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terça-feira, 14 de janeiro de 2025

.: Caio Tozzi e Rentz lançam “Charles e a Garota que Não Gostava Dele” em SP


No dia 25 de janeiro, feriado em São Paulo, a livraria Martins Fontes da Avenida Paulista vai se transformar no ponto de encontro dos fãs de “Charles e a Garota que Não Gostava Dele”. Das 16h00 às 18h00, o autor Caio Tozzi e o ilustrador Rentz estarão presentes para uma tarde de autógrafos cheia de diversão, histórias e desenhos incríveis.

Publicado pela editora Melhoramentos, o livro conta a história de Charles, um garoto de 13 anos que nunca havia pensado em se apaixonar, até que uma cena na arquibancada da escola muda tudo. Entre videogames, trocas de figurinhas com seu melhor amigo e partidas de futebol, Charles vai precisar lidar com novas emoções, amizades e muita confusão.

“Escrever para o público infantojuvenil é como construir uma ponte entre mundos – o da infância, cheio de descobertas, e o da adolescência, repleto de emoções intensas. 'Charles e a garota que não gostava dele' nasceu desse desejo de contar uma história verdadeira, divertida e, ao mesmo tempo, sensível. Quis trazer à tona aquelas emoções que todos nós já sentimos, mas usando de uma narrativa leve e envolvente, que respeita o olhar único dessa fase da vida", conta Caio Tozzi. Compre o livro “Charles e a Garota que Não Gostava Dele” neste link.

Sobre o autor
Caio Tozzi
é escritor, roteirista e jornalista. Já publicou vários livros juvenis premiados, incluindo "Sala 1208" e "Super-Ulisses", finalistas do Prêmio Jabuti em 2022. Ele também é criador do podcast #MOCHILA, em que aborda histórias para jovens leitores.

Sobre o ilustrador
Rentz é apaixonado por quadrinhos e ilustração desde criança. Já desenhou para livros, revistas e campanhas no mundo todo, sempre trazendo personagens cheios de vida e expressão.


Serviço

Tarde de Autógrafos do livro “Charles e a Garota que Não Gostava Dele"
Dia 25 de janeiro de 2025, das 16h00 às 18h00
Local: Mezanino da Livraria Martins Fontes
Av. Paulista, 509 – Bela Vista / São Paulo
Participantes: Caio Tozzi (autor) e Rentz (ilustrador)
Entrada gratuita
Compre o livro neste link.

.: Rebeca Luz, autora de "Artefatos de Sangue", desvenda a narrativa distópica


A escritora Rebeca Luz lança "Artefatos de Sangue", uma ficção distópica na qual uma nação vive num mundo caótico após o planeta ter sido assolado por uma guerra biológica. Foto: Bruna Montanari


Ao abordar temas que permeiam a vida em sociedade, a escritora Rebeca Luz destaca como a ficção distópica pode incentivar um pensamento crítico. Em "Artefatos de Sangue", primeiro volume de uma trilogia, a autora traz uma trama onde o planeta, devastado por uma guerra biológica, se resume à opressiva nação de Alliance.

Na busca pela liberdade, os personagens enfrentam um governo ditatorial, perigos dos rebeldes e monstros mutantes. A obra apresenta um universo repleto de seres mágicos, disputas pelo poder e reflexões sobre o impacto das decisões políticas. Nesta entrevista, Rebeca detalha como foi o processo criativo e as inspirações. 

Rebeca Luz é licenciada em Letras - Habilitação em Português pela Univesp e pós-graduanda em Escrita Criativa e Carreira Literária pela Faculdade LabPub. Trabalhou como professora de Língua Portuguesa, Espanhol e Técnicas de Redação e preparadora de textos. Iniciou a carreira literária escrevendo contos para antologias e para a Amazon. Gosta de dizer que se dedica à escrita de ficção com mulheres fortes, realidades alternativas, mundos mágicos e jornadas épicas. Artefatos de Sangue é sua sexta publicação. Compre o livro "Artefatos de Sangue", de Rebeca Luz, neste link.

Você se descreve como uma escritora arquiteta. O que isso significa?
Rebeca Luz - A escrita é uma construção. A inspiração no projeto é boa e bem-vinda, mas o que conta mesmo é o planejamento. Acho importante ter uma boa “base de mundo”, conhecer sobre o que escrevo, principalmente quando utilizo um universo de fantasia que as pessoas ainda não conhecem. É um processo longo, que exige muito foco, pesquisa, atenção, mas não é dispensável. Quando o escritor se esforça para construir um mundo e uma premissa que faça sentido, que seja verossímil e, ao escrever, a desenvolva bem, o leitor tem a oportunidade de imergir na narrativa e conhecer o lado “divertido” da história sem furos.


Em "Artefatos de Sangue" você aborda temas complexos como um governo ditatorial e uma nação dizimada. Quais as dificuldades em escrever sobre esses temas?
Rebeca Luz - É bem complexo. Na época em que eu escrevia "Artefatos de Sangue", uma pandemia era algo completamente fora da realidade. Anos depois, veio a covid-19. No momento da edição, me vi com o grande desafio de falar sobre pandemia num contexto em que as pessoas sabiam o que era. Vimos muitos governos desprezando o sofrimento da população, pessoas criando fake news. Não é fácil, mas, principalmente para os jovens leitores que não leem ou assistem jornal, o escritor de distopia incentiva a criticidade e o desenvolvimento de pensamento próprio sobre quanto o governo e a sociedade têm poder sobre a nossa vida. Claro, com uma linguagem mais acessível, dinâmica e interessante para a idade, com elementos da fantasia.


Quais foram as suas inspirações para essa distopia fantástica?
Rebeca Luz - A ideia de"Artefatos de Sangue" surgiu quando eu ainda estava no início da adolescência e assisti uma reportagem sobre o sofrimento de algumas pessoas estrangeiros, que viviam nas fronteiras do Brasil. Sobre como essas elas foram expulsas pelos governos de seus países e viviam na miséria. Pensando sobre guerra, luta por território, o “poder de quem está no poder”, surgiu a ideia desse livro.


Como foi o processo de pesquisa para trazer mais veracidade aos assuntos de vírus e genética do livro?
Rebeca Luz - Eu tive a oportunidade de estudar com duas professoras de biologia, Patricia e Tatiane, que foram essenciais para que eu conseguisse dar um contexto científico para o vírus (Cólera Roja) de "Artefatos de Sangue". Foi nas aulas de biologia, falando sobre vírus, pandemias e genética, que a base de ADS foi criada e solidificada.


Para quem "Artefatos de Sangue" é recomendado? O que os leitores vão encontrar ao ler essa obra?
Rebeca Luz - "Artefatos de Sangue" é um livro para jovens e adultos entre 15 e 25 anos, mas os leitores um pouco menores podem ler sem preocupação. Tem seres mágicos, guerras por territórios, companheiros predestinados (slow burn), poder da amizade e vários elementos de fantasia em um mundo futurístico onde um governo ditatorial controla até mesmo o DNA da população. A pandemia e a cólera não são a consequência do uso de armas biológicas indiscriminadamente, gerando mutações genéticas que transformaram o DNA humano em algo além: os supra-humanos.


O que pode adiantar sobre os próximos livros da trilogia?
Rebeca Luz - Estou trabalhando na continuação e teremos uma virada impactante na jornada dos personagens. O segundo livro se passará na América do Sul. Sempre foi uma grande expectativa minha escrever um livro de fantasia que acontecesse no Brasil. Teremos um pouquinho mais de romance entre Nori e Daniel. Será uma preparação para o terceiro livro, já nos encaminhando para a conclusão dessa guerra biológica mundial que se perpetuou por séculos.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

.: Primeiro cartunista negro a ganhar o Pulitzer lança no Brasil premiada HQ


Darrin Bell
exibe o humor ácido, o talento e o espírito crítico que fizeram dele o primeiro cartunista negro a ganhar o Pulitzer. A HQ "A Conversa" ilustra situações reais vividas pelo autor. Bell reconta como tomou consciência de sua negritude e se tornou uma das vozes da luta antirracista nos Estados Unidos, e mostra como o crescimento da extrema direita liderada por Trump representa um risco à população negra no país. O livro escrito e ilustrado por Bell retrata momentos capitais da vida pública estadunidense recente, como o atentado ao World Trade Center, as eleições de Barack Obama e a primeira de Donald Trump, a pandemia de covid-19 e os protestos do movimento Black Lives Matter em repúdio aos assassinatos de George Floyd e Breonna Taylor.

