domingo, 24 de julho de 2022

.: Crítica: "O Pacote" é besteirol juvenil, mas faz rir e prende atenção até o fim

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2022


"O pacote", filme da Netflix, lançado em 2018 é uma comédia juvenil que acontece em torno de algo delicado, especialmente para Jeremy (Eduardo Franco). Tudo começa quando ele e os amigos resolvem acampar na primavera, porém a irmã de Jeremy, Becky (Geraldine Viswanathan) e a amiga estão prontinhas para se juntarem aos garotos. Assim, cinco amigos adolescentes encontram o lugar perfeito para a diversão.

Contudo, ao anoitecer, um infeliz acidente deixa todos desesperados, o que desencadeia uma corrida alucinante contra o tempo. Afinal, um empurrão de brincadeira acaba decepando o membro sexual de Jeremy. Para tanto, inicia-se uma insana tentativa de salvar o amigo e juntá-lo a seu bem precioso.


"O Pacote" filme americano de comédia da Netflix é o tipo de produção que não se espera grandes coisas, ainda que tenha na produção executiva o nome de Ben Stiller. Dirigido por Jake Szymanski, com roteiro de Kevin Burrows e Matt Mider, em 1h 34, pouca história acontece além da tentativa de deixar Jeremy completo novamente, complementado pelo flerte desajeitado de Sean (Daniel Doheny) para Becky (Geraldine Viswanathan). Em contrapartida, as trapalhadas do grupo de amigos consegue prender a atenção e segurar o público até o fim para querer saber o desfecho. 

Estrelado por Daniel Doheny, Sadie Calvano, Geraldine Viswanathan, Lucas Spencer Roberts e Eduardo Franco, "O Pacote" foi lançado em 10 de agosto de 2018, pela Netflix. Contudo, a curiosidade somente foi aguçada em 2022, pelo ingresso de Eduardo Franco na quarta temporada de "Stranger Things", interpretando o também cômico Argyle.


Indicado para maiores de 16 anos, o longa, nitidamente, não tem a intenção de ser marcante a ponto de ser o filme da vida de alguém, mas ensina a rir de si mesmo enquanto que afirma o poder das verdadeiras amizades. Para garantir um breve entretenimento, "O Pacote" é uma boa pedida por ser puro besteirol juvenil.

Filme: "O Pacote" ("The Package")

Gênero: Comédia

Classificação: 16 anos

Ano de produção: 2018

Direção: Jake Szymanski

Roteiro: Kevin Burrows e Matt Mider

Duração: 1h34

Produção executiva: Ben Stiller; Nicky Weinstock; Blake Anderson; Adam Devine; Anders Holm; Kyle Newacheck; Ross Dinerstein

Data de lançamento: 10 de agosto de 2018 (Brasil)

Elenco: Eduardo Franco (Jeremy Abelar), Geraldine Viswanathan (Becky Abelar), Daniel Doheny (Sean Floyd), Sadie Calvano (Sarah)


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

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.: Mário de Andrade, raro e sensual, em seleta erótica ousada

Os títulos mais representativos em termos de erotismo, com particular atenção aos textos canônicos e exemplos da obra pouco conhecida.

A obra de Mário de Andrade é atravessada por uma profunda inquietação em torno do sexo. Pulsante e permanente, essa inquietação se traduz tanto na exploração do domínio erótico, de notável amplitude, quanto na incessante busca formal que o tema lhe impõe sem descanso. Na tentativa de reconhecer a silhueta de Eros nas tantas faces que o próprio escritor se atribuiu, sua produção literária se vale dos mais diversos recursos formais para dar conta de uma dimensão que parece continuamente escapar.

Daí que o sexo venha a ser alçado ao patamar das suas grandes interrogações, onde se oferece na obscura qualidade de incógnita. Foi a partir dessas constatações que Eliane Robert Moraes concebeu a "Seleta Erótica de Mário de Andrade", desdobrando-as em diversas perguntas pontuais, sem perder o foco na tópica da sexualidade. Conforme a pesquisa ganhou corpo, as questões foram se organizando até resultar nas oito partes que compõem a presente seleta, a saber: “Artes de Brincar”, “O Corpo da Cidade”, “Coisas de Sarapantar”, “Presença da Dona Ausente”, “Imoralidades e Desmoralidades”, “Prazeres Indestinados”, “Brasileirismos, Safadagens e Porcarias” e “Confidências e Confissões: Alguma Correspondência”.

Fruto de uma visitação intensiva aos escritos do autor, o trabalho de seleção buscou contemplar tanto a variedade de gêneros por ele praticada quanto as diversas fases de sua obra, sem negligenciar aspectos biográficos ou editorias. Embora o volume tenha privilegiado os títulos mais representativos em termos de erotismo, com particular atenção aos textos canônicos, considerou-se pertinente apresentar exemplos da “obra imatura”, ainda pouco conhecida, além de amostras da grande massa de manuscritos ainda não publicada. A decisão editorial, contudo, foi pautada pela riqueza da erótica marioandradina, que se manifesta de forma vigorosa em todo seu conjunto. Você pode comprar "Seleta Erótica de Mário de Andrade", de Mário de Andrade, neste link.

Organização: Eliane Robert Moraes
Posfácio: Aline Novais de Almeida
Ilustração:
 Julio Lapagesse
Editora: Ubu
Páginas: ‎320
Dimensões: 21 x 2 x 14 cm
Capa dura
Link na Amazon: https://amzn.to/3yZyMjH

.: "Como Não Ser Um Babaca": guia para homens que cansaram de ser machistas

Publicação alerta a sociedade para comportamentos e comentários machistas que insistem em ser reproduzidos no cotidiano e no mercado de trabalho.

