sábado, 17 de abril de 2021

.: Teatro: "Zabobrim, o Rei Vagabundo", do Barracão Teatro, até dia 25


Barracão Teatro se transporta da sala do teatro para a sala da sua casa com o "Zabobrim, o Rei Vagabundo". Elenco se reinventa e lança peça consagrada do repertório para às telinhas podendo ser vista em qualquer lugar do Brasil ou do mundo.


Como transpor para os limites da tela um espetáculo concebido para dialogar com o público? Com o desafio lançado, o Barracão Teatro – importante centro de investigação e pesquisa das artes da cena, localizado em Campinas (SP) – apresenta a adaptação de “Zabobrim, o Rei Vagabundo” (um dos clássicos do repertório do grupo) para os formatos digitais.

Filmado e formatado para a realização de uma série de seis apresentações online, gratuitas, nas plataformas sociodigitais do Barracão Teatro, “Zabobrim, o Rei Vagabundo Online” tem temporada contemplada pelo Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (ProAC), com recursos da Lei Aldir Blanc, dias 17, 18, 23, 24 e 25 de abril às 20h.

A temporada online terá uma novidade: o grupo receberá o público,, às 19h40, em uma antessala da plataforma Zoom, para conversar com os participantes. O link de acesso para a noite de estreia, sexta-feira, dia 16, é http://bit.ly/zoom_antessala_estreiazabobrim. Nos outros dias, o link estará disponível no Youtube e Instagram do Barracão Teatro.


Sob nova perspectiva
O espetáculo “Zabobrim, O Rei Vagabundo”, foi concebido, na sua origem, para ser uma obra volátil que dialogasse diretamente com público. Para a adaptação do espetáculo aos formatos digitais, o Barracão Teatro contou com a parceria da produtora de vídeo Mapache Filmes - fundada e dirigida pelo videomaker e cineasta Levi Munhoz.

“Entendemos que essa ressignificação não foi simplesmente o ato de filmar um espetáculo teatral já concebido, mas criar uma adaptação da obra feita exclusivamente para ser vinculada e apresentada nas redes a fim de possibilitar um diálogo presente com o espectador que assiste do outro lado da tela”, destaca a diretora Tiche Vianna.

Transpor uma linguagem para outra sem querer ter perdas é uma tarefa árdua e seria uma “prepotência dizermos que conseguimos fazer isso”, reforça Tiche. Em “Zabobrim, o Rei Vagabundo Online”, a equipe teve, acima de tudo, a possibilidade de estudar, revisitar, desmontar e remontar um espetáculo teatral sob uma nova perspectiva.

Quais os desafios? “A primeira coisa que perderíamos seria a relação interativa com o público e por conta disso, seria necessário modificar a narrativa. Isso diminuiu consideravelmente o tempo de realização das cenas o que favoreceu muito a apresentação através da tela”, afirma.

Segundo ela, é diferente gravar um espetáculo teatral e reinventar a teatralidade no teatro audiovisual. Como a câmera se aproxima e às vezes entra na cena, atrizes e atores tiveram que condicionar corpos habituados ao exagero, a não caminhar as distâncias cênicas e recriar seus movimentos: tanto da máscara em si, que pressupõe sutilezas do rosto (coisa que não vemos no teatro por causa da distância), quanto da coluna e transferência de peso, redesenhando seus gestos. Tudo ganhou outra dimensão e é por meio do retorno, que poderemos ter através do público, após as apresentações, que saberemos com mais profundidade como operar essa outra perspectiva de trabalho, que parece ser o que nos moverá nos próximos meses”, reflete.


Do outro lado da tela
Desde sua estreia, em 2015, o espetáculo circulou por diversas cidades, apresentando em festivais, mostras e temporadas. Em cada lugar, e diante de cada público diferente, a peça, na improvisação direta com a plateia, ia se reconfigurando na atualização de piadas, interações e comentários (tudo isso a partir dos acontecimentos atuais e do retorno do espectador).

Agora, sob a nova perspectiva virtual, a diretora é enfática: “Longe de termos uma câmera que captura imagens fiéis ao realismo, temos uma câmera que vasculha alguns ângulos distintos da cena, na busca de uma intimidade que só a presença cênica é capaz de revelar. Ainda temos muito a aprender e o desafio é esse. Quanto mais caminho pela frente, maior a vontade de realizar a possibilidade do agora”, conclui Tiche Vianna com muitas ideias na cabeça e, definitivamente, uma câmera na mão.


Sinopse do espetáculo
Na peça, Zabobrim, o palhaço vagabundo remexe o lixo e encontra uma lâmpada mágica. Um gênio lhe concede três pedidos e ele pede para se tornar rei. Seu desejo é realizado e Zabobrim retorna ao passado, quando o fim da monarquia se anuncia e os reis estão perdendo suas cabeças.


