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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

.: Programação da 32ª edição do Festival de Férias do Teatro Folha

Tradicional no circuito teatral paulistano, com duas versões anuais, o Festival de Férias do Teatro Folha chega a 32ª edição. Realizado desde 2004, soma 200 espetáculos de 90 companhias, aproximadamente. Com uma sessão às 16 horas, de segunda a sexta, e uma dobradinha (às 16h e 17h40) aos sábados e domingos, a programação de janeiro de 2020 do evento reúne sete espetáculos, sendo cinco clássicos do universo infantil, além de uma peça inspirada em texto de Ruth Rocha e outra adaptada da obra de Monteiro Lobato.

A Bela e a Fera e As Desmemórias da Emília - A Marquesa de Rabicó abrem o cardápio no dia 4 de janeiro, respectivamente, sendo apresentadas aos sábados e domingos, às 16 e 17h40, até 26 de janeiro. Alice no País das Maravilhas é a atração das segundas-feiras, a partir do dia 6, às 16h, até dia 27. Pinóquio poderá ser visto nas terças-feiras, do dia 7 até 28. Nas quartas-feiras, a criançada pode assistir Dois Idiotas Sentados cada Qual no Seu Barril, de 8 a 29. A Branca de Neve - o Musical estará em cartaz às quintas, do dia 9 até dia 30. Às sextas, a partir de 10 de janeiro, é a vez de O Mágico di Ó - O Clássico em Forma de Cordel, com sessões até dia 31.

O diretor artístico do Teatro Folha, Isser Korik, conta que a criação do festival foi uma consequência natural já que, desde a construção do teatro, havia sido traçada uma diretriz de que o teatro infantil teria tanta prioridade quanto o adulto.  Nenhuma peça poderia ocupar o palco com cenários fixos nem ocupar as instalações de luz como quisesse. Tudo teria que ser compartilhado em igualdade de condições.  “Investir no teatro infantil era investir num grande público potencial do bairro, no presente e na formação de público no futuro. Essa atitude atraiu os melhores espetáculos infantis para o Teatro Folha e logo o público compareceu prestigiando. A ideia de um festival com espetáculos diferentes a cada dia se provou uma fórmula acertada.” Isser assina a curadoria ao lado de Claudio Marinho, responsável pela programação. A linha obedece ao critério da qualidade artística, segundo Isser, que procura atender públicos de todas as idades e oferecer variedade de linguagens teatrais, para agradar o máximo de pessoas. 


Confira a programação completa:

De 4 a 26 de janeiro - SÁBADO e DOMINGO, às 16 horas.

A Bela e a Fera. Foto: Débora Corvello

Adaptado e dirigido por Rafael Junqueira, clássico da Disney, conto de fadas francês originalmente escrito por Gabrielle-Suzanne Barbot, Dama de Villeneuve, em 1740, apresenta versões variadas do original que se adaptam a diferentes culturas e momentos sociais. Em cena, a história de amor entre uma linda e inteligente jovem (Bela) e um príncipe que foi enfeitiçado e transformado em Fera. Bela vive em um vilarejo francês com seu pai, que é capturado e aprisionado pela Fera em seu castelo. A jovem consegue localizá-lo e se oferece para ficar no lugar dele. Sua bondade a faz enxergar o lado humano da Fera, por quem se apaixona perdidamente, quebrando o feitiço.

Ficha Técnica
Direção e adaptação: Rafael Junqueira
Elenco: Rafael Junqueira, Larissa Leal, Marcelo Ayres, Layana Cattoni, Davi Willians, Karla Bonfá, Edson Gonçalvez, Danilo Martins, Fábio de Carvalho, Fávio Pimenta e Johnny Salvi
Cenografia: Rafael Junqueira
Iluminação: Rodrigo Souza
Operação de Som e Luz: Fernando Pereira
Realização: JTR Produções.
Duração: 60 minutos
Classificação: a partir de 3 anos


De 4 a 26 de janeiro – SÁBADO e DOMINGO, às 17h40

As Desmemórias da Emília – A Marquesa de Rabicó. Crédito das fotos: Grupo Trapo

Concebida e dirigida pelo jovem diretor Muriel Vitória, a história é uma ficção baseada na obra de Monteiro Lobato (cuja obra entrou em domínio público em 2019). O Grupo Trapo traz à cena um espetáculo infanto-juvenil apresentando a famosa boneca da literatura infanto-juvenil brasileira que resolve escrever suas “des-memórias”. São memórias de meias verdades contadas do seu jeito. Para tal missão, ela conta com a ajuda do inseparável sábio Visconde de Sabugosa. Pedrinho, Dona Carochinha, o príncipe Escamado e até mesmo a Cuca ajudam Emília nesta missão de compartilhar suas desmemórias com o mundo.

Ficha Técnica
Direção e Concepção: Muriel Vitória
Elenco: Vitória Rabelo ( Emília ) , Diego Britto ( Visconde ), Isaque Patrício ( Pedrinho ), Marília Pacheco ( Dona Carochinha ), Lucas Soares ( Príncipe Escamado ) e Priscilla Rosa ( Cuca )
Iluminação: Iohann Iori Thiago
Produção de Figurinos e Adereços: Danilo Yabiku
Direção de Produção: Marina Hohne 
Duração: 40 minutos
Classificação etária: a partir de 3 anos



De 6 a 27 de janeiro, SEGUNDA, às 16 horas

Alice no País das Maravilhas. Foto: Jady Forte


A Cia. dos Tantos apresenta livre adaptação da obra de Lewis Carroll. Considerado um dos textos mais célebres do gênero, a história parte do sonho da curiosa menina Alice. Ela segue um coelho de colete e relógio e é projetada para um novo mundo. No país das Maravilhas, Alice encontra seres fantásticos como a Lagarta, o Chapeleiro Maluco e a temida Rainha. Alice no País das Maravilhas é uma viagem de ida e volta, mas como diz o personagem principal, você vai sentir saudades quando acordar. Com elementos da cultura hippie dos anos 60 e 70 e da cultura pop, a montagem faz o público questionar e refletir sobre sua função no mundo.

Ficha técnica
Texto: Lewis Carroll
Adaptação e Direção: Guy D’avllis
Elenco: Talytha Pugliesi, Thiago Tavares, Fani Feldman, Renan Ferraz e Álvaro Franco
Preparação Corporal, iluminação e trilha sonora: Thiago Tavares
Cenário e Figurino: Ateliê na Estica / Guy D’avllis
Produção Executiva: Thiago Tavares e Guy D'avllis
Assistente de Produção: Denise Macedo
Contra Regra: Douglas Bertossi
Camareira: Val Ribeiro
Realização: Cia dos Tantos
Duração: 50 minutos
Classificação etária: a partir de 3 anos


De 7 a 28 de janeiro, TERÇA, às 16 horas

Pinocchio. Foto: Jefferson Pancieri

Com concepção e direção de Pamela Duncan, a peça livremente inspirada na obra do italiano Carlo Collodi, narra a história de Pinocchio, um boneco de madeira feito por Gepetto, um homem simples. A madeira é mágica e, depois de pronto, o boneco começa a se mexer e agir como um menino de carne e osso. E, como tantos meninos, Pinocchio não ouve os conselhos do Gepetto - ele prefere divertir-se. Mas, é ingênuo e tem um bom coração. Um dos traços típicos de Pinocchio é que quando mente seu nariz cresce (uma imagem tão acertada de Collodi que é conhecida mesmo por aqueles que nunca leram o texto).

Ficha técnica
Direção e concepção: Pamela Duncan
Elenco: Jonathan Well, Rogerio Favoretto, Mauricio Madruga, Dulcineia Dibo, Ricardo Aires
Assistente de direção e Produção: Luiz Fernando Albertoni
Dramaturgia: Rogério Favoretto e Pamela Duncan
Narração: Lui Strasburger
Sonoplastia: Aline Meyer.
Iluminação: Bruno Caselli
Operador de Som e assistente de mídias: Jonas Ribeiro
Figurinos: Pamela Duncan
Adereços: Lucas Luciano e Ivaldo de Mello
Cenário: Heron Medeiros e Pamela Duncan
Design Gráfico e textos: Aida Cassiano
Vídeo Cenário: Giuliano Scanduzzi
Coreografia: Luciana Mayumi
Preparação vocal: Jocelyn Maroccolo
Produção: A peste, Cia Urbana de Teatro
Fotografia: Jefferson Pancieri
Realização: A Peste, Cia Urbana de Teatro – Pamela Duncan
Duração: 60 minutos
Classificação: a partir de 4 anos


De 8 a 29 de janeiro, QUARTA, às 16 horas

Dois Idiotas Sentados Cada Qual no seu Barril. Foto: Marcelo Sarmento

Realizado pela Borbolina Cia, a comédia Dois Idiotas Sentados Cada Qual no seu Barril é uma livre adaptação do livro de Ruth Rocha, autora conhecida por seus livros infantis. Em clima descontraído, a montagem instiga o público a refletir sobre as disputas que muitas vezes travamos antes mesmo de permitir o diálogo. Em cena, Teimosinho e Mandão são palhaços combatentes de guerra que atuam em exércitos distintos, cada qual com um barril cheio de pólvora. Quando os dois, extremamente egoístas e autoritários, não conseguem dialogar sem brigas, acendem uma vela e colocam em risco toda vida ao redor – incluindo a deles. Nesta versão leve e intrigante, a peça destaca o quanto a polaridade entre ideias pode ser ruim quando o diálogo é deixado de lado. As personagens se alternam entre conflitos e brincadeiras, baseadas em números de palhaçaria.

Ficha técnica
Obra: Ruth Rocha
Dramaturgia: Dario Uzan
Elenco: Giuliano Caratori e William Maciel
Concepção e Direção: Stella Tobar
Idealização: Jô Santana
Cenografia: Paula de Paoli
Figurinos: Paula de Paoli e Sônia Ushiyama
Iluminação: Giuliano Caratori
Trilha sonora: Flávio Pereira e Stella Tobar
Narração Criança: Clarissa Tobar
Fotos: Eduardo Petrini
Adereços de Cenografia e Figurinos: Clau Carmo
Operador de Luz e Som: Vinícius Requena/Eduardo Petrini
Produção: Fato Marketing e Produções
Produção Executiva: Borbolina Produções
Realização: Borbolina Cia e FATO
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: a partir de 4 anos


