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quarta-feira, 11 de junho de 2025

.: "Os Ratos Vão Para o Céu?", o novo livro de Vitor Miranda


Idealizador do Movimento Neomarginal, Vitor Miranda, contista conhecido pela ironia contumaz, lança “Os Ratos Vão para o Céu?” em espaços culturais no país: Ira Rebella (13 de junho), A Feira do Livro (de 14 a 22 de junho), Ria Livraria (26 de junho) - os três locais em São Paulo, Livraria Realejo em Santos (28 de junho), Festa Neomarginal em Paraisópolis, em São Paulo (5 de julho) e FLIP em Paraty (de 30 de junho a 3 de agosto). Nos contos da obra, Vitor traz as descobertas da infância em histórias fantásticas e em outras cruéis, sempre permeadas pelo seu característico sarcasmo e pela poesia que constrói o ritmo de sua prosa que por vezes se encontra com diálogos cotidianos e profundos. O livro conta com apresentações de Aramyz e Xico Sá

Recentemente ele passou em Curitiba, no Porão Loquax - o clássico espaço cultural em Curitiba, realizado no subsolo do Wonka Bar, que promove leituras de poesias e eventos literários, por onde já passaram autores como Estrela Leminski e Rodrigo Garcia Lopes, Fernando Koproski, Ricardo Corona, entre outros. O evento teve leitura do próprio autor com a da atriz Kátia Horn, na sequência uma conversa mediada pelo escritor João Dusi e pelo poeta Ricardo Pozzo. 

O que disseram sobre o livro
“Os pesadelos crescem e ficam adultos. Eles ainda estão aqui, junto com ratos, medos, interrogações e a crônica da realidade punk.” - Xico Sá, jornalista 

“Essas crianças pra quem ele dá voz, conheço todas, sou eu, meus sobrinhos, as crianças que foram criança junto comigo, as crianças que estão nas conduções, nos lugares por onde a gente passa, são as crianças que moram na minha rua, as crianças que sofrem abusos e tem medo de falar.” - Aramyz, escritor


Sobre o autor
Vitor Miranda é poeta e escritor paulistano com vivências pelo Paraná e Minas Gerais. Atualmente se divide em São Paulo e Valinhos. “Os Ratos Vão para o Céu?” é o sétimo título dele. Entre poemas e contos, e o romance experimental “A Moça Caminha Alada sobre as Pedras de Paraty”. É poeta e letrista da Banda da Portaria, projeto que nasceu para musicar os poemas de seu livro “Poemas de Amor Deixados na Portaria” e ganhou vida.

É parceiro em letras e canções de artistas como Alice Ruiz, Rubi, Touché, João Sobral, Luz Marina, Zeca Alencar e os porteiros João Mantovani, Binho Siqueira e Arthur Lobo. Também faz parte como letrista do Margaridáridas, projeto de sua parceria com o músico paranaense, Eduardo Touché. Criou em 2019 o videocast de poesia "Prosa com Poeta", no qual entrevistou diversos artistas como Alice Ruiz, Maria Vilani, Bob Baq, Daniel Perroni Ratto, entre outros. É criador e líder do Movimento Neomarginal, grupo artístico vivo que tenta vencer as amarras do mercado artístico misturando artistas de diferentes níveis (sociais) de público nos mesmos eventos. 


Serviço
Lançamento de “Os Ratos Vão para o Céu?”

Dia 13 de junho
Espaço Ira Rebella
Il Sogno Di Anarello, 88 - Vila Mariana / São Paulo
Entrada gratuita

De 14 a 22 de junho
A Feira do Livro
Praça Charles Miller, Pacaembu / São Paulo
Entrada gratuita

Dia 26 de junho
Ria Livraria
R. Marinho Falcão, 58 - Sumarezinho / São Paulo
Entrada gratuita

Dia 28 de junho
Livraria Realejo
Av. Mal. Deodoro, 2 - Gonzaga - Santos / SP
Entrada gratuita

5 de julho
Festa Neomarginal em Paraisópolis, em São Paulo 
Entrada gratuita

De 30 de junho a 3 de agosto
Flip em Paraty
Entrada gratuita

.: Graphic novel que aborda a vida de irmãos refugiados chega ao Brasil


Chega ao Brasil, publicado pela Editora nVersos, uma das mais premiadas graphic novels da década: “Quando as Estrelas se Espalham” coleciona prêmios e menções honrosas por sua sutileza e habilidade de abordar um tema sensível como a vida de pessoas refugiadas da guerra. Escrita com base nas memórias de Omar Mohamed, um dos autores do livro e que viveu em um campo de refugiados, e abrilhantado pelas ilustrações de Victoria Jamieson, premiada internacionalmente por livros como “All’s Faire in Middle School” e “Roller Girl”.

