Mostrando postagens com marcador Teatro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Teatro. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 25 de maio de 2023

.: "A Pane", de Friedrich Dürrenmatt, reestreia no Teatro Itália

Sucesso de público e crítica, o espetáculo A Pane, inspirado no conto do escritor suíço Friedrich Dürrenmatt, faz curta temporada no Teatro Itália, a partir do dia 7 de junho, quarta-feira, 20h. Dirigida por Malú Bazán, a montagem traz no elenco Antônio Petrin, Oswaldo Mendes, Heitor Goldflus, Roberto Ascar, Cesar Baccan e Marcelo Ullmann.


Ao chamar o seu conto A Pane - depois transformado em teatro -, Dürrenmat não estava pensando apenas na falha mecânica de um Jaguar, evento que leva o protagonista a uma situação inesperada. A pane também diz respeito ao próprio mundo, que é repleto de imperfeições e catástrofes, falhas da justiça, culpas e desculpas. 

A situação é inusitada: um jogo em que octogenários juristas aposentados encenam suas antigas ocupações e - como diz o juiz anfitrião -, agora não mais presos “a formas, protocolos, leis e todo o entulho inútil dos tribunais”. Neste jogo, eles enredam um próspero representante comercial. Qual o seu crime? Não importa. “Crime é algo que sempre se pode encontrar”.

Ao brincar de tribunal, os personagens fazem o público questionar o conceito de justiça, seus sistemas e um mundo “de inocentes com culpa e culpados sem culpa”. A encenação reúne atores de várias gerações, para falar não de uma história antiga, mas de “uma história ainda possível”, como o autor a qualifica. 

 O espetáculo fez sua primeira temporada em 2021, no Sesc Santana, e prosseguiu com apresentações no Teatro FAAP e teatros da prefeitura de São Paulo, em uma temporada beneficente, em 2023, reestreia no Teatro Itália, a partir do dia 07 de junho. A Pane também circulou em unidades do Sesc no interior de São Paulo e recebeu duas indicações ao prêmio Bibi Ferreira na categoria melhor ator coadjuvante.

Sobre o autor: Dürrenmatt (Konolfingen, 5 de janeiro de 1921 - Neuchâtel, 14 de dezembro de 1990) foi um escritor suíço. Embora possua grande fama por sua obra como dramaturgo, foi também um prolífico contista e romancista. Politicamente ativo, o autor escreveu dramas vanguardistas, profundos romances policiais, e algumas sátiras macabras. Um de seus principais bordões era: "Uma história não está terminada até que algo tenha dado extremamente errado". Como Brecht, Dürrenmatt explorou as vertentes do teatro épico. Suas peças visavam envolver o público a um debate teórico, e não somente ser entretenimento puramente passivo.

Quando tinha 26 anos, sua primeira peça, "Está Escrito", (em alemão "Es steht geschrieben"), estreou causando grande controvérsia. A história da peça se passa em torno de uma batalha entre um cínico obcecado pelo sucesso e um religioso fanático que leva as escrituras ao pé da letra, tudo isto acontecendo enquanto a cidade em que vivem está cercada. A noite de estreia da peça, em abril de 1947, causou confusão e protestos por parte do público.

Na década de 50, com o conto "A Pane", chegou ao que muitos consideram o auge de sua capacidade estilística e narrativa. Morreu em 1990, considerado como um dos grandes narradores e dramaturgos de sua geração.

Sinopse: Comédia sobre a justiça, A Pane conta a história de um hóspede inesperado que se transforma em réu de um jogo em que juiz, promotor, advogado e carrasco aposentados revivem suas profissões. Trata-se de uma fábula que fala sobre os nossos dias. 


 

Ficha Técnica

Texto: Friedrich Dürrenmatt

Tradução: Diego Viana

Direção: Malú Bazán

Elenco: Antonio Petrin, Cesar Baccan, Heitor Goldflus, Marcelo Ullmann, Oswaldo Mendes e Roberto Ascar

Concepção cenográfica: Anne Cerutti e Malú Bazán

Figurino: Anne Cerutti

Assistente de figurino e cenário: Adriana Barreto

Cenotécnico: Douglas Caldas

Desenho de luz: Wagner Pinto

Música Original: Dan Maia

Operador de luz: Jonas Ribeiro

Operador de som: Silney Marcondes

Contrarregra: Márcio Polli

Fotos: Ronaldo Gutierrez e Rogério Alves

Visagismo: Dhiego Durso

Programador Visual: Rafael Oliveira

Assessoria de Imprensa: Angelina Colicchio e Diogo Locci - Pevi 56

Assistente de Produção: Rebeca Oliveira

Produção e Realização: Baccan Produções e Kavanpa Produções


 

Espetáculo "A Pane", de Friedrich Dürrenmatt, com direção de Malú Bazán

Local: Teatro Itália Bandeirantes - Av. Ipiranga, 344 - República, São Paulo - SP, 01046-010

Temporada: de 07 de junho a 12 de julho, quartas feiras, às 20 horas. 

Ingressos: R$ 60,00

Compras pelo site: teatroitaliabandeirantes.com.br

Informações: (11) 3131-4262

Duração: 70 minutos   

Classificação: 14 anos  

Capacidade: 292 lugares

Estacionamento: O teatro oferece um serviço de valet na porta


terça-feira, 16 de maio de 2023

.: Eriberto Leão chega a São Paulo com o espetáculo pop "O Astronauta"


Ministério da Cultura e Banco Industrial do Brasil apresentam o espetáculo "O Astronauta", com Eriberto Leão e dramaturgia de Eduardo Nunes, idealização e direção de José Luiz Jr., adaptação para a versão presencial: José Luiz Jr. e Eriberto Leão. Participações em vídeo de  ZéCarlos Machado, Luana Martau e Jaime Leibovitch. Foto: Andrea Nestrea


Depois do sucesso de crítica e público no Rio de Janeiro e em Curitiba, Eriberto Leão sobe ao palco do Teatro Nair Belo para a primeira temporada paulistana da peça "O Astronauta", a partir do dia 9 de junho. O espetáculo conta com participações em vídeo de ZéCarlos Machado (no ar na novela “Vai na Fé”, de Rosane Svartman, TV Globo), Luana Martau e Jaime Leibovitch. A peça questiona a possibilidade de outras formas de vida no universo, e também se vale da metáfora do isolamento para falar sobre memória, morte, afetos e relatividade tempo. 

Depois de receber um chamado de uma civilização extraterrestre, um astronauta parte numa missão intergaláctica em busca de outras formas de vida fora do planeta. A viagem é também uma jornada interior sobre a existência humana, a memória, a morte, os afetos e a relatividade tempo. “O Astronauta” é inspirada na cultura pop da ficção científica, com referências à obra de David Bowie e ao filme “2001 - Uma Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick.  

Atendendo a um chamado de uma civilização extraterrestre, um astronauta é enviado ao espaço numa missão solitária em busca de outras formas de vida fora do planeta. Conforme a jornada avança, ele vai perdendo a comunicação com a Terra, até o isolamento completo. Só lhe restam as memórias e a companhia de Hal (Luana Martau), um computador de bordo com inteligência artificial, agora sua única interlocutora.


A encenação
O ator estará vestido como um astronauta, num ambiente que remete a uma nave espacial. Imagens do espaço serão projetadas em um grande telão ao fundo do palco, como uma espécie de janela da nave. Em cena, o ator canta duas músicas de David Bowie - “Starman” e “Space Oddity”.

A direção musical é de Ricco Viana; videografismo, realidade virtual e programação visual são dos irmãos Rico e Renato Vilarouca; a direção de arte de Carla Berri, a iluminação de Adriana Ortiz e a direção de produção de Carla Yared. Produzido pela CAJA Arquitetura Cultural, "O Astronauta" tem patrocínio master do Banco Industrial do Brasil, Lei de Incentivo à Cultura, Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução.

O que disseram sobre o espetáculo
“Uma viagem espacial ou uma viagem dentro de nós mesmos? Passamos pelos filmes ‘2001, uma odisseia no espaço’ e ‘Interestelar’, e a homenagem a David Bowie e Ziggy Stardust (personagem criado por Bowie como seu alterego) é evidente através da lenda pessoal de nosso astronauta. ‘O universo é mental’ - 1ª das Sete Leis Herméticas - é a base de lançamento de nossa viagem. Timothy Leary, Aldous Huxley e as Portas da Percepção, todo universo da contracultura traduzido em uma viagem sensorial onde todos embarcarão juntos ao infinito e além.” - Eriberto Leão, ator.

“A peça fala de afetos ou memórias esquecidas. Quando eu tinha 6 ou 7 anos e passava as férias de verão na praia, acampando com meus pais, todas as noites eu sentava à beira mar e ficava olhando o céu, via estrelas infinitas e eu acreditava fazer parte daquilo tudo. Esse personagem, o astronauta, é um sentimento, talvez um poema ou até mesmo um grito. Quanto mais ele se distância da Terra, mais perto da nossa essência ele chega” - José Luiz Jr, diretor

“Há um elemento sedutor no projeto: a possibilidade de trabalhar com a ficção científica. Este gênero, ao contrário do que muitos pensam, está intimamente ligado ao nosso cotidiano. Pois utiliza o futuro como uma metáfora para questões de hoje. E usando estas analogias conseguimos perceber melhor o nosso próprio presente. É um outro olhar sobre as mesmas questões, e que nos faz perceber melhor o que é realmente importante em nossa vida” - Eduardo Nunes, dramaturgo


Ficha técnica
Dramaturgia: Eduardo Nunes. Idealização e direção geral: José Luiz Jr. Adaptação para a versão presencial: José Luiz Jr. e Eriberto Leão. Atuação: Eriberto Leão. Elenco convidado: Zécarlos Machado, Luana Martau, Jaime Leibovitch. Direção musical: Ricco Viana. Videografismo, realidade virtual e programação visual: Rico e Renato Vilarouca. Vídeo e edição complementar: José Luiz Jr. Direção de arte (cenário): Carla Berri. Figurino: Joana Bueno. Iluminação: Adriana Ortiz. Preparação corporal: Dani Saad. Fotografia: Emmanuelle Bernard e Andrea Nestrea. Marketing digital: André Mizarela. Produção executiva: Helena Ribeiro. Produção local: Br Produtora - Radamés Bruno. Direção de produção: Carla Yared. Realização: Caja Arquitetura Cultural. Assessoria de imprensa: JSPontes Comunicação - João Pontes r Stella Stephany.


Serviço
"O Astronauta". Estreia sexta-feira, dia 9 de junho, às 21h. Teatro Nair Bello - Shopping Frei Caneca. Rua Frei Caneca, 569/3º piso, Consolação / São Paulo. Telefone: (11) 3472-2414. Sextas e sábados, às 21h, domingos às 19h. Ingressos: R$ 80 e R$ 40 (meia). Onde comprar: www.sympla.com.br e no totem-bilheteria do teatro. Funcionamento bilheteria: no dia da apresentação, a partir de duas horas antes do início do espetáculo. Duração: 55 minutos. Gênero: ficção científica. Capacidade: 201 espectadores. Acessibilidade: sim. Classificação indicativa: 12 anos. Até dia 30 de julho.


