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terça-feira, 25 de junho de 2024

.: Roberta Miranda lança clássico “Majestade, o Sabiá” com Luisa Sonza

A faixa estará disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm a partir do dia 21 (sexta-feira). Foto: Divulgação


Considerado um dos hinos da música brasileira há mais de 40 anos, a faixa “Majestade, o Sabiá” acaba de ganhar uma nova versão. Unindo o pop e o sertanejo, Roberta Miranda convida a cantora e compositora Luisa Sonza para regravar o clássico atemporal escrito em 1981. Lançada na sexta-feira (21) a faixa ganhou uma nova versão no DVD Infinito, gravado em São Paulo, por Roberta Miranda. 

Disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm, "Majestade, o Sabiá” ultrapassa o gênero sertanejo e faz parte da vida de pessoas de diferentes gerações. O single é considerado por Roberta Miranda um hino de superação, por ter sido escrito em um momento difícil na vida da artista.

“Eu ganhei a sabiá Merlin uma semana depois que fui morar na casa da minha amiga Wanda Alves, que me acolheu em um momento difícil. Conforme eu dedilhava o violão, a sabiá cantava. Eu tocava, ela cantava. Comecei a letra pelo refrão para homenagear a sabiá”, relembra a artista.

A música abre a sequência de lançamentos do DVD e também da turnê Infinito, com a qual a eterna rainha da música brasileira está viajando pelo Brasil e já passou por Luanda (Angola) e Maputo (Moçambique). Canadá, Europa e Estados Unidos serão os próximos destinos no exterior. Em São Paulo, a artista convidou Luisa Sonza para participar da nova versão da faixa. “Eu a convidei porque a admiro e admiro também o talento e o trabalho dela. Acompanho a Luísa em tudo e ela é magnífica no que faz”, comenta Roberta Miranda.

A artista, conhecida por ser um dos maiores nomes do pop da atualidade, não esconde sua ligação com o sertanejo e com as músicas de Roberta. “Eu nunca imaginei que seria essa canção, ainda mais por tudo o que ela representa para mim. Fiquei chorosa quando soube que seria essa e, ao mesmo tempo, muito feliz”, revela Luisa Sonza.

A música também ganhará um videoclipe, que estará disponível no canal oficial do YouTube de Roberta Miranda.

Escrita há 43 anos, “Majestade, o Sabiá” já integrou o repertório de nomes como Jair Rodrigues e Chitãozinho e Xororó e possui mais de 90 regravações. Nos shows ela sempre integra o setlist, “Essa música eu canto em forma de oração, sempre”, finaliza Roberta Miranda. 

“Majestade, o Sabiá” já está disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm

Sobre Roberta Miranda: "Roberta Miranda é uma cantora/compositora de grande sucesso dedicada ao repertório sertanejo/brega/romântico. Alguns de seus sucessos são "Sua”, “Majestade, o Sabiá", "Um Minuto a Mais", "Meu Dengo", "Chuva de Amor", "Mistério", "Dia D", "Outra Vez", "Sol da Minha Vida", “São Tantas Coisas”, “Vá com Deus”, “Esperança”, “Rei dos Reis” e “Eu Te Amo, Te Amo, Te Amo”. 

Miranda se mudou para São Paulo com a família, decidida a ser cantora, ela lutou contra o conservadorismo dos pais, trabalhando aos 14 anos em bares da cidade. Aos 16 anos começou a cantar e foi contratada para abrir shows no Beco e no Jogral, dois redutos da bossa nova em São Paulo. Nessa época abriu para Fafá de Belém, Rosemary e outras cantoras famosas. Depois de escrever centenas de músicas e muita insistência, sua grande chance veio em 1985, quando Jair Rodrigues gravou "Sua Majestade, o Sabiá", vendendo cerca de um milhão de cópias. Seu primeiro disco como cantora veio no ano seguinte: Roberta Miranda fez sucesso instantâneo com "Meu Dengo", "Chuva de Amor" e "São tantas coisas", vendendo 800 mil cópias e ganhando discos de ouro e platina. No segundo álbum de Roberta Miranda estavam os sucessos "Vá com Deus", "Esperança" e "Rei dos Reis", novamente vendendo cerca de um milhão de cópias. Estabelecida nacionalmente como cantora e compositora, Miranda continua executando intensamente sua mistura eclética que inclui muitos gêneros musicais. 

.: Seres Humanos (e a Inteligência Artificial): Odair José lança novo álbum

Com o olhar afiado sobre o seu tempo, o artista utiliza a inteligência artificial em seu novo álbum de inéditas, um trabalho contemporâneo, pop, com pegada rock’n’roll, riffs de guitarra e seu canto visceral


A Inteligência Artificial tem um papel técnico em todo o álbum, mas também tem voz e divide os vocais com Odair José em uma das faixas de ‘Seres Humanos (e a Inteligência Artificial)’ . Foto: Bernardo Guerreiro


Aos 75 anos e com 54 anos de carreira, Odair José lança seu trigésimo nono álbum, “Seres Humanos (e a Inteligência Artificial)”, com produção dirigida por Junior Freitas. Artista e produtor se aliam à tecnologia na execução de um projeto simples, como é do feitio de Odair, mas como sempre pensado nos mínimos detalhes para oferecer ao público um trabalho atual e de qualidade. “A inteligência artificial é uma ferramenta eficaz, curiosa e divertida, que está presente cada vez mais na rotina do nosso tempo. A ideia foi utilizar essa parceria em alguns momentos, na feitura do álbum. E também canto uma canção em dueto com ela”, conta Odair.

Em 13 canções inéditas, Odair José coloca seu olhar afiado sobre os seres humanos e o sentido da vida para fazer um álbum contemporâneo, pop, com pegada rock’n’roll, riffs de guitarra e seu canto visceral. “Cada canção aborda um tema, com a ideia de colocar para o ouvinte situações comuns na vida de uma pessoa e tentar provocar reflexões sobre o verdadeiro sentido da nossa existência sem arrogância, hipocrisia ou individualismo… procurando entender as razões das nossas dificuldades para esclarecer dúvidas e, quem sabe, buscar uma convivência melhor!”, revela Odair. O álbum é um lançamento da Monstro Discos, com distribuição da Ditto Music.

Entre os temas, trilha o caminho do desenvolvimento humano em “DNA”, que anunciou o novo álbum, volta a falar de homossexualidade e de liberdade sexual na balada soul “Desejo”, o segundo single de “Seres Humanos (e a Inteligência Artificial)”, e revela canções de acento pop e radiofônico como “Roupa”.

A Inteligência Artificial tem um papel técnico em todo o álbum, que foi masterizado por ela. Mas a IA também tem voz. A voz fornecida por Charlote (elevenlabs.io) faz a narrativa de abertura do álbum, na faixa "Seres Humanos" e Nádia, IA da Audimee, canta em dueto com Odair José na faixa-bônus, "No Ponto". A utilização da IA não para por aí… seguindo as orientações de Odair e do produtor Junior Freitas, ela toca piano acústico em "Repetições" e "Submisso", baixo acústico em "Submisso", bateria em "Bipolar", fender rhodes em "O Sono" e percussão adicional em "Sobre a Gente".


Seres Humanos (e a Inteligência Artificial), por Odair José

Seres humanos - Adão e Eva nos mostraram que no pecado original pode estar a saída para uma repaginada numa relação adormecida!

O Sono - Não seria o sono um ensaio para que a gente vá se acostumando com a morte?

Repetições - Desde quando o mundo é mundo que a humanidade repete os mesmos erros…

A Roupa - A roupa não faz parte da criação original mas a usamos por várias razões, inclusive por uma questão de medo, vergonha ou até mesmo estética.

DNA - Define a nossa genética e pode ser a desculpa perfeita para justificar os nossos erros!

Bipolar - Ser bipolar seria um defeito ou uma qualidade?

O porta voz - Gostando ou não, alguém pode sim contrariar as nossas vontades nos mostrando verdades que não são as nossas…

Dizem - O tempo cura até queijo, menos algumas lembranças!

Paixão - Paixão não é amor. Amor não é paixão. Ondas de calor pura sedução… Mas é uma delícia estar apaixonado!

Desejo - Seguindo os passos da paixão encontramos novos prazeres, que nos envolve num imenso desejo!

Sobre a gente - Um novo amigo que tem a inteligência artificial nos ensina muito mais do que sabemos? Do que conhecemos de um novo tempo e de uma verdade permanente sobre a gente… Será?

Submisso - Perder o foco e se entregar por completo, virar um adereço na fantasia de alguém, até mais do que isso - ficar Submisso!

No ponto - É uma música minha em parceria com a Bárbara Eugênia e é uma faixa bônus por ter sido escrita fora do projeto. Eu faço um dueto com a inteligência artificial “Charlote”.

Em seu 39º álbum de inéditas, Odair José reflete sobre a humanidade, seus prazeres, desejos, dores e amores. Ouça “Seres Humanos (e a Inteligência Artificial)” nas plataformas digitais: ditto.fm/seres-humanos-e-a-inteligencia-artificial

SERES HUMANOS (e a Inteligência Artificial) | Odair José

1 Seres Humanos

2 O Sono

3 Repetições

4 A Roupa

5 DNA

6 Bipolar

7 O porta voz

8 Dizem

9 Paixão

10 Desejo

11 Sobre a gente

12 Submisso

BONUS TRACK 13 No Ponto***


[ficha técnica]

Todas as vozes por Odair José*

Todos os instrumentos por Junior Freitas**

Produção: Junior Freitas

Mixagem: Junior Freitas

Masterizado por Inteligência Artificial

Arte da capa e Conceito Gráfico: Roger Marx

Direção Executiva: Raphael Freitas

Créditos Adicionais

* Voz Narrativa em "Seres Humanos" fornecida por Charlote (11.ai / elevenlabs.io)

* Dueto Vocal em "No Ponto" com Nádia (inteligência artificial, Audimee)

** Piano Acústico em "Repetições" e "Submisso", Baixo Acústico em "Submisso", Bateria em "Bipolar", Fender Rhodes em "O Sono" e Percussão Adicional em "Sobre a Gente" fornecidos por inteligência artificial

*** Todas as composições são de Odair José. Exceto “No ponto”, parceria com Bárbara Eugênia

Lançamento: Monstro Discos. Distribuição: Ditto Music


sábado, 22 de junho de 2024

.: Música Popular Brasileira em festa: Chico Buarque - 80 anos na "Roda Viva"


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Alguns nomes da MPB seguem como unanimidade junto ao público. Um deles com certeza é Chico Buarque, que completou 80 anos no dia 19 e continua sendo um dos mais cultuados compositores de nosso cancioneiro. Suas canções clássicas permanecem sempre atuais, ainda que tenham sido elaboradas em outras épocas.

Carioca de nascimento e torcedor fanático do Fluminense, Chico Buarque praticamente surgiu para a nossa mídia em 1966, quando disputou o festival da canção da TV Record com a canção "A Banda", acompanhado pela cantora Nara Leão. Dividiu o título desse festival com a canção "Disparada", de Geraldo Vandré e Theo de Barros, que foi interpretada por Jair Rodrigues.

Os anos seguintes ainda teriam Chico em festivais, com as canções "Roda Viva" (em 1967) e "Sabiá" em 1968, esta segunda em uma polêmica decisão dos jurados e com a insatisfação do público presente no evento, que preferia a canção de Geraldo Vandré, "Prá Não Dizer que Não Falei das Flores".

Chico Buarque foi sempre uma voz crítica contra a censura imposta durante o período do governo comandado pelos militares. E de uma forma magistral, sempre driblava a censura, criando até um pseudônimo de Julinho da Adelaide, que assinou apenas três canções: "Acorda Amor", "Milagre Brasileiro" e "Jorge Maravilha", sendo esta última um recado subliminar ao então presidente da República, Ernesto Geisel, cuja filha era admiradora das canções de Chico Buarque.

Outra característica marcante é a sua capacidade de escrever canções sobre a ótica do mundo feminino. "Com Açúcar e Com Afeto", "Atrás da Porta", "Olhos nos Olhos" são apenas alguns exemplos que evidenciam sua genialidade. Chico também investiu em trilhas de cinema e peças de teatro. Escreveu a célebre "Ópera do Malandro", cuja trilha sonora também é assinada por ele, além de outras peças marcantes como "Gota D´Água", "Calabar" e "O Grande Circo Místico". Na literatura também se destacou ganhando prêmios com seu trabalho nessa área.

Sua extensa discografia tem vários momentos brilhantes. Um dos pontos altos de sua produção é o álbum "Construção", de 1971, aclamado pela crítica como um dos seus melhores trabalhos. Mas podem ser incluídos ainda o disco de 1978 (com "Apesar de Você" e "Cálice") e de 1984 (com "Vai Passar" e "Pelas Tabelas").

Com a abertura democrática a partir de 1979, a obra de Chico Buarque deixou de ter aquele tom mais contestador para assumir um lado mais lírico, mas sempre com conteúdo relevante. Suas produções, ainda que tenham espaçado cada vez mais nas últimas décadas, sempre brindam o público ouvinte com pérolas musicais, sempre muito bem produzidas. Mas o que impressiona é que o tempo parece não passar para Chico Buarque. Até o tempo conspira a favor dele, pois sua obra continua relevante. Vida longa ao grande compositor.

"Quem Te Viu Quem Te Vê"

"Que Tal Um Samba?"

"Tanto Mar"

terça-feira, 18 de junho de 2024

.: 55 anos: TV Cultura exibe estreia de Agnaldo Rayol no "Festa Baile"


"Festa Baile" foi sucesso de público e reunia telespectadores para assistir apresentações de clássicos da música brasileira, no salão do clube Piratininga, em São Paulo. Ainda participam da exibição a Orquestra de Silvio Mazzuca, Trio Irakitan, Zé Ketti, Nelson Gonçalves e Altemar Dutra. Foto: Júlio Cezar Soares | Acervo TV Cultura

Como parte da programação que celebra os 55 anos da TV Cultura, vai ao ar, nesta quinta-feira, dia 21 de junho, edição do Festa Baile com a estreia do apresentador Agnaldo Rayol ao lado de Branca Ribeiro. Gravado em 1982, o programa é exibido a partir da meia-noite (de quinta para sexta-feira), e também recebe nomes como Ayrton e Lolita Rodrigues, Hebe Camargo, Raul Gil e Agnaldo Timóteo.

"Festa Baile" foi sucesso de público e reunia telespectadores para assistir apresentações de clássicos da música brasileira, no salão do clube Piratininga, em São Paulo. Ainda participam da exibição a Orquestra de Silvio Mazzuca, Trio Irakitan, Zé Ketti, Nelson Gonçalves e Altemar Dutra.

Em clima de festa, os artistas e o público celebram a chegada de Agnaldo Rayol, que canta uma seleção de músicas, acompanhado pela Orquestra de Silvio Mazzuca: A Praia (Jovan Wetter – Bruno Silva), Margarida (J. P. Lintz, versão de Fred Jorge) e O Princípio e o Fim (Allan Barrière, versão Nazareno de Brito).

segunda-feira, 17 de junho de 2024

.: "O Mito do Mito", livro inédito de Rita Lee, atende exigência da cantora: saiba


Em julho, a Globo Livros vai publicar  "O Mito do Mito", livro inédito de Rita Lee. A obra, uma ficção com toques de realidade e mistério, começou a ser escrita em 2005 e foi finalizada em 2019. Mas Rita decidiu lançá-lo apenas com uma condição: que fosse postumamente. “Não quero ninguém me perguntando de meras coincidências com fatos ou pessoas reais. Escritora‐mistério”, escreveu no livro.

Na história, a cantora é a própria protagonista e mergulha em uma sessão de terapia com um doutor esquisitão, que só atende quando o sol se põe. No divã, ela se abre em busca de respostas para profundos questionamentos internos.

A pré-venda já está disponível na Amazon com um brinde especial: uma ecobag exclusiva; e tem edição assinada pelo amigo e jornalista Guilherme Samora. O lançamento oficial será no dia 29 de julho. Compre "O Mito do Mito", de Rita Lee, neste link.

.: Álbum: Pato Fu e Orquestra Ouro Preto lançam "Rotorquestra de Liquidificafu"


Gravado ao vivo no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, o disco reúne clássicos da banda mineira em versões orquestradas, Foto: Rapha Garcia


Será lançado no próximo dia 21, em todas as plataformas digitais, o disco "Rotorquestra de Liquidificafu", projeto que reúne a banda Pato Fu e Orquestra Ouro Preto. Criado para celebrar os 30 anos da banda mineira, este trabalho virou álbum e surpreende pelos arranjos assinados por Paulo Malheiros e pela escolha do repertório, que inclui grandes sucessos, além de versões mais inusitadas. O disco, gravado ao vivo no Palácio das Artes, de Belo Horizonte, é uma vibrante viagem pelos sucessos da banda, com uma roupagem toda nova, misturando o pop rock contagiante com a musicalidade da orquestra.

E para comemorar, nada melhor que fazer isso em grande estilo, com um show gratuito na praia de Copacabana, no posto 2, dia 22 de junho, às 19h00, como parte da programação do Orquestra Ouro Preto Vale Festival 2024. O evento é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. As celebrações seguem com apresentação gratuita na cidade mineira de Ouro Preto, no dia 29 de junho.

“A apresentação é um presente para nós e para quem é fã da Orquestra e do Pato. Tocar em Copacabana, com o acesso liberado ao público, vai ser um momento histórico para nossa banda. Mais uma etapa na comemoração de nossos 30 anos. Espero que seja uma noite linda e emocionante, como geralmente são os encontros com a Orquestra Ouro Preto”, afirma Fernanda Takai, vocalista do grupo.

“Rotorquestra de Liquidificafu” é um disco sem rótulos, marcado pela inventividade e ousadia de uma banda que sempre foi fora da caixa e uma orquestra que não tem medo de desafiar os limites da música. Um projeto muito especial, com 17 músicas em arranjos surpreendentes feitos por Paulo Malheiros. “O disco capturou toda a aura que envolveu essa conjunção e transmite toda a excelência, a irreverência e a versatilidade que marcam a trajetória das duas formações”, sintetiza o Maestro Rodrigo Toffolo, regente titular e diretor artístico da Orquestra Ouro Preto.

Gravado ao vivo no Grande Teatro do Palácio das Artes em 2022, o álbum traz toda a vibe de uma noite de gala, com a plateia e os artistas juntos, cantando os grandes sucessos do Pato. Tem de tudo um pouco, desde os hits até aquelas músicas mais escondidinhas dos 13 álbuns da carreira do grupo. Entre elas, “Rotomusic de Liquidificapum”, uma viagem de 7 minutos por um monte de estilos musicais, que já dá o tom ousado dessa parceria. “Eu”, “Perdendo os Dentes”, “Ando Meio Desligado”, “Simplicidade”, “Canção Para Você Viver Mais”, “Água”, “Spoc” e várias outras pérolas integram o repertório.  


Histórico
A “Rotorquestra” estreou em 2022, no Instituto Inhotim, diante de 2.500 pessoas que lotaram o museus e cantavam a plenos pulmões. A apresentação ganhou um lindo registro, exibido na programação do SulAmérica Sessions Festival, e que também deve voltar à tona nos canais de YouTube da Orquestra e do Pato.

O projeto circulou por mais quatro cidades de Minas Gerais – Nova Lima, Caeté, Sabará e Santa Bárbara –, com apresentações gratuitas em praças abarrotadas.  Depois do giro pelo interior mineiro, o concerto chegou a Belo Horizonte, onde foi registrado ao vivo, no Palácio das Artes, em um momento inesquecível para a plateia, músicos e equipes que fizeram o espetáculo acontecer. Em 2023, em um lindo palco montado na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, a Rotorquestra recebeu cerca de 10 mil pessoas em mais um encontro memorável.


Serviço
Rotorquestra de Liquidificafu: Pato Fu e Orquestra Ouro Preto
Lançamento do álbum
Data: 21 de junho de 2024
Em todas as plataformas digitais

domingo, 16 de junho de 2024

.: "Telepatia": Flavio Venturini e Ricardo Bacelar fazem parceria em EP


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Fruto da primeira colaboração entre o cantor e compositor Flávio Venturini e o multi-instrumentista, cantor e produtor Ricardo Bacelar, o EP "Telepatia" já está disponível nas plataformas digitais pelo selo Jasmin Music. O trabalho une pela primeira vez os dois talentos de nossa MPB, que mostram um resultado acima da média. 

Gravado no Jasmin Studio, em Fortaleza, o EP traz três canções, de ritmos variados, incluindo a inédita “Samba Saudade”, primeira parceria de Venturini e Bacelar, com a colaboração do letrista Murilo Antunes. A convite de Ricardo Bacelar, Flávio Venturini instalou-se em Fortaleza durante a temporada de criação e gravação do EP. O projeto contou ainda com a participação do guitarrista e produtor Torcuato Mariano, convidado por Venturini para dividir a produção com Ricardo Bacelar.

Além da canção inédita já citada, o EP reúne “Telepatia”, parceria de Venturini e Jorge Vercillo, e “Lareira”, saída do baú de composições do mineiro de Belo Horizonte. O EP conta ainda com Robertinho Marçal na bateria, Hoto Júnior na percussão e Nélio Costa no contrabaixo.

Sobre o processo em estúdio, Ricardo Bacelar detalha: “Nós fizemos tudo juntos. Como somos ambos pianistas e tecladistas, houve muita troca de ideias. Dividimos os vocais nas três músicas, também. Pra mim foi uma satisfação receber o Venturini aqui em Fortaleza”.

Para o ouvinte que curte a MPB, a inédita parceria abre um novo horizonte, enquanto que a dupla Venturini e Bacelar apresentam uma nova perspectiva de produção autoral para o futuro. A fusão dos dois talentos mostrou que a união realmente faz a força.

"Lareira"

"Telepatia"

"Samba Saudade"

quarta-feira, 12 de junho de 2024

.: Em "Supernova", Jão apresenta versão deluxe de "Super" com mais 8 músicas


Cantor e compositor, Jão acaba de lançar “Supernova”, a versão deluxe de "Super", lançado em 2023, o álbum que quebrou recordes no Spotify Brasil, com uma estreia que bateu a marca de 8,5 milhões de streams em 24 horas de lançamento. Repetindo a parceria, a versão deluxe traz oito canções compostas por Jão, Pedro Tófani e Zebu. São elas: "Religião", "Acidente", "O Triste É que Eu Te Amo", "Modo de Dizer", "Carnaval", "Locadora (versão estendida)", "Supernova" e "Paranoid". Entre os quatro elementos, "Super" representa o fogo na série de lançamentos do cantor - "Pirata" (água), "Anti-Herói" (ar) e "Lobos" (terra).

"Sinceramente, a principal vontade de trazer um deluxe (ou edição especial) nasceu quando anunciamos a turnê e eu entendi que vocês ainda me amavam. Eu queria muito agradecer de alguma forma. Minha vida tomou novos rumos e sinto que algumas faixas que foram criadas na época e não entraram no disco original (como "Acidente" e "Carnaval") eram necessárias para completar o que eu tinha para dizer e seguir com uma página em branco para o quinto álbum", declara Jão.

Ouça agora a versão deluxe de "Super" neste link. Do álbum, Jão saiu pelo país com a "Superturnê" e fez história ao se tornar o primeiro artista a esgotar dois dias seguidos no Allianz Parque na estreia da turnê, arrecadando mais de 49 milhões de reais com as apresentações já realizadas. E o sucesso não para por aí, pois ele ainda se apresentará nas edições de Lisboa e do Brasil do Rock In Rio no Palco Mundo.


Tracklist
"Religião" (Jão/Zebu)
"Acidente" (Jão/Pedro Tófani/Zebu)
"O Triste É que Eu te Amo" (Jão/Pedro Tófani/Zebu/Moren/Yttling/Erik)
"Modo de Dizer" (Jão/Pedro Tófani/Zebu)
"Carnaval" (Jão/Pedro Tófani)
"Locadora" (versão estendida) (Jão/Pedro Tófani/Zebu)
"Supernova" (Jão/Pedro Tófani/Zebu)
"Paranoid" (Jão)

terça-feira, 11 de junho de 2024

.: Versão de Rita para “Nel Blu Dipinto di Blu” traz produção e arranjos luxuosos


Por Guilherme Samora, jornalista, editor e estudioso do legado cultural de Rita Lee.

“Voando/ Cantando/ O azul, pintado de azul/ Feliz que está tudo blue”. É assim que Rita Lee descreve seu grande sonho, passeando pelas nuvens, em “Voando”, sua versão para “Nel Blu Dipinto di Blu”, de Domenico Modugno, de 1958. A música inédita de Rita ao lado do eterno parceiro, Roberto de Carvalho, chega aos players pela Universal Music.

O vocal é tocante. O ritmo em bossa nova casa perfeitamente: não dá vontade de parar de ouvir. Além dos arranjos e da produção, Roberto de Carvalho toca todos os instrumentos. O teclado é uma viagem à parte. Perfeito para o sonho que Rita descreve. A canção foi gravada há cerca de nove anos no estúdio da casa de Rita e Roberto “no mato”, nos arredores de São Paulo. A ideia era colocá-la no projeto “Bossa’n’Movies”, que seria um álbum da dupla revisitando hits que foram trilha sonora de filmes, em ritmo de bossa nova.

Para isso, Rita decidiu fazer sua versão em português. Em 2024, sem a presença física dela na Terra, a letra se torna ainda mais forte: “E voei, e voei, e voei/ Bem mais alto que o Sol e as estrelas do céu/ E a Terra, lá embaixo, naquele espaço sem fim/ Uma música suave tocando só para mim”. Outro ponto é que a canção também celebra a origem de Rita. Sua mãe, Romilda Padula, é filha de imigrantes italianos. E foi através do piano de Chesa, apelido de Romilda, que Rita teve um de seus primeiros contatos com a música.

Para celebrar o lançamento, um clipe foi gravado no refúgio de Rita e Roberto e traz o músico tocando enquanto uma câmera – que simboliza o olhar de Rita – voa pelo espaço. Nossa estrela maior aparece também em trechos de vídeos íntimos capturados pela família em diversas fases da vida. Uma viagem. E como canta Rita: “Um sonho assim, tão legal, não devia acabar”. Uma coisa é certa: Rita é para sempre.

Rita Lee - Voando (“Nel Blu Dipinto di Blu”)


domingo, 9 de junho de 2024

.: "Forró de Pai para Filha": mistura de Graziela e Chico Medori é forró na veia


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Dizem que quanto mais o intérprete diversifica seu repertório, mais calejado e confiante ele fica. No caso de Graziela Medori, essa máxima é mais do que válida. Em seu mais recente lançamento, "Forró de Pai para Filha" ela não só explora um dos ritmos mais tradicionais de nosso cancioneiro como ainda traz o pai a tiracolo, tocando bateria, compondo canções e até soltando a voz em alguns momentos.

O disco conta com oito faixas autorais de Chico Medori no melhor estilo forrozeiro. Tem canção que lembra as imagens de festas juninas ("Uma Noite de São João"), enquanto outra brinca com o flerte do início do namoro ("Vem Me Namorar"). Na faixa Mensagem, uma lembrança dos tempos atuais marcados pelas seguidas agressões contra a natureza e a necessidade de entrarmos em uma nova onda de amor na sociedade.

Em "Água pro Nordeste", o músico Antonio Freire, da Banda da Feira, empresta sua voz para lembrar a importância da água para a região seca do Nordeste. A canção é um dos momentos mais emocionantes do disco. A relação de Chico Medori com o ritmo nordestino vem desde a época em que ele tocava com o mestre Dominguinhos. 

As canções prestam tributo ao velho mestre e ao estilo de música que o consagrou.  Além de acompanhar outros nomes da MPB, Medori também fundou o Grupo Medusa nos anos 80 com outros músicos talentosos (Amilson Godoy, Heraldo do Monte e Claudio Bertrami), que tocavam uma música instrumental de qualidade com influência do jazz e da MPB.

Graziela Medori está totalmente a vontade como intérprete cantando o forró. Nada mal para quem já navegou na praia de Rita Lee (na época com o grupo Brazucália), nas pérolas do Clube da Esquina (acompanhada por Alexandre Vianna), na releitura do disco "Transa", de Caetano Veloso e nos discos tributos a Marcos Valle e a sua mãe, a excelente cantora Claudya, que por sinal está em plena atividade e cantando como nunca.

A produção, mixagem, masterização e gravação do Forró de Pai para Filha ficaram a cargo de Alexandre Vianna. Participam os músicos Cosme Vieira (acordeon), Glecio Nascimento (baixo), João Neto (guitarra), Curisco (percussão) e Chico Medori (bateria e produção). E o disco já pode ser ouvido nas plataformas de streaming. Vale a pena a audição

"Noite de São João"

"Vem Me Namorar"


"Água pro Nordeste"

segunda-feira, 3 de junho de 2024

.: Snow Patrol anuncia retorno com o álbum "The Forest is The Path"


A banda norte-irlandesa Snow Patrow anunciou seu aguardado retorno com um novo álbum. Intitulado “The Forest Is The Path”, o trabalho é o primeiro da banda norte-irlandesa em seis anos desde “Wildness”, de 2018, e será lançado em 13 de setembro pela Polydor Records. A versão física do trabalho já está disponível para pré-venda na UMusic Store.

O álbum foi produzido por Fraser T Smith (Adele/Dave/Stormzy) e pela banda. Agora composta pelo trio fromado por Gary Lightbody, Nathan Connolly e Johnny McDaid, o Snow Patrol oferece a primeira amostra do seu extraordinário novo álbum com o single “The Beginning”. Ouça e baixe aqui: https://snowpatrol.lnk.to/TheBeginning. “The Forest Is The Path” foi escrito por Gary Lightbody, Nathan Connolly e Johnny McDaid e conta com 12 faixas. 

Fraser T Smith, Will Reynolds, Roy Kerr e Troy Van Leeuwen (QOTSA), que também contribuíram para a composição de algumas das músicas do álbum. “The Beginning” é a pedra fundamental do oitavo álbum de estúdio da banda, escrito durante uma viagem a Somerset. Gary conta a história: “No primeiro dia escrevemos ‘The Beginning' do início ao fim”. “E ele fez o vocal em uma única tomada”, diz Johnny. “Logo após escrever a letra. Então, tem essa qualidade de colapsar a mente onde você sente que está vendo a alma de alguém”.

.: "Chico Buarque: PARATODOS" no Sesc Santos, confira a programação completa


Foto: Chico Buarque_CorreioDaManhã_ArquivoNacional

 Imagens para imprensa Em comemoração aos 80 anos de vida do cantor e compositor Chico Buarque o Sesc Santos apresenta entre os dias 4 e 30 de junho o projeto "Chico Buarque: PARATODOS", uma programação inspirada na vida e obra do artista, com exibições de filmes, bate-papos, apresentações musicais e espetáculos.

Chico Buarque é um artista incontornável na cultura brasileira. Cantor, compositor, escritor, dramaturgo e jogador amador de futebol, Francisco Buarque de Holanda retrata e impacta o Brasil há mais de seis décadas. Nascido em 1944 em uma família de influentes intelectuais brasileiros, com “pai paulista, meu avô pernambucano, meu bisavô mineiro e meu tataravô baiano", Chico completa 80 anos de idade em 19 de junho de 2024.

Chico iniciou sua carreira musical na década de 1960, em um período de intensa agitação política devido ao início da ditadura civil-militar, que dominou o país por 21 anos. Além de sua musicalidade, suas canções são reconhecidas pela crítica social e política, assim como pela escrita singular, repleta de imagens poéticas marcantes. Seja abordando críticas políticas contundentes ou explorando os dramas de um eu lírico feminino lidando com relacionamentos fracassados, suas músicas abordam temas como amor, saudade, solidão e toda a gama das complexidades humanas.

A carreira musical desse ícone da MPB será relembrada em uma série de shows com nomes da Baixada Santista como Didi Gomes cantando as canções clássicas do compositor, o Grupo Torto da Antiga com Julinho Bittencourt, Roberto Biela, Paulinho Ribeiro e Michel Pereira fazendo um apanhado de toda produção do artista, a Roda de Samba do Ouro Verde, Monna e Conrado Pouza realizando uma roda de samba para cantar Chico e, as atrizes/cantoras Virgínia Rosa, Tânia Alves e Lucinha Lins revisitando o universo feminino a partir das canções de Chico Buarque.

Já a sua faceta literária será debatida semanalmente na série Poesia e Prosa de Chico Buarque: Interfaces. Diálogos abertos sobre as obras literárias e canções do compositor se cruzam a partir da leitura mediada de trechos dos seus livros propondo uma discussão com especialistas de múltiplas competências, do teatro, jornalismo e psicologia, que, junto ao mediador Manoel Herzog, instigam o público a uma participação reflexiva. E as adaptações dessas obras - "Estorvo", "Budapeste", "Saltimbancos - Os Trapalhões" e "O Abismo Prateado" - para o cinema também ganham destaque na Mostra Chico Buarque, com exibições gratuitas. 

 Ainda tem Chico para crianças com o espetáculo Saltimbancos, cantado e interpretado pela Banda Estralo e, a intervenção Você tem medo de que? com a Cia do Liquidificador, inspirado no livro Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque, onde um contador de histórias e um ilustrador conversam com o público para contar, desenhar e transformar seus medos.

Conectando arte e política, em uma vasta obra em diferentes linguagens artísticas, Chico Buarque foi e continua sendo uma inspiração para a construção de um país menos bruto. E em comemoração aos 80 anos de vida desse artista único e como uma singela homenagem, o Sesc Santos convida à programação "Chico Buarque: PARATODOS". As apresentações gratuitas têm retirada de ingressos uma hora antes - e os espetáculos pagos abrem venda ao longo do mês. 


Serviço
"Chico Buarque: PARATODOS"
De 4 a 30 de junho
Sesc Santos
Programação completa em sescsp.org.br/projetos/chico-buarque-paratodos/ 


Cinema
Mostra Chico Buarque, com exibições dos filmes:

"Estorvo"
Dir: Ruy Guerra. 2000. 1h35
Depois de uma noite mal dormida, um homem acorda com a campainha da porta tocando insistentemente. Pelo olho mágico vê um desconhecido, que lhe lembra alguém que não consegue identificar. Não sabe o porquê daquele homem estar ali nem quem ele é, mas tem uma certeza imediata: ele representa uma ameaça sua vida.
Dia 4 de junho. Terça, 19h30 às 21h30
Auditório
Grátis - Retirada de ingressos uma hora antes.
18 anos 

 
"Budapeste"
Dir: Walter Carvalho. 2009. 1h53
José Costa é um bem-sucedido ghost writer. Ao retornar do Congresso de Escritores, em Istambul, uma ameaça de bomba faz com que seu voo aterrisse em Budapeste, na Hungria. Ao chegar, se apaixona pelo idioma local. Já de volta ao Rio ele reencontra Vanda, sua esposa, e o filho. Entretanto sua vida torna-se cada vez mais infeliz, o que faz com que comece a murmurar em húngaro enquanto dorme.
Dia 11 de junho. Terça, 19h30 às 21h30
Auditório
Grátis - Retirada de ingressos uma hora antes.
16 anos 
 

"Saltimbancos - Os Trapalhões"
Dir: J.B. Tanko.1981. 1h35
Funcionários humildes, quatro amigos se tornam a grande atração do circo Bartolo, graças à sua incrível capacidade de fazer o público rir. Mas o sucesso lhes tem um preço: a oposição do mágico Assis Satã e a ganância do Barão, o dono do circo.
Dia 15 de junho. Sábado, 14h30 às 16h
Auditório
Grátis -- Retirada de ingressos uma hora antes.
Livre. 
 