De 9 a 30 de janeiro, QUINTA, às 16 horas

Branca de Neve – O Musical. Foto: Caio Gallucci

O conto de fadas originário da tradição oral alemã, que foi compilado pelos Irmãos Grimm, roteirizado e dirigido por Rodrigo Gomes, é o ponto de partida para o musical produzido pela Dos Clássicos Produções. O espetáculo conta com quatro atores cantores (Ella Dalcin, Thiago Lemmos, Simone Luiz e Vitor Moresco), que dão vida ao conto, misturando o mundo fantasioso da famosa história, com músicas ao vivo. No palco, o elenco interpreta as canções trazendo referências à tão conhecida história, mas também dão voz a outros personagens. Para isso, foram acrescentadas três canções do musical Into The Woods: “Witch’s Lament” (“Veja, espelho meu”- solo da Rainha Má), “Agony” (“Ai de mim!” - dueto do Príncipe e Caçador) e “It’s The Last Midnight” (“Sou a mais bela” - solo da Bruxa), versionadas por Rafael Oliveira, especialmente para o espetáculo que conta a história de uma rainha conhecida por sua beleza e maldade. Entre seus segredos e feitiços, havia um espelho mágico que revelava se a malvada continuava sendo a mais bela de todas as mulheres. Certa vez, o misterioso espelho confessou a sua senhora que outra moça crescia em graça e beleza: Branca de Neve, enteada da cruel rainha. Inicia-se então uma bela história envolvendo uma linda princesa, uma mulher invejosa, uma maçã envenenada e um beijo de amor verdadeiro.

Ficha técnica
Texto Original: Irmãos Grimm
Roteiro e direção: Rodrigo Gomes
Elenco: Ella Dalcin (Branca de Neve), Thiago Lemmos (Príncipe), Simone Luiz (Rainha Má / Bruxa) e Vitor Moresco (Caçador)
Cenário e Figurino: Rodrigo Gomes
Pintura de arte: Lu Grecco
Fotos divulgação: Caio Gallucci
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: a partir de 3 anos

De 10 a 31 de janeiro, SEXTA, às 16 horas

O Mágico Di Ó – O Clássico em Forma de Cordel. Foto: Victor Miranda

Inspirado no clássico O Mágico de Oz, de Frank Baum, o espetáculo escrito pelo dramaturgo Vitor Rocha, narra a saga de retirantes nordestinos a caminho da cidade de São Paulo. A peça traz um olhar abrasileirado dos personagens Dorothy, Espantalho, Leão e Homem de Lata, tendo como ponto de partida o embarque da menina Doroteia e seus tios em um pau-de-arara, rumo à capital paulista em busca de uma vida melhor, fugindo de uma terra sem chuva e sem esperanças. Neste grupo de migrantes está o cordelista e versador Osvaldo, que começa a contar uma história para distrair seus companheiros de viagem. Os versos, baseados em uma história real, dão asas à imaginação da garota, fazendo com que realidade e fantasia se misturem neste divertido enredo, que tem como protagonista uma Doroteia que deseja levar chuva para sua terra e ver um arco-íris cruzar o Cariri.

Ficha técnica
Idealização: Luiza Porto e Vitor Rocha
Texto: Vitor Rocha
Direção: Ivan Parente e Daniela Stirbulov
Elenco: Diego Rodda; Elton Towersey; Lui Vizotto; Luiza Porto; Renata Versolato; Thiago Sak; Vitor Rocha, stand in: Renan Rezende
Direção Musical: Marco França
Letras: Vitor Rocha
Músicas: Marco França e Elenco
Trilha Incidental: Diego Rodda
Treinamento de prosódia: Marco França
Assistente de direção musical: Elton Towersey
Direção de arte: Juliana Porto e Silvia Ferraz
Assitente de direção de arte: Carol Arouca
Desenhos de luz: Fran Barros
Operação de luz: Marina Gatti
Duração: 55 minutos
Classificação indicativa: a partir de 4 anos

Serviço – Festival de Férias
Início: De 4 a 31 de janeiro de 2020
Apresentações: segunda a sexta-feira, às 16h; sábado e domingo, às 16h e 17h30.
Ingressos: R$ 50,00*
*Valor referente ao ingresso inteiro. Meia-entrada disponível em todas as sessões e setores de acordo com a legislação.

Teatro Folha - Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323 - Televendas: (11) / 3823 2423 / 3823 2737 / 3823 2323.
 Site: teatrofolha.com.br

Vendas por telefone e no site do teatro / Capacidade: 305 lugares / Não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Folha 50% desconto. Horário de funcionamento da bilheteria: segunda e terça-feira, das 14 h às 16 h; quarta e quinta-feira, das 14h às 21h; sexta-feira, das 14h às 21h30; sábado, das 12h às 23h59; domingo, das 12h às 20h / Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: R$ 14,00 (primeiras duas horas) / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 97628-4993 / Patrocínio do Teatro Folha: Folha de S.Paulo, Consigaz, Owens-llinois, Grupo Pro Security, CCRR e Greif.