“É muito mais fácil trabalhar com homem”. “Isso é coisa de mulher mal comida”. “Ih, tá de TPM”. “Não vai chorar, hein?”. “Quer direitos iguais, mas não quer trocar pneu”. Essas e outras frases que as mulheres não aguentam mais ouvir, seja no ambiente profissional, em casa ou em qualquer outro espaço, serviram de base para a criação do livro “Como Não Ser Um Babaca”, escrito por Marcela Studart, com ilustrações de Natália Carneiro (Letras da Nat) e colaboração de Cleide de Oliveira Lemos e Viviana Santiago, do coletivo AzMina.

Com linguagem irreverente e dicas fáceis de aplicar, a publicação se propõe a cooperar com o processo de sensibilização dos homens por uma masculinidade que renuncia o machismo e estabelece uma prática de equidade e respeito. O e-book está disponível na Amazon por R$ 1,99. O valor arrecadado será destinado para AzMina, coletivo que lidera diversos projetos em favor do público feminino.

O livro busca conscientizar os homens sobre a reprodução de atitudes machistas, sobretudo no ambiente de trabalho. O interesse pelo assunto se comprova pelo fato de que, que, em sua primeira semana de vendas, o guia didático passou a figurar no ranking dos mais vendidos na Kindle Store. A versão impressa também poderá ser adquirida na plataforma. O projeto, criado pela Flap para o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e Tribunal de Contas da União (Sindilegis), teve a supervisão do instituto AzMina.

"O Sindilegis lança um guia didático para conscientizar os homens a não serem babacas com as mulheres. A obra é extremamente necessária no contexto atual, em que as mulheres continuam a ser vítimas de comportamentos e comentários machistas simplesmente pelo fato de serem mulheres”, explica Elisa Bruno, diretora de Comunicação Social do Sindicato, que há anos protagoniza campanhas do Dia Internacional da Mulher.

O conteúdo do guia foi elaborado a partir de relatos de violências cometidas contra mulheres e da análise de situações violentas do cotidiano, ainda que não sejam socialmente percebidas como tal. “Mais do que uma campanha publicitária, criamos algo relevante e duradouro. O livro é uma ação concreta que estimula a reflexão e a mudança de comportamento de homens de todas as idades e classes sociais”, completa Bruno Barra, CEO da Flap.

Viviana Santiago, consultora da AzMina, lembra que estatísticas são fartamente divulgadas, reforçando a urgência da ação: “Essa mudança de comportamento é ´para ontem’. Com o livro queremos lançar luz sobre atitudes violentas que invadem, diminuem as mulheres, mas até hoje são percebidas como brincadeiras. E isso numa linguagem acessível, que permite uma conversa com os homens, mas principalmente deles com eles mesmos”. Na prática, o livro “Como Não Ser Um Babaca” busca reduzir o machismo que muitas vezes não entra nas estatísticas. Você pode comprar o livro "Como Não Ser Um Babaca" neste link.


Fique alerta para espantar de vez esse tipo de comportamento:

"Bom mesmo era antigamente..."
Essa frase só pode ser dita por quem foi beneficiado. O Código Civil de 1916 era recheado de absurdos, como "a mulher só tem direito à pensão dos filhos se for inocente e pobre".

"Ih! Tá de TPM..."
 A tensão pré-menstrual é uma realidade e pode provocar alterações de humor, acontece que essa é só uma desculpa para diminuir e desvalorizar as emoções e reações das mulheres.

"Passe perfume para a reunião, hein!"
As mulheres são cobradas para estarem atraentes, como se o seu poder de argumentação valesse menos do que poder de sedução ou como se uma coisa tivesse a ver com a outra.

"Ela é mais macho que muito homem."
Mulher não precisa deixar de ser mulher para ser bem-sucedida. Caso você ainda não saiba, características como coragem, determinação e força não são exclusivamente masculinas.

"Incrível! Você mesma quem fez?"
Essa frase, apesar de enaltecer o trabalho da mulher, revela uma enorme descrença em seu potencial. É como dizer: "Está bom demais para ter vindo de uma mulher. Será possível?".

"Vai pegar mal não ter uma mulher no time."
Este não deveria ser o motivo para incluir mulheres na equipe. Que bom que a sociedade está problematizando a ausência feminina, mas é preciso entender a importância disso.


Ficha técnica
Livro “Como Não Ser Um Babaca”
Autora: Marcela Studart
Ilustradora:
Natália Carneiro (Letras da Nat)
Editora: ‎projeto da Flap para o Sindilegis
Colaboração: Cleide de Oliveira Lemos e Viviana Santiago (AzMina)
Páginas: 84
Link na Amazon: https://amzn.to/3orwDIC

sábado, 23 de julho de 2022

.: 2x1: "American Horror Stories" volta com "Dollhouse" e é espetacular


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em julho de 2022


"American Horror Stories", o spin-off da série antológica de Ryan Murphy e Brad Falchuk, "American Horror Story", voltou em 21 de julho de 2022, no streaming gringo da Hulu ao estrear com o episódio "Dollhouse". Como o próprio nome diz, tudo se passa numa casa de bonecas. Deixando para o grande nome do episódio, Denis O'hare (de "American Horror Story") o posto de super vilão. 

Não há como negar, a trama de "Dollhouse" é espetacular e especialmente incrível, assim como a abertura em cores escurecidas, quando não em preto e branco. Seguindo o visual e música clássica de "American Horror Story", estampa bonecas diversas mescladas com imagens bastantes perturbadoras de mulheres exemplares -as conhecidas como "belas, recatadas e do lar". 


