumentos tradicionais japoneses (como o shakuhachi, flauta japonesa), conjunto de cordas e coral, além da própria banda do Joe.

O ponto alto é a perfeita sintonia entre os taikôs, tambores japoneses, do Wadan Taiko Ensemble com os percussionistas da bateria da escola de samba paulista Águia de Ouro. Todos participam do belo videoclipe oficial, com direção de Kazuaki Shinjo e Joe Hirata e performances de muitos grupos de dança, como Awaodori Represa, Tottori Shan-Shan Kassa Odori (dança coletiva) e Ryukyu Buyo Kyokai. “Gratidão, sentimento que enobrece, faz parte do dia a dia do povo japonês e que herdei de meus pais. A harmonia da mistura de raças e culturas do Ocidente e do Oriente simbolizam os 110 anos de história de Brasil e Japão. Dômo arigatô Brasil, por acolher este povo que aqui prosperou!”, afirma Joe Hirata. 


Assista:


Joe Hirata: Celebrando 20 anos de carreira e oito CDs lançados no Brasil e no Japão, Joe Hirata, nikkey nascido em Maringá-PR,é considerado o maior representante da comunidade japonesa no Brasil e no Japão. Ele foi o primeiro estrangeiro a vencer o maior concurso amador da canção japonesa, o NHK Nodojiman, organizado pela rede estatal TV NHK, com mais de 80 mil participantes. Joe também tem tido grande destaque Brasil afora como cantor sertanejo, mostrando a pluralidade do seu talento e o quanto as culturas dois países interagem e se complementam.

21º Festival do Japão: A cada dez anos, a comunidade nipo-brasileira celebra, desde 1958, a chegada dos primeiros imigrantes japoneses ao Brasil, quando o navio Kasato Maru atracou em Santos, trazendo 165 famílias para as fazendas de café paulistas, em 18 de junho de 1908. A comemoração solene será no dia 21 de julho, no 21º Festival do Japão, com a presença da princesa Mako, representando a Família Imperial do Japão. O Festival do Japão é considerado o maior evento da cultura japonesa na América Latina, atraindo cerca de 200 mil visitantes ao São Paulo Expo Imigrantes. Entre os mais de 2 mil artistas nipo-brasileiros que farão apresentações de música, dança, taiko e coral, um dos grandes destaques será o cantor e compositor japonês Kazufumi Miyazawa.

Símbolo de gratidão: O símbolo dos 110 anos também representa gratidão. O artista plástico Kazuo Wakabayashi escolheu o tsuru (grou), uma ave de tradição milenar que, além de gratidão, simboliza também saúde, boa sorte, felicidade, longevidade, paz, amor conjugal e fidelidade. Wakabayashi, ele próprio um imigrante japonês (chegou ao Brasil em 1961), inspirou-se no casal de tsuru, representando Brasil e Japão, para ressaltar não somente este momento festivo, bem como o sentimento de “reconhecimento ao país e ao povo que nos recebeu em sua terra”, como afirma o artista.

Celebrações budistas em memória aos pioneiros: Inúmeras outras ações são organizadas pela comissão constituída por representantes das maiores entidades nipo-brasileiras para coordenar os diferentes eventos comemorativos, como as tradicionais celebrações budistas em memória aos pioneiros, realizadas junto ao Memorial aos Imigrantes Japoneses, no Parque Ibirapuera (17 de julho, às 8h30) e no Grande Auditório do Bunkyo, na Liberdade (17 de julho, às 10h30, antecipado em respeito ao jogo do Brasil), em São Paulo. “Desejamos receber as pessoas para orar e demonstrar gratidão aos imigrantes antecessores, como também desejamos manifestar nossa gratidão aos participantes”, afirma Harumi Arashiro Goya, presidente da Comissão para Comemoração dos 110 anos da Imigração Japonesa. Na ocasião, como demonstração de gratidão ao público presente, serão distribuídos itens como o oniguiri, o tradicionalíssimo bolinho de arroz, produzido graças à dedicação voluntária de jovens e senhoras de um templo budista.