"O Abismo Prateado"
Dir: Karim Aïnouz. 2013. 1h53
Violeta é uma dentista casada e com um filho, que tem um dia normal de trabalho. Ao ouvir uma mensagem deixada na secretária do celular ela entra em desespero.
Dia 26 de junho. Quarta, 19h30 às 21h30
Auditório
Grátis - Retirada de ingressos uma hora antes.
14 anos 

Literatura
"Poesia e Prosa de Chico Buarque: interfaces"
  
Diálogos abertos sobre obras literárias de Chico Buarque e suas interfaces com a obra musical do artista, a partir da relação de quatro livros e quatro canções. Todos os encontros são mediados por Manoel Herzog, Santos, 1964, poeta e romancista, é autor de 13 livros, dos quais destacam-se "Companhia Brasileira de Alquimia", romance, 2013 pela editora Patuá, "A Comédia de Alissia Bloom", poesia, 2014, terceiro lugar no prêmio Jabuti, e "A Jaca do Cemitério É Mais Doce", romance, Cia das Letras, segundo lugar no concurso da Biblioteca Nacional, e o recente "A Língua Submersa". Criado na cidade de Cubatão, onde trabalhou na indústria química e exerceu a advocacia, vive em Santos.
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Bate-papos:
"Essa Gente/Caravanas"
Neste primeiro encontro, o livro "Essa Gente" e a canção "Caravanas", com participação de Arlindo Cândido Pereira Filho, psicólogo.
Dia 6 de junho. Quinta, 19h00 às 21h00.
Mezanino.
Grátis - Retirada de ingressos uma hora antes.
Não recomendado para menores de 14 anos - Autoclassificação  


"Leite Derramado/O Velho Francisco"
No segundo encontro, o livro "Leite Derramado" e a canção "O Velho Francisco", com participação de Carlos Careqa, ator e cantor.
Dia 13 de junho. Quinta, 19h00 às 21h00.
Mezanino
Grátis - Retirada de ingressos uma hora antes.
Não recomendado para menores de 14 anos - Autoclassificação 

 "Budapeste/Sonhos Sonhos São"
Neste terceiro encontro, o livro "Budapeste" e a canção "Sonhos Sonhos São", com participação de Marise Hansen, mestre e doutora em Literatura Brasileira.
Dia 20 de junho. Quinta, 19h00 às 21h00.
Mezanino
Grátis - Retirada de ingressos uma hora antes.
Não recomendado para menores de 14 anos - Autoclassificação 

 
"Anos de Chumbo/Sinhá"
O último encontro da série traz o livro "Anos de Chumbo" e a canção "Sinhá", com participação de Hernán Siculer, psicólogo.
Dia 27 de junho. Quinta, 19h00 às 21h00.
Mezanino
Grátis - Retirada de ingressos uma hora antes.
Não recomendado para menores de 14 anos - Autoclassificação 

 

Música
Shows: 
"Chico Buarque 80 Anos", com Grupo Torto da Antiga 
Julinho Bittencourt; Roberto Biela; Paulinho Ribeiro e Michel Pereira
Um apanhado da obra musical do cantor e compositor Chico Buarque, que completa 80 anos em 2024, apresenta desde as suas primeiras composições, como "A Banda", "A Rita", "Pedro Pedreiro", "Olê Olá", passando pela fase mais politizada, com "Tanto Mar", "Apesar de Você" entre outras. No repertório entra também as canções feitas para teatro, como "Gota D'água", "Beatriz" e "Roda Viva", as canções de amor, como "Trocando em Miúdos", "Olhos nos Olhos" e as feitas tanto no feminino quanto sobre a questão da mulher, como "Com Açúcar, com Afeto", "Mulheres de Atenas".

Ficha técnica
Julinho Bittencourt: Voz e Violão
Roberto Biela: Voz e Percussão
Paulinho Ribeiro: Voz e Violão de 7 Cordas
Michel Pereira: Percussão
Dia 12 de junho. Quarta-feira, 20h00  
Auditório
Grátis - Retirada de ingressos uma hora antes.
Livre: autoclassificação 

"Audição comentada Chico Buarque"  
Com Julinho Bittencourt
No formato palestra/audição, o músico, jornalista e crítico de música Julinho Bittencourt, comenta a obra musical de Chico Buarque, dividida em quatro tópicos: O lirismo moderno travestido de tradição; a política na obra do autor; a poesia da letra; a mulher na obra de Chico.
Dia 14 de junho. Sexta, 19h 
Mezanino
Grátis - Retirada de ingressos uma hora antes.
14 anos 

 
"Didi Gomes Canta Chico Buarque" 
A cantora Didi Gomes preparou um espetáculo especial em homenagem aos 80 anos de Chico Buarque, onde apresenta uma seleção de clássicos do compositor. Com sua voz envolvente, Didi promete uma noite de celebração e nostalgia, abrangendo desde os sucessos mais conhecidos até pérolas menos exploradas da discografia de Chico. O show, uma jornada emocionante pelas letras poéticas e melodias que marcaram a história da música brasileira. Acompanhada de músicos renomados na região, Didi e a banda garantem uma experiência singular aos espectadores.
Dia 19 de junho. Quarta, 20h
Auditório
Grátis - retirada de ingressos uma hora antes.
Livre: autoclassificação 

 
Virgínia Rosa, Tânia Alves e Lucinha Lins apresentam "Palavra de Mulher"
Num espetáculo que encanta, faz rir e faz chorar, Lucinha Lins, Tânia Alves e Virgínia Rosa emprestam corpo e voz a tantas outras mulheres para, num clima de cabaré, cantar amores, dores de amores, esperança, solidão, encontros, desencontros, sedução, felicidade, força, abandono, liberdade, sonhos e conquistas. Acompanhadas pelo maestro e pianista Ogair Júnior (também diretor musical e arranjador), Ramon Montagner (bateria e percussão) e Robertinho Carvalho (contrabaixo) essas três talentosas cantoras/atrizes trazem um repertório que inclui músicas como "À Flor da Pele", "Teresinha", "Meu Namorado", "Palavra de Mulher", "Bem-Querer", "O Meu Amor", "Folhetim", "Atrás da Porta", "Tango de Nancy", "Tatuagem", entre outras.

Ficha técnica
Concepção e direção-geral: Fernando Cardoso
Direção musical: Ogair Júnior
Músicos: Ogair Júnior ou João Cristal piano e acordeão
Contrabaixo: Robertinho Carvalho
Bateria e percussão: Ramon Montagner
Dia 29 de junho. Sábado, 20h
Teatro
Ingresso - R$50,00 / R$25,00 / R$15,00
Não recomendado para menores de 12 anos - Autoclassificação  


"Sambas de Chico"
Com Roda de Samba do Ouro Verde e participação de Monna e Conrado Pouza
A Roda de Samba do Ouro Verde, a mais tradicional da cidade de Santos, se apresenta há mais de 38 anos e relembra em suas apresentações grandes nomes do samba de raiz como: Cartola, Noel Rosa, Carlos Cachaça, Pixinguinha, Ataulfo Alves, Nelson Sargento, Ari Barroso, Wilson Batista, Elton Medeiros entre outros. Dessa vez presta uma homenagem aos 80 anos do cantor e compositor Chico Buarque, em um show inédito com a participação especial de Conrado Pouza e Monna, dois artistas da região que se identificam com o repertório do homenageado.

Ficha técnica
Fabio Rodrigues Gonçalves (Fabinho) - Rebolo
Flavio Ruas - Voz
Luís Carlos Alonso (Pio) - Voz
Luiz Alves Fernandes (Zinho) - Violão e Voz
Michel Pereira - Surdo e Tamborim
Reinaldo Ruas - Pandeiro
Renê Rivaldo Ruas (Rene) - Cavaco e Voz
Roberto Antônio Cardoso (Robertinho) - Cavaco
Convidados: Conrado Pouza e Monna
Direção Musical: Luiz Alves Fernandes (Zinho do Cavaco)
Produção Artística - Michel Pereira
Assistente de Produção - Laura Ribas
Todas as idades
Dia 30 de junho. Domingo, 15h
Convivência
Grátis
Livre: autoclassificação 


Crianças
"Banda Estralo Canta Saltimbancos"
Há quatro décadas, os "Saltimbancos" envolvem crianças e adultos mundo afora. Inspirado no conto dos irmãos Grimm "Os Músicos de Bremen", o musical italiano de Sergio Bardotti e Luís Enriquez Bacalov conta a história de quatro animais que se rebelam contra seus donos, depois de uma vida inteira de maus tratos. No Brasil, a peça ganhou uma adaptação em português feita pelo músico Chico Buarque e lançada em 1977, quando o país vivia sob o regime de ditadura militar.

Ficha técnica 
Elenco/Músicos: Marcos Lucatelli: Voz/Violão (Jumento)
Luanda Eliza: Voz (Galinha)
Lilyan Teles: Voz (Gata)
Mauricio Damasceno: Voz/Guitarra (Cachorro)
Edson Barreto: Baixo (Barão)
Tato Andreatta: Teclados
Rafael Mota: Bateria
Equipe técnica:
Técnico de Som: Hélio Pisca
Técnico de Luz: Marcelo Richard
Maquiagem: Dinho Rodot
Roadie: Felipe Simões
Produtora: Leticia Galvão
Direção musical: Marcos Lucatelli
Direção cênica: Luanda Eliza
Duração: 1h00
Dia 16 de junho. Domingo, 17h30 
Teatro
Ingresso - R$30,00 / R$15,00 / R$10,00
Grátis para crianças até 12 anos
Livre 


"Você Tem Medo de Quê?" 
Intervenção inspirada no livro "Chapeuzinho Amarelo", de Chico Buarque, onde um contador de histórias e um ilustrador conversam com o público para contar, desenhar e transformar seus medos. Com Cia do Liquidificador.
Dias 22 e 23 de junho. Sábado e domingo, 14h00 às 15h00.
Biblioteca
Grátis 
Livre: autoclassificação 


Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida      
(13) 3278-9800        

Venda de ingressos
As vendas de ingressos para os shows e espetáculos da semana seguinte (segunda a domingo) começa na semana anterior às atividades, em dois lotes:      