Entretanto, o ponta-pé é dado numa fábrica de bonecas, quando, em uma entrevista de emprego realizada pelo dono, o ator Denis O'hare que vive Mr. Van Wirt conversa com a linda jovem Coby (Kristine Froseth) que aspira ser secretária. Todavia, ela não é aprovada para a vaga, mas com o "toque" de Eustace (Matt Lasky), capanga do rico excêntrico, segue para uma "brincadeira" que a fará lutar pela vida.


Dentro de um experimento assombroso, que de fora encanta os olhos de qualquer um, Coby se junta a Harlene (Simone Recasner, destaque na série "The Big Leap")Aurelia (Abby Corrigan), Faye (Maryssa Menendez) e Bonnie (Emily Morales-Cabrera). Naquele lugar com tanta delicadeza acontece uma competição, seja para por pratos e talheres corretamente ou passar e deixar uma camisa cheirosa. Tudo é pontuado para que aconteça a eliminação. Por quê?! Mr. Van Wirt procura uma mãe perfeita para o filho, o pequeno Otis “Spalding” Van Wirt (Houston Towe).

Coby tenta se aproximar de Otis e promete ser uma mãe exemplar. No entanto, a tentativa não dá resultado e com as "bonecas" em conjunto acontece uma caçada de tirar o fôlego. Não bastando tanta energia para uma história, "Dollhouse" apresenta um fim de deixar qualquer fã de "American Horror Story" boquiaberto e totalmente satisfeito. Excelente! Que venha o próximo, por favor!


Seriado: American Horror Stories
Temporada: 2
Episódio 1: "Dollhouse"
Exibido em: 21 de julho de 2022, EUA.
Elenco: 
Denis O'hare (Mr. Van Wirt), Kristine Froseth (Coby), Simone Recasner (Harlene), Houston Towe (Otis “Spalding” Van Wirt), Abby Corrigan (Aurelia), Maryssa Menendez (Faye), Emily Morales-Cabrera (Bonnie), Matt Lasky (Eustace), Caitlin Dulaney (Miss Robichaux Academy Witch), Kenia Arias (Miss Robichaux Academy Witch)


* Mary Ellen é editora do portal cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm

Abertura





.: Crítica: "Boa Sorte, Leo Grande" é aula de autoaceitação na terceira idade

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2022 


"Boa Sorte, Leo Grande" é uma comédia dramática sobre a autoaceitação. O novo longa de Emma Thompson ("Nanny McPhee: A Babá Encantada", "Razão e Sensibilidade" e "Cruella"), em cartaz na Rede de Cinemas Cineflix, é libertário, não somente por tratar abertamente sobre sexo na terceira idade, mas por esclarecer que não há limites para o prazer, ainda que certas "técnicas" ainda sejam adotadas pela primeira vez. Assim, diante da chance de se conhecer melhor, viúva há 2 anos, a professora aposentada de ensino religioso adota o nome fictício de Nancy Stokes para o encontro com o garoto de programa Leo Grande (Daryl McCormack).

Fatalmente, bate em Nancy o arrependimento da situação em si e, claro, sente-se envergonhada pela diferença de idade entre ela e Leo. No entanto, ao saber que a cliente mais velha dele tinha 82 anos, sente-se aliviada. Entre arrependimentos e descobertas, "Boa Sorte, Leo Grande" vai se desenhando na telona. 

O longa dirigido pela australiana Sophie Hyde, tem um texto que flui, envolve e provoca risadas -daquelas surpreendentes e inesperadas-, mas também convida a refletir. Por vezes, a produção irreverente faz lembrar dos filmes do cinema francês que, geralmente, são inusitados e sobre dramas de pessoas comuns, o que cria uma rápida conexão do público com os personagens.

Conforme os encontros acontecem, descobre-se mais do que a vida sem-graça de casada de Nancy. E é justamente tal avanço da senhora que acaba irritando Leo, um rapaz que diz para a mãe trabalhar numa plataforma de petróleo. "Boa Sorte, Leo Grande" circula pelas fantasias. Não somente das sexuais, mas também das inventadas para mostrar ser quem não é. Vale a pena conferir!



Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.



Filme: "Boa Sorte, Leo Grande" ("Good Luck to You, Leo Grande")

Duração: 1h37

Gênero: comédia dramática

Diretora: Sophie Hyde

Classificação: 16 anos

Elenco: Emma Thompson, Daryl McCormack, Isabella Laughland, Les Mabaleka, Charlotte Ware, Lennie Beare e Carina Lopes. 


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

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.: Entrevista: Mimi Wankenne canta o sertão em música que vem da alma

"Não existe vida sem música", afirma a artista que canta o sertão nordestino.

Por Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando. 

Cantora e compositora brasileira, Mimi Wankenne, vem se destacando no cenário musical nacional. Ela acaba de lançar “Sertão nos Olhos Meus” - trabalho em que o sertão inteiro atravessa a visão delicada e a voz de sereia desta artista ímpar e peculiar tamanho é a originalidade do timbre de voz inconfundível e a essência do talento que ela carrega.

O sertão de Luiz Gonzaga e Dominguinhos é reinterpretado nesse trabalho, en que a música regional se mistura com a atmosfera urbana de Mimi Wankenne. Permeadas pela delicadeza da voz da artista, as participações especiais de Mestrinho na sanfona e Jaques Morelenbaum no violoncelo encontram a percussão moderna de Marcos Suzano, o Wurlitzer de Agenor de Lorenzi e a harmonia dos graves de Ebinho Cardoso. É, sem dúvida, um novo olhar à terra ardente sertão, tão sensível quanto inusitado. A voz de Mimi Wankenne é a esperança de um novo Brasil.

