domingo, 28 de julho de 2019

.: Simonal: Trilha sonora de cinebiografia já está disponível

O suingue e a extravagância do artista chegam aos cinemas no dia 8 de agosto


Está nas plataformas digitais a trilha sonora de “Simonal”, a cinebiografia do cantor Wilson Simonal. O filme, que estreia em 8 de agosto, é dirigido por Leonardo Domingues e tem como protagonista o ator Fabrício Boliveira, que dá corpo à malemolência e irreverência de ‘Simona’, apelido que o cantor recebeu no cenário musical das décadas de 60 e 70. Ouça e baixe aqui: umusicbrazil.lnk.to/Simonal.

As 12 faixas escolhidas para compor o álbum digital com a trilha do filme são interpretadas por Simonal e mostram um pouco de sua diversidade e talento. As composições foram criadas por grandes nomes da música, como Carlos Lyra, Carlos Imperial, Caetano Veloso, Ronaldo Bôscoli, Tito Madi e outros.  Responsáveis por assinar a trilha sonora do longa, os filhos de Simonal, Simoninha e Max de Castro, também são retratados na produção.

Mesmo conhecido como o grande nome da pilantragem, Wilson Simonal era um cantor versátil que diversificava seu repertório entre samba, bossa nova, soul e outros ritmos. Ainda na fase inicial de sua carreira, Simonal conquistou sucesso com canções como “Balanço Zona Sul” e “Lobo Bobo”.

O ritmo swingado que marcaria a trajetória do cantor chegou algum tempo depois e alcançou o auge do sucesso com hits como “Mamãe Passou Açúcar em Mim”, “Meu Limão, Meu Limoeiro”, “Sá Marina”, “Nem Vem que Não Tem”, entre outras. Ao longo de sua carreira, Simonal gravou mais de 20 discos e uma série de compactos que foram lançados no mercado nacional e internacional.

O filme acompanha Simonal a partir de seu sucesso meteórico, quando conquistou espaço no cenário musical com o balanço de suas composições e a originalidade de suas performances. O músico virou sucesso de público e crítica e ganhou espaço na TV com um programa próprio, quebrando paradigmas da sociedade. O “Rei da Pilantragem” passou a ostentar riqueza e popularidade, sempre ao lado de sua fiel e inseparável esposa, Tereza (interpretada no filme pela atriz Ísis Valverde). Além do auge da carreira, a cinebiografia mostra a queda de Simonal, depois de ser considerado como informante do Dops, durante o período da ditadura.  

Tracklist “Simonal”:

1. Balanço Zona Sul (Tito Madi)
2. Walk Right In (Gus Cannon / Hosea Woods)
3. Terezinha (Carlos Imperial)
4. Lobo Bobo (Carlos Lyra / Ronaldo Bôscoli)
5. De Manhã (Caetano Veloso)
6. Mamãe Passou Açúcar em Mim (Bill César)
7. Vesti Azul (Nonato Buzar)
8. Meu Limão, Meu Limoeiro (Carlos Imperial / José Carlos Burle)
9. Carango (Carlos Imperial / Nonato Buzar)
10. Nem Vem Que Não Tem (Carlos Imperial)
11. Tributo a Martin Luther King (Wilson Simonal / Ronaldo Bôscoli)
12. Sá Marina (Antônio Adolfo / Tibério Gaspar)

SINOPSE: O filme conta a história de Wilson Simonal, o cantor que saiu da pobreza e comandou as maiores plateias do Brasil. Dotado de um recurso vocal assombroso e domínio de palco excepcional, Simonal consegue transformar suas inseguranças da infância em grandes conquistas na idade adulta. Uma vez no topo, passa a se sentir invencível: exibe a sua riqueza e gosto por carrões e mulheres; faz propaganda de multinacionais; e se recusa a defender um discurso engajado contra a ditadura. Até que resolve ameaçar seu contador quando se vê com problemas financeiros, graças a seus gastos descontrolados, e acaba vendo seu nome envolvido com o Dops. Começa então a derrocada de uma das maiores vozes que o Brasil já ouviu. 

Com investimento da BB DTVM e do BNDES, “Simonal” é uma produção da Pontos de Fuga, com coprodução da Globo Filmes e Telecine. A distribuição é da Downtown Filmes.

