quarta-feira, 1 de julho de 2020

#ResenhandoQuiz: sabe tudo de "Coraline"? Descubra!

Resenhando.com apresenta o #ResenhandoQuiz sobre "Coraline", escrito por Neil Gaiman, adaptado em animação (2009), que em 2020 volta às livrarias em capa dura, com pintura trilateral e ilustrações do premiado Chris Riddell, pela Editora Intrínseca em 224 páginas. Descubra se sabe tudo sobre o clássico que agrada a leitores de todas as idades: história que mistura terror e elementos de contos de fadas. Divirta-se em 10 questões!

.: #ResenhaRápida: Patrick Aguiar e a ousadia no teatro em tempos de crise


Por 
Helder Moraes Miranda e Mary Ellen Farias dos Santos, editores do Resenhando.

Só os mais corajosos enfrentam as incertezas com bom humor. Afinal, quem ousaria estrear uma peça teatral em tempos de pandemia? O nome dele é Patrick Aguiar, um ator apaixonado pelo que faz e um operário da arte. Em época de covid-19, ele estreou a peça teatral online "Descasamento", baseado em textos de Luis Fernando Verissimo sobre relacionamentos amorosos. Ao lado dele, na peça que tem transmissão ao vivo pelo Zoom, está a atriz Amanda Carvalho. 

Ator de vários outros espetáculos, como a infantil “O Pequeno Príncipe”, baseado na obra de Antoine de Saint-Exupéry, com dramaturgia e direção de Ian Soffredini, Patrick é a síntese do talento, da sensibilidade e da leveza que os personagens impõem: a dramaturgia pode fazer com que as pessoas enxerguem tudo com mais otimismo. Teatro é a arte do efêmero, um momento de grandes encontros. Em época de isolamento, esse encontro pode ser consigo mesmo. Mas se você tiver a sorte de se deparar com um ator deste calibre, nos teatros da vida, é certeza de que você sairá bem mais feliz. 

"Descasamento" fica em cartaz até dia 17, nas noites de sexta-feira, sempre às 20hPara assistir basta entrar em contato pelo Instagram (@eupatrickaguiar ou @amandas_carvalho) ou pelo Whatsapp (11) 98227-6586. O valor do ingresso é R$ 35 ou contribuição consciente.


#ResenhaRápida com Patrick Aguiar

Nome completo: Charles Patrick de Aguiar.
Apelido: Pa. 
Data de nascimento: 13 de março de 1980.
Altura: 1,77 m.
Qualidade: generosidade.
Defeito: gostar das coisas do meu jeito.
Signo: peixes.
Ascendente: câncer.
Uma mania: arrumar o cabelo.
Religião: nenhuma. 
Time: nenhum.
Amor: transforma.
Sexo: revigora. 
Mulher bonita: Iza. 
Homem bonito: Ricky Martin.
Família é: o começo
Ídolo: nossa, eu não tenho!
Inspiração: bom humor me inspira.
Arte é: a base de um povo.
Brasil: uma grande vítima dos brasileiros.
Fé: necessária.
Deus é: a grande força que sabe o que faz.
Política é: o oposto do que os nossos políticos fazem.
Hobby: cozinhar.
Lugar: o palco.
O que não pode faltar na geladeira: cerveja.
Prato predileto: empadão de Frango.
Sobremesa: quindim.
Fruta: banana.
Bebida favorita: cerveja.
Cor favorita: preto.
Medo de: grilo (sim, acreditem!).
Uma peça de teatro: "Os Boêmios de Adoniran", da Cia. de Teatro Interiorando.
Um show: não costumo ir. 
Um ator: Marco Nanini.
Uma atriz: Andrea Beltrão.
Um cantor: Lenine.
Uma cantora: Marisa Monte.
Um escritor: Luis Fernando Verissimo. 
Uma escritora: Clarice Lispector.
Um filme: "Dançando no Escuro".
Um livro: o primeiro que li na minha vida, “Na Mira do Vampiro”, de Lopes dos Santos, da coleção Vagalume.
Uma música: "O Bêbado e a Equilibrista" - Elis Regina.
Um disco: "Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa e Carvão" - Marisa Monte.  
Um personagem: Romeu, de "Romeu e Julieta", de William Shakespeare.
Uma novela: "Vale Tudo", de Gilberto Braga.
Uma série: "Friends".
Um programa de TV: "Lady Night". 
Um site: Google. 
Um blog: Põe na Roda.
Um podcast: não tenho o habito de ouvir.
Um Twitter: não uso.
Um Instagram: @razoesparaacreditar.
Um canal no YouTube: Canal 90
Uma saudade: de alguém muito especial que perdi recentemente.
Algo que me irrita: orgulho.
Algo que me deixa feliz é: estar com meus amigos. 
Quem levaria para uma ilha deserta: um dos meus amigos, pra tomarmos sol e falarmos da vida!
Se pudesse ressuscitar qualquer pessoa do mundo...: não faria.
Uma pergunta a qualquer pessoa do mundo: "Você não acha que está na hora de começar a ter vergonha na cara?". Para o Bolsonaro.   
Não abro mão de: trabalhar.
Do que abro mão: de qualquer coisa pelos meu cães e gatos.
Um sonho: comprar minha casa com quintal bem grande para os meus cachorros.
Se tivesse que ser um bicho, eu seria: um elefante.
O que seria se não fosse ator: quando criança queria ser dentista.
Televisão em uma palavra: fama.
Teatro em uma palavra: plenitude.
Novela em uma palavra: vitrine.
Democracia em uma palavra: justiça. 
Ser ator é: minha missão.
Ser homem, hoje, é: ter um injusto privilégio.
Patrick Aguiar por Patrick Aguiar: um cara que tem bom coração, sonhador, chorão, trabalhador e que busca seu espaço.