Ficha técnica
Espetáculo:
“Zabobrim, o Rei Vagabundo”
Dramaturgia: Tiche Vianna – Esio Magalhães
Direção: Tiche Vianna
Atuação: Cintia Birocchi, Esio Magalhães, Fernando Fubá, Kara Ariza, Raissa Guimarães, Rodrigo Nasser e Ulisses Junior.
Direção Musical: Marcelo Onofri
Direção de arte (figurinos): Antonio Apolinário
Designer gráfico: Ana Muriel
Técnico de iluminação: Erico Damineli
Produtora executiva: Cau Vianna
Assistente de produção: Thomas do Anjos
Projeto: "Zabobrim, o Rei Vagabundo Online", contemplado pelo Programa de Apoio Cultural Expresso Lei Aldir Blanc nº36 - Produção e temporada de espetáculo de teatro com apresentação on-line, da Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo.

Serviço
Espetáculo:
“Zabobrim, o “Rei Vagabundo On-Line”
Quando: dias 17 e 18 de abril (sexta a domingo); 23, 24 e 25 de abril (sexta a domingo), sempre às 20h.
Onde: https://www.youtube.com/barracaoteatro 
Classificação indicativa:
12 anos.

.: Espetáculo teatral "Fuente Ovejuna" ganha versão online e surpreende


O espetáculo teatral "Fuente Ovejuna", peça indicada aos prêmios Shell e São Paulo/Femsa, ganha versão online e surpreende jovens do ensino médio nas plataformas digitais. As apresentações são realizadas todo sábado, de forma gratuita, e terá uma sessão extra no domingo, dia 25.

A peça teatral aborda questões importantes sobre o abuso de poder e a luta pelos direitos da mulher, acaba de ganhar uma nova temporada de apresentações e será transmitido de forma online durante o mês de abril no canal do YouTube do Núcleo Educatho, instituição de educação com expertise na arte teatral.

Indicado aos prêmios Shell e São Paulo/Femsa após diversas temporadas de êxito, o espetáculo, do dramaturgo espanhol Lope de Vega (1562-1635), é direcionado aos jovens do ensino médio, acima de 12 anos, e faz parte do projeto “Trilogia da Taverna”, criado para transpor clássicos da dramaturgia mundial para o teatro em uma instalação assinada pelo multiartista Kleber Montanheiro, que também compôs os figurinos para a peça.

Escrita entre 1612 e 1614, "Fuente Ovejuna" acompanha os cidadãos do Vilarejo de mesmo nome que sofrem com os desmandos de um jovem comandante designado pelo Rei para cuidar do local. A trama é inspirada em eventos reais. Com direção geral de Juliano Barone, tradução e adaptação de Marcos Daud e direção musical de Wagner Passos, essa nova versão online é oferecida pelo Núcleo Educatho, produtora do projeto, que foi contemplada pelo edital Proac Expresso Lab 38/2020 - Lei Federal Aldir Blanc.

Com larga experiência com teatro para jovens, o Núcleo, em parceria com a equipe artística do Núcleo Sem Querer de Tentativas Teatrais, responsável pela concepção estética da peça, traz para o público, uma experiência única, relevante e atual, importante para ser contemplada por jovens e adultos. De acordo com o diretor Juliano Barone, “apresentar um clássico nos dias de hoje é olhar para o passado para compreender nosso presente e, assim, transformar o futuro”. 

Sinopse
A peça narra o drama dos cidadãos do pacato vilarejo Fuente Ovejuna, que sofrem com a tirania e as injustiças de um militar, um jovem comandante que foi enviado ao local para protegê-los de possíveis ameaças. O abuso de poder e as desonras desse tirano, que maltrata a população, provocam a revolta dos moradores da vila que clamam por vingança. É uma peça sobre política, sobre as ações humanas e sobre as possíveis faces da justiça.


Ficha técnica
Espetáculo: "Fuente Ovejuna"
Direção geral e adaptação: Juliano Barone
Tradução: Marcos Daud 
Direção musical: Wagner Passos 
Máscara expressiva: Joca Andreazza 
Coreografia e danças brasileiras: Guryva Portela 
Confecção de máscaras: Jair Correia
Cenárioe figurino: Kleber Montanheiro 
Iluminação: Gabriele Souza
Manutenção de figurinos: Fernando Félix
Cards e banners virtuais: Camila Coltri
Realização: Núcleo Educatho
Elenco: Gabriel Ferrara, Juliane Arguello, Lisi Andrade, Luiz Amorim, Marcus Verissimo, Monique Fraraccio, Pedro Casali, Priscilla Dieminger e Vitor Pinheiro
Elenco de Apoio: Leonardo Vaz
Musicista: Lisi Andrade
Realização: Núcleo Educatho Produções Culturais Ltda.
Temporada: até 25 de abril
Dias e horários: sábados às 18h e domingo dia 25 de abril, às 18h
Duração: 75 minutos
Classificação: +12 anos
Link no site: https://nucleoeducatho.com.br/producaonucleosemquerer


Serviço:
Espetáculo:
"Fuente Ovejuna"
Quando: sábados, às 18h (mês de abril)
Domingo (apresentação extra no dia 25)
Horário: 18h
Onde: Canal do YouTube do Núcleo Educatho 


.: “A Menina que Saiu de Casa para Saber o que Era o Medo” está em cartaz


Peça online infantojuvenil recria história clássica com protagonismo feminino. 
Peça infantil mescla horror gótico, teatro de sombras, quadrinhos e cinema mudo para contar a história de uma adolescente muito corajosa. Foto: Daiane Daumgartner

Com uso de teatro de sombras, quadrinhos e linguagem cinematográfica, a atriz Daiane Baumgartner criou uma versão empoderada do conto “O Menino que Saiu de Casa para Saber o que Era o Medo”, dos Irmãos Grimm, agora chamado de “A Menina que Saiu de Casa para Saber o que Era o Medo”. 

Na trama, por não ter medo de nada, uma adolescente de 16 anos passa a ser vista como bruxa, acreditando que é uma pessoa má. A jovem resolve, então, aventurar-se pelo mundo para mostrar que tem medo sim e não pratica maldade. Em suas andanças, depara-se com lugares como florestas sombrias, cemitérios abandonados e castelos mal-assombrados. O trabalho está bem bacana e acontece online e gratuitamente nos dias 17, 18, 23, 24 e 25 de abril, às 17h, no canal do YouTube @DaianeBaumgartner.

O espetáculo infantil conta a história de uma adolescente de 16 anos que, por não ter medo de nada, passa a ser vista como bruxa, acreditando que é uma pessoa má. A jovem resolve, então, aventurar-se pelo mundo para mostrar que tem medo sim e não pratica maldade. Em suas andanças, depara-se com lugares como florestas sombrias, cemitérios abandonados e castelos mal-assombrados. Para potencializar a narrativa e ainda estimular a imaginação do público, Daiane decidiu investigar diversas linguagens, como Teatro de Sombras feito com retroprojetor, Cinema Mudo e quadrinhos. A união desses elementos cria uma atmosfera soturna, que explora a dualidade entre o claro e o escuro.

Ao longo da trama, imagens em movimento complementam a ação, bem como balões de fala cheios de onomatopeias. Sem contar a trilha sonora criada por Jomo Faustino exclusivamente para o espetáculo. “Sempre fui apaixonada pelo horror gótico e aquele clima de Era Vitoriana, com muita névoa, mistério e melancolia. Nesse trabalho, mesclo fúnebre e poético, mas de uma maneira mais voltada às crianças. A ideia é estimular reflexões sobre temas considerados tabu, como a morte e o medo do desconhecido, mas de maneira leve. Trata-se de uma busca pelo belo, mesmo naquilo que mais nos aterriza”, conta a artista.

Para Daiane, é fundamental que as crianças entrem em contato com as realidades mais complexas da vida, como doença, ódio e morte. Assim, a protagonista se relaciona com fantasmas ao mesmo tempo em que embarca em uma jornada de autoconhecimento. Ao final, ela precisa tomar uma importante decisão sobre seu futuro.

Para recriar essa história, Daiane enfrentou um grande desafio. “O conto é bem machista. Em uma das versões que me inspirou, a única mulher presente na narrativa é uma princesa que fica trancada em um castelo porque seu pai fantasma não quer que ela se case ou abandone o lar. Já o ‘menino que não tinha medo de nada’ descobre que, na verdade, tem algo que o assusta: compromisso amoroso. E a mulher passa de um dono (o pai) para outro (o garoto que a ganha como prêmio)”, comenta.

Por isso, em “A Menina que Saiu de Casa para Saber o que Era o Medo”, a mulher é retratada com mais independência, não mais vista como um objeto. “Precisei adaptar essa história de maneira que ela fosse condizente com aquele período histórico, entre os séculos 18 e 19. Eu não quis atualizá-la para os dias de hoje. O que poderia amedrontar uma mulher naquele momento?”, reflete a atriz.  


Sinopse
Por não ter medo de nada, uma adolescente de 16 anos passa a ser vista como bruxa, acreditando que é uma pessoa má. A jovem resolve, então, aventurar-se pelo mundo para mostrar que tem medo sim e não pratica maldade. Em suas andanças, depara-se com lugares como florestas sombrias, cemitérios abandonados e castelos mal-assombrados.

Sobre Daiane Baumgartner
Formada em Artes Cênicas, foi coordenadora e bonequeira da Companhia da Sombra. Fez cursos com pesquisadores da linguagem do Teatro de Sombras e fez o Workshop de Construção de Bonecos com Natacha Belova. Ganhou diversos editais de produções e circulações de espetáculos como: ProAC 10/2014, CAIXA Cultural 2015/2016, ProAC 03/2016, ProAC 36/2017 e editais municipais de Rio Claro em 2018 e 2019. Atualmente está aprimorando um trabalho que circulou por festivais internacionais em Portugal, Romênia, Cabo Verde além de estar presente no 20º Festival Mondial des Theatre de Marionnette em Charleville na França.


Ficha técnica
Espetáculo:
“A Menina que Saiu de Casa para Saber o que Era o Medo”
Concepção e direção: Daiane Baumgartner (@daianebaumgartner)
Adaptação do texto: Daiane Baumgartner e Jomo Faustino
Dramaturgia sonora: Jomo Faustino (@jomo.sapiens)
Mixagem de som: Leo Bortolin e Bruno Franco  (@somdeblackmaria)
Ilustração: Mariana Waechter (@mari.waechter)
Bonecos: Daiane Baumgartner
Edição e captação de imagem: Daiane Baumgartner
Fotografia: Gabriel Rais (@gabriel.rais)
Comunicação visual: Marina Monteiro (@marinamonteiro_art)
Produção: Geovana Oliveira e Daiane Baumgartner (@geoliveir)
Assessoria de imprensa: Canal Aberto  (@canal_aberto)


Serviço
Espetáculo:
 “A Menina que Saiu de Casa para Saber o que Era o Medo”
Dias 17, 18, 23, 24 e 25 de abril, às 17h
Ingressos: grátis
Exibição: YouTube @DaianeBaumgartner
Duração:
30 minutos | Classificação: livre

sexta-feira, 16 de abril de 2021

.: Resenha: "Escravidão Contemporânea", organizado por Leonardo Sakamoto

Por: Mary Ellen Farias dos Santos


Em resumo, de acordo com o Dicionário Michaelis, "escravidão" é um substantivo feminino, definido como "condição daquele que é escravo; cativeiro, escravaria, escravatura. Condição de falta de liberdade; submissão a uma autoridade despótica. Situação, atividade ou qualquer outra coisa que, pelo seu caráter repressivo, impõe alguma restrição ou constrangimento". No livro organizado pelo jornalista e conselheiro da ONU Leonardo Sakamoto, intitulado "Escravidão Contemporânea", publicado pela Editora Contexto, o tema é analisado por vários vieses focando na modernidade, as nomenclaturas recebidas ao redor do mundo, a dificuldade para o combate e o que se é feito para erradicar tal prática.

O livro sobre a escravidão, abolida desde o século XIX, retrata como a escravidão continua enraizada no Brasil e no mundo. Esbarrando no tráfico humano, cerceamento de liberdade, condições degradantes de trabalho, além da impossibilidade de romper a relação com o empregador, o que implica em ameaças com torturas psicológicas a espancamentos e, findando, em assassinatos. Confirmando assim, dados obtidos de 1995 a setembro de 2019, que totalizam mais de 54 mil pessoas encontradas em regime de escravidão em fazendas de gado, soja, algodão, café, laranja, batata e cana-de-açúcar, assim como carvoarias, canteiros de obras, oficinas de costura, bordéis, entre outras unidades produtivas no Brasil. 

Na orelha da publicação, o leitor é informado de que o volume reúne um grupo de autoridades mundiais para tratar do assunto que "é um problema de regiões de fronteira agropecuária, mas também de grandes centros urbanos". O livro de 192 páginas tem a introdução de Leonardo Sakamoto em "O Trabalho Escravo Contemporâneo". Na sequência, em oito artigos assinados, a realidade brasileira é focada, embora não deixe de tratar as formas de combate ao trabalho escravo pelo mundo.

Os oito textos que compõem "Escravidão Contemporânea" são: "Histórias de Liberdade", por André Esposito Roston; "A História da Proibição da Escravidão", por Mike Dottridge; "O Trabalho Escravo Após a Lei Áurea", por Ricardo Rezende Figueira; "Como o Brasil Enfrenta o Trabalho Escravo Contemporâneo", por Tiago Muniz Cavalcanti; "O Perfil dos Sobreviventes", por Natália Suzuki e Xavier Plassat; "Como o Mundo Enfrenta o Trabalho Escravo Contemporâneo", por Renato Bignami; "Trabalho Escravo Contemporâneo: Um Negócio Lucrativo e Global", por Siobhán Mcgrath e Fabiola Mieres e "O Impacto da Escravidão nas Mudanças Climáticas", por Kevin Bales, além de um pósfacio intitulado "A Herança do Racismo", por Raissa Roussenq Alves.

Num trecho do texto de introdução, Leornado Sakamoto informa:

"Como o Estado brasileiro já não admite a possibilidade de uma pessoas ser 'dona' de outra, também não reconhece o trabalho escravo como relação legítima ou legal. Por isso, quando nosso Código Penal foi aprovado, em 1940, esse crime ficou conhecido como 'redução à condição análoga à de escravo'. Do ponto de vista técnico e jurídico, essa é a nomenclatura para definir tal forma de exploração. Na prática, é o mesmo que trabalho escravo contemporâneo."

"Escravidão Contemporânea" é mais do que um livro, mas um estudo que retrata um problema crônico e abusivo que insiste resistir, inclusive, à aplicação de leis. No entanto, é uma bandeira de alerta para que tal abuso tenha fim. E para que a vivência do leitor seja completa, segue o desejo de Sakamato: "Que a luz da dignidade e os bons ventos da liberdade acompanhem sua leitura."

Autor: Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Professor de Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), foi pesquisador visitante do Departamento de Política da New School, em Nova York. É diretor da Repórter Brasil, conselheiro do Fundo das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão e foi comissário da Liechtenstein Initiative – Comissão Global do Setor Financeiro contra a Escravidão Moderna e o Tráfico de Seres Humanos. É colunista do portal UOL, onde escreve diariamente sobre política. 

Livro: Escravidão Contemporânea

Organizado por  Leonardo Sakamoto

Editora Contexto

192 páginas

Venda na Amazon: amzn.to/3dkj1Kh


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm




.: Zezé Di Camargo e Luciano celebram 30 anos de “É o Amor”

Dupla se orgulha dos números, parcerias, prêmios e laços construídos ao longo desta história dos filhos de Francisco. Foto: Divulgação

 

E lá se vão 30 anos desde que “É o Amor” chegou à rádio Terra de Goiânia (GO), em uma singela fita K-7 levada por Seu Francisco Camargo, pai de Zezé Di Camargo e Luciano. Três décadas depois, a canção composta por Zezé acumula mais de 70 regravações, incluindo intérpretes que a lançaram em hebraico e russo, somando mais de 1 bilhão de execuções no mundo, segundo dados do ECAD.

Em 19 de abril, a dupla comemora a data que remonta aos dias que o pai passou a entupir seus colegas da obra onde trabalhava, na construção civil, com fichas telefônicas e pedidos, diretamente do orelhão, pela execução da música no rádio. Foi exatamente como o diretor Breno Silveira mostrou no filme “Dois filhos de Francisco”, que levou mais de 7 milhões de pessoas aos cinemas e garantiu altos índices de audiência em inúmeras exibições pela TV.

São bilheterias como esta que a dupla se orgulha de ostentar em sua trajetória, onde não falta livro (“Simplesmente Helena”, com 400 mil exemplares vendidos), musical (“Dois Filhos de Francisco”, visto por mais de 100 mil pessoas nos teatros do Rio e São Paulo) e filme que representou o Brasil em uma indicação ao Oscar, sem falar em tema de Carnaval, com homenagem da escola de samba Imperatriz Leopoldinense (pelo enredo “É o Amor que mexe com minha cabeça e me deixa assim”) e tributo pelos históricos Bonecos de Olinda.

A discografia da dupla fala por meio de números e emoções, com mais de 40 milhões de cópias vendidas para 27 CDs e 1 EP, além de 6 DVDs. Na galeria de prêmios, os irmãos sustentam cinco estatuetas do Grammy Latino, entre seis indicações. Por vendagem de discos, acumulam 20 Discos de Platina, 15 Discos de Platina Duplo, 27 Discos de Ouro, 27 Discos de Prata e 27 Discos de Diamante.

Por três anos consecutivos (2016 a 2019), estiveram no topo da lista de artistas que mais fizeram campanhas publicitárias no Brasil, endossando assim uma forte identidade com o público.

Foram 20 músicas em trilhas sonoras de novelas da Rede Globo e até algumas participações em cena, como em “Pecado Capital” (1999), “Chocolate com Pimenta” (2003), “América” (2005) e “Cheias de Charme” (2012).

Zezé Di Camargo e Luciano têm ainda o recorde de 500 mil pessoas em um único show, em Salvador. Em outra apresentação, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, reuniram 250 mil pessoas.

Eleito pela revista Veja como um dos maiores artistas do século 20, Zezé está entre os dez compositores que mais arrecadam por direitos musicais no Brasil.

Nessa estrada, tampouco faltam nomes que honram o histórico da dupla com grandes parcerias, como Willie Nelson e Julio Iglesias, entre nomes internacionais, e representantes de todos os acordes da música brasileira, de Chico Buarque a Roberto Carlos, de Caetano Veloso a Fagner, de Domiguinhos a Sérgio Reis, de Maria Bethânia a Ivete Sangalo, de Luan Santana a Nando Reis, de Chitãozinho e Xororó a Daniela Mercury, de Paula Fernandes a Exaltasamba, de Gusttavo Lima a José Augusto, de Bruno e Marrone a Raça Negra, de Marília Mendonça a Leandro e Leonardo, de Marília Mendonça a Thiaguinho..

ZEZÉ Di CAMARGO E LUCIANO em série e no mar

Projeto que vinha sendo criado para marcar os 30 anos da dupla, a série que revisita a trajetória de Zezé e Luciano teve de ser interrompida pela pandemia, mas já tem várias cenas registradas em novos duetos, como a regravação, com Thiaguinho, do hit “Dois Corações e Uma História”, de 1998, e a mais nova versão de “É o Amor”, agora com Luan Santana, fã incondicional dos irmãos goianos. Com Marília Mendonça, os dois regravam “Você Não é Mais Assim”, de 2000.

Dirigido por Felipe Duram e com produção da Live Talentos, a produção tem lançamento previsto para novembro e promete honrar a trajetória da dupla. No mês em questão, também está previsto um cruzeiro que navegará nas águas do Atlântico, ecoando sucessos da dupla mais romântica do Brasil com participação de Edson e Hudson.

 Para coroar essa narrativa, enumeramos abaixo a lista dos nomes que já regravaram “É o Amor”, incluindo versões mexicanas, argentinas, hebraica e instrumentais, com destaque para o aclamado Ray Conniff.  

1 - Zezé Di Camargo e Luciano

2 - Alex Cohen

3 - Banda Bem Brasil

4 - Banda Tradição

5 - Bonde do Brasil

6 – Dudu & Darli

7 - Bruno e Marrone

8 - Diego e Ricardo

9 – Donizetti

10 - Flor em Pele

11 - Fábio Junior

12 - Henrique e Diego

13 - João Neto e Frederico

14 - Leandro e Leonardo

15 - Léo Magalhães

16 - Luciano Costa

17 - Maria Bethânia

18 – Marinês

19 - Mastruz com Leite

20 - Mexe Ville

21 – Minuano

22 - Nação Forrozeira

23 - Oxente Forro Mania

24 - Quinta Essência

25 - Rosário Negro

26 - Sambalanço

27 - Supermix Samba

28 - Thales e Thiago

29 - Villa mix Festival 2015

30 - Vanessa Camargo

31 - Gusttavo Lima

32 - Ray Conniff

33 - Lucas Lucco

34 - Vanessa Jackson

35 - Raça Negra

36 – Lilach Davidoff ( hebraico )

37 - OS VIPS

38 – Wilson & Soraia

39 – Diego & Sebastian – (Argentina)

40 – Ramiro Delgado & Ruan Moreno (México)

41 – La Mafia (Argentina)

42 - Ralf – (Solo Italiano)

43 – Vanutti

44 – Roni Motta

45 – Maestro Zezinho (Instrumental)

46 – André Mazini

47 – Marcelo Barra

48 – As Meninas Cantoras de Petrópolis

49 – Evaldo Tocantins (sax)

50 – Luiz Fernando

51 – Banda Mel

52 – Coral Municipal Uirapuru

53 – Tony Maia

53 – Lindomar Castilho

54 – Grupo Papo 10

55 – James & Danilo

56 – Jaime Villalba

57 – Banda do Maestro José Paulo Soares

58 – Pespuma, Henrique e Claudinho – Tonny Tavio e Zé Rhael

59 – Adelmo Cazé

60 – João Henrique & Fernando

61 – Anna Gue

62 – Wando

63 – Banda Plinta

64 – Alma Serrana

65 – Maestro Janio Santone

66 – Leonardo & Luciano

67 – Busão do Forró

68 – Eduardo Lages

69 – Caio Mesquita

70 – Hebe Camargo

71 – Caio Henrique / Enzo & Eder/ Vitoria Lopes (The Voice Kids)

72 - Yahir (México)

73 – Hugo Pena & Gabriel

 

Que venham mais 30 anos e outras tantas histórias dispostas a celebrar cada verso, cada acorde, cada aplauso, com o mesmo amor e inspiração que Zezé Di Camargo e Luciano têm alimentado e reverberado ao longo das últimas três décadas. O prazer em estar no palco é todo deles.



.: Diário de uma boneca de plástico: 16 de abril de 2021


Querido diário,

Estava comendo meu macarrãozinho esperto e me lembrei da dona Aurorinha. É a minha bisa com 88 aninhos! 

No ano passado ela nos deu um baile e ficou muito, muito doentinha. No entanto, ela é uma mulher que já chutou um câncer de ovário, sendo assim, ela driblou essa nova batalha logo depois do aniversário dela.

Quando é o niver dela? Em 14 de setembro!

Ela está velhinha, velhinha, mas quem a viu ano passado e quem vê agora... Nossa! Parece ser outra pessoa. Lá com a bengalinha dela, andando por tudo, devagar, mas... Sem depender 100% dos outros. Como aconteceu, aliás, até o início desse ano de 2021.

Sabe, diário, é tão, tão maravilhoso vê-la bem. Agradeço a Deus sempre, pois por vezes ela teve até lapsos de memória... Coisa que nela não existiu. É uma mulher super antenada, totalmente lúcida.

E para melhorar e tranquilizar a todos, a bisa já foi vacinada com a segunda dose de Coronavac... E os 15 dias pós vacinação, já se foram... Aliás... Passou bem mais do que um mês. Agora, podemos bradar: A bisa está imunizada!

Amém! Amém!!

Que todos nós possamos viver esse momento e não mais estar vulnerável a esse vírus perverso... Amém!!

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg

.: Sesc Santo André lança projeto focado em ‘"Alice no País das Maravilhas"

 ‘reAlices: narrativas artevisuais’ reúne obras inéditas de oito artistas criadas a partir de capítulos do icônico livro de Lewis Carroll. De formato híbrido, o projeto trará ações online e uma exibição presencial, ainda sem data, em função do agravamento da pandemia. 


Visando a diminuição do risco de contágio e propagação do Covid-19, conforme as orientações do Governo do Estado de São Paulo sobre a mudança para fase vermelha do Plano São Paulo, o Sesc São Paulo suspendeu a visitação presencial de todas as exposições das unidades na capital, na Grande São Paulo, no interior e no litoral. 


Obras inéditas transformam o espaço expositivo da unidade em uma interpretação artística variada sobre os lugares pelos quais Alice passou em sua viagem ao País das Maravilhas. 


Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, é um dos grandes clássicos da literatura mundial, derivando em filmes, obras de arte, animações e muitos outros produtos que ocupam o imaginário coletivo. O Sesc Santo André apresenta uma mostra que traz a interpretação artística de oito artistas - muitos deles, arte-educadores - sobre a obra literária. Esse é o mote de reAlices: narrativas artevisuais, projeto híbrido composto por ações online e exibição física, disponível quando se tornar possível a visitação presencial à exposições de arte. 

Para ativação das ações online do projeto, o Sesc Santo André promove no dia 13 de abril, às 17h, em seu perfil no Instagram (@SescSantoAndre) uma live com a participação dos artistas. Fazendo alusão à obra de Carroll, é um convite para um "chá da tarde" virtual. reAlices trará uma série de ações e uma programação integrada composta por oficinas em vídeo, cursos aplicados pelos artistas e vídeos sobre os artistas e suas obras. A visita presencial à exposição não é possível por ora, em função das medidas de combate à Covid-19. Enquanto isso, prévias da mostra serão compartilhadas com o público por meio das redes sociais e do site da unidade: https://www.sescsp.org.br/santoandre . 

