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terça-feira, 16 de abril de 2024

.: BBB 24: entrevista com Alane, eliminada pertinho da final do reality

Foto: Globo. Divulgação

Foram 98 dias no "Big Brother Brasil". Faltaram apenas dois para alcançar uma das três vagas da grande final. Alane, que deixou o reality na noite de ontem, ainda não sabe dizer o que a afastou do pódio mesmo estando tão perto, mas destaca um grande legado dessa participação longeva na competição: "O BBB me ensinou a ter orgulho de mim, a acreditar no meu potencial e a ter mais amor-próprio e autoestima. Querendo ou não, quando eu voltava de um paredão, eu pensava: 'Nossa, alguém lá fora gosta de mim'. Acho que isso me ajudou muito", reflete, depois de ter enfrentado nove berlindas e ter sido eliminada na última da 24ª edição, contra Isabelle e Matteus, com 51,11% dos votos. 

Na entrevista a seguir, a paraense comenta o emblemático embate com Fernanda no confinamento e revela se está disposta a uma amizade com a sister aqui fora. Ela ainda fala sobre sua relação com os integrantes do grupo Fadas e mostra compreensão quanto à visão dos adversários por ser a recordista do vacilômetro da temporada, embora pondere que o erro foi usado como justificativa confortável nas formações de paredão. Confira:

 

Você passou 98 dias no ‘Big Brother Brasil’ e chegou muito perto da grande final. Faltou viver alguma coisa no programa, na sua visão? 

Dá vontade de viver os 100 dias, né? Eu sei que só faltaram dois, mas eu sou muito intensa. Até falei antes da minha saída que eu sou insatisfeita, no bom sentido, porque eu tenho sempre vontade de mais. Pelo que eu me lembro, e pelo pouco que eu estou vendo, eu fico muito alegre com a minha trajetória e com muito orgulho de mim. Mas a gente sempre fica querendo um pouco mais. Vejo que, em muitos momentos, eu tive medo, e o medo às vezes trava. Eu percebo que, se eu não tivesse tido medo, poderia ter me soltado ainda mais. Mas eu tenho orgulho de tudo o que passei.

 

O que, na sua opinião, pode ter tirado você do pódio nessa reta final? 

Não sei... Eu lembro que a Bia [Beatriz] teve um embate com o Davi, e em alguns momentos eu concordei com ela; não sei como isso pode ter sido visto. Vi que foi uma votação apertada, mas realmente não sei dizer.

 

Você ficou bastante abalada ao perder a prova do finalista na última sexta-feira, já que, com a derrota, estaria direto no paredão. Como foi enfrentar aliados (Matteus e Isabelle) nesta última berlinda? 

Foi muito difícil. Eu enfrentei nove paredões, mas é muito mais fácil quando a gente enfrenta um paredão com adversários. A gente até falava: "Tomara que cheguemos juntos ao top 5". Mas e aí? É inegável: a gente via as pessoas do Gnomos saindo mais. Então, apesar do medo que eu tinha de sair, eu via que os eliminados estavam sendo do outro grupo e sentia isso como uma esperança. Quando afunilou e ficamos nós cinco [Alane, Beatriz, Isabelle, Davi e Matteus], eu não sabia mais que padrão procurar e fiquei claramente apavorada. Fiquei com muito medo não só pela chance de não ir para a final como pela dificuldade de enfrentar pessoas que eu gosto. Seria muito mais fácil ir ao paredão na reta final com vários adversários, embates diretos que eu tive, do que com amigos.

 

Você e a Beatriz chegaram a verbalizar o medo de disputar uma vaga na final ou mesmo o pódio com o casal recém-formado e revelaram arrependimento por tentar uni-los em determinado momento. Acha que o envolvimento de Matteus e Isabelle pode ter sido determinante para a sua saída neste paredão? 

Acho que não. Lá dentro a gente tem muitos medos. Eu tinha medo do passarinho que passava, não voltava, e eu encarava como sendo um sinal (risos). Tudo que ameaçasse a minha ida para a final do programa me daria medo. E isso, como várias outras coisas, me deu medo também. Mas eu não acho que foi decisivo nem nada do tipo.

 

Você tinha a característica de se preparar bastante para as dinâmicas do Sincerão, onde se posicionava com firmeza. De que maneira isso impactava o seu jogo na casa? 

Acho que impactou de uma forma muito positiva. Eu sempre esperava muito pelo Sincerão, mas não como emparedada: eu queria ir como líder. Eu sentia, principalmente no início do jogo, que tinha muita gente na casa e eu tinha medo de não me conseguir fazer ser ouvida. O Sincerão era o momento em que, por estar ao vivo e eu estar falando sozinha, eu tinha certeza de que estavam me ouvindo. Eu sentia que conseguia me expressar, amava! Era meu momento favorito do jogo.

 

Você e a Fernanda protagonizaram um dos conflitos mais emblemáticos da temporada. O que motivou sua rivalidade com ela, que se estendeu por boa parte do jogo?  

Começou nesse embate mesmo. A Fernanda era uma pessoa com quem eu não tinha nenhum tipo de afinidade, principalmente pela divisão de quartos. Quando ela falou do meu corpo, foi algo que me despertou gatilhos que eu já tinha desde a minha infância por causa do ballet e do meu trabalho como modelo. Depois da briga, eu me olhava no espelho e escutava a voz da Fernanda. E a gente já tinha tido o problema do voto antes; o Matteus era líder e descobrimos no Dedo-duro que ela tinha votado em mim, mas tinha falado que não. A partir daí foi virando uma bola de neve. Só que eu via a Fernanda como um embate direto, mas não sentia raiva ou ódio dela. Eu senti raiva no momento da discussão, mas fora isso foi passando. Era uma pessoa que, no final do jogo, eu já estava até pensando em ouvir um pouco da história, achava que era legal e que tinha coisas boas que eu não conhecia, porque só a conhecia da porta do Gnomos para fora – e ela nem ia tanto da porta para fora (risos).   

 

Aqui fora, alguns fãs tinham o desejo de ver uma amizade entre você e ela e comentavam com entusiasmo sobre os poucos momentos de aproximação entre vocês duas na casa. Acha que existe essa possibilidade agora? 

A partir do momento em que a gente sai pela porta do BBB, tudo fica mais leve. Lá dentro tudo tem um peso muito grande. Lembro de uma festa em que a Leidy Elin estava brincando de entrevistar a gente e ela perguntou a pessoa com quem eu não queria ter contato aqui fora. Eu falei a Fernanda. Agora, estando aqui, apesar de ver um pouquinho dos vídeos com o que ela falou sobre mim, é uma pessoa com quem eu tenho vontade de sentar e perguntar: "Tá, e aí? Me explica, o que é que é?". Porque eu olho para a Fernanda e não vejo uma pessoa má. Acho que ela teve momentos de descontrole como todo mundo teve lá dentro. Então, se tivesse uma oportunidade, eu conversaria sim com ela, aconteceria essa possível interação.

 

Seu jeito explosivo em determinadas discussões foi apontado por outros brothers, principalmente pela mudança no tom de voz. Essa é uma característica que já existia aqui fora ou algo que surgiu no confinamento? 

Já acontecia. É que é muito difícil eu sair do sério, mas quando eu saio, eu viro aquela pessoa mesmo (risos). Até no teatro, quando eu interpretava alguma vilã, essa era a voz que eu usava porque é a minha voz forte, de estresse mesmo. Eu entendo que há uma diferença muito grande de uma voz para a outra, mas eu só me toquei realmente disso quando começaram a falar lá dentro. Quando o Tadeu mencionou, eu não sabia se eu ficava feliz ou com vergonha (risos). Mas eu sou assim mesmo. 

 

Você esteve sempre entre as primeiras posições do vacilômetro e as frequentes punições com perdas de estalecas eram motivo de muitos votos. Acha que isso pode estar relacionado ao fato de ter encarado 9 paredões no 'BBB 24' ou outros motivos tiveram mais peso para as indicações dos seus concorrentes? 

Eu via que o meu vacilômetro, apesar de ser uma realidade, era uma justificativa confortável que as pessoas tinham. Por algum motivo as pessoas sempre votavam em mim e usavam a desculpa do vacilômetro; era assim que eu sentia. Não que eu não estivesse errando, de forma alguma, mas eu sentia que era meio "Vou votar na Alane... Vacilômetro!". Tudo era vacilômetro. E eu ficava me perguntando: "Não tem outro argumento, é só isso?". Então com certeza ele influenciou. Mas não era uma coisa que refletia o meu caráter, o meu jeito de jogar. Era uma coisa extra, que era um erro, mas acho que eu poderia ter sido poupada de alguns paredões.

 

Então outras coisas em você incomodavam as pessoas, na sua opinião?

No Bate-papo com o eliminado, ontem, me perguntaram se meus momentos dançando eram algum tipo de VT ou não. E não eram, é algo realmente meu. Mas, pelo pouco que eu vi nos vídeos, acho que isso era visto como VT. Vi a Fernanda comentando algo como se eu estivesse tentando vender uma imagem. Acho que essa sensação que ela tinha fazia com que ela e outras pessoas votassem em mim. Mas também acho que não entravam no confessionário e falavam: "Eu vou votar na Alane porque ela vende uma imagem". Então, usavam a desculpa do vacilômetro. No fundo, talvez fosse por essa percepção do VT. 