.: "A Dança do Dia", com Key Sawao e Ricardo Iazzetta, será live na quinta


Programação com importantes nomes da dança nacional traz espetáculo da dupla Key Sawao e Ricardo Iazzetta. Foto: Cris Lira

A programação da série Dança #EmCasaComSesc, que apresenta sempre às terças e quintas, às 21h30, uma atração diferente, traz esta semana dois novos espetáculos para o público: nesta quinta-feira, dia 2 de julho, será a vez do espetáculo "A Dança do Dia", com Key Sawao e Ricardo Iazzetta. Sempre às terças e quintas, uma atração diferente apresenta trechos de obras, fragmentos, adaptações ou íntegra de coreografia em transmissões ao vivo no YouTube do Sesc São Paulo - youtube.com/sescsp - e o Instagram do Sesc Ao Vivo - instagram.com/sescsp.

A dupla Key Sawao e Ricardo Iazzetta, parceiros artísticos que dirigem a KZ&C - key zetta e cia, celebram a linguagem da dança na apresentação a dança do dia. Juntos, eles exploram o ir e vir no tempo, onde diferentes espaços, pensamentos e gestos surgem como atravessamentos, se atualizam e criam a dança de hoje. "A Dança do Dia" se apresenta como um agradecimento. Key Sawao e Ricardo Iazzetta se lançam na proposta deste encontro através do corpo e do movimento, de afetar e ser afetado pela experiência do momento, habitando a zona do acontecimento mais imediato.

Sempre às terças e quintas-feiras, às 21h30, acontece uma apresentação diferente no formato de solos, duplas ou com mais integrantes - desde que estes já estejam dividindo o mesmo espaço neste período de quarentena - podendo ser coreografias na íntegra, trechos de obras ou adaptações, de acordo com o espaço e proposta de cada trabalho. As apresentações têm duração de até 50 minutos. Em tom intimista, os artistas também são convidados a fazerem comentários sobre o trabalho após a performance. 

Dentro desta linguagem, a experiência das diversas edições da Bienal Sesc de Dança, que teve sua 11ª edição realizada em setembro de 2019, possibilita a expansão da atuação digital da instituição. A programação terá como foco abranger o maior número de vertentes e movimentos da dança, em suas expressões, diversidades e poéticas de corpos, dentro das muitas áreas de pesquisa, como a clássica, urbana, contemporânea, performática e experimental.

A iniciativa faz parte das diversas ações digitais que expandem a atuação da instituição no campo virtual, como a plataforma do Sesc Digital e a programação de transmissões de música e teatro da série Sesc Ao Vivo. "As artes, em todas as suas linguagens, têm sido altamente impactadas pelas restrições de convívio social e pela suspensão das contratações dos artistas e de toda a cadeia de criação e produção. 

O desenvolvimento da Plataforma Sesc Digital expressa nossa preocupação com a expansão da atuação social do Sesc para o ambiente digital", comenta Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo. "Acreditamos ser possível, ainda que desafiadora, a experimentação de uma prática cênica, performativa, em novos formatos, gramáticas e suportes. Pretendemos contemplar outras linguagens artísticas em nossas transmissões ao vivo nos próximos dias", conclui.

.: Debora Lamm é Medeia na peça "Mata Teu Pai" encenada em live teatral


No espetáculo "Mata Teu Pai", Medeia está em movimento, vive em meio a escombros da cidade, e encontra mulheres de diversas nacionalidades. Foto: Elisa Mendes

Dentro de apresentações teatrais das lives #EmCasaComSesc, nesta sexta-feira, dia 3, às 21h30, Debora Lamm encena a peça "Mata Teu Pai", de Grace Passô. O enredo revisita o trágico mito grego de Medeia, inserindo a figura da feiticeira nos dias de hoje, criando assim um debate sobre a condição da mulher atual. "Preciso que me escutem!", diz uma Medeia tomada pela febre, em sua primeira fala na peça.  A peça pode ser assistida no YouTube do Sesc São Paulo youtube.com/sescsp -  e no Instagram do Sesc Ao Vivo - @sescaovivo.  

No espetáculo "Mata Teu Pai", Medeia está em movimento, vive em meio a escombros da cidade, e encontra mulheres de diversas nacionalidades: síria, cubana, paulista, judia, haitiana.  Ela se vê na mesma condição de imigrante. Percorre um caminho interior, onde decide que quem tem que morrer é Ele, fazendo uma alusão direta ao patriarcado. Da companhia OmondÉ e com direção de Inez Viana, a peça estreou em 2017, passando por Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. Debora Lamm é integrante e fundadora da Cia OmondÉ, que completa uma década de existência neste ano. Acumula mais de 40 espetáculos como atriz e diretora, 11 indicações e cinco prêmios de teatro no currículo.

Para encerrar a programação da semana, neste domingo, dia 5, a atriz Renata Sorrah encena "Em Companhia". Junto com o dramaturgo e diretor Marcio Abreu, a atriz constrói uma ação a partir de fragmentos dramatúrgicos das obras junto à companhia brasileira de teatro, coletivo de artistas de várias regiões do país. Mesclam-se textos das peças "Esta Criança", "Krum" e "Preto", que construíram juntos, e ainda trechos de outras obras que auxiliaram na pesquisa e criação dos trabalhos, além de fragmentos de outras obras de sua trajetória. 