Seis momentos-chave do percurso de Alice no País das Maravilhas estão sendo interpretados pelos oito artistas a partir de técnicas diversas: Guta Moraes (Floricostura) com feltragem a seco, Mauro Yamaguti com muralismo, Renan Santos com ilustração, Nicole Bustamante com desenho em nanquim, Mariana Ser com fotocolagem, Ariádine com papercutting, Alex Rodrigues e Daniel Esteves com história em quadrinhos. O intuito é que o público seja a Alice enquanto os artistas representam os tradutores do que ela viu no país das maravilhas. 

A exposição foi desenhada para transformar a cenografia atual da galeria em páginas imaginadas pela personagem título do livro. A ativação do espaço da unidade também colabora com a ideia da narrativa, já que se trata de um grande corredor, onde é possível imaginar um caminho cronológico transformado de acordo com os espaços em que Alice passa. 

Os artistas foram provocados por Priscila Xavier e Tatiana Fujimori, do núcleo artístico do Sesc Santo André, a se inspirar em capítulos do livro que evocam imagens bem conhecidas pelo público, como o "chá maluco" com o Chapeleiro, o encontro com a Rainha de Copas, a queda na toca do Coelho e muitas outras. 

"Dividimos todos os capítulos entre os artistas pensando nas imagens que poderiam ser representadas a partir de técnicas com que cada artista tem mais afinidade", explicam as curadoras, complementando que todos tiveram total liberdade poética para recriar o país das maravilhas, o que resulta tanto em imagens mais próximas das trazidas pelo livro quanto por outras mais abstratas. 


Serviço: 

reAlices: narrativas arte visuais 

Sesc Santo André - R. Tamarutaca, 302 - Vila Guiomar 

Para mais informações, acesse o portal: sescsp.org.br/santoandre 


.: Maiara e Maraisa reúnem amigos em live neste sábado

Foto: Divulgação

Tierry, Luiza & Maurílio, Diego & Victor Hugo, Hugo & Guilherme e Lari Ferreira estarão no show virtual


Maiara e Maraisa estão de volta às agendas das lives. Ao longo do ano passado, as irmãs fizeram 5 shows virtuais, rendendo mais de 20 horas de música boa, milhares de visualizações e muita diversão. Agora, elas voltam a se apresentar no próximo sábado, 17, a partir das 19h, no canal oficial das cantoras no YouTube.

E as irmãs não estarão sozinhas, um verdadeiro time de estrelas foi escalado para as participações especiais. As duplas Luiza & Maurílio, Diego & Victor Hugo e Hugo & Guilherme, o cantor Tierry e a cantora Lari Ferreira serão responsáveis por dividir o palco com a gêmeas. E para quem acompanhou algumas das lives de Maiara e Maraisa, saibam que a cabrita também confirmou participação!

A Potiguar Live marca o lançamento oficial do Chopp Potiguar triplo malte que está conquistando o Brasil e que tem Maiara e Maraisa como dupla oficial.


Maiara e Maraisa – Potiguar Live

Data: 17/04/21 (sábado)

Horário: a partir das 19h

Aqui: youtube.com/watch?v=zzxAR_gfkRU


.: Daniele Hypólito é a convidada do último episódio de "A Culpa é do Cabral"

Fotos: Cleiby Trevisan


No último episódio desta temporada, Fabiano Cambota, Nando Viana, Rafael Portugal, Rodrigo Marques e Thiago Ventura recebem Daniele Hypólito. Episódio inédito de A Culpa é do Cabral vai ao ar na segunda-feira, 19 de abril, às 22h, no Comedy Central .

Daniele Hypólito é fã do programa e pode provar. Ela até declama um poema para o Rafa em um claro caso de plágio. Não é mesmo, Nando Viana? A atleta, que tem cinco Olimpíadas no currículo, conta sobre os bastidores dos Jogos e dos treinamentos. E depois de muito papo, a convidada da semana dá aula de alongamento para os meninos que, como ginastas, provam ser excelentes comediantes. Depois de aceitar o convite feito por Cambota, Dani participa do Jogo do Balão com o tema jogos e videogames. "Um dos melhores programas", afirma Rafa Portugal.

A hashtag da semana é #SÓSEIQUEFOIASSIM. Em De Frente com Cambota, o entrevistado da semana é o dono da chacrona, Thiago Ventura. Em Na Cama com RM, Rodrigo ajuda internautas com dúvidas e sugestões apimentadas e sinceronas.

Sobre o programa: Ultrapassando a marca de 100 episódios no ar, a nova temporada do programa de humor para a televisão trará 13 episódios, com duração de uma hora, além de 27 quadros inéditos e participações muito especiais. Caio Castro, Daniele Hypólito, Enaldinho, Glenda Kozlowski, Nil Agra, Patrick Maia, Paulo Miklos, Pequena Lo, Priscilla Alcantara, Pyong Lee, Sidney Magal, Yudi Tamashiro e Zico irão aparecer no novo cenário que irá integrar também a plateia virtual.

