Uma campanha lançada pela plataforma de financiamento coletivo Catarse visa garantir a segunda edição do livro "Coração Americano", que revela os bastidores da gravação e produção do álbum "Clube da Esquina". A obra musical atemporal de Milton Nascimento e Lô Borges que em 2022 completará 50 anos.
Organizado por Andrea Estanislau, o livro mostra a história do álbum Clube da Esquina contada por seus protagonistas, destacando Milton Nascimento como a figura central, o aglutinador que possibilitou a realização desse projeto coletivo.
Fotos raras compõem o livro e são uma espécie de volta ao tempo para os fãs. E funciona como uma descoberta mágica para as novas gerações que só ouviram falar das reuniões iniciadas na famosa esquina das ruas Paraisópolis e Divinópolis, no bairro de Santa Teresa, em Belo Horizonte.
A publicação tem ainda textos de Fernando Brant, Márcio Borges, Ronaldo Bastos, Lô Borges, Tavito, Toninho Horta, Chico Amaral, Bernardo Novais da Mata Machado e Rodrigo James. Trata-se de um documento que mostra um dos marcos da nossa música popular, com uma obra atemporal e que ainda influencia várias gerações de músicos.
O cantor e compositor Fernando Falks está divulgando o single "Sob o Céu", que está disponível nas plataformas digitais e em um videoclipe no YouTube. O trabalho atual, assim como os singles anteriores, segue uma linha pop rock, com uma letra inspirada nos efeitos que o tempo proporciona em nossas vidas.
A ideia para compor a música tem 12 anos, quando nasceu o primeiro filho do compositor. Segundo ele, no início, a canção parecia fazer parte de um trabalho para crianças. Porém, quando a ideia do arranjo foi amadurecendo, com a inclusão do órgão hammond e da guitarra slide, a linha pop rock acabou prevalecendo, deixando a canção com um ar setentista.
Fernando Falks cita o Black Crowes como uma influência importante nesse trabalho, que também apresenta alguns ecos de Guilherme Lamounier, na época de seu segundo disco solo (de 1973), que também apresentava um som com tendência para o folk.
A linha do Hammond foi criada e gravada por Fábio Ribeiro, primeiro tecladista do Angra e atual Shaman. A guitarra slide foi gravada pelo músico Marcos Ottaviano, que já tocou com Ronnie Wood, guitarrista dos Rolling Stones e B.B. King. O projeto da capa do single foi feito pelo designer de interiores Jacomo Botter, padrinho do filho de Falks.
Além de "Sob o Céu", Falks já lançou as canções "Brancos Pelos", "Isso É o que Importa", "Depois de Ontem", "Florescer" e "O Circo". Todas com uma temática focada no pop rock dos anos 80, predominantemente.
A banda britânica Led Zeppelin lançava há 50 anos o álbum que se tornaria o marco divisor de sua carreira. Intitulado apenas como "Led Zeppelin IV", o quarto lançamento do grupo trazia um som coeso e incrivelmente bem produzido, mostrando hits que se transformaram em verdadeiros clássicos do rock nas décadas seguintes.
Para entender o contexto, a banda já havia lançado três álbuns com alguns bons momentos. Mas ainda não havia convencido por completo a crítica. O maior hit desse período era "Whole Lotta Love", que conseguiu atingir as paradas nos Estados Unidos.
No terceiro álbum, lançado em 1970, Robert Plant (vocal), Jimmy Page (guitarras), John Paul Jones (baixo, teclados) e John Bonhan (bateria) buscavam produzir um som mais acústico, influenciado pela música folk e por outros estilos em alta no pop na época. Eles ocuparam uma casa no País de Gales para compor essas canções e as do famoso quarto álbum.
Essa busca por um som mais puro, sem abandonar por completo as guitarras, resultou na criação de canções memoráveis. O disco abre simplesmente com "Black Dog", que possui um dos riffs mais matadores do rock e com o vocal de Plant elevado na última potência.
Depois segue com "Rock´n Roll", um tributo aos pioneiros desse estilo musical. E na sequência segue a acústica "The Battle Of Evermore". Depois vem "Stairway to Heaven", talvez a canção mais emblemática da história do Led Zeppelin, com um trabalho sensacional de Page na guitarra.
As canções seguintes "Misty Mountains Hop", "Four Sticks", "Going To California" e "When The Leeve Breaks" complementam o disco de forma brilhante, com destaque especial para "Going to California" e o trabalho de John Paul Jones com o mandolin.
Apesar de ter uma capa sem menção direta ao nome da banda, o álbum acabou sendo um dos mais vendidos da carreira do grupo, alcançando a marca de 37 milhões de cópias. A popularidade da banda ampliou ainda mais, subindo para patamares mais altos nos anos seguintes.
A trajetória do grupo teve fim em 1980 com a morte acidental de John Bonhan, que teve uma asfixia provocada por vômito depois de ingerir uma quantidade considerável de bebida alcóolica. Os três remanescentes se reuniram algumas vezes em apresentações esporádicas nos anos seguintes, mas sem uma perspectiva segura de produzir algo novo.