Cenas do espetáculo "O Astronauta", com Eriberto Leão



.: Residência internacional traz "Looking for Andy" do Reino Unido para SP


SP Escola de Teatro: Residência internacional traz peça "Looking for Andy", do Reino Unido, para o Espaço dos Satyros Com concepção de Aleksandar Dunđerović e Stephen Simms, do Royal Birmingham Conservatoire, espetáculo tem estreia mundial em São Paulo. Foto: divulgação


A peça "Looking For Andy" terá duas apresentações, dias 19 e 20 de maio, no Espaço dos Satyros. Com concepção de Aleksandar Dunđerović e Stephen Simms, o espetáculo tem direção de Dunđerović e atuação de Simms, além de contar no elenco com os artistas convidados Henrique Mello, Sabrina Denobile, Marcia Daylin, Ingrid Oliveira, Alana Carrer e Ícaro Gimenes. Estudantes da SP Escola de Teatro também trabalham na iluminação, sonoplastia e outros aspectos técnicos da encenação.

A montagem inédita é parte da residência artística dos dois acadêmicos, que ministraram entre 9 e 12 de maio o curso “Fazendo Amor em ‘Looking for Andy’: da Textualidade à Virtualidade”, organizado pela Extensão Cultural, da SP Escola, onde exploraram o uso da performatividade e de diferentes pedagogias no teatro digital ao vivo.

Simms conta que o projeto teve início há um ano. “Escolhemos Warhol porque é um personagem com o qual sempre fomos fascinados. Da minha parte, sempre amei a arte dele e sou muito interessado pelo período da Pop Art nos anos 1960 e 1970. O processo de concepção da montagem se vale da vida de Warhol, de seu tempo, de sua arte, mas é para levar a uma reflexão pessoal. É menos explorar Warhol em si e mais explorar as suas próprias conexões com ele, pensar sobre o que, de si, pode refletir nele e ser excitado por ele”, explica ele.

“Não estamos lidando aqui com uma recriação histórica ou documental de Warhol, não é uma peça sobre a vida dele. Estamos falando, sim, de tópicos de sua vida que nos inspiram e nos provocam: obsessão, relação com a perfeição ou as imperfeições de corpos, amor, paixão, relação com a morte e com a vida depois de morte etc. Há muitas maneiras de entrar na vida de Warhol”, acrescenta Dunđerović.

Para representar o famoso Studio 54, clube icônico de Nova Iorque nos anos 1970, Simms e Dunđerović estão usando uma estrutura inflável que serve de espaço performático e foi criada por Maria Sanchez (Reino Unido) e Antonio Cobo (Espanha). Em 2022, ambos coordenaram um workshop em Madri, na Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Madrid, juntos do professor Javier Ruiz Sanchez, onde estudantes de arquitetura ajudaram na construção da imensa estrutura inflável. 

A parceria com a SP Escola de Teatro e com os Satyros para a residência artística e a encenação de "Looking for Andy" surgiu durante a pandemia de Covid-19, quando Dunđerović colaborou com Os Satyros, criando uma produção conjunta, feita de maneira digital via Zoom. Essa experiência está explicada no livro “Live Digital Theatre: Interdisciplinary Performative Pedagogies”, escrito pelo diretor sérvio e lançado este ano pela editora Routledge.

“Depois disso, pensei nessa performance sobre Warhol. Vamos trabalhar novamente com esse conceito agora, pois a apresentação de sábado terá transmissão via Zoom para o mundo. Estamos muito felizes com essa parceria. Estamos no Royal Birmingham Conservatoire pensando em uma colaboração mais longa entre nós, Os Satyros e a SP Escola de Teatro. Ficamos muito felizes com o alto nível dos participantes do workshop e dos estudantes da escola trabalhando na peça”, informa ele.


Sobre Aleksandar Dunđerović
Aleksandar Dunđerović é um diretor de teatro profissional premiado internacionalmente. Em seus 26 anos de carreira no teatro, ele dirigiu na Grã-Bretanha, Irlanda, Sérvia, Romênia, Irã, Colômbia, Japão, Brasil e Canadá. Sua prática como pesquisador envolve uma abordagem única para encenar/adaptar textos teatrais usando artes multimídia combinadas com performance ao vivo na adaptação de textos teatrais bem estabelecidos e canônicos.

Em seu trabalho, explora o teatro que pesquisou com base em performers como Robert Lepage, pioneiro da performance multimídia. Desta forma, a sua própria experiência ajuda-o a compreender as metodologias e práticas de trabalho que pesquisa. É Ph.D pela  University of London, Royal Holloway College,  e professor de artes cênicas no Royal Birmingham Conservatoire. Desde 2000 ele é o fundador e diretor artístico do Kolective Theatre Ltd., com sede em Liverpool.


Sobre Stephen Simms
Stephen Simms é vice-diretor do Royal Birmingham Conservatoire - Acting, um dos principais conservatórios de atuação do Reino Unido, onde também é o chefe de atuação. Ele também é Professor de Formação de Atores, a única pessoa a ocupar esse cargo no país. Ele dirige e ensina nos cursos de atuação no Royal Birmingham Conservatoire.

Produções recentes em grande escala incluem "The Winter's Tale" e "Two Noble Kinsmen" de Shakespeare, "Philaster" de Beaumont e Fletcher, "Woyzeck", de Buchner e "Lulu", de Wedekind. Mais recentemente, ele dirigiu o premiado musical "Spring Awakening", "The Revenger's Tragedy", "Total Eclipse" e "A Clockwork Orange".


Serviço:

"Looking for Andy". Dia 19 de maio, às 21h. Dia 20 de maio, às 17h. Local: Espaço dos Satyros - Praça Roosevelt, 214 - Consolação. Ingressos: R$ 10. À venda no local ou on-line.


segunda-feira, 15 de maio de 2023

.: Espetáculo de Kleber di Lázzare é atração no Cine Theatro Carlos Gomes


O solo-manifesto inspira uma reflexão sobre as contradições existentes no Brasil do presente e do passado. Na trama, um pierrô maltrapilho é abandonado à própria sorte no meio da avenida por onde sua escola de samba desfilou em um tenebroso último carnaval. Foto: Cleber Correa


Na próxima sexta-feira, dia 19 de maio, às 20h, com entrada gratuita, o ator e diretor Kleber di Lázzare apresenta o espetáculo teatral “O Futuro Chegou Ontem” no Cine Theatro de Variedades Carlos Gomes, patrimônio histórico e espaço cultural de Santo André, localizado na Rua Senador Fláquer, 110.

No espetáculo, um pierrô maltrapilho do terceiro mundo está abandonado à própria sorte no meio da avenida por onde sua escola de samba desfilou em um tenebroso último carnaval. Esse palhaço das ruas e da folia toma a avenida vazia de vida e de oxigênio e narra a sua derrocada. Um olhar afiado e necessário para o nosso tempo e para essa construção ameaçada por pilastras corroídas pelo tempo que chamamos de nação. É fato: ela pode vir a desabar a qualquer momento.

Inspirado na frase “Não fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval”, do Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, a peça teatral foi escrita, concebida e é interpretada pelo próprio Kleber di Lázzare, renomado artista da região, formado pelo Núcleo de Dramaturgia da ELT - Escola Livre de Teatro de Santo André. 

O solo-manifesto inspira uma reflexão sobre as contradições existentes no Brasil do presente e do passado. Na trama, um pierrô maltrapilho é abandonado à própria sorte no meio da avenida por onde sua escola de samba desfilou em um tenebroso último carnaval. Estão espalhados por esse lugar restos de confetes, serpentinas e corpos, sobras das histórias, vestígios de violências e marcas de crueldade. 

Transitando entre o presente e o tempo passado/histórico, esse palhaço das ruas e da folia toma a avenida vazia de vida e de oxigênio e narra a sua derrocada. Ele remonta, dentro de um estado de alucinação, os últimos atos da comunidade da sua Escola de Samba na luta por existirem. Na busca por unir as partes dessa imensa colcha de retalhos, ele apoia-se e confunde-se entre acontecimentos recentes e fatos longínquos da nossa história. 

O solo teatral busca criar escritas para a cena a partir dos medos, dos desejos, das perdas, dos ganhos, dos conflitos, das bifurcações, das novidades, das repetições, dos olhares, das cegueiras, das frestas de luz, das escuridões, das respirações resistentes, das asfixias forçosas, das contradições e das inércias de um país e de um povo. E, também, da necessidade inadiável de criar movimentos que nos tomou nos últimos tempos e que encontra ecos em diversos outros momentos da nossa história.

“É uma escrita cênica, um manifesto, um cortejo teatral, que visam dar voz e visibilidade aos corpos, às culturas, aos sobreviventes, aos silêncios forçosos, e às páginas apagadas da nossa história; dar visibilidade e palco para os direitos retirados e às expressões de um povo – expressões, direitos e páginas que definem esse povo”, explica di Lázzare.

“Criar um relato poético, cênico e teatral para estes tempos contraditórios e assombrosos é uma busca artística por uma cartografia sobre o nosso hoje para compartilhar e compreender – passado e presente – e, assim, podermos aludir acerca de possibilidades futuras”, acrescenta. Compre o livro “O Futuro Chegou Ontem” neste link.


Sobre Kleber di Lázzare
Cursou, entre os anos de 1994 e 1996, Artes Cênicas na EAD - Escola de Arte Dramática/USP; se formou em Letras, pela Fundação Santo André; em 2011, graduou-se em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul).

Aperfeiçoou seus trabalhos com os cursos de Dramaturgia, com Chico de Assis; formou-se em Dramaturgia pelo Núcleo de Dramaturgia da ELT, em 2003, sob a coordenação de Luiz Alberto de Abreu; Direção, com Plínio Rhigon; O Ator Criador, com Ricardo Kosovsk; Canto no Teatro, com Dionísio Moreno; Cenografia, com Ciro Del Nero; entre outros.

Como ator, destacam-se os trabalhos: “Você Precisa Saber de Mim”, “A Felicidade Segundo os Felizes”; “A Tempestade”, de William Shakespeare, sob direção de Marcelo Lazzaratto; o autoral “O Dono da Videolocadora”, entre outros. Como diretor, entre os mais de trinta espetáculos dirigidos, destacam-se “O Homem Travesseiro”, de Martin MacDonagh; “Mãos Dadas”; o autoral “O Fabuloso Mundo das Descobertas”; “As Damas de Paus”, de Mara Carvalho; “Felizes 30!”, de Eduardo Galán, entre outros.


Ficha técnica
Dramaturgia, Concepção e Interpretação: Kleber di Lázzare | Preparação Corporal e Assistência de Direção: Marcela Sampaio | Pesquisa Musical, Trilha Sonora e Música Original: Edu Berton | Pesquisa e Produção Musical: Vitor Trida | Voz na Canção Original: Aline Calixto | Criação e Execução de Figurino:  Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon | Costureira: Simone Santos | Aderecista: Biano Ferraro | Pintura de Arte: Leandro Art | Criação de Cenografia: Kleber di Lázzare  | Execução de Cenografia: PalhAssada Ateliê | Visagismo: Louise Helène | Fotografia: Cleber Correa | Identidade Visual e Mídias Sociais: Carlos Sanmartin | Contrarregra e Operação de Som: Rafael Fuzaro  | Assessoria de Imprensa: Pombo Correio | Produtora Executiva e Operação de luz: Marina Rodrigues | Direção de Produção: João Noronha  |Realização: RN Produções Artísticas e Cia Grite de Teatro


Serviço:
Espetáculo “O Futuro Chegou Ontem”. Com Kleber di Lázzare. Duração: 90 minutos. Grátis - Sem necessidade de retirada de ingressos. Sexta-feira, dia 19 de maio, às 20h, no Cine Theatro de Variedade Carlos Gomes. Endereço: Rua Senador Fláquer, 110 – Centro - Santo André.

domingo, 14 de maio de 2023

.: "Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta" traz à cena música e delicadezas


Embaladas por canções de David Bowie, Aretha Franklin e PJ Harvey, peça a graphic novel "O Enterro das Minhas Ex", da francesa Anne-Charlotte Gauthier. Foto: Ivy Onodera

As primeiras descobertas amorosas da adolescência e o processo de crescimento são o ponto de partida do espetáculo juvenil "Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta", quarto trabalho da DeSúbito Companhia. Com dramaturgia de Ricardo Inhan, inspirada na Graphic novel francesa "O Enterro das Minhas Ex" (2015), de Anne-Charlotte Gauthier, e direção de Ricardo Henrique, a peça narra, em três atos, fragmentos do cotidiano cheio de curiosidades e contratempos de uma adolescente, que vive em uma pequena cidade do interior. 

Voltado para jovens e adultos, o espetáculo conta com um elenco totalmente feminino, Tay O'hanna (“Leci Brandão na Palma da Mão” e “As Five”), Carla Zanini (“Extraordinarias”), Marô Zamaro (“Os Fins do Sono”) e Mônica Augusto (“Nóis na Firma” e “A Divina Farsa”), a peça fala sobre descoberta da sexualidade e processo de crescimento e aceitação na adolescência

"Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta" circula em São Paulo, a partir do dia 19 de maio, às 21h, começando pelo Teatro Arthur Azevedo, na Mooca. Em seguida,  se apresenta em teatros e centros culturais municipais até o mês de junho. Confira a programação completa abaixo. Todas as 16 apresentações são gratuitas.

Na trama, o público acompanha a jornada de Charlotte entre os 13 e 17 anos, em seu processo de descoberta e conhecimento. “São muitas as crises nesse período, que é também uma passagem para a vida adulta. Por isso, quisemos dialogar com esse público jovem com o respeito que eles merecem”, conta o diretor Ricardo Henrique.   


Sobre a história
"Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta" se passa em uma garagem, lugar onde Charlotte se sente livre para extravasar seus pensamentos e desejos. Nesse espaço libertador, ela precisa aprender a lidar com preconceitos maiores do que o seu quintal. Seu grande sonho é sair da cidade minúscula em que vive para conhecer o mundo,  como fez sua tia favorita muitos anos antes. 

A montagem alterna acontecimentos realistas e a imaginação da protagonista. Lirismo e realismo mágico se misturam para falar de seus segredos, pensamentos, dúvidas, confissões e feitos, em uma linguagem rápida, semelhante a de YouTubers.  O pop conduz essa narrativa ao misturar imaginação, falas, sons e canções, de David Bowie, Aretha Franklin e PJ Harvey,  artistas admirados por sua tia. Em alguns momentos, astronautas mulheres surgem como “fantasmas”, mentoras da ação da protagonista. A direção musical, a guitarra e os vocais são de Mini Lamers e, na bateria, está Didi Cunha. 

Embora a história não seja totalmente centrada na estética dos quadrinhos, há algo de graphic novel no jogo entre as atrizes. “As cenas são bem frontais e fotográficas. Em alguns momentos as relações no espaço formam desenhos cênicos que relembram os quadrinhos”, comenta o diretor. Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta  procura um olhar cuidadoso e generoso com a adolescência, suas vozes e seus conflitos, e, acima de tudo, coloca em cena um tema sempre urgente: a aceitação. Essa circulação do espetáculo foi possível graças à segunda edição do edital de Múltiplas Linguagens e Culturas na cidade de São Paulo do Fomento ao Teatro.


Sinopse do espetáculo
Numa minúscula cidade do interior onde existe mais gado do que gente, a adolescente Charlotte vive suas primeiras descobertas amorosas. Tudo acontece em sua garagem, lugar onde se sente livre para extravasar seus pensamentos e guarda os livros e discos enviados por sua tia preferida, a única mulher da família a sair desse fim de mundo. Em meio ao cotidiano pacato e a aparente imobilidade das pessoas ao redor, Charlotte começa a descobrir que gosta de garotas e terá que lidar com preconceitos maiores do que o seu quintal.

DeSúbito Companhia
A companhia nasceu em 2014, do encontro de artistas egressos da EAD - Escola de Arte Dramática ECA-USP. Com quatro trabalhos já encenados, "Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta" (2019); "Os Tubarões, os Peixes e os Mortos" (2018); "Você Só Precisa Saber da Piscina" (2017); "Casa e Nuvem Branca" (2015), a pesquisa do grupo é voltada sobretudo para criação contemporânea a partir de dramaturgia própria e com um trânsito de artistas e parcerias que se moldam de acordo com o novo trabalho.

Com a direção artística do ator, diretor, produtor e cofundador da companhia, Ricardo Henrique, entre suas principais realizações estão parcerias com os dramaturgos Ricardo Inhan, Rafael Augusto e a dramaturga e atriz integrante da companhia Carla Zanini.

No próximo semestre, a companhia estreia o espetáculo "Afeto - Uma História de Amor (Violenta e Difusa) entre Mulheres Quebradas", com dramaturgia de Carla Zanini, premiada pela 9ª Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos do CCSP. O novo trabalho, que será dirigido pela própria dramaturga em parceria com Angélica Di Paula, reforça uma das marcas comuns dos projetos do grupo que é falar sobre afetividades. "Afeto" faz parte de uma trilogia escrita por Carla. Os outros dois textos são: "Raiva - Nós Temos Um Cão que Morde" e "Coragem - Um Lugar Melhor que Aqui". Nessa trilogia, situações limites e privadas são usadas para falar sobre o público e o coletivo, num jogo intenso e constante de contradições sociais, políticas e afetivas vivenciadas pelas personagens. Compre a graphic novel "O Enterro das Minhas Ex", da francesa Anne-Charlotte Gauthier, neste link.

Ficha técnica
"Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta", da DeSúbito Companhia. Direção: Ricardo Henrique. Dramaturgia: Ricardo Inhan. Elenco: Tay O'hanna, Carla Zanini, Marô Zamaro e Mônica Augusto. Stand-ins: Darília Ferreira e Marisa Bezerra. Cenografia e iluminação: Marisa Bentivegna. Direção musical, guitarra e vocais: Mini Lamers. Bateria: Didi Cunha. Figurinos: Muca Rangel. Assistente de figurino: Padu. Técnico de luz: Bruno Garcia. Arte gráfica: Angela Ribeiro. Direção de Produção: Mariana Novais - Ventania Cultural. Assessoria de Imprensa: Canal Aberto  | Márcia Marques

Serviço
"Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta". Duração: 70 minutos. Classificação: 12 anos. Entrada gratuita - ingressos serão distribuídos com 1h de antecedência.


Teatro Arthur Azevedo
19, 20 e 21 de maio, sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h
Endereço: Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca, São Paulo

Teatro Alfredo Mesquita
24 e 25 de maio, quarta às 21h e quinta às 15h e às 21h
Endereço: Av. Santos Dumont, 1770 – Santana, São Paulo

Teatro Cacilda Becker
Dias  7 e 08 de junho, quarta às 21h e quinta às 15h e às 21h
Endereço: Rua Tito, 295 - Lapa, São Paulo

Teatro Paulo Eiró

Dias  21 e 22 de junho, quarta às 21h e quinta às 16h e às 21h
Endereço: Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro, São Paulo

sábado, 13 de maio de 2023

.: "Aquário com Peixes": amor e conflitos entre casal de mulheres


Peça estreia dia 19 de maio no Teatro Sesc Santana, onde segue até 11 de junho. O espetáculo que marca a primeira direção da cineasta Marcela Lordy no teatro, tem dramaturgia de Franz Keppler e quer levar perguntas ao público. Foto: Ale Catan


Com texto de Franz Keppler, direção de Marcela Lordy e idealização da atriz Carolina Mânica, o espetáculo "Aquário com Peixes" estreia em 19 de maio no Teatro Sesc Santana. A peça é uma história de amor, mas também de embate entre duas mulheres completamente opostas - até nos signos. Protagonizada por Carolina Mânica e Natallia Rodrigues, a montagem reflete ainda sobre perdão, passagem do tempo e liberdade. O espetáculo tem sessões sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h, e fica em cartaz até 11 de junho. A partir de 1º de junho sessões também às quintas, às 20h.

A história acompanha a promotora pública Anita (Carolina Mânica) e a astróloga Lídia (Natallia Rodrigues) autêntica pisciana, exageradamente sensível e emotiva. É essa intensidade que encanta a aquariana Anita e a desperta para viver sua primeira relação com uma mulher, aos 40 anos e após se divorciar do marido. O público acompanha a descoberta que uma faz do mundo da outra e o florescer dessa paixão que precisa abraçar e contornar as diferenças.

Esse encontro é um convite à reflexão sobre viver e amar, diz Keppler. “A personagem percebe que a vida não é essa coisa definida que a gente traz com a gente por educação. A vida não tem critério, ela pode estar de um jeito hoje e outro completamente diferente amanhã. Então por que não o amor? A peça fala que o amor pode mudar, ser diferente, encontrar outras formas e ser fluido. Ele pode tudo”.

No meio dessa história, Lídia descobre uma enfermidade com baixas chances de recuperação. Então, Anita se vê diante do dilema de enfrentar essa doença ao lado da companheira ou seguir seu caminho sozinha. A personagem questiona a si mesma - e a plateia - até que ponto somos responsáveis pela pessoa com a qual compartilhamos momentos fantásticos da vida.

Anita e Lídia apresentam muito mais que uma história de paixão e desafios. Elas também expõem o despertar de um desejo homoafetivo, a passagem do tempo para as mulheres que ainda é uma ferramenta de opressão social e impulsiona o desejo de liberdade na maturidade, o medo da morte e o autoperdão.

Para Mânica, qualquer pessoa pode se identificar com os dilemas das personagens. “É uma história muito potente que nos leva para muitos caminhos. O espetáculo é super poético, mas tem momentos de humor em que você dá risada com as duas, tem momentos de extrema tristeza. Ele vai transitando por todas essas sensações”, conta a atriz.

Segundo Marcela, diretora do espetáculo, este é mais um mérito do autor. "O fato de conseguirmos entrar na pele das personagens e compreendermos suas escolhas, sem julgá-las. O que é vivido ali pode ser experimentado por qualquer um de nós, independente do gênero, identidade sexual, etnia ou classe social", enfatiza.

A urgência de viver a própria história e não de servir às histórias dos outros é um sentimento que une as pessoas. "Essa urgência existe em todo mundo. Em alguns, mais latente. Em outros, mais adormecida. E estava adormecida na Anita. Ela estava tão preocupada em cuidar do trabalho, do filho e do marido que a urgência dela estava focada nisso. Mas quando ela faz 40 anos, se depara com um monte de questionamentos sobre a vida, o que fez com o tempo que passou e o que fazer com o que ainda resta. E claro que esse questionamento vem um pouco de nós quando escrevemos, a gente fica mais pensativo”, conta Kepler.

Conforme a narrativa avança fora de cronologia somos levados por dois fluxos de pensamentos simultâneos guiados por pistas emocionais distintas. São diálogos internos num jogo telepático entre medo, desejo, projeção e memória.