.: Polly Pocket comemora 30 anos com versão comemorativa

Microboneca criada por pai de menina ganha versão próxima da original lançada em 1989


Polly Pocket está comemorando 30 anos! A miniboneca nasceu pelas mãos de Chris Wiggs em 1983, como um presente para sua filha Kate Wiggs. Para criar um universo para a pequena boneca, Chris usou a embalagem de um pó compacto e construiu uma casa para a Polly Pocket. A marca chegou oficialmente às lojas em 1989.

Com mais de 10 milhões de estojos de brinquedos compactos vendidos ao longo dos anos, a linha de produtos pode ser considerada nostálgica pelos millenials. "Muitos dos pais de hoje foram a geração que transformou Polly Pocket em um fenômeno, agora eles podem apresentar seus filhos ao mundo de Polly", diz Hailey Sullivan, vice-presidente de marketing da Girls Toy Box Mattel. "Sabemos que os anos 90 estão ressurgindo, então é o melhor momento para trazer de volta os amados micro-playsets para as próximas gerações."

Atualmente, a boneca também conta com histórias cheias de aventuras e emoções em uma série de TV, no ar pelos canais SBT e Discovery Kids. Os episódios inspiram meninas a serem mais capazes, corajosas e tenazes, assim como Polly Pocket e suas amigas.

Sobre a Polly®: Criada pela Mattel em 1989, Polly foi a primeira boneca lançada em miniatura, uma inovação que incorporou uma nova categoria ao mercado de produtos para meninas. Polly é a amiga que toda garota quer ter por sua atitude encorajadora, que permite transformar o normal em extraordinário, oferecendo possibilidades sem fim e aventuras garantidas. Hoje, Polly é uma das principais marcas de bonecas no Brasil.

Sobre a Mattel: Presente no Brasil desde 1988, a Mattel é a líder global em entretenimento infantil, especializada na criação e produção de brinquedos e produtos de consumo inovadores, de qualidade e que geram experiências que inspiram, entretêm e desenvolvem as crianças por meio do brincar. Fazem parte do portfólio da empresa marcas icônicas, incluindo Barbie®, Hot Wheels®, Fisher-Price®, Thomas & Friends® e MEGA®, entre outras, além das que são licenciadas em parceria com empresas globais de entretenimento. Além dos brinquedos, a Mattel disponibiliza conteúdos, jogos, música e atrações. A empresa opera em 40 localidades e comercializa seus produtos em mais de 150 países em parceria com as principais redes de varejo e tecnologia do mundo.  Desde a sua fundação, em 1945, a Mattel tem orgulho de incentivar as crianças a alcançarem todo o seu potencial. Para mais informações acesse mattel.com.

.: Melhor da Noite: Catia Fonseca estreia nos palcos com Stand-Up Comedy

Tia (Guilherme Uzeda), Catia Fonseca e Miro (Diego Becker), 
Leandro Teixeira 

Peça entra em cartaz em agosto no Teatro Gazeta


Já conhecida pelo seu bom humor em situações inusitadas ao vivo, a apresentadora Catia Fonseca resolveu inovar mais uma vez. A peça, “Melhor da Noite”, que tem estreia prevista para o dia 8 de agosto, em São Paulo, marca a chegada de Catia ao teatro se aproximando ainda mais do público.

Na atração, a apresentadora mostra todo seu talento e versatilidade ao lado da Tia, personagem de Guilherme Uzeda e sua antiga companheira, que se juntam com Paula Ayala e Miro, personagens de Diego Becker, trazendo todo o bom humor do Melhor da Tarde para os palcos do teatro com um texto descontraído que satiriza muitas situações do dia a dia.

Com piadas, jogos e brincadeiras de interação com a plateia, a peça é uma oportunidade de o público conhecer um outro lado da apresentadora e ficar ainda mais próximo da Catia e sua turma.       

A cada noite, Catia, Paula Ayala e Tia receberão também um convidado especial e claro, não deixarão de lado uma bela roda comentando as últimas fofocas do mundo dos famosos que será transmitida ao vivo pela internet.

Outro destaque do espetáculo que promete colocar todos para dançar é a apresentação do grupo “Os Filhos da Noite”, uma sátira dos Filhos do Sol, quadro que marcou época com a apresentadora em seu programa.

“Colocar bom humor nas situações inesperadas do cotidiano é uma característica forte da minha personalidade, quem me acompanha sabe que dou risada de tudo mesmo! Dividir cena com Guilherme Uzeda e Diego Becker será sem dúvida muito divertido e certeza de boas risadas para a plateia”, afirma Catia Fonseca.

.: PAC-MAN™ é protagonista de labirinto na Game XP 2019

Na Gameplay Arena, o clássico dos árcades se transforma em labirinto e leva os visitantes a uma experiência nostálgica


Quem nunca quis participar de um game e ser o protagonista da ação? Na Game XP 2019, primeiro game park do mundo, que acontece de 25 a 28 de julho no Rio de Janeiro, um labirinto coloca jogadores como PAC-MAN™ para fugirem de fantasmas – assim como é no videogame.

A PAC-MAN Experience, é a primeira atração itinerante oficial de PAC-MAN, que tem por objetivo fazer com que os visitantes adentrem em uma partida eletrizante e simulem os conceitos de um dos clássicos dos árcades da década de 80, lutando contra quatro fantasminhas, Inky, Blinky, Pinky e Clyde. O labirinto é uma das atrações da Gameplay Arena, em parceria com Grupo G3 e a publisher BANDAI NAMCO Entertainment America Inc.

Ao final do labirinto, os fãs do videogame, vão se deparar com produtos geek PAC-MAN, produzidos pela fabricante de presentes criativos, Kathavento. Entre os itens estão mochilas e “sacochilas”, canecas, almofadas, chaveiros, cofres, copo canudo com boia, almofada porta-pipoca, almofada vice-versa, dentre outros. “Estamos levando produtos licenciados PAC-MAN para a PAC-MAN™ Experience para transformar a experiência de marcas consolidadas na cultura pop e gamer em vivências reais para os fãs”, explica a gerente de marketing da Kathavento Presentes, Caroline Barone.

A Game XP 2019 acontece no Parque Olímpico do Rio de Janeiro, das 10h as 21h, de 25 a 28 de julho.

Serviço
Labirinto PAC-MAN
Local: Gameplay Arena, na Game XP 2019
Horário: das 10h as 21h
Endereço: Av. Embaixador Abelardo Bueno, 3401 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro

sábado, 27 de julho de 2019

.: Crítica do poético "A Gaiola", menina e passarinho que querem ser amados

Foto: divulgação

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em julho de 2019



O amor é um sentimento de forte afeição por outra pessoa, nascido de laços de consanguinidade ou de relações sociais. Contudo, tamanho apreço e cuidado pode também surgir entre o ser humano e um animal. Eis que o espetáculo musical "A Gaiola", com texto impecável de Adriana Falcão, adaptado por ela para o teatro, apresenta a importância de respeitar os diferentes pontos de vista.

Na história, um passarinho cai na varanda de uma menina. Precisando de cuidados, ela também lhe dá amor. Assim, os dois se apaixonam. Quando o animalzinho está em perfeitas condições de partir, chega o momento do dolorido adeus. Mesmo sabendo que no céu está o eu, os dois se dão conta de que na história dele está a menina e na dela está o passarinho. 

É a partir desse momento que se vê a relação criada pelo ponto de vista de cada um. A certeza é de que ambos desejavam ser amados. Cheios de amor, os dois decidem que o melhor é aprisionar o passarinho em uma gaiola. Assim, menina e passarinho descobrem as alegrias e os questionamentos do encarceramento. A conclusão de que lugar de passarinho é no céu e lugar de menina é na terra, cria um final otimista e surpreendente.

É numa história tão delicada e poética que Carol Futuro e Pablo Áscoli brilham com seus contorcionismos e vozes tão agradáveis -seja no canto ou na fala. Afagando o público -de todas as idades- por meio do cantar, fica fácil embarcar na história infantil. Para os adultos vai além e mostra que quando há amor puro e verdadeiro numa relação, nem imposições e limites têm o poder de acabar com o sentimento.

O espetáculo está dentro do projeto Três Histórias de Amor para Crianças: "Contos Partidos de Amor", "Vamos Comprar Um Poeta" e "A Gaiola". 