“Quando as Estrelas se Espalham” foi Finalista do National Book Award, uma das principais premiações literárias do mundo, e vencedor de diversas outras premiações, tais como: Melhor Graphic Novel para Adolescentes pela American Library Association (ALA); Prêmio Walter Award; Melhor Livro Infantil pelo New York Times; Melhor Livro Infantil do Ano pela Revista TIME; Melhor Livro do Ano pela School Library Journal e Melhor Livro Infantil do Ano pela Kirkus Reviews; Finalista do prêmio Jane Addams de Livro Infantil; além de Menção Honrosa do prêmio Schneider Family, do Charlotte Huck Award e do Children’s Africana Book Awards.

Ainda muito pequenos para se lembrar, Omar e seu irmão caçula, Hassan, fogem da Guerra da Somália para os campos de refugiados no Quênia, mais especificamente, Dadaab. Lá eles passam da infância para a adolescência e levam uma vida difícil enquanto fazem amigos e constroem um senso de lar, em um lugar onde a escassez de recursos e a espera pelo reassentamento são o que preenche os dias monótonos de quem não tem nada, além de esperança.

Apesar de terem sido adotados pela gentil Fatuma, que acolhe os irmãos como se fossem seus filhos, Omar e Hassan nunca deixam de procurar e ansiar pelo reencontro com a mãe verdadeira. Quando Omar tem a chance de frequentar a mesma escola que seus amigos, ele se vê dividido entre desejo e obrigação: ficar em casa e cuidar de seu irmão não-verbal, a única família que lhe restou, ou ir para a escola e buscar, por meio da educação, um caminho para além de Dadaab. Baseado em uma história real, “Quando as Estrelas se Espalham” é uma narrativa emocionante sobre resiliência, esperança e o poder transformador da educação.

Sofrimento, esperança e humor gentil coexistem nesta graphic novel sobre a infância à espera de um futuro melhor e um jovem capaz de criar um senso de família e lar nos cenários mais difíceis. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Quando as Estrelas se Espalham" neste link.


Sobre os autores
Omar Mohamed passou a infância em Dadaab, campo para refugiados no Quênia. Hoje ele mora na Pensilvânia e trabalha em um centro de reassentamento de refugiados. É fundador do Refugee Strong, um projeto que empodera estudantes que tiveram a mesma trajetória que a sua.

Victoria Jamieson é autora das graphic novels "All’s Faire in Middle School" e "Roller Girl", esta última premiada com o Newbery Honor. Formada em ilustração pela Rhode Island School of Design, trabalhou como designer de livros infantis antes de se tornar ilustradora. Atualmente, mora na Pensilvânia. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Quando as Estrelas se Espalham" neste link.

domingo, 8 de junho de 2025

.: Luiz Felipe Pondé e Carlos Taquari lançam livro nesta segunda, em SP


O alerta de Bertrand Russell nunca se fez tão necessário: “Só os tolos estão sempre cheios de convicção, enquanto os sábios estão cheios de dúvidas”. É com base nesse preceito que o filósofo, professor e escritor Luiz Felipe Pondé lança o livro “O Agente Provocador” pela Editora nVersos: . A obra foi produzida em coautoria com o jornalista Carlos Taquari e se autointitula como “uma metralhadora giratória contra a indigência mental e os donos das verdades absolutas”. O lançamento da obra acontecerá no dia 9 de junho, segunda-feira, a partir das 19h00, na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis.

Com seus artigos na Folha de S.Paulo e suas tiradas ferinas no programa “Linhas Cruzadas” na TV Cultura, Luiz Felipe Pondé conquistou uma legião de seguidores - e também inimigos -, para os quais ele daria um único conselho: leiam e tentem escapar do poço da ignorância.  Para ele, fica mais fácil entender as complexidades do mundo atual a partir da ótica dos grandes pensadores.

De Descartes, Pascal e Hume a Hobbes e Rousseau; de Montesquieu, Kant, Popper e Tocqueville a Nietzsche, Camus e Sartre, para citar apenas alguns. