sexta-feira, 16 de agosto de 2019

.: "...E o Vento Levou": os 80 anos de um clássico do cinema


Por Oscar D’Ambrosio*, em agosto de 2019.

Há 80 anos, o mundo conhecia o filme “...E o Vento Levou”. Impressiona muito que ele continue forte e imortal apesar das oito décadas e de suas 4 horas de duração. Pensar no fascínio que resiste ao tempo obriga a refletir sobre elementos míticos que ali se fazem presentes, que envolvem o pano de fundo da Guerra Civil dos EUA entre o norte industrial e o sul agrícola.

Nesse sentido, vemos como a plantação da Georgia sulista, chamada Tara, é arrasada no conflito, levando ao desespero a jovem Scarlett (Vivien Leigh). Também ouvimos um discurso de Rhett Buttler (Clarrk Gable) muito pertinente sobre como, ao contrário do que a maioria ali pensa, os ianques liderados por Lincoln, com fábricas, estaleiros e minas de carvão vencerão.

Restariam aos sulistas algodão, escravos e arrogância. Esse tripé leva à derrota e à decadência. O filme recebeu dez prêmios Oscar e foi uma das maiores bilheterias de todos os tempos e teve como base o romance (1936) de Margaret Mitchell (1900 – 1949), que escreveu apenas este livro, que a tornou milionária, inclusive com a venda de direitos para o cinema.

Margaret abandonou a carreira literária, dedicou-se à filantropia e morreu bisonhamente atropelada por um taxi. Sua trajetória, de certa maneira diferenciada para uma mulher de sua época, encontra paralelo na heroína no sentido de estar fora dos padrões comuns do período. Scarlett, igualmente, embora mimada e temperamental, revela fibra perante a o conflito civil que destrói a fazenda de algodão da família e, mesmo derrotada em todas as suas ambições, consegue cair de pé. Para ver e rever sempre!

Oscar D’Ambrosio* é jornalista pela USP, mestre em Artes Visuais pela Unesp, graduado em Letras (Português e Inglês) e pós-doutorando e doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Gerente de Comunicação e Marketing da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

.: Concurso "Viajantes Literários" premia com publicação em livro


A terceira edição do Prêmio Viajantes Literários está com inscrições abertas até o dia 5 de setembro. O concurso, promovido pela plataforma de leitura digital Árvore de Livros, é gratuito e destina-se a alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental ao Ensino Médio. 

Durante o projeto, as escolas selecionadas ganham acesso à plataforma e realizam atividades alinhadas às competências da Base Nacional Comum Curricular. Ao final, serão escolhidos 30 trabalhos, entre textos narrativos e crônicas, para publicação em um livro impresso e digital. Mais informações e regulamento completo pelo site https://www.arvoredelivros.com.br/viajantes. As vagas são limitadas.

.: "O Percevejo" no Espaço Parlapatões em curtíssima temporada até dia 30

Com tom circense e fantástico, espetáculo em curta temporada até 30 de agosto, todas as quintas e sextas-feiras, às 21h. Foto: Victor Pollac
"O Percevejo" estreia em São Paulo, em curta temporada, no Espaço Parlapatões, até dia 30, sob a direção de Francisco Hashiguchi. Dividida em nove cenas, a comédia com narrativa em tom circense e fantástico traz treze atores na adaptação de Francisco Hashiguchi e Laís Patrocínio para o texto do Russo Vladimir Maiakovski (1893-1930).

Com apresentações todas as quintas e sextas-feiras, sempre às 21h, a obra escrita em 1928, em plena consolidação do regime stalinista, o espetáculo "O Percevejo" é uma crítica política e conta a história de Prissípkin, vivido pelo ator Felipe Macedo, um ex-operário que abandona seus ideais para se casar com a filha de um aristocrata, mas no dia do casamento um incêndio extermina todos sem deixar sobrevivente. Até que, 50 anos depois, um mistério se desvenda em um futuro imaginado por Maiakóvski, com um grande desenvolvimento tecnológico mas com pessoas frias e desumanizadas, o corpo de Prissípkin é encontrado congelado e através de uma votação decide-se pelo descongelamento do corpo, onde acaba sendo descongelado também um percevejo que estava em seu colarinho.

A partir disso, tudo vira uma bagunça. A sociedade asséptica passa a se "infectar" com Prissípkin, os operários começam a se embebedar, as moças começam a se apaixonar e as pessoas começam a dançar. Por fim, Prissípikin e o percevejo vão parar em um zoológico, onde os dois são considerados parasitas para aquela sociedade.

Encenada pela primeira vez em 1929, sob direção de Vsévolod Meyerhold, a obra é uma crítica política sobre a conduta do governo stalinista. Meyerhold constrói uma história de maneira sarcástica. O dramaturgo e diretor brasileiro Luiz Antônio Martinez Corrêa foi quem traduziu e encenou a peça pela primeira vez no Brasil em 1981, uma obra de extrema crítica ao governo da Ditadura Militar.

“A encenação da peça 'O Percevejo', de Vladimir Maiakóvski, busca uma atmosfera circense, própria da encenação de Meyerhold, para contar a história dessa comédia sarcástica, fazendo seus devidos paralelos com o cenário político vigente no nosso país. Trata-se também dos relacionamentos humanos, de nossas condutas e de possíveis consequências no futuro de como estamos nos conduzindo nesses tempos de tanto julgamento, ódio e intolerância ao que é diferente. O texto foi adaptado trazendo as falas para o tempo atual e algumas cenas acontecem no meio do público, sugerindo que os espectadores participem e se coloquem como sujeitos ativos na peça como um despertar de consciência sobre nossos verdadeiros papéis como cidadãos”, declara Francisco Hashiguchi.

Sinopse:
Escrita em 1928 pelo russo Vladimir Maiakovski (1893-1930), em plena consolidação do regime stalinista, o espetáculo O Percevejo é uma crítica política. Dividida em nove cenas, a comédia tem narrativa de tom circense e fantástico. Com treze atores em cena, a adaptação de Francisco Hashiguchi e Laís Patrocínio conta a história de Prissípkin, um ex-operário que abandona seus ideais para se casar com a filha de um aristocrata, mas no dia do casamento um incêndio extermina todos sem deixar sobrevivente. Até que, 50 anos depois, um mistério se desvenda.




Serviço:
"O Percevejo"
Espaço Parlapatões
De 15 a 30 de agosto | quintas e sextas | 15, 16,  22, 23, 29 e 30 de agosto de 2019
Horário: 21h
Preço: R$ 30 (inteira) | R$ 15,00 (meia) | R$ 15,00 (lista amiga)
Endereço: Praça Franklin Roosevelt, 158 - Consolação –SP
Classificação etária: 16 anos
Duração do espetáculo: 90 minutos
Lotação do teatro: 96 lugares
Ingressos no site: https://ingressoindependente.com.br/pecas/agenda/90

Elenco:
Bianca Batemarque, Carol Berres, Daniel de Mello, Felipe Macedo, Goretti Smarandescu, Janaína Bentos, Júlia Bruck, Laís Patrocínio, Lisandra Paixão, Natália Bittar, Olavo Gomes, Pérola Amaral e Reyson Moraes

Ficha técnica:
Texto: Vladímir Maiakóvski
Adaptação: Francisco Hashiguchi e Laís Patrocínio
Produção: Besouro Produções Artísticas
Direção: Francisco Hashiguchi
Cenografia: Arlete Rua
Ass. Cenografia: Larissa Guimarães
Figurino: Elen Carvalho
Ass. Figurino: Lara Bezerra
Iluminação: Laís Patrocínio
Direção Musical: Salomão Waisman
Composição musical entreato: Gabriel Miranda Turner
Visagismo: Lucas de Oliveira
Ass. Visagismo: Tainá Lasmar
Designer gráfico: Kyanne Montes
Fotos divulgação: Victor Pollak
Preparação corporal: Natália Bittar
Assessoria de imprensa: MAIC Comunicação (Maria Inês Costa) e Passarim
Comunicação (Silvana Cardoso)

.: Show do Creedence Clearwater Revival em Woodsotck é lançado em CD


Por Luiz Gomes Otero*, em agosto de 2019.

Um tesouro escondido há 50 anos foi finalmente redescoberto. Trata-se da apresentação da banda Creedence Clearwater Revival no mítico Festival de Woodstock, nos Estados Unidos, em 1969. O registro foi lançado em CD, para delírio dos fãs do bom e velho rock´n roll.

A banda americana originária da California contava com a sua formação clássica, com os irmãos John Fogerty e Tom Fogerty nas guitarras e mais Stu Cook no baixo e Doug Clifford na bateria. Em 1969 o grupo estava começando a surgir para o público. E a exposição em um festival como o de Woodsotck acabou sendo perfeita para consolidar ainda mais a sua popularidade.

O repertório do show funciona como uma ótima coletânea do que eles produziram naquele período. Logo de cara, o show abre com a emblemática "Born On The Bayou" e segue com o poderoso riff de "Green River". Também constam no set list as clássicas "Proud Mary", "Bad Moon Rising" e "Susie Q" (com 12 minutos de duração e um solo matador de John Fogerty na guitarra).


Da canções menos conhecidas destaco as energéticas "Bootleg" e "Commotion", além das excelentes releituras de "Ninety-Nine And A Half" (hit de Wilson Pickett), "I Put A Spell On You" (de Screamin Jay Hawkins) e "Night Time Is The Right Time" (de Ray Charles)

A qualidade da gravação está ótima e capta a energia da banda de uma forma perfeita. Não por acaso, o vocalista do The Who, Roger Daltrey, considerou essa apresentação do Creedence Clearwater Revival como uma das melhores do festival em uma entrevista recente sobre os 50 anos de Woodstock.

Infelizmente a banda só duraria mais alguns anos, até 1972. Tom Fogerty faleceu em 1990 e John Fogerty (o dono da voz característica da banda) segue em carreira solo. Stu Cook e Doug Clifford montaram a Creedence Clearwater Revisited, revisitando a obra da banda nos anos 60 e 70.


"Green River"

"Born On The Bayou"

"Proud Mary"

*Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Criou a página no Facebook Musicalidades, que agrega os textos escritos por ele.

.: “Téo & o Mini Mundo - O Livro”, do quadrinista e radialista Caetano Cury


Obra é a versão impressa da webcomic que conta as histórias de um universo observado por um menino através de seu microscópio

Após um bem sucedido projeto de  financiamento coletivo na internet, "Téo & O Mini Mundo - O Livro", versão impressa da webcomic delicada e intimista criada por Caetano Cury, será lançado em São Paulo no dia 17 de agosto, sábado. O evento ocorre na 9ª Arte Galeria, a partir das 16h, com a presença do autor.

"Téo & O Mini Mundo" conta as histórias de um universo observado por um menino através de seu microscópio. O livro teve sua campanha de financiamento coletivo lançada no Catarse na madrugada de 6 de maio de 2019. Os números surpreenderam: no terceiro dia, a campanha atingiu 100% da meta inicial. Após 45 dias, o financiamento terminou com 331% da meta.

Pedidos dos fãs - A ideia de compilar a produção em um livro partiu de pedidos constantes de fãs. Toda a produção de 2012 aos primeiros meses de 2019 foi reunida  em um livro de 100 páginas coloridas, com adição de material inédito e extras de bastidores. O prefácio é assinado pelo ilustrador Cárcamo, um dos principais aquarelistas do país.

A obra é publicada pelo selo RPHQ, quatro vezes indicado ao HQ Mix. Para Cordeiro de Sá, editor do selo, em uma época de pouco diálogo e muita desinformação, a delicadeza e contundência de Téo & O Mini Mundo consegue tocar corações e mentes de forma ímpar. “Da arte ao texto, essa é uma obra fundamental para todas as idades”, afirma.

Os apoiadores que desejarem retirar o livro no lançamento receberão um dedicatória exclusiva. Durante o evento, também será possível comprar tirinhas originais, prints ou réplicas em fine art. O lançamento do livro integra a programação da exposição Téo & O Mini Mundo, atualmente em cartaz na 9ª Arte Galeria, até 24 de agosto.

Emoções do Cotidiano 
Segundo Caetano Cury, tudo começou como uma necessidade de extravasar o acúmulo de emoções de sua vivência cotidiana. “Os sentimentos vão se somando e eu preciso colocar isso para fora, no papel. No começo, não imaginei que tantas pessoas fossem se identificar, mas aconteceu”. Com o tempo, o Mini Mundo cresceu e a borboleta Eulália se juntou a Téo para provocar mais reflexões e diálogos existenciais.

Seguida por mais de 80 mil pessoas nas redes sociais, Téo & O Mini Mundo já foi pulicada em provas públicas oficiais e em material didático. Em julho deste ano, a série foi indicada ao troféu HQ Mix, considerado o Oscar dos quadrinhos no Brasil.

Caetano Cury  
É ilustrador e jornalista. Tem suas raízes em Guaxupé, Sul de Minas Gerais. Atualmente é repórter da Rádio Bandeirantes de São Paulo e autor da webcomic "Téo & O Mini Mundo". Foi ilustrador da Folha de S. Paulo, ganhou prêmio no Salão Internacional de Humor de Piracicaba, teve obra publicada no Enem e esteve à frente de curso de produção de quadrinhos no Sesc.

Serviço
Lançamento de "Téo & O Mini Mundo - O Livro"
Dia: 17 de agosto de 2019, sábado
Horário: 16h
Local: 9ª Arte Galeria
Endereço: Rua Augusta 1371, Consolação, São Paulo-SP.