Ele foi integrante de um dos grupos mais emblemáticos dos anos 70 (Novos Baianos). Já tocou com vários artistas e bandas e é considerado um dos melhores baixistas da atualidade. Agora, o músico Dadi Carvalho, apresenta "Todo Vento", o seu quarto disco de carreira solo, que reforça cada vez mais o seu lado autoral e com parcerias de nomes como Arnaldo Antunes, Rita Lee e Fausto Nilo. Em entrevista para o Resenhando, ele conta como se deu o processo de criação do disco e relembra algumas passagens da sua carreira musical. “Me sinto um cara privilegiado por ter convivido e tocado com tanta gente boa”.
Resenhando – Não poderíamos começar a entrevista sem perguntar do grupo Novos Baianos. Foi sua primeira experiência profissional séria? Dadi Carvalho - Com certeza foi. Antes eu tinha tocado em bandas de rock, já influenciado pela música dos anos 60. Em especial, Jimi Hendrix, Beatles e outras bandas. Ai veio os Novos Baianos com aquela proposta de fazer uma música brasileira de uma forma diferente. Ver o Moraes Moreira compondo aquelas maravilhas de música era muito bom. Na banda estava o Pepeu Gomes. Temos a mesma idade e gostávamos das mesmas bandas. Ele era louco pelo Hendrix. Nós ensaiávamos o dia inteiro, mas era algo até natural. Foi uma experiência fantástica.
Resenhando – Um pouco mais tarde você fundou A Cor do Som com o irmão (Mu Carvalho) e mais os músicos Armandinho, Ary e Gustavo. Foi ideia do Moraes Moreira mesmo ou é só lenda?
Dadi Carvalho - Moraes foi um grande incentivador da Cor do Som, assim como o Caetano Veloso. Inicialmente foi uma banda pensada para fazer mais música instrumental. Todos eram e ainda são grandes músicos. Mas de uma certa forma, cantar as canções acabou abrindo as portas para muitos sucessos que gravamos nos anos 70 e 80. Temos nos encontrado e feito alguns shows há alguns anos.
Resenhando – E como foi que você acabou entrando no Barão Vermelho nos anos 90? Dadi Carvalho - O Dé Palmeira decidiu sair da banda e então o Frejat acabou me convidando. Antes de aceitar, falei com Dé, que acabou aprovando a minha entrada. Participei da gravação do disco Na Calada da Noite, o que deixou bastante orgulhoso e cheguei a tocar ao vivo. Eu saí um pouco depois, para participar da banda do Caetano Veloso naquela época. No meu lugar entrou o Rodrigo Santos, que também era e ainda é um baita músico. Deu tudo certo para o Barão e prá mim também.
Resenhando – Nesse seu novo disco, você parece querer reforçar o lado autoral. Houve essa necessidade? Dadi Carvalho - É que depois de tocar com tanta gente boa, você acaba querendo mostrar coisas suas. É algo até natural para o músico. O Arnaldo Antunes fez algumas letras para canções que fiz. Tem parceria também com Fausto Nilo, o Ronaldo Bastos e outra muito especial com a Rita Lee. Então, essas parcerias ajudaram a fortalecer meu lado autoral, com certeza. Aprendi e aprendo muito com todas essas parcerias.
Resenhando – E quais são seus planos para o futuro? Dadi Carvalho - Eu trabalhei recentemente com a Marisa Monte e há uma perspectiva de tocar ao vivo com a banda dela. Vou continuar divulgando o Todo Vento e continuamos com A Cor do Som sempre que for possível conciliar com os projetos individuais de cada integrante.
Um dos novos nomes emergentes da MPB, Zé Nigro apresenta “Apocalip Se”, o seu álbum de estreia da carreira solo. Músico, produtor e multi-instrumentista com forte atuação no cenário da música independente brasileira, ele traz uma obra com influências nas sonoridades psicodélicas mescladas com ritmos como reggae e synth-pop.
"O nome do álbum surge como um jogo de palavras entre o estado de ´Apocalip Se´ da gente, do mundo, da situação pandêmica. É um disco pensado como uma viagem. A ideia é que vá sendo decifrado: quanto mais se ouve, mais se descobrem fragmentos escondidos entre uma música e outra, inspirações e ideias que vão sendo referenciadas no decorrer do álbum", diz Zé Nigro.
É possível notar a influência da música folclórica em vários momentos, como na faixa Flor do Futuro que tem uma levada reggae ao mesmo tempo em que flerta com os ritmos nordestinos. Muito embora faça um tipo de composição com tendência mais para o lado alternativo, Zé Nigro não chega a exagerar na carga experimental em sua produção musical. São canções com uma temática pop bem interessante. Um exemplo é "Gorjeios", o primeiro single de divulgação, que lembra um pouco a produção de Lô Borges nos anos 70. O Clube da Esquina, aliás, parece uma referência importante para ele. Há alguns ecos da produção mais recente de Marcos Valle também.