Uma relação cada vez mais forte: A comunidade brasileira no Japão é a terceira maior comunidade brasileira no exterior, com mais de 190 mil pessoas. No Brasil, a comunidade nipodescendente alcança cerca de 1,9 milhão, a maior população de origem nipônica fora do Japão. Esse vínculo humano é o principal patrimônio das relações entre os dois países, potencializando o diálogo e a cooperação. De acordo com o Itamaraty,Brasil e Japão mantêm fortes relações desde a assinatura do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação, em 1895. O Japão é um dos principais parceiros do Brasil em projetos de cooperação técnica, nas mais diversas áreas, como ciência, tecnologia e inovação, com empresas japonesas sempre desempenhando papel significativo na industrialização brasileira. Em 2016, o Japão figurou como o terceiro principal parceiro comercial do Brasil na Ásia e o sétimo no mundo. O fluxo de investimentos japoneses para o Brasil somou, em 2014, US$ 3,7 bilhões e, em 2015, US$ 2,8 bilhões. (fonte: www.itamaraty.gov.br)

Ficha técnica 
Arigatô Brasil
Música-tema dos 110 anos da imigração japonesa no Brasil
Intérprete: Joe Hirata
Arranjo musical, teclados e piano: Julinho Bogajo
Bateria:Jefferson Alves
Baixo: Marcio da Silva Furtado
Cavaco:Eduardo Paz 
Percussão:Bruno D´Sousa
Violino 1: Daisy Nobuko Takahashi
Violino 2: Wagner Hiroki Nishizawa
Violino 3: Jair Guarnieri
Violino 4: Sérgio Senda
Violoncelo:Eduardo Akihiro China
Viola:Mauro Koiti Shimada
Contra baixo: Henderson Matsuura Dias Santana
Coral BSGI: Sophia Endo, Ana Beatriz dos Santos, Alisson Martins, Renan Albuquerque, Fábio Kamakura, Giulia Martins, Lohan Santos, Luiz Uchôa, Diogo Suyamae Sofia Yamada.
Backing vocals: Jennifer Rocha e Shirley Oliveira
Letra versão japonesa: Chika Ebisawa, Franci e Akemi Matsuda

.: Festival em Santos conta com atrações que vão do indie folk a MPB

Evento convida Heitor Vallim, banda Das Neves e Bemti
Bemti
Em Santos sempre há música boa e cultura pulsante. A prova disso são as atrações desta edição do festival “Lb ao Vv” que conta com atrações que vão do indie folk a MPB. Os artistas santistas Heitor Vallim e a banda Das Neves recebem o Bemti, que toca pela primeira vez na cidade. E ainda, a presença da exposição artística de Boo Marques. O evento acontece no dia 30 de junho (sábado), no Lobo Estúdio, com ingressos a 15 reais.

Já conhecido na cena santista, o músico Heitor Vallim apresenta canções inéditas do disco “Calvário”, prestes a ser lançado. O cantor também apresenta as faixas do EP de estreia, "Naissance", além do single "Crashing Waves". Com arranjos provocativos e sensíveis, ele traz como influência musical o folk estadunidense e a MPB, sem renegar as letras melancólicas do blues. A apresentação contará com a participação especial de Gabriela Lenti, na faixa “Por que você não vem dormir?”, e Nadal na música “Negationist”.

Também de Santos, a Das Neves mescla influências que vai do rock alternativo a MPB, incluindo também música nordestina e o indie rock. É a partir da ideia de diversidade musical que eles lançaram o disco de estreia, “Paraíso”, que será apresentado no repertório do show, incluindo o single “Mar Negro”. A banda é formada por Gabriel Neves (Vocal e guitarra), Paula Martins (Baixo) e Ivo Santos Escobar (bateria).

Tocando pela primeira vez em Santos, o paulistano Bemti é o projeto solo de Luís, criador da banda Falso Coral. Nesta iniciativa, ele apresenta performance que une o queer, synthpop e a viola caipira em uma mistura experimental inovadora. No repertório, as canções "Gostar de Quem", "A Gente Combina", entre outras.

O Lobo Estúdio fica na Rua Luís de Camões, nº 12, no bairro Vila Matias, em Santos.

