Querido diário,
Donatella Fisherburg
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Querido diário,
O Rastreador é um dos mercenários que se candidatam para encontrar um menino desaparecido, provavelmente o herdeiro legítimo do trono de um império e que talvez nem esteja mais no mundo dos vivos. Guiado por um faro excepcional, que lhe permite identificar bebidas envenenadas e inimigos à espreita a quilômetros de distância, este incansável caçador cumpre sua jornada em uma África pré-colonial. Passa por cidades ancestrais, desbrava rios e florestas e também esbarra com uma vasta galeria de personagens ― demônios, feiticeiros, bruxas, prostitutas e necromantes ― muitos deles flutuam entre os gêneros, mudam de cor e alternam entre os status humano e não humano.
Em Leopardo negro, lobo vermelho, que a Intrínseca lançou recentemente, Marlon James cria uma trama poderosa, inspirada nas histórias e folclores da África, que perpassa as fronteiras entre o real e o surreal. Neste épico fantástico do qual também transbordam sangue e violência, o autor, vencedor do Man Booker Prize em 2015, questiona os limites da verdade e do poder e o preço da ambição, sempre valendo-se do uso de referências múltiplas, que vão de Gabriel García Márquez, passando por Hieronymus Bosch e o universo Marvel.
Diferentemente do cultuado best-seller "Breve História de Sete Assassinatos", cujos capítulos são narrados por vários personagens, cada um com seu modo muito particular de interpretar os “fatos” e de se expressar, desta vez quem conta a maior parte do que se lê é o Rastreador. Confrontado pela vastidão do continente, por toda a beleza e terror em seu caminho, ele decide ir contra seus princípios de caçador solitário ao perceber que seus inimigos são mercenários em busca do mesmo objetivo. O grupo ao qual se junta é heterogêneo e composto por uma gama de criaturas extremamente atípicas, entre eles um misterioso metamorfo — metade homem, metade Leopardo —, que irá conduzi-lo pelo caminho.
Enquanto lutam para sobreviver e concluir a tarefa, o Rastreador é assombrado por diversos questionamentos: quem é o menino desaparecido? O que o fez desaparecer? Por que há tanto interesse em que não seja encontrado? Mas, sobretudo, quem está mentindo e quem está dizendo a verdade? Desdobrando personagens e lendas em uma cascata vigorosa, "Leopardo Negro, Lobo Vermelho" ─ em uma bela edição capa dura ─ é uma ode à beleza e à pluralidade da mitologia africana.
Direitos de produção de uma adaptação para o cinema foram adquiridos por Michael B. Jordan e Warner Bros. Você pode comprar "Leopardo Negro, Lobo Vermelho", de Marlon James, neste link.
O que disseram sobre o livro
“James cria uma África ancestral perigosa e alucinante, um mundo fantástico ao estilo de Tolkien, o tipo de livro que eu não sabia que precisava ler até lê-lo.” - Neil Gaiman
“Contagiante, cheio de ação, o equivalente literário do universo dos heróis da Marvel.” - Michiko Kakutani, The New York Times
Sobre o autor
Marlon James nasceu na Jamaica em 1970. É autor do best-seller do The New York Times "Breve História de Sete Assassinatos" — livro vencedor do Man Booker Prize em 2015 — e de outros títulos como "The Book of Night Women" e "John Crow’s Devil". Atualmente se divide entre as residências em Minnesota e Nova York. Foto: Mark Seliger
Ficha técnica
"Leopardo Negro, Lobo Vermelho"
Autor: Marlon James
Tradução: André Czarnobai
Páginas: 784
Editora: Intrínseca
Link na Amazon: https://amzn.to/31JEEgH
Uma das autoras mais destacadas da língua portuguesa de hoje, Djaimilia Pereira de Almeida estava lendo o livro "Os Pescadores", de Raul Brandão (1867-1930), quando encontrou a frase que haveria de inspirar, anos depois, este "A Visão das Plantas": “tendo começado a vida como pirata a acabou como um santo, cultivando com esmero um quintal de que ainda hoje me não lembro sem inveja”.