 

No início do jogo, você não tinha uma boa relação com o Davi e chegou a recusar alianças com ele. O que aproximou vocês a ponto de formarem um grupo e qual foi a importância dele para que chegassem tão longe na disputa? 

Quem tinha um pouco mais de restrição de jogar com o Davi era a Anny [Deniziane]; ela deixava muito claro que não jogaria com ele. Eu e a Bia sempre gostamos muito do Davi. Fomos criando aproximação mais ou menos na época em que ele estava esperando o Big Fone tocar, acampado. E fui me permitindo gostar dele, independentemente do jogo, porque era uma pessoa que me cativava pelo jeito de ser. Acho que ele influenciou muito nosso grupo em questão de voto em comum, mas como amigo. O Davi é uma pessoa muito focada no jogo. Ele deixava muito claro quem era o pódio dele, falava que eu não estava nele, e por mim tudo bem porque eu não queria saber disso, eu gostava dele independentemente de pódio. E isso segue sendo verdade. Então, acho que ele influenciou muito no jogo, mas, assim como me aproximei das meninas pelo gostar, do Davi também foi por isso. O jogo acontece, mas o gostar influencia. Acho que ele nos agregou muito. A gente já jogava parecido, tinha os mesmos embates, então ajudava.

 

Você fez amizades na casa, especialmente com os integrantes do quarto Fadas. Pretende levar essas relações para fora do jogo? 

Sim! Todo esse top 5 eu quero levar para a minha vida. A Bia, inegavelmente, foi a pessoa com quem mais tive aproximação. É uma grande amiga, uma irmã que o programa me deu. O Marcus Vinicius, a Leidy e a Anny [Deniziane] também. A Anny me ajudou em vários momentos; quando eu ficava nervosa, ela me trazia para a realidade. A Leidy, apesar do embate que tivemos, eu admiro e espero que a gente possa conversar aqui fora. Com o Marcus também, meu conterrâneo de Belém. A própria Fernanda, quem sabe. A Pitel também é uma pessoa que eu admiro muito. Realmente não tenho raiva de ninguém, então, quem quiser ser meu amigo, vai ser, porque eu estou aberta a isso.

 

Quais os maiores erros e acertos que observa na sua trajetória no reality? 

Meus maiores erros foram o vacilômetro e os momentos em que eu guardei coisas para mim. Eu poderia ter falado mais, exposto mais o jogo que acontecia na minha cabeça. Mas, por medo de errar, não falava. Vejo que eram coisas coerentes com o que estava acontecendo. E o meu maior acerto – e acho tão óbvio falar isso – foi ter sido eu mesma e estar aberta a aprender. Aprendi muito no programa. Quando entrei, pensei que estivesse muito pronta, que não erraria, que estava preparadíssima. Conforme foi passando, eu vi que ainda tinha muito a aprender. E tudo bem eu ainda ter muito a aprender, estar vulnerável e com medo. Fui trazendo as lições como coisas que fazem parte do jogo também. 

 

Que aprendizados foram esses?

Eu aprendi a ter muito orgulho de mim. Eu tinha dificuldade com isso, ficava me autodepreciando. E, apesar de ainda rolar um pouco isso, acho que o BBB me ensinou a ter orgulho de mim, a acreditar no meu potencial e a ter mais amor-próprio e autoestima. Querendo ou não, quando eu voltava de um paredão, eu pensava: "Nossa, alguém lá fora gosta de mim". Acho que isso me ajudou muito.

 

Novas oportunidades podem surgir nessa fase pós-BBB. O que pretende fazer agora? Quer investir na carreira de atriz e/ou bailarina? 

O balé sempre fez parte da minha vida e sempre vai fazer, mas a minha carreira de atriz é o meu maior foco agora. Eu me mudei para São Paulo no ano passado e abandonei toda a minha vida em busca dessa carreira, e agora sigo focada nela, querendo muito que dê certo. Quero plantar muito para colher muito lá na frente. O balé eu amo, ele sempre vive comigo. Mas a minha carreira de atriz é, com certeza, o meu foco. Estou ansiosa para tudo que eu vou descobrir, tudo que eu posso fazer, todos os personagens que eu posso viver e para explorar esse meu lado. 


O ‘BBB 24’ tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado após ‘Renascer’, e domingos, após o ‘Fantástico’. 

Além da exibição diária na TV Globo, o ‘BBB 24’ pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 12 sinais com transmissão simultânea, incluindo o mosaico de câmeras, as íntegras e os vídeos dos melhores momentos, edições do ‘Click BBB’ e o ‘Mesacast BBB’, que também terá distribuição de trechos no streaming, no gshow, nas redes sociais e plataformas de vídeos, incluindo a versão em áudio no gshow e nas plataformas de podcast. Todos os dias, logo após a transmissão na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteúdo ao vivo, direto da casa. O canal ainda conta com flashes diários, ao longo da programação, e com o ‘BBB – A Eliminação’, exibido à 0h30 de quarta para quinta-feira. No gshow, o público pode votar e decidir quem permanece ou deixa o jogo e acompanhar a página ‘BBB Hoje’, as páginas dos participantes e conteúdos exclusivos, como o ‘Bate-Papo BBB’, enquetes e resumos do que de melhor acontece na casa.

 

.: Entrevista com a eliminada: Beatriz do Brás, do Brasil e do BBB24



Ela é do Brás, é do Brasil e do ‘Big Brother’! Beatriz deixou sua marca na 24ª temporada do reality. Desde seus primeiros dias na casa mais vigiada do país, os bordões e as propagandas, herdadas de seu histórico como camelô e de sua atuação como divulgadora de lojas, chamaram atenção do público e deram cara a sua irreverência enquanto competidora. Por vezes contestada, sua alegria foi motivo de votos, de apontamentos e de brigas no reality show, principalmente quando nas festas extrapolava certos limites. Mas Bia garante que nada foi planejado nem forçado. “Eu sou assim aqui fora, tenho esse jeito de fazer e de falar. Tenho, sim, uma alegria muito grande que a rua e o camelô me ensinaram, a minha história de vida. É de mim mesma essa felicidade! Pode estar difícil, mas eu vou enfrentar com alegria. Essa sou eu. Não entrei no BBB pensando em falar ‘assim’ ou fazer ‘assado’”, destaca. Integrante do famigerado Top 5, formado integralmente pelas Fadas, a sister, inevitavelmente, precisou enfrentar seus aliados no paredão. A berlinda contra Isabelle e Davi levou a sua eliminação nesta terça-feira, dia 12, com 82,61% dos votos.

O ‘Big Brother’ pode ter chegado ao fim para Beatriz, mas a vontade de permanecer nas telinhas continua viva em seu coração: “Quero trabalhar na televisão, ser apresentadora, fazer novela, propaganda. Eu quero realmente poder acordar bem cedo, antes de o sol nascer, e ir para o set gravar, gravar, gravar; voltar para casa à noite e dizer: ‘Meu Deus, gravei demais hoje!’”, conta. Na entrevista a seguir, a quinta colocada do ‘BBB 24’ revela as sensações da experiência que viveu, declara seu maior rival na casa e diz o que pensa sobre o rompimento recente com o aliado Davi. Bia também fala dos bordões e das propagandas que adorava fazer reality, mas que incomodavam alguns de seus concorrentes.

 

Você falou algumas vezes que o ‘Big Brother Brasil’ era um sonho. Foi como você imaginava? Quais as semelhanças e diferenças?

Sempre foi um sonho entrar no BBB e superou as expectativas. O ‘Big Brother’ é uma coisa fora do normal, mas lá dentro ainda ultrapassa isso. Só sabe o que é o ‘Big Brother’ quem vive o programa. Eu me imaginava entrando na casa, eu me imaginava lá dentro, mas eu nunca planejei nada; eu pensei: ‘vou viver’. Até porque eu não sabia quem seria o elenco que iria entrar, quem eu iria encontrar por lá. Eu fui pronta para me jogar e viver tudo. Como é que você vai planejar uma coisa que você nem sabe como vai ser? Fora que esse ‘Big Brother’ foi bem diferente: a gente já entrou vendados, no meio de uma bola no gramado. Eu olhei para o lado e achei que o Rodriguinho era um lutador; vi a Wanessa Camargo e não reconheci. A minha vista estava turva, foi muita emoção, um ‘trelelê’ danado. Mas realmente supera as nossas expectativas, é muito melhor! Se você vai entregue para viver e para se jogar, supera em um nível extraordinário.

 

Você disse que não se via saindo da casa antes da final, mas nos últimos dias comentou que teria cavado a própria eliminação. Por que teve essa percepção? 