Sobre a Conteúdo Teatral: O grupo empresarial paulista Conteúdo Teatral atua há mais de quinze anos em duas vertentes: gestão de salas de espaços e produção de espetáculos. Como gestora é responsável pela operação do Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis, com direção artística e comercial de Isser Korik, programando espetáculos para temporada em regime de coprodução. No período de atuação a empresa soma mais de 2 milhões de espectadores. Como produtora de espetáculos, viabilizou dezenas de peças, como “Gata Borralheira”, “O Grande Inimigo”, “Os Saltimbancos”, “A Pequena Sereia”, “Grandes Pequeninos”, “Branca de Neve e os Sete Anões”, “A Cigarra e a Formiga”, “Cinderela” e “Chapeuzinho Vermelho” para as crianças. Para os adultos foram realizadas, entre outras montagens, “A Minha Primeira Vez”, “Os Sete Gatinhos”, “O Estrangeiro”, “Senhoras e Senhores”, “O Dia que Raptaram o Papa”, “E o Vento Não Levou”, “Equus” a trilogia “Enquanto Isso...”, além de projetos de humor – como “Nunca Se Sábado...” e “IMPROVISORAMA” – Festival Nacional de Improvisação Teatral. Em parceria com Moeller e Botelho produziu os Musicais “Um Violinista no Telhado”, “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos”, “Nine – Um Musical Felliniano” e “Beatles num Céu de Diamantes”.

sábado, 9 de novembro de 2019

.: Crítica: os ensinamentos de “Os Três Porquinhos”, no Teatro Folha

Conto clássico busca a identificação do público infantil com as personagens. Crédito: Karine Alves

Por Mary Ellen Farias dos Santos
Em novembro de 2019 



A história de "Os Três Porquinhos" é clássica e de conhecimento universal. Contudo, no espetáculo infantil que recebe o mesmo nome e está em cartaz no Teatro Folha, aos sábados e domingos, foi renovada. Adaptada e dirigida nos palcos por Pitty Webo, a essência da fábula protagonizada pelos irmãos porquinhos ameaçados pelo lobo é mantida.

Assimo estudioso Puffy (Claudio Marinho), o guloso e preguiçoso Poffy (Victor Di Lourenço) e a medrosa Piffy (Pitty Webo) vivem na floresta e precisam se cuidar, pois o inverno está se aproximando. E para que as crianças entendam as mudanças climáticas das quatro estações, os irmãozinhos demonstram como funciona o movimento de rotação no planeta Terra. 

É com a necessidade da construção de abrigos que surge a problemática de saber o que priorizar, pois cada porquinho pensa diferente e acabam agindo de modos diversos. Sem muito tempo para dedicarem à construção das casas, cada uma é feita de um material distinto. E, claro, o senhor lobo (Romulo Bonfim) vem. No entanto, ele não é só mais um animal da floresta, ele tem talento, é um ator, do tipo canastrão.

A releitura do conto universal, "Os Três Porquinhos" é diversão para os pequenos, com toques pedagógicos que inclui cantigas de roda, interpretadas ao vivo. Ensina que há hora para tudo na vida e até os nomes das cores em Inglês. No teatro, as crianças aprendem e, de espontânea vontade, interagem com os personagens, mesmo o lobo faminto. 

A proximidade dos atores que andam pela plateia, tornam a adesão do público mirim mais vibrante. Logo, todos ali presentes participam da história que trata de temas como direitos, deveres, solidariedade, determinação e medo. É entretenimento para toda a família. O espetáculo fica em cartaz até 24 de novembro. Não perca!


Ficha Técnica - ”Os Três Porquinhos”
Texto e direção: Pitty Webo
Elenco: Claudio Marinho, Pitty Webo, Victor Di Lourenço e Romulo Bonfim
Ilustração: Marilena Saito
Desenho de figurino e caracterização: Pitty Webo
Costureira e modelista: Joana Sales
Assistente de figurinos: Lulu
Desenho de cenário: Pitty Webo
Marceneiro: Reinaldo Lopes
Montagem de cenário: Rodrigo Pereira
Trilha sonora: Pitty Webo
Arranjos: Victor Di Lourenço
Preparação corporal: Pitty Webo
Desenho de luz: Pitty Webo
Transportador oficial: ML Entregas Urgentes
Administração e promoções: Gabriele Oliveira
Produção Executiva e Marketing cultural: Caroline Santana
Realização: Companhia Pitty Webo Arte & Cultura Ltda

Serviço - ”Os Três Porquinhos”
Local: Teatro Folha
Reestreia: 31 de agosto de 2019
Temporada até: 24 de novembro de 2019
Apresentações: sábados e domingos, às 16h
Ingresso: R$ 50 (setor único)*
Sessão extra: 15 de novembro de 2019
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: a partir de três anos

*Valor referente ao ingresso inteiro na plateia e mezanino. Meia-entrada disponível em todas as sessões de acordo com a legislação.

Teatro Folha
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323 - Televendas: (11) / 3823 2423 / 3823 2737 / 3823 2323. Vendas online: teatrofolha.com.br


Vendas por telefone e no site do teatro / Capacidade: 305 lugares / Não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Folha 50% desconto. Horário de funcionamento da bilheteria: terça a quinta-feira, das 15h às 21h;sexta-feira, das 15h às 21h30; sábado, das 12h às 22h30; domingo, das 12h às 20h / Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: R$ 14,00 (primeiras duas horas) / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094 / Patrocínio do Teatro Folha: Folha de S.Paulo, Consigaz, Owens-llinois, EMS, Bain & Company, Grupo Pro Security, Previsul, Brasforma, NR Acampamentos, Nova Chevrolet.