A conversa foi premiado em 2023 no NAACP Image, na categoria HQ de destaque, levou o Alex Award, da American Library Association, e o Libby Award como melhor comic/graphic novel do ano, e foi indicado ao Eisner Award. Foi escolhido também como melhor livro do ano por diversos veículos, como Publishers Weekly, Time, The Washington Post, The Guardian, Publishers Lunch e Kirkus Reviews, e entrou em listas de indicações do New York Times e do Los Angeles Times, entre outros

Darrin Bell tinha seis anos quando sua mãe disse que ele não podia ter uma arminha de brinquedo. Ela temia pela segurança do filho, pois a polícia tende a enxergar crianças negras como mais velhas e menos inocentes do que elas realmente são. Aos olhos de um policial, a arminha realista na mão do pequeno Darrin poderia dar a entender que não se tratava de uma brincadeira. Mas aquela não foi uma conversa comum entre mãe e filho. Aquela foi A conversa.

Nesta HQ autobiográfica magistral, por meio de ilustrações primorosas e humor afiado, Darrin Bell reconta como A conversa moldou seu comportamento desde a infância até a idade adulta. Ao atingir a maioridade, o jovem cartunista passou por um processo doloroso de consciência sobre porque professores, vizinhos e policiais brancos o consideram perigoso.

Vigiado, ameaçado e vivendo numa Los Angeles hostil para pessoas como ele, Darrin encontra sua voz através da charge e dos quadrinhos, e devolve seus incômodos em forma de arte. Com seus cartuns que denunciam a violência policial contra pessoas negras nos Estados Unidos, Darrin nos leva até o momento em que a população foi às ruas protestar contra o assassinato de George Floyd e Breonna Taylor, em um dos momentos mais dramáticos da vida pública estadunidense, que tornou o movimento Black Lives Matter mundialmente conhecido.

Agora um profissional bem-sucedido – sendo inclusive o primeiro cartunista negro a ganhar o Prêmio Pulitzer –, Darrin revive o momento-chave que mudou sua vida e precisa decidir quando e como ele e seu filho de seis anos vão ter A conversa. Compre a HQ "A Conversa", de Darrin Bell, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Em 'A Conversa', Darrin Bell concilia sua vida pessoal e sua visão sociopolítica em uma autobiografia bem costurada que mistura honestidade, memórias e percepções poderosas sobre as relações raciais e a violência policial.” - The Washington Post

“Um cartunista vencedor do Prêmio Pulitzer revisita sua infância em Los Angeles para explorar o racismo em um nível profundamente pessoal.” - The New York Times


Sobre o autor
Darrin Bell (Los Angeles/Estados Unidos, 1975) é cartunista e quadrinista, criador das tirinhas Candorville e Rudy Park e um dos colaboradores da King Features Syndicate. Seu trabalho é publicado principalmente pelo Los Angeles Times, San Francisco Chronicle e Oakland Tribune. Em 2019, por suas charges críticas a Donald Trump, foi agraciado com o Prêmio Pulitzer. É filho de educadores, neto de um veterano da Segunda Guerra Mundial, bisneto de ex-escravizados e pai de quatro filhos pequenos. Garanta o seu exemplar da HQ "A Conversa", escrita e ilustrada por Darrin Bell, neste link.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

.: Livro "Terapeuta de Bolso", de Annie Zimmerman, promete transformação

Vinda de uma família de profissionais dedicados à saúde mental, a psicoterapeuta Annie Zimmerman conhece o poder que a terapia pode ter sobre a vida de uma pessoa. Em suas redes sociais, ela compartilha sua sabedoria com centenas de milhares de seguidores. E, agora, apresenta seu mais novo projeto, que chega às livrarias pela Intrínseca em janeiro: "Terapeuta de Bolso", um valioso guia que conduz o leitor em sua jornada de autoconhecimento e cura. Na obra, Annie ficcionaliza histórias de pacientes que foram à sua clínica com o objetivo de mostrar como é possível identificar as raízes de diversos tipos de sofrimento e, a partir disso, promover as mudanças necessárias no presente. A autora fornece ferramentas, técnicas e exercícios práticos para lidar com as angústias do dia a dia e romper com padrões nocivos de comportamento.

“Você não pode se curar se não souber o que o despedaçou”. Sob essa premissa, a dra. Zimmerman introduz a primeira parte de seu livro: o self. Nessas páginas, a autora explica, por meio de exemplos de pacientes, como os traumas que vivemos na infância moldam nossa vida adulta, mesmo que não tenhamos consciência deles. Segundo Annie, nem as famílias aparentemente mais tranquilas estão isentas de passar por situações que podem ser interpretadas como traumáticas. E entender como essas experiências nos afetaram no passado nos ajuda a compreender a raiz de diversos problemas que nos afligem, como quadros de ansiedade, depressão, pânico, dependência e baixa autoestima. Além disso, Annie explica que os sintomas físicos são reflexos de sofrimentos mentais, e mostra como podemos entender os sinais que o corpo oferece quando há algo errado.

Na segunda parte do livro, a autora aborda questões pertinentes às nossas relações com outras pessoas. Uma vez que os relacionamentos podem ser espaços de cura, a dra. Zimmerman apresenta os principais motivos de problemas no campo amoroso e dá dicas de como identificá-los e usá-los para aprendermos sobre nós mesmos. Nessas páginas, ela aborda questões como estar solteiro, mas não solitário, a obsessão pela busca do relacionamento ideal e os percalços que as relações enfrentam: apego excessivo, falta de reciprocidade, traição e término. E sempre atentando para algo essencial: as únicas pessoas que podemos mudar somos nós mesmos. 

Completa, didática e acolhedora, a obra de Annie Zimmerman é um convite à jornada de curiosidade e autoanálise profunda. Para aqueles familiarizados com o processo terapêutico, o livro pode ser uma ferramenta capaz de trazer excelentes insights para tornar as sessões ainda mais reveladoras e transformadoras. E, para os que nunca tiveram contato com a psicanálise, Terapeuta de bolso é uma ótima introdução a esse universo — além de um poderoso incentivo à prática da terapia. Compre o livro "Terapeuta de Bolso", de Annie Zimmerman, neste link.


Sobre a autora
Annie Zimmerman
, Ph.D., é psicoterapeuta, escritora e pesquisadora acadêmica. Em 2021, com a conta @your_pocket_therapist, ela começou a postar no TikTok e no Instagram seus insights sobre mudanças de vida, obtidos diretamente do seu consultório. Desde então, acumula um grande e dedicado número de seguidores que buscam seu conteúdo para obter conselhos sobre as mais diversas questões da mente humana. Garanta o seu exemplar de "Terapeuta de Bolso", escrito por Annie Zimmerman, neste link.


Ficha técnica
Livro "Terapeuta de Bolso"
Autora: Annie Zimmerman
Tradução: Paula Diniz
Número de páginas: 320
Editora: Intrínseca 
Compre o livro neste link.


terça-feira, 7 de janeiro de 2025

.: Andréa del Fuego para crianças: autora de "A Pediatra" relança "Sociedade..."


A escritora Andréa del Fuego escreveu esta trama intrigante e cheia de reviravoltas em 2007. Hoje, depois de termos de fato passado por uma pandemia, a história de Vítor consegue surpreender e travar um diálogo ainda mais intenso com seus leitores. Ela relança, pelo selo Escarlate, o livro "Sociedade da Caveira de Cristal", com ilustrações de Fido Nesti. Nesta aventura de ritmo acelerado que nos leva para dentro dos games, Vítor, de 13 anos, conta como o destino de toda a humanidade foi parar em suas mãos!

No livro, um vírus chamado Bola ameaça a vida em sociedade, e Vítor, um garoto tímido, aproveita para passar os dias em frente ao computador. A pedido de Samara, garota pela qual está apaixonado, ele entra para o Skull, um jogo on-line que se passa nos sonhos de cada competidor; é preciso dormir para jogar. As missões a princípio parecem bobas, mas logo o garoto se vê totalmente envolvido com o Skull e é escolhido para fazer parte da misteriosa "Sociedade da Caveira de Cristal".

Ele só começa a suspeitar de que há algo estranho e perigoso ali quando seu falecido avô aparece em uma partida e lhe dá um recado. A partir daí, Vítor, com a ajuda de Samara e de Jorjão (dono de uma lan house fascinado por teorias da conspiração), vai descobrindo que o real e o virtual estão mais interligados do que jamais poderiam imaginar — e que a erradicação do vírus Bola dependerá somente deles. Indicado para leitores a partir de nove anos. Compre o livro"Sociedade da Caveira de Cristal", de Andréa Del Fuego, neste link.


Sobre a autora
Andréa del Fuego nasceu em São Paulo em 1975. Escritora e mestre em filosofia pela USP, publicou pela primeira vez em 2004 o livro de contos "Minto Enquanto Posso" (O Nome da Rosa). De lá para cá, foram muitos livros de contos, infantojuvenis e romances. A obra "Os Malaquias" (Língua Geral, 2010) ganhou o Prêmio Saramago de literatura. Em 2021, publicou pela Companhia das Letras o aclamado romance "A Pediatra".