As canções são composições autorais e em parceria com Ava Rocha, Saulo Duarte, Eveline Sin, Anna Zeppa e com as participações das cantoras Céu, Thalma de Freitas e Anais Sylla. A capa do álbum é assinada pelo artista plástico Zé Vicente. |Apocalip Se| mostra o potencial de Zé Nigro para explorar novas tendências para sairmos desse nosso apocalipse real, onde o pop soa cada vez mais pobre e previsível. Renovar é preciso sempre.
O duo de rock experimental paulistano Lumee//Prismo está divulgando o seu primeiro EP, intitulado "Ovis Aries". E o resultado final é uma mescla de influências musicais, que vão desde bandas internacionais como Audioslave e Rage Against The Machine, até grupos nacionais como Sepultura e Mutantes.
Formado em 2017 em São Paulo, o duo conta com Luma Garcia (Lumee - vocais, piano e synths) e Guilherme da Matta (Prismo - guitarra). O grupo integra o selo Maxilar, de Gabriel Thomaz (Autoramas) e Henrique Roncoletta (banda NDK). O EP foi lançado em fevereiro de 2021 com foco na diversidade musical.
O single intitulado "Routine" fala dos efeitos que as redes sociais geram na vida e no cotidiano das pessoas, criticando a forte dominação que elas exercem na sociedade. Nesta faixa, os músicos falam sobre a lavagem cerebral que as redes provocam nos seus usuários com o fim de os deixar catatônicos e, dessa forma, poderem manipulá-los da forma que quiserem. Um tema parecido com explorado no primeiro single (Violence)
"Com o grande poder que foi dado a essas empresas que dominam a internet atualmente, nos tornamos meras marionetes à mercê de imposições de consumo, de identidade, políticas, entre outras que talvez ainda nem conheçamos", comentou Luma.
Na faixa "Routine", os dois gravaram as vozes, guitarras e o baixo em casa, com os próprios equipamentos. A bateria foi gravada no Flap Studios, de Fernando Lauletta, além da participação de Leandro de César, no baixo, e Jean Araujo, na bateria. A mix e a master ficaram por conta de Yuri Deryous e o clipe foi dirigido por Jean Araujo e Yutha Matsuda.
Luma participou de diversos outros projetos musicais, com os quais se apresentou pelo Brasil e pelos Estados Unidos, sempre conciliando com outras paixões suas, como as aulas de canto e o teatro. Atualmente, ela integra o Núcleo Erínias, da Companhia de Teatro d`Os Satyros e cursa canto lírico na Escola Municipal de Música.
Guilherme, por sua vez, já comandou bandas de rock e hoje gerencia sua própria escola de música, a Allemande, onde tenta colocar em prática o sonho de levar o ensino musical de forma acessível e lúdica.
Juntos, Luma e Guilherme proporcionam uma sonoridade resultante de suas influências musicais, buscando sempre flertar com temas contemporâneos e relevantes para os ouvintes. Tomara que continuem nessa direção nos seus próximos passos.
Com seu nome já consolidado no pop nacional, Fernanda Abreu resolveu comemorar seus 30 anos de carreira em grande estilo. Ela lançou o CD "30 Anos de Baile", um disco com seus sucessos remixados por 15 DJ´s produtores.
A lista de convidados inclui nomes da atual geração, como Vintage Culture, Gui Boratto, Bruno Be, Tropkillaz, Fancy Inc e mais outros nomes consagrados como Corello DJ, Zé Pedro, Dennis DJ e Memê, este último encarregado de fazer a direção artística do álbum. Também há participações dos rappers Emicida e Projota.
No álbum, os convidados revisitaram, cada um à sua maneira, clássicos da discografia de Fernanda Abreu , como “Jorge da Capadócia” (que ganhou remix de Gui Boratto), “Kátia Flávia, A Godiva de Irajá” (em versão de Bruno Be), “Veneno da Lata” (by Tropkillaz), “Você Pra Mim” (que conta com vocal de Projota e remix de Dennis DJ), “Outro Sim” (repaginado por Ruxell, com vocais de Emicida), entre outras. O lançamento acabou se desdobrando em um álbum com 13 faixas e outro com oito versões extendidas, mais próprias para tocar nas pistas.
Com oito discos de estúdio, dois registros ao vivo (DVDs), 23 singles, quase 20 videoclipes nesses 31 anos de carreira solo, Fernanda uniu funk com batuque, usou samples e bateria eletrônica para fazer música pop, criando uma identidade brasileira de fazer dance music. E essa coletânea reforça a sua importância dentro do pop nacional.
Guitarrista, compositor e arranjador, Chris Standring é um dos artistas mais prolíficos e bem-sucedidos da cena do jazz contemporâneo. Com 13 singles no Top 10 da Billboard e 6 singles que alcançaram o primeiro lugar na parada, agora lança "Wonderful World", seu 14º álbum solo, um excelente projeto com releituras de clássicos, que é totalmente diferente de tudo que ele já fez antes.
Ao contrário de todos os seus outros projetos, ele compôs apenas uma das músicas do álbum e concentrou-se em colocar seu próprio toque exclusivo nas músicas do chamado "Great American Songbook", com canções consagradas dos anos 30, 40 e 50. E ainda encontrou espaço para incluir How Insensitive (Insensatez), do nosso maestro soberano Tom Jobim.
O álbum também conta com uma orquestra de 19 músicos, algo que ele sempre quis fazer. Standring explica que escolheu essas músicas porque também poderiam ser arranjadas para uma orquestra completa ou um trio. “Acho que há algo mágico no som de uma guitarra e uma orquestra tocando juntas, mas nem sempre estarei em situações em que seja possível usar uma orquestra. Portanto, os arranjos tinham que ser flexíveis o suficiente para funcionar em um ambiente de trio”, complementou.
Standring se propôs a fazer um álbum de música que fosse reduzido à sua essência. Ele não estava interessado em pirotecnia que mostrasse seus talentos consideráveis. Em vez disso, ele preferiu mostrar arranjos de trio aberto e orquestrações que soariam nostálgicas, mas atualizadas com uma sensibilidade contemporânea.
O resultado, como era de se esperar, ficou acima da média. Ouvir How Insensitive com um discreto arranjo de cordas ao fundo deu um tom nostálgico na medida certa. E a versão da clássica Night and Day, de Cole Porter, ficou excelente, assim como Alfie (de Burt Bacharach) e Autumn In New York.
Como solista, Standring apresenta várias influências, passando por Wes Montgomery e Joe Pass, entre outros. Seu toque característico é facilmente reconhecido pelo ouvinte. Randy Brecker, Kathrin Shorr (que canta What a Wonderful World, única faixa com vocal), Peter Erskine, Harvey Mason, David Karasony, Chuck Berghofer, Darek Oles, Geoff Gascoyne complementam o grupo responsável pelo acompanhamento.
"Wonderful World" é aquele tipo de disco que merece ser ouvido apreciando-se faixa a faixa. E de preferência com um bom e providencial copo de vinho.
Depois de um curto período de hiato, Marisa Monte traz um novo trabalho com novas composições autoriais. O CD intitulado "Portas" mostra uma sonoridade que remonta aos seus trabalhos iniciais e confirma a sua competência como intérprete.
Esse trabalho era para ter sido iniciado em maio de 2020. Os planos foram alterados em função da pandemia do Covid-19. Somente em novembro, seguindo todos os protocolos de segurança e com uma equipe reduzida, ela conseguiu entrar em estúdio para gravar as bases das canções.
Contando com a co-produção do amigo e experiente Arto Lindsay, que trouxe a sua banda, Marisa arriscou inicialmente gravar duas músicas, "Calma" e "Portas", com os músicos a distância, via aplicativo zoom. A coisa deu tão certo que acabaram repetindo a experiência em outras faixas.
Ela seguiu então alternando gravações presenciais no Rio, (mais bases, complementos e os arranjos do experiente maestro Arthur Verocai e do trombonista Antonio Neves) e as gravações remotas em Lisboa (com arranjos do Marcelo Camelo).
Para Marisa, gravar o CD "Portas" acabou sendo um grande desafio, reinventando métodos de produção e abrindo novos caminhos em um momento tão duro e de tantas incertezas. O álbum ficou pronto entre fevereiro e março.
Destaco as canções "Calma", "Portas" e "A Língua dos Animais" como pontos positivos desse novo trabalho, além da sentimental Totalmente Seu, que tem aquele tipo de sonoridade suave que você se acostumou a ouvir nos discos de Marisa. Sua capacidade de interpretação segue intacta. E ela ainda se interessa em produzir material autoral e em parceria com outros músicos como Arnaldo Antunes e Dadi Carvalho. Só por isso já valeria a pena conferir esse seu trabalho. Ouvir a sua voz suave e afinada acaba sendo um santo remédio contra o tédio nesses tempos de distanciamento social.
O norte brasileiro sempre produziu e continua trazendo novos sons que reciclam tendências já conhecidas de nossa MPB e de outros segmentos. E uma das boas novidades que está chegando é o grupo paraense Móbile Lunar, apresentando um trabalho autoral consistente com forte influência do rock progressivo e de movimentos como o Clube da Esquina.
Formada, em 2016, por André Moska (vocalista, violonista e compositor), Alê Brandão (vocalista, guitarrista e compositor), Igor Gomide (baterista), Laercio Esteves (guitarrista) e Leonardo Vitor (baixista), a Móbile Lunar está divulgando o seu primeiro disco, intitulado “Feroz”. São dez composições fortemente influenciadas pelo rock progressivo dos anos 70 e pela nova safra de bandas paraenses. É possível encontrar ecos de bandas como O Terço, que também costumava explorar temas urbanos em suas composições nos anos 70.
O diferencial dos paraenses está em explorar apenas nuances do estilo progressivo. Não se trata de um disco feito para ouvir somente as escalas pentatônicas ou harmonias infindáveis nos arranjos. Há mensagens bem interessantes nas letras, que podem ser facilmente identificadas por todos nós.
A faixa "A Cidade" é um bom exemplo do que os paraenses conseguem mostrar, com uma letra que representa imagens do movimento de uma grande cidade e o efeito que ela provoca nos seus habitantes. "Esse Astro" é outra faixa bem interessante, assim como "Canção do Nosso Tempo", que lembra um pouco os tempos iniciais da banda 14 Bis, mas sem soar como cópia.
"Feroz" é um disco muito bem produzido e tem tudo para ajudar a banda a conquistar seu espaço na música. Está disponível em várias plataformas como Spotfy e Deezer. E no dia 11 de setembro, o grupo vai lançar o filme “Móbile Lunar - Sonhos”. Gravado no Teatro do Sesi de Belém. Vale a pena conferir esse novo som vindo do Pará.
Com 68 anos e 45 anos de carreira, Guilherme Arantes lança mais um álbum de inéditas. “A Desordem dos Templários” chega em mídias digitais, em CD (digipack), em vinil 180g (capa dupla com encarte em envelope interno) e, também, em cartão USB contendo áudios em resolução de estúdio (48 Khz/24 bits) além de vídeos de making of das gravações pontuados com imagens ilustrativas inspiradas nas letras.
São dez faixas inéditas, sendo oito canções, um tema instrumental progressivo e, ainda, uma vinheta de sonoplastia conceitual. Como faixa-bônus no CD, há uma versão em inglês para a música “A Cordilheira” ("Across the Abyss"). O USB card traz ainda uma versão instrumental de "A Cordilheira".
O disco acabou surgindo de forma involuntária. Em 2019, Guilherme Arantes viajou com a esposa Márcia para a Espanha, para uma temporada de estudos de música renascentista e barroca e, também, para um período de imersão em literatura e história. A intenção original era uma reciclagem, com a retomada de estudos de Scarlatti, Handel, Couperin, Bach, clássicos do cravo. Sem nenhuma intenção de produzir material novo, era uma volta radical à estaca-zero na música.
Com a chegada da pandemia na Europa, no início de 2020 essa temporada de reclusão se intensificou, restringindo-se a circulação pelo perímetro da província de Ávila, em Castilla & León, ao norte de Madrid. Além disso, Guilherme Arantes enfrentou problemas na sua coluna que duraram oito meses. Esse período de reclusão, aliado com o clima da cidade interioriana histórica da Espanha, acabaram por propiciar uma inspiração forte para elaborar letras e novas canções.
Guilherme Arantes contatou a banda em São Paulo para que elaborassem à distância as participações de bateria (Gabriel Martini), baixo (Willy Verdaguer), guitarras e violões (Luiz Sérgio Carlini e Alexandre Blanc), violinos (Cassio Poletto) e trompete (Luciano Melo) , bem como convidou o maestro Arthur Verocai para escrever o arranjo de cordas da música “Estrela-Mãe”. Tudo, obviamente, feito via internet, única fórmula possível em tempos de isolamento.
O resultado final ficou acima da média. Há canções pop como "Nossa Imensidão a Dois", que tem aquele toque dos anos 70 e 80. Mas também há uma ótima faixa instrumental no melhor estilo rock progressivo (Kyrie), uma de suas influências no início da carreira. A faixa título ("A Desordem dos Templários") é definida pelo autor como “um manifesto progressivo-cangaceiro diante da truculência e impunidade normalizadas no nosso mundo, a guerra de narrativas”.
O fato é que a viajante alma paulistana de Guilherme Arantes continua seguindo o seu rumo na música. O coração paulista brinda os ouvintes com novas emoções em forma de canções para nós, ouvintes.
Uma das bandas mais significativas da década de 70 e 80, a Styxse volta para o estilo que marcou a carreira do grupo: o rock progressivo com pitadas de pop. "Crash Of The Crown" é o nome do novo trabalho, que segue a linha conceitual e conta com uma produção musical caprichada.
A formação atual conta com Tommy Shaw (guitarra, Mandolin, Banjo e Vocais), James Young (Guitarra e vocais), Chuck Panozzo (baixo), Todd Sucherman (bateria e percussão), Lawrence Gowan (Piano, teclados, Mellotron and Vocais), Ricky Philips (baixo) e Will Evankovich (guitarras, sintetizadores, mandolin, percussão e vocais).
Quem acompanha a banda desde os anos 70 pode sentir falta de Dennis De Young, que atualmente segue em carreira solo com dois ótimos álbuns lançados recentemente. Mas é fato que o Styx também soube sobreviver sem seu antigo vocalista integrante. Esse novo álbum confirma essa tese com folga.
Crash Of The Crown tem canções muito bem produzidas e arranjadas. A começar por "The Fight Of Our Lives", que abre o disco de forma épica e em alto astral. Monster, a faixa seguinte, mantém o rock progressivo sempre em evidência, com sintetizadores comandando o arranjo e muitas harmonias vocais.
Mas é quando a banda chega perto do que chamamos de pop que percebemos o encanto de seu som. "Coming Out The Other Side" é um ótimo exemplo de como o grupo consegue alcançar facilmente o status de radiofônico. Uma canção perfeita e que também se insere perfeitamente no conceito do álbum.
Para um fã antigo da banda, "Crash Of The Crown" tem material suficiente para levá-lo às lágrimas de emoção. Afinal, os caras estão mais rock progressivo do que nunca. E que continuem nessa toada por muito mais tempo.
Sete amigas decidiram unir forças contra o sentimento negacionista que vem assolando o país. Batizado como Bruxas Exorcistas, o novo supergrupo procurou usar a primeira canção, chamada "Vade Retro Satanas" como uma válvula de escape para literalmente exorcizar todo tipo de sentimento negativo no mundo atual.
As integrantes são amigas de longa data e possuem alguns pontos em comum. Algumas delas são veganas e todas são ativistas que procuram lutar por um mundo diferente do que vemos atualmente, com mais de 50 mil mortes causadas pela pandemia do covid-19 e uma ação ineficaz do governo para impedir a sua disseminação. Junte-se isso ao crescente desmatamento no meio ambiente, que proporciona resultados nefastos em nosso dia a dia. O grito de revolta das bruxas é contra todo esse estado de coisas que observamos diariamente.
As vozes das “bruxas” foram gravadas em estúdios ou celulares, entre Sampa, Garopaba, Toulouse, Paris, Curitiba. A canção foi mixada no Garage Band na região de Toulouse, na França, onde Virginie reside atualmente. A arte da capa do single foi elaborada pela Lovefoxxx e o selo Maxilar está se encarregando da divulgação. Ao ouvir o single, ficamos curiosos para saber se essas bruxas vão produzir outras canções. É esperar para conferir.
PorLuiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical. A cantora da banda Metrô, Virginie Boutaud, está lançando uma canção em parceria com a historiadora Aline Rochedo Pachamama, que há cinco anos faz um trabalho de reparação histórica da identidade dos povos indígenas da região de Visconde de Mauá e Resende, na Serra da Mantiqueira. "Abya Yala" foi composta em idioma Puri e em português, como homenagem aos povos originários brasileiros.
A letra foi elaborada por Aline e a melodia foi feita por Virginie. E a parceria nasceu quase que por acaso. Aline conheceu Virginie durante um evento. Um pouco depois, Virginie teve a inspiração para fazer a melodia e decidiu perguntar para Aline se ela poderia escrever a letra no idioma Puri, originário da Serra da Mantiqueira.
Aline se inspirou na "Mãe Terra" como ponto de partida. "Abya yala" significa "terra em florescimento, terra que pulsa". E foi esse sentido que ela quis dar para a mensagem da canção. Os vocais foram feitos por Virginie, Aline e mais Kelia Danbes Ducasse. Ruben Jacobina atuou na produção e tocou violão, além de coletar a percussão de povos indígenas para a gravação. Daniel Roland fez a percussão e Thiago Queiroz toca flauta
“Foi algo muito gratificante ouvir o resultado final. A letra acabou se unindo perfeitamente com a melodia. Senti que havíamos criado algo muito positivo e especial”, destacou Virginie. A renda obtida com a canção vai ajudar o Projeto Inhã Uchô, um espaço de aprendizado multi étnico de memória do povo Puri da Serra da Mantiqueira e dos povos originários do Brasil.
“É um trabalho que considero fundamental, pois não podemos perder nossas referências. É uma forma de ajudar a preservar e mostrar para as gerações futuras a verdadeira cultura dessas etnias. Sou muito grata a Virginie por essa iniciativa”, comentou Aline. A canção pode ser comprada por meio da plataforma Bandcamp, no endereço https://virginieboutaud.bandcamp.com/track/abya-yala.
Quem quiser conhecer melhor o trabalho de Aline pode visitar o canal da Editora Pachamama no youtube e o seu perfil no facebook (Aline Rochedo Pachamama | Facebook ). Virginie também está com seu perfil no facebook (https://www.facebook.com/VirginieBoutaudmetro/ ).
A banda cearense Mad Monkees está lançando nas plataformas digitais a música "Sem Reação". A letra foi composta pelo grupo em parceria com a cantora e compositora Maria Sabina, buscando retratar os efeitos causados pelos desastres ambientais ocorridos especialmente em Minas Gerais, como o rompimento das barragens em Brumadinho e Mariana.
O single foi gravado em Fortaleza, no Estúdio Magnólia pelo Lucas Guterres e em São Paulo pelo baixista e produtor musical do Mad Monkees, Klaus Sena, no seu estúdio Índigo Azul. A banda está com nova formação: Felipe Cazaux (guitarra e voz), Klaus Senna (baixo), Netto de Sousa (bateria) e Capoo Polacco (guitarra).
“A nossa inspiração vem da defesa da causa ambiental, negligenciada pelo governo federal há anos e agora mais ainda com as queimadas no Pantanal e na Amazônia, além da exploração ilegal de madeira, invasão a terras indígenas pelos grileiros e garimpeiros, causando morte e destruição da floresta, dos animais e dos povos indígenas”, afirma o cantor e guitarrista, Felipe Cazaux.
Um novo álbum com dez músicas está sendo preparado. Quatro faixas já estão prontas. A previsão de lançamento será na metade de 2022. Além das músicas novas, o quarteto cearense participará de duas coletâneas tocando covers de clássicos do Rock. Se manter a pegada do single “Sem Reação”, as demais faixas devem mostrar o peso habitual do rock com riffs matadores e muita critica social nas letras. Vamos aguardar para conferir.
Conhecido como integrante da banda Mr. Big, o guitarrista Paul Gilbert acaba de lançar um CD "Werewolves Of Portland". Um trabalho que mostrou toda a sua capacidade como músico, ao tocar e gravar todos os instrumentos sozinho. A ideia do disco nasceu durante o bloqueio imposto pela pandemia do Covid-19. E de uma certa forma, acabou sendo um desafio e tanto para o músico.
“Levei cerca de seis meses para pensar nisso, mas finalmente me ocorreu que eu poderia tocar todos os instrumentos sozinho. Sempre adorei tocar bateria e posso tocar baixo e teclado bem o suficiente para fazer o trabalho ”, informa ele. Seu impulso criativo simplesmente não aguentava mais esperar até que fosse seguro trabalhar com outros músicos novamente. Então ele próprio se tornou a banda que desejava formar.
O resultado desta aventura solo foi uma explosão de música rock instrumental original de um dos bons talentos da guitarra da atualidade. São dez ótimas faixas instrumentais que mostram um caldeirão de influências. Um nome que deve ter servido de inspiração foi Jeff Beck. A pegada virtuosa nos solos tem tudo a ver com o veterano guitarrista britânico que sucedeu Eric Clapton nos Yardbirds nos anos 60.
Gostei muito das faixas "My Godness" e "I Wanna Cry", que mostram bem o valor dos solos de Paul Gilbert na guitarra. Ele aparentemente tem todo o mundo da música sob seus dedos, cruzando gêneros e criando possibilidades infinitas para si mesmo, como se fosse a coisa mais natural que ele poderia pensar em fazer. "Werewolves Of Portland" é outro bom capítulo em seu trabalho e proporcionará aos fãs de guitarras de rock bons momentos de prazer auditivo.
Um dos nomes novos que vem despontando no meio musical, o paulista Fernando Falks investe agora em seu lado autoral. Ele está divulgando quatro canções que deverão compor um futuro EP a ser lançado. O trabalho tem o rock nacional dos anos 80 como uma das fontes de inspiração e apresenta momentos interessantes.
Fernando Falks é natural de São Paulo e começou a aprender musica cedo. Participou de várias bandas de rock e tocou em diversas casas noturnas na capital. A partir de 2014, com a experiência acumulada, passou a elaborar e produzir um material próprio, visando conquistar um espaço no cenário musical atual.
O resultado disso são essas quatro canções que podem ser ouvidas no site oficial do músico (www.fernandofalks.com.br). "Brancos Pelos" e "Depois de Ontem" foram os dois primeiros singles divulgados, que agora se juntam com "Florescer" e "Isso É o que Importa".
Em todas as canções o tempo parece servir como fonte de inspiração para as letras. E no single mais recente ("Isso é o que Importa") isso fica ainda mais evidente, sobretudo a experiência proporcionada nesse período de pandemia, que nos mantém ainda isolados dentro de casa.
O toque mais rock fica evidente em "Depois de Ontem" e "Brancos Pelos". Ambas têm uma pegada pop anos 80, muito embora possam ser notadas também outras influências de bandas internacionais dos anos 70 e 80, que devem ter sido determinantes para a sua formação.
O trabalho autoral de Fernando Falks mostra que ainda há espaço para canções com mensagens diretas e objetivas, sem se preocupar com modismos ou tendências da mídia. O mais importante é procurar manter a sua personalidade e acreditar em si. E isso ele mostra com essas canções. Vale a pena conferir.
Se teve uma intérprete que foi unanimidade na música, esta foi Aretha Franklin, que faleceu em 2018. Sua técnica vocal, moldada na música gospel dos Estados Unidos, juntamente com o jazz, acabou por se tornar uma versão única da soul music. Muito além do timbre agudo único, Aretha tinha na emoção o seu maior trunfo. Era impossível ouvi-la e ficar indiferente.
A coletânea "The Genius Of Aretha Franklin", lançada recentemente, traz 15 faixas gravadas entre os anos 60 e 70, período apontado como a sua melhor fase segundo a crítica. É possível ouvir alguns hits como "Chain of Fools", "I Say A Little Prayer", "A Natural Woman", "Respect" e 'Think", que se mesclam com outras canções menos conhecidas, mas igualmente ótimas, como "Day Dreaming".
Além de tocar piano com maestria, Aretha conseguia potencializar uma canção de tal forma, que a mesma acabava se identificando diretamente com sua interpretação. Um exemplo disso foi "I Say a Little Prayer", cujo autor, Burt Bacharach, chegou a apontar a versão de Aretha como a melhor que ele tinha ouvido.
Poderia citar ainda a versão épica de "Bridge Over Troubled Waters", de Paul Simon, como outro exemplo de sua genialidade. Nesta coletânea foi incluída a versão em estúdio, que é um exemplo de biscoito fino da música.
Poderia escrever centenas de linhas e ainda assim isso seria insuficiente para descrever a emoção que a voz de Aretha proporciona. Essa coletânea é apenas uma pequena amostra de sua obra. Mas já dá uma dimensão exata de sua importância na música.
Formada no Rio de Janeiro, a banda Fluctua está lançando o seu primeiro EP com quatro canções autorais, que vem obtendo boa receptividade junto a crítica. E o trabalho, que segue a linha da MPB com um toque alternativo (o indie brasileiro), vem obtendo boa receptividade junto a crítica.
O trio é formado por Eduardo Waghabi (teclados), Moreno Leon (vocais) e João Faria (baixo). Eduardo é filho de Antonio Waghabi Filho, o Magro (do grupo MPB-4), enquanto que João é filho de Ruy Faria (também fundador do MPB-4) e de Cynara Faria, do Quarteto em Cy. Tanto Magro como Ruy são falecidos, mas deixaram um legado musical com os filhos, que começa a dar bons resultados.
A formação do trio se deu por meio de jam sessions realizadas nos estúdios localizados na Praça São Salvador, no Rio de Janeiro. A partir daí passaram a produzir um material autoral, que ganhou forma com o passar do tempo e depois de muitos ensaios.
O EP conta com quatro canções. Duas delas ("O Tempo Dirá" e "Loteria") já haviam sido divulgadas em 2020. E agora se juntam com mais duas canções: "Céu do Teu Olhar" e "Do Que Vi". Todas as quatro composições seguem uma mescla de várias tendências musicais. Mais ou menos como Djavan fazia e ainda faz em seus trabalhos, experimentando novos sons e texturas para os arranjos.
A voz de Moreno Leon é suave, com influência da soul music. Já Eduardo e João formam uma poderosa cozinha rítmica que deu forma e vida para as canções. Juntos, eles mostram um trabalho bem interessante e que merece ser conhecido. O EP já está disponível nas plataformas digitais Spotfy, Deezer, Amazon Music, Bandcamp, Youtube Music, Tidal e Soundcloud. Vale a pena conferir.
Rodrigo Santos continua na ativa produzindo coisas novas na música. O seu mais recente projeto é "A Festa Rock", que chega ao segundo volume nas plataformas digitais de streaming. Trata-se de releituras de músicas que marcaram os anos 80, seja no rock nacional, seja na MPB.
O incansável músico foi integrante do Barão Vermelho por 26 anos e teve trabalhos anteriores com Kid Abelha, Lobão e Leo Jaime, entre outros. Nos últimos anos vem desenvolvendo uma fértil carreira solo com trabalhos autorais. Também gravou um disco em parceria com Fernando Magalhães, do Barão Vermelho, além de realizar um projeto com Roberto Menescal e Leila Pinheiro interpretando músicas de Cazuza em ritmo bossa nova. Também tocou com Andy Summers (The Police) e João Barone no projeto Call The Police, cantando canções do grupo britânico.
Com tantos projetos realizados, Rodrigo é apelidado pelos amigos como o soldado do próximo passo. E ainda encontrou tempo para lançar o livro "Cara a Cara", uma autobiografia em que conta como conseguiu superar o vício com drogas e álcool, além de detalhar passagens marcantes da carreira musical.
"A Festa Rock Volume 2" inclui medleys das músicas de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rita Lee, Raul Seixas, Chico Buarque, Titãs, Beto Guedes, Paralamas do Sucesso, Zeca Baleiro, Alceu Valença, Lenine, Cazuza, Legião Urbana, Nando Reis, O Rappa e Plebe Rude.
Sem sair de casa por conta da pandemia, Rodrigo montou um estúdio caseiro e durante esse período começou a produzir com amigos e músicos. Em agosto de 2020 lançou nas plataformas digitais o CD autoral “Livre” e em seguida, resolveu dar continuidade à série chamada Rodrigo Santos – "A Festa Rock", idealizada em 2010 com o intuito de transformar os medleys que Rodrigo fazia em seus shows em CD. E ao mesmo tempo homenagear a história do rock nacional e da MPB.
O músico criou e cronometrou os medleys em casa, gravando inicialmente as bases guias no violão e depois passando para o formato Power trio: baixo, guitarra e bateria. “Acabei escolhendo cada uma pelo encadeamento das músicas, pelo ritmo, pelo tom, pelas décadas, pelos estilos das bandas, da temática da letra ou simplesmente por afinidade de audição”, explicou Rodrigo
As canções em forma de medleys acabaram funcionando muito bem. "Televisão", hit dos Titãs, por exemplo, é interpretada tendo "Papai Me Empresta o Carro", de Rita Lee na sequência. E há de se ressaltar o fato do músico ter amadurecido bastante como intérprete. Rodrigo realizou a produção musical dos três volumes do projeto, num total de 70 músicas e 37 medleys, e seu empresário, Luiz Paulo Assunção, ficou encarregado da produção executiva do CD. Vale a pena conferir.