Serviço
Heitor Vallim, Bemti e Das Neves
Data: 30/06/2018 (sábado)
Horário: 19h
Local: Lobo Estúdio
Endereço: Rua Luís de Camões, nº 12 - Vila Matias - Santos/SP
Ingressos: R$15
Classificação etária: Livre
Evento: facebook.com/events

.: Resumo do 26º capítulo de "As Aventuras de Poliana", do SBT

"As Aventuras de Poliana"
Capítulo 26, quarta-feira, 20 de junho


Raquel chega na padaria com casaco de Guilherme, que lhe acompanha. Durval fica irritado e manda a filha para casa após dizer para ela ficar afastada do garoto. Raquel tenta explicar que Guilherme apenas emprestou o casaco por ela estar molhada. Filipa estoura um colar de Luísa e vai embora com Yasmim. 

Mirela vai atrás de Raquel brigar por conta de Guilherme. Luísa chama a atenção de Poliana após descobrir o que aconteceu. Yasmim é assaltada na rua e fica assustada. Otto conta para Roger que dessa vez a reunião será com toda a equipe de criação da O11O. Otto fala aos funcionários sobre os avanços da tecnologia e novos desafios. Marcelo revela para Iuri que reencontrar Luísa abalou os sentimentos dele. 

Luigi chora e diz aos pais que Éric e Hugo não são seus amigos. Sérgio e Joana acham que o filho está imaginando as coisas. Débora vai até a casa de Luísa para falar para ela se afastar de Marcelo e devolver a fotografia. Kessya consegue com o irmão um frasco de pó-de-mico.

terça-feira, 19 de junho de 2018

.: Lista: 40 motivos para assistir "Grease - Nos Tempos da Brilhatina"


Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em junho de 2018


Em 16 de junho, "Grease - Nos Tempos da Brilhantina" completou 40 anos de estreia nos cinemas dos Estados Unidos. Para celebrar o feito desse clássico musical, o longa dirigido por Randal Kleiser foi remasterizado, com mais qualidade de som, resolução e cor, por meio da tecnologia "High Dynamic Range". Do negativo original, foi feito um escaneamento para limpar e corrigir as cores, enquanto que o áudio aprimorado oferece maior limpidez.

Para tanto, nós do portal Resenhando.com elaboramos uma lista com 40 atrativos que irão lhe motivar a assistir o clássico que acontece na Califórnia de 1959, quando Sandy e Danny se apaixonam, durante um verão inesquecível na praia. Na escola, os dois se reencontram, mas Danny não é nada do jovem por quem Sandy se apaixonou. Por fim, descobrem que os dois precisam mudar. Entenda que "Grease is the word"!



1. "Grease - Nos Tempos da Brilhantina" é o retrato da geração de 1959;

2. Inicia com o casal na praia numa cena com beijo de protagonistas ao pôr-do-sol;

3. É a história dos encontros e desencontros entre a garota certinha e o garoto problema;