On-line pelo aplicativo Credencial Sesc SP e portal do Sesc São Paulo:       
às terças-feiras, a partir das 17h00
Presencialmente, nas bilheterias das unidades: 
às quartas-feiras, a partir das 17h      

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento       
Terça a sexta, das 9h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30

sábado, 1 de junho de 2024

.: Mariah Carey anuncia show solo em setembro, no Allianz Parque


Com realização da 30e e com patrocínio do Santander Brasil, a cantora fará apresentação no Allianz Parque no dia 20 de setembro


É impossível falar da música pop que conhecemos hoje sem passar pelo nome de Mariah Carey. Não à toa, em fevereiro de 2024, ela foi homenageada no Grammy com o Global Impact Award e recebeu o prêmio pelo impacto global de sua obra diretamente das mãos de Stevie Wonder, que, na ocasião, afirmou estar "animado por estar ali para celebrar uma amiga de quem é fã desde o momento em que ouviu a sua voz pela primeira vez"

Atualmente com uma disputada residência em Las Vegas, intitulada "The Celebration of Mimi", a estrela reforça o poder da sua música e da sua inconfundível voz - ambas atemporais. Ela aproveita o ótimo período para anunciar um show solo em São Paulo, no dia 20 de setembro, no Allianz Parque, em uma realização da 30e e apresentado por Santander Brasil. A artista, que também está na programação do Rock in Rio, fará apenas esta apresentação solo no país. 

Clientes com cartões Santander terão um período de pré-venda exclusiva a partir do dia 4 de junho, às 10h, até o dia 6 de junho, às 9h59, com parcelamento em até 3x sem juros durante esse período; e a venda geral dos ingressos inicia no dia 6 de junho, ao meio-dia, no site da Eventim ou a partir das 13h na bilheteria oficial. Clientes com cartões Santander ainda contam com um desconto exclusivo no valor dos ingressos (sujeito à disponibilidade e condições).

Ao longo de mais de 30 anos de carreira, Mariah Carey acumulou números superlativos. É, sem dúvida, uma das cantoras que mais vendeu álbuns na história (mais de 200 milhões de cópias), além de ser a artista solo com o maior recorde de hits no topo das paradas (ao todo, 20 de suas músicas ocuparam o número 1). Ela contabiliza ainda 34 indicações ao Grammy e, destas, venceu em cinco ocasiões.

Em 2025, o aclamado disco "The Emancipation of Mimi", no qual estão hits como "Shake it Off" e "We Belong Together", completa 20 anos. Por mais que a terceira residência de Mariah Carey em Las Vegas, iniciada em abril deste ano, tenha recebido o nome de "The Celebration of Mimi", a experiência tem sido muito mais do que uma comemoração antecipada ao marco. O espetáculo abraça diversas fases da carreira da estrela. "Se The Emancipation of Mimi tratava de libertar Carey de seu passado, a residência 'Celebration of Mimi' é sobre levar seu legado adiante", afirmou a versão americana da revista Billboard. Sem vir ao Brasil há 14 anos, Mariah Carey deve fazer desse encontro com o público daqui uma grande festa com trilha sonora repleta de hits, entre eles "Hero", "Heartbreaker" e “Fantasy”.

Serviço
Mariah Carey Tour 2024
Realização: 30e

São Paulo
Data: 20 de setembro
Local: Allianz Parque
Horário de abertura da casa: 17h
Classificação Etária: Entrada e permanência de crianças/adolescentes de 05 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais

Setores e preços
Cadeira Superior - R$170,00 (meia-entrada legal) | R$306,00 (cliente Santander) | R$ 340,00 (inteira)
Pista - R$195,00 (meia-entrada legal) | R$351,00 (cliente Santander) | R$ 390,00 (inteira)
Cadeira Inferior - R$245,00 (meia-entrada legal) | R$441,00 (cliente Santander) | R$ 490,00 (inteira)
Pista Premium - R$395,00 (meia-entrada legal) | R$711,00 (cliente Santander) | R$ 790,00 (inteira)


Vendas on-line em: eventim.com.br
Bilheteria oficial: Bilheteria A - Allianz Parque - Endereço: Rua Palestra Itália, 200
*Exclusivamente nos dias 4, 5 e 6 de junho, a venda ocorrerá na Bilheteria B no Allianz Parque - Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 1705 – Portão B - Água Branca - São Paulo/SP. Nos demais dias, as vendas acontecerão na Bilheteria A.
Funcionamento*: Terça a sábado das 10h às 17h
*Não há funcionamento em feriados, emendas de feriados, dias de jogos ou em dias de eventos de outras empresas.

.: "Para Lennon e McCartney", com Elis Regina, chega às plataformas digitais


O single “Para Lennon e McCartney”, agora disponível nos principais aplicativos de música pela gravadora Trama, apresenta a voz de Elis Regina recuperada de arquivos de estúdio datados de 1976 e restaurada com auxílio de avançados programas de inteligência artificial. Sob a produção de João Marcello Bôscoli, o trabalho foi conduzido pelo engenheiro de áudio Ricardo Camera e supervisionado pelo cantor Pedro Mariano

Os novos arranjos foram escritos por Marcelo Maita e se alinham à essência da produção do passado, deixando ainda mais emocionante a estupenda interpretação da cantora. Em seguida foram adicionadas as partes instrumentais gravadas por Daniel de Paula (bateria), Robinho Tavares (baixo), Conrado Goys (guitarra), João Marcello Bôscoli (synth e percussão) e Marcelo Maita (piano e synth analógico). Outro aspecto notável é que foram utilizados apenas equipamentos vintage, em alguns casos, exatamente os mesmos usados na gravação original. A mixagem e a masterização também ficaram a cargo de Camera.

O lançamento marca um momento especial para a Trama, iniciando a chamada Fase III. "O que poucos sabem é que o nome Trama foi herdado da companhia que a Elis teve nos anos 1970. Quando o André Szajman e eu fundamos a empresa em 1998, encaramos como uma continuidade, uma nova fase do trabalho iniciado por ela" - explica Bôscoli.

A Trama, agora em sua nova fase, planeja uma série de ações para reafirmar sua presença no mercado. Isso inclui o resgate, digitalização e restauração de gravações históricas, a remasterização de seu acervo, lançamentos de artistas da nova geração da MPB, a realização de shows e eventos, e a produção do programa de rádio O Novo Sempre Vem, em parceria com a Novabrasil FM, que destacará tanto talentos emergentes quanto nomes já consagrados.


Ficha técnica
“Para Lennon e McCartney” (Lô Borges/ Márcio Borges/ Fernando Brant)
Produzido por João Marcello Bôscoli
Restaurado, gravado, mixado e masterizado por Ricardo Camera nos Estúdios Trama NaCena
Supervisão de voz: Pedro Mariano
Arranjos: Marcelo Maita
Músicos: Daniel de Paula (bateria), Robinho Tavares (baixo), Conrado Goys (guitarra), João Marcello Bôscoli (synth e percussão) e Marcelo Maita (piano e synth analógico)
Arte da capa: SGC Design
A&R: Szajman & Bôscoli
Lançamento: Trama
Distribuição: ONErpm

sexta-feira, 31 de maio de 2024

.: "The Greatest Night": a celebração da bossa nova em show no Carnegie Hall


Por Pedro Só, em maio de 2024. Estrelado por Roberto Menescal, Alaíde Costa, Carlinhos Brown, Seu Jorge, Carol Biazin, Daniel Jobim e a britânica Celeste, o álbum chega nesta sexta-feira, dia 31 às plataformas de streams, via Universal Music.


Mais que um registro histórico de uma noite mágica, “The Greatest Night Bossa Nova” é prova emocionante da atemporalidade e da força da música do Brasil. Ao longo das 16 faixas do álbum gravado ao vivo no Carnegie Hall, em Nova Iorque, em outubro de 2023, um grande time de artistas e músicos celebra um catálogo precioso de hits globais e standards, evocando o mítico concerto realizado em 1962 que ajudou a fazer decolar mundialmente a bossa nova e seus dois gênios maiores, Tom Jobim e João Gilberto.

No palco, nomes legendários da bossa, como Roberto Menescal e Alaíde Costa ganharam a companhia talentosa de Daniel Jobim (neto de Tom) e de dois dos maiores astros globais brasileiros, Carlinhos Brown e Seu Jorge, e o reforço de jovens estrelas como a cantora paranaense Carol Biazin, 27 anos, e a britânica (nascida na Califórnia) Celeste, 30 anos, uma das vozes mais impressionantes reveladas nos últimos cinco anos.

Max Vianna, produtor do disco e do show, comenta: “Desde 1962, todo mundo tentava fazer algo assim e esbarrava em uma série de dificuldades e complexidades. Mas a gente finalmente conseguiu encontrar, a partir do trabalho de Seu Jorge com Daniel Jobim, uma solução artística e com apelo para produzir um show no local. Foi muito importante ter Menescal, que é um cara importantíssimo na música brasileira e que segue fazendo da bossa nova algo vivo e mutante, assim como foi ter Alaíde Costa, dar a possibilidade de trazê-la para um lugar que acolheu a música brasileira, e também apontar para o futuro, com a Carol Biazin e a Celeste. E, claro, ter também o Brown, um dos artistas brasileiros mais incríveis e versáteis, que conheci como percussionista da banda de meu pai”.