Sobre o ilustrador
Fido Nesti 
nasceu em São Paulo em 1971. Trabalha com ilustração e quadrinhos há mais de 30 anos. Seus desenhos podem ser vistos no jornal Folha de S.Paulo e na revista The New Yorker, entre outras, assim como em capas e livros de várias editoras. Em 2020, adaptou e ilustrou para os quadrinhos a obra-prima de George Orwell, "1984" (Quadrinhos na Cia.). Garanta o seu exemplar de "Sociedade da Caveira de Cristal", escrito por Andréa Del Fuego, neste link.


Ficha técnica
Livro "Sociedade da Caveira de Cristal"

Autora:
Ilustrações e capa: Fido Nesti
Formato: 13.50 X 20.50 cm
Peso: 0.387 kg
Acabamento: livro brochura
Lançamento: 29/10/2024
ISBN: 978-65-8772-458-4
Selo: Escarlate
Compre o livro neste link.

.: Afetivo, livro "Converseiro da Natureza" convida o leitor a ouvir com atenção


Lançado pela Companhia das Letrinhas, o livro "Converseiro da Natureza" é mais que uma homenagem. Nesse livro, a poesia de André Gravatá se entrelaça com as ilustrações de Kammal João para convidar o leitor a ouvir com atenção - porque, afinal, o silêncio também é uma resposta. Para apreciar o converseiro da natureza, é preciso enxergar além da superfície: ver o pólen se alastrando com o vento, sentir na pele o calor do sol, decifrar as mensagens deixadas pelos grãos de areia e ouvir a língua das onças.

Neste livro, que surgiu a partir de um encontro de André Gravatá com um catende, uma pequena criatura semelhante à lagartixa, poesia e ilustração constroem um diálogo sensível para celebrar a fauna e a flora do sertão baiano e criar uma obra de arte. Com uma rica diversidade de ambientes, animais e plantas, Converseiro da natureza sensibiliza os amantes da natureza e cria raízes profundas nos corações de pequenos e grandes leitores. O livro é indicado para leitores a partir de seis anos. Compre o livro "Converseiro da Natureza", de André Gravatá e Kammal João, neste link.


Sobre o autor
André Gravatá é poeta e educador. É coautor do livro-reportagem "Volta ao Mundo em 13 Escolas", idealizado a partir da viagem de quatro educadores brasileiros a centros de aprendizagem nos diferentes continentes. Escreveu alguns livros de poemas e faz experimentos com poesia em tecido por meio de bandeiras com versos. É um dos criadores do projeto Virada Educação e do Jornal das Miudezas. 


Sobre o ilustrador
Kammal João 
nasceu no Rio de Janeiro e graduou-se em design com ênfase em comunicação visual. Fez pós-graduação em psicomotricidade somática e atualmente é professor de ilustração na Escola Parque, além de facilitador do projeto Cadernos e Caminhos. Garanta o seu exemplar de "Converseiro da Natureza", escrito por André Gravatá e ilustrado por Kammal João, neste link.

Ficha técnica
Livro "Converseiro da Natureza"
Autor: André Gravatá
Ilustrador: Kammal João
Número de páginas: 60
Formato: 23.00 X 20.50 cm
Peso: 0.241 kg
Acabamento: Livro brochura
Lançamento: 28/1/2025
ISBN: 978-65-8177-697-8
Capa: Kammal João
Selo: Companhia das Letrinhas
Compre o livro neste link.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

.: "Mestre dos Batuques", novo romance do angolano José Eduardo Agualusa


Romance histórico inédito do escritor angolano José Eduardo Agualusa, o livro "Mestre dos Batuques" conta uma história de amor, guerra e música na África colonial. No livro lançado pela editora Tusquets o autor discute questões de identidade e de pertencimento, subvertendo estereótipos e ideias predefinidas, ao mesmo tempo em que expõe os crimes e contradições do processo colonial português no continente africano.

A história é contada por Leila Pinto, uma mulher que está em algum lugar num futuro próximo, escrevendo uma história que começa em 1902, no planalto central de Angola. É a história de amor entre os seus avós, Jan e Lucrécia. A história de como uma remota e obscura sociedade secreta de guerreiros ovimbundos poderá ser capaz de definir o destino da humanidade.

O escritor moçambicano Mia Couto opinou sobre o novo romance de Agualusa. "É uma digressão prodigiosamente construída sobra as ilusões das fronteiras e dos territórios que nos definem: a raça, a nação, a cultura, o gênero e outras categorias que confinam a chamada ‘realidade’”, concluiu. Compre o livro "Mestre dos Batuques", José Eduardo Agualusa, neste link.


Sobre o autor
José Eduardo Agualusa
nasceu no Huambo, Angola, em 1960. Estudou Silvicultura e Agronomia em Lisboa, Portugal. Escreve crônicas para o jornal brasileiro O Globo. É membro da União dos Escritores Angolanos e já teve seus livros traduzidos para mais de 30 idiomas. Pelo selo Tusquets da Editora Planeta do Brasil, publicou "O Terrorista Elegante e Outras Histórias", livro escrito a quatro mãos com o moçambicano Mia Couto, além de "A Sociedade dos Sonhadores Involuntários", "O Vendedor de Passados", pelo qual Agualusa venceu o Independent Foreign Fiction Awards, "Os Vivos e os Outros", "As Mulheres do Meu Pai", "A Rainha Ginga" e "Teoria Geral do Esquecimento", finalista do Man Booker International Prize e cuja edição em língua inglesa recebeu o prestigiado International Dublin Literary Award. Garanta o seu exemplar de "Mestre dos Batuques", de José Eduardo Agualusa, neste link.

domingo, 5 de janeiro de 2025

.: "Rabo de Foguete", um relato pessoal sobre o exílio de Ferreira Gullar


Ferreira Gullar
demorou a escrever sobre a perseguição política que viveu durante a ditadura civil-militar, mas em 1989 publicou "Rabo de Foguete: os Anos de Exílio", que chega agora em edição renovada pela editora José Olympio, do Grupo Editorial Record. Relato de fôlego em primeira pessoa, a obra literária é também um documento histórico, imortalizado na voz de um dos maiores nomes da literatura brasileira

A edição traz um encarte com imagens inéditas, como o passaporte que era usado por Gullar nas sucessivas imigrações a que foi forçado, posteriormente cancelado, e relatórios do Serviço Nacional de Informação sobre o paradeiro do poeta. Os capítulos curtos revelam como ele ficou escondido no Brasil, mostra o que ele viu nas ditaduras do Chile e da Argentina, traz dramas pessoais e destaca a criação do Poema sujo, sua obra-prima escrita no exílio

Em "Rabo de Foguete", o pessoal e o histórico se confundem: trata-se de um livro de memórias com ritmo de romance. Nestas páginas, Ferreira Gullar narra como os anos de chumbo da ditadura civil-militar brasileira o atingiram e levaram a viver no exílio durante a década de 1970.

Voz ativa e contrária ao regime imposto, Ferreira Gullar se viu obrigado a cair na ilegalidade no final dos anos 1960. Foi abrigado por amigos no Rio de Janeiro, depois seguiu para o desterro em países como Uruguai, Argentina, União Soviética, Chile e Peru. Sua odisseia termina com o retorno ao Brasil, em 1977, ainda como perseguido político, o que o levou até os porões do DOI-CODI. Este é um relato pessoal capaz de expressar a dor a e angústia compartilhada pelos perseguidos políticos latino-americanos durante as décadas de ditaduras no continente. Compre o livro "Rabo de Foguete: os Anos de Exílio", de Ferreira Gullar, neste link.


O que disseram sobre o livro
“'Rabo de Foguete', o livro de memórias de Ferreira Gullar sobre seus anos de exílio na década de 1970, durante a ditadura militar em nosso país, mais do que o relato de uma experiência individual é a história de um destino humano no contexto histórico global de nosso tempo.” – Davi Arrigucci Jr., Folha de S.Paulo

“O seu legado é a obra, que, às vezes, faz a gente até esquecer a biografia. Mas este não é o caso. Ele teve uma vida bonita, difícil e de grande dignidade. O sofrimento do exilado não lhe tirou a graça.” – Nélida Piñon

“O que sempre marcou a conduta de Ferreira Gullar, para além da extraordinária qualidade de sua obra, foi a coragem de assumir a defesa da liberdade em momentos críticos da vida brasileira.” – Antonio Carlos Secchin, O Globo

“A imagem mais forte de Ferreira, para mim, vem do meu período na prisão. Ele estava, junto com Gil, Antonio Callado, Paulo Francis e outros, num xadrez ao lado do meu. Sua lucidez e sua firmeza faziam dele o melhor companheiro imaginável. Todos os jovens que estavam na minha cela eram gratos a ele pela solidariedade e eficácia em ajudar.” – Caetano Veloso


Sobre o autor
Ferreira Gullar (São Luís/MA, 1930 – Rio de Janeiro/RJ, 2016) foi escritor, poeta, dramaturgo, crítico de arte e tradutor. Laureado com o Prêmio Camões em 2010, Gullar é considerado um dos maiores autores da literatura brasileira. Foi nome proeminente do movimento neoconcreto, ao lado de Lygia Clark e Hélio Oiticica, e autor de obras imensuráveis, como "Poema Sujo" e "Dentro da Noite Veloz". Personalidade atuante na oposição à ditadura civil-militar, foi perseguido e preso. Em 2014, foi eleito para a cadeira no 37 da Academia Brasileira de Letras. Garanta o seu exemplar de "Rabo de Foguete: os Anos de Exílio", escrito por Ferreira Gullar, neste link.

.: Livro explica o que é o "longotermismo" e propõe atitudes para uma causa nobre


A história escrita da humanidade abrange apenas cinco mil anos. Já o futuro ainda não escrito pode durar milhões ou acabar amanhã. Na obra "O que Devemos ao Futuro", que chega às livrarias brasileiras pelo selo Crítica, da Editora Planeta, com traduçãode Maria de Fátima Oliva do Coutto, o professor associado de Filosofia da Universidade de Oxford, William MacAskill defende o conceito do "longotermismo", definido como a perspectiva de que é dever da geração atual fazer muito mais para proteger os interesses das novas gerações.

Para o autor, tudo começa de uma simples premissa: as sociedades futuras importam. A partir deste entendimento, MacAskill explora as possíveis conclusões e potenciais caminhos que a geração atual deve tomar como uma prioridade moral para promover mudanças duradouras e que impactem positivamente para as gerações futuras. O filósofo também evidencia que é necessário agir imediatamente ainda que as ações longotermistas sejam realizadas priorizando benefícios a longo prazo, uma vez que estes movimentos beneficiam tanto as sociedades atuais quanto as futuras.

Sob esta perspectiva, MacAskill entende que não é suficiente apenas reverter as mudanças climáticas ou evitar a próxima pandemia. É preciso garantir que a civilização se recupere caso entre em colapso, prevenir o fim do progresso moral e preparar a humanidade para um mundo onde os seres mais inteligentes do planeta serão digitais. "Uma pandemia oriunda de vírus produzidos em laboratório, ou a Terceira Guerra Mundial, ou uma catástrofe impulsionada pela inteligência artificial tanto provocaria mortes e sofrimentos incalculáveis para as atuais gerações como também colocaria nosso futuro em perigo", completa.

Indo além da teoria e dos argumentos, O que devemos ao futuro ainda sugere opções e caminhos para operacionalizar o longotermismo, propondo pequenas ações, como aprimorar conhecimentos a respeito de questões específicas, até movimentos em escalas geopolíticas, como países ricos do mundo destinar no mínimo 1% do seu PIB a causas em benefício manifesto das futuras gerações. Empreendedor social listado na Forbes 30 Under 30 e cofundador de organizações sem fins lucrativos como Giving What We Can, Centre for Effective Altruism e o 80,000 Hours, William MacAskill reconhece que é preciso construir uma concepção moral de mundo que leve a sério o que está em jogo e acredita que, ao fazer escolhas conscientes, é possível colocar a humanidade no caminho certo. Compre o livro "O que Devemos ao Futuro", de William MacAskill, neste link.


Sobre o autor
William MacAskill é professor associado de Filosofia na Universidade de Oxford. Na época de sua nomeação, era o professor associado de Filosofia mais jovem do mundo. Empreendedor social listado na Forbes 30 Under 30, ele também cofundou as organizações sem fins lucrativos como Giving What We Can,Centre for Effective Altruism e o 80,000 Hours, apoiado pelo Y Combinator, que, juntos, direcionaram mais de 200 milhões de dólares para instituições de caridade. Atualmente, vive em Oxford, Inglaterra. Garanta o seu exemplar de "O que Devemos ao Futuro", escrito por William MacAskill, neste link.


Ficha técnica
Livro "O que Devemos ao Futuro"
Autor: William MacAskill
Tradução: Maria de Fátima Oliva do Coutto
Revisão técnica: Dionatan Tissot e Ramiro Peres
ISBN: 978-85-422-2924-0
Número de páginas: 400
Selo Crítica, Editora Planeta
Compre o livro neste link.

sábado, 4 de janeiro de 2025

.: De quintais a terreiros: porque ler "Cazuá" é mergulhar no Brasil ancestral


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

"Cazuá: onde o Encanto Faz Morada"
, do escritor e professor Luiz Rufino, vai além das crônicas enquanto gênero literário. É uma obra que celebra a riqueza e diversidade da alma brasileira. Lançado pela editora Paz & Terra, o livro conduz o leitor a um Brasil real, profundo, e que não se limita aos registros históricos ou aos grandes eventos narrados nas salas de aula, mas se revela na dimensão encantada, ancestral e espiritual. Em "Cazuá", a  oralidade, os saberes populares e a devoção ganham protagonismo, costurando pontes que conectam passado, presente e futuro de maneira poética e visceral.

Luiz Rufino, com a escrita cheia de lirismo e sensibilidade, transforma o cotidiano em arte. Ele ensina o leitor a encontrar beleza e a sabedoria nas coisas aparentemente simples, como uma conversa de mercado, uma roda de samba, ou o silêncio de um quintal ao cair da tarde. As narrativas dele capturam a pluralidade do povo brasileiro e oferecem uma nova forma de enxergar o país, uma que valoriza as histórias contadas de boca em boca, as memórias compartilhadas nos terreiros, e os encantos escondidos nas esquinas.

No centro do livro está o conceito de "cazuá", um lugar de acolhimento, memória e mistério, onde a vida se manifesta em suas formas mais genuínas e surpreendentes. Este espaço simbólico, presente nas tradições afro-brasileiras, funciona como uma metáfora para as conexões humanas e espirituais que transcendem a materialidade e aproximam do encanto, do susto, do inusitado da vida.

"Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" é mais do que uma leitura; é uma experiência que alimenta o espírito e amplia a visão sobre o Brasil. É um livro para ser saboreado com calma, carregado consigo e revisitado sempre que se quiser reconectar com o que há de mais bonito na cultura brasileira. Com uma escrita que mistura oralidade e poesia, Rufino transforma cada página de "Cazuá" em um convite à reflexão, um refúgio para quem busca beleza nas pequenas coisas e uma janela para um Brasil tão vasto quanto mágico. Listamos os dez motivos pelos quais esta obra é uma experiência literária indispensável. Compre o livro “Cazuá: onde o Encanto Faz Morada” neste link.


1. Redescoberta de um Brasil profundo e encantado
Em "Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" autor Luiz Rufino desafia quem o lê a enxergar o Brasil sob uma nova perspectiva, destacando suas raízes mais profundas e misteriosas. As crônicas vão além dos fatos históricos para revelar um país vivo, pulsante, onde a memória ancestral e o encanto caminham lado a lado. É uma jornada que amplia os horizontes e permite redescobrir a riqueza da cultura nacional.


2. Poética do cotidiano e da oralidade
O autor mostra como o dia a dia pode ser uma fonte inesgotável de beleza e significado. Em sua escrita, o cotidiano brasileiro – mercados, terreiros, esquinas e quintais – é transformado em poesia. Luiz Rufino valoriza a oralidade como uma herança cultural que transcende gerações, revelando o poder das histórias compartilhadas e vividas em comunidade.


3. Conexão com a ancestralidade afro-brasileira
"Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" mergulha nas tradições e espiritualidades afro-brasileiras, trazendo à tona um universo de saberes e práticas que moldaram a identidade do país. As histórias revelam como a ancestralidade está presente em cada detalhe, conectando pessoas, territórios e tempos de forma profunda e transformadora.


4. Encanto e espiritualidade em cada página
O conceito de "Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" é apresentado como um espaço simbólico de acolhimento e mistério. Nas histórias, plantas falam, santos interagem com crianças, e flores enfrentam facas, criando um ambiente onde o material e o imaterial se encontram. Essa dimensão encantada torna a leitura uma experiência única, quase ritualística.


5. Estilo narrativo que mistura oralidade e escrita
A escrita de Luiz Rufino é profundamente inspirada na tradição oral. Ele "oraliza a escrita", criando um estilo intimista que aproxima o leitor das histórias, como se estivesse ouvindo um relato ao pé de uma fogueira ou durante uma roda de conversa.


6. Personagens que representam o Brasil real
As crônicas de "Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" estão repletas de personagens que simbolizam a diversidade do povo brasileiro – crianças, trabalhadores, malandros e até plantas que conversam. Essa pluralidade reflete a riqueza cultural do Brasil e reforça a importância de valorizar as histórias e saberes de diferentes origens.


7. Exploração de múltiplos territórios brasileiros
A obra é uma viagem literária por diferentes geografias do Brasil, desde os subúrbios do Rio de Janeiro até o sertão nordestino. Cada cenário de "Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" carrega as próprias histórias, memórias e significados, permitindo ao leitor mergulhar em uma narrativa que celebra a pluralidade cultural e territorial do país.


8. Valorização da “miudeza” do cotidiano
Luiz Rufino destaca a grandeza que existe nas pequenas coisas. Ele transforma gestos simples, encontros casuais e espaços cotidianos em cenários ricos de significado, mostrando como a vida é feita de pequenos encantos que muitas vezes passam despercebidos.


