terça-feira, 12 de agosto de 2025

.: "Os Roses": Benedict Cumberbatch e Olivia Colman em remake de clássico


Por Helder Moraes Miranda, especial para o portal Resenhando.com. 

Protagonizado por Benedict Cumberbatch e Olivia Colman, o filme “Os Roses: até Que a Morte os Separe” é a nova versão do clássico dos anos 80 e estreia nos cinemas brasileiros em 28 de agosto. Dirigido por Jay Roach e com roteiro de Tony McNamara, o longa é uma releitura de “A Guerra dos Roses” (1989), inspirado no livro de Warren Adler, e aposta em uma abordagem contemporânea para explorar a linha tênue entre amor e rivalidade.

O original, dirigido por Danny DeVito, tornou-se um marco das comédias politicamente incorretas. Estrelado por Michael Douglas e Kathleen Turner - com DeVito também no elenco -, “A Guerra dos Roses” narrava o processo de degradação de um casamento aparentemente perfeito, que se transformava em uma disputa cada vez mais cruel e física. Com cenas icônicas, diálogos afiados e uma estética exagerada para mostrar a escalada do ódio, o filme conquistou crítica e público, sendo lembrado como uma das sátiras mais ácidas sobre relações conjugais no cinema. A produção rendeu três indicações ao Globo de Ouro e consolidou seu status de cult ao longo das décadas.

Na nova versão, Theo e Ivy Rose, vividos por Cumberbatch e Colman, também aparentam ter a vida perfeita: carreiras de sucesso, um casamento apaixonado e filhos adoráveis. Ele, um arquiteto prestes a conquistar reconhecimento internacional; ela, uma chef em ascensão. No entanto, quando o grande projeto de Theo fracassa e destrói sua reputação, enquanto o restaurante de Ivy alcança fama e prestígio, o equilíbrio da relação se rompe. O que antes era companheirismo dá lugar a uma competição implacável, alimentada por ressentimentos ocultos e ironias cortantes.

O diretor Jay Roach descreve o tom do filme como “basicamente a vida real”, utilizando o humor para tratar de momentos difíceis. “Esse filme explora como a linguagem do amor pode se transformar de uma provocação para um ataque - e às vezes, é difícil distinguir uma coisa da outra”, afirma. McNamara acrescenta que, na sociedade atual, forças externas como o sistema capitalista empurram as pessoas em direções diferentes, o que “não favorece um casamento feliz”.

Para Olivia Colman, o roteiro de McNamara encontra um equilíbrio raro: “Tony escreve com um humor seco e anárquico. Você ri e, de repente, ele quebra seu coração”. Já Cumberbatch destaca a humanidade da história: “É um roteiro divertido, criativo e cheio de falhas humanas. Esse filme mostra duas pessoas que se amam, mas que são disfuncionais e enfrentam um obstáculo enorme”.

Mais do que apenas mostrar um casamento em ruínas, “Os Roses: até Que a Morte os Separe” investiga padrões de comportamento, expectativas sociais e os desafios de manter uma conexão genuína diante de pressões externas. Para o produtor Adam Ackland, “essa tinha que ser uma reimaginação completa, não um remake”. O resultado é uma mistura de comédia e tragédia, conduzida por personagens complexos e conflitos emocionais que vão do encantamento inicial aos limites extremos de uma relação marcada pelo ressentimento. “Esse é um filme com momentos engraçados, mas, no fundo, é uma tragédia. Uma quase shakespeariana”, resume Roach.

O elenco reúne ainda Andy Samberg, Allison Janney, Belinda Bromilow, Ncuti Gatwa, Sunita Mani, Zoë Chao, Jamie Demetriou e Kate McKinnon. Produzido pela Searchlight Pictures, o longa conta com a participação de Cumberbatch e Colman também como produtores executivos. “Os Roses: Até Que a Morte os Separe” estreia em 28 de agosto nos cinemas brasileiros.

As diferenças entre o clássico e a nova versão de “Os Roses”
Uma das principais diferenças entre as duas versões está no ponto de vista e na construção dos personagens. Enquanto o longa de 1989 abraçava o exagero e a caricatura para amplificar o absurdo da guerra conjugal, a nova adaptação aposta em um tom mais realista, ainda que temperado pelo humor ácido. 

A rivalidade entre os protagonistas surge menos da teatralidade e mais de pressões sociais contemporâneas, como a busca por sucesso profissional, a desigualdade de reconhecimento e o impacto da vida pública nas relações íntimas. Outro diferencial é que o roteiro de McNamara aprofunda a humanidade dos protagonistas, revelando momentos de fragilidade e conexão que tornam o embate ainda mais doloroso.

Uma curiosidade é que McNamara e Roach decidiram preservar a essência ácida e desconfortável que tornou o filme de 1989 inesquecível, mas substituíram os grandes gestos destrutivos por conflitos mais sutis, verbais e psicológicos, que espelham as formas modernas de desgaste conjugal. A estética também mudou: se o original usava uma casa luxuosa como palco para a guerra, aqui os ambientes refletem as conquistas profissionais e o estilo de vida atual, funcionando como extensão da disputa entre Theo e Ivy.

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