O caminho da direção foi pautado pela sutileza ao invés do drama para mostrar os embates dramáticos o suficiente, segundo a diretora. O tempo e o espaço mais indefinidos abriram possibilidades para a exploração cênica. “Esteticamente, achei muito desafiador porque o texto quase não tem rubrica de ação, é um jogo de pensamento muito difícil de adaptar. Você tem mil formas de interpretar: fazer tudo no presente, tudo na memória, misturar os tempos. É uma loucura, e eu falei: putz, que difícil, então eu quero”, diverte-se Marcela que recém adaptou para o cinema um romance de Clarice Lispector que é puro pensamento.

O cenário é composto por uma divisória translúcida, como um vidro, entre as personagens para materializar esse rompimento. “Esse elemento divisor de ambientes é também um aquário. A cenografia estilizada é mais conceitual e o mesmo objeto pode ter diversos usos. Optamos por uma estética mais limpa para garantir que se possa prestar atenção no jogo de palavras”, conta a diretora.

A iluminação vai ajudar a contar essa história visualmente marcando o tempo das ações. A trilha sonora original criada por Edson Secco, compositor de dezenas de filmes e peças parceiro de longa data da cineasta, traz na construção sonora elementos cotidianos dos espaços físicos por onde transitam no tempo ações reais e imaginárias. A história de Anita e Lídia não se encerra no teatro: ela já está sendo adaptada para o cinema, com idealização de produção de Mânica. A temática de mulheres acima de 40 anos e suas descobertas também vai dar origem a um podcast.


Ficha técnica:
Autor: Franz Keppler. Direção: Marcela Lordy. Idealização: Carolina Mânica. Diretora assistente: Ziza Brisola. Atrizes: Carolina Mânica e Natallia Rodrigues. Fonoaudióloga: Ana Maria Parizzi. Cenário e Direção de Arte: Fernanda Carlucci e Fernando Passetti. Assistência de Cenografia: Guilherme Françoso. Figurino: Fábio Namatame. Modelista Juliano Lopes. Produção de figurino: Carol Zilig. Costureiro: Fernando Reinert. Visagismo: Louise Helene Desenho de luz: Cesar Pivetti. Programador de luz: Luiz Fernando. Equipe de iluminação: Ricardo Oliveira Luiz Fernando. Desenho de som: Edson Secco. Operação de som: Aghata. Fotografia: Alê Catan. Assistente de fotografia Rafael Sá e Zé Moreau. Identidade Visual: Julio Dui. Criação de conteúdo e mídias: gaTú Filmes. Produção: Nosso cultural. Direção de Produção: Ricardo Grasson. Produção Executiva: Heitor Garcia. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes.


Serviço:
Espetáculo "Aquário com Peixes". Estreia dia 19 de maio de 2023, sexta-feira, às 20h, no Teatro Sesc Santana. Temporada: de 19 de maio a 11 de junho. Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h. A partir de 1º de junho. Quinta a sábados às 20h e domingos às 18h. Duração: 70 minutos. Classificação etária: 12 anos. Teatro Sesc Santana - Av. Luiz Dumont Villares, 579 - Santana, São Paulo. Capacidade: 330 lugares. Ingressos: R$40 (inteira), R$20 (meia-entrada) e R$12 (credencial plena). Grátis nas sessões da Virada Cultural. https://www.sescsp.org.br/programacao/aquario-com-peixes/

.: O "Retrato de Oscar Wilde" está em cartaz em São Paulo no Teatro de Arena


A peça teatral "O Retrato de Oscar Wilde" está em cartaz até o dia 28 de maio  no Teatro de Arena Eugênio Kusnet. O espetáculo ficará em curta temporada e terá Voucher Promocional com verba destinada à ações sociais para as 6 aldeias indígenas do Pico do Jaraguá, através da ONG Associação Espaço Curumim. Foto: Roberto Nakashima


Casado, pai de dois filhos, Oscar Wilde (1854-1900) assumiu publicamente um romance homossexual  com o poeta Alfred Douglas, que o levou aos tribunais e ruína financeira e profissional. Cento e sessenta anos se passaram desde o seu nascimento e a contribuição ao cenário literário e artístico do escritor irlândes é mundialmente reconhecida, bem como o preconceito do qual foi vítima.

O espetáculo, da Companhia Ágata de Artes, que completa 22 anos de contribuição para a esfera artística e cultural de São Paulo, tem como objetivo através da história de vida de Oscar Wilde, trazer uma reflexão da homofobia presente até os dias de hoje. Autor da obra “O Retrato de Dorian Gray”, seu único romance é considerado uma das mais importantes obras da literatura inglesa, também escreveu novelas, poesias, contos infantis e dramas e mestre em criar frases irônicas e sarcásticas.

Em 1895, o marquês de Queenberry iniciou uma campanha difamatória em periódicos e revistas acusando Wilde de tentar um caso amoroso com Lord Alfred Douglas, filho do marquês. Wilde tentou  defender-se com um processo contra Queenberry, mas não teve sucesso. No dia 27 de maio de 1895, Oscar Wilde foi condenado a dois anos de prisão e trabalhos forçados por atentado ao pudor. As inúmeras petições de clemência solicitadas por setores progressistas e pelos mais importantes círculos literários europeus não foram suficientes para sua soltura.

É possível creditar também ao escritor o tempero ácido e mordaz existente nas comédias contemporâneas, forma encontrada por ele para transcender os costumes da sociedade na época em que viveu . “A Importância de Ser Prudente", "Salomé", "Um Marido Ideal" , são espetáculos teatrais da autoria do autor, que trouxeram de volta ao mundo o poder de sátira política e social que a comédia possui, fazendo rir a muitos e incomodando a outros.

A Companhia Ágata traz a oportunidade de o espectador ajudar. Através da Associação Espaço Curumim, ONG que realiza diversas ações de ajuda para cerca de 250 famílias indígenas da etnia guarani que vivem em 6 comunidades no Pico do Jaraguá. Quem quiser colaborar poderá adquirir um “Voucher Promocional” cujo valor será revertido para compra de cestas básicas e miçangas para as mulheres indígenas que tem na venda de artesanatos sua única fonte de renda.


Ficha técnica
Elenco: Caio Pimenta, Gigi Santos, Henrique Possetti, Ju Camata , Marco Biofli, Ronaldo de  Lima e Vincce Vinnus. Direção: Silvio Tadeu


Serviço:
Data: dias 13,14, 20, 21, 27 e 28 de maio. Local: Teatro de Arena Eugênio Kusnet. Rua Doutor Teodoro Baima, 94 - Vila Buarque. Sábados, às 20h. Domingo, às 19h. Valor: R$ 30. Voucher promocional: R$ 20 (com verba destinada às ações sociais nas aldeias indígenas do Pico do Jaraguá através da ONG Associação Espaço Curumim). O Voucher deverá ser trocado na bilheteria do teatro no dia que o espectador irá assistir a peça. Para adquirir o Voucher e obter maiores informações, entrar em contato pelo telefone, (11) 99560-2507.

.: Espetáculo "Alguém Tinha Que Ceder" volta a São Paulo em curta temporada


O espetáculo "Alguém Tinha que Ceder" volta a São Paulo em curta temporada no Teatro Espaço Ao Cubo. Serão três apresentações, que acontecem no espaço aos sábados, às 20h, nos dias 13 e 20 de maio. e 3 de junho. Com direção de André Castelani e texto original de Henrique Vitorino e Bruna Gabrille, que divide o palco com Rodrigo Fortunato, o espetáculo se passa na São Paulo dos anos 90, em época de forte especulação imobiliária. 

Laura e Otávio são os últimos moradores de um edifício condenado, fadado a ser demolido no dia seguinte. O casal em franca decadência financeira, amorosa e habitacional passam uma madrugada repleta de embates. Para impedir que essa relação termine em ruínas, alguém deverá estar disposto a ceder. Sucesso de bilheteria no ABC Paulista, o texto original desenvolvido em tempos pandêmicos (2021), valendo-se de um certo distanciamento de gerações, reflete indiretamente o período de isolamento em que foi escrito. 

Utilizando um fictício edifício decadente como plano de fundo, durante a São Paulo dos anos 90, a trama abre uma discussão sobre instabilidade habitacional, relações codependentes em ruínas e a espera por um futuro mais brando, mas que parece inacessível. A primeira montagem do espetáculo estreou na sua cidade natal, em Santo André, no Teatro de Arena da Escola Nacional de Teatro e marca também a estreia dos coautores Bruna Gabrille e Henrique Vitorino, enquanto dramaturgos brasileiros. 

Pouco tempo após a estreia, naquele mesmo ano, o espetáculo foi contemplado a participar das Satyrianas 2022, um dos maiores festivais da América Latina e grande celebração do teatro no território Paulistano. Após um pequeno hiato, "Alguém Tinha Que Ceder" voltou aos palcos de Santo André, passando pelo Espaço Cultural Circo do Asfalto, de forma gratuita e com o propósito de colaborar com o social, o livre acesso à cultura e a formação de novos espectadores e pelo Teatri da Curva. Ainda em cartaz, o espetáculo volta a São Paulo no Teatro Espaço Ao Cubo (dias 13 e 20 de Maio/ 3 de Junho/ 2023, Sábados às 20h).


Ficha técnica
Gênero: tragicomédia. Classificação: 12 anos. Duração: 65 minutos. Texto original: Bruna Gabrille e Henrique Vitorino. Elenco: Bruna Gabrille e Rodrigo Fortunato. Direção: André Castelani. Assistente de direção: Henrique Vitorino. Figurino: Ahazzo Costumes & Style / Acervo. Design de som e arte: Bruna Gabrille. Iluminação e som: Kleber Gonçalves. Equipe técnica: Rafael Di Genova e Lara Silva. Fotos: Thaís Benke. Com Vozes de: Juan Garcia, Fred Cruz, Newton Lelis e Fernando Morata. Apoio: JG Dublagens, Sebo Letra & Música, Escola Nacional de Teatro, Clube dos Aposentados Casa Branca e ATW - Around the World Hamburgueria.

Serviço
Teatro Espaço Ao Cubo. Dias 13 e 20 de maio, e 3 de junho. Todos os sábados, às 20h. Rua Brigadeiro Galvão, 1010 - Barra Funda, São Paulo. Ingressos via Sympla. R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada). Link: https://bileto.sympla.com.br/event/82297.

sexta-feira, 12 de maio de 2023

.: "O Caso": Otávio Muller e Letícia Isnard na comédia

"O Caso" estreia 20 de maio no Teatro Bravos. Foto: Ricardo Brajterman


Com direção de Fernando Philbert, a peça conta a história de um homem que busca na terapia a solução para um problema um tanto excêntrico: vive tomado por uma sensação de desinteresse absoluto por tudo e todos ao redor. Acha tudo muito chato e não consegue prestar atenção em nada que as pessoas dizem.

Num texto ágil, repleto de humor e diálogos rápidos, a peça fala de questões contemporâneas como a dificuldade de concentração em meio à avalanche de informações e estímulos que chegam sem parar, e da falta de interesse pelo outro e pelo coletivo. 