Eu não me via saindo da casa pela vontade de estar lá. Eu dizia: ‘Meu Deus, eu quero muito estar aqui, não cabe dentro de mim’. Se eu não me engano, eu acho que eu falei essa frase [sobre ter cavado a eliminação] em relação ao Matteus e à Isabelle. Eu e a Alane tivemos um surto, que eu até estou dando risada aqui fora. A gente sempre viu um clima e uma coisa muito bonita entre os dois. Eu conversei com a Alane, a gente começou a shippar e tal... de repente, tivemos um surto. Nessa reta final, em que a gente fica indo para paredão toda hora, o medo apertou. Aí a Alane disse: ‘Se formos eu, Isabelle e Matteus, eu saio, porque o casal o Brasil quer ver’. E aí começaram as paranoias. Mas no outro dia a gente já estava shippando de novo: ‘Se beijem logo, parem de ser lerdos vocês dois!’. A mente fica confusa e as emoções afloradas por conta da final que está chegando. Todo mundo quer chegar até a final, é um mix de emoções...

 

Desde o começo da temporada, no Sincerão, você foi apontada pelo seu jeito de agir no convívio e nas festas, e justificou que era sua alegria e não a mudaria. Acha que sua personalidade pode ter interferido no seu desempenho nesta reta final? 

Eu acho que por eu ter uma personalidade muito forte, eu não sei me calar, eu falo. Pode ser para um amigo ou um adversário. Eu sempre sou muito sincera, não sei fingir ou fazer de contas. Eu sempre vou lá falar na cara da pessoa. Talvez, o meu desentendimento com o Davi, esse danado, tenha levado a isso. Mas o que aconteceu entre mim e ele foi porque ele tem a personalidade forte e eu também, então deu um choque. Ele é uma pessoa de quem eu gosto muito, a gente sempre se deu muito bem na casa, só que o jogo tem dinâmicas. Acabou que chegou no Sincerão e, no meio da dinâmica, saiu um fuzuê. Talvez isso tenha, sim, acontecido por eu ter uma personalidade forte, esse costume de falar, de me posicionar.

 

Fora da casa, muitos desses momentos viralizaram como memes nas redes sociais. Alguns julgaram ser um personagem criado para o programa. O que tem a dizer a esse respeito?  

Eu dei risada, fiquei chocada. Isso é muito doido, porque eu fui eu mesma o tempo todo. Eu sou assim aqui fora, tenho esse jeito de fazer e de falar. Tenho, sim, uma alegria muito grande que a rua e o camelô me ensinaram, a minha história de vida. É de mim mesma essa felicidade! Pode estar difícil, mas eu vou enfrentar com alegria. Essa sou eu. Não entrei no BBB pensando em falar ‘assim’ ou fazer ‘assado’. Se a pessoa entra lá planejando o que vai falar e o que vai fazer, tende a dar muito errado, porque não funciona. Você não vai conseguir ser você e vai acabar se perdendo ao tentar criar algo que não é você. Eu já passei por muita coisa na minha vida, eu sou essa Beatriz que é humana, tagarela, que fala mesmo – gostou, fala; não gostou, fala – doidinha, maluquinha, mas muito alegre. 

 

As propagandas e os bordões eram sua marca registrada. Como foi levar essas ferramentas do seu trabalho aqui de fora para o BBB? 

Foi muito natural! Eu não pensei ‘Ah, vou fazer as propagandas para ver o que vai dar’. Eu amo o que eu faço aqui fora, poder divulgar, fazer meus vídeos no Brás, falar das roupas... E lá no BBB, eu sentia uma alegria muito grande, como eu sinto aqui fora. Quando eu pegava um produto, o meu coração batia mais forte, a alegria explodia em estar ali e falar das marcas. E eu também me sentia numa escola onde eu estava aprendendo. Eu já faço isso aqui fora, mas eu estava falando de marcas grandes, então eu via como um aprendizado, como uma bagagem para mim que tenho vontade de trabalhar na televisão. Como é falar da marca X ou da marca Y? Como eu faço? A alegria é algo que me move de uma maneira muito forte. Teve uma ação, que eu nunca esqueço – embora eu ficasse extremamente feliz em todas – durante uma festa, em que chegou um carrinho da marca e meu coração bateu tão forte, subiu um fogo, um negócio tão forte ao fazer a propaganda. Realmente, é a alegria que me move. Pode ser exagero ou não, mas é o que tem dentro de mim. E eu não sei esconder essa coisa pulsante.

 

Você foi do grupo Fadas. O que gerou a conexão e união dos integrantes, em sua opinião? E a que atribui o fato de seu grupo compor todo o Top 5 desta temporada?

Eu acho que o que uniu a gente foi a alegria e a sinceridade. Todo mundo do quarto Fadas – eu, Matteus, Davi, Alane e Isabelle – somos muito verdadeiros e pessoas extremamente alegres. A gente fala um na cara do outro, puxa a orelha, dá conselho. A gente se abraça e joga junto. A gente se uniu por gostar, por ter conexão, foi além de jogo. O jogo veio de forma natural, como uma consequência da amizade, do laço. O Davi e a Alane sempre me colocavam para cima. Às vezes um estava triste e o outro começava a pular, a cantar, aí todo mundo começava a fazer o mesmo. O outro estava triste e alguém falava: ‘vamos na piscina’. Aí ia todo mundo pular na piscina, dar uma de louco, fazer e acontecer. A gente tem essa alegria em comum, essa verdade, essa sinceridade, um jogo limpo. Eu acho que o que fez com que a gente chegasse aos finalmentes – eles ainda estão lá lutando pelo prêmio – foi, na verdade, essa espontaneidade, essa conexão que fez com que nascesse um jogo espontâneo, verdadeiro, natural e orgânico, sem precisar forçar nada.

 

Inicialmente, Davi e Isabelle não jogavam com vocês. Acha que o destino do grupo teria sido diferente caso eles não tivessem se aproximado? 

Talvez sim. Eu acho que tudo acontece como tem que acontecer e cada um do quarto Fadas tem um jeitinho muito único, cada um traz a sua história, a sua marca, sua garra, sua força e sua coragem e isso se complementa quando estamos juntos. Forma um fogo, um laço, um negócio. Eu acredito que, para quem assistiu, também era bem isso que eu estou dizendo, e para mim que estava lá dentro vivendo com eles, também era assim. Eu acredito que Deus fez o encaixe ali certinho, perfeito, como tinha que ser.

 

Qual foi a contribuição de ambos para o grupo das Fadas? 

A amizade com a Isabelle começou com uma calcinha que ela me deu. Ela sempre foi muito solícita, muito doce, meiga e sempre querendo ajudar todo mundo, com um coração gigante. A gente dormia na mesma cama, eu, ela e Wanessa; às vezes, só eu e ela. A gente tentava falar de jogo, mas tinha meio que um bloqueio. Quando ela me deu a calcinha, eu vi uma coisa muito boa na Isabelle e falei que não votaria nela. O Davi tem uma alegria muito grande que sempre me chamou atenção, fora a história dele que eu acho muito bonita. Ele tem vontade de ser médico e é uma pessoa extremamente alegre. Eu sempre achei o jogo dele coerente, é uma pessoa que se posiciona, que fala o que pensa. Eu sempre enxerguei um jogo legal, apesar de a casa toda ir contra. Eu sempre vi e senti coisas boas nele. O Davi já tentava se aproximar da gente, até que ‘casou’. Primeiro foi o Davi e depois, a Isabelle.

 

O que provocou o seu rompimento com o Davi nos últimos dias? Acredita que isso possa ter impactado o seu jogo de alguma forma? 

Foi a dinâmica do Sincerão. Ele tem uma personalidade forte, deu a opinião dele, eu dei a minha e nós dois ficamos ali debatendo. Por termos opiniões diferentes, houve um choque. Ele disse: ‘Ah, Bia, você não sabe quem você é’. Eu gosto muito dele, mas fiquei magoada e desabafei, expus. Em outro momento, eu não queria falar com ele justamente por gostar muito e saber que a gente poderia ir para cima e magoar um ao outro. Quando ele insiste, eu aceito conversar, mas acaba dando choque. O jogo, às vezes, leva para esses caminhos e a gente estava na reta final, com os sentimentos muito aflorados, muito emocionados. Às vezes uma dinâmica faz com que a gente aflore mais ainda e acontecem as coisas que têm que acontecer.

Eu acho que pode ter impactado, porque eu gosto muito dele, então fiquei muito chateada. É muito complicado, porque estávamos ali unidos e, nos finalmentes, dá essa rusga. É triste, eu fiquei magoada por ele ser meu amigo. É uma situação chata, que cria um clima estranho. A gente brinca muito um com o outro: é ‘lacreu’, cantoria, se joga na piscina. A gente já está ali aflorado, sente saudades de família, sente medo, tristeza e, se você se desentende com algum amigo lá dentro, o coração fica um pouco mais apertado.

 

Você foi líder duas vezes no programa. Que liderança foi mais importante? 

As duas foram de resistência, mas eu acredito que a do hot dog [foi mais importante] por ter sido no Dia Internacional da Mulher. Para mim foi uma honra gigante, inclusive o Davi estava comigo e foi muito guerreiro também, a gente deu o nosso sangue. E foi uma liderança em que eu tive a minha festa do ‘Brasil do Brasil’, meu programa. As duas foram incríveis. A primeira foi a história da minha vida, sobre camelô, e é a minha essência, a minha paixão, aquilo que eu carrego no meu peito, na minha alma. Nas duas lideranças, eu indiquei pessoas ao paredão que eu realmente tinha um posicionamento sobre e acabaram saindo. Deu certo. As duas foram incríveis, fora do normal, sensacionais.