Financiamento coletivo e projeto completo, com imagens, vídeo e descrições: www.catarse.me/teoeominimundo

"Téo & O Mini Mundo" no Instagram: www.instagram.com/teoeominimundo



Vídeos:





.: Crianças viram "O Pequeno Príncipe" no clássico da literatura

Plataforma Dentro da História personaliza obra de Antoine de Saint-Exupéry com personagem feito com as características e o nome do leitor. Clássico da literatura mundial conta a história da amizade entre um aviador e um jovem príncipe. Título faz parte do Clube da Dentro da História, que todo mês recomenda um livro e atividades para cada criança




A "Dentro da História", plataforma de livros infantis personalizados, está lançando uma versão personalizável do clássico da literatura mundial O Pequeno Príncipe, oferecendo aos leitores uma experiência única e inesquecível. Como em todos os títulos da startup, "O Pequeno Príncipe" terá como protagonista um personagem feito com as características físicas e o nome do leitor. Esta é a primeira vez, no entanto, que o personagem customizado assumirá o lugar do personagem principal na história - e se tornará o "Pequeno Príncipe' ou a "Pequena Princesa".

Publicado há 76 anos pelo escritor, ilustrador e aviador francês Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe é um dos maiores clássicos da literatura mundial e uma das obras mais traduzidas. Conta a história da amizade entre um aviador que ama desenhar e um jovem príncipe que vive em um asteroide no espaço. A narrativa tem um tom filosófico e fala sobre amizade, responsabilidade, aparência, perda e solidão. Traz mensagens que provocam reflexões, inclusive, para os adultos. Por isso, o novo título da Dentro da História deverá conquistar não só os pequenos leitores, como os antigos fãs da obra.

"Ler O Pequeno Príncipe é uma experiência marcante e cria uma memória afetiva para a vida toda. Ser O Pequeno Príncipe ou A Pequena Princesa é ainda mais impactante. A criança enxerga seu protagonismo diante do mundo", diz André Campelo, CEO da Dentro da História.

O título é lançado pela Dentro da História em parceria com a Estrela Cultural. Sua tradução e a adaptação foram feitas por Sheila Dryzun, responsável pela marca no Brasil.

Personalização: Pela plataforma online da Dentro da História (dentrodahistoria.com.br/clube) é possível criar um avatar de acordo com as características da criança (tom de pele, cabelo, estilo de roupa, óculos, acessórios e cadeira de rodas). Esse personagem vira o protagonista de um livro físico, que pode ser encomendado e entregue em casa.

O catálogo da Dentro da História permite que crianças se tornem protagonistas de histórias ao lado de seus personagens favoritos, como Turma da Mônica, Peppa Pig, Show da Luna, Masha e o Urso, Sésamo, Patrulha Canina, Galinha Pintadinha Mini, Smilinguido e Dora Aventureira. Ainda há conteúdos originais da startup, que falam sobre educação financeira e inteligência socioemocional, entre outros temas. Ao todo, são 60 títulos à disposição.

Clube da Dentro: O Pequeno Príncipe é lançado como parte do Clube da Dentro da História, o primeiro clube personalizado de livros infantis do mundo. A cada mês, o clube envia às famílias assinantes um kit com um livro, atividades e brincadeiras com os personagens dos pequenos, em conteúdos sempre relacionados às histórias do catálogo.

O modelo funciona como uma "Netflix dos livros", porque usa um algoritmo para recomendar títulos a cada criança, de acordo com seu perfil. Ao assinar o Clube, os pais respondem a um questionário em que indicam a idade da criança, qual personagem desejam receber no primeiro mês, os que não podem faltar nos meses seguintes e os temas que querem desenvolver com seus filhos.

São 24 temas possíveis, entre eles: clássicos do folclore, trabalho em equipe, super-heróis, hábitos de rotina, contos de fada, resiliência e adaptação. Com base em todas essas informações definidas pela família, o algoritmo da Dentro da História indica um kit para cada pequeno a cada mês.

Sobre a Dentro da História: Com menos de 3 anos de vida (nasceu em 2016, em Campinas), a startup já vendeu mais de 350 mil livros personalizados. Nesse período, já foi considerada uma das mais relevantes startups de educação do Brasil, pela lista 100 Startups to Watch. Também fez parte do programa Endeavor Scale Up, com destaque entre as startups que mais crescem no país. Em novembro de 2018, Dentro da História foi listada como um dos 30 negócios que fazem bem ao Brasil pela revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, por incentivar o hábito da leitura desde a primeira infância. A Dentro da História usa o modelo Print on Demand, e só imprime os livros já encomendados e comprados. Assim, a startup elimina custos tradicionais no mercado editorial, como o de estoque, encalhe e compartilhamento de receita com livrarias. Desde o fim do ano passado, Dentro da História opera na Europa com a marca Playstories, braço de expansão internacional.