“Corra para ver o divertimento teatral mais elegante da temporada (...) vai ser um sucesso estrondoso, exatamente por causa do extremo requinte do seu dom de iludir. É para rir, um riso inteligente, redentor.” (Tania Brandão, crítica e jurada dos prêmios APTR e Cesgranrio)

“Fernando Philbert assume o comando (..) em precisa artesania que se destaca pela sintonização de sua proposta dramatúrgica, do riso crítico à ironia mordaz.” (Wagner Correa, crítico e Jurado Prêmio APTR)

Depois de grande sucesso de crítica e público no Rio, chega a São Paulo a comédia O CASO, com Otavio Muller e Leticia Isnard, e direção de Fernando Philbert - atualmente um dos mais profícuos diretores teatrais em atividade. A comédia “O caso Martin Piche”, inédita no Brasil até esta montagem, e aqui rebatizada como "O Caso", estreia dia 20 de maio no Teatro Bravos. O texto é do autor e ator contemporâneo francês Jacques Mougenot, cuja obra aporta pela segunda vez em terras brasileiras. O autor é o mesmo do sucesso “O Escândalo Philippe Dussaert”, com que Marcos Caruso ficou anos em cartaz, arrematando todos os prêmios de melhor ator e melhor espetáculo.

A comédia "O Caso", um texto ágil, repleto de humor e diálogos rápidos, fala de questões contemporâneas como a incapacidade de se concentrar em meio à avalanche de informações e estímulos que chegam sem parar, e da falta de interesse pelo outro e pelo coletivo.

“Partir de um incômodo simples, quase natural nos dias de hoje, que é se chatear - sim simplesmente às vezes me chateio e passa, mas e quando não passa? Este é o ponto de "O Caso", como o mito de Sísifo que rola sua pedra até o alto do morro e a vê rolar e novamente a empurra, o nosso personagem está mergulhado no enigma de se chatear pela eternidade dos dias. Partindo desse comportamento quase excêntrico, discutimos o todo das nossas relações e modos de conviver em sociedade. Os códigos, o que fingimos, o que julgamos ser incrível e muitas vezes é chato, terrivelmente chato. Nesta comédia com pitadas de absurdo, a investigação psicanalítica se depara com o simples fato de um homem que se chateia pura e simplesmente, e sofre por isto.”, reflete o diretor, Fernando Philbert.

Sinopse: Arnaldo (Otávio Muller), um homem aparentemente comum, procura uma psiquiatra (Letícia Isnard) alegando sofrer de um distúrbio desconhecido: é tomado constantemente por uma sensação de desinteresse completo por absolutamente tudo e todos ao redor. Acha tudo muito chato e não consegue prestar atenção em nada que as pessoas dizem. A psiquiatra, por sua vez, intrigada, tenta de todas as maneiras decifrar a patologia. Quando crê que começa entender o que se passa, o caso toma um novo rumo.

Palavra de ator:

“Quando li pela primeira vez o texto, a primeira impressão já foi muito boa. Apesar de ser um texto francês contemporâneo, eu acho que o que ele diz é muito para cá e para agora, hoje. Como ator, como artista, eu quero cada vez mais, junto com os parceiros deste projeto, que a peça seja bastante relevante. Que a gente possa acentuar ainda mais essa relevância para o Brasil de agora. A peça fala de um sentimento que todo mundo já teve, em momentos e épocas diferentes na vida, e também agora. Essa coisa do tédio, de achar tudo uma chatice, de não aguentar mais.” (Otávio Muller)

“Em ‘O mal-estar da civilização’, Freud já explicava muito da nossa eterna insatisfação e da inatingível busca da felicidade. O avanço do capitalismo, da tecnologia no cotidiano e a pandemia aprofundaram ainda mais esses sentimentos de infelicidade e tédio. Enquanto não solucionamos a falta de sentido existencial, refletir e, principalmente, rir dela nos alivia e nos conecta com o verdadeiro sentido de tudo: a tal da alegria e da felicidade. Essa peça fala de tudo isso, nos confronta com a nossa estranheza, nos faz rir do nosso próprio caos e ainda manda o tédio e a chatice pro espaço.” (Letícia Isnard)

FICHA TÉCNICA

Texto: Jacques Mougenot

Tradução: Marilu de Seixas Corrêa

Direção: Fernando Philbert

Elenco: Otávio Muller e Letícia Isnard

Cenografia: Natalia Lana

Figurino: Carol Lobato

Iluminação: Vilmar Olos

Trilha Original: Francisco Gil - Gilsons

Arte Gráfica: @orlatoons

Direção de Produção: Carlos Grun

Uma produção Bem Legal Produções

Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação - João Pontes e Stella Stephany, em parceria com Flavio Fusco Comunicação


Espetáculo "O Caso"

Estreia: dia 20 de maio (sab), às 20h

Local: Teatro Bravos - Rua Coropé, 88, Pinheiros / SP

Complexo Aché Cultural, entre as Avenidas Faria Lima e Pedroso de Morais

Horários: sab às 20h e dom às 17h / Ingressos: plateia premium R$120 e R$60 (meia); plateia inferior R$100 e R$50 (meia); balcão R$80 e R$40 (meia) / Onde Comprar: bilheteria e https://bileto.sympla.com.br/event/82142 / Horário da bilheteria: 3ª a dom das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo / Gênero: comédia / Capacidade: 611 espectadores / Acessibilidade: sim / Estacionamento: MultiPark / Classificação indicativa: 12 anos / Duração: 80 min / Temporada: até 09 de julho

terça-feira, 9 de maio de 2023

.: "Hysteria" e "Hygiene", espetáculos do Grupo XIX de Teatro, voltam


Como parte das ações do projeto 5X XIX haverá também o lançamento do livro dos 19 anos de trajetória do grupo no dia 28 de maio.

Os dois primeiros espetáculos do Grupo XIX de Teatro, "Hysteria" e "Hygiene", peças que projetaram o grupo nacionalmente, poderão ser vistas novamente em uma mostra especial no projeto 5X XIX, que visa a manutenção e a continuidade dos 18 anos de residência artística do grupo na Vila Maria Zélia.

"Hysteria", que trata das intrincadas relações sociais da mulher brasileira no final do século 19, acompanha a história de cinco mulheres internadas no hospício diagnosticadas como histéricas, será apresentado de 6 a 21 de maio, em 6 sessões, aos sábados e domingos, às 15h.

A peça que lançou o XIX em 2001 estabelece uma comovente relação com a plateia. Ao entrar no casarão do antigo Armazém da Vila Maria Zélia, os homens vão para uma arquibancada na posição de observadores. As mulheres sentam lado a lado no espaço cênico estabelecendo uma cumplicidade entre as personagens. Esta interação, aliada a textos previamente elaborados, gera uma dramaturgia híbrida e única a cada apresentação.

"Hygiene", que recria os sonhos e desencantos de imigrantes europeus amontoados em cortiços paulistanos no século 19, terá duas sessões dias 27 e 28 de maio, sábado e domingo, às 15h. No dia 28, após a sessão, haverá também o lançamento do livro digital "XIX - 19 Anos: Memórias e Reminiscências de Duas Décadas do Grupo XIX de Teatro".

A segunda peça do grupo é encenada ao ar livre por entre as ruas e casarões da Vila Maria Zélia e mostra a higienização urbana que avançou no Brasil, obrigando várias famílias a deixar as suas casas. O público é colocado em cena como agente compositor do espetáculo caminhando em procissão, participando de uma festa de casamento ou de uma roda de samba. Estão presentes na trama o samba, o sincretismo religioso, as lutas operárias, entre outras manifestações socioculturais.

O projeto 5X XIX prevê até o final do ano a circulação do espetáculo infantil "Hoje o Escuro Vai Atrasar Para Que Possamos Conversar"; a realização dos Núcleos de Pesquisa com mostra final dos espetáculos criados, e o início do novo processo criativo inspirado na obra; "O Atlas do Corpo e da Imaginação", do escritor português Gonçalo M. Tavares.

Luiz Fernando Marques destaca a importância do passar do tempo no amadurecimento dos espetáculos. “'Hysteria' e 'Hygiene' nasceram para fazer um atrito entre dois tempos, o século 19 e o tempo em que elas foram feitas. Fazer essas peças agora continua tendo essa dinâmica. Ao longo do tempo percebemos como alguns assuntos ganharam importância, algumas questões ficaram mais densas, outras ganharam um sentido mais político. Quando estreamos elas tinham um significado mais nostálgico e hoje ganham outra relevância. O entendimento com a luta feminista, de classe, de raça, as questões de moradia se apresentam hoje com novas nomenclaturas que fazem algumas questões levantadas pelas peças estarem mais decupadas para o público e para nós também. Sentimos que as pessoas estão mais preparadas para essas lutas seculares. Outro ponto interessante é o modelo de políticas públicas para o teatro de grupo que possibilitou a montagem desses espetáculos. O modelo de criação no qual o XIX estava inserido, numa criação coletiva e autoral, era uma novidade na época que se transformou na linguagem do grupo e de outros coletivos.  Atualmente, até pelo fim de muitas políticas de estado que ajudavam na manutenção desses grupos, ficou cada vez mais difícil a produção de espetáculos. Então assistir a 'Hysteria' e 'Hygiene' também é assistir um modelo de política pública que pensava nesse formato de criação”.

Sobre os espetáculos
"Hysteria" foi a primeira peça montada pelo grupo e estreou em 2001. Ganhou cinco prêmios, incluindo o de revelação teatral pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), além de ter sido indicada para o Prêmio Shell de Teatro.

A história de passa no final do século 19, nas dependências de um hospício feminino. Cinco personagens internadas como histéricas revelam seus desvios e contradições - reflexos diretos de uma sociedade em transição, na qual os valores burgueses tentavam adequar a mulher a um novo pacto social. Cenicamente, abdica-se do palco e dos recursos de sonoplastia e iluminação, optando-se por um espaço não convencional, onde a plateia masculina é separada da feminina que é convidada a interagir com as atrizes.

O espetáculo soma mais de 350 apresentações em mais de 80 cidades brasileiras e 14 cidades no exterior. Em 2005, o grupo cumpriu uma temporada de dois meses em 8 cidades francesas por ocasião do Ano do Brasil na França. Mais tarde, em 2008, embarcou para a Inglaterra, apresentando-se em Londres e Manchester a convite do Barbican Center e do Contact Theatre. Em 2009, participou do projeto Palco Giratório do SESC, realizando apresentações em 58 cidades das 5 regiões do Brasil.

"Hygiene", encenada à luz do dia, nos prédios históricos da Vila Operária Maria Zélia, é baseada em uma pesquisa sobre o processo de higienização urbana no Brasil do final do século 19, onde um grande contingente de culturas e ideias dividem o mesmo teto – o cortiço. Desse caldeirão de misturas surgem os embriões de importantes manifestações de nossa identidade, assim como as desigualdades sociais que marcam profundamente os nossos dilemas atuais.

Contando a história de operários, imigrantes, lavadeiras, meretrizes, ex-escravos, curandeiros, comerciantes do Rio de Janeiro da virada para século 20, quando a habitação virou uma questão pública e a sociedade, inspirada por modelos urbanos europeus, resolve pôr em prática a ideia de uma casa uni familiar, o Grupo XIX traz à tona as características que marcaram profundamente a construção da identidade brasileira. O samba, o sincretismo religioso, as lutas operárias, entre outras manifestações socioculturais tiveram seus embriões gerados nessas habitações coletivas.

Por esta peça o grupo foi indicado ao prêmio Shell de Teatro – 2005 e ao Prêmio Bravo! Prime de Cultura como um dos três melhores espetáculos do ano e foi premiado como melhor espetáculo no Prêmio Qualidade Brasil 2005 - São Paulo.