O personagem, no caso, é um tal capitão Celestino, homem cujo passado de brutalidade e violência assombrosas é substituído, no crepúsculo da vida, por um amor delicado e cuidadoso pelas plantas de seu jardim. É Celestino, pois, o protagonista deste romance que retrata, com lirismo e um estilo contido, um homem absolutamente abominável, cujos feitos fazem parte de um dos capítulos mais abjetos da história universal.
De volta a Portugal ao cabo de uma vida de aventuras suspeitas e com a consciência pesada pelas monstruosidades que cometeu, o capitão retorna à casa de sua infância. Tudo ali lhe parece diferente: ele mesmo não se sente ligado ao próprio passado. Homem de poucas palavras, Celestino está praticamente cego e apenas encontra algum refúgio em suas flores.
Na vizinhança, as pessoas conhecem seus malfeitos, então poucos se atrevem a se aproximar — as crianças imaginam ver uma casa assombrada, destas das histórias de terror. Somente o padre Alfredo é um visitante regular: quer levar o homem para se confessar, mas o único assunto que interessa a Celestino é mesmo o esplendor de seu roseiral. Você pode comprar "A Visão das Plantas", de Djaimilia Pereira de Almeida, neste link.
Ficha técnica
Título: "A Visão das Plantas"
Autora: Djaimilia Pereira de Almeida
Gênero: ficção estrangeira
Categoria: romance
Capa: Luciana Facchini
Páginas: 88
Tiragem: 2500 exemplares
Formato: 13,5 × 20,8 × 0,8 cm
Peso: 0,135 kg
ISBN: 978-65-5692-104-4
E-ISBN: 978-65-5692-103-7
Link na Amazon: https://amzn.to/3dASKGu
Território Flip - Djaimilia Pereira de Almeida
Diversos bonecos e formas animadas de tamanhos variados ajudam a contar essa curiosa trama quase sem palavras. Espetáculo da Cia Articularte, tradicional companhia criada no ano de 2000 que trabalha com a animação de bonecos, tem direção de Dario Uzam e Surley Valerio como Bonequeira, contando com os atores-manipuladores Surley Valerio, William Lobo, Tânagra Andria e Flávio Borzi no elenco.
A versão online foi criada especialmente para a ocasião e será transmitida de 9 a 30 de abril pelas páginas do Facebook das instituições EMEF Primo Pascoli Melaré, Ceu Jd. Paulistano - NAC - Núcleo de Cultura, Casa de Cultura Da Freguesia do Ó, Ceu Jd. Paulistano – EMEI, Ceu Jd. Paulistano – EmeF – os links estão no serviço.
A peça, que conquistou edital do Prêmio Fomento ao teatro de São Paulo – 2017, também foi indicada a três categorias no Prêmio S. Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem (Femsa – Coca Cola 2017): texto original, trilha musical adaptada e prêmio sustentabilidade. Leia aqui as críticas do espetáculo!
Serviço:
Espetáculo: "Menino Coragem"
Duração: 43 minutos
Grátis.