“The Greatest Night Bossa Nova” mostra a bossa nova com molduras clássicas, mas como um gênero vivo, potente e influente, que ecoa no trabalho de artistas novíssimos, como Billie Eilish. Para Roberto Menescal, um dos artífices do gênero, que participou do concerto de 1962, tocando (e cantando) “O Barquinho”, vai além: “É como um panorama da música brasileira mais de 60 anos depois, com vários tipos de artistas e talentos. Mostra que a música brasileira hoje é maior, tem diversidade e segue se transformando”.

Um movimento presente, mas ancorado na força emocional de um repertório com precioso lastro na memória afetiva brasileira (e de várias gerações de estrangeiros). A vibração do público no teatro, cerca de 2.7 mil pessoas, é coadjuvante em várias das faixas, ganhando o protagonismo no encerramento apoteótico, com todos cantando “Garota de Ipanema” em ótimo português. A cantoria feliz, na verdade, começa aos dois minutos da canção de abertura, “Chega de Saudade”, quando Daniel Jobim dá a deixa, pedindo: “Vocês...” E entram no mínimo duas mil pessoas entoando “vai, minha tristeza...”, junto com ele e com Seu Jorge.

Logo em seguida vem um momento musicalmente lindo e ecumênico, “Samba do Avião”, que começa com a citação de “Oração a Xangô”, parceria abençoada de Tom Jobim e Dorival Caymmi, pedindo proteção na ponte aérea de preenchimento harmônico entre Jobim, Debussy e Villa-Lobos (com carinho total de Daniel Jobim na ancestralidade nobre). Os dotes performáticos de Seu Jorge, em voz e tamborim, dão um molho diferente a “Só Danço Samba”, outro destaque do set inicial, conduzido por ele e Daniel.

No standard internacional “Samba de Verão” (de Marcos e Paulo Sérgio Valle), acompanhada por Roberto Menescal, Carol Biazin se mostra amadurecida e luminosa, justificando o status de grande revelação no cenário desta década. Honrando os laços afetivos com a canção, usa bem o timbre grave, a voz cheia, mas sem nasalidade e com as palavras bem articuladas. “Cantou bem demais. Uma gracinha. E completamente diferente das coisas dela que eu vi no YouTube”, elogia Menescal.

Em “O Barquinho”, ele teve a chance de fazer seu acerto de contas com a história. Notório não-cantor, ela havia sido obrigado a encarar um microfone pela primeira vez num show no concerto de 1962, por obrigações contratuais. Nervoso, conseguiu errar a letra de seu maior sucesso. Nesse retorno, porém, descontraído, canta com suavidade, faz scat e brinca com o som do violão. Preferiu não trazer a guitarra, com que toca habitualmente a canção há décadas, para manter o “espírito” de 1962.

Outro momento com espírito de revisão, e um dos grandes destaques do show e do álbum, aplaudidíssimo, é Alaíde Costa reencontrando “Sabe Você”, joia criada por Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, para “Pobre Menina Rica”, em releitura milionária de significados, com Roberto Menescal ao violão. Aos 87 anos, depois de preterida pela indústria em vários momentos, ela teve vez.

Com a ousadia que sempre marcou sua trajetória, Carlinhos Brown trouxe seu arsenal criativo e o piano de Thiago Pugas para revisitar outro clássico, o hit global de 1959 “Manhã de Carnaval”, que havia sido um dos momentos mais aplaudidos no concerto de 1962 (quando foi interpretada pelo autor, Luiz Bonfá, ao violão, com o vozeirão de Agostinho dos Santos). Brown também traz para o repertório uma canção do século 21, “Ararinha” (que ele compôs para a animação “Rio”, de 2011), com alegria contagiante.

É acompanhada do violão precioso de Menescal que a anglo-americana Celeste brilha em um dos pontos altos do álbum. Com arrebatamento máximo, sem ornamentos desnecessários ou firulas, ela assombra traduzindo toda a dor expressa no clássico jobiniano “How Insensitive” (versão de “Insensatez”, de Tom e Vinicius), com direito a “por que você foi fraco assim, tão desalmado”, em português). Não é pouca coisa: Celeste se impõe com personalidade na canção que teve gravações memoráveis de gigantes do jazz como Ella Fitzgerald e Shirley Horn.

Seu Jorge e Daniel Jobim retornam para “duetar” em “Desafinado” e “Águas de Março”, com recepção eufórica do público, antes da apoteose de “Garota de Ipanema”, cantada por todos (Seu Jorge, Daniel, Brown, Alaíde, Celeste e Menescal). Ao final, fica ecoando pelo Carnegie Hall o coro com o verso de Vinicius de Moraes que ajuda a explicar a força mágica da música de um certo país: “por causa do amor/ por causa do amor”. Ouça e baixe aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/TheGreatestNightBossaNova.

.: “You Don’t Know Me”: Luísa Sonza lança feat. com Caetano Veloso


Músicas e visuais das faixas bloqueadas de “Escândalo Íntimo” já estão liberados para o público. Foto: Yago d’Avila


Agora o escândalo está completo! As quatro faixas bloqueadas de "Escândalo Íntimo" acabam de ser liberadas para o público. São elas: “You Don’t Know Me”, de Caetano Veloso, uma versão do álbum "Transa", de 1972. “Eu não via a hora de poder liberar essas músicas para o público, faixas com parcerias tão especiais. Me sinto realizada de ver esse álbum, esse trabalho tão intenso e que traz tanto de mim, agora disponível por inteiro”, relata Luísa. Sobre a parceria, Caetano Veloso, um dos ícones da música brasileira, declara: “É uma delícia gravar algo meu com uma figura tão brilhante da nova geração, como é Luísa Sonza”

“Bêbada Favorita”, feat com Maiara e Maraisa que mistura pop, sertanejo e samba. “Luísa é uma pessoa muito especial, sensível e ao mesmo tempo uma força incrível. Para nós foi um grande prazer dividir essa faixa com ela”, comenta a dupla Maiara & Maraísa sobre a divertida “Bêbada Favorita”. “O Amor Tem Dessas (E É Melhor Assim)”, faixa que conta com uma citação de "Você Me Vira a Cabeça (Me Tira do Sério)", de Alcione; “Sagrado Profano”, um feat. com KayBlack, nome em ascensão na cena do rap nacional.

.: Aline Paes em corpo, mar e música, crítica musical de Luiz Gomes Otero


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

A cantora carioca Aline Paes chega ao segundo disco explorando a mística e inspiração em torno da paisagem litorânea. Intitulado "Corpo Mar", o trabalho foi disponibilizado nas plataformas de streaming e sua sonoridade mantém uma forte conexão com ritmos como reggae, xote e o samba

O álbum, que será lançado pelo selo Ala Music, conta com a participação da cantora carioca Marina Iris (Brasil), do cantor angolano Paulo Flores e do compositor cubano Aliesky Perez. A produção musical é assinada pela cantora Aline Paes, pelo percussionista Bernardo Aguiar e pelo guitarrista Diogo Sili. A masterização é do engenheiro de som Alexandre Rabaço e a mixagem foi feita pelo músico Marcos Suzano.

A diversidade de ritmos torna bem interessante a audição das faixas. Uma referência bem próxima de Aline talvez seja Elba Ramalho, que também gosta de explorar ritmos em seu trabalho, sem perder a sua essência nordestina.

Como mostra o título ("Corpo Mar"), Aline busca inspiração em nossa paisagem litorânea e no mar, ou naquilo que ele oferece em magia e beleza natural. E nesse processo de criação, Aline se descobriu como compositora, ampliando mais os seus horizontes na música.

Destaques para a animada faixa "Mana que Emana", com participação do músico angolano Paulo Flores, e na igualmente ótima "Sem Fronteiras", cantada em dueto com a cantora Marina Iris, além de "Mar Aberto", que comprova a força de Aline como compositora.

Sua estreia em disco foi em 2015, com "Batucada Canção" (Biscoito Fino). O trabalho foi destacado como Revelação pela revista Rolling Stone Brasil, além de recolher elogios dos críticos na imprensa.

Como informa o release de divulgação, “a música de Aline Paes é um vasto oceano de influências que aportam no litoral brasileiro, dando voz ao feminino, ao amor, ao sagrado e tudo o mais que permeia a música popular do nosso país”. Na prática, ela mostra que é possível produzir um som popular com qualidade e mensagens positivas.

 "Sem Fronteiras"

"Mar Aberto"


"Um Dia Você Acerta"

terça-feira, 28 de maio de 2024

.: Dupla Palavra Cantada terá série de animação para o público infantil


A Galeria Distribuidora anuncia parceria exclusiva para o desenvolvimento do universo audiovisual da marca Palavra Cantada. O primeiro projeto será uma série de animação voltada para o público infantil, com os personagens dos músicos Sandra Peres e Paulo Tatit, Sandreca e Pauleco.

A Diretora Geral da Galeria Distribuidora, Clara Ramos, celebra a parceria. “Estamos muito empolgados com a oportunidade de desenvolver novos projetos relevantes para o público infantil. Vamos expandir o universo da Palavra Cantada, que já é um fenômeno no YouTube, rompendo fronteiras de territórios e plataformas para oferecer novas produções ao mercado local e internacional”, afirma. “Acreditamos no enorme potencial desta parceria para o desenvolvimento de novos formatos que vão entreter, ensinar e informar crianças e diferentes famílias. Esta iniciativa é parte da nossa estratégia de formação de público para produtos nacionais”, completa Clara Ramos.