A peça se articula a partir da fala pública de uma mulher em sua casa, vivendo a quarentena, em junho de 2020. Temas como isolamentos, lamentos, obscurantismos, nacionalismos crescentes, belicismos exacerbados, preconceitos e extremismos religiosos estarão em pauta, em uma sequência vertiginosa de momentos de intensidade da atriz. 

Com texto e direção de Marcio Abreu e colaboração artística de Felipe Soares, Giovana Soar, Nadja Naira, Cássia Damasceno e José Maria, a peça tem criação e produção assinadas pela companhia brasileira de teatro. Sobre a atriz, Renata Sorrah tem mais de 40 anos de carreira, marcados por impactantes e inesquecíveis atuações em espetáculos, filmes e na televisão, que fazem dela, indiscutivelmente, um dos grandes nomes das artes cênicas no Brasil.

Para conferir a programação de teatro, basta acessar as páginas youtube.com/sescsp ou o novo endereço do Sesc São Paulo no Instagram criado especialmente para a série Sesc Ao Vivo instagram.com/sescaovivo, às segundas, quartas, sextas e domingos, sempre às 21h30.

.: Britney Spears brasileira, Francinne grava clipe durante quarentena


A cantora Francinne, que ficou conhecida como a Britney Spears brasileira e mostrou talento para mostrar um trabalho mais autoral, tinha planos definidos para 2020: lançar um novo EP e sair em turnê de divulgação. Contudo, com a pandemia da covid-19, assim como o restante do mundo, ela precisou rever as ações e se reinventar. A loira não deixou se abalar e, mesmo em casa, deu continuidade na produção de conteúdos para entreter seus fãs.

Nas últimas semanas, respeitando todas as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde), Francinne gravou, em São Paulo, um videoclipe da sua nova música, de nome ainda não revelado. "Este single é o marco de uma nova etapa em minha carreira e significa, pra mim, uma aproximação ainda maior com as referências pop que tanto amo e cresci ouvindo. Me sinto mais nostálgica, e aproveitei esse momento que estamos vivendo para falar sobre sentimentos", explica.

O lançamento do novo trabalho está previsto para a primeira semana de julho. Para este ano, Francinne traz um trabalho musical mais maduro, mesclando o pop com ritmos brasileiros, sem deixar de lado suas influências latinas. Com canções autorais, Francinne trabalha ao lado de um time de peso, e faz apresentações dignas de Las Vegas, garantindo assim sua marca artística no cenário pop mundial.

Hoje uma cantora de sucesso, Francinne começou sua carreira artística como cover oficial de Britney Spears em 2011. Três anos depois, a cantora conheceu o produtor Mister Jam e começou a trabalhar com ele em sua música, lançando em 2015 a música “I’m Alive”. Em 2018, Francinne lançou seu primeiro EP, “La Rubia”. Também naquele ano, ela gravou sua parceria com Wanessa Camargo, a música “Tum Tum”, considerada o maior single de sua carreira.

.: Autores de "Aruanas", Marcos Nisti e Estela Renner fazem balanço da série


Na reta final, os autores Marcos Nisti e Estela Renner fazem um balanço da temporada. Foto: Globo/Fábio Rocha

A primeira temporada de "Aruanas" chegou ao fim nesta terça-feira, dia 30, logo após a novela "Fina Estampa". O último episódio fecha o ciclo de dois meses nos quais a saga das destemidas ativistas ambientais ocupou semanalmente o lar dos brasileiros, levando uma mensagem de preservação do meio ambiente e da vida. Na reta final da série, os autores Marcos Nisti e Estela Renner fizeram um balanço sobre "Aruanas", desde a concepção dos personagens, o feedback do público e as expectativas para a próxima temporada.

No último episódio de "Aruanas", a equipe planeja uma ação em um jantar com Miguel (Luiz Carlos Vasconcelos) e senadores para a assinatura do decreto que extingue a reserva de Cari. As ativistas levam imagens e informações do dossiê de denúncia contra a empresa de Miguel, e planejam ações que vão chocar o público presente. Mas elas terão que enfrentar a fúria do empresário e da ardilosa Olga (Camila Pitanga) para colocar o plano em ação. 

Escrito por Estela Renner e Marcos Nisti, o thriller ambiental foi ao ar às terças-feiras, logo após a novela “Fina Estampa”. A série - uma produção original da Globo exclusiva para o Globoplay, em coprodução com a Maria Farinha Filmes - conta com direção artística de Carlos Manga Jr, direção geral de Estela Renner, parceria técnica do Greenpeace e colaboração de Pedro de Barros com o roteiro.

Vocês afirmaram, um pouco antes do lançamento, que ver "Aruanas" na TV aberta era um sonho. Agora, que balanço final fazem da exibição da série?
Foi uma experiência única. Em tempos de repensarmos o mundo, diante de tanto sofrimento e tanta busca, "Aruanas", um projeto que nasceu em 2012, de repente estava na TV aberta, falando com milhões. Assistimos aos episódios com as redes sociais abertas, junto com a TV ligada. Os feedbacks vinham direto, em tempo real a cada cena. Ver esse movimento foi uma experiência tocante e divertida, e a receptividade do público foi maravilhosa.