9. Estímulo à imaginação e à introspecção
Mais do que contar histórias, "Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" instiga o leitor a imaginar outros mundos e refletir sobre diferentes formas de existir. As narrativas desafiam as fronteiras entre o material e o espiritual, provocando questionamentos profundos e enriquecedores.


10. Exaltação da brasilidade e celebração da cultura popular
"Cazuá: onde o Encanto Faz Morada" é uma ode à cultura brasileira em sua essência mais verdadeira. Com uma linguagem poética e sensível, Luiz Rufino exalta elementos como a música, a dança, a fé e a resistência, mostrando como a cultura popular é fonte de força, celebração e encantamento.

.: Literatura: Claudia Nina reedita o romance "Paisagem de Porcelana"


A Maralto Edições lança neste mês de dezembro, uma nova edição do romance "Paisagem de Porcelana", da jornalista e doutora em Letras pela Universidade de Utrecht, na Holanda, Claudia Nina. Originalmente publicado em 2014, o livro reafirma o domínio da prosa poética da autora, e sua capacidade de explorar os intricados labirintos emocionais da alma humana. Narrada em primeira pessoa, a obra desvenda em flashbacks os momentos marcantes de Helena, uma jovem brasileira que se muda para a Holanda em busca de uma nova vida. Ao longo da narrativa, o exílio, a solidão e a violência pontuam a difícil adaptação da protagonista em seu novo país.

“Conversando com a Maralto, percebemos que o romance merecia novas incorporações além do texto original, até para marcar os meus 20 anos de carreira literária e os 10 anos de publicação de 'Paisagem de Porcelana'”, explica Claudia Nina. “Propus um prefácio dedicado a uma das personagens do livro, Yasuko, além de um texto final em que eu conto como seria a minha Holanda romântica se eu estivesse dentro de um quadro de Anton Pick. A Maralto foi bastante receptiva a todas as ideias e montou um projeto gráfico lindo”.

Com texto de orelha assinado pelo autor João Anzanello Carrascoza, o livro acompanha o relacionamento de Helena com Ernest, um homem de origem paquistanesa, misterioso e perturbador. Ao longo da trama, ele se torna uma presença opressora e perigosa, personificando a violência latente que ameaça a protagonista com seus “olhos de fera”. Em sua luta contra essa ameaça, ela se vê cada vez mais mergulhada em uma espiral de medo e degradação. Claudia Nina captura com delicadeza essa dinâmica, mostrando o distanciamento progressivo de Helena de si mesma, enquanto sua mente e seu corpo se fragmentam.

Paralelamente a jovem brasileira encontra refúgio emocional em Peter, um professor afetuoso, e em Yasuko, uma vizinha japonesa com quem desenvolve uma profunda amizade. Essa relação é construída como um contraponto à violência de Ernest, destacando o silêncio e a cumplicidade entre as duas mulheres. Yasuko, com sua presença acolhedora e silenciosa, oferece conforto a Helena, mas também traz à tona sentimentos de perda e distanciamento.

"Paisagem de Porcelana" leva o leitor a uma jornada interior, marcada pela introspecção e pela imobilidade. A autora constrói uma narrativa inquietante, em que os acontecimentos fluem como fragmentos da memória, frequentemente distorcidos pela dor e pela incerteza. Nessa viagem psicológica pela mente de Helena, as fronteiras entre realidade e loucura tornam-se indistintas.

Um duplo conhecimento antagônico: eu sabia que era eu, mas não me via. Aquela era outra pessoa que deveria ser eu até por falta de opção. Depois de haver quase perdido o dedo para o frio (depois é que percebi que poderia ter gangrenado e falido aquela pequena peça de corpo), eu sofria uma perda mais assombrosa – outra forma de morte: o desaparecimento de uma imagem. Onde estava o rosto que eu tinha deixado exatamente em cima do pescoço, embora só conseguisse, com grande dificuldade, subindo em um banquinho, ver uma parte dele no espelho do banheiro?

“Quando o romance foi lançado, muita gente falou da questão do exílio, mas o abuso psicológico sofrido por Helena passou em branco. Por que isso? Será que é ainda desconfortável tocarmos nesse tema? Será que o sofrimento da Helena deve ser desacreditado por ela ser fraca, insegura, perdida? Temos que falar sobre isso com urgência”, finaliza a autora. A obra fará parte do Programa de Formação Leitora Maralto, uma iniciativa direcionada para escolas de todo o país. Compre o livro "Paisagem de Porcelana", de Claudia Nina, neste link.


Sobre a autora
Claudia Nina nasceu no Rio de Janeiro. É gradua da em Jornalismo, mestre em Teoria Literária pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e doutora em Letras pela Universidade de Utrecht, na Holanda. Sua tese sobre Clarice Lispector foi publicada no Brasil com o título A palavra usurpada (2003). É autora de mais de 20 livros de diversos gêneros – romance, ensaio, conto, infantojuvenil –dos quais se destacam "Esquecer-te de Mim" (2011), "Amor de Longe" (2017), "Ana-Centopei"a (2021), "A Coruja e o Mondrongo" (2021), "Palavras ao Mar: histórias da Língua Portuguesa para Crianças" (2021) e "Jasmins" (2022), que foi publicado pela Maralto. Em 2015 foi finalista do Prêmio Rio de Literatura pela primeira edição do livro "Paisagem de Porcelana". Garanta o seu exemplar de "Paisagem de Porcelana", escrito por Claudia Nina, neste link.


Ficha técnica
Livro "Paisagem de Porcelana"
Autora: Claudia Nina
Editora: Maralto Edições
Número de páginas: 140
Compre o livro neste link.

.: "Book Love", lançamento da Mood, foi escrito sob medida para bibliófilos


“Em uma escala de 1 a 10, com 1 sendo o oposto de mim e 10 sendo perfeitamente eu, eu diria que este livro é 100. É isso mesmo, é como se alguém sondasse as profundezas da minha mente, personalidade e subconsciente e colocasse em forma de livro”
, descreve uma leitora de "Book Love". Depoimentos como esse chegam a todo instante em espaços de repercussão do livro, uma graphic novel escolhida pela editora Mood com um dos lançamentos de destaque, que resume perfeitamente o que é ser um amante de livros. Hábitos e peculiaridades são descritos pela autora Debbie Tung explicando aos detalhes por meio de vinhetas curtas no estilo de histórias em quadrinhos como agem os amantes da leitura.

Tendo como fio condutor as aventuras de uma jovem que lê o tempo todo e se cerca de livros enquanto visita bibliotecas e livrarias. A agonia de emprestar livros, a alegria de cheirar as páginas, a obsessão que a leva a pular o sono para terminar são exemplos que talvez só os bibliófilos entendam ou se identifiquem.


Sobre a autora
Debbie Tung
é cartunista e ilustradora. Ela é bacharel em design de moda e mestre em Ciência da Computação. Tendo trabalhado em tempo integral como programadora, ela decidiu embarcar em projetos mais criativos para realizar seu sonho de uma vida inteira de ter uma carreira artística. Seu trabalho é inspirado por eventos da vida cotidiana, experiências pessoais e a beleza das coisas comuns do mundo. Ela também tem uma obsessão por cadernos de desenho, artigos de papelaria e chá. Debbie atualmente mora em Birmingham, Reino Unido, com seu marido e filho. Ela também é autora do livro "Everything Is Ok" (“Está Tudo Bem”). Seus quadrinhos têm sido amplamente compartilhados em Huffington Post, Bored Panda, 9GAG e Pulptastic, entre outros.


Sobre a Mood
A Mood é um novo selo do Grupo Ciranda Cultural voltado ao público jovem adulto, que estreou na 27a Bienal internacional de livros e que tem Samara Buchweitz como CEO, também uma jovem autora. “O segmento editorial Young Adult é representado pela geração de leitores e autores que buscam em estilos variados e tramas diversas ligação entre ler e encontrar a própria identidade, descobrir o outro e descobrir-se, entender as provações e os desafios dessa etapa da vida”, diz Samara.


Ficha técnica
Livro "Book Love"

Autor: Debbie Tung
Editora: Mood
Número de páginas: 144
Faixa Etária: + 14 anos
Compre o livro neste link.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

.: "Bololô: gaiola Vazia", obra que redefine os limites da ficção brasileira


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

O livro "Bololô: gaiola Vazia", escrito por Ricardo Maurício Gonzaga, não é apenas o romance vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2024; é uma obra que redefine os limites da ficção brasileira. Com uma narrativa intensa, direta e profundamente poética, o livro conduz o leitor pela vida de Roque Perigo e seus irmãos, personagens que enfrentam traumas familiares e os mistérios de um universo marcado pelo realismo mágico. O autor, um artista multidisciplinar, traz para o romance sua bagagem nas artes visuais, no teatro e na literatura, criando uma experiência única que ressoa com leitores de todas as origens.