 

Quais foram seus maiores rivais no BBB e por quê? 

A Fernanda foi uma grande rival. Logo no começo nós iniciamos um embate, teve o dela com a Alane também... tudo misturado. Todos os embates que eu tive na casa foram por conta dessa minha alegria. A Fernanda me emparedou por isso, o Lucas, também. Mas eu acho que o maior embate que eu tive foi com a Fernanda, porque foi uma coisa estendida. 

 

Quem você elege como o melhor jogador desta edição e por quê? 

Eu vou me colocar como melhor jogadora desta edição, porque cada um lá dentro é protagonista da sua própria história, cada um briga de um jeito e tem a sua própria estrela. Mas eu digo isso porque eu fui eu mesma e dei o meu máximo, eu me entreguei, me joguei. O ‘Big Brother’ não é uma receita de bolo para você dizer: ‘Vamos bater dois ovos e jogar uma farinha, que vai crescer o bolo’. É ser você. Então, eu me coloco nessa posição de melhor jogadora, porque eu fui eu, fui genuína, sofri, chorei, joguei, pensei, fiz escolhas, mas sempre sendo eu. Vai tomar decisão? Sou eu, Bia, a do camelô, a do teatro, a Bia da jaca, da mexerica, a Bia que eu sou aqui fora. O principal no ‘Big Brother’ é ser quem você é, se entregar sem medo de ser feliz. Se você consegue fazer isso, já é um grande jogador.

 

Teria feito algo diferente no programa para, quem sabe, chegar à final? 

Eu não teria sentido medo como eu senti. Quando vinham muitos paredões, eu ficava criando teorias na cabeça: ‘Ai, meu Deus, se eu for com tal pessoa, eu saio’. Mas é normal ter medo, porque somos seres humanos, ainda mais no ‘Big Brother’, que é um sonho pelo qual a gente luta muito para alcançar. É inevitável que a pessoa que entra lá sinta medos, receios. Mas é tirar o medo, entregar nas mãos de Deus e ir.

 

Após o BBB, qual é o próximo sonho que você deseja realizar? 

Quero ajudar minha família, trabalhar na televisão, ser apresentadora, fazer novela, propaganda. Eu quero realmente poder acordar bem cedo, antes do sol nascer, e ir para o set gravar, gravar, gravar; voltar para casa à noite e dizer: ‘Meu Deus, gravei demais hoje!’. Eu quero poder dar uma vida melhor para a minha família. A minha irmã teve um aneurisma em 2010, quase morreu, e ela faz tratamento até hoje para ver como está o cérebro. Eu quero muito dar uma vida confortável para ela poder ir ao médico e fazer sempre os exames. Cuidar da minha mãe, do meu pai, dos meus irmãos, ganhar meu dinheiro fazendo o que eu amo de uma maneira digna, honesta, e sendo feliz, que é o que importa. Não adianta, se a felicidade não estiver com a gente, não tem graça. Eu amo a televisão, meu Deus do céu! Se eu pudesse, até meu último dia de vida aqui na Terra, eu gostaria de trabalhar na televisão e, é claro, ajudar a minha família. Minha família acreditou muito em mim, meus pais pararam de construir a nossa casa para poderem pagar meu teatro, para eu conseguir me formar. A gente dormiu muitos anos no chão para que eu conseguisse me formar, então eu quero poder retribuir tudo, ganhando meu dinheiro honestamente com o trabalho que eu mais amo.

 

Na televisão, qual é o seu maior desejo?

É ser apresentadora. Eu gosto, sou apaixonada. No Brás, eu me descobri mais ainda. E dentro do BBB foi uma escola, porque eu fazia para mim as propagandas, porque me davam uma alegria, uma coisa muito forte. Eu pensava: ‘Eu estou aprendendo aqui, porque se eu tiver oportunidade, já vou ter as manhas’. Quando a Ana Clara, a Micheli Machado iam lá fazer alguma ação com a gente, eu ficava reparando no jeitinho delas, como elas se portavam com a câmera para eu aprender mesmo. Eu acho que aprendizado é uma coisa que ninguém tira da gente. Estudar, querer sempre aprender mais é muito importante.

 

O ‘BBB 24’ tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado após ‘Renascer’, e domingos, após o ‘Fantástico’.  

Além da exibição diária na TV Globo, o ‘BBB 24’ pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 12 sinais com transmissão simultânea, incluindo o mosaico de câmeras, as íntegras e os vídeos dos melhores momentos, edições do ‘Click BBB’ e o ‘Mesacast BBB’, que também terá distribuição de trechos no streaming, no gshow, nas redes sociais e plataformas de vídeos, incluindo a versão em áudio no gshow e nas plataformas de podcast. Todos os dias, logo após a transmissão na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteúdo ao vivo, direto da casa. O canal ainda conta com flashes diários, ao longo da programação, e com o ‘BBB – A Eliminação’, exibido à 0h30 de quarta para quinta-feira. No gshow, o público pode votar e decidir quem permanece ou deixa o jogo e acompanhar a página ‘BBB Hoje’, as páginas dos participantes e conteúdos exclusivos, como o ‘Bate-Papo BBB’, enquetes e resumos do que de melhor acontece na casa.


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domingo, 14 de abril de 2024

.: Entrevista com Beatriz Reis Brasil: "Vi a Wanessa Camargo e não reconheci"


A alegria de Beatriz Reis Brasil foi motivo de votos, de apontamentos e de brigas no "Big Brother Brasil", principalmente quando nas festas extrapolava certos limites. Foto: Globo/ João Cotta


Ela é do Brás, é do Brasil (até no sobrenome) e do "Big Brother"! Beatriz Reis Brasil deixou sua marca na 24ª temporada do reality show. Desde seus primeiros dias na casa mais vigiada do país, os bordões e as propagandas, herdadas de seu histórico como camelô e de sua atuação como divulgadora de lojas, chamaram atenção do público e deram cara a sua irreverência enquanto competidora. 

Por vezes contestada, sua alegria foi motivo de votos, de apontamentos e de brigas no reality show, principalmente quando nas festas extrapolava certos limites. Mas Bia garante que nada foi planejado nem forçado. “Eu sou assim aqui fora, tenho esse jeito de fazer e de falar. Tenho, sim, uma alegria muito grande que a rua e o camelô me ensinaram, a minha história de vida. É de mim mesma essa felicidade! Pode estar difícil, mas eu vou enfrentar com alegria. Essa sou eu. Não entrei no 'BBB' pensando em falar ‘assim’ ou fazer ‘assado’”, destaca. Integrante do famigerado Top 5, formado integralmente pelas Fadas, a sister, inevitavelmente, precisou enfrentar seus aliados no paredão. A berlinda contra Isabelle e Davi levou a sua eliminação nesta terça-feira, dia 12, com 82,61% dos votos.
 
O "Big Brother Brasil" pode ter chegado ao fim para Beatriz, mas a vontade de permanecer nas telinhas continua viva em seu coração: “Quero trabalhar na televisão, ser apresentadora, fazer novela, propaganda. Eu quero realmente poder acordar bem cedo, antes de o sol nascer, e ir para o set gravar, gravar, gravar; voltar para casa à noite e dizer: ‘Meu Deus, gravei demais hoje!’”, conta. Na entrevista a seguir, a quinta colocada do "BBB 24" revela as sensações da experiência que viveu, declara seu maior rival na casa e diz o que pensa sobre o rompimento recente com o aliado Davi. Bia também fala dos bordões e das propagandas que adorava fazer reality, mas que incomodavam alguns de seus concorrentes.
 

Você falou algumas vezes que o ‘Big Brother Brasil’ era um sonho. Foi como você imaginava? Quais as semelhanças e diferenças?
Beatriz Reis Brasil - Sempre foi um sonho entrar no "BBB" e superou as expectativas. O "Big Brother" é uma coisa fora do normal, mas lá dentro ainda ultrapassa isso. Só sabe o que é o "Big Brother" quem vive o programa. Eu me imaginava entrando na casa, eu me imaginava lá dentro, mas eu nunca planejei nada; eu pensei: "vou viver". Até porque eu não sabia quem seria o elenco que iria entrar, quem eu iria encontrar por lá. Eu fui pronta para me jogar e viver tudo. Como é que você vai planejar uma coisa que você nem sabe como vai ser? Fora que esse "Big Brother" foi bem diferente: a gente já entrou vendados, no meio de uma bola no gramado. Eu olhei para o lado e achei que o Rodriguinho era um lutador; vi a Wanessa Camargo e não reconheci. A minha vista estava turva, foi muita emoção, um "trelelê" danado. Mas realmente supera as nossas expectativas, é muito melhor! Se você vai entregue para viver e para se jogar, supera em um nível extraordinário.
 