A Culpa é do Cabral traz um quinteto afiado e promete muitas risadas e comentários nem sempre publicáveis sobre pontos de vista cômicos, ácidos e divertidos de acordo com cada região do Brasil. É um formato original inspirado em "La Culpa és de Colón", programa que reúne comediantes da América Latina, também criado pelo Comedy Central.

O programa foi gravado em estúdio, em São Paulo, seguindo todos os padrões de segurança e higienização estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Culpa é do Cabral é um projeto do Comedy Central, produzido pelo VIS (ViacomCBS International Studios) em parceria com a Kroon.

SERVIÇO - A CULPA É DO CABRAL COM DANIELE HYPÓLITO

Estreia: 19 de abril, segunda-feira, às 22h, no Comedy Central.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

.: Espetáculo online se inspira em HQs para trazer protagonismo feminino

Com fortes influências do mundo dos quadrinhos e da ficção científica, o espetáculo "Pânico Vaginal" traz muito humor para tratar de questões envolvendo uma super heroína distópica que opta por instalar uma arma no canal vaginal. A temporada tem somente seis apresentações online: 16,17,18 de abril (Sexta a domingo, 20h) e 19, 20 e 21 Abril (De segunda a quarta, 21h). A direção e dramaturgia é de Lara Duarte, que protagoniza a peça. Para assistir é só reservar gratuitamente pelo Sympla. Foto:  Marcelle Cerutti

Com fortes influências do mundo dos quadrinhos e da ficção científica, o espetáculo "Pânico Vaginal"  traz muito humor para tratar de questões envolvendo uma super heroína distópica que opta por instalar uma arma no canal vaginal. A temporada tem somente seis apresentações online: 16,17,18 de abril (de sexta a domingo, às 20h) e 19, 20 e 21 de abril (de segunda a quarta, às 21h). Para assistir é só reservar gratuitamente pelo link https://www.sympla.com.br/temporada--panico-vaginal__1158459

A direção e dramaturgia é de Lara Duarte, que protagoniza a peça ao lado do elenco formado por Lana Scott, Matheus Rodrigues, Guilherme Reges, Padu Cecconello e Leonardo Vasconcelos. Essa é mais uma  produção da Romã Atômica. A trama trata da narrativa de uma super-heroína distópica que instala u uma espingarda no canal vaginal para agir em legítima defesa. Inspirada no universo dos quadrinhos e dos super-heróis, a peça trata os assuntos de maneira lúdica e bem humorada. Além de contar com diversas composições coreográficas, o trabalho investiga as possibilidades de hibridização das linguagens do teatro, do cinema, da dança e da performance.

Para escrever a história, Lara Duarte teve vários gatilhos como a performer austríaca Valie Export e sua obra "Genital Panic", de 1969, um trabalho que foi transgressor na época e na atualidade. Outra   inspiração veio das histórias em quadrinhos como "Minha Coisa Favorita é Monstro", da americana Emil Ferris; e "A Origem do Mundo: Uma História Cultural Da Vagina Ou A Vulva Vs. O Patriarcado", da sueca Liv Strömquist.

“'Pânico Vaginal' é uma ficção científica de baixo orçamento que lida com a falência das relações normativas, transportadas para um futuro hiper ficcional e distópico”. O deboche, a ironia, o humor cercam toda essa jornada da personagem Georgia, nome inspirado na música Georgia, A Carniceira, da banda pernambucana Ave Sangria. A protagonista passa a integrar a Armada das Armadas e tenta lidar com as próprias contradições ao longo da narrativa, conta Lara Duarte.

Para aproveitar os recursos oferecidos pelo audiovisual e compor a encenação teatral, a produção usa até  uma câmera de endoscopia. Ao fim de cada sessão, um debate será realizado pela equipe do projeto com o intuito de fomentar as discussões abordadas pelo espetáculo. 


Ficha técnica
Espetáculo:
"Pânico Vaginal"
Direção, dramaturgia e performance: Lara Duarte
Dramaturgismo: Bruna Varga.
Atuação/Performance: Guilherme Reges, Leonardo Vasconcelos, Padu Cecconello, Mateus Rodrigues.
Soundesign, coreografia das lutas e performance: Lana Scott.
Direção de arte, design gráfico, design de aparência, efeitos especiais: Victor Paula.
Assistência de direção de arte: Filipe Barbosa do Lago e Luan Tolomeotti.
Visagismo: Leandro Paulino.
Confecção dos figurinos: Lia Albuquerque.
Iluminação: Maíra do Nascimento.
Assistência de iluminação: Rodrigo Damas e Carol.
Captação e edição: André Voulgaris.
Colaboração artística: Maia de Paiva.
Fotografia: Marcelle Cerutti.
Música: Geórgia, A Carniceira – Ave Sangria.
Diretora de produção: Paloma Rodrigues.
Assistente de produção: Amara Hartmann.
Produção executiva: Thais Lucena.


Serviço
Espetáculo:
 "Pânico Vaginal"
Temporada digital: dias 16,17,18 de abril (de sexta a domingo, às 20h) e 19, 20 e 21 de abril (de segunda a quarta, às 21h). Ao fim de cada sessão, haverá bate-papo sobre o espetáculo. Grátis
Link para reservar ingressos: https://www.sympla.com.br/temporada--panico-vaginal__1158459
Classificação:
18 anos.
Duração: 50 minutos

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