Foto: Guga Melgar

A Gaiola
Temporada: de 21 de julho a 4 de agosto
Apresentações: às sextas, aos sábados e aos domingos, às 15h
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: Livre – Indicado para maiores de 5 anos
Endereço CCBB São Paulo
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro - São Paulo SP | fone 11 3113-3651
www.bb.com.br/cultura
www.twitter.com/ccbb_sp        
www.facebook.com/ccbbsp
www.instagram.com/ccbbsp


FICHA TÉCNICA
Adaptação: Adriana Falcão e Eduardo Rios 
Direção e Roteiro: Duda Maia 
Elenco: Carol Futuro e Pablo Áscoli 
Diretor Assistente: Fábio Enriquez 
Direção musical e trilha original: Ricco Viana 
Cenário: João Modé 
Iluminação: Renato Machado 
Figurino: Flávio Souza 
Coreografia Aérea: Leonardo Senna 
Identidade Visual: Patricia Clarkson  
Direção de Produção: Bruno Mariozz 
Produção: Palavra Z Produções Culturais 
Idealização: Camaleão Produções Culturais



*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm


Encerramento do espetáculo


.: "MasterChef”: Cozinheiros enfrentam a última prova em equipe da temporada

Times precisam conquistar o paladar de três importantes críticos gastronômicos 


Neste domingo, dia 28, às 20h, os seis melhores cozinheiros que seguem no MasterChef vão enfrentar a última prova em equipe da temporada. Divididos em dois times, eles deverão fazer um menu completo para três dos maiores críticos gastronômicos do Brasil: Arnaldo Lorençato, Luiza Fecarotta e Rafael Tonon. Os competidores terão que elaborar o menu a partir dos pratos favoritos escolhidos pelos críticos.

Na prova de eliminação, a reprodução de um dos pratos mais populares do mundo: o pato de Pequim. Cheia de técnicas e processos, a receita vai deixar os concorrentes extremamente assustados. Eles deverão fazer o pato exatamente como ele é feito nos restaurantes chineses e servi-lo com os seus habituais acompanhamentos. O autor do pior prato deixa a competição.

Prêmios: Nesta temporada, todos os desafios do MasterChef Brasil seguem valendo prêmios. Após a conquista do avental, os vencedores das provas individuais acumularão R$ 1 mil em compras no cartão Carrefour; já as mini provas e as provas coletivas valerão R$ 500 para quem fizer o melhor prato. Os dois finalistas ainda serão premiados com R$ 1 mil por mês, durante um ano, para fazer compras com o cartão Carrefour. 

 O grande vencedor do talent show vai ganhar o troféu MasterChef; R$ 250 mil; uma bolsa de estudos de técnicas tradicionais da culinária francesa na Le Cordon Bleu Paris; uma cozinha completa da nova linha Brastemp Gourmand com geladeira, micro-ondas, forno tradicional e a vapor, cooktop e coifa. A Tramontina vai equipar a cozinha do vencedor com panelas de aço inox, um kit chef de facas, além dos eletro-portáteis Tramontina by Breville. Já a Barilla vai levar o vencedor para acompanhar o maior campeonato de massas do mundo, o Pasta World Championship.

O segundo colocado ganhará uma bolsa de estudos na unidade da Le CordonBleu em Ottawa, no Canadá, podendo escolher entre o curso de cozinha ou de pâtisserie.

O MasterChef Brasil, formato da Endemol Shine Group, é uma co-produção da Band com o Discovery Home & Health. O programa vai ao ar todos os domingos, às 20h, na tela da Band (com transmissão simultânea no aplicativo da emissora para smartphones). A atração também vai ao ar às sextas-feiras, às 20h30, no Discovery Home & Health, com reapresentação às quartas-feiras às 20h30.



.: Júlia Lopes de Almeida, a história por trás da primeira mulher da ABL

Inicialmente, a ABL não aceitava mulheres e a escritora não pôde ficar entre os imortais, 
mesmo tendo frequentado as reuniões de fundação
A cadeira de número 3 da Academia Brasileira de Letras (ABL) guarda uma história de injustiça no meio literário que nos ensina sobre a importância do protagonismo feminino em nossa atual sociedade. A escritora Júlia Lopes de Almeida mostrou a importância de sua obra em meio a uma época da história do Brasil extremamente sexista e conservadora.