Você disse que não se via saindo da casa antes da final, mas nos últimos dias comentou que teria cavado a própria eliminação. Por que teve essa percepção? 
Beatriz Reis Brasil - Eu não me via saindo da casa pela vontade de estar lá. Eu dizia: "Meu Deus, eu quero muito estar aqui, não cabe dentro de mim". Se eu não me engano, eu acho que eu falei essa frase (sobre ter cavado a eliminação) em relação ao Matteus e à Isabelle. Eu e a Alane tivemos um surto, que eu até estou dando risada aqui fora. A gente sempre viu um clima e uma coisa muito bonita entre os dois. Eu conversei com a Alane, a gente começou a shippar e tal... de repente, tivemos um surto. Nessa reta final, em que a gente fica indo para paredão toda hora, o medo apertou. Aí a Alane disse: "Se formos eu, Isabelle e Matteus, eu saio, porque o casal o Brasil quer ver". E aí começaram as paranoias. Mas no outro dia a gente já estava shippando de novo: "Se beijem logo, parem de ser lerdos vocês dois!". A mente fica confusa e as emoções afloradas por conta da final que está chegando. Todo mundo quer chegar até a final, é um mix de emoções...
 

Desde o começo da temporada, no "Sincerão", você foi apontada pelo seu jeito de agir no convívio e nas festas, e justificou que era sua alegria e não a mudaria. Acha que sua personalidade pode ter interferido no seu desempenho nesta reta final? 
Beatriz Reis Brasil - Eu acho que por eu ter uma personalidade muito forte, eu não sei me calar, eu falo. Pode ser para um amigo ou um adversário. Eu sempre sou muito sincera, não sei fingir ou fazer de contas. Eu sempre vou lá falar na cara da pessoa. Talvez, o meu desentendimento com o Davi, esse danado, tenha levado a isso. Mas o que aconteceu entre mim e ele foi porque ele tem a personalidade forte e eu também, então deu um choque. Ele é uma pessoa de quem eu gosto muito, a gente sempre se deu muito bem na casa, só que o jogo tem dinâmicas. Acabou que chegou no "Sincerão" e, no meio da dinâmica, saiu um fuzuê. Talvez isso tenha, sim, acontecido por eu ter uma personalidade forte, esse costume de falar, de me posicionar.
 

Fora da casa, muitos desses momentos viralizaram como memes nas redes sociais. Alguns julgaram ser um personagem criado para o programa. O que tem a dizer a esse respeito?  
Beatriz Reis Brasil - Eu dei risada, fiquei chocada. Isso é muito doido, porque eu fui eu mesma o tempo todo. Eu sou assim aqui fora, tenho esse jeito de fazer e de falar. Tenho, sim, uma alegria muito grande que a rua e o camelô me ensinaram, a minha história de vida. É de mim mesma essa felicidade! Pode estar difícil, mas eu vou enfrentar com alegria. Essa sou eu. Não entrei no "BBB" pensando em falar "assim" ou fazer "assado". Se a pessoa entra lá planejando o que vai falar e o que vai fazer, tende a dar muito errado, porque não funciona. Você não vai conseguir ser você e vai acabar se perdendo ao tentar criar algo que não é você. Eu já passei por muita coisa na minha vida, eu sou essa Beatriz que é humana, tagarela, que fala mesmo – gostou, fala; não gostou, fala – doidinha, maluquinha, mas muito alegre. 
 

As propagandas e os bordões eram sua marca registrada. Como foi levar essas ferramentas do seu trabalho aqui de fora para o "BBB"? 
Beatriz Reis Brasil - Foi muito natural! Eu não pensei "Ah, vou fazer as propagandas para ver o que vai dar". Eu amo o que eu faço aqui fora, poder divulgar, fazer meus vídeos no Brás, falar das roupas... E lá no "BBB", eu sentia uma alegria muito grande, como eu sinto aqui fora. Quando eu pegava um produto, o meu coração batia mais forte, a alegria explodia em estar ali e falar das marcas. E eu também me sentia numa escola onde eu estava aprendendo. Eu já faço isso aqui fora, mas eu estava falando de marcas grandes, então eu via como um aprendizado, como uma bagagem para mim que tenho vontade de trabalhar na televisão. Como é falar da marca X ou da marca Y? Como eu faço? A alegria é algo que me move de uma maneira muito forte. Teve uma ação, que eu nunca esqueço – embora eu ficasse extremamente feliz em todas – durante uma festa, em que chegou um carrinho da marca e meu coração bateu tão forte, subiu um fogo, um negócio tão forte ao fazer a propaganda. Realmente, é a alegria que me move. Pode ser exagero ou não, mas é o que tem dentro de mim. E eu não sei esconder essa coisa pulsante.
 

Você foi do grupo Fadas. O que gerou a conexão e união dos integrantes, em sua opinião? E a que atribui o fato de seu grupo compor todo o Top 5 desta temporada?
Beatriz Reis Brasil - Eu acho que o que uniu a gente foi a alegria e a sinceridade. Todo mundo do quarto Fadas – eu, Matteus, Davi, Alane e Isabelle – somos muito verdadeiros e pessoas extremamente alegres. A gente fala um na cara do outro, puxa a orelha, dá conselho. A gente se abraça e joga junto. A gente se uniu por gostar, por ter conexão, foi além de jogo. O jogo veio de forma natural, como uma consequência da amizade, do laço. O Davi e a Alane sempre me colocavam para cima. Às vezes um estava triste e o outro começava a pular, a cantar, aí todo mundo começava a fazer o mesmo. O outro estava triste e alguém falava: "vamos na piscina". Aí ia todo mundo pular na piscina, dar uma de louco, fazer e acontecer. A gente tem essa alegria em comum, essa verdade, essa sinceridade, um jogo limpo. Eu acho que o que fez com que a gente chegasse aos finalmentes – eles ainda estão lá lutando pelo prêmio – foi, na verdade, essa espontaneidade, essa conexão que fez com que nascesse um jogo espontâneo, verdadeiro, natural e orgânico, sem precisar forçar nada.
 

Inicialmente, Davi e Isabelle não jogavam com vocês. Acha que o destino do grupo teria sido diferente caso eles não tivessem se aproximado? 
Beatriz Reis Brasil - Talvez sim. Eu acho que tudo acontece como tem que acontecer e cada um do quarto Fadas tem um jeitinho muito único, cada um traz a sua história, a sua marca, sua garra, sua força e sua coragem e isso se complementa quando estamos juntos. Forma um fogo, um laço, um negócio. Eu acredito que, para quem assistiu, também era bem isso que eu estou dizendo, e para mim que estava lá dentro vivendo com eles, também era assim. Eu acredito que Deus fez o encaixe ali certinho, perfeito, como tinha que ser.
 

Qual foi a contribuição de ambos para o grupo das Fadas? 
Beatriz Reis Brasil - A amizade com a Isabelle começou com uma calcinha que ela me deu. Ela sempre foi muito solícita, muito doce, meiga e sempre querendo ajudar todo mundo, com um coração gigante. A gente dormia na mesma cama, eu, ela e Wanessa (Camargo); às vezes, só eu e ela. A gente tentava falar de jogo, mas tinha meio que um bloqueio. Quando ela me deu a calcinha, eu vi uma coisa muito boa na Isabelle e falei que não votaria nela. O Davi tem uma alegria muito grande que sempre me chamou atenção, fora a história dele que eu acho muito bonita. Ele tem vontade de ser médico e é uma pessoa extremamente alegre. Eu sempre achei o jogo dele coerente, é uma pessoa que se posiciona, que fala o que pensa. Eu sempre enxerguei um jogo legal, apesar de a casa toda ir contra. Eu sempre vi e senti coisas boas nele. O Davi já tentava se aproximar da gente, até que "casou". Primeiro foi o Davi e depois, a Isabelle.
 

O que provocou o seu rompimento com o Davi nos últimos dias? 
Beatriz Reis Brasil - Foi a dinâmica do "Sincerão". Ele tem uma personalidade forte, deu a opinião dele, eu dei a minha e nós dois ficamos ali debatendo. Por termos opiniões diferentes, houve um choque. Ele disse: "Ah, Bia, você não sabe quem você é". Eu gosto muito dele, mas fiquei magoada e desabafei, expus. Em outro momento, eu não queria falar com ele justamente por gostar muito e saber que a gente poderia ir para cima e magoar um ao outro. Quando ele insiste, eu aceito conversar, mas acaba dando choque.


Acredita que isso possa ter impactado o seu jogo de alguma forma? 
Beatriz Reis Brasil - O jogo, às vezes, leva para esses caminhos e a gente estava na reta final, com os sentimentos muito aflorados, muito emocionados. Às vezes uma dinâmica faz com que a gente aflore mais ainda e acontecem as coisas que têm que acontecer. Eu acho que pode ter impactado, porque eu gosto muito dele, então fiquei muito chateada. É muito complicado, porque estávamos ali unidos e, nos finalmentes, dá essa rusga. É triste, eu fiquei magoada por ele ser meu amigo. É uma situação chata, que cria um clima estranho. A gente brinca muito um com o outro: é "lacreu", cantoria, se joga na piscina. A gente já está ali aflorado, sente saudades de família, sente medo, tristeza e, se você se desentende com algum amigo lá dentro, o coração fica um pouco mais apertado.
 