Sobre a Conteúdo Teatral: O grupo empresarial paulista Conteúdo Teatral atua há mais de quinze anos em duas vertentes: gestão de salas de espaços e produção de espetáculos. Como gestora é responsável pela operação do Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis, com direção artística e comercial de Isser Korik, programando espetáculos para temporada em regime de coprodução. No período de atuação a empresa soma mais de 2 milhões de espectadores.


Como produtora de espetáculos, viabilizou dezenas de peças, como “Gata Borralheira”, “O Grande Inimigo”, “Os Saltimbancos”, “A Pequena Sereia”, “Grandes Pequeninos”, “Branca de Neve e os Sete Anões”, “A Cigarra e a Formiga”, “Cinderela” e “Chapeuzinho Vermelho” para as crianças. Para os adultos foram realizadas, entre outras montagens, “A Minha Primeira Vez”, “Os Sete Gatinhos”, “O Estrangeiro”, “Senhoras e Senhores”, “O Dia que Raptaram o Papa”, “E o Vento Não Levou”, “Equus” a trilogia “Enquanto Isso...”, além de projetos de humor – como “Nunca Se Sábado...” e “IMPROVISORAMA” – Festival Nacional de Improvisação Teatral. Em parceria com Moeller e Botelho produziu os Musicais “Um Violinista no Telhado”, “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos”, “Nine – Um Musical Felliniano” e “Beatles num Céu de Diamantes”.


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm



Encerramento e agradecimentos do espetáculo


sexta-feira, 8 de novembro de 2019

.: #ResenhaRápida com Carol Bezerra em 55 perguntas surpreendentes


Por Helder Moraes Miranda e Mary Ellen Farias dos Santos, editores do Resenhando.

Carol Bezerra é um dos grandes nomes do teatro musical da atualidade. Nossa história com ela começa desde quando vimos suas interpretações arrebatadas em duas das temporadas de "Beatles num Céu de Diamantes", de Charles Möeller e Cláudio Botelho, no Teatro Folha. Ela era, e continua sendo, música para os ouvidos e para os olhos. Mas seguiu em frente, colecionando apresentações e papéis emblemáticos, como a Helene Bezukhova, vilã de "Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812", representada nesta linda foto.

Atriz e cantora e arte educadora formada pelo Instituto de Artes da Unesp, Carol Bezerra é mestranda em artes da cena na Unicamp. Seus últimos trabalhos foram "Caros Ouvintes" de Otavio Martins; "Lembro Todo Dia de Você", de Rafael Miranda e Fernanda Maia (com Núcleo Experimental);  "Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812" de Dave Malloy - que lhe rendeu as indicações de melhor atriz coadjuvante aos prêmios Reverência; DID (Imprensa Digital) e Broadway Brazil Awards 2018 e Bibi Ferreira 2019; e "Garrincha" de Bob Wilson.

Atua em musicais e shows com temática Brasileira. Participou de festivais de música popular em Berlim e Londres. Atuou como preparadora vocal e professora de expressão vocal na escola superior de arte Célia Helena. Idealizadora de shows em homenagem à Araci Cortes; Aracy de Almeida, Noel Rosa, Elizeth Cardoso, Elis Regina; "Dorival Caymmi e Jorge Amado". 



Nome completo: Ana Carolina Bezerra da Silva Vieira.
Apelido(s): Carol, Nyni, Bezerratrix, Charola, Charoleta.... muitos... (risos).Data de nascimento: 28 de fevereiro de 1979.
Qualidade: entrega.
Defeito: atraso.
Signo: peixes.
Ascendente: escorpião.
Mania de: música.
Religião: música.
Time: "das feminista".
Amor: Cecília, música e o José (não deu pra escrever pouco... amor é muita coisa!).
Sexo: muito!!
Família é: uma construção.
Ídolo: Araci Cortes.
Inspiração: Elizeth Cardoso.
Arte é: tudo.
Brasil: explorado, extorquido, saqueado.
Fé: é o que me move.
Deus é: natureza.
Política é: arte.
Hobby: cheirar minha filha...
Lugar: praia.
Prato predileto: putz.... pão!
Sobremesa: panacota de frutas vermelhas.
Fruta: uva.
Cor favorita: laranja.
Medo de: governo militar.
Uma peça de teatro: "Verás que Tudo é Mentira" (adaptação de Reinaldo Maia para "Capitão Fracasso"de Theóphile Gautier.) - decidi ser atriz depois de assistir a essa peça.
Um show: Rosa Passos canta Elis Regina (nunca chorei tanto).
Um ator: Joaquin Phoenix (tô muito arrebatada por Coringa).
Uma atriz: Dona Fernandona.
Um cantor: Emílio Santiago, Ney Matogrosso, Caubi.
Uma cantora: Miriam Makheba, Concha Buika, Elis Regina, Elza Soares.
Um escritor: José Ramos Tinhorão, Ítalo Calvino, Bertold Brecht.
Uma escritora: Clarice Lispector, Angela Davis, Cecília Meireles.
Um filme: Noel, Poeta da Vila, Central do Brasil, Coringa.
Um livro: O Cavaleiro Inexistente, de Ítalo Calvino.
Uma música: "O que foi feito de Vera" - Milton Nascimento/ Fernando Brant.
Um disco: "Sangue, Suor e Raça" - Elza Soares e Roberto Ribeiro (1972).
Um personagem: Helene Bezukhova (personagem que interpretou no musical "Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812").
Uma novela: "Saramandaia" - Dias Gomes.
Uma série: Não assisto (me julguem).
Um programa de TV: só assisto YouTube.
Um podcast: não consigo opinar...
Uma saudade: do mar.
Algo que me irrita: eu.
Algo que me deixa feliz é: a risada da minha filha.
Digo sim a: toda forma de amor. E caipirinha. Não me ofereçam. Nunca nego.
Digo não a: o presidente Jair Bolsonaro.
Sonho: que toda a gente possa trabalhar pouco e ganhar muito.
Futuro: "é um pé no chão e o que virá",  parafraseando Gonzaguinha.
Morte é: uma impossibilidade que se torna uma dura realidade.
Vida é: o que a gente faz dela.
Uma palavra: "sarambá".
Ser atriz é: vida... Eu não consegui ser tão sucinta, mas, tentei....