9 de abril - 10h30 - EMEF Primo Pascoli Melaré
https://www.facebook.com/emefprimopascolimelare
10 de abril - 15h00 - Ceu Jd. Paulistano - NAC - Núcleo de Cultura
https://www.facebook.com/ceujdpaulistano
11 de abril - 17h00 - Casa de Cultura Da Freguesia do Ó
https://www.facebook.com/ccsalvadorligabue
16 de abril - 10h30 - Ceu Jd. Paulistano
https://www.facebook.com/emeiceujdpaulistano
23 de abril - 10h30 - Ceu Jd. Paulistano – EmeF
https://www.facebook.com/ceuemefjdpaulistano
30 de abril -17h00 - CEU Paz
https://www.facebook.com/ceupazjardimparana
As transmissões acontecem simultaneamente na página oficial da Cia. Articularte: https://www.facebook.com/cia.articularte
Na próxima quinta-feira, dia 8 de abril, às 21h, estreia o solo "Caótica - Uma Ótica Bem-humorada sobre o Meu Caos", no YouTube. Serão apenas quatro apresentações nos dias 8, 9, 10 e 11 de abril. A "peça- metragem" ou "filme ao vivo" conta com a interpretação da atriz Priscila Assum - ela também assina o texto, que marca sua estreia como autora. A comédia conta com a direção experiente de Fabio Strazzer, diretor de dramaturgia da TV Globo, e com a provocação artística da diretora teatral Duda Maia - um dos principais nomes do teatro brasileiro, ela acumula diversos prêmios como Shell, APTR, Bibi Ferreira, entre outros.
O novo trabalho, escrito durante a pandemia, levanta uma reflexão bem-humorada sobre a ansiedade segundo a ótica feminina. A protagonista é uma mulher que se divide em múltiplos papéis e enfrenta uma crise de ansiedade aguda causada pela tentativa de corresponder ao padrão da mulher ideal imposto pela sociedade contemporânea.
A protagonista faz um paralelo entre o seu caos pessoal e a crise que forçou o mundo a parar. Ela enxerga nesta “pausa forçada” uma oportunidade de olhar para si e se reconhecer em meio às inúmeras máscaras que havia criado para viver. Priscila interpreta diferentes personagens e alterna entre narração e dramatização, em um ágil e divertido jogo cênico que explora as possibilidades do teatro e os recursos audiovisuais, revelando a linguagem híbrida da obra.
“Para essas exibições de 'Caótica' via YouTube, tive a sorte de poder contar com uma equipe que reúne profissionais tanto do audiovisual quanto do teatro. Dessa forma, somamos os recursos que cada um desses veículos nos traz para contar essa história de maneira criativa, divertida e ágil. Nesse momento tão delicado, acho importante levar um pouco de diversão para as pessoas”, acrescenta a autora e atriz Priscila Assum. O espetáculo será realizado devido ao patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, por meio do Edital da Lei Aldir Blanc RJ/Retomada Cultural.
Ansiedade e arte
A ansiedade é considerada o mal do século e, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno e as mulheres são as mais afetadas por ele. Abordar o assunto, mesmo que de forma leve e bem-humorada, é essencial para reforçar a relevância do tema.
"Caótica" convida o público para participar do universo desta mulher e testemunhar o diálogo sensível e divertido dela consigo mesma. A personagem, ao compartilhar suas experiências, atua como uma rede de suporte e empatia. No dia 11 de abril, domingo, a apresentação terá tradução em Libras. Antes do espetáculo começar, haverá uma audiodescrição narrada pela atriz situando as pessoas com deficiência visual em relação aos espaços, objetos, figurinos e adereços utilizados durante a exibição.
Sinopse do espetáculo
"Caótica" é um solo que usa a linguagem da comédia para abordar a questão da ansiedade (agravada pela pandemia) sob a ótica feminina. A narrativa apresenta o universo de uma mulher, profissional exemplar, casada e mãe que sofre com os sintomas de ansiedade: insônia, dificuldades de concentração, taquicardia, transpiração excessiva e falta de ar. Para resolver o problema, ela busca ajuda de médicos, terapeutas e gurus. Seu maior desejo no momento é que sua vida volte ao normal.
Nesta jornada, ela se envolve em situações absurdas, não perdendo a oportunidade de rir de si mesma. A protagonista traça um paralelo entre seu caos pessoal e a crise mundial que forçou o mundo a parar. Ela enxerga nesta “pausa forçada” uma oportunidade de olhar para si e se reconhecer em meio às inúmeras máscaras que havia criado para corresponder à imagem da mulher ideal, segundo os padrões impostos pela sociedade contemporânea.
Fabio Strazzer - Diretor
Diretor de dramaturgia da Rede Globo desde 2007, tendo em seu currículo inúmeras novelas de sucesso como "Escrito nas Estrelas", "A Força do Querer", "O Outro Lado do Paraíso" e "Jóia Rara" (vencedora do Emmy de melhor novela), entre outras; e séries como "Casos e Acasos" e "Por Toda a Minha Vida". Atualmente, integra a equipe de direção da novela "Pantanal", que será exibida pela Rede Globo.
Duda Maia - Provocadora Artística
Formada pela Escola de Dança Angel Vianna, foi professora de corpo do Curso Profissionalizante de Atores da CAL (1998-2008). De 1996 a 2006, foi diretora e coreógrafa da Trupe do Passo. Duda é hoje um dos principais nomes da direção teatral no Brasil. Dirigiu diversos espetáculos que foram sucesso de público e crítica, entre eles destacam-se "Elza", "AUÊ" e "A Gaiola". Duda já recebeu vários dos prêmios mais importantes no país na categoria Melhor Direção como Zilka Sallaberry, Shell, Cesgranrio, Botequim Cultural, Prêmio APCA, Bibi Ferreira, Prêmio Reverência de Teatro Musical e Prêmio CBTIJ.
Priscila Assum - Atriz
Atriz carioca com ampla experiência em teatro, cinema e TV, Priscila trabalhou com os principais diretores da atualidade. Premiada em diversos festivais de cinema por sua atuação em filmes como "Como Nascem os Anjos", de Murilo Salles. Em 2020, fez parte do elenco da série "Reality Z" (Conspiração Filmes), exibida pela Netflix e dirigida por Cláudio Torres. Em 2018, Priscila protagonizou o longa "Despedida de Noivado" de Roberto Santucci, com lançamento previsto para 2021. Em 2017 e 2018 fez parte do elenco da novela "O Outro Lado do Paraíso" (TV Globo), de Walcyr Carrasco, e atuou na série de sucesso "O Mecanismo", na Netflix, dirigida por José Padilha. Nos cinemas, esteve em cartaz na comédia "Tudo Acaba em Festa", de André Pellenz, com sua atuação destacada pela crítica especializada, e A Menina Índigo, de Wagner de Assis - mesmo diretor de Nosso Lar.
Ficha Técnica:
Espetáculo: "Caótica - Uma Ótica Bem-humorada sobre o Meu Caos"
Texto e Atuação: Priscila Assum
Direção: Fabio Strazze
Provocação artística: Duda Maia
Supervisão de texto: Leandro Muniz
Assistente de direção: Kika Werner
Direção musical: Rodolpho Rebuzzi
Música original: Rodolpho Rebuzzi e Marcos Amorim
Direção de arte: Mayra Renna
Figurino: Bruno Perlatto
Direção de fotografia e montagem: Marcelo Gibson
Live streaming: Ghetto Filmes
Projeto gráfico: Edu Juffer
Assessoria de imprensa: Cristiana Lobo / Círculo Comunicação
Coordenação de produção: Renata Campos
Gerência financeira: Estufa de Ideias
Realização: Pri Assum
Serviço:
Espetáculo: "Caótica - Uma Ótica Bem-humorada sobre o Meu Caos"
Estreia: quinta-feira, dia 8 de abril
Temporada: dias 8, 9, 10 e 11 de abril
Horário: 21h
Canal: http://bit.ly/3rErQDE
Gênero: comédia
Duração: 45 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Gênero: comédia
Gratuito
"Poesia é definir primeiramente quem não somos, quem não queremos ser de jeito nenhum", afirma o escritor Fabrício Carpinejar sobre o último lançamento. Um livro sem título, sem prefácio, sem abas de apresentação, sem fiadores, sem notas biográficas sobre o autor, sem adornos: só poemas falando diretamente com o leitor, só com o essencial da vida.