Você foi líder duas vezes no programa. Que liderança foi mais importante? 
Beatriz Reis Brasil - As duas foram de resistência, mas eu acredito que a do hot dog [foi mais importante] por ter sido no Dia Internacional da Mulher. Para mim foi uma honra gigante, inclusive o Davi estava comigo e foi muito guerreiro também, a gente deu o nosso sangue. E foi uma liderança em que eu tive a minha festa do "Brasil do Brasil", meu programa. As duas foram incríveis. A primeira foi a história da minha vida, sobre camelô, e é a minha essência, a minha paixão, aquilo que eu carrego no meu peito, na minha alma. Nas duas lideranças, eu indiquei pessoas ao paredão que eu realmente tinha um posicionamento sobre e acabaram saindo. Deu certo. As duas foram incríveis, fora do normal, sensacionais.
 

Quais foram seus maiores rivais no "BBB" e por quê? 
Beatriz Reis Brasil - A Fernanda (Bande) foi uma grande rival. Logo no começo nós iniciamos um embate, teve o dela com a Alane também... tudo misturado. Todos os embates que eu tive na casa foram por conta dessa minha alegria. A Fernanda me emparedou por isso, o Lucas, também. Mas eu acho que o maior embate que eu tive foi com a Fernanda, porque foi uma coisa estendida. 
 

Quem você elege como o melhor jogador desta edição e por quê? 
Beatriz Reis Brasil - Eu vou me colocar como melhor jogadora desta edição, porque cada um lá dentro é protagonista da sua própria história, cada um briga de um jeito e tem a sua própria estrela. Mas eu digo isso porque eu fui eu mesma e dei o meu máximo, eu me entreguei, me joguei. O "Big Brother" não é uma receita de bolo para você dizer: "Vamos bater dois ovos e jogar uma farinha, que vai crescer o bolo". É ser você. Então, eu me coloco nessa posição de melhor jogadora, porque eu fui eu, fui genuína, sofri, chorei, joguei, pensei, fiz escolhas, mas sempre sendo eu. Vai tomar decisão? Sou eu, Bia, a do camelô, a do teatro, a Bia da jaca, da mexerica, a Bia que eu sou aqui fora. O principal no "Big Brother" é ser quem você é, se entregar sem medo de ser feliz. Se você consegue fazer isso, já é um grande jogador.
 

Teria feito algo diferente no programa para, quem sabe, chegar à final? 
Beatriz Reis Brasil - Eu não teria sentido medo como eu senti. Quando vinham muitos paredões, eu ficava criando teorias na cabeça: "Ai, meu Deus, se eu for com tal pessoa, eu saio". Mas é normal ter medo, porque somos seres humanos, ainda mais no "Big Brother", que é um sonho pelo qual a gente luta muito para alcançar. É inevitável que a pessoa que entra lá sinta medos, receios. Mas é tirar o medo, entregar nas mãos de Deus e ir.
 

Após o "BBB", qual é o próximo sonho que você deseja realizar? 
Beatriz Reis Brasil - Quero ajudar minha família, trabalhar na televisão, ser apresentadora, fazer novela, propaganda. Eu quero realmente poder acordar bem cedo, antes do sol nascer, e ir para o set gravar, gravar, gravar; voltar para casa à noite e dizer: "Meu Deus, gravei demais hoje!". Eu quero poder dar uma vida melhor para a minha família. A minha irmã teve um aneurisma em 2010, quase morreu, e ela faz tratamento até hoje para ver como está o cérebro. Eu quero muito dar uma vida confortável para ela poder ir ao médico e fazer sempre os exames. Cuidar da minha mãe, do meu pai, dos meus irmãos, ganhar meu dinheiro fazendo o que eu amo de uma maneira digna, honesta, e sendo feliz, que é o que importa. Não adianta, se a felicidade não estiver com a gente, não tem graça. Eu amo a televisão, meu Deus do céu! Se eu pudesse, até meu último dia de vida aqui na Terra, eu gostaria de trabalhar na televisão e, é claro, ajudar a minha família. Minha família acreditou muito em mim, meus pais pararam de construir a nossa casa para poderem pagar meu teatro, para eu conseguir me formar. A gente dormiu muitos anos no chão para que eu conseguisse me formar, então eu quero poder retribuir tudo, ganhando meu dinheiro honestamente com o trabalho que eu mais amo.
 

Na televisão, qual é o seu maior desejo?
Beatriz Reis Brasil - É ser apresentadora. Eu gosto, sou apaixonada. No Brás, eu me descobri mais ainda. E dentro do "BBB" foi uma escola, porque eu fazia para mim as propagandas, porque me davam uma alegria, uma coisa muito forte. Eu pensava: "Eu estou aprendendo aqui, porque se eu tiver oportunidade, já vou ter as manhas". Quando a Ana Clara, a Micheli Machado iam lá fazer alguma ação com a gente, eu ficava reparando no jeitinho delas, como elas se portavam com a câmera para eu aprender mesmo. Eu acho que aprendizado é uma coisa que ninguém tira da gente. Estudar, querer sempre aprender mais é muito importante.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

.: Entrevista com o eliminado do "BBB", do meme "calabreso", Lucas Henrique

Lucas Henrique. Foto: Globo/ João Cotta  


Apenas sete dias separaram Lucas Henrique da grande final do 'Big Brother Brasil'. O carioca fala com orgulho de ter sido um dos grandes movimentadores do jogo e não esconde que gostava do papel de criador de estratégias. Preferiu criar laços fortes, como os que teve com Leidy Elin, Yasmin Brunet e Wanessa Camargo, a escolher representar um lado entre os dois maiores grupos da edição; não hesitou a aproximação com participantes como forma de escapar do paredão; e, superando até mesmo as próximas expectativas, venceu cinco provas de liderança da edição.

O resultado, apesar de render a permanência no jogo por 93 dos 100 dias que terão esta temporada, não bastou para que Lucas chegasse à final, mas deixou para ele legados muito maiores que o jogo. "Aprendi com o 'Big Brother Brasil' a olhar para mim com mais cuidado e entender que, apesar dos meus defeitos, eu também tenho qualidades", afirma o professor de Educação Física, que foi eliminado com 64,69% no paredão contra Alane e Isabelle.

Na entrevista a seguir, Lucas também reflete sobre a rivalidade com Davi, comenta a situação do "Calabreso" que acabou virando meme e aponta sua torcida para o primeiro lugar do reality show.

 

Qual era o seu maior propósito ao entrar no 'Big Brother Brasil'? 

Meu maior propósito era mostrar para os meus alunos da favela que eles podiam acreditar nos sonhos deles e realizá-los. E queria que eles tivessem orgulho de mim. Ainda não tive acesso a eles, mas, pelo que tenho visto, muitas pessoas gostaram muito do que eu levei para o BBB.

 

Você optou por dormir no quarto Fadas, mas não formou uma aliança com seus integrantes, exceto com a Leidy Elin, que foi uma amiga na casa. Também não se juntou ao Gnomos, em um primeiro momento. Acredita que o fato de não formar um grupo já nas primeiras semanas pode ter impactado o seu jogo? 

Formar um grupo nas primeiras semanas, para mim, era muito complicado. Eu queria conhecer as pessoas. Como eu já tinha um acesso um pouco mais fácil no Gnomos, eu queria dormir no Fadas para tentar me aproximar daquelas pessoas e, aí, escolher com quem ia jogar. Tanto que a minha amizade com a Leidy começou de uma conversa dentro do quarto. Então, foi positivo. Mudaria tudo se eu tivesse fechado com um grupo ou com o outro, mas eu acho que foi do jeito que tinha que acontecer.

 

Mais ou menos no meio da temporada, houve um terceiro grupo, formado por você, Leidy Elin, Yasmin Brunet e Wanessa Camargo, que foi nomeado por vocês como "Alphavela". Na sua visão, o que gerou essa conexão? 

Eu e Leidy já tínhamos uma amizade muito forte e um carinho muito grande um pelo outro. E como eu ia dormir muito tarde e a Wanessa Camargo também, a gente acabou conversando muito de madrugada e isso foi nos aproximando cada vez mais. Por consequência, aproximou a Yasmin também, por ela estar próxima da Wanessa. A gente acabou formando um grupo que se construiu a partir da afinidade, das nossas conversas.

 

Embora tenha hesitado no início, por fim, você acabou dividindo algumas estratégias e votado em combinação com integrantes do Gnomos. Com que participantes de lá você mais tinha afinidade? 

Dentro do gameeu tinha muito mais afinidade com a Leidy. Ela sempre foi o meu pódio. No primeiro Sincerão, o Tadeu Schmidt perguntou quem era o meu pódio e eu disse que era a Leidy em segundo lugar e o Vinicius Rodrigues em terceiro. O Vini, o Bin [MC Bin Laden] e o Luigi [Lucas Luigi] eram do Gnomos. Então eu tinha um carinho muito grande pela galera do Gnomos, apesar de a gente ainda ter algumas ressalvas. Num primeiro momento, eu não tinha muito acesso à Fernanda, à Pitel, ao Juninho, mas já tinha uma parceria com esses três, que eram de lá. Acabou ficando mais fácil jogar com eles do que com o Fadas, com quem eu realmente não tinha afinidade.

 

Sua aproximação com Pitel aconteceu logo após a saída do Rodriguinho. Esse movimento foi uma estratégia de jogo? 