4. A mocinha, Sandy Olsson, é interpretada pela cantora Olivia Newton-John;

5. Danny Zuko é um bad boy só até a página 2;

6. Amores de escola: grande parte da história se passa no Rydell High;

7. Tem a nova aluna se adaptando à escola e fazendo amizade;

8. Os amigos bobos (Doody, Sonny e Putzie) que são virgens, mentem que não são e têm curiosidades típicas da idade;

9. A marra dos membros do "T-Birds" nas jaquetas invocadas;

10. As jaquetas estilosas e na cor rosa das "Pink Ladies";



11. O encanto da moça após um encontro romântico;

12. As mentiras que os garotos contam após estarem com uma garota;

13. A festa do pijama das Pink Ladies na casa de Frenchy em que Sandy participa;

14. A máquina de jukebox que toca as canções que não entraram no filme como " It's Raining on Prom Night";

15. Sessão de cinema romântica no drive-in;

16. O poder da "abelha rainha" -líder- Rizzo no grupo Pink Ladies;

17. A amiga (Marty) que prefere se relacionar com homens mais velhos;

18. A esteticista (Frenchy) que troca a cor dos cabelos ao longo do filme;

19. Entre as Pink Ladies têm a garota interesseira (Jan);

20. A amiga (Frenchy) que não sabe o que vai ser e recebe a visita do anjo interpretado por Frankie Avalon;



21. A transformação do carro velho em Greased Lightning;

22. A rixa entre os "T-Birds" e "Scorpions";

23. O retorno do "fantasma" (Cha Cha) que estava no passado do namorado;

24. A importância da prática de esportes que facilita a relação com os outros;

25. O sexo e a necessidade de usar preservativos;

26. A responsabilidade da gravidez na adolescência;

27. O grande baile da escola com todo o elenco;

28. A corrida de carros entre os "T-Birds" e os "Scorpions";

29. A mudança de visual da inocente Sandy para uma mulher decidida;

30. A sequência eletrizante de Sandy e Danny no parque de diversões com a música "You´re The One That I Want";



31. O último encontro de toda a turma de estudantes no parque de diversões cantando e dançando "We Go Together"

32. Coreografias inesquecíveis dos números musicais;

33. Clássicas canções como "You´re The One That I Want", "Summer Nights" e "Hopelessly Devoted to You";

34. No fim, o carro Greased Lightning voa levando os protagonistas a bordo;

35. No grupo de alunos do Rydell há fácil identificação do "quem é quem" da turma de amigos com a que temos ou tivemos;

36. Em 2016, foi transmitido ao vivo pela FOX numa versão estrelada por Julianne Hough/Sandy (Rock of Ages), Aaron Tveit/Danny (Os Miseráveis) e Vanessa Hudgens/Rizzo (High School Musical);

37. Foi indicado ao Oscar em Melhor Canção Original por "Hopelessly Devoted to You";

38. Foi o musical com maior arrecadação de bilheteria nos Estados Unidos, custando 6 milhões de dólares e arrecadando 394 milhões de dólares no mundo, perdendo o posto apenas em 2008 para "Mamma Mia!";

39. Ganhou uma sequência em 1982, com Michelle Pfeiffer no papel principal;

40. O clássico musical do cinema completou 40 anos, foi remasterizado, ganhando mais cores e som.

NAS LOJAS: Já disponíveis, o DVD simples terá preço sugerido de R$ 19,90, o Blu-Ray simples R$ 29,90 e a versão especial, com livreto e fone de ouvido, custará R$ 129,90.



Cena de "Grease - Nos Tempos da Brilhantina"
"You´re The One That I Want"



*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm


.: Nós do Morro: apresentações e debates, na Penha, Madureira e Pavuna


O Nós do Morro completa 32 anos de história e, para comemorar essa marca, apresenta o espetáculo “Encontros, 32 anos depois”. Uma releitura da primeira produção do grupo, será encenada nos bairros da Pavuna, Penha e Madureira, entre os dias 14 e 30 de junho, com preços populares. Além disso, será realizado também debates sobre arte e cultura, encerrando com SLAM de poesia.

Nada poderia ser mais emblemático, quando o Grupo foi fundado há mais de 30 anos, a produção foi a primeira a ser apresentada pelo Nós do Morro, em 1987, e tinha o nome de “Encontros”. Com argumentos preparados por Luís Paulo Corrêa e Castro, a história fala da vida dos adolescentes do Vidigal na década de 80, mostrando os principais pontos de encontro e reunião e os problemas enfrentados no cotidiano dos moradores de uma favela em plena “década perdida”.

“Revisitar esse texto é uma forma de celebrar, além de ser um exercício de memória que possibilita voltarmos para nós mesmos e, ao retratar esses “Encontros”, 32 anos depois, percorremos a nossa própria história e nos fortalecemos no crescimento humano e na sensibilidade artística que nos construiu. Assim, o Grupo festeja a sua história e os inúmeros encontros que possibilitaram a sua consolidação, renovando a sua missão de atuar pela ampliação do acesso à arte e à cultura aos moradores das periferias cariocas”, completa a diretora de produção, Dani Carvalho.

“Antes de tudo, Encontros é uma celebração à vida desses jovens sonhadores que, impossibilitados de contar com políticas públicas que os ajudassem a ter acesso aos bens de produção cultural e a uma vida melhor, se viravam como podiam, fazendo do seu viver uma forma de expressão de uma geração que vivia à margem das benesses da sociedade de consumo e do mundo da “alta cultura”, afirma o diretor artístico e fundador do Nós do Morro, Guti Fraga.