Resenhando.com - O que representa a música em sua vida?
Mimi Wankenne - 
Música é o meu respiro embaixo d’água. Meu alívio à dor. 

Resenhando.com - Como e quando começou a cantar?
Mimi Wankenne -
Aos oito anos minha melhor amiga tocava e cantava uma melodia clássica no violão no corredor externo do apartamento onde eu morava em São Paulo. Meus pelos levantaram quando eu cheguei pelo elevador, e eu sorri. Precisava fazer aquilo também: tirar som do instrumento, cantar e ver o milagre da música entrando nas portas e ouvidos, como entrara nos meus. Comecei a tocar e violão, depois cantar e foi um caminho sem volta. 

Resenhando.com - Como se dá o processo de seleção para as músicas que canta? 
Mimi Wankenne -
Por muito tempo meu apego maior era mais com a melodia e a harmonia. Eu cantava pelo som. Depois que deixei o Brasil, em 2012, e fui morar fora isso mudou. Fui arrastada por uma nova necessidade, de enraizamento, que ia além do som e precisava de palavras e explicação. Apareceu então pra mim um novo Brasil, com novos ritmos e poesia, suprindo um vazio e me trazendo a sensação de pertencimento.


As músicas precisam dizer algo a você, ou passar alguma mensagem que você gostaria de comunicar?
Mimi Wankenne - 
Hoje eu busco letra sim, expressão, mensagem e o som.

Resenhando.com - Na hora de escolher uma canção, qual é a mensagem que você prioriza? 
Mimi Wankenne - 
Priorizo os sentimentos que mais pulsam e precisam sair de mim: amor, tristeza, solidão e dor. 

Resenhando.com - Quem são as suas referências na música? 
Mimi Wankenne - 
Quando criança ouvia os álbuns em vinil do Nenhum de Nós e Balão Mágico. A raiz mineira e caipira da minha mãe e a influência latina de Mercedes Sosa e da música country e pop americana do meu pai europeu também sempre estiveram presente. Mais tarde descobri a bossa de João (Gilberto), (Tom) Jobim e da Rosa (Passos), a música popular de (Gilberto) Gil, Chico (Buarque) e Caetano (Veloso) e o sertão regional de Dominguinhos e Luiz Gonzaga, com uma pitada do jazz de Miles (Davis) e Ella (Fitzgerald). Foi tudo pro caldeirão. 


Resenhando.com - Qual é o papel da música no Brasil de hoje? 
Mimi Wankenne - 
Acho que a música no Brasil vai além do entretenimento, está na nossa raiz cultural, faz parte da vida de cada brasileiro, é uma necessidade. A gente tem uma canção para cada momento da vida, para cada encontro, evento, candidato, escola, confraternização. Nós nos identificamos com as vozes, com os artistas. Sofremos, dançamos e confraternizamos com música, desde os nossos índios e escravos africanos até os dias de hoje. Não existe vida sem música aqui. 


Resenhando.com - É possível viver de música no Brasil?
Mimi Wankenne - 
É possível sim, claro. Não é fácil, mas nada é, não é mesmo? O mercado é grande e a demanda também.

Resenhando.com - Para você, quais as características separam uma música boa de uma ruim?
Mimi Wankenne - 
Não sei muito falar de música ruim… Já a boa, pra mim, é aquela que vem de dentro. 


Resenhando.com - Você tem algum talento oculto? 
Mimi Wankenne - 
Não me considero uma pessoa com muitos talentos… mas desde pequena gosto de drible e bola, jogo bem futebol e adoro fotografia.


Resenhando.com - Se pudesse escolher somente uma música para ouvir para o resto da vida, qual seria e por quê?
Mimi Wankenne - 
Nossa, não faz isso comigo! Uma música só para o resto da vida??? Não!!!!!


Resenhando.com - Por que cantar o sertão nordestino?
Mimi Wankenne - 
Sempre gostei do nordeste, dos ritmos e das histórias sofridas cantadas com a alegria do sertão. No início da pandemia comecei um curso on-line de forró com o Sandro Haick, um músico multiinstrumentista que trabalhou muito tempo com Dominguinhos. Ele nos apresentou além daquele nordeste que eu conhecia, contou inúmeras histórias que viveu ao lado de Dominguinhos, dos shows, da vida, das composições. Foi inevitável cantar o sertão e experimentar uma nova leitura dele depois desses encontros.


Resenhando.com - O que Luiz Gonzaga e Dominguinhos ainda têm a dizer no Brasil de hoje?
Mimi Wankenne - 
Eles vão ter a dizer sempre, levaram para todo o nosso país a cultura musical do nordeste e popularizaram com a sanfona, a zabumba e o triângulo ritmos como baião, xote, xaxado, forró, pé de serra… Essa parte do Brasil a gente vai sempre querer cantar e honrar. 


Resenhando.com - Quem é a Mimi Wankenne, pela própria Mimi Wankenne?
Mimi Wankenne - 
Mimi é artista, sensível, expatriada, inquieta e em constante transformação. Vive rodando pelo mundo, morou no Brasil, na China e nos Estados Unidos. Carrega sempre uma mala de dúvidas e precisa das raízes e de muita música para sobreviver. Queria ser mais, mas tento ser feliz com o que sou. 