Listamos dez motivos para você mergulhar nessa narrativa envolvente, que mistura brasilidade, estranheza e reflexões sobre as relações humanas. Com um enredo instigante, personagens inesquecíveis e uma linguagem que combina simplicidade e sofisticação, "Bololô: gaiola Vazia" é um convite irrecusável para quem valoriza a boa literatura. É uma obra que não apenas entretém, mas também provoca, emociona e transforma. Compre o livro "Bololô: gaiola Vazia, de Ricardo Maurício Gonzaga, neste link.


1. Reconhecimento literário e impacto cultural da obra  
"Bololô: gaiola Vazia" foi o vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2024 na categoria Romance, uma das premiações mais prestigiadas para novos autores no Brasil. Essa conquista não apenas chancela a qualidade da obra, mas também posiciona Ricardo Maurício Gonzaga, que não é um estreante, entre os escritores mais promissores da atualidade. O prêmio é uma janela para descobrir novos talentos que trazem contribuições valiosas à literatura brasileira e, nesse quesito, o Prêmio Sesc de Literatura está muito bem servido.  


2. Uma narrativa que ecoa realismo e magia  
"Bololô: gaiola Vazia" mistura elementos de realismo mágico com a dura realidade da vida de seus personagens. A história de Roque Perigo e seus irmãos ganha uma dimensão única ao explorar mistérios da natureza, como o lago habitado por uma criatura composta de restos de seres vivos. Essa combinação de imaginação e realidade confere ao livro uma profundidade que instiga o leitor a refletir sobre o extraordinário no cotidiano.  


3. Linguagem direta e profundamente poética  
Ricardo Maurício Gonzaga adota uma linguagem sucinta, direta e crua, herdada do conto, mas que não perde a densidade poética. Essa abordagem estilística permite que a obra atinja camadas emocionais profundas sem se tornar prolixa, oferecendo uma leitura impactante que prende o leitor desde a primeira página.  

4. Reflexão sobre as relações familiares  
De um lado, o bololô, que pode ser relacionado, entre outos significados, a afeto. De outro, a gaiola vazia, que remete ao desamor. O livro mergulha na complexidade dos laços familiares, apresentando personagens marcados por traumas e dores, mas também pela busca por entendimento e reconciliação. A história revela como as ações – e omissões – dos pais moldam os destinos dos filhos, levando o leitor a refletir sobre a influência de seus próprios relacionamentos familiares.  


5. A estranheza como força narrativa
A estranheza de "Bololô: gaiola Vazia" permeia toda a narrativa, tanto nos personagens quanto nas situações vividas. Desde a peculiaridade de Roque e seus irmãos até a atmosfera inquietante do lago misterioso, o livro desafia expectativas e oferece uma leitura que rompe com clichês e lugares-comuns. Essa abordagem incomum é um convite para os leitores saírem de sua zona de conforto e explorarem novas formas de enxergar o mundo.  


6. Um narrador intrusivo e cativante
"Bololô: gaiola Vazia" apresenta um narrador intrusivo, com personalidade marcante e opinativa. Esse estilo narrativo permite que a história seja pontuada por comentários perspicazes e, por vezes, irônicos, que ampliam a experiência de leitura. Além de descrever os eventos, o narrador faz reflexões sobre a vida humana, criando uma interação quase direta com o leitor e enriquecendo o texto com camadas adicionais de significado.  


7. Um olhar profundamente brasileiro  
A brasilidade está presente em cada detalhe da obra, desde o cenário até as escolhas narrativas. "Bololô: gaiola Vazia" traz um retrato autêntico da cultura brasileira, com contrastes e riquezas, sem cair em estereótipos fáceis. Ao mesmo tempo em que é profundamente local, o livro aborda temas universais que ressoam com leitores de qualquer lugar do mundo. Abuso de poder, degradação ambiental, evasão escolar, gravidez na adolescência e luta de classes são algumas das temáticas que aparecem no livro.   


8. Uma jornada de autodescoberta para o leitor  
A intensidade do enredo de "Bololô: gaiola Vazia" e a profundidade das reflexões propostas pelos personagens fazem com que o leitor também embarque em uma jornada de autoconhecimento. Questões como o impacto da violência, a importância das relações humanas e a busca por sentido diante do caos são exploradas de forma tocante e transformadora.  


9. O autor e a trajetória em diversas artes  
Além de escritor, Ricardo Maurício Gonzaga também é um artista visual, performático e professor universitário que traz sua experiência multifacetada para a literatura. Essa vivência rica contribui para a originalidade do romance, que dialoga com diferentes formas de arte e explora temáticas como corpo, imagem e tempo. A obra anterior do autor, "Sobrenome Perigo", já havia demonstrado essa habilidade narrativa, mas é em "Bololô" que ele atinge um novo patamar de maturidade artística.  


10. Uma obra que transcende gêneros e formatos 
"Bololô: gaiola Vazia"
 não é apenas um romance; é uma experiência literária completa que desafia convenções e oferece uma leitura inovadora. A mistura de humor mordaz, fantasia, drama e crítica social cria um mosaico narrativo que agrada tanto a leitores que buscam entretenimento quanto aqueles que procuram profundidade intelectual.

.: "A Morte da Viúva": romance traz crime familiar envolto em inveja e riqueza


Intrigas, inveja, drogas e desperdício de dinheiro. Essas são as marcas da família de Dona Marieta, senhora de idade avançada pertencente à classe média-alta carioca. O assassinato dela poderia ter inúmeras motivações e alguns suspeitos, entre eles seus dois filhos e três netos. No cerne de “A Morte da Viúva”, publicado pela editora Telha, o Delegado Luciano terá muito o que investigar para solucionar esse que, aparentemente, trata-se de um crime familiar. A obra é o quarto romance policial escrito pelo jornalista e escritor Carlos Carvalho.

Em “A Morte da Viúva”, Marieta fora encontrada morta em seu apartamento, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em um imóvel sem sinais de arrombamento e sem nada ter sido roubado de lá. Responsável pelo caso, Luciano tem como crença, como alguém que já viveu muito tempo e trabalhou em diferentes casos, “o ser humano é o bicho mais complicado e perverso de todos os animais, é o único capaz de matar por qualquer motivo. Quando se trata de poder e dinheiro, então, é capaz de coisas que até Deus dúvida”, nas palavras do delegado.

“A ideia da trama é mostrar o que as pessoas são capazes de fazer por poder e dinheiro, o que é uma triste realidade da sociedade em que vivemos, onde muitas vezes a riqueza vale mais do que uma vida e pode provocar a destruição das relações familiares”, afirma o autor do livro. Ao se depararem com uma cena de crime com pouca ou nenhuma pista, o delegado e sua equipe precisam ir além no que diz respeito ao trabalho investigativo do dia a dia, enquanto avaliam se existe limite para a perversidade humana. Quem teria interesse na morte daquela mulher, uma viúva aparentemente sem inimigos? Que mistérios poderiam cercar aquela família?

“A Morte da Viúva” é uma obra ficcional que facilmente poderia ser vista em programas policiais de final de tarde da TV aberta brasileira. Uma mistura equilibrada entre o suspense que permeia a investigação e a reflexão sobre os absurdos que o ser humano é capaz de protagonizar por conta da ganância. Compre o livro “A Morte da Viúva”, de Carlos Carvalho, neste link.

Trecho do livro "A Morte da Viúva"
“Ricardo virou o corpo para olhar o movimento dos carros na Nelson Mandela, para eles atravessarem. Nesse momento percebeu um carro que vinha lento, à direita da pista. Por um momento teve a sensação de que já tinha visto o veículo antes. Ele pegou o braço da jovem e logo que eles deixaram a calçada, o carro acelerou com tudo na direção deles. Com um reflexo muito rápido o policial voltou para a calçada, puxando a jovem com ele. Ele se jogou com chão, protegendo Mônica com o corpo enquanto ouvia dois disparos. O carro entrou na São Clemente e fugiu a toda velocidade. As poucas pessoas que estavam no local buscaram se proteger dos tiros. Formou-se um grupo na esquina das duas ruas. Queriam saber se estava tudo bem com Ricardo e Mônica. Ricardo levantou-se, puxando a jovem.”


Sobre o autor
Carlos Carvalho nasceu no Rio de Janeiro em 1967. Jornalista formado pela UFRJ, aos 22 anos começa sua carreira como assessor de imprensa e em 1998 se torna funcionário da Casa da Moeda do Brasil. Amante de literatura e apaixonado pelos mistérios criados por Agatha Christie, escreve suas primeiras histórias ainda na infância. Em 2004, publica o livro de contos “Histórias Urbanas”.