O público se mostrou particularmente surpreso com a relação de Verônica (Taís Araujo) e Amir (Rômulo Braga), marido de Natalie (Débora Falabella). Foi o tipo de reação que vocês esperavam quando escreveram a série?
É uma tragédia. Sem esta relação, o drama se esvazia. Ela despertou grandes emoções em todos que participaram dela, até a audiência se incomodou. As pessoas odiaram e reprovaram a atitude de Verônica, tiveram raiva dela, mas não deixaram de reconhecer a importância dela como ativista. A Taís Araujo não se conformava com a atitude da Verônica, nas leituras de roteiro já era difícil. Até que um dia, em uma conversa entre Leandra Leal, Débora Falabella e Tais, elas lembraram que essa é uma situação que existe, e, se existe, pode acontecer na vida de qualquer um, inclusive de uma brilhante ativista.

A questão ambiental, pré e pós "Aruanas", na opinião de vocês, recebeu uma atenção maior ou o caminho ainda é longo?
O caminho será sempre longo, mas acreditamos, como autores e ativistas que somos, que "Aruanas" deu um passo bem grande na direção certa. Conseguimos mostrar para um volume enorme de pessoas o que fazem, os dilemas e as escolhas, como vivem, como trabalham, como amam e como lutam os ativistas. Só isso já irá ajudar a proteger seus caminhos, que é o caminho de quem luta pela vida. Os ativistas ambientais, em sua grande parte anônimos, estão por todo o Brasil, protegem um patrimônio comum, que é parte de todas as gerações. As "Aruanas" da vida real são muitos e correm perigos diariamente por proteger um ecossistema sustentável.

O que as protagonistas, interpretadas pela Taís Araujo, Leandra Leal, Thainá Duarte, Débora Falabella e Camila Pitanga ensinaram a vocês?
Nos ensinaram como é fazer um trabalho com comprometimento, competência e sensibilidade. A gente realmente acredita que cada personagem está lá, em "Aruanas", representado em sua plenitude. Todas são extremamente profissionais e apaixonadas pelas suas personagens e ativistas no seu lugar de fala.



terça-feira, 30 de junho de 2020

.: HBO disponibiliza gratuitamente o "Guia Todxs Nós" na internet


A HBO lançou um guia que oferece sugestões para utilização da linguagem inclusiva. Baseado nas expressões utilizadas na série "Todxs Nós", o "Guia Todxs Nós de Linguagem Inclusiva", que promove reflexão sobre a comunicação como forma ativa de dar visibilidade a pessoas transgênero ou não-binárias.

Elaborado com o apoio da consultoria especializada em diversidade [Diversity Bbox] e criado pela HBO Latin America, o material traz informações que vão desde o uso de pronomes neutros até construções gramaticais com alternativas à utilização de pronomes masculinos e femininos. Para acessar o material completo, você pode baixar o guia neste link.

Confira abaixo algumas dicas para uma comunicação mais inclusiva:

Inclusão do gênero não-binário na língua portuguesa
Hoje, no nosso idioma, usamos o masculino quando falamos de forma generalista. A proposta é passar a usar o som da letra E no lugar do O ou A. Sugere-se também o uso do pronome de gênero ILE no lugar de ELE para evitar a usual generalização no masculino.

Nome de profissões
A noção binária de gênero e generalizações no masculino também aparecem quando vamos denominar profissões. É mais inclusivo usar termos como “corpo docente”, “classe política” e “pessoal da enfermagem” em vez de “os professores”, “os políticos” e “as enfermeiras”.

E se eu não souber o pronome de alguém?
A sugestão é perguntar com respeito. Aqui vão alguns exemplos de como fazê-lo: "Desculpe, quais são seus pronomes?". "Eu não entendi seus pronomes, quais são?". "Você pode me lembrar seus pronomes, por favor?".

Sobre "Todxs Nós"
Em "Todxs Nós", Clara Gallo dá vida a Rafa, jovem de 18 anos, pansexual e não-binárie, que decide deixar a família no interior de São Paulo e mudar-se para a casa de seu primo, Vini (Kelner Macêdo), na capital. Vini já divide o espaço com sua melhor amiga, Maia (Julianna Gerais), e ambos ficam surpresos ao descobrir que Rafa se identifica com o pronome neutro e não com o gênero feminino ou masculino. Já na chegada, Rafa explica, por exemplo, que é prime - e não prima - de Vini.

"Todxs Nós" é uma produção realizada integralmente com investimentos próprios da HBO Latin America. A série tem direção geral de Vera Egito, que assina também a direção dos episódios e roteiro junto com Daniel Ribeiro. Os roteiros contam com a colaboração de Alice Marcone e Thays Berbe. A produção é de Luis F. Peraza, Roberto Rios, Eduardo Zaca e Claudia Clauhs, da HBO Latin America Originals; Gil Ribeiro, Marcia Vinci e Margarida Ribeiro, da Coiote, e Heitor Dhalia e Egisto Betti, da Paranoïd Filmes.

HBO Latin America é uma rede de televisão premium por assinatura, líder na região, respeitada pela qualidade e pela diversidade de sua programação, que inclui séries, filmes, documentários e especiais originais e exclusivos. A rede exibe também alguns dos mais recentes blockbusters de Hollywood, antes de qualquer outro canal premium. Os conteúdos são exibidos em HD em mais de 40 países da América Latina e do Caribe por meio dos canais HBO®, HBO2, HBO Signature, HBO Plus, HBO Family, HBO Mundi, HBO Pop, HBO Xtreme e o canal básico Cinemax®. A programação é oferecida também por meio de várias plataformas, como a HBO GO® e HBO On Demand®.


.: Entrevista - Dulce María: "A vida me disse: ou você é forte, ou você afunda"


Ainda nos primeiros meses de gravidez, Dulce María contou detalhes dessa nova experiência de vida. Em entrevista para a revista "Cosmopolitan México", a cantora abriu o coração ao falar sobre o significado da gestação nesse momento de pandemia, de que maneira já está encarando a maternidade e como foi a descoberta, logo no início do isolamento social.

"Foi muito forte, porque eu estava gravando uma série desde janeiro com um ritmo de trabalho de segunda a sábado e, de um dia para o outro, tudo acabou. Foi um choque inesperado que nos afetou fisicamente, emocionalmente e mentalmente. Somado ao medo das notícias e o constante bombardeio de informações. Dias depois, comecei a me sentir mal e não fazia ideia do que era, fiz milhares de exames, testes de tudo e um pouco depois, descobri que estava grávida!", contou.

Dulce María contou ainda, que antes de descobrir a gravidez, passou por um período difícil longe da família, e que a fez reavaliar a importância de estar perto das pessoas amadas e cuidar de si mesma. "Antes de confirmar, lembro que estava triste, queria ver minha família, sentia falta deles. Você começa a não tomar nada como garantido; valorizar seus entes queridos, sua saúde, porque agora é a única coisa que podemos fazer: tomar vitaminas, cuidar da alimentação, seguir em frente, dormir o suficiente, café da manhã, almoço e jantar, ter hábitos para evitar perder a cabeça", comentou a cantora.

Além disso, a gestação também teve um papel importante para ela, que ressignificou o momento de pandemia que assola o mundo. "Senti minha gravidez como uma mensagem de Deus: quando o mundo está angustiado, preocupado e com medo, eu estaria criando vida. Por um lado, passei a ser grupo de risco, mas é um milagre saber que uma vida cresce dentro de mim. Essa quarentena me colocou contra a parede, como muitas pessoas ao redor do mundo, onde tudo parou. Há outra vida que depende de mim, eu parei de ser apenas eu, agora devo ver primeiro o meu bebê. Desta vez, trabalhei muito emocionalmente para continuar dando vida e estar bem, devo inspirar mensagens positivas para meus fãs, pois é minha responsabilidade. A vida me disse: 'Ou você é forte ou você afunda'", completou.



.: Entrevista exclusiva: Mathew Ajjarapu, vocalista da banda The Devonns


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

“A música brasileira tem sido extremamente 
influente nos últimos 70 anos”

Originário de Chicago, nos Estados Unidos, o grupo The Devonns, uma das revelações recentes da música soul, acaba de lançar o seu álbum de estreia. E já vem obtendo boa repercussão junto a crítica especializada com canções que tem como forte inspiração a produção da música negra norteamericana dos anos 60 e 70. 

O vocalista e principal compositor da banda, Mathew Ajjarapu, concedeu uma entrevista para o Resenhando para falar como se deu o início da banda. Ele comenta o atual panorama da música e ainda disse que aprecia a nossa música. “A música brasileira tem sido extremamente influente nos últimos 70 anos”.

Como foi o início da banda Devonns?
Mathew Ajjarapu - Bem, é uma resposta um pouco complicada. Antes de começar o Devonns, eu tinha estudado um pouco na faculdade de Medicina (para fazer meus pais felizes). Mas eu não era um bom aluno e desisti rapidamente. Depois disso, eu não consegui um emprego por um longo tempo, então fiquei apenas ouvindo música ou lendo enquanto esperava alguém me dar uma entrevista de emprego. Meus irmãos haviam me mostrado alguns álbuns antigos que eu tinha perdido... "Jim", de Jamie Lidell, e "The Way I See It", de Raphael Saadiq. Mesmo que fazer a coisa retrô em um contexto moderno não seja novo de forma alguma (a soul passa por um reavivamento de tempos em tempos)... o que realmente ressoou comigo nesses dois álbuns foi que Jamie Lidell e Raphael Saadiq fizeram a maior parte da escrita e produção por conta própria. Os dois álbuns eram uma exibição monumental do virtuosismo individual em várias áreas muito difíceis (letras, músicas, etc.). Muitas pessoas não percebem que grande parte da música que você ouve no rádio é realmente escrita por compositores profissionais. A pessoa que a canta é apenas um cantor. Essa pessoa geralmente não faz muita escrita ou produção e pode nem tocar um instrumento. Então, para fazer da maneira que Raphael ou Jamie fizeram, leva muito mais tempo e é realmente um trabalho árduo e lento. Eu também me deparei com o álbum de estréia de Remy Shand, "The Way I Feel", e ele se aproximou ainda mais do ideal de Prince ( que escreveu todas as músicas e letras e basicamente tocava a maioria dos instrumentos). Voltando à história... nessa época, eu havia passado por dois rompimentos muito dolorosos, um após o outro... e estava muito deprimido. Aqui estava eu... eu havia abandonado a escola, não conseguia emprego, não tinha namorada ... e, com toda essa emoção, escrevi algumas músicas que achei muito boas. Gravei algumas demos por conta própria e depois as toquei para alguns amigos, e outras pessoas pensaram que havia definitivamente algo lá. Isso me fez pensar que eu poderia querer tocar ao vivo. Eventualmente, eu conheci um ótimo baixista através do Soundcloud, e então seu colega de quarto tocou bateria, o que foi ainda melhor. Foi assim que tudo começou. Nós éramos originalmente chamados de "The Signatures", quando eu estava cantando originalmente para um som dos anos 50/60 ... eu queria que começássemos com o estilo doo-wop ("I Only Have Eyes For You ", do The Flamingos, é minha música favorita de todos os tempos). Mas então, quando reunimos todos para o primeiro ensaio (incluindo um guitarrista que conheci no Craigslist) ... em cinco minutos, ficou claro que ninguém conseguia cantar. Eu também gostava muito de soul dos anos 60, grupo feminino, soul do norte e funk dos anos 70 (em particular), então imaginei que focássemos mais no soul / funk, talvez aprenderia a cantar bem o suficiente para, eventualmente, adicionar alguns vocais doo-wop no repertório mais tarde.