+ Mimi Wankenne
Ouça aqui: https://tratore.ffm.to/sertao
Veja mais: http://bit.ly/mimiwankenne

.: Diogo Bercito recebe Chico Felitti no lançamento de seu primeiro romance

Diogo Bercito lança "Vou Sumir Quando a Vela se Apagar" na livraria Megafauna, em São Paulo. Foto: André Porto

Na última quinta-feira, 21 de julho, Diogo Bercito esteve na livraria Megafauna, no Edifício Copan, em São Paulo, para o lançamento de seu primeiro romance, "Vou Sumir Quando a Vela se Apagar", publicado pela editora Intrínseca. Na abertura da programação, o autor participou de um bate-papo com o jornalista Chico Felitti, do podcast  "A Mulher da Casa Abandonada", atraindo vários leitores.

Na conversa, Diogo deu mais detalhes sobre o processo de criação do livro, cuja ideia surgiu da necessidade de se reconectar com uma parte da história de sua família, mas acabou tomando outro rumo. Ao mergulhar nos temas abordados na trama, o autor falou sobre a imigração de sírios e libaneses para São Paulo na década de 1930, e também sobre a homossexualidade do protagonista e como a atração entre seus personagens surgiu naturalmente durante a escrita. Em seguida, realizou uma sessão de autógrafos.

Sobre o livro:
Yacub e Butrus, de menos de 20 anos, são amigos inseparáveis que vivem em um pequeno vilarejo na Síria durante a ocupação francesa, na primeira metade do século XX. Construída ao longo de anos entre o trabalho árduo no campo, conversas à sombra de uma árvore e baforadas de cigarro, a relação entre os dois aos poucos vai ganhando novos contornos.

Tão logo percebem essa mudança, Butrus recebe um convite do tio: emigrar para o Brasil, onde ele já fixara residência. Mas a promessa de prosperidade do outro lado do mundo é abruptamente interrompida por uma tragédia, que para os médicos foi provocada por uma doença, mas, para Yacub, resultou da ação de um jinni - ser mitológico muito presente no imaginário árabe, capaz de fazer o bem e o mal.

É nesse momento que a instigante história de "Vou Sumir Quando a Vela se Apagar", que chegou às livrarias neste mês de julho, pela Intrínseca, aporta em um novo cenário: a efervescente São Paulo do início dos anos 1930, uma cidade em transformação, ponto de atração de pessoas de diferentes partes do mundo. Em um ambiente marcado pela vontade de se estabelecer e pela infinidade de futuros possíveis, o passado cisma em se fazer presente para o imigrante, que tem sonhos cada vez mais vívidos tendo o jinni como figura persecutória.

O profundo conhecimento da cultura e da história dos povos árabes, que norteou o autor em seu livro de não ficção, Brimos, sobre a imigração de sírio-libaneses no Brasil e sua trajetória até a política brasileira, agora está a serviço do romance que marca a estreia de Diogo Bercito na ficção. Seu admirável domínio da escrita revela-se na capacidade de criar diálogos e cenas com alta voltagem dramática, em que o implícito e o não dito pesam mais do que qualquer palavra. Vou sumir quando a vela se apagar é um emocionante romance sobre amor, identidade e autodescoberta, que explora as dificuldades de lidar com os desejos e, sobretudo, a capacidade de tomar para si as rédeas do próprio destino. Você pode comprar o livro  "Vou Sumir Quando a Vela se Apagar", de Diogo Bercito, neste link.

O que disseram sobre o livro

“Este romance é mel e sangue na mesma medida. Saio dele apaixonado.” - Chico Felitti

“Quem ganha somos nós, leitores, com essa estreia literária singular e inventiva.” -  Antônio Xerxenesky


"Vou Sumir Quando a Vela se Apagar" é o primeiro romance de Diogo Bercito. Foto: André Porto. Foto: Renato Parada


Sobre o autor
Diogo Bercito nasceu em São Paulo em 1988. É formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em estudos árabes pela Universidad Autónoma de Madrid e pela Universidade Georgetown, na qual cursa um doutorado em história com especialização na história do oriente médio. Colabora com a Folha de S.Paulo e escreve sobre literatura árabe e israelense para a revista "Quatro Cinco Um". É autor das HQs "Remy" e "Rasga-Mortalhas" - esta, indicada ao Prêmio Jabuti na categoria Histórias em Quadrinhos. Também publicou o livro de não ficção "Brimos", que aborda a participação de imigrantes sírios e libaneses e seus descendentes na política brasileira.

Livro: "Vou Sumir Quando a Vela se Apagar"
Autor: Diogo Bercito
Editora:
 Intrínseca
Páginas: 216
Link na Amazon: https://amzn.to/3OpbkBT

Diogo Bercito e Chico Felitti conversam sobre os temas de "Vou Sumir Quando a Vela se Apagar". Foto: André Porto

.: Livro propõe olhar para a criança sem vê-la como protótipo de adulto


A Ubu Editora lança o livro "Processos de Amadurecimento e Ambiente Facilitador: Estudos sobre a Teoria do Desenvolvimento Emocional", de Donald Winnicott. Esta obra fundamental em psicanálise de crianças reúne ensaios sobre o amadurecimento escritos entre 1958 e 1963, e põe em evidência uma característica distintiva da abordagem do psicanalista britânico: a capacidade de olhar para a criança em seus próprios termos, sem vê-la como mero protótipo para o adulto.