Este é o novo livro de Carpinejar. Despojado, livre, feito para o despojamento, contra as aparências e as fachadas, valorizando unicamente o que está escrito. Assim como uma carta, em que reina o segredo entre o remetente e o destinatário. Você pode comprar o novo livro de Carpinejar, lançado pela editora Bertrand Brasil, neste link.
Sobre o autor
Com 46 livros publicados, e mais de duas dezenas de prêmios literários, entre eles o Prêmio Jabuti por duas vezes, Fabrício Carpinejar é um dos escritores contemporâneos brasileiros mais reconhecidos do país. Suas obras transitam entre diversos gêneros, como poesia, crônica, memória, infantojuvenil e reportagem. "Colo, por Favor! - Reflexões em Tempos de Isolamento", o primeiro livro publicado sobre o período da pandemia, já vendeu mais de 25 mil exemplares.
Autor do best-seller "Cuide dos Pais Antes que Seja Tarde", também é famoso nas redes sociais por postar pequenos pensamentos escritos em guardanapos, que compartilha diariamente com seus seguidores. Além dos trabalhos autorais, o jornalista apresentou o programa “A Máquina”, da TV Gazeta, é colunista do jornal O Tempo, onde escreve crônicas semanalmente, e é comentarista do programa “Encontro com Fátima Bernardes”, exibido pela TV Globo.
A montagem, com adaptação, direção e músicas de Anderson Claudir, que também assina a dramaturgia ao lado de Le Tícia Conde, é inspirada no livro “O Cortiço”, clássico naturalista de Aluísio Azevedo. Mas, desta vez, o público conhece a história sob ponto de vista da Bertoleza, uma mulher negra que é tão importante para a construção do romance quanto o próprio João Romão, o protagonista original.
Na trama de Aluísio Azevedo, o oportunista Romão propõe uma sociedade à escrava Bertoleza, prometendo comprar a alforria dela. Eles começam uma nova vida juntos e constroem um pequeno patrimônio formado por um enorme cortiço, um armazém e uma pedreira. Depois de acumular capital considerável, o ambicioso João Romão já não sabe como se tornar ainda mais rico e poderoso. Envenenado pelo invejoso Botelho, ele decide se casar com Zulmira, a filha de Miranda, um negociante português recentemente agraciado com o título de barão. Mas, para isso, precisa se livrar da amante Bertoleza, que trabalha de sol a sol para lutar pelo patrimônio que eles construíram juntos.
Para a companhia, o grande desafio foi fazer com que uma narrativa do século 19 questionasse e problematizasse as relações criadas nos dias de hoje. Por isso, o projeto iniciado em 2015 foi ganhando novos contornos. “Quisemos investigar uma identidade brasileira que vem da diáspora africana e pensar em como isso nos afeta artisticamente. Assim, podemos criar novos signos para essa geração e dar uma voz para essa terra periférica”, conta Claudir.
No processo, o coletivo procurou a força da figura de Bertoleza em outras mulheres negras brasileiras negligenciadas pela História. Durante a encenação, o elenco relembra as histórias dessas mulheres, como a vereadora Marielle Franco, militante da luta negra assassinada em março de 2018; a escritora Carolina Maria de Jesus, famosa pelo livro "Quarto de Despejo: Diário de Uma Favelada"; a jornalista e professora Antonieta de Barros, defensora da emancipação feminina que foi apagada dos livros de História; a escritora Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista brasileira; e a guerreira Dandara, que viveu e lutou no período colonial.
A protagonista do espetáculo é interpretada pela atriz Lu Campos. O elenco fica completo com Eduardo Silva (Botelho), Taciana Bastos (Zulmira) e Bruno Silvério (João Romão), além do coro. A direção musical é assinada por Eric Jorge; a dramaturgia por Le Tícia Conde e Anderson Claudir; e a direção de movimento, por Emílio Rogê.