Serviço:
Espetáculo "Hysteria". Dias 6 e 7 de maio, sábado e domingo, às 15h. Ingressos grátis. Dias 13, 14, 20 e 21 de maio, sábados e domingos, às 15h. Ingressos: R$ 50 e R$ 25. Necessário a reserva de ingressos, mesmos os gratuitos, em Sympla.com.br - https://bit.ly/440gVru. Duração: 70 minutos. Classificação: 14 anos. Capacidade: 120 lugares. Vila Maria Zélia - Rua Mário Costa 13 (entre as ruas Cachoeira e dos Prazeres) – Belém. Telefone: (11) 99551-3112. 

Ficha técnica:
Direção: Luiz Fernando Marques. Criação, pesquisa de texto e figurinos: Grupo XIX de Teatro. Elenco: Evelyn Klein, Mara Helleno, Ericka Leal, Juliana Sanches e Tatiana Caltabiano. Produção Executiva: Andréa Marques. Produção: Grupo XIX de Teatro.

Espetáculo "Hygiene"
Dias 27 e 28 de maio, sábado e domingo, às 15h. Ingressos grátis. Necessário a reserva de ingressos em Sympla.com.br, Duração: 80 minutos. Classificação: livre. Capacidade: 80 lugares. Vila Maria Zélia: rua Mário Costa, 13 (entre as ruas Cachoeira e dos Prazeres) - Belém. Telefone: (11) 2081-4647. Acesso para deficientes físicos.

Ficha técnica
Direção: Luiz Fernando Marques. Pesquisa e Criação: Grupo XIX de Teatro. Elenco: Juliana Sanches, Paulo Celestino, Rodolfo Amorim, Ronaldo Serruya, Ericka Leal e Tatiana Caltabiano. Figurinos: Renato Bolelli. Contra-Regra: Roberto Oliveira. Produção Executiva: Andréa Marques. Produção: Grupo XIX de Teatro.

Lançamento do livro digital "XIX - 19 Anos: Memórias e Reminiscências de Duas Décadas do Grupo XIX de Teatro". Dia 28 de maio, domingo, às 16h30. Ingressos grátis. Vila Maria Zélia - Rua Mário Costa 13 (Entre as ruas Cachoeira e dos Prazeres) - Belém. Telefone: (11) 99551-3112.

sábado, 6 de maio de 2023

.: Sucesso de público: "O Guarda-Costas" prorroga temporada


Sucesso de bilheteria em 1992, o clássico filme “O Guarda-Costas” marcou a estreia da diva Whitney Houston no cinema. E essa bela história vivida por ela e pelo ator Kevin Costner ganhou uma versão teatral de sucesso, que vem lotando o Teatro Claro, O Guarda-Costas - O Musical, com direção de Ricardo Marques e direção associada de Igor Pushinov.

A direção musical é assinada por Paulo Nogueira e as coreografias por Tutu Morasi, e o elenco encabeçado pela talentosa atriz e cantora Leilah Moreno, que interpreta o papel da diva e praticamente não sai de cena durante todo o espetáculo, e pelo ator Fabrizio Gorziza, que dá vida ao guarda-costas.

Em cena, ainda estão Talita Cipriano, Pedro Galvão, Marcelo Goes, Vinicius Conrad, Nalin Junior, Victor Barreto, Alvaro Real e Daiana Ribeiro. Já o ensemble traz os experientes bailarinos Mari Saraiva, Danilo Coelho, Jefferson Felix, Leandro Naiss, Lucas Maia, Maik Soares, Raquel Gattermeier, Fernanda Salla, Josemara Macedo, Lucas Teodoro, Thaiane Chuvas e Vicky Maila.

Com muitas referências ao filme original e aos anos 90 nos figurinos e no visagismo, o musical conta a história de Rachel Marron, uma cantora e atriz muito famosa, que recebe algumas cartas com ameaças de um misterioso stalker. Para protegê-la, o empresário dela contrata Frank Framer, ex-agente do Serviço Secreto que falhou ao proteger o presidente americano em um atentado.

Diante das ameaças e do perigo, Frank e Rachel se apaixonam, mas, quanto mais eles se envolvem, mais o guarda-costas percebe que viver esse amor pode deixar a vida da cantora ainda mais vulnerável.

Embora tenha virado filme nos anos 90, a história trata de alguns temas bastante relevantes para o tempo presente, revela o diretor Ricardo Marques. “A trama fala de temas importantes como o stalker e o assédio vividos por Rachel; o sentimento de solidão experimentado pela protagonista mesmo diante da fama; e o fato de que o amor pode estar ao nosso lado”, comenta.

Foto: Helena Mello

O musical ainda promete encantar pessoas de todas as idades ao trazer em sua trilha sonora as canções de Whitney Houston, como o hino ‘I Will Always Love You’, além de ‘Run to You’ e ‘I Have Nothing’, que concorreram ao Oscar na categoria de melhor canção original. 

“O teatro musical faz com que tenhamos que traduzir músicas para o português para poder contar a história, mas, aqui optamos por fazer algo diferente, para que o público possa curtir e cantar junto todas essas canções maravilhosas de Whitney em inglês. Então, vamos ter apenas algumas músicas traduzidas, só aquelas que realmente contam a história, mas os grandes números serão em inglês”, revela o diretor.

Já a cenografia aposta em algo mais abstrato do que realista. “Vamos brincar com formas e algumas simbologias para representar ambientes como a casa da Rachel. E, para os shows dela, a ideia é que tenhamos um grande espetáculo de luz, figurino, coreografia. Estou pensando também em expandir o palco para dentro da plateia com uma passarela, para que ela consiga interagir com as pessoas como se fosse um show mesmo”, acrescenta Marques.

"O Guarda Costas - O musical" é apresentado pela 4Act Entretenimento, produtora conhecida por produções como Grease, o Musical, Ghost – o musical, A Era do Rock e Castelo Rá-Tim-Bum – o musical.

Foto: Helena Mello


FICHA TÉCNICA


Equipe Criativa

Diretor: Ricardo Marques

Diretor Associado: Igor Pushinov

Diretor Musical: Paulo Nogueira 

Coreografo: Tutu Morasi

Cenário: Rogério Falcão

Visagista: Antonio Vanfill

Figurino: Bruno Oliveira 

Desenho de Som: Marcelo Claret 

Desenho de Luz: Rogério Cândido

Desenho de Luz Associado: Marcel Rodrigues

Assistente de Coreografia/Coreógrafa Residente: Victoria Ariante

Assistente de direção Musical: Roniel de Souza  

Versão Brasileira: Sofia Bragança Peres, Silvano Vieira e Ricardo Marques

Produtor de Objetos: Clau Carmo


Equipe de Stage

Production Stage Manager (PSM): Tatah Cerquinho

Stage Manager: Vivian Rodrigues

Stage Manager: Renatinho


Equipe de Produção

Gerente de Produção: Bia Izar

Produtora Administrativa: Juliana Lorensseto

Produtor: Clayton Epfani


Equipe de Comunicação

Produtora de Conteúdo: Marilia Di Dio

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Agência de Comunicação: AR Propaganda 


Elenco

Rachel: Leilah Moreno

Frank: Fabrizio Gorziza

Nicki: Talita Cipriano

Fletcher: 

Fletcher: Pedro Galvão

Bill: Marcelo Goes

Stalker: Vinicius Conrad

Tony: Nalin Junior

Sy Spector: Victor Barreto

Ray Court: Alvaro Real

Back'n Vocal: Daiana Ribeiro 

Ensemble: Mari Saraiva

Ensemble: Danilo Coelho

Ensemble: Jefferson Felix

Ensemble: Leandro Naiss

Ensemble: Lucas Maia

Ensemble: Maik Soares

Ensemble: Raquel Gattermeier

Ensemble: Fernanda Salla

Ensemble: Josemara Macedo

Ensemble: Thaiane Chuvas

Swing: Vicky Maila

Swing: Lucas Teodoro


Orquestra

Maestro / Pianista 1: Paulo Nogueira 

Pianista 2: André Repizo

Segundo Regente / Pianista 3: Roniel de Souza

Reed: Chiquinho de Almeida

Trompetista: Bruno Belasco

Baterista: Douglas Andrade

Percussão: Wagner Gusmão

Baixista: Mauro Domenech

Guitarrista 1: Thiago Lima

Guitarrista 2: Lucas Fragiacomo

Pianista (ensaio): Roniel de Souza e André Luz Coletti


PRODUÇÃO 4ACT PERFORMING ARTS

Sinopse: Rachel Marron, uma cantora e atriz muito famosa, recebe algumas cartas anônimas com ameaças e seu agente contrata como guarda-costas, um ex-agente do Serviço Secreto: Frank Framer. Em meio a novas ameaças e atentados, Frank e Rachel se apaixonam.


SERVIÇO

O Guarda-Costas – o musical

Temporada até 11 de junho de 2023.

Local: Teatro Claro SP – Shopping Vila Olímpia - R. Olimpíadas, 360 - Vila Olímpia, São Paulo - SP, 04551-000

Capacidade: 799 pessoas

teatroclarosp.com.br

Classificação: 12 anos

Duração: 125 minutos

Acessibilidade 

Ar-condicionado


Sessões

Quintas e sextas às 21h

Sábados às 17h30 e 21h

Domingos às 19h


Ingressos

de R$ 50,00 a R$ 200,00

Obs.: Confira legislação vigente para meia-entrada

 

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS:

www.sympla.com.br – com taxa de serviço

 

Bilheteria física – sem taxa de serviço

Teatro Claro (Shopping Vila Olímpia) 

De 2ª a sábado, das 10h às 22h

Domingos e feriados das 12h às 20h

Telefone: (11) 3448-5061


sexta-feira, 5 de maio de 2023

.: Rodrigo Nascimento no espetáculo "O Andante", no Teatro Bibi Ferreira

Com Rodrigo Nascimento, o espetáculo "O Andante" estreia nesta sexta-feira, dia 5, no Teatro Bibi Ferreira, em São Paulo. Com dramaturgia de Elias Andreato e direção de Eduardo Guimarães, o espetáculo fica em cartaz até dia 19 de maio e conta a história de um andarilho, catador de livros, reciclante de poesias, carroceiro das palavras, que está perdido dentro de si entre o real e o imaginário.

No palco, o público se depara com um homem imerso em seus pensamentos e sentimentos, falando verdades de uma maneira quase filosófica. Com uma contundente inquietação, “O Andante” provoca quem o ouve, instigando a discussão das verdades estabelecidas pela sociedade. A linguagem poética do texto, também relembra a necessidade da leitura e da arte.


Ficha técnica:
Texto/Roteiro: Elias Andreato. Direção: Eduardo Guimarães. Assistente Direção: Anna Grecco. Ator: Rodrigo Nascimento. Figurino: Ray Feitosa. Iluminação: Rodrigo de Souza. Trilha original: Anderson França / Pan. Cenografia: Rodrigo Nascimento. Administração: Camila Laczko.


Serviço:
Gênero: drama. Duração: 55 minutos. Classificação: 14 anos. Ingresso: R$ 60 (inteira). Teatro Bibi Ferreira. Rua Brigadeiro Luis Antonio, 931 - Bela Vista - São Paulo. Sextas, às 21h . De 5 a 19 de maio.

quarta-feira, 3 de maio de 2023

.: "Tatuagem": Sesc Ipiranga tem Cia. da Revista com premiado musical

Com direção de Kleber Montanheiro, o espetáculo é uma adaptação teatral para o filme de Hilton Lacerda e venceu o APCA de melhor direção, além de ter se destacado em outros prêmios. Foto: Jennifer Glass


Sucesso de público e crítica, o musical Tatuagem, da Cia. da Revista ganha mais uma temporada em São Paulo, desta vez no Sesc Ipiranga, entre os dias 12 e 21 de maio, com apresentações às sextas, às 20h; aos sábados, às 15h e às 20h; e aos domingos, às 18h. 

O espetáculo é uma adaptação teatral dirigida por Kleber Montanheiro para o longa-metragem que rendeu o Kikito de melhor filme ao cineasta recifense Hilton Lacerda no Festival de Cinema de Gramado, em 2013. O trabalho estreou em 2022, no contexto das comemorações aos 25 anos do grupo, e venceu o Prêmio APCA de melhor direção. 

Além disso, a montagem ganhou o destaque em teatro no Prêmio Arcanjo 2022 e foi indicada aos prêmios Bibi Ferreira -  no qual ganhou melhor Ator Coadjuvante (André Torquato) e Melhor Arranjo Musical (Marco França) - de melhores direção, direção musical, ator revelação (para Cleomácio Inácio) e musical brasileiro; Shell, de melhor direção musical; e Destaque Imprensa Digital (DlD), em musical brasileiro, direção, ator revelação e ator coadjuvante.

O elenco conta com a participação de André Torquato, Bia Sabiá, Cleomácio Inácio, GuRezê, Júlia Sanchez, Larissa Noel, Lua Negrão, Lucas Truta, Mateus Vicente, Natália Quadros, Roma Oliveira e Zé Gui Bueno. Já a direção musical e os arranjos são assinados por Marco França e a produção pela Movicena Produções.

A trama acompanha a trupe teatral recifense Chão de Estrelas, que é liderada pelo extravagante Clécio Wanderley. Em uma noite, em 1978, os artistas recebem a visita do jovem Fininha, que é cunhado de Paulete, a estrela do grupo. Encantado com aquele universo marginal, o militar logo é seduzido pelo charmoso líder da companhia.

Os dois iniciam um tórrido relacionamento, que vai colocar Fininha diante de um grande problema: como viver esse amor e continuar trabalhando no repressivo ambiente militar em plena ditadura?

Algo curioso é que o Chão de Estrelas é inspirado no Teatro Vivencial, uma trupe pernambucana que fez sua arte nos anos de 1970 e 1980 e ficou conhecida por sua militância poética e como ícone da contracultura. E, de acordo com o diretor Kleber Montanheiro, o próprio trabalho feito pela Cia. da Revista tem muitas semelhanças com o do grupo retratado pelo filme.

“Nós todos temos essa ideia de junção de linguagens. A música sempre está muito presente em nossos espetáculos e exploramos outras possibilidades, como a dança, o circo, o circo-teatro e a própria revista como um gênero. Isso tem muito a ver com o Chão de Estrelas. E é interessante porque esse grupo estava inserido em um contexto de luta pela liberdade e nós estamos lutando para continuar com nosso espaço aberto, que ficou muito tempo fechado durante a pandemia”, compara o encenador.

Para transpor toda essa atmosfera criada pelo Chão de Estrelas no filme, a Cia. da Revista modificou até a estrutura de seu espaço. A plateia, por exemplo, será acomodada em cadeiras e mesas de dois lugares e até o hall de entrada e a fachada do espaço foram repensados para lembrar a sede do grupo fictício.

Tatuagem é o segundo espetáculo da trilogia de peças “Conexão São Paulo-Pernambuco”, que teve início em 2021, com a estreia de Nossos Ossos, a partir do romance do escritor Marcelino Freire. 

Trilha sonora d’As Baías: Kleber Montanheiro conta que a ideia de montar a adaptação surgiu nesse período de isolamento, em um momento que ele estava revisitando obras que marcaram sua vida. “Acho que a música acabou sendo o ponto de partida. Eu estava assistindo ao filme e notei que as canções d’As Baías se encaixavam perfeitamente em várias cenas. Tenho amizade com a banda, principalmente com a Assucena, pois dirigi o show da turnê “Mulher”, do primeiro disco delas. E parecia que as músicas tinham sido feitas para o filme”, comenta.

Embora a adaptação seja muito fiel aos diálogos do longa, a trilha sonora passou a incorporar as 23 canções de Raquel Virgínia, Rafael Acerbi e Assucena - que ainda compôs mais uma música inédita, “Tatuagem”, como tema do espetáculo.

“Existem várias camadas da música dentro da peça. Como as canções das Baías não contam uma história com começo, meio e fim, mas falam sobre um tempo, muitas vezes, a música tem uma função narrativa. Às vezes, funciona como um pensamento de uma personagem, comenta uma ação anterior e até anuncia algo que está por vir”, acrescenta o diretor.

Sinopse: Recife, 1978. A trupe teatral Chão de Estrelas é liderada pelo extravagante Clécio Wanderley e tem Paulete como a principal estrela do grupo. Numa noite de show, eles recebem a visita do cunhado de Paulete, o jovem Fininha, que é militar. Encantado com o universo criado pela companhia, ele logo é seduzido por Clécio. Os dois iniciam um tórrido relacionamento, que coloca Fininha frente a um grande problema: lidar com a repressão existente no meio militar em plena ditadura. Um espetáculo sobre o amor e a liberdade em tempos de opressão.


Ficha Técnica

Do filme de Hilton Lacerda

Adaptação, direção, cenários e figurinos: Kleber Montanheiro

Direção musical e arranjos: Marco França

Músicas: As Baías - Raquel Virgínia, Rafael Acerbi e Assucena

Música composta - Tatuagem: Assucena

Iluminação: Gabriele Souza

Visagismo: Louise Heléne

Preparação Côco de Roda: Val Ribeiro 

Assistente de direção: João Victor Silva

Co-figurinista e direção de ateliê: Marcos Valadão

Costureira: Nonata Diniz

Aderecistas: Gustavo Zanela e Rebeca Oliveira

Cenotecnia: Evas Carretero

Pintura de telões: Victor Grizzo

Elenco: André Torquato/John Seabra, Bia Sabiá, Cleomácio Inácio, GuRezê, Júlia Sanchez/Larissa Noel, Lua Negrão, Lucas Truta, Mateus Vicente, Natália Quadros, Roma Oliveira e Zé Gui Bueno.

Músico ensaiador: Gabriel Hernandes 

Banda: Guitarra: Canhestro |  Bateria: Caro Pisco | Teclado: Wagner Passos | Baixo / Violão: Gabriel Hernandes

Projeto Feito Tatuagem: Louise Heléne e Sérgio Santoian

Fotos Feito Tatuagem: Sérgio Santoian

Fotos do elenco: Rodrigo Chueri 

Fotos espetáculo: Jennifer Glass

Microfonista: Eder Sousa

Operador de som: Kleber Marques

Produção: Movicena Produções (Jota Rafaelli)

Realização: Cia. da Revista


Serviço

Tatuagem, com a Cia. da Revista

Temporada: De 12 a 21 de maio, às sextas, às 20h; aos sábados, às 15h e às 20h; e aos domingos, às 18h.

Sesc Ipiranga – Teatro – Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga

Ingressos: R$40 (inteira), R$20 (meia-entrada) e R$12 (credencial plena)

Classificação: 16 anos

Dueação: 135 minutos com intervalo

Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

.: Cia. Artinerant´s apresenta espetáculo “Vizinhos” no Teatro Cacilda Becker


Quarta-feira, dia 3 de maio, às 21h, com entrada gratuita, a Cia. Artinerant´s - Arte em movimento, apresenta o espetáculo circense “Vizinhos” no Teatro Cacilda Becker, em São Paulo. O espetáculo mistura cenas de acrobacia e equilíbrio com toques humorísticos, poéticos e teatrais, faz parte de uma trilogia da Cia. Artinerant´s, dos artistas Maíra Campos e Nié Pedro, que também são integrantes do Circo Zanni. 

A montagem trata do cotidiano de um homem e uma mulher que dividem a mesma casa – local em que os objetos domésticos se transformam e assumem funções diferenciadas, flertando com o surrealismo. É o caso de um sofá que vira trampolim e de um livro que queima na mão do acrobata. Ou ainda de um "fio" de arame - estendido como se fosse um varal de roupa - em que a aramista caminha e se equilibra diante dos desafios do cotidiano.

Em “Vizinhos”, os personagens exploram cada objeto do cenário e cada utensílio se torna aparelho de um número circense com uma lógica “desmiolada” do deslocamento poético, em que a mesa vira palco e a cama se transforma em aparelho de ginástica. Com direção de Lu Lopes (Palhaça Rubra), “Vizinhos” usa e abusa do humor, da música e de cenas do circo contemporâneo para contar uma história de amor de ponta cabeça - com acrobacia e com afeto. 

A trilha sonora de “Vizinhos” é destaque: sofisticada caminha passo a passo com os personagens. Ao representar a traição e um conflito entre os dois, por exemplo, a trilha sonora surpreende com uma versão romântica e irônica de “Você Não Vale Nada”, da cantora Tiê. “Como é bom sentar para assistir a um espetáculo e se surpreender a cada cena apresentada! Uma grata surpresa para quem conhece de longa data os artistas que estão no palco. Nié Pedro e Maíra Campos, que também fazem parte da família do Circo Zanni, e que criaram a cia. Artinerant´s. Eles mostram em seu trabalho de estreia (Vizinhos) que o circo combina mesmo com outras linguagens como a dança e o teatro”, comenta Cafi Otta, artista circense que é um dos protagonistas da  série da HBO sobre o panorama circense da atualidade.  

“Vizinhos é um espetáculo em estilo poético que tem trilha sonora sofisticada. E propõe à linguagem do circo a temática urbana, seja nas partes líricas ou emotivas, quando entra Sumertime, seja nas partes cômicas, o que ocorre na cena da coelha, personagem nonsense, ao som de Piel Canela, com Eydie Gorme e o Trio Los Panchos”, comenta Mônica Rodrigues da Costa, jornalista, poeta e crítica.

Ficha técnica:
Direção: Lu Lopes | Elenco: Daniel Pedro e Maíra Campos | Cenografia: Flavia Mielnik | Figurino: Maíra Campos | Iluminação e som: Paulo Souza | Trilha sonora: Nié Pedro, Maíra Campos e Lu Lopes | Produção: Marina Felipe Ferreira


Serviço:
Espetáculo “Vizinhos”. Com Cia. Artinerant´s . Sinopse: O espetáculo Vizinhos une técnicas circenses e flerta com o surrealismo, convidando o público para conhecer o cotidiano de um homem e de uma mulher dentro de casa. Duração: 50 minutos. Grátis: classificação livre. Dia 3 de maio de 2023 (quarta-feira), às 21h, no Teatro Cacilda Becker, rua Tito, 295 - Lapa - São Paulo. 

Teaser "Vizinhos"

terça-feira, 2 de maio de 2023

.: "Veraneio": reestreia do espetáculo de sucesso, no Teatro Faap

Repeteco de parceria de sucesso reúne direção de Pedro Granato e texto de Leonardo Cortez; Clarisse Abujamra se soma ao time em espetáculo que escancara. Foto: Nadja Kouchi


Após uma temporada de estreia com ingressos esgotados, espetáculo Veraneio reestreia no Teatro Faap, de 4 de maio a 29 de junho, com sessões às quintas-feiras, às 20h30. A montagem consolida a parceria entre Leonardo Cortez e Pedro Granato, que começou em 2018 com Pousada Refúgio. O elenco traz como novidade Clarisse Abujamra que se une ao time de Pousada Refúgio formado por Glaucia Libertini, Maurício de Barros, Sílvio Restiffe, Tatiana Thomé e Leonardo Cortez.