Prêmio Bibi Ferreira 2019 - O Grande Cometa ('Charmanté')

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

.: Com Claudio Marinho e direção de Pitty Webo, “Os 3 Porquinhos” no Folha

Conto clássico busca a identificação do público infantil 
com as personagens. Crédito: Karine Alves
O espetáculo “Os Três Porquinhos”, adaptado e dirigido por Pitty Webo, reestreia no Teatro Folha no dia 31 de agosto e fica em cartaz até o final de novembro aos sábados e domingos, às 16h. A montagem propõe um divertido jogo lúdico, com comédia e aventura, abordando temas como solidariedade, medo e compaixão entre irmãos. A história acontece numa noite muito movimentada na floresta.

O porquinho Puffy é estudioso, seu irmão Poffy é guloso e preguiçoso, e a porquinha Piffy é medrosa. Mesmo com tantas diferenças, eles precisam se unir porque o inverno está chegando e com ele a ameaça de um faminto lobo, que logo se mostra divertido e atrapalhado. O lobo se julga um ótimo ator, mas na realidade é um canastrão com figurinos de época, fazendo referências ao personagem Hamlet, de Shakespeare.

A montagem busca a identificação do público infantil com as personagens. Por isso os porquinhos brincam muito. Puffy, Poffy e Piffy brincam com a língua inglesa, fazem desafios de tabuada e conversam sobre astronomia. “A ideia é fazer com que as crianças se identifiquem com matérias escolares. Os porquinhos desta montagem gostam de ler, de questionar tabuada, de saber os nomes dos animais, estudar o sistema solar e a língua inglesa. Usamos matérias do primário e as colocamos em cena como brincadeiras divertidas”, diz a diretora Pitty Webo, que sempre estimula a interatividade com a plateia em suas peças para crianças.

O lobo inventa disfarces e julga dominar poderosas técnicas de convencimento para atrair os porquinhos. Enquanto ele não aparece, Puffy, Poffy e Piffy exploram a sua capacidade de comunicação corporal em mímicas. A encenação valoriza a construção física das personagens, busca um jogo ágil entre os atores, que brincam com instrumentos musicais e cantam em gromelô cantigas, como, “Marcha Soldado”, “Ciranda Cirandinha” e “Hava Nagila”.

Pitty Webo observa que, ao mesmo tempo em que cria situações novas para as personagens, aborda a história clássica sem enfatizar o medo e a violência presentes em tantos contos. “Nas minhas adaptações os personagens resolvem o seu próprio conflito e vencem seu medo. E através da comédia, descontruímos os vilões, justificando também seus objetivos”, diz. 



Ficha Técnica - ”Os Três Porquinhos”
Texto e direção: Pitty Webo
Elenco: Claudio Marinho, Pitty Webo, Victor Di Lourenço e Gígio Badaró
Ilustração: Marilena Saito
Desenho de figurino e caracterização: Pitty Webo
Costureira e modelista: Joana Sales
Assistente de figurinos: Lulu
Desenho de cenário: Pitty Webo
Marceneiro: Reinaldo Lopes
Montagem de cenário: Rodrigo Pereira
Trilha sonora: Pitty Webo
Arranjos: Victor Di Lourenço
Preparação corporal: Pitty Webo
Desenho de luz: Pitty Webo
Transportador oficial: ML Entregas Urgentes
Administração e promoções: Gabriele Oliveira
Produção Executiva e Marketing cultural: Caroline Santana
Realização: Companhia Pitty Webo Arte & Cultura Ltda

Serviço - ”Os Três Porquinhos”
Local: Teatro Folha
Reestreia: 31 de agosto de 2019
Temporada até: 24 de novembro de 2019
Apresentações: sábados e domingos, às 16h
Ingresso: R$ 50 (setor único)*
Sessão extra: 15 de novembro de 2019
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: a partir de três anos

*Valor referente ao ingresso inteiro na plateia e mezanino. Meia-entrada disponível em todas as sessões de acordo com a legislação.

Teatro Folha
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323 - Televendas: (11) / 3823 2423 / 3823 2737 / 3823 2323. Vendas online: www.teatrofolha.com.br

Vendas por telefone e no site do teatro / Capacidade: 305 lugares / Não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Folha 50% desconto. Horário de funcionamento da bilheteria: terça a quinta-feira, das 15h às 21h;sexta-feira, das 15h às 21h30; sábado, das 12h às 22h30; domingo, das 12h às 20h / Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: R$ 14,00 (primeiras duas horas) / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094 / Patrocínio do Teatro Folha: Folha de S.Paulo, Consigaz, Owens-llinois, EMS, Bain & Company, Grupo Pro Security, Previsul, Brasforma, NR Acampamentos, Nova Chevrolet.

Sobre a Conteúdo Teatral
O grupo empresarial paulista Conteúdo Teatral atua há mais de quinze anos em duas vertentes: gestão de salas de espaços e produção de espetáculos. Como gestora é responsável pela operação do Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis, com direção artística e comercial de Isser Korik, programando espetáculos para temporada em regime de coprodução. No período de atuação a empresa soma mais de 2 milhões de espectadores.

Como produtora de espetáculos, viabilizou dezenas de peças, como “Gata Borralheira”, “O Grande Inimigo”, “Os Saltimbancos”, “A Pequena Sereia”, “Grandes Pequeninos”, “Branca de Neve e os Sete Anões”, “A Cigarra e a Formiga”, “Cinderela” e “Chapeuzinho Vermelho” para as crianças. Para os adultos foram realizadas, entre outras montagens, “A Minha Primeira Vez”, “Os Sete Gatinhos”, “O Estrangeiro”, “Senhoras e Senhores”, “O Dia que Raptaram o Papa”, “E o Vento Não Levou”, “Equus” a trilogia “Enquanto Isso...”, além de projetos de humor – como “Nunca Se Sábado...” e “IMPROVISORAMA” – Festival Nacional de Improvisação Teatral. Em parceria com Moeller e Botelho produziu os Musicais “Um Violinista no Telhado”, “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos”, “Nine – Um Musical Felliniano” e “Beatles num Céu de Diamantes”.

Pitty Webo
Diretora, autora e atriz. É Bacharel em Artes Cênicas pela Universidade do Rio de Janeiro (UNI-RIO), formada pela Casa das Artes de Laranjeiras (C.A.L), e MBA em Gestão Cultural na Universidade Cândido Mendes. Tem em seu currículo mais de vinte peças de teatro, entre elas, "As Aventuras de Tom Sawyer" (direção de Michel Bercovitch) que lhe rendeu o Prêmio Maria Clara Machado de melhor atriz por protagonizar o menino Tom Sawyer.

Começou a fazer teatro para crianças em 1994 no Teatro Tablado dirigida por Maria Clara Machado. Depois trabalhou com Karem Acioly e Lucia Coelho. Após se formar em Artes Cênicas na Universidade do Rio de Janeiro, iniciou uma pesquisa de linguagem contemporânea no teatro para crianças com os textos “A Chapeuzinho Vermelho” (2004), “Os Três Porquinhos” (2005), “Cinderella” (2005), “As Aventuras de João e Maria no Teatro” (2013) e "O Nascimento do Patinho Feio".

Após fazer teste entre 500 atrizes concorrentes, entrou para o elenco de "Confissões de Adolescente" e passou a trabalhar com o diretor Domingos de Oliveira como atriz e assistente de direção. Com ele fez o musical "Cabaré Filosófico" e "Os Melhores Anos de Nossas Vidas", sua primeira produção.

Como atriz, trabalhou em 20 espetáculos profissionais e nas novelas "Suave Veneno", "Malhação" e "Mulheres Apaixonadas" na TV Globo. Em 2009 escreveu, dirigiu e atuou na comédia “Mulheres Solteiras Procuram”, em cartaz initerruptamente até hoje e cujo sucesso lhe rendeu o convite para lançar seu primeiro livro que hoje é campeão de vendas da Editora Giostri.

Ganhou os prêmios Top of Business de Cultura (2015), Inspiração do Amanhã Categoria Artes Cênicas (2014), Prêmio O.K. Melhor Espetáculo Musical por “Eles e Eles” (2007), Prêmio Contigo de melhor Atriz Revelação Televisão (2004), e Prêmio Maria Clara Machado de melhor Atriz Teatro (2002).

Claudio Marinho
Ator, diretor e produtor. É formado pela Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará e fez curso de atuação para cinema no Studio Fátima Toledo. Estudou com Carlos Simioni (Grupo Lume), Eduardo Moreira (Grupo Galpão), Amir Haddad (Grupo Tá na Rua) e Kil Abreu, entre outros profissionais. Atuou nas peças “Perfídia Quase Perfeita”, “A Fábula das Águas” e dirigiu “Fogo Cruel em Lua de Mel”, entre outras montagens da Cia. Fé Cênica. No cinema fez os curtas-metragens “Epílogo” e “X”, de Simone Bastos; “Severa Romana”, de Bio Souza.

Gigio Badaró
Ator há 23 anos, com diversos trabalhos no teatro e participações na TV. Estudou nos cursos Macunaíma e Célia Helena. Fez a personagem Ronald MacDonals e atuou recentemente na peça “Mulheres Solteiras Procuram”, ao lado da atriz e diretora Pitty Webo. Um dos seus últimos trabalhos foi uma participação na série “O Negócio”, da HBO.