O desenvolvimento de um senso moral e da capacidade de suportar a solidão; a relação entre falta de espontaneidade e psicopatologia; o papel central do cuidado no desenvolvimento do indivíduo; os desejos opostos da criança de se comunicar e se isolar; as especificidades da psicanálise infantil - todas essas questões são examinadas com base no trabalho clínico que Winnicott realizou ao longo de décadas, com pacientes bebês, crianças e adolescentes. Você pode comprar o livro: "Processos de Amadurecimento e Ambiente Facilitador: Estudos sobre a Teoria do Desenvolvimento Emocional", de Donald Winnicott, neste link.


Sobre o autor
Donald Winnicott foi um pediatra e psicanalista. Estudou biologia e depois medicina na Universidade de Cambridge, onde se formou em 1920. Em 1923, foi contratado pelo hospital infantil Paddington Green - onde trabalhou pelos 40 anos seguintes - e se casou com a artista plástica Alice Taylor e começou sua análise pessoal com o Dr. James Strachey, tradutor da edição Standard das obras de Sigmund Freud para o inglês.

Em 1927, começou sua formação analítica na Sociedade Britânica de Psicanálise. Publicou seu primeiro livro em 1931, "Clinical Notes on Disorders of Childhood" ("Notas Clínicas Sobre Distúrbios da Infância"). Pouco depois, iniciou uma nova análise pessoal, dessa vez com Joan Riviere. Em 1934, concluiu sua formação como analista de adultos e, em 1935, como analista de crianças.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Winnicott trabalhou com crianças que haviam sido separadas de suas famílias e evacuadas de grandes cidades. Com o fim da guerra, foi contratado pelo Departamento Infantil do Instituto de Psicanálise de Londres, onde atuou por 25 anos. Após um casamento conturbado, divorciou-se de Alice Taylor em 1949, casando-se em 1951 com a assistente social Clare Britton. 

Foi presidente da Sociedade Britânica de Psicanálise por duas gestões, membro da Unesco e do grupo de especialistas da OMS e professor no Instituto de Educação da Universidade de Londres e na London School of Economics. Publicou em vida 11 livros e centenas de artigos. Entre 1943 e 1962, realizou cerca de 50 programas sobre maternidade na rádio BBC de Londres. Em 2016, a Oxford University Press publicou sua obra completa em 12 volumes.


Livro: "Processos de Amadurecimento e Ambiente Facilitador: Estudos sobre a Teoria do Desenvolvimento Emocional"
Autor: Donald Winnicott
Editora: Ubu
Texto de orelha: Ana Lila Lejarraga
Páginas: ‎368
Dimensões: 14 x 3 x 21 cm
Link na Amazon: https://amzn.to/3PPYxd2

.: "Além da ilusão": resumo dos capítulos de 25 a 30 de julho de 2022

 

A química arrebatadora entre os personagens Isadora (Larissa Manoela) e Davi (Rafael Vitti) na novela escrita por Alessandra Poggi. Foto: Globo/Victor Pollak

Na novela das 18h, "Além da Ilusão", o público acompanha a história de Davi (Rafael Vitti) e Isadora (Larissa Manoela), em uma viagem ao Brasil das décadas de 1930 e 1940, marcado por tempos de profundas mudanças. A novela é escrita por Alessandra Poggi e tem direção artística de Luiz Henrique Rios. Confira os resumos dos capítulos de 18 a 23 de julho de 2022, sujeitos a mudanças em função da edição da novela. O Resenhando.com tem um grupo para comentar a novela das seis - entre e fique à vontade para participar!

Capítulo 145
Letícia desmaia ao constatar que Bento está vivo. Bento acredita ter sido traído por Lorenzo. Letícia pede um tempo para Lorenzo. Eugênio se preocupa com a reação de Joaquim ao pedido de desquite de Isadora. Isadora comenta com Davi que Matias guarda o processo de Elisa em casa. Bento briga com Lorenzo. Joaquim se afasta de Iolanda. Isadora vê fotos do processo e afirma que houve uma confusão com as armas do crime de Elisa. Olívia revela a Tenório que está organizando uma manifestação pela soltura dos presos políticos. Giovanna confessa a Lorenzo que queimou a carta de Bento. Bento procura Letícia.


Capítulo 146
Letícia afirma a Bento que ele estragou o romance dos dois. Isadora confronta Joaquim e mostra a foto dele com Iolanda para comprovar seu adultério. Enrico e Emília se preparam para o golpe final do cassino. Mariana vê quando Santa e Arminda armam para transformar Inácio em sheik e enganar Constantino e Julinha. A mando de Joaquim, Iolanda segue Davi para conseguir os negativos da foto dos dois. Matias provoca uma confusão na manifestação organizada por Olívia pela liberdade dos presos políticos. Iolanda flagra Davi com seus livros sobre mágica. Olívia é atingida por um tiro na manifestação.
 

Capítulo 147
Matias, Heloísa, Fátima e Benê se desesperam ao verem Olívia desmaiada. Tenório implora para ver Olívia. Letícia descobre que Giovanna queimou a carta de Bento para Lorenzo. Iolanda promete descobrir a verdade sobre Davi. Bento e Lorenzo confrontam Giovanna. Heloísa e Matias têm uma discussão sobre Olívia, mas disfarçam quando Violeta chega. Todos se desesperam por notícias de Olívia. Mariana ameaça Santa e Arminda e consegue seu programa na rádio de volta. Joaquim denuncia a prática do ateliê de Isadora para Salvador. Pressionada, Heloísa confirma a todos que Matias é o pai de Olívia.
 