.: "As Bruxas de Salem" estreia no Teatro Nair Bello, dia 23 de agosto

Peça de Arthur Miller é tema de montagem na Escola Wolf Maya com direção de Kleber Montanheiro

Foto: Rombolli Torres Photografia

A Escola de Atores Wolf Maya estreia, no dia 23 de agosto, sexta, às 21h, o espetáculo "As Bruxas de Salem", um estudo sobre a obra de Arthur Miller com direção de Kleber Montanheiro. A montagem - que tem no elenco os formandos da Turma M6A - fica em cartaz até o dia 1º de setembro no Teatro Nair Bello.

"As Bruxas de Salem" é um texto baseado em fatos verídicos conhecidos como os Julgamentos das Bruxas de Salem. Em 1692, em Massachusetts, cerca de 150 pessoas foram processadas por bruxaria, resultando em várias execuções. Escrita no início de 1950, a peça é uma alegoria do macarthismo, como uma resposta à perseguição anticomunista nos Estados Unidos na época, da qual o Arthur Miller foi vítima, sendo interrogado e condenado por não denunciar os colegas comunistas. O próprio Miller adaptou a peça para o cinema, em 1996, em produção estrelada por Daniel Day-Lewis e Winona Ryder.

Formado em jornalismo, o americano Arthur Miller (1915-2005) tem comos suas obras mais aclamadas A Morte de um Caixeiro-viajante (1949) e As Bruxas de Salem (1953). O texto faz questionamentos à tolerância religiosa, ao marcathismo que ficou conhecido como ‘a caça às bruxas da era moderna’.

O enredo se passa em 1692, na Vila de Salem. Betty Parris (filha do Reverendo Samuel Parris) está possivelmente com uma doença para a qual não existe cura. A escrava Tituba acaba sendo acusada de bruxaria por ter contado histórias de voodoo para Betty e Abigail Williams (sobrinha do Reverendo). A histeria na cidade começa quando várias garotas relatam casos de bruxaria e acusam as pessoas da vila. Um tribunal é estabelecido e elas têm que apresentar as acusações perante a lei. John Proctor, um fazendeiro da região, é cético sobre os acontecimentos e tenta provar que tudo é uma farsa. E ele descobre que Abigail e uma das adolescentes, provavelmente ‘possuída’, tentarão se vingar de sua família.

Ficha técnica - Texto: Arthur Miller. Direção e adaptação: Kleber Montanheiro. Preparação vocal: Alessandra Krauss Zalaf. Cenografia, figurinos e trilha: Kleber Montanheiro.  Criação de luz: Beto Martins. Operação de som: Gabrielle Ventura. Assistentes de direção: Gabrielle Ventura, Henrique Garcia e Samara Gonzalez. Produção executiva: Maristela Bueno. Produção: Rodrigo Trevisan e Renato Campagnoli. Design gráfico: Felipe Barros. Fotos: Rombolli Torres Photografia. Coordenação pedagógica: Josemir Kowalick. Coordenação geral: Hudson Glauber.

Elenco: Angélica Prieto, Beatriz Napoleão (participação), Beatriz Pessoa, Fernanda Roitman, Gabriel d’Assis, Gabriela Holanda, Giovanna Nery, Guh Rezende, Ilo Rafael, Isis Mendonça, Josmar Pereira, Kammyla Assumpção, Layla Pessoa, Marina Dulinsky, Natalia Lima, Natalia Sudré, Raiara Luz, Reginaldo Maia e Victória Almada.

Serviço 
Espetáculo: As Bruxas de Salem
Estreia: 23 de agosto. Sexta, às 21h
Temporada: 23 de agosto a 1º de setembro/2019
Horários: sextas e sábados (às 21h) e domingos (às 19h)
Ingressos: R$ 30,00 (valor único) - Vendas na bilheteria do teatro.
Duração: 90 min. Gênero: Drama. Não recomendado para menores de 12 anos.
Bilheteria: quarta a sábado (15h às 21h) e domingo (15h às 19h).