Mesmo participando de reuniões e contribuindo para a fundação da ABL, ela não foi escolhida para figurar entre os imortais da Academia. O motivo? Ser mulher. Seguindo o padrão francês das academias literárias época, a ABL, fundada em 1897, não aceitava mulheres. A cadeira que deveria ser da autora foi, então, concedida ao seu marido. Apenas em agosto de 1977, a Academia Brasileira de Letras passou a aceitar mulheres, com a entrada da escritora Rachel de Queiroz no seleto hall de autores.


Júlia Lopes de Almeida em ilustração de Lula Palomanes, presente em "Medo Imortal"
Júlia escreveu romances, contos, crônicas, ensaios e peças de teatro durante uma época em que mulheres que aspiravam qualquer profissão, além de cuidar do lar, eram explicitamente ignoradas - ou então, simplesmente substituídas por homens. Ao longo da história, muitas mulheres criaram, atuaram, escreveram e produziram belíssimos trabalhos nas mais diversas áreas do conhecimento. Mas os tempos eram ainda mais difíceis e conservadores, e o protagonismo sempre acabava indo parar nas mãos de seus maridos ou professores. 

“Ninguém pode fugir ao destino, diziam todos; estaria então escrito que a sua sorte fosse essa que o pai lhe prometia - de matar a fome aos porcos com a carne da sua carne, o sangue do seu sangue?!” - Júlia Lopes de Almeida, na antologia "Medo Imortal". 

Mulher de talento inegável com uma obra literária sólida, Júlia figura entre os 13 autores da antologia "Medo Imortal", lançado pela DarkSide Books. No livro, que revela as principais produções de terror da literatura brasileira, Júlia assina seis contos. A injustiça histórica cometida pela ABL é reconhecida pela própria academia, tendo inclusive, sido abordada durante a posse do jurista e autor Joaquim Falcão, em 2018, que durante seu discurso relembrou a história de Júlia - atualmente, Falcão ocupa a cadeira número 3. A grandiosa produção literária da autora que contribuiu para a história da literatura brasileira segue viva - e com uma amostra de sua forte escrita, carregada de mistério, em "Medo Imortal". 

“A beleza de Issira deslumbrou a corte; sua altivez fê-la respeitada e temida; a paixão do príncipe rodeou-a de prestígio e a condescendência do rei acabou de lhe dar toda a soberania.  O seu porte majestoso, o seu olhar, ora de veludo, ora de fogo, mas sempre impenetrável e sempre dominador, impunha-na à obediência e ao servilismo dos que a cercavam.” - Júlia Lopes de Almeida, na antologia "Medo Imortal".

Com o texto clássico de sua época e à frente de seu tempo, Júlia insere em suas obras diferentes pontos de vista e representa a mulher, colocando reflexões e mostrando, inclusive, a diferença de tratamento da sociedade. Nascida no Rio de Janeiro, em 1862, a autora se mudou para Portugal, onde conheceu seu marido, o poeta Filinto de Almeida, e lançou o livro "Contos Infantis", em 1887, ao lado de sua irmã Adelina Lopes Vieira. Júlia se tornou uma das escritoras mais publicadas da Primeira República (1889-1930), chegando até a contribuir com artigos e matérias que abordam os direitos sociais e a vulnerabilidade da mulher de sua época nas principais revistas do meio. 

O escritor Filinto de Almeida, que ocupou o lugar de sua esposa Júlia na ABL, aparece em uma foto clássica do grupo literário, formado por grandes autores da época, chamado "Panelinha" - criado em 1901, para a realização de festas e encontros de escritores e artistas. Na fotografia abaixo estão os escritores e intelectuais Rodolfo Amoedo, Artur Azevedo, Inglês de Sousa, Olavo Bilac, José Veríssimo, Sousa Bandeira, Filinto de Almeida, Guimarães Passos, Valentim Magalhães, Rodolfo Bernadelli, Rodrigo Octavio, Heitor Peixoto. Sentados: João Ribeiro, Machado de Assis, Lúcio de Mendonça e Silva Ramos. No site da ABL, Almeida ainda aparece como um dos fundadores da instituição e ocupante da cadeira de número 3. Em 2017, o ciclo de palestras Cadeira 41, da ABL, reconheceu a injustiça e incluiu Júlia entre autores que poderiam ter entrado na instituição.