Capítulo 148
Heloísa promete explicar tudo para Violeta, que fica incrédula. Matias doa sangue para Olívia. Letícia escolhe ficar com Lorenzo. Elias anuncia que a cirurgia de Olívia foi um sucesso. Heloísa conversa com Violeta. Isadora e Davi se revoltam quando o ateliê da estilista é fechado por causa de Joaquim. Lorenzo e Letícia contam a Bento que decidiram permanecer casados. Olívia desperta da cirurgia. Violeta confronta Matias. Olívia questiona Matias sobre a morte de Elisa. Joaquim tranca Isadora em sua casa.


Capítulo 149
Úrsula se preocupa com o rompante de Joaquim. Matias nega para Olívia que tenha envolvimento na morte de Elisa e ameaça Heloísa. Onofre confronta Abel sobre a denúncia na participação de Lucinha no time de futebol. Matias tem um surto e Elias intervém. Heloísa pede que Olívia se afaste de Matias. Eugênio conforta Violeta, que sofre com a traição de Matias e Heloísa. Joaquim se desentende com Abel, que promete vingança. Davi liberta Isadora e todos denunciam a atitude de Joaquim. Leônidas conhece Nise da Silveira e apresenta Matias para a psiquiatra. Salvador dá voz de prisão a Enrico e Emília. Joaquim flagra Davi e Isadora juntos.
 

Capítulo 150
Joaquim ameaça Davi com uma arma, e Heloísa intervém. Emília pede que Cipriano diga a Jojô que ela o ama. Arminda coroa Margô como a nova rainha da rádio. Davi agradece Heloísa por tê-lo salvado de Joaquim. Lorenzo e Letícia percebem o clima entre Cipriano e Giovanna. Enrico chantageia Joaquim para conseguir um advogado. Violeta discute com Eugênio por conta de Joaquim. Abel ameaça brigar com Úrsula se Joaquim não lhe der dinheiro. Lisiê conta a Tenório sobre o estado de Olívia. Elias revela que Olívia não poderá engravidar. Úrsula atira contra Abel.

sexta-feira, 22 de julho de 2022

.: Graziela Medori e Alexandre Vianna revisitam o Clube da Esquina em CD


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

A cantora Graziela Medori se uniu ao músico Alexandre Vianna para produzir um disco com canções que marcaram um dos principais movimentos da nossa MPB: o Clube da Esquina. O resultado foi este "Nossas Esquinas" (gravadora Kuarup), que apresenta momentos intensos e de puro feeling, superando todas as expectativas.

O título explica bem a intenção do disco. Representa um novo olhar da intérprete e do músico sobre o cancioneiro consagrado por nomes como Milton Nascimento, Lô Borges,  Elis Regina e tantos outros. Para quem não conhece, Graziela Medori é filha da cantora Claudya e do músico Chico Medori. E ela faz valer a velha máxima de “filho de peixe, peixinho é”. Tem uma voz forte e afinada que se sentiu totalmente à vontade nas melodias consagradas pelo Clube da Esquina.

Não posso deixar de destacar o trabalho de Alexandre Vianna, um jovem músico que conseguiu produzir arranjos com uma maestria digna de um músico veterano. O segredo dele está na preocupação em fazer os trabalhos com foco em Graziela, valorizando a intérprete com arranjos que soam aparentemente simples, mas que na verdade exigem uma boa dose de musicalidade e sensibilidade (ou feeling, como alguns preferem chamar).

Destacaria as releituras de "O que Foi Feito Devera", "San Vicente", "Canoa Canoa" e "Cravo e Canela" (que começa com o vocal à capela de Graziela). Mas mesmo nas faixas menos conhecidas, como "Dos Cruces" e "Ao Que Vai Nascer", Graziela se supera ainda mais, mostrando seu poder de fogo como intérprete.

O CD "Nossas Esquinas" comprova a força perene das canções daquele grupo de músicos lá de Minas Gerais no início dos anos 70. E além disso, apresenta uma cantora e um músico que vão conquistando seu espaço na música. Com qualidade acima da média.

"O Que Foi Feito Devera"

"Cravo e Canela"

"San Vicente"

.: Hillary e Chelsea Clinton celebram mulheres corajosas em "Gutsy"


A Apple TV+ anuncia “Gutsy”, a esperada série documental em oito episódios que acompanha Hillary Rodham Clinton e Chelsea Clinton ao celebrarem as mulheres corajosas que as inspiram, com estreia em 9 de setembro. A série mostra Hillary e Chelsea como você nunca viu antes, revelando seu vínculo especial entre mãe e filha e a maneira única e multigeracional com que abordam as questões importantes e oportunas destacadas em cada episódio. 

Baseada no livro best-seller do jornal The New York Times “The Book of Gutsy Women”, de autoria das Clinton,  a série em oito episódios apresenta conversas íntimas com mulheres pioneiras, incluindo extraordinárias, corajosas e resilientes, que causaram impacto em sua comunidade e no mundo, incluindo a empresária e influenciadora Kim Kardashian, a rapper Megan Thee Stallion, a primatologista e antropóloga Dr. Jane Goodall, a jornalista Gloria Steinem, a comediante e ativista Wanda Sykes, a comediante Amy Schumer, as atrizes (mãe e filha) Goldie Hawn, Kate Hudson e muitas mais heroínas do cotidiano que mostram ao público o que é realmente ser corajosa. 

Produzida para a Apple pela HiddenLight Productions em associação com a Left/Right LLC, “Gutsy” tem produção executiva de Hillary Clinton e Chelsea Clinton, ao lado de Johnny Webb, Siobhan Sinnerton, Roma Khanna, Ken Druckerman, Banks Tarver e Anna Chai, que também é showrunner, com os produtores Kevin Vargas e Claire Featherstone e os produtores consultores Huma Abedin e Bari Lurie. “Gutsy” junta-se a uma série crescente de documentários aclamados e premiados na Apple TV+.