Relação profunda entre vida e obra
Para Lu Campos, interpretar Bertoleza tem um significado ainda mais profundo. No processo desde 2015, ela conta que vivenciou um chamado ancestral em 2017: suas antepassadas maternas deram-lhe a missão de quebrar o ciclo de opressão vivenciado por sua família desde os tempos de escravidão. “Espero que as mulheres pretas se sintam bem representadas na peça e a partir disso, busquem seus lugares de protagonismo nos variados âmbitos da vida”, conta.
Para a atriz, estar nesse processo contribui para a sua expansão de consciência. Em busca de mais respostas sobre sua ancestralidade, ela também cursou a pós-graduação em Matriz Africana pela FACIBRA/Casa de Cultura Fazenda Roseira. “As pessoas precisam perceber quão rica e diversificada é a matriz africana, por isso ela deve ser resgatada e valorizada. Afinal, a África é o ventre do mundo”, emociona-se.
Sobre a Gargarejo Cia Teatral
Formada por uma equipe focada na perspectiva étnico-racial para aquilombar e empretecer saberes, a Gargarejo Cia Teatral conta com artistas de diversas áreas, como artes plásticas, dramaturgia, artes cênicas, direção, cenografia, musicalidade e produção. A companhia teve início em 2014, em Campinas, em parceria com renomadas instituições da região, como a Universidade de Campinas (UNICAMP), o Conservatório Carlos Gomes, a Estação Cultura de Campinas, as Prefeituras de Campinas, Sumaré e Vinhedo e o Lar dos Velhinhos de Campinas.
O coletivo está interessado em produzir arte popular, focado em uma perspectiva étnico-racial e refletindo sobre colonização versus identidade. Articulando a vivência periférica na cena como protagonista. Em 2015, iniciou uma pesquisa sobre “O Cortiço”, que resultou na microcena "Bertoleza - Uma Pequena Tragédia: Ponto de Partida para o Processo de Investigação" que, em 2019, completa quatro anos. Em 2017, o grupo se estabelece na cidade de São Paulo e, durante esse período, realiza diversas experimentações cênicas e musicais, propõe leituras, debates, rodas de conversa e apresentações das canções.
Sinopse
Adaptação musical de “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, obra clássica da literatura naturalista brasileira, em que o protagonismo é invertido. A voz agora é de Bertoleza: mulher, negra e escravizada que se relaciona com João Romão, um português ambicioso e oportunista. Bertoleza é o dedo na ferida, é o nó expulso da garganta, a voz que pergunta: "E a Bertoleza?".
Ficha técnica
Espetáculo: "Bertoleza Multimídia"
Direção e adaptação: Anderson Claudir
Dramaturgismo: Le Tícia Conde
Direção musical: Eric Jorge
Direção de movimento e coreografia: Emílio Rogê
Preparação vocal: Juliana Manczyk
Cenografia e figurino: Daniela Oliveira
Produção executiva: Andréia Manczyk
Produção audiovisual: Agência Dramática
Assessoria de imprensa: Agência Fática
Elenco: Lu Campos, Eduardo Silva, Taciana Bastos, Bruno Silvério e grande elenco.
Realização: Gargarejo Cia. Teatral
Esta temporada é apresentada pela Lei Aldir Blanc através do ProAC Expresso Lab da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e do Governo Federal.
Serviço
Espetáculo: "Bertoleza Multimídia"
Espetáculo transmitido pelo canal do Youtube da Gargarejo Cia. Teatral: https://www.youtube.com/channel/UCjU06hJfRzxyC82x30dLCcw/featured
Temporada: 6 a 15 de abril
De terça à quinta, sempre às 21h
Ingressos: gratuitos
Classificação: 12 anos
Duração: 90 minutos
Facebook: @gargarejociateatral
Instagram: @gargarejocia
Em comemoração aos 30 anos de carreira dos seresteiros Trovadores Urbanos seis lives com músicas e histórias vividas pelo grupo estão sendo transmitidas pelas páginas do grupo no Facebook e Youtube. A Live 3 terá como tema o show "Copacabana" e acontecerá nesta segunda-feira, dia 5 de abril, às 20 h.