A trama, que revela os desdobramentos tragicômicos de um encontro familiar em uma casa de praia, arrebatou público e crítica quando estreou no Sesc Ipiranga em janeiro de 2023, com ingressos esgotados. O público acompanha o reencontro de Dona Laura e seus três filhos amargurados para celebrarem o aniversário da matriarca, interpretada por Clarisse Abujamra. O cenário é a uma casa à beira-mar recém-comprada por uma das filhas, Hercília, decadente apresentadora de televisão e incomodada com a presença da mãe no seu refúgio. Ela e os irmãos, Silvio e Mario Sérgio, estão ansiosos para conhecer o novo e misterioso namorado de Dona Laura, um animado professor de ginástica. A expectativa por esse encontro e as novidades que ele traz afetam a relação familiar.

"Veraneio" é um aprofundamento da pesquisa iniciada para Pousada Refúgio, primeiro encontro da dupla Granato e Cortez, que estreou em 2018 e abordava o desmoronamento dos sonhos e da hipocrisia de dois casais de classe média. A obra foi sucesso de público e crítica e ganhou temporadas em vários teatros de São Paulo também no ano seguinte. A peça foi indicada a importantes prêmios para Leonardo Cortez como Shell, APCA e Aplauso Brasil e, entre as distinções de destaque, está a de melhor ator para Maurício de Barros no Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). A história de sucesso das peças não se encerra no teatro: elas já estão sendo adaptadas para o cinema, em parceria com a produtora argentina PBA Cinema, responsável pela produção do filme “Medianeras”.

Assim como a antecessora, Veraneio trabalha um texto contemporâneo e inédito para refletir não só sobre os efeitos do isolamento e do afastamento das famílias, mas também do novo desafio que se coloca quando essas pessoas se reencontram com bagagens cheias de traumas, perdas, frustrações e angústias.

O texto coloca o espectador e a sociedade no espelho, pois sua construção e suas referências estão muito ligadas às angústias vividas pelos brasileiros nos últimos anos, atravessando não só uma crise sanitária, mas turbulências políticas e econômicas. Apesar da carga dramática e emocional que essa discussão pode despertar, a peça também quer provocar pelo humor.

“Essa peça é uma comédia em que estamos rindo de nossa própria desgraça. Por isso muitas vezes sua graça é dolorida, porque o tombo é nosso. Uma vontade de fugir. Quem nos últimos anos não foi tocado em algum momento por esse impulso? Com o pesadelo político que vivemos nesses anos, a pandemia avassaladora e a crise? Mas como fugir da família? Essa espécie de instituição, esse agrupamento de afinidades e desavenças, esse núcleo visceral de pessoas com as mesmas raízes?”, questiona Granato.

Tudo é retratado por meio de diálogos ágeis e afiados, que marcam o estilo do dramaturgo, com a sensação de desestabilização das personagens. Inclusive a escolha do título da peça está ligada a essa intenção provocadora, esclarece Cortez, autor reconhecido no teatro por sua sensibilidade para tratar cotidianos e incômodos brasileiros. Além da vasta carreira na dramaturgia, ele fez sua estreia no cinema com o filme Down Quixote no Festival do Rio este ano.

“A palavra ‘veraneio’, referente à verão, me aponta um desdobramento. Um festival de verdades reveladas como uma sentença. Diálogo franco, nem por isso fácil com os dias de hoje, onde somos protagonistas de um festival de desentendimentos e ausência de escuta. Ao mesmo tempo, quanta comédia. Prefiro rir das minhas dúvidas. Tripudiar da minha tristeza”, explica Cortez.

A parceria entre Granato e Cortez promete se desdobrar num terceiro espetáculo que encerra “Trilogia da Fuga”“O objetivo é construir uma dramaturgia que investigue o movimento permanente de fuga das pessoas de suas rotinas massacrantes e as consequências disso para as relações pessoais. Em Pousada Refúgio, temos dois casais buscando a construção do sonho do refúgio. Em Veraneio, os personagens estão no refúgio propriamente dito. Nenhum deles consegue encontrar a paz pretendida porque o inferno está dentro de cada um. Na terceira peça, os personagens provavelmente tentarão fugir de si mesmos, no sentido figurativo e literal. Ainda estou estruturando as ideias e pesquisando o universo que pretendo retratar”, adianta Cortez.

Sinopse: O aniversário da mãe é o mote para o reencontro familiar com três filhos amargurados. Todos estão ansiosos por conhecer o novo namorado que a mãe conheceu na praia durante a pandemia. Os dilemas e agonias do mundo pós pandêmico se misturam com a descoberta do amor na melhor idade.


Ficha Técnica:

Idealização: Leonardo Cortez e Pedro Granato. Texto: Leonardo Cortez. Direção: Pedro Granato. Elenco: Clarisse Abujamra, Glaucia Libertini, Leonardo Cortez, Maurício de Barros, Sílvio Restiffe e Tatiana Thomé. Cenário e Adereços: Diego Dac. Iluminação: Beto de Faria. Figurino: Anne Cerutti. Cenotécnico: Roberto Tomasim. Costureira: Binidita Apelina. Assistente de Direção: Jade Mascarenhas. Assistente de Figurino: Luiza Spolti. Assistente de costura: Lis Regina. Produção Executiva: Carolina Henriques. Direção de Palco: Diego Dac. Técnico de Luz: Ariel Rodrigues e Beto de Faria. Técnica de Som: Jade Mascarenhas. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Fotos e Registro em Vídeo: Nadja Kouchi. Direção de Produção: Jessica Rodrigues. Realização: Contorno Produções e Pequeno Ato.


Serviço:

Espetáculo Veraneio – Reestreia dia 4 de maio no Teatro Faap.

Temporada: De 4 de maio a 29 de junho. Quintas-feiras, às 20h30.

Ingressos: R$ 50 e R$25

Link vendas - bit.ly/3mQpuo8

Duração: 80 minutos.

Classificação: 14 anos.

Teatro FAAP – Rua Alagoas, 903, Higienópolis, São Paulo, SP

Bilheteria física: De quarta a sábado das 14h às 20h e domingo das 14h às 17h. Em dia de espetáculo, até o início do mesmo.

Televendas: 11 3662-7233 / 11 3662-7234: De quarta a sábado das 14h às 20h e domingo das 14h às 17h. Em dia de espetáculo, até o início do mesmo.

Ingressos Online: teatrofaap.com.br

Capacidade: 477 lugares.


sexta-feira, 28 de abril de 2023

.: Teatro: "Identidade X - Max e Eva" convida a pensar sobre diversidade


Com direção de Ricardo Grasson e Ando Camargo, espetáculo nasceu para desmistificar a sigla LGBTQIAPN+. Foto: Lyvia Gamerc e Andrea Menegon


Em um dos países que mais mata a população LGBTQIAPN+ (Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromânticas/Agênero, Pan/Poli, Não-binárias e mais) no mundo, discutir gênero e identidade é fundamental para a criação de uma sociedade melhor. E a peça "Identidade X - Max e Eva" vem falar justamente para a juventude sobre essas questões em sua nova temporada, que acontece de 3 de maio a 1º de junho, no Teatro Sérgio Cardoso, com sessões às quartas e quintas, às 19h.

A montagem tem texto de Marcelo Gomes e Ellen Bueno e direção de Ricardo Grasson e Ando Camargo. Já o elenco traz Glamour Garcia, Thiago Mendonça, Marcelo Gomes, e Fábio Barreto. Inspirado em histórias reais, o trabalho aborda a luta e os desafios das pessoas em processos de descoberta de sua identidade, estejam elas dentro ou fora das siglas de expressão da diversidade. A trama acompanha uma história de amor entre Max, um homem em descoberta de sua identidade, e Eva, uma garota de programa cisgênero

Eva se apaixona e se aproveita da condição de Max levando-o para o mundo da prostituição. Eles afundam no submundo, onde as reais identidades e valores são revelados. A situação quebra os limites e a convivência entre eles se torna frágil e insustentável.

Ao nascer, as pessoas são automaticamente classificadas pela sociedade em dois gêneros de acordo com seus órgãos genitais. A peça vem justamente para ajudar o público - que também está em processo de construção de sua identidade - a questionar: Será que apenas essas duas categorias servem para retratar a realidade de toda raça humana? Por que as siglas de expressão da diversidade existem? Por que elas crescem? Como obtemos informações e/ou apoio? Como lidar com a nossa singularidade e a das outras pessoas?

A história tem um final de esperança para os protagonistas Max e Eva, para mostrar aos jovens que todas as pessoas, independentemente da identidade de gênero, merecem ser felizes, amadas, respeitadas e ter uma vida digna. "Identidade X - Max e Eva" é resultado de um projeto aprovado pelo ProAC 30/2021. A peça estreou em 2022 e teve uma série de apresentações em vários teatros, direcionadas a comunidade e a escolas. A iniciativa também contou com a exposição fotográfica áudio-descritiva “Frente a Frente”, retratando histórias de pessoas LGBTQIAPN+, e a série “Velas e Siglas”, com oito encontros gravados em vídeo entre especialistas em diversidade.


Max e Eva
O espetáculo conta a história de Max, um habitante de São Paulo, cidade recheada de nuances e complexidades. Max é um homem em descoberta de sua identidade, atormentado por seus conflitos, e por não compreender seu lugar na sociedade, opta por viver nas ruas. Surge em sua vida, Eva, uma prostituta que sonha ser atriz, sedutora e comunicativa, ela gera um grande impacto na vida de Max. Didi, drag queen e melhor amigo de Eva tenta impedi-la de se entregar a essa relação. Eva se apaixona por Max e o conduz para a descoberta da sua identidade de gênero, até que a situação quebra os limites e as reais identidades são reveladas. 


Ficha técnica
"Identidade X - Max e Eva". Texto: Marcelo Gomes e Ellen Bueno. Elenco: Glamour Garcia, Thiago Mendonça, Marcelo Gomes, e Fábio Barreto. Direção: Ricardo Grasson e Ando Camargo. Contribuição cênica: Cássio Scapin. Desenho de luz: César Pivetti e Rodrigo Pivetti. Figurino e cenário: Kleber Montanheiro. Direção musical: Marcus Veríssimo. Produção: Marcelo Gomes, Augusto Oliveira e Gregory Pena. Assistência de produção: Wellyda Lyra. Coordenadora de inclusão da pessoa com deficiência e audiodescrição: Jessica Marchetti. Libra: Libas Rosemeire Santos. Foto: Lyvia Gamerc e Andrea Menegon. 


Serviço
"
Identidade X - Max e Eva". Temporada: 3 de maio a 1º de junho, às quartas e quintas-feiras, às 19h. Teatro Sérgio Cardoso - Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$20 (meia-entrada). Pessoas trans e com deficiência pagam meia entrada. Vendas on-line em https://www.teatrosergiocardoso.org.br/pt-br/agenda-cultural/identidade-x-max-e-eva/. Duração: 70 minutos. Classificação: 14 anos. Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com deficiência. A peça tem tradução em Libras todas as quartas-feiras e áudio descrição em todas as sessões.

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.