Fundada pelos músicos Sandra Peres e Paulo Tatit, a Palavra Cantada tem uma história de 30 anos de sucesso no universo da música infantil. Para Sandra e Paulo, a parceria com a Galeria Distribuidora é uma grande conquista e um mergulho num novo universo. Com isso os personagens vão adquirir personalidade, vida e conquistar o coração das crianças – muitas ainda não os conhecem, com suas histórias divertidas, emocionantes e educativas, como é da essência da Palavra Cantada.

A dupla já vendeu mais de dois milhões de discos e de um milhão de DVDs e recebeu diversos prêmios pelos seus álbuns, DVDs e livros. Nessas três décadas, conquistou crianças, pais e avós com canções originais, recheadas de poesia e arranjos que transbordam criatividade, somados as recriações de clássicos da cultura musical brasileira – canções que ensinam e encantam por todo o Brasil.

sábado, 25 de maio de 2024

.: Filme "Escândalo Íntimo" é romance de Luísa Sonza com ela mesma


No filme, a artista aos poucos vai se despindo da armadura que a protegeu durante todos esses anos, para entrar no local mais frágil e sombrio que poderia explorar. Foto: Pam Martins

Dando sequência aos lançamentos da Era “Escândalo Íntimo”, Luísa Sonza lança o filme de seu novo álbum no Youtube. Com direção de Diego Fraga e texto de Guilherme Ashcar, adaptado por Luísa, o curta-metragem ‘Escândalo Íntimo - O Filme’ tem narração da própria artista e conta uma história de amor que se entrelaça com a jornada de amadurecimento da personagem. “As faixas do álbum acabaram se tornando trilhas sonoras para os filmes da minha cabeça, até realmente se transformarem em um único filme unindo trechos dos clipes já lançados e imagens inéditas”, conta a artista.

O filme acompanha a artista pop Luísa Sonza que, aos poucos, vai se despindo da armadura que a protegeu durante todos esses anos, para entrar no local mais frágil e sombrio que poderia explorar: o próprio subconsciente. Inevitavelmente, essa viagem a leva ao seu passado, no interior do Rio Grande do Sul. Local reproduzido em uma fazenda localizada em Santana de Parnaíba, São Paulo.

De acordo com Diego Fraga, a ideia do curta surgiu durante a pré-produção do álbum, onde Luísa contava sobre seus sonhos e pesadelos e como eles de certa forma refletiam momentos de sua vida. “A gente queria contar essa história de forma ultrapessoal, colocando de base os sonhos da Luísa. Então pegamos certos momentos e coisas que ela compartilhou e fomos reajustando na timeline pra contar essa história de amor. Por mais que o filme pareça só terror, é um romance da Luísa com ela mesma”, detalha.

Segundo Flávio Verne, que integra a direção criativa do projeto, a ideia inicial é que o filme pudesse passar de uma forma geral sobre o que é o álbum e sobre o que a Luísa queria abordar mais profundamente, trazendo aspectos da psique, traumas, sonhos dentro de sonhos e como se curar mergulhando dentro da própria mente. “Começamos a falar sobre o filme do EI ainda no primeiro semestre do ano passado. Durante o processo pesquisei muito sobre surrealismo e como ilustramos fatos que acontecem na nossa vida e deixam marcas que acabam virando fantasias na nossa mente. Acho que a experiência num todo foi muito rica porque a Luísa sempre trazia material pra gente trabalhar e pesquisar cada vez mais que íamos nos aprofundando no processo do que de fato seria o filme. Ao longo desse quase um ano muitas coisas foram mudando e amadurecendo, o que foi ótimo pra evolução do projeto”, conta.

O curta passa por todas as fases de um romance tóxico até a chegada do momento de renascer. Usando os sonhos e pesadelos de Luísa, é contada essa história de amor, mostrando todos os ciclos de um romance que dá errado. “No começo do filme temos ela sozinha, em lugar novo, onde ela conhece alguém e se entrega para o sacrifício de se permitir estar e criar algo com outra pessoa. Até que ela percebe que dá errado e tenta sair desse relacionamento de toda forma - trecho em que a cama começa a voar no filme, até alcançar o ponto em que decide acabar e matar aquilo tudo. É quando ela finalmente renasce. Se vê pronta pra uma próxima, pra algo novo que vai acontecer e que ela não sabe o que é”, explica Diego.

Para dar vida ao filme, mais de 150 pessoas integraram a equipe. Foram utilizadas diversas técnicas de pós-produção e de efeitos especiais, com efeitos práticos feitos na hora, efeitos de VFX produzidos em computador e utilização de Inteligência Artificial. O apartamento das cenas foi inteiro construído dentro de uma roda, uma técnica inovadora desenvolvida por Diego Fraga juntamente com Martão, um dos maiores efeitistas do Brasil. Somando ao time de peso, a trilha sonora do filme, 100% original, foi composta pelo premiado Renan Frazer, e a direção de fotografia feita pelo renomado Pedro Delafuente.


Ficha técnica
"Escândalo Íntimo - O Filme" | Realização: Fraga Studio | Diretor: Diego Fraga | Direção criativa: Diego Fraga, Flávio Verne, Lucas Pinho, Luísa Sonza e Pedro Rettore | Produção executiva: Diego Fraga e Pedro Rettore | Direção de fotografia: Pedro Delafuente | Direção de arte: Annik Maas |
Direção segunda unidade: Pedro Rettore | Roteiro: Diego Fraga | Assistência criativa: Lucas Drummond, Pedro Gibram e Thomas Webber | 1ºAd: Thomas Webber | 2ºAd: Helena Bera e Pedro Gibram | Montagem e finalização: Pedro Rettore | CGI: Diego Fraga | VFX: Brandon Ventura e Igor Rolim | Color grading: Marla Colour Grading | Colorista: Fernando Lui | Música original: Renan Franzen | Sound design: Augusto Stern e Fernando Efron | Estúdio de sound design: Bunker Sound Design | Texto para a narração: Gui Ashcar | Adaptação do texto: Luísa Sonza | Assessoria de comunicação: Lupa Comunicação.

sexta-feira, 24 de maio de 2024

.: Entrevista: Dalmo Medeiros, do MPB-4, fala sobre 60 anos de música


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

O tão esperado álbum comemorativo de 60 anos de carreira do MPB4 será lançado pela gravadora Biscoito Fino em breve. O primeiro single desse trabalho, foi dedicado ao Quarteto em Cy. A música escolhida do álbum é “Angélica”, gravada originalmente, em 1978, pelo quarteto formado, à época, por Cynara, Cyva, Dorinha e Sônia. Além do mais, “Angélica” é a única parceria de Chico Buarque com um integrante do MPB4 (Miltinho). Chico Buarque participou dessa regravação.

A história do grupo começou nos anos 60, na época dos festivais. E vem atravessando as últimas décadas de forma impecável. Mesmo com algumas mudanças na formação, sempre manteve um nível elevado de qualidade no repertório. Esse item, aliás, é destacado por Dalmo Medeiros, integrante da formação atual, juntamente com Miltinho, Aquiles e Paulo Malaguti Pauleira. Em entrevista ao Resenhando.com, Dalmo conta um pouco sobre o como ocorre o processo de criação dos arranjos e sobre a fase atual do grupo. “O MPB-4 é uma entidade musical muito forte, pela sua história e pelo seu incrível repertório sempre rico”.


Resenhando.com - Como funciona o processo criativo atual do grupo?
Dalmo Medeiros - Temos o Miltinho e o Paulo Malaguti como arranjadores. Na questão das vozes, sempre procuramos conversar e ver sempre se o alcance de cada voz está adequado para a melodia escolhida. O Aquiles, por ter uma escrita privilegiada, costuma fazer os roteiros das apresentações, ajudando sempre a direcionar o que cada um deve falar nos shows.


Resenhando.com - E esse novo trabalho, como foi trazer esse time de feras para cantar no disco?
Dalmo Medeiros - Foi uma emoção muito grande. A presença do Chico Buarque era algo até natural, levando em consideração a trajetória do grupo. Mas tivemos a presença do João Bosco, que participa da faixa "Pret-à-porter de Tafetá", que deve ser o segundo single, a princípio. Mas tivemos ainda Ivan Lins, Milton Nascimento e mais outros. Tem também o Dori Caymmi que ajudou nos arranjos. Em breve divulgaremos a escalação completa do time.

 
Resenhando.com - Você entrou em 2004 no grupo. Na sua opinião, qual seria a melhor qualidade a ser destacada no MPB-4?
Dalmo Medeiros - Eu acredito que o repertório que o grupo escolheu ao longo dos anos seja o ponto mais forte. Veja bem: o grupo consegue resgatar canções mais antigas e se integrar perfeitamente com autores da geração mais atual, como por exemplo, o Lenine. Todas as fases do grupo são recheadas de canções que marcaram a nossa música.


Resenhando.com - E como estão os planos para shows?
Dalmo Medeiros - Certamente iremos ao palco para levar esse repertório e outras canções que marcaram os 60 anos do MPB-4. Temos um show em São Paulo e depois devemos seguir adiante por outros estados.

"Angélica"

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