Esse movimento começou a partir dos nossos interesses em comum. Quando eu descobri que ela gostava dos mesmos artistas que eu, acessava os mesmos conteúdos que eu acessava na internet, a gente começou a conversar muito. No dia que estávamos falando sobre faculdade, ela falou que queria fazer uma pós-graduação, e foi o dia da ação da Estácio. Eu chamei ela para fazer parte do meu grupo na ação e, a partir dali, começamos a trocar mais ideia. Então, já existia uma conversa. Mas quando, em determinado momento, eu vi que eu era uma opção de voto dos Gnomos, comecei a pensar que era necessário me aproximar do grupo para, pelo menos, ter alguém para me vetar. Eu sabia que o Rodriguinho não votava tanto em mim,e a Pitel poderia ser essa pessoa também. Pensei: "Se eu tivesse duas pessoas lá que vetassem o meu nome de um possível voto em conjunto, eu posso me safar do paredão". Começa a partir daí nossa proximidade, que nasce de uma afinidade por conta de assuntos em como mas, também, por uma estratégia de jogo. 

A gente teve uma troca muito bacana, foi muito amigo e se apoiou bastante lá dentro. E não passou disso. A gente realmente foi amigo. Nos meus momentos mais difíceis ela estava lá, o inverso também, eu sempre estava ali para apoiá-la. É muito difícil passar 93 dias (no meu caso) confinado, você precisa de gente do seu lado. E a gente acabou se aliando por isso. Querendo ou não, quando a gente fala de coisas da vida para além do jogo, que era o que acontecia, a gente sai um pouquinho da pressão psicológica que é fazer as escolhas do jogo.

 

Você igualou o recorde de vitórias do BBB em provas do líder com cinco provas vencidas. Imaginava performar tão bem na competição justamente nas provas? 

Isso foi uma grata surpresa! Eu tinha muito medo porque, geralmente, nas provas de resistência a galera mais forte vence, e eu não tenho o físico padrão. Pensei: "Vai ser a maior dureza encarar essas provas". Mas fui até o final sempre que pude e dei meu máximo, atento às instruções para fazer o meu melhor. Deu certo, que bom! Consegui ganhar muitas provas e movimentar o jogo. Quando você ganha um líder ou um anjo, você se compromete com o jogo, fica em evidência. É uma faca de dois gumes: por um lado é bom porque você fica imune. Por outro, movimentando a casa e o jogo, vira alvo. Você precisa jogar também quando sai da condição de líder; é aí que tá o jogo que acontece de verdade, porque é necessário se movimentar para sair do alvo das pessoas.

 

Qual liderança mais te marcou e por quê? 

A terceira, em que eu tive minha segunda festa do líder. Foi a festa que teve Jongo da Serrinha e pude olhar minha favela, a comunidade em que cresci ali sendo representada, a minha cultura do dia a dia, os lugares pelos quais eu costumo passar, onde eu me sinto em casa. Foi realmente muito especial. A terceira liderança também foi a mais estratégica por conta da minha indicação do Michel ao paredão, que foi fora do padrão. Eu saí um pouco daquele lance de colocar Gnomos ou Fadas, fui pela terceira via e o Michel acabou saindo do game. Eu tinha motivos porque ele já tinha votado em mim, já tinha me indicado ao paredão. Então, eu devolvi e acabei acertando.


Nas enquetes do líder, você costumava receber o sinal de “alerta” como feedback do público na 'Central do Líder'. Como você interpretava essas avaliações? 

Eu pensava que talvez estivesse jogando do lado errado da galera preferida do público. Mas não tem como fugir do que a gente sente, das coisas que já nos propusemos a fazer. Às vezes um movimento 180 graus não cabe porque pode enrolar mais as coisas, não dar certo. Então, apesar de interpretar isso como o fato de que eu precisava me reposicionar no jogo, ainda assim não cabia um movimento muito brusco no jogo porque podia acabar piorando as coisas, ao invés de ajudar. 

 

Você teve diversos embates com o Davi durante a temporada. Um deles ficou marcado pela expressão “calabreso”, com a qual o Davi se referiu a você. Isso gerou uma grande confusão na casa sobre o significado da palavra, porém, você demonstrou em outros momentos entender sobre a origem do termo. Por que optou por não deixar isso claro ali naquela situação da briga? 

Eu cheguei a comentar que era uma gíria da internet. Eu não me senti ofendido em relação a essa gíria, apesar disso. Mas o Bin falou que, em São Paulo, as pessoas usavam essa gíria para falar que ele era gordo. Eu pensei: "No Rio isso não acontece". Mas, se ele sentia isso e era usado para ele nesse intuito, eu não tinha muito o que discordar porque era uma coisa direcionada a ele. Por isso não entrei em detalhes nem quis descontruir porque não queria invalidar o que ele estava sentindo, já que foi ele que passou por isso.

 

Via Davi como seu maior adversário? 

Sim. Eu acho que nós dois somos muito parecidos em algumas coisas: na questão da liderança, no posicionamento firme. Isso podia colocar a gente como aliado, e a gente iria jogar muito bem junto, mas também podia colocar a gente como adversário. No primeiro momento, quando a gente conversa para tentar se unir no Puxadinho para se proteger, não dá certo. Eu vejo que ele tenta puxar a liderança do grupo e falo: "Não, também posso ser essa pessoa que vai organizar as estratégias". A gente começa a entrar em embate ali e uma coisa vai puxando a outra. No BBB nem sempre a gente resolve todas as situações porque faz parte ter coisas a pontuar nas dinâmicas do jogo.

 

Que brothers e sisters da sua edição deseja reencontrar e manter uma amizade aqui fora? 

Quero muito encontrar com a Leidy Elin; foi uma pessoa que me deu muita força, muita luz. O Bin, a Giovanna e a Yasmin também são pessoas que quero muito encontrar, ter uma parceria, fazer uma amizade aqui fora para a gente caminhar junto e se apoiar nesse momento. O Luigi [Lucas Luigi] e o Vini [Vinicius Rodrigues] também. E uma pessoa com quem quero muito desenvolver a amizade aqui fora é a Isabelle. Apesar de a gente ter sido adversário no jogo, a gente se conectava em muitos assuntos. Poderíamos ter resolvido lá algumas coisas, mas não quisemos para poder ter a carta na manga e jogar, mas é alguém a quem quero muito bem aqui fora. Quero trocar ideia, conhecer e estar mais próximo.

 

O que faltou para chegar à final, mesmo tão perto, em sua opinião? 

Acho que faltou estar do lado certo, né? (risos). As brigas que eu escolhi não foram as melhores mas, ainda assim, eu tinha a esperança de que o fato de me movimentar em relação ao jogo fosse me ajudar a chegar mais longe. Eu contava muito que, chegando ao top 5, eu poderia ganhar as duas próximas provas e alcançar a final. Foi quase.

 

Que momentos da sua trajetória no reality ficarão marcados em sua memória? 

As festas do líder vão ficar muito marcadas porque foram momentos em que eu me reconectei comigo mesmo, que lembrei das coisas que eu gosto, amo e me dão força.

 

E leva aprendizados? 

Se eu pudesse citar um aprendizado do programa, seria conseguir ser mais calmo para tomar decisões. As decisões precisam de mais paciência. Outro aprendizado é o de me conhecer e saber qual é o meu limite. Eu nunca imaginei que ia passar por tanto estresse com um jogo! Aprendi com o 'Big Brother Brasil' a olhar para mim com mais cuidado e entender que, apesar dos meus defeitos, eu também tenho qualidades.

 

Quem você quer que ganhe?

A Isabelle. Sei que ela se movimentou pouco em relação ao jogo, mas de todos que ficaram é a pessoa pela qual tenho mais carinho e por quem eu torceria agora.

 

Agora que deixou a disputa, quais são seus objetivos? Pretende voltar a dar aulas e seguir na carreira acadêmica? 

Eu vou analisar um pouco tudo que vai acontecer. A minha prioridade é cuidar da minha família, da minha irmã, que está precisando muito de mim. Quero retribuir o carinho que eles sempre tiveram por mim ao longo de toda a minha vida. Depois, pensar no que pode acontecer, ver as oportunidades que vão chegar.

 

O ‘BBB 24’ tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado após "Renascer", e domingos, após o "Fantástico". 

Além da exibição diária na TV Globo, o "BBB 24" pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 12 sinais com transmissão simultânea, incluindo o mosaico de câmeras, as íntegras e os vídeos dos melhores momentos, edições do "Click BBB" e o "Mesacast BBB", que também terá distribuição de trechos no streaming, no gshow, nas redes sociais e plataformas de vídeos, incluindo a versão em áudio no gshow e nas plataformas de podcast. Todos os dias, logo após a transmissão na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteúdo ao vivo, direto da casa. O canal ainda conta com flashes diários, ao longo da programação, e com o ‘BBB – A Eliminação’, exibido à 0h30 de quarta para quinta-feira. No gshow, o público pode votar e decidir quem permanece ou deixa o jogo e acompanhar a página "BBB Hoje", as páginas dos participantes e conteúdos exclusivos, como o "Bate-Papo BBB", enquetes e resumos do que de melhor acontece na casa.