O convidado especial da live será Tito Teijido, diretor musical desse espetáculo. Os trovadores apresentarãogravações antigas como a do programa de Hebe Camargo, vídeos do grupo do início dos anos 2000 e depoimentos de mulheres cantoras e produtoras , que trabalham com os Trovadores Urbanos.
O show "Copacabana" se transformou em CD, sugestão de Zuza Homem de Mello, e todo clima do Rio de Janeiro, anos 50, boemia e a “pré-bossa nova” é o universo retratado no caprichado álbum. A direção desse trabalho foi de Mauricio Mestro.
O projeto "Trovadores Urbanos 30 Anos" celebra a carreira de sucesso do grupo, que conta com mais de 100 mil serenatas, centenas de shows, turnês internacionais, oito CDs, dois DVDs e muitas histórias vividas em janelas pelo Brasil e pelo mundo. Mas durante essa caminhada, o grupo foi além da música e, levantando a bandeira do Afeto, também produziu polos de musicalização para comunidades carentes da cidade de São Paulo, através do Instituto Trovadores Urbanos. As lives são gratuitas e transmitidas pelo Facebook e YouTube dos Trovadores Urbanos.
O espetáculo "Solilóquios pra depois da tempestade", que aborda as transformações que as formas de amar sofreram e questiona conceitos amplamente difundidos como "amor-próprio", terá temporada totalmente online e gratuita entre os dias 5 e 10 de abril, sempre às 20h. A peça é produzida pelo Coletivo Madalenas e foi escrita por Mayra Beatriz Ferreira e será interpretada pela própria autora e pela atriz Daniela Aoki. O vídeo do espetáculo não ficará disponível após as apresentações que acontecerão no canal do Youtube "Coletivo Madalena".
O solilóquio é um recurso dramático no qual se verbaliza em primeira pessoa os pensamentos da personagem, dessa forma "Solilóquios pra depois da tempestade" foi produzido a partir de vivências pessoas da dramaturga e tem uma abordagem narrativa, documental, mas sobretudo performativa e pessoal.
A peça é dividida por capítulos e temas que orbitam pela temática do amor e a multiplicidade de possibilidades para a sua expressão. O texto foi produzido ao longo da década de 2010, a partir do desejo da dramaturga de analisar a própria relação com o amor e da recorrência de relacionamentos abusivos com homens cis. Este projeto foi contemplado pelo edital ProAC Expresso Lei Aldir Blanc Nº36 (2020) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo
Coletivo Madalena
Maria Madalena é uma personagem bíblica conhecida como prostituta, porém, ao debruçarmo-nos sobre a origem da personagem reparamos que não existem vestígios para tal afirmação, com isso, decidimos fazer uma analogia à figura feminina contemporânea frente à sociedade patriarcal. Nasce, então, o Coletivo Teatral Madalena na ânsia de pesquisar o feminino abrangendo sua condição histórica sociológica a fim de promover a construção de uma linguagem cênica que vise a reflexão e fomente o debate sobre a condição da mulher na sociedade em que vivemos.
Ficha técnica
Espetáculo “Solilóquios pra Depois da Tempestade”
Direção: Regi Ferreira
Dramaturgia: Mayra Beatriz Ferreira
Atrizes: Daniele Aoki e Mayra Beatriz Ferreira
Artistas convidados: Dani Rosa, Júlia Francez, Letícia Bassit e Rodrigo da Silva Albuquerque
Produção: Fernanda Paixão
Multimídia: Ariel Rodrigues
Trilha sonora: Jomo Faustino
Assessoria de imprensa e mídias sociais: BMG Comunicação
Serviço
Espetáculo “Solilóquios pra Depois da Tempestade”
Data: entre 5 e 10 de abril
Horário: 20h
Onde: Canal do YouTube - www.youtube.com/c/ColetivoMadalena
*Online e gratuito