Adotando a perspectiva da ciência, Angela Saini discute em "Inferior É o Car*lhø", publicado pela linha Crânio, o silenciamento e a inferiorização das mulheres ao longo da história, perpetrada por pesquisas e experimentos que não se sustentam - desde a proibição de cursar uma faculdade, frequentar laboratórios de ciência até afirmações absurdas baseadas no peso do cérebro feminino - 142 gramas mais leve que o masculino. 

Em uma época em que debates de gênero ganham cada vez mais força e se mostram importantes para toda a sociedade, conhecer a história da grande escritora Júlia Lopes de Almeida é entender como as mulheres que se aventuravam na produção literária  eram vistas - e, sobretudo, se dar conta de que vestígios de um sexismo enraizado em nossa sociedade ainda se fazem presente na jornada de inúmeras mulheres que lutam para conquistar seus espaços.


.: Relembrando o suingue e o veneno de Simonal, por Luiz Gomes Otero


Por Luiz Gomes Otero*, em julho de 2019.

Nos últimos tempos, eu vinha entrando em uma vibe meio saudosista. Dentro de minha audição eclética, na seara de nossa MPB, eu me peguei ouvindo os velhos discos de vinil do mestre Wilson Simonal, que faleceu no ano 2000 com 62 anos de idade, vítima de complicações provocadas por uma cirrose hepática.

Coincidências à parte, acabei sabendo que o filme que conta a sua história no cinema está sendo lançado. E certamente levantará novamente a polêmica em torno do período em que permaneceu em um cruel ostracismo, a partir do início dos anos 70, depois de alcançar um estrelato nunca antes visto na década anterior.

Esse hiato foi provocado em função de problemas que ocorreram naquela época, quando ele acabou ganhando com a fama de dedo-duro em pleno período do Governo Militar no Brasil. O meio artístico simplesmente virou as costas para Simonal, relegando ele ao esquecimento e à depressão, que evoluiu para o alcoolismo e suas terríveis consequências para sua saúde.

Mas o que sempre me interessou no final das contas é a sua riqueza musical. Sua produção dos anos 60 é incrivelmente perene. Se eu enumerar alguns hits aqui, creio que a maioria vai se lembrar de ter ouvido algum deles: "Sá Marina", "Vesti Azul", "Mustang Cor de Sangue", "Nem Vem Que Não Tem" e "Carango" até hoje podem ser entoadas pelo grande público.

Nesse período, ele contava com o grupo Som Três no acompanhamento, incluindo o músico e arranjador Cesar Camargo Mariano, um dos principais responsáveis pela sintonia dos arranjos com o suingue de Simonal. A famosa sonoridade apelidada como "Pilantragem".

Ele representava a fusão genial do espírito do jazz americano com o nosso balanço característico da MPB. Com um poder vocal incrível, ele demonstrava um magnetismo no palco era algo a ser estudado por especialista. Ele conseguiu reger um coro de centenas de pessoas com uma canção bem simples, tipo "Meu Limão, Meu Limoeiro".


Chegou a assinar um contrato de publicidade com a multinacional Shell, considerado o maior da época. E acompanhou a seleção brasileira na copa de 70, na conquista do tri-campeonato mundial. Cantou com a diva Sarah Vaughan ao vivo, um dueto antológico com a clássica "The Shadow Of Your Smile".

O que se sucedeu nos anos seguintes acabou por detonar a sua decadência. Primeiro a questão do desequilíbrio nas finanças, que resultou na desconfiança de seu contador. Ele mandou dois policiais que atuavam no antigo DOPS fazerem o contador confessar que havia realizado o desfalque nas finanças de Simonal.

Esse triste episódio acabou resultando em uma investigação policial e na prisão de Simonal e seus amigos policiais. E o pior de tudo foi o fato de a fama de delator ter sido disseminada no meio artístico, praticamente relegando o artista a um completo esquecimento.

Não me interessa discutir se ele tinha realmente que passar por isso. Só me interessa ouvir a sua produção musical que, aliás, nem mesmo o ostracismo foi capaz de apagar. Pelo contrário: há um crescente interesse do público no resgate das canções que ele cantava no período inicial da carreira.

Para  conhecer melhor a história de Wilson Simonal de Castro, vale a pena conferir o filme no cinema. Mas se puder compre uma coletânea dele para ouvir no seu CD player. Ah, e tem também sempre uma seleção excelente nos streamings disponíveis como o Spotfy por exemplo.