Teatro Nair Bello
Rua Frei Caneca, 569 - Shopping Frei Caneca, 3º Piso. Centro - SP/SP.
Tel: (11) 3472-2442. Capacidade: 201 lugares.
Ar condicionado. Acessibilidade.

wolfmaya.com.br
facebook.com/EscolaWolfMaya

twitter.com/escolawolfmaya

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

.: Grandioso e profundo, "Pippin" tenta caminhos para se encontrar

Foto: @musicalpippin


"Vai, que vida é só uma. Vai se bagunçar, depois a gente te arruma. Vai sem pensar, porque não tem talvez, viver é só uma vez" 


O grandioso e profundo musical "Pippin", escrito por Roger O. Hirson, com versão brasileira de Claudio Botelho e direção Charles Möeller, a mesma dupla de 43 espetáculos como os sucessos "Beatles Num Céu de Diamantes", "A Noviça Rebelde" e "Rocky Horror Show"conta a história de um jovem e confuso príncipe, ansioso para encontrar um propósito. Quem nunca sentiu insatisfação com o rumo da própria vida e quis tentar caminhos para se encontrar? 

Em cartaz no Teatro FAAP, em São Paulo, de sexta-feira à domingo, "Pippin" tem um elenco de primeira. Com a talentosa Totia Meireles na pele da Mestre de Cerimônias, que ora é anjinho, ora diabinho nos ouvidos do protagonista, dá um show de interpretação e solta o vozeirão, roubando os olhares do público. No entanto, há generosidade da influenciadora que dita o ritmo da história conturbada de Pippin, brilhantemente interpretado por João Felipe Saldanha. Alto, esguio e dono de uma voz potente, Saldanha é excelente ao expor questionamentos que todos temos, mas optamos por ignorá-los. 

A verdade é que os protagonistas têm parceiros no palco que engrandecem a trama. Fernando Patau, traz um Carlos Magno, pai de Pippin, esperançoso em seguir o reinado por meio do filho maduro que retorna após anos de estudo. A vovó Berthe (Mira Haar), engraçada e sem papas na língua, endossa a importância do jovem buscar as respostas para as dúvidas que carrega, assumindo o trono ou vivendo no campo.

Entre manter os pés no chão do pai e o voar em busca dos sonhos como incentiva a vó, Pippin precisa lidar com a figura tenebrosa e astuta da Fastrada (Mariana Gallindo), que ambiciona tornar Rei o próprio filho, o caçula Lewis (Thiago Machado). Que dupla! Embora as intenções não sejam as melhores para o mocinho da história, a ignorância do filhinho da malvada diverte. Há leveza no drama que tem espaço para o uso da metalinguagem.

Embora a história da vida de "Pippin", dependa, unicamente, das escolhas dele -mesmo as instigadas pela Mestre de Cerimônias. Logo, até os erros podem ser desfeitos. Após servir numa batalha, Pippin não se encontra e, cai, fatalmente, nos prazeres da vida. A trupe, com movimentos belos de balé, composta por Andreza Medeiros, Giu Mallen (de Peter Pan, o Musical da Broadway), Gustavo Della, Renato Bellini (de Sunset Boulevard), Sandro Conte e Vanessa Costa (a professora de Billy Elliot - O Musical) alavancam a narrativa que provoca o público a supor finais para o príncipe -totalmente diferentes do encenado.



Assim, diante da viúva Catharina, defendida pela dona de uma voz marcante, Bel Lima, (de Cole Porter: Ele Nunca Disse Que Me Amava), mãe do encantador Theo (Pedro Burgarelli), é que o príncipe descobre o seu papel, embora a vida no campo não seja agradável. As vozes de João Felipe Saldanha e Bel Lima casam perfeitamente, assim, a música romântica entre seus personagens é uma explosão de bons sentimentos que arrepiam e emocionam. Ah! O amor!  

Os figurinos belíssimos e cheios de vida, no cenário com direito a cortinas e uma bela coroa no centro, é de encher os olhos e ainda valoriza a orquestra no alto, parte à esquerda e à direita, com Paulo Nogueira (Regência, Teclado 1), Cinthia Sell (Teclado 2), Helena Imasato (Violino), Mauro Domenech (Contrabaixo elétrico e acústico), Cauê Brisolla (Guitarra e Violão), Douglas Andrade (Bateria e Percussão), Bruno Belasco (Trompete e Flugelhorn), Chiquinho de Almeida (Flautas, Piccolo, Clarinete, Sar Soprano e Sax Alto).

Por meio das versões inesquecíveis das canções é que se estabelece uma comunicação natural entre os personagens e o público, permitindo que aqueles que apreciam a narrativa, imaginem que aquela poderia ser a trilha sonora da vida de cada um presente. Antes que as cortinas sejam encerradas, o incrível jogo de luzes, grande trunfo do musical, lembra que somos os atores no palco de nossas vidas. Imperdível!!