Hoje, após tantas décadas e mudanças no mundo, a peça volta à cena em uma releitura assinada por Fabrício Santiago, com colaboração de Álamo Facó. O argumento é o mesmo e os conflitos permanecem, mas as situações foram adaptadas para o contexto atual, com a dinâmica de uma sociedade cada vez mais impactada pela globalização. A remontagem desse espetáculo é a prova de que a semente germinada com a criação do Nós do Morro frutificou, mostrando que a iniciativa idealizada por Guti Fraga, Fred Pinheiro, Luís Paulo Corrêa e Castro e Fernando Mello da Costa serviu de espelho para uma série de movimentos culturais criados em favelas e bairros da periferia, formando crianças, jovens e adultos e mostrando que a vida vivida na arte é muito mais bonita.

“Ainda criança, o maior sonho da minha vida era simplesmente conseguir viver da minha arte. E, ao ter a sorte de encontrar com a escola de teatro Nós do Morro, o meu sonho se tornou possível. Retornar ao grupo nesse momento como dramaturgo é um dos presentes mais especiais de toda minha trajetória”,  diz o dramaturgo de “Encontros 32 anos depois”, Fabrício Santiago.

Apesar da diferença de 31 anos entre a primeira montagem e essa, a importância ainda é bastante latente na história, não somente do Nós do Morro, mas de tantas outras comunidades espalhadas pelo Rio de Janeiro e pelos demais estados brasileiros.

“O texto falava do cotidiano da favela, porque era importante que os moradores se reconhecessem e, através dessa experiência, vislumbrassem a vivência artística como algo próximo e tangível, atuando pela democratização do acesso à arte. Acreditávamos na possibilidade de aliar formação artística à responsabilidade social. Entendíamos o processo de criação artística como uma filosofia de vida, capaz de formar cidadãos atentos aos problemas do mundo e generosos com os outros. Então, remontar esse texto é uma forma de reafirmar que continuamos acreditando em tudo o que nos motivou desde o início. A nossa história nos mostra que o Grupo Nós do Morro é uma iniciativa que deu certo e, diante desses 32 anos, temos a certeza de que apenas começamos. Que venham os próximos 32”, salienta Fraga.

Encontros, 32 anos depois 
Arena Jovelina Pérola Negra

14 de junho – Debate sobre arte e cultura encerrado com SLAM de poesia
Horário: 14h
Entrada franca

15 de junho – Apresentação do espetáculo
Horário: 19h30
Praça Ênio, S/N – Pavuna
Telefone: (21) 2886-3889
Valor do Ingresso: Inteira R$10,00 e meia R$5,00

Arena da Dicró
*haverá tradução em libras para a apresentação do espetáculo

23 de junho – Debate sobre arte e cultura encerrado com SLAM de poesia
Horário: 16h
Entrada franca

23 de junho -  Apresentação do espetáculo
Horário: 20h.
R. Flora Lôbo, 184 - Penha Circular
Telefone: (21) 3486-7643
Valor do Ingresso: Inteira R$10,00 e meia R$5,00

Arena Fernando Torres
29 e 30 de junho – Apresentações do espetáculo
Horário: 20h
R. Bernardino de Andrade, 200 – Madureira
Telefone: (21) 3495-3078
Valor do Ingresso: Inteira R$10,00 e meia R$5,00

30 de junho - Debate sobre arte e cultura encerrado com SLAM de poesia
Entrada franca
Horário: 16h

Ficha Técnica:
Texto Original: Luís Paulo Dias Corrêa e Castro
Dramaturgia: Fabrício Santiago
Colaboração dramatúrgica: Álamo Facó
Direção Artística: Guti Fraga e Fátima Domingues
Assistente de Direção: José Mário Farias
Direção de Movimento: Johayne Hildefonso
Direção Musical: Gabriel Moura
Elenco: Alexandre Cipriano, Alice Coelho, Bruno Borges, Cida Costa, Danilo Martins, Deivison Santos, Diego Francisco, Edson de Oliveira, Felipe Paulino, Jeckie Brown, João Vítor Nascimento, Leilane Pinheiro, Mariana Alves, Marília Coelho, Nathália Mattos, Pablo Sobral, Ramon Francisco, Sônia Magalhães, Taiana Bastos, Thaís Dutra, Tiago Ebeneze
Figurinos: Gorette Bezerra
Cenografia: Fernando Mello da Costa
Designer de Iluminação: Pablo Cardoso
Produção Executiva: Marcio Lopes
Direção de Produção: Dani Carvalho
Assessoria de Imprensa: MercadoCom (Ribamar Filho)

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