Victor Di Lourenço
Ator formado pelo Senac Lapa-Scipião. Protagonizou o musical “The Wiz”, da Cultura Inglesa Theatre Group; atuou em “Nossa Senhora Aparecida”, da Cia. dos Hypócritas; e no musical infantil “A Aventura de Ícaro”, da Cia. do Sereno. Atualmente trabalha na peça “A Chapeuzinho Vermelho”, “Os Três Porquinhos” e “ O Nascimento do Patinho Feio”, com texto e direção de Pitty Webo.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

.: Grandioso e profundo, "Pippin" tenta caminhos para se encontrar

Foto: @musicalpippin


"Vai, que vida é só uma. Vai se bagunçar, depois a gente te arruma. Vai sem pensar, porque não tem talvez, viver é só uma vez" 


O grandioso e profundo musical "Pippin", escrito por Roger O. Hirson, com versão brasileira de Claudio Botelho e direção Charles Möeller, a mesma dupla de 43 espetáculos como os sucessos "Beatles Num Céu de Diamantes", "A Noviça Rebelde" e "Rocky Horror Show"conta a história de um jovem e confuso príncipe, ansioso para encontrar um propósito. Quem nunca sentiu insatisfação com o rumo da própria vida e quis tentar caminhos para se encontrar? 

Em cartaz no Teatro FAAP, em São Paulo, de sexta-feira à domingo, "Pippin" tem um elenco de primeira. Com a talentosa Totia Meireles na pele da Mestre de Cerimônias, que ora é anjinho, ora diabinho nos ouvidos do protagonista, dá um show de interpretação e solta o vozeirão, roubando os olhares do público. No entanto, há generosidade da influenciadora que dita o ritmo da história conturbada de Pippin, brilhantemente interpretado por João Felipe Saldanha. Alto, esguio e dono de uma voz potente, Saldanha é excelente ao expor questionamentos que todos temos, mas optamos por ignorá-los. 

A verdade é que os protagonistas têm parceiros no palco que engrandecem a trama. Fernando Patau, traz um Carlos Magno, pai de Pippin, esperançoso em seguir o reinado por meio do filho maduro que retorna após anos de estudo. A vovó Berthe (Mira Haar), engraçada e sem papas na língua, endossa a importância do jovem buscar as respostas para as dúvidas que carrega, assumindo o trono ou vivendo no campo.

Entre manter os pés no chão do pai e o voar em busca dos sonhos como incentiva a vó, Pippin precisa lidar com a figura tenebrosa e astuta da Fastrada (Mariana Gallindo), que ambiciona tornar Rei o próprio filho, o caçula Lewis (Thiago Machado). Que dupla! Embora as intenções não sejam as melhores para o mocinho da história, a ignorância do filhinho da malvada diverte. Há leveza no drama que tem espaço para o uso da metalinguagem.

Embora a história da vida de "Pippin", dependa, unicamente, das escolhas dele -mesmo as instigadas pela Mestre de Cerimônias. Logo, até os erros podem ser desfeitos. Após servir numa batalha, Pippin não se encontra e, cai, fatalmente, nos prazeres da vida. A trupe, com movimentos belos de balé, composta por Andreza Medeiros, Giu Mallen (de Peter Pan, o Musical da Broadway), Gustavo Della, Renato Bellini (de Sunset Boulevard), Sandro Conte e Vanessa Costa (a professora de Billy Elliot - O Musical) alavancam a narrativa que provoca o público a supor finais para o príncipe -totalmente diferentes do encenado.



Assim, diante da viúva Catharina, defendida pela dona de uma voz marcante, Bel Lima, (de Cole Porter: Ele Nunca Disse Que Me Amava), mãe do encantador Theo (Pedro Burgarelli), é que o príncipe descobre o seu papel, embora a vida no campo não seja agradável. As vozes de João Felipe Saldanha e Bel Lima casam perfeitamente, assim, a música romântica entre seus personagens é uma explosão de bons sentimentos que arrepiam e emocionam. Ah! O amor!  

Os figurinos belíssimos e cheios de vida, no cenário com direito a cortinas e uma bela coroa no centro, é de encher os olhos e ainda valoriza a orquestra no alto, parte à esquerda e à direita, com Paulo Nogueira (Regência, Teclado 1), Cinthia Sell (Teclado 2), Helena Imasato (Violino), Mauro Domenech (Contrabaixo elétrico e acústico), Cauê Brisolla (Guitarra e Violão), Douglas Andrade (Bateria e Percussão), Bruno Belasco (Trompete e Flugelhorn), Chiquinho de Almeida (Flautas, Piccolo, Clarinete, Sar Soprano e Sax Alto).

Por meio das versões inesquecíveis das canções é que se estabelece uma comunicação natural entre os personagens e o público, permitindo que aqueles que apreciam a narrativa, imaginem que aquela poderia ser a trilha sonora da vida de cada um presente. Antes que as cortinas sejam encerradas, o incrível jogo de luzes, grande trunfo do musical, lembra que somos os atores no palco de nossas vidas. Imperdível!!


Pippin - O Musical
Temporada SP: Teatro FAAP 
Até 18/08
Sextas-feiras, às 21h 
Sábados, às 17h e às 21h 
Domingos, às 15h e às 19h
Duração: 120 minutos
Endereço: 1, R. Alagoas, 903 - Higienópolis, São Paulo - SP, 01243-010
Inauguração: 1976
Telefone: (11) 3662-7233
Capacidade: 510 pessoas
Ingressos: teatrofaap.showare.com.br/Default.aspx?EVENTID=146


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm





Encerramento do espetáculo no Teatro FAAP




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