Sendo o romance policial o gênero literário preferido, em 2009, publica “No Silêncio da Noite”, primeiro livro dele no gênero. Em 2012, lança “Culpado por Traição”, livro indicado pelos leitores e influenciadorrs literários que destacam o enredo envolvente e a trama surpreendente. No ano passado lançou “Cartas Marcadas”, o terceiro romance policial. Garanta o seu exemplar de “A Morte da Viúva”, escrito por Carlos Carvalho, neste link.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

.: "Uma Pergunta por Dia": dez razões para iniciar seu diário de reflexões agora


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Em um mundo onde o ritmo acelerado da vida muitas vezes nos distancia de nós mesmos, encontrar tempo para refletir se torna um ato revolucionário. "Uma Pergunta por Dia: para Iluminar Sua Vida", de Deepak Chopra, propõe um exercício diário de autorreflexão que se estende por três anos. A proposta é simples, mas profunda: responder a uma pergunta a cada dia e observar como suas respostas evoluem ao longo do tempo. Baseado nos princípios do mindfulness e do autoconhecimento, o diário oferece um espaço para explorar pensamentos, emoções e objetivos, além de proporcionar um panorama claro do seu crescimento pessoal. Mais do que uma prática de escrita, esse diário se torna um companheiro para entender e moldar sua jornada de vida.

Responder às perguntas de "Uma Pergunta por Dia: para Iluminar Sua Vida" é um convite para se reconectar consigo mesmo e cultivar uma vida mais consciente, equilibrada e significativa. Por meio dessa prática, você não apenas documenta sua jornada, mas também aprende a apreciar cada passo do caminho. Que tal aceitar esse desafio transformador e começar hoje? A seguir, listamos dez razões para abraçar essa prática transformadora e começar o seu diário agora mesmo. Compre o diário "Uma Pergunta por Dia: para Iluminar Sua Vida", de Deepak Chopra, neste link.


1. Promove o autoconhecimento profundo
Ao responder perguntas de "Uma Pergunta por Dia: para Iluminar Sua Vida" - que vão desde preferências simples até reflexões mais complexas sobre decisões passadas - você se conecta com seus valores, medos e desejos. Esse processo contínuo de introspecção é fundamental para construir uma vida alinhada com quem você realmente é.


2. Mede o seu Crescimento ao longo dos anos
A estrutura do diário de "Uma Pergunta por Dia: para Iluminar Sua Vida", com espaços para respostas durante três anos consecutivos, permite que você revisite suas respostas passadas e identifique mudanças significativas em suas perspectivas e prioridades. É como ter um retrato emocional do seu progresso.


3. Cria o hábito da reflexão diária
Reservar um momento diário para responder às perguntas ajuda a estabelecer um ritual de mindfulness. Essa pausa reflexiva proposta por "Uma Pergunta por Dia: para Iluminar Sua Vida" contribui para desacelerar a mente, promovendo maior foco e consciência no presente.


4. Desenvolve a inteligência emocional
Perguntas que exploram decisões, medos ou momentos difíceis incentivam a análise profunda das emoções. Isso ajuda a entender melhor suas reações, aprimorando sua inteligência emocional e empatia em relação a si mesmo e aos outros.

5. Fomenta o estabelecimento de metas e propósitos
Responder questões sobre sonhos, objetivos e prioridades proporciona clareza e motivação para perseguir suas metas. Essa prática constante ajuda a alinhar suas ações com seus desejos mais profundos.

6. Incentiva a gratidão e o pensamento positivo
Perguntas que destacam conquistas e momentos felizes do dia cultivam o hábito de focar no que há de bom em sua vida. Isso aumenta o senso de gratidão e promove uma visão mais otimista do cotidiano.

7. Apoia práticas de autocuidado e bem-estar
Além das perguntas, o diário "Uma Pergunta por Dia: para Iluminar Sua Vida" inclui exercícios sugeridos por Deepak Chopra, como meditação, respiração consciente e desapego material. Esses hábitos fortalecem a saúde mental e emocional, criando uma rotina mais equilibrada.


8. Ajuda a identificar e romper padrões negativos
Enfrentar perguntas desafiadoras, como “Qual foi sua última decisão errada?”, ajuda a identificar comportamentos que não servem mais a você. Essa prática promove um processo consciente de transformação e crescimento.

9. Funciona como um guia e companheiro de jornada
Mais do que um simples diário, "Uma Pergunta por Dia: para Iluminar Sua Vida" se torna um aliado no caminho de autodescoberta. Ele oferece orientação e inspiração para enfrentar desafios e celebrar conquistas.

10. Fomenta a gratificação pelo processo de evolução
Observar suas pequenas conquistas e transformações diárias ensina a valorizar o progresso, não apenas os resultados finais. Esse hábito reforça a importância de viver de forma plena e com propósito. Garanta o seu exemplar de "Uma Pergunta por Dia: para Iluminar Sua Vida" neste link.

.: Maurício Rosa explica como utilizou os versos para ressignificar as raízes


Maurício Rosa escreveu "Na Proa do Trovão" porque queria se conectar com a memória do avô materno que nunca teve a oportunidade de conhecer. Foto: Caique Lima

Maurício Rosa escreveu "Na Proa do Trovão" porque queria se conectar com a memória do avô materno que nunca teve a oportunidade de conhecer. Homem preto e pobre, o familiar poderia ter tido sua trajetória invisibilizada devido a violências raciais e preconceitos de classe, mas o neto decidiu utilizar a poesia para preservar a própria ancestralidade – que é também a de muitos brasileiros.

“Toda história é uma grande história e contá-las, sejam elas ilustres ou apagadas, também é um resgate da nossa identidade coletiva”, explica o autor, que conectou a vida do avô com momentos socioculturais importantes do Brasil. Com textos escritos em ordem cronológica, ele atravessa o início do samba e a jovem-guarda enquanto aborda os relacionamentos amorosos do patriarca e os acontecimentos da vizinhança.

“As nossas raízes e heranças estão repletas de brechas por onde a poesia pode nos espantar ou maravilhar. Em Na proa do trovão, há belezas surpreendentes, mas também exumei emoções que toda a família prefere esconder. Por isso a literatura é necessária: ela é um lugar de encantamento a partir da palavra, mas é também, e talvez principalmente, um lugar de expurgo e libertação”, afirma o escritor.

Maurício Rosa vive em São Paulo. Aos 17 anos, ganhou um prêmio de literatura em sua cidade, e isso o impulsionou a pensar a escrita como uma possibilidade de carreira. Desde então, participou de diversas oficinas com escritores renomados como Marcelino Freire, Bruna Mitrano, Luiza Romão, entre outros. Tem textos publicados nas antologias "Contos e Causos do Pinheirão", organizada por Nelson de Oliveira, e "Retratos Pandêmicos", fruto do curso é Dia De Escrever. Atualmente, dedica-se inteiramente à poesia e escreveu textos para revistas especializadas como Ruído Manifesto, Leituras.Org, Revista Quiasmo, Littera 7, Revista Variações e Revista Sucuru. É autor dos livros "Vamos Orar pela Vingança", "O Longo Cochilo da Ursa" e "Na Proa do Trovão", e finalista do Prêmio Caio Fernando Abreu 2024 com o livro ainda inédito "Meu Corpo É Testemunha".


“Na Proa do Trovão” tem seu avô materno, Armando, como ponto de partida e chegada. Qual foi o impacto pessoal ao construir uma biografia poética sobre ele?
Maurício Rosa - 
A experiência de escrever o livro foi profunda. Eu tinha apenas o esboço do retrato de um homem e o desejo de abandonar as rédeas da minha imaginação. Esses dois fatores criaram um terreno impreciso para uma biografia tradicional, mas uma aventura para o fazer poético.


Como foi o processo de entrelaçar memória familiar e criação literária?
Maurício Rosa -  
A etapa de pesquisa (que caracterizava os meus projetos anteriores) foi abandonada. Parti direto para a criação, tendo apenas a sensibilidade como guia. Pessoalmente, foi tenso e emocionante, porque eu precisava respeitar tanto a memória familiar quanto o meu compromisso estético como escritor.


A obra explora temas como raízes familiares e herança cultural. Na sua visão, qual é a importância da poesia como um meio de preservação e ressignificação da ancestralidade?
Maurício Rosa -  Quanto a preservação da ancestralidade, eu espero que muitos poetas continuem a escrever sobre os seus antepassados (principalmente aqueles cujas histórias que não puderam ser contadas devido às violências raciais, sociais e de gênero). Em relação à ressignificação, esse é justamente o lugar da poesia. E não é apenas uma questão de perspectiva: no poema, toda experiência deve ser transformada, recalibrada, iluminada. As nossas raízes e heranças estão repletas de brechas por onde a poesia pode nos espantar ou maravilhar. Em "Na Proa do Trovão", há belezas surpreendentes, mas também exumei emoções que toda a família prefere esconder. Por isso a literatura é necessária: ela é um lugar de encantamento a partir da palavra, mas é também, e talvez principalmente, um lugar de expurgo e libertação.


O livro transita entre diferentes gerações e épocas. Como você trabalhou a estrutura temporal dos poemas para entrelaçar essas histórias?
Maurício Rosa -  O livro começa nos anos 1920 e termina nos anos 1980. Por adotar a ordem cronológica, a estrutura temporal se armou naturalmente, ficando à cargo das personagens indicarem, discretamente, o momento que determinado poema retrata. Para isso, por exemplo, utilizei alguns referenciais musicais para que, de primeira, o leitor conseguisse se situar. Menciono o Rio de Janeiro do início do samba na figura de Tia Ciata (por volta dos anos 1920), a jovem-guarda (final dos anos 1960) e a cantora Fafá de Belém na juventude (metade da década de 1970).

Elementos da cultura e da história brasileiras aparecem de forma marcante, como a referência à Pequena África. Qual é a importância dessas citações para a narrativa poética do livro? De que forma contribuem para o resgate da identidade cultural?
Maurício Rosa -  Há dois eixos de importância: um é estético e o outro é em nome da memória que não pode ser apagada. Poeticamente, as referências enriquecem o texto, ambientam o leitor e propõem uma ligação de afetividade com o poema. Por sorte, a história do meu avô pôde andar em paralelo com grandes momentos socioculturais e eu tentei utilizá-los no livro para provar que, enquanto a chamada “história oficial” acontecia, uma vida pequena e silenciosa mobilizava e movimentava uma família, a minha. Toda história é uma grande história e contá-las, sejam elas ilustres ou apagadas, também é um resgate da nossa identidade coletiva.


Os textos tratam de aspectos íntimos da vida familiar, como no poema "Fascinação". Como foi equilibrar a exposição pessoal com a universalidade da poesia?
Maurício Rosa -  Não foi uma tarefa simples, mas poesia é risco. É realmente imprevisto o que pode acontecer quando começamos um poema e acredito que a universalidade se alcança somente com uma alta voltagem de honestidade. Dizer o que precisa ser dito não é fácil, mas é só assim que se pode escrever.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

.: Livro "Escuderia Mariscot" marca a estreia de Marcel Naves na literatura


O livro "Escuderia Mariscot - O Nome do Esquadrão da Morte" marca a estreia do jornalista Marcel Naves na literatura. A partir da sua vivência, ainda criança, nas redações de São Paulo, nos anos 1970, passa a conhecer de maneira muito peculiar um período importante da história do crime organizado, no Brasil, e detalhes de um dos seus principais personagens, descortinando os bastidores de um mundo violento. A obra surpreende. Não se trata de uma pesquisa acadêmica ou tampouco uma biografia, mas o relato particular do autor diante do surgimento da Scuderie Le Cocq e dos últimos anos de vida de um dos seus mais polêmicos integrantes, Mariel Mariscot.

Marcel se debruçou em arquivos e processos, além de entrevistas, e o resultado é um texto envolvente, com nuances ficcionais, mas muito realista. A Scuderie Le Cocq, criada na década de 1960 por policiais do Rio de Janeiro, foi um dos grupos mais temidos do Brasil por muito tempo, até ser extinto judicialmente no início dos anos 2000. O policial bandido Mariel Mariscot fez história como personagem sempre presente nas coberturas policiais da época.

O grupo ganhou destaque na mídia a partir de assassinatos, cujos corpos eram abandonados tendo ao lado o famigerado cartaz de um crânio cruzado por duas tíbias e logo abaixo, em destaque, as letras E.M. (Esquadrão da Morte), sua assinatura inconfundível. As redações recebiam telefonemas anônimos informando sobre os crimes cometidos e a localização dos cadáveres, os "presuntos". O alvo era a publicidade e, claro, mandar um recado. 

Mariel Mariscot, conhecido por ser um dos 12 homens de ouro da Guanabara, teve participação ativa na Scuderie, na qual fez história até ser expulso por sua atuação excessivamente violenta. Entre seus feitos, amplamente destacados nos jornais, estão uma fuga a nado de Ilha Grande, presídio de segurança máxima da ditadura militar, e sua eterna desavença com o famoso bandido Lúcio Flávio, eternizado na obra do cineasta Hector Babenco, Lúcio Flávio - O Passageiro da Agonia. E, ainda, o comentário do jornalista Percival de Souza sobre o Esquadrão e o trabalho de Marcel Naves, e fotos de Mariel Mariscot. Como classificar Mariel: policial bandido ou um bandido policial? É essa pergunta que o livro tenta responder, neste trabalho de fôlego do experiente jornalista Marcel Naves. Compre o livro "Escuderia Mariscot - O Nome do Esquadrão da Morte" neste link.


Sobre o autor
Marcel Naves atuou nas rádios Bandeirantes, CBN, Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Eldorado e Estadão. Os prêmios Vladimir Herzog, Ayrton Senna de jornalismo e o reconhecimento da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), como melhor repórter, estão entre algumas das muitas conquistas obtidas em sua trajetória. Garanta o seu exemplar de "Escuderia Mariscot - O Nome do Esquadrão da Morte" neste link.


sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

.: LGBTQIAPN+ : fantasia nacional retrata a origem das criaturas da noite


No misterioso reino de Nocturna, o alienígena Averyn acorda entre escombros na Floresta Sussurrante após sofrer uma queda com sua nave espacial. Além de ficar desorientado sobre o acidente e o mundo desconhecido onde caiu, o protagonista do lançamento "O Primeiro Vampiro", de Walli Silva, também descobre que agora possui poderes especiais e precisa de sangue para sobreviver. Com a missão de buscar respostas sobre a própria origem, ele parte rumo à Cidade das Brumas, lar do príncipe carismático e dedicado ao bem-estar do povo, Kai Vanthorn. Atraídos pela curiosidade e estranheza um do outro, eles criam uma inesperada conexão – que pode colocar em risco o território e seus habitantes.

Spin-off da saga "Vampiros de Nocturna", o autor  aprofunda a relação entre os protagonistas para contar como surgiram os primeiros predadores noturnos deste universo fantástico. A narrativa, que pode ser lida de forma independente, mostra a intensidade do vínculo dos personagens quando Kai oferece o próprio sangue para salvar Averyn de sua fraqueza. Mas, ao alimentar-se do príncipe, o alienígena acidentalmente transmite ao novo aliado um vírus que o transforma em vampiro. Isso provoca habilidades sobre-humanas no jovem, como força, supervelocidade, hipnose e a capacidade de virar névoa. Enquanto Averyn procura desvendar o passado, Kai tenta conciliar a sede de sangue com as responsabilidades de usar a coroa.

Logo que os dois começam a explorar o que significa essa nova condição e os sacrifícios exigidos por ela, porém, a maldição também se espalha por Nocturna e afeta a população. Esse cenário de desordem gera desafios éticos na liderança da realeza, e coloca à prova suas próprias convicções e o laço com Averyn. Unidos pelo compartilhamento de sangue, segredos e paixão proibida, os protagonistas decidem desafiar as normas sociais do reino, em uma trama que faz refletir sobre as complexidades do amor verdadeiro ao abordar temas como preconceito, identidade, aceitação, sacrifício, poder político e redenção pessoal.

Combinando fantasia, mistério, aventura e muito romance, O primeiro vampiro ambienta os leitores na atmosfera sombria e mágica na qual a força e a vulnerabilidade mostram que o verdadeiro poder vem do entendimento e do equilíbrio interior. O principal trunfo de Walli Silva é, sobretudo, colocar a diversidade e inclusão como parte essencial do enredo, conectando-se ao público que deseja ver mais representatividade LGBTQIAPN+ na literatura brasileira. Compre o livro "O Primeiro Vampiro", de Walli Silva, neste link.


Trecho do livro
"O novo poder o preenchia como uma onda, oferecendo-lhe uma confiança que jamais sentira antes. Ele compartilhava agora um vínculo inquebrável com Averyn, uma ligação que transcendia o sangue e se enraizava em suas almas. E, com esse laço, sentia-se preparado para o futuro, para explorar os mistérios do vampirismo ao lado do estrangeiro, determinado a descobrir os limites daquela transformação e o que ela significaria para o reino de Nocturna." ("O Primeiro Vampiro", p. 76)


Sobre o autor

Conhecido pelo nome artístico Walli Silva, Wallison Moreira da Silva soma mais de 60 mil e-books vendidos no Google Play e mais de 20 obras publicadas. Escritor de fantasia, terror e romance, o autor tem uma preocupação especial com a diversidade e inclusão, trazendo para a sua produção literária narrativas focadas em personagens e vivências LGBTQIAPN+. Em 2024, ele foi reconhecido como o melhor escritor de Fernandópolis, São Paulo, sua cidade natal, com o prêmio de Melhores do Ano do município. Também é graduado em Ciências Biológicas pela Faculdade Educacional de Fernandópolis (Fef) e funcionário público. Instagram: @AutorWalliSilva. Garanta o seu exemplar de "O Primeiro Vampiro", escrito por Walli Silva, neste link.


Ficha técnica
Livro "O Primeiro Vampiro"
Autor: Walli Silva
Formato: digital (e-book) e livro físico – publicação independente
Número de páginas: 167  
Compre o livro neste link.

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