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segunda-feira, 8 de abril de 2024

.: Entrevistas "The Masked Singer Brasil": Silvero Pereira era Bode e vence reality

Ludmillah Anjos, por trás da Preguiça, ficou com o segundo lugar; e Evelyn Castro, que deu vida à Sereia Iara, com o terceiro


A final da quarta temporada do "The Masked Singer Brasil" aconteceu neste domingo, dia 07. O público pôde conhecer quem eram as personalidades por trás das fantasias finalistas, e o mascarado que levou o título vencedor: Bode, revelado como Silvero Pereira. Preguiça e Sereia Iara ficaram, respectivamente, em segundo e terceiro lugar, e eram Ludmillah Anjos e Evelyn Castro. 

“Desde a primeira temporada eu já me imaginava no programa [...]. Vencer, para mim, é como realizar um grande sonho. Me sinto honrado de ter competido ao lado de talentos tão grandiosos e ter conquistado o coração de todos por trás de uma fantasia, mas com a minha essência artística exposta e pulsante”, comemora Silvero, que apresentou “Força Estranha”, de Caetano Veloso, e “Poema”, de Ney Matogrosso. Sua passagem pela competição foi marcada pelo repertório em sua maioria de músicas brasileiras.

Ludmillah, que era Preguiça, ficou em segundo lugar, e revela o quanto sua participação mostrou-lhe que pode fazer de tudo: “Foi uma experiência única, onde você consegue aprender a ter consciência do que pode fazer com seu corpo e tem certeza de que não é uma pessoa limitada. Onde você poder brincar dentro da fantasia e ser quem você quiser”. Brinca ainda que deu para Preguiça o nome de “Melina”, e compartilha como foi a preparação: “Eu escrevi as coisas que eu achava que ‘Melina’ poderia falar, como ela poderia contribuir dentro das músicas, as frases de autoafirmação para as mulheres [...]”. Na final, a cantora performou “Listen”, de Beyonce, e “If I Ain’t Got You”, de Alicia Keys.

Já Sereia Iara, ou Evelyn Castro, ocupou o terceiro lugar, e conta a importância de sua participação: “Foi uma das maiores experiências da minha vida, estar ali me reinventando, e como uma personagem, tendo que ter outros artifícios [...]. Muitas vezes pensei em como unir a Sereia a mim e com isso fui aprendendo. Cantei coisas que nunca imaginei cantar ou dançar”, diz. Evelyn mostrou “The Best”, de Tina Turner”, e “Total Eclipse Of The Heart”, de Bonnie Tyler.

O "The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, com supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção geral de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). O programa vai ao ar na TV Globo aos domingos, após o ‘Temperatura Máxima’, com reexibição na madrugada de segunda para terça-feira, à 00h30, no Multishow, seguida da entrevista de Kenya Sade com o eliminado da semana. Leia a entrevista com Silvero Pereira, o vencedor do reality show!

 

Como foi para você participar do ‘The Masked Singer Brasil’?

Foi um grande desafio e um grande prazer! Desde a primeira temporada eu já me imaginava no programa porque acho o formato superartístico nos possibilitando conquistar o público pelo nosso repertório e carisma da fantasia.

 

O que mais te encantou no reality?

A relação com toda a equipe. Muitos profissionais dedicados a construir um número lúdico e emocionante para o público

 

Faria algo diferente em sua participação? O que?

Sim. Em todo meu repertório optei por diversidade nas escolhas e cantei duas músicas em inglês. Mas, hoje, repensando, deveria ter cantado apenas músicas brasileiras.

 

Como foi a preparação? Quanto tempo levou?

Muito intensa! Desde a escolha de repertório, preparação vocal, ensaios com a equipe de ballet, gravação de músicas e ensaios de palco. Eu tive em torno de dois meses de extrema dedicação.

 

Qual foi a estratégia adotada para tentar confundir os jurados?

Misturar sotaques nordestinos e variar os tons graves e agudos nas músicas.

 

Imaginou chegar tão longe na competição?

Eu sou bem competitivo! Não entro num jogo para perder. Então, sim, sempre imaginei chegar até a final. Entretanto, tive momentos de insegurança e medo.

 

Como se sente chegando na final?

Realizado! Eu me esforcei muito e fui muito convicto nas minhas decisões de repertório e palpites sobre encenação dos números musicais. Meu maior desejo era mostrar tudo que planejei.

 

Como se sente por ter vencido essa temporada?

Para mim é como realizar um grande sonho. Me sinto honrado de ter competido ao lado de talentos tão grandiosos e ter conquistado o coração de todos por trás de uma fantasia, mas com a minha essência artística exposta e pulsante.

  

Confira a entrevista com Ludmillah Anjos, a segunda colocada do reality show musical.

 

Como foi para você participar do ‘The Masked Singer Brasil’?

Foi incrível! Uma experiência única, onde você consegue aprender a ter consciência do que pode fazer com seu corpo, e tem certeza de que não é uma pessoa limitada. Onde você poder brincar dentro da fantasia e ser quem você quiser. Se divertir e fazer com que a fantasia também seja igualmente divertida e autêntica.

 

O que mais te encantou no reality?

Foi poder brincar de ser outro personagem, de vivenciar outra voz, outra postura; de inventar cada característica que coloquei na Preguiça, que eu chamava de “Melina”, inclusive (rs). Além disso, me encantou descobrir o quanto eu sou forte, determinada e decidida quando eu quero alguma coisa. Eu tinha sofrido um acidente gravando um filme no ano passado, durante uma cena de ação. Fiquei na UTI, tive várias sequelas, quase morri. Quando eu recebi o convite para entrar no ‘The Masked Singer’, pensei ‘será que vou conseguir?’, porque estava em recuperação. Mas eu disse pra mim ‘eu quero!’. Então fiz mais sessões de fisioterapia, mais exercícios com personal, fortaleci os músculos, e consegui! Me sinto chegando na final como merecedora, e acreditando cada vez mais em mim. Tudo o que que quero eu consigo! Com fé, muito talento, esforço e estudo.

 

Faria algo diferente em sua participação? O quê?

Não, não faria nada diferente. Consegui fazer tudo o que queria, graças a Deus. Todas as músicas que foram propostas para mim amei fazer, foi uma diversão incrível.

 

Como foi a preparação? Quanto tempo levou?

Recebi o convite em novembro de 2023, e desde então comecei a me preparar. Eu escrevi as coisas que eu achava que “Melina” poderia falar, como ela poderia contribuir dentro das músicas, as frases de autoafirmação para as mulheres, principalmente para mulheres pretas. Tentei colocar, em todas as músicas que eu cantei, sempre uma frase de autoafirmação para as mulheres desse Brasil, e isso para mim foi muito especial.

 

Qual foi a estratégia adotada para tentar confundir os jurados?

A estratégia foi a voz. Tentei uma voz mais estridente para quando ela estivesse muito feliz, uma coisa mais histérica, e uma voz lenta e grossa para dar uma desiquilibrada nos jurados. Além do bordão “no meu tempo”.

 

Imaginou chegar tão longe na competição?

Sim, eu sou leonina, sou muito competitiva, e desde o início eu falava ‘vou levar todas as características que eu quero para a “Melina” e vou confundir os jurados; vou cantar muito as músicas que eu amo’. Inclusive, amei cantar algumas que nunca tinha cantado, como “Never Enough”, do Rei do Show.

 

Como se sente chegando na final?

Chegar na final para mim é uma maneira de trazer tudo o que queria desde o início quando entrei na competição. É essa autoestima, autoafirmação, força e talento que eu trouxe tudo comigo. Me sinto muito feliz e realizada por ter feito tudo o que eu queria.

  

Leia a entrevista com Evelyn Castro, a terceira colocada no reality show musical.


Como foi para você participar do ‘The Masked Singer Brasil’?

Foi uma das maiores experiências da minha vida, estar ali me reinventando, e como uma personagem, tendo que ter outros artifícios.

 

O que mais te encantou no reality?

Poder estar escondida e passar por diversas emoções ali dentro. Também o quanto me apeguei a uma fantasia. Eu sinto saudade dela.

 

Faria algo diferente em sua participação? O que?

Não mudaria nada. Muitas vezes pensei em como unir a Sereia a mim e com isso fui aprendendo. Cantei coisas que nunca imaginei cantar ou dançar.

 

Como foi a preparação? Quanto tempo levou?

A preparação começou ano passado, primeiro com as músicas, escolhendo repertório e conhecendo diretores musicais. Ao longo das gravações fomos ensaiando as coreografias.

 

Qual foi a estratégia adotada para tentar confundir os jurados?

Tentei modificar a voz da sereia nas falas dela, e corporalmente tente ser uma sereia.

 

Imaginou chegar tão longe na competição?

Não imaginei, não. O elenco era incrível; era forte, musical. Foi bonito demais

 

Como se sente chegando na final?

Me sinto com uma missão cumprida. Eu enquanto cantora ia pelas músicas. Pensava ‘ah, quero cantar essa e depois só mais esta’. E aí quando vi estava na final. A meta era cantar minha Tina Turner. A sereia virou um exemplo de força que me levou a cantar “Simple The Best”, de Tina Turner.

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