Pippin - O Musical
Temporada SP: Teatro FAAP 
Até 18/08
Sextas-feiras, às 21h 
Sábados, às 17h e às 21h 
Domingos, às 15h e às 19h
Duração: 120 minutos
Endereço: 1, R. Alagoas, 903 - Higienópolis, São Paulo - SP, 01243-010
Inauguração: 1976
Telefone: (11) 3662-7233
Capacidade: 510 pessoas
Ingressos: teatrofaap.showare.com.br/Default.aspx?EVENTID=146


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm





Encerramento do espetáculo no Teatro FAAP




.: Lena Katina, ex-integrante do t.AT.u. confirma turnê no Brasil


A cantora Lena Katina que ficou conhecida mundialmente por integrar o grupo russo t.A.T.u. ao lado de Julia Volkova com os hits “All Things She Said”, “Not Gonna Get Us” e “All About Us” virá ao Brasil para duas apresentações únicas em novembro.

O primeiro show acontecerá em Fortaleza no dia 16 de Novembro no Complexo Armazém e promete um grande repertório recheados de hits da dupla t.A.T.u. e de sua carreira solo, Lena também passará pela cidade de São Paulo para realizar um evento privado e exclusivo, os compradores terão direito a um pocketshow, autógrafos, tirar fotos e fazer perguntas com a cantora.

Lena já havia vindo ao Brasil em 2013 para um show único em São Paulo com seu primeiro cd “This Is Who I Am” e agora voltará com seu novo álbum em russo “Mono”, lançado mês passado.

O primeiro lote do show em Fortaleza custará R$ 35 a meia-entrada e R$ 70 a inteira e meet&greet com direito a foto com a cantora terá o preço de R$ 250 (valor promocional), o evento privado em São Paulo custará R$ 450,00 e poderá ser parcelado em até 12 vezes, somente os compradores terão acesso a informações do local onde ocorrerá o evento. Os ingressos estarão à venda nesta quinta-feira, dia 15, ao meio-dia e devem ser adquiridos no Sympla: www.sympla.com.br/rrentretenimento.



.: Sesc SP recebe o Festival Palco Giratório em várias unidades


Festival Palco Giratório apresenta programação com novidades em formatos e temáticas: "Cena Expandida" e "Lugar de Fala". "Cena Expandida" realizará oficinas estendidas e mapeamento de artistas junto à comunidade local. "Lugar de Fala", trazido por diversos espetáculos do circuito, dará vozes às mulheres negras, comunidades indígenas e pessoas com deficiência. Atual edição do Festival Palco Giratório em São Paulo conta com a participação de 20 companhias de vários estados, que somarão mais de 40 apresentações artísticas, 9 delas inéditas, além de oficinas teatrais, encontros e debates

O Palco Giratório, circuito nacional de artes cênicas do Sesc, chega à sua 22ª edição como uma ação integrada que fomenta a circulação de obras e apresenta um importante panorama cultural da produção em artes cênicas no país. Iniciada no último dia 28 de março em Natal, no Rio Grande do Norte, o circuito já passou por Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília e Manaus. Até dia 31 de agosto, o Palco Giratório chega a São Paulo com a participação de 20 companhias, que se apresentarão em nove unidades do Sesc na capital, Grande São Paulo e interior:  24 de Maio, Av. Paulista, Belenzinho, Bom Retiro, Campinas, Guarulhos, Parque Dom Pedro II, Santana e Santo André. 

Até o fim de agosto, serão diversas apresentações de artes cênicas, sete delas inéditas em São Paulo, que envolvem linguagens como dança, circo, teatro adulto, teatro para crianças e performances; além do Pensamento Giratório, programação paralela aberta ao público, para reflexão e discussão acerca do trabalho e pesquisa dos grupos itinerantes, realizado com participação ativa da comunidade de artistas locais e convidados.

“Constituindo um empenho de democratização de toda diversidade cultural nacional que alcança pequenas, médias e grandes cidades, o Festival Palco Giratório promove, há 22 anos, a difusão de trabalhos de artes cênicas por meio da circulação de grupos e companhias de teatro, dança e performance. O Sesc São Paulo toma parte dessa empreitada, entendendo a importância do trabalho coletivo como meio de conhecer a pluralidade de expressões cênicas nas regiões do país”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo. 

A cada ano, uma curadoria formada por profissionais do Sesc de todo o Brasil aponta pistas, ideias, pensamentos e ações que sugerem questões e tendências latentes no teatro brasileiro. Os desafios apontados em 2019 convocam o público a repensar estratégias nos modos de atuação do circo, dança, teatro e de suas interfaces, para promover ainda mais a existência e a sustentabilidade das artes cênicas.