Quais foram as suas principais influências?
Mathew Ajjarapu - Essa é outra pergunta muito difícil de responder. Por muitos anos, quando comecei a fazer / tocar música, eu queria tocar um instrumento "legal". Por causa disso, mesmo tendo estudado piano por muitos anos desde que eu era criança ... tive o trabalho de me ensinar a tocar primeiro o baixo e depois a guitarra durante o ensino médio. Então, durante esse período, minhas primeiras influências musicais foram realmente mais "tocadores" do que escritores. No baixo, eu realmente idolatrei Stuart Zender (de Jamiroquai), Bootsy Collins (outro artista que meu irmão me mostrou) e, claro, James Jamerson. E na guitarra, eu realmente idolatrava a maneira como Jimmy Page tocava, porque ele era capaz de fazer blues, slide e folk, e muitas de suas músicas tinham uma qualidade mística ou triste (para meus ouvidos). Eu também gostei muito do Nick Zinner (do grupo Yeah Yeah Yeahs) porque em muitas músicas, ele basicamente faz seu violão tocar o ritmo e as partes principais do instrumento, bem como o baixo, e ainda o mantém cativante e cinético. Menciono todos esses instrumentistas, porque sempre que escrevo músicas para o The Devonns, costumo escrever muitas no baixo ou na guitarra primeiro, mesmo que eu toque teclas no The Devonns. Eu acho que faço isso porque passei muitos anos tocando guitarra e baixo para outras pessoas, e é realmente fácil abordar esses instrumentos como instrumentos melódicos e de percussão ao mesmo tempo ... você pode simplesmente definir um ritmo com as duas mãos literalmente. Mais tarde (depois que eu me cansei de tocar para outras pessoas e comecei a tentar escrever), eu realmente comecei a gravitar em torno dos escritores, especialmente as pessoas que faziam a maioria de suas próprias composições. Os heróis realmente importantes para mim foram Burt Bacharach, Carole King, Lamont Dozier + Brian e Eddie Holland, Smokey Robinson, Nickolas Ashford + Valerie Simpson, Curtis Mayfield, Leroy Hutson, Leon Ware ... pessoas assim. Todas essas pessoas são músicas, mas eu realmente penso nelas como escritores PRIMEIRO, uma vez que criariam música e letra, o que é significativamente mais difícil do que fazer por si só. E todas essas pessoas tinham tantos ganchos incríveis... ganchos musicais, líricos... se você os trancasse em uma sala com nada além de piano ou violão, provavelmente devolveriam ouro musical sólido. Eu também devo mencionar a profunda influência que Prince teve em mim, porque ele meio que incorporou todas as possibilidades: ele escreveu tantas músicas que estava dando hits para outras pessoas... ele podia superar e cantar a maioria das pessoas ... e ele era o artista consumado no palco. Você assiste a vídeos dele, e seu magnetismo e confiança são completamente de outro mundo. Eu ouvi praticamente todo o seu catálogo disponível (incluindo coisas de seus pseudônimos, atos para os quais ele escreveu, demos)... e sua proporção de suspense por filme é chocantemente boa para a quantidade de material que ele escreveu. Acho que se você quisesse uma resposta mais curta (em nenhuma ordem específica): Prince, The Isley Brothers; Terra, Vento e Fogo; Leroy Hutson; Curtis Mayfield; Os Bar-Kays; Willie Hutch; O sistema; Rufus e Chaka Khan; Aretha Franklin; Stevie Wonder; Remy Shand; Jamie Lidell; Raphael Saadiq; Norman Connors; Leon Ware; Phyllis Hyman; Rick James; Jimmy Jam e Terry Lewis; Bryce Wilson (da teoria de Groove). Além dos compositores que eu mencionei antes (Burt Bacharach, Carole King, Holanda-Dozier-Holland, Smokey Robinson, Ashford & Simpson, etc). Provavelmente estou deixando alguém de fora, mas esses são todos os escritores cujas músicas eu realmente ouvi bastante nos últimos cinco anos e procurei aprender.

Como funciona o processo de criação musical da banda?
Mathew Ajjarapu - Eu faço toda a composição sozinho. Eu sei que algumas bandas gostam de tocar ou escrever juntas, mas eu pessoalmente sempre odeio tentar fazer isso. Simplesmente não funciona para mim. Em vez disso, escrevo a música, as letras, tudo e, em seguida, geralmente gravo uma demo e trago essa faixa demo básica para a banda, para descobrir exatamente como a faremos ao vivo. Meu processo exato quando escrevo músicas é espontâneo. Normalmente, o que vai acontecer é que vou fazer alguma coisa (como tomar banho ou dirigir)... e ouvirei um gancho na minha cabeça. Pode ser um gancho lírico, pode ser uma linha de baixo... apenas algo que serve como um ponto de partida. Vou anotá-la ou cantarolá-la no meu telefone para não esquecer... e mais tarde, quando estiver em casa, basicamente transformarei em uma ideia musical. Normalmente, quando ouço um gancho na minha cabeça, ouço as partes da música juntas (por exemplo, eu nunca ouço apenas uma linha de baixo por si só ... geralmente é uma linha de baixo mais um riff de guitarra ou talvez um de guitarra linha sobre como a bateria seria tocada). Vou usar meu computador e um microfone e basicamente acompanhar cada parte uma de cada vez para criar uma faixa demo básica (como tocarei a parte das teclas... depois tocarei um riff básico de guitarra sobre isso... então eu tocarei a linha do baixo... etc, uma de cada vez, manualmente). E é daí que a música vem, de qualquer maneira. Essa é a parte mais fácil. Quanto às letras, isso é muito mais difícil. Eu realmente não tento forçar as letras, pois isso não funciona para mim. Em vez disso, se eu gostar de uma ideia musical, apenas participarei dessa demonstração até que a letra chegue até mim. Às vezes, leva muito tempo (como mais de um ano). Outras vezes, é muito rápido. “Come Back” eu escrevi em dez ou quinze minutos (então eu provavelmente estava muito deprimido quando a idéia veio à minha mente, já que a letra veio para mim totalmente completa, com quase nenhuma revisão necessária). Mais tarde, quando conheci minha namorada atual, escrevi "Tell Me" e "Think I'm Falling In Love" sobre ela, e isso também veio muito rápido liricamente (provavelmente porque me senti muito forte com nossas emoções um pelo outro). Ou uma vez, ela e eu brigamos, e isso se tornou a música "More" porque eu estava extremamente bravo com ela.

Como tem sido a divulgação do álbum em meio a pandemia da Covid 19
Mathew Ajjarapu - Infelizmente, a pandemia do Covid-19 acabou com uma série de atividades típicas do músico. Eu não sei como é em outras partes do mundo, mas aqui em Chicago, nenhuma banda está tocando em nenhum lugar, ninguém está em turnê... nada. Suponho que os Devonns tenham sorte por termos assinado um pequeno contrato de gravação; na verdade, terminamos nosso álbum e o submetemos antes que a pandemia se tornasse um grande problema mundial. Nossa gravadora (Record Kicks) realmente teve o trabalho difícil de promover um álbum sem shows ou turnê. Caramba, é difícil até ir a algum lugar de Chicago para tirar fotos promocionais neste momento. Por causa disso, a gravadora nos organizou com várias entrevistas como esta, bem como algumas na BBC Radio London (agradeço a Robert Elms, Karen Gabay e Anne Frankenstein no Reino Unido!). Admito... não poder sair em turnê foi um pouco de alívio para mim. Atualmente, estou de volta à escola e trabalho meio que horas loucas (8 a 12 horas por dia), por isso teria sido muito difícil adiar meus outros compromissos de vida.

Qual a sua opinião sobre o streaming?
Mathew Ajjarapu - Eu meio que tenho sentimentos mistos sobre streaming. É uma plataforma tremenda e oferece a muitos artistas uma voz e uma voz que talvez não tenham recursos ou meios para seguir a rota tradicional (digamos, por meio de uma gravadora). O streaming tem sido um processo muito democratizante para os músicos; você pode se tornar tão famoso por meio de reproduções de streaming quanto conseguir uma grande gravadora como a Capitol (e muitos músicos fizeram exatamente isso). Não só isso… o streaming tem sido absolutamente ótimo para ouvintes de música. Agora, os ouvintes têm inúmeras opções e escolhas na ponta dos dedos, e acho que isso levou muito mais ouvintes a encontrar o que gostam ou explorar músicas que possam interessar. Heck, eu uso principalmente os serviços de streaming do Google Play e do Youtube Red, e foi apenas por causa desses serviços que consegui encontrar muitos raros ringtones de soul e funk que realmente me ajudaram a me desenvolver como escritor e músico. Portanto, direi que o streaming é bom por esses motivos e não estaria onde estou hoje sem ele. Talvez o lado ruim seja que isso contribuiu para a morte lenta das estações de rádio tradicionais e das listas de reprodução criadas por DJs. Algumas empresas gigantes possuem muitas estações de rádio em todo o mundo, e elas têm playlists corporativas razoáveis que alguns executivos ou grupos focais criaram (provavelmente girando na maioria das vezes entre os Top 40 atuais ou o mesmo rock clássico antigo). A outra coisa ruim sobre o streaming é que ... do ponto de vista dos músicos, simplesmente não paga muito bem. Eu acho que essa última crítica se aplica a todas as etapas da indústria da música ... em todos os níveis, de cima para baixo, as pessoas geralmente se ferram mais são músicos. Para dar um exemplo… o primeiro cheque de royalties que recebi (no ano passado) foi de US $ 6 (cerca de R $ 30,00). Resumindo ... acho que o streaming geralmente é bom, mas, caramba, eu gostaria que pagasse melhor.