Trailer do filme "Simonal"

"Tributo a Martin Luther King"

"Sa Marina"

*Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Criou a página no Facebook Musicalidades, que agrega os textos escritos por ele.

.: Carolina Dieckmann no show "Karolkê" no Teatro Porto Seguro

O Teatro Porto Seguro recebe Carolina Dieckmann que estreia o show Karolkê ao
lado do músico Vinícius Feyjão, no dia 6 de agosto.  Foto: Elvis Moreira
A paixão pela música e o flerte com os instrumentos estão prestes a sair da intimista rodinha de amigos na casa da atriz e ganhar novos cenários. Depois de 26 anos de carreira na TV, no cinema e no teatro, o universo particular de Carolina sai da coxia e é traduzido para o público em uma apresentação despojada e em plena sintonia com o suave timbre e sua voz doce.

Ao lado do músico Vinícius Feyjão, novos arranjos e releituras inéditas para sucessos como "É Tão Lindo" (Roberto Carlos), "Vamos Fugir" (Gilberto Gil/Liminha), "É o Amor" (Zezé di Camargo/Luciano) "Fogo e Paixão" (Rose Marie/Wando), "Eu Amo Você" (Cassiano/Silvio Rochael), em acordes redesenhados de forma criativa e divertida. 

O espetáculo é produzido por Léo Fuchs e a direção musical assinada pelo instrumentista e arranjador Pretinho da Serrinha, ambos parceiros de Carolina em sua última peça teatral "Tryo Elétryco", sucesso em 2017.    

Carolina Dieckmann no show "Karolkê"
Dia 6 de agosto - terça-feira, às 21h.
Ingressos: R$ 100 plateia / R$ 80 balcão e frisas.
Classificação: Livre.
Duração: 75 minutos.
http://tudus.com.br/teatro-porto-seguro-carolina-dieckmann--karolke

Teatro Porto Seguro
Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.
Telefone (11) 3226-7300.

Bilheteria: de terça a sábado, das 13h às 21h e domingos, das 12h às 19h.
Capacidade: 496 lugares.
Formas de pagamento: cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).
Acessibilidade: dez lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.
Estacionamento no local: Estapar R$ 20 (self parking) - Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto.
Serviço de Vans: transporte gratuito Estação Luz – Teatro Porto Seguro – Estação Luz. O Teatro Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro. Como pegar: na Estação Luz, na saída Rua José Paulino/Praça da Luz/Pinacoteca, vans personalizadas passam em frente ao local indicado para pegar os espectadores. Para mais informações, contate a equipe do Teatro Porto Seguro. Bicicletário – grátis.
Gemma Restaurante: terças a sextas-feiras das 11h às 17h; sábados das 11h às 18h e domingos das 11h às 16h. Happy hour quartas, quintas e sextas-feiras das 17h às 21h.

Vendas: tudus.com.br
Facebook: facebook.com/teatroporto
Instagram: @teatroporto

.: "Joias do Ballet Russo" no Teatro Opus em agosto


Nascido na Itália, desenvolvido na França e popularizado na Rússia. O ballet se tornou uma dança única, com significado de beleza e classe. Pela primeira vez no Brasil, o Gala Ballet International une todas as correntes históricas e técnicas em um espetáculo único. 

Realizadas nos dias 7 e 8 de agosto, às 21h, no Teatro Opus, as apresentações presenteiam o público a oportunidade de ver o trabalho de estrelas de danças das escolas mais importantes do mundo juntos, em uma festa de gala inédita no país. 

Assim, o Gala Ballet International contará com a participação de solistas da Itália, França, Alemanha, Japão e dos mais importantes teatros russos: O Bolshoi, o Mariinsky e Stanislavski, que interpretam os momentos mais brilhantes e querido pelo público do repertório universal. Uma oportunidade para apreciar, em toda a sua qualidade artística, o esplendor das seis academias de ballet mais importantes do mundo. No repertório, os clássicos "Lago dos Cisnes", "O Corsário", "O Quebra-Nozes" e mais.

Classificação: livre. Duração: 100 minutos. Localizado no Shopping Villa Lobos, o Teatro Opus conta com 750 poltronas, tem plateia alta e balcão suspenso. Fica na avenida das Nações Unidas, 4777 - Alto de Pinheiros, em São Paulo.

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