Um tema que permeia a programação de 2019 como um todo, está relacionado com o conceito de “Lugar de Fala”, trazido por diversos espetáculos do circuito a partir de diferentes óticas: a dos povos indígenas (espetáculo "Se Eu Fosse Iracema" - 1Comum Coletivo - RJ); dos feminismos (com "A Mulher Arrastada" - Dramaturgia Diones Camargo - RS); dos corpos negros (com "Subterrâneo", Gumboot Dance Brasil - SP); dos corpos com deficiência ("Tandan", da Cia Etc – PE). 

Também como desdobramento das ações de mediação cultural, o Palco Giratório destaca, neste ano, a presença de propostas que não configuram necessariamente a apresentação de um espetáculo, conhecidas como “Cena Expandida”. São programações que sugerem um tempo de relação mais amplo com as cidades e seus públicos, envolvendo a realização de mapeamentos e oficinas estendidas. 

São elas que configuram o "Circuito Especial 2019: Performance Preta no Brasil", no Maranhão, que pretende viabilizar a produção negra no campo da performance; Audiodescrição Lab (Pernambuco/Santa Catarina), uma ação de mediação para espetáculo com audiodescrição; Femi-Clown Cabaré-Show (Distrito Federal), com uma proposta de saberes em circo-teatro, que se dá a partir do encontro e das partilhas entre mulheres palhaças e suas criações.

O Palco Giratório se notabilizou, durante suas 22 edições, por fomentar diferentes linguagens artísticas nas artes cênicas. Na atual edição, temos exemplos de: Teatro para Bebês (com o espetáculo "Voa", do Coletivo Antônia – Distrito Federal); Teatro Adulto (com "Traga-me a Cabeça de Lima Barreto", da Cia. Dos Comuns - Rio de Janeiro); Circo (com "Das Cinzas Coração", da Quimera Criações Artísticas e Teatro Ateliê - Rio Grande do Sul); Dança (com "Cria", da Cia. Suave/ Alice Ripoll – Rio de Janeiro); e Intervenção Urbana (Espetáculo "Naquele Bairro Encantado", do Teatro Público - Minas Gerais).

Além dos espetáculos e oficinas para todas as faixas etárias, a programação envolve ainda o Pensamento Giratório. Trata-se de um espaço aberto ao público para reflexão e discussão acerca do trabalho e pesquisa dos grupos itinerantes, realizado com a participação ativa da comunidade de artistas locais e convidados.

As companhias e espetáculos que serão apresentados em São Paulo são provenientes de diversos estados do Brasil, como, Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Macapá, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. 

Programação completa em sescsp.org.br/palcogiratorio

Espetáculos inéditos em São Paulo:

Sesc 24 de Maio (R. 24 de Maio, 109)

  • "Voa" (Coletivo Antônia - DF)
  • "Naquele Bairro Encantado – Episódio I: Estranhos Visitantes" (Teatro Público – MG)

Sesc Avenida Paulista (Av. Paulista, 119)

  • "R.A.L.E. (Realidade Apropriada Libera Evidência)" – Jessé Batista – AL


Sesc Belenzinho (Rua Padre Adelino, 1000 – Quarta Parada)


  • "A Mulher Arrastada" (Dramaturgia Diones Camargo – RS)
  • "A Mulher do Fim do Mundo" (Cia Casa Circo - AP)

SESC BOM RETIRO (Alameda Nothmann, 185)

  • "Meu Seridó" (Casa de Zoé – RN)


SESC PARQUE DOM PEDRO II (Praça São Vito s/n - Brás)

  • "Tandan" (Cia Etc – PE)


Sobre o Festival Palco Giratório
O Festival Palco Giratório faz parte do Projeto Palco Giratório, uma ação que o Sesc mantém em nível nacional, desde 1998, visando a difusão cultural e o desenvolvimento das artes cênicas no Brasil. Busca democratizar o acesso à produção artística, com uma estratégia de descentralização e intercâmbio teatral que conjuga processos e resultados por meio de apresentações, oficinas, demonstração, debates e palestras. Articula, ainda, a ocupação da rede de espaços cênicos do Sesc de todas as regiões do Brasil, além de outros espaços e instituições locais.

Ao longo de seus 22 anos de existência, o Palco Giratório se consolidou no cenário cultural levando uma grande variedade de gêneros e linguagens artísticas para um público diversificado de mais de 5 milhões de espectadores em mais de 500 espetáculos. Ao todo, já foram 11 mil apresentações com 353 grupos de teatro, circo, dança e outras linguagens — em instalações do Sesc, praças e outros espaços urbanos. Mais do que entretenimento, essa iniciativa tem como objetivo não só a troca de experiências e vivências entre os artistas, mas também a difusão de montagens regionais pelo país afora, além de criar oportunidades de inserção de artistas, produtores e técnicos no mercado de trabalho.

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.