.: Grátis: "Shangri-Lá, Uma Distopia Tecnobrega" na Praça do Patriarca

Escrita e dirigida por André Sun, a peça de máscaras balinesas narra a saga de boêmios que armam um plano mirabolante para salvar um amigo preso por ordem de um rei autoritário. Tudo acontece ao som de clássicos e novos hits do brega nacional, cantados ao vivo pelo elenco. Serão cinco apresentações gratuitas


A resposta de um grupo de boêmios aos desmandos de um rei autoritário é o mote do espetáculo de rua e máscaras balinesas "Shangri-Lá, Uma Distopia Tecnobrega", que tem concepção, direção e dramaturgia de André Sun. A peça estreia na Praça do Patriarca, em uma minitemporada com cinco apresentações gratuitas nos dias 1º, 3, 4, 8 e 10 de agosto, às 16h. Fazem parte do elenco Amanda Schmitz, Ana Pessoa, Marcelo Moraes e Mariana Rhormens, todos integrantes do grupo Desembargadores do Furgão.

A montagem foi criada com a estrutura de um canovacci italiano, uma espécie de roteiro para os espetáculos de máscara da clássica Commedia Dell’Arte. Nessa linguagem, a descrição de cada quadro da narração serve como suporte para a representação, que é desenvolvida a partir do improviso.

A trama se passa em um futuro não tão distante no reino de Déjà Vans y Bregança, que há algum tempo era conhecido como Brasil – mas tornou-se uma terra infértil. Lá, quem manda é um rei autoritário que manda prender Jonas, um pregador sensível em busca de fiéis para a sua nova religião.

Quando sabem que o amigo foi capturado, os amigos Doutor Bongol, Juana, Panasar, Wijil e o DJ Max armam um plano para libertá-lo. Primeiro, eles tentam uma negociação pacífica; depois, partem para uma tentativa violenta; e, em seguida, armam uma nova estratégia. Todos são boêmios que frequentam o Shangri-Lá, uma espécie de boteco, pensão e karaokê, onde clientes e funcionários se confundem. Lá é um dos últimos redutos de sossego nesse país autoritário. 

“Apesar das dificuldades cotidianas e da repressão institucional, essas pessoas comuns estabelecem laços de solidariedade e se unem em prol de uma causa, em oposição à lógica individualista que muitas vezes rege os detentores de poder. Assim, o espetáculo põe em foco e homenageia as pessoas que, para resistir às arbitrariedades, burocracias e violências de um sistema disfuncional e desigual, lançam mão de uma série de práticas e gambiarras para sobreviver e ajudar umas às outras. Queremos celebrar a rua, ao promover a fruição coletiva e diversa que só ela possibilita”, revela o diretor André Sun.

Para transportar o espectador a essa realidade distópica, a cenografia da peça, criada por Maria Zuquim, é composta por um carrinho que os atores manipulam em cena, simulando um karaokê e um paredão de som. Os intérpretes se revezam em cena ao dar vida aos vários personagens – tanto os frequentadores do bar quanto às figuras do Governo. Para diferenciar esses dois grupos, o elenco vai retirando as máscaras e adicionando elementos ao figurino, idealizado por Cesar Póvero.

E, segundo o diretor, “a encenação é construída na articulação dos múltiplos universos tratados: as máscaras balinesas e sua alta estilização e a intensidade corporal; a violência e crueza das distopias pós-apocalípticas; e o brega enquanto matriz musical, estética e sentimental”.


Sinopse
"Shangri-Lá, Uma Distopia Tecnobrega" é um espetáculo de rua e de máscaras balinesas, ambientado em um futuro não tão distante e no também não tão distante Reino de Déjà Vans y Bregança. A comédia é centrada nos frequentadores do Shangri-Lá, misto de boteco, pensão e karaokê em que funcionários e clientes se confundem, na cumplicidade típica dos boêmios. O bar é a única válvula de escape para sobreviverem aos desmandos autoritários do Rei, e se em geral o grupo faz de tudo para passar despercebido pelo poder, a prisão arbitrária de um antigo amigo os faz desafiar o sistema vigente, tramando um audacioso plano para resgatar o colega.

Ficha técnica
Concepção, direção e dramaturgia:
André Sun
Elenco: Amanda Schmitz, Ana Pessoa, Marcelo Moraes e Mariana Rhormens
Direção de arte: Antonio Apolinário
Figurino: Cesar Póvero
Costura: Rusmarry Oliveira de Araújo
Cenografia: Maria Zuquim
Assistente de direção: Artur Mattar
Produção: MoviCena Produções - Karina Cardoso 
Apoio: Desembargadores do Furgão
Direção musical, trilha original e operação de som: Max Huszar
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Projeto gráfico: Gabriela Platy Madureira
Agradecimentos: Alex Sun, Aline Olmos, Elvira Gago, Lucas Laureno, Luiz Antonio Farina e Tadeu Amaral.
Dedicado a Mario Santana.


Serviço
"Shangri-Lá, Uma Distopia Tecnobrega", de André Sun
Apresentações:
dias 1º, 3, 4, 8 e 10 de agosto, às 16h
Praça do Patriarca - Praça do Patriarca, s/n.º, Centro
Ingressos: grátis, basta chegar
Classificação: livre (indicado para pessoas a partir de 10 anos)
Duração: 60 minutos 

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