Como você viu o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam)?
Mathew Ajjarapu - Eu acho que o movimento Black Lives Matter é uma coisa ótima e chegou muito atrasada. Na América, os negros foram marginalizados, vitimados, maltratados, difamados, ignorados, abusados, encarcerados e assassinados pelas mãos de autoridades que remontam a centenas de anos. A América sempre foi assim... nas décadas de 1700, 1800, 1900 e continuando no século XXI. Especificamente em relação à brutalidade policial, esse não foi um fenômeno novo. O que há de novo, no entanto, é a capacidade dos telefones celulares de registrar evidências indiscutíveis de brutalidade policial. É lamentável que, durante décadas e décadas, pessoas de cor tenham reclamado de tratamento desproporcionalmente injusto nas mãos das autoridades e sido completamente ignorado pelo público americano. Mas também é lamentável que, mesmo com todas essas evidências em vídeo aparecendo constantemente, muitos americanos ainda não querem admitir a possibilidade de que o racismo ainda esteja vivo nos Estados Unidos. Se não é totalmente óbvio pelo que estou dizendo... acho que o movimento Black Lives Matter é ótimo, e apoio completamente eles. Lembro-me de como fiquei triste quando o assassino de Trayvon Martin não foi enviado para a prisão; como fiquei triste por o assassino de Aiyana Jones ter saído completamente de graça; como fiquei triste quando Ahmaud Arbery foi caçado e executado; Sandra Bland; Botham Jean; Philando Castile; Amadou Diallo; e incontáveis, incontáveis outros. Foi essa tristeza e frustração que me levou a escrever uma música sobre ela (Blood Red Blues), que aborda a disparidade racial e econômica, bem como a violência armada. Eu acho que a agitação social e os protestos que estamos testemunhando nos Estados Unidos são uma coisa boa, pois está forçando muitas pessoas a pelo menos admitir que talvez haja algo errado com os EUA. Eu gostaria de dizer que as reformas policiais ou as mudanças sociais virão de tudo isso, mas sempre fui um pessimista e temo que muitas pessoas no poder (assim como cidadãos comuns) fechem seus ouvidos e olhos.

Você conhece a música brasileira?
Mathew Ajjarapu - Eu absolutamente amo música brasileira. Sou um ouvinte de longa data da música brasileira e até toquei teclas em uma banda de jazz brasileira até recentemente. A música brasileira tem sido tão rica e extremamente influente nos últimos 70 anos. Você ouve sua influência em todos os lugares, mesmo em músicas que não são explicitamente jazz, samba ou bossa nova. É claro que é impossível não expressar um profundo amor e apreciação de algumas figuras muito grandes na música brasileira como Antonio Carlos Jobim, Ivan Lins, Os Cariocas e, especialmente, Sergio Mendes. No entanto, meus músicos brasileiros favoritos são na verdade Walter Wanderley (organista e pianista), Marcos Valle e Sylvia Telles. Como tocador de órgão, tentei adaptar meu estilo de tocar para arrancar a técnica e o tom de Walter. Como escritor, eu amo a escrita de Marcos, particularmente o período entre os anos 60 e 80. E há algo na voz de Sylvia que realmente me emociona. Existem tantas cantoras brasileiras fantásticas... mas eu realmente acho que Sylvia Telles tinha uma voz com uma qualidade muito atemporal. Pode ser divertida, triste, bem-humorada e paqueradora, tudo ao mesmo tempo. Ela é uma das minhas cantoras favoritas.




.: Netflix divulga trailer da animação "A Caminho da Lua"


A Netflix divulgou o trailer da animação "A Caminho da Lua", que estreia no segundo semestre de 2020. Na trama, apaixonada pela ciência, Fei Fei constrói uma nave espacial e parte para a lua determinada a comprovar a existência de uma deusa lendária. 

Chegando lá, ela acaba assumindo uma missão e descobre uma região habitada por criaturas fantásticas. Dirigido por Glen Keane, um grande nome do mundo da animação, e produzido por Gennie Rim e Peilin Chou, "A Caminho da Lua" é uma divertida aventura musical que revela o poder da imaginação e mostra a importância de seguir em frente diante do inesperado.

A Netflix é o principal serviço de entretenimento por streaming do mundo. São 183 milhões de assinaturas pagas em mais de 190 países assistindo a séries, documentários e filmes de diversos gêneros e idiomas. O assinante Netflix pode assistir a quantos filmes e séries quiser, quando e onde quiser, em praticamente qualquer tela com conexão à internet. O assinante pode assistir, pausar e voltar a assistir a um título sem comerciais e sem compromisso.

Ficha técnica de "A Caminho da Lua"
Diretor: vencedor do Oscar® Glen Keane ("Dear Basketball").
Produtoras: Gennie Rim ("Dear Basketball"), Peilin Chou ("Abominável").
Escrito por: Audrey Wells ("O Ódio que Você Semeia").
Codiretor: vencedor do Oscar® John Kahrs ("O Avião de Papel").
Produtores executivos: Janet Yang ("O Clube da Felicidade e Sorte"), Glen Keane, Ruigang Li, Frank Zhu e Thomas Hui.
Canções originais por: Christopher Curtis ("Chaplin"), Marjorie Duffield e Helen Park (KPOP).
Trilha Sonora por: vencedor do Oscar® Steven Price ("Gravidade").
Elenco da dublagem em inglês: Cathy Ang (Fei Fei), Phillipa Soo (Chang'e), Robert G. Chiu (Chin), Ken Jeong (Gobi), John Cho (Pai), Ruthie Ann Miles (Mãe), Margaret Cho (Tia  Ling), Kimiko Glenn (Tia Mei), Artt Butler (Tio), e Sandra Oh (Sra. Zhong).


Trailer de "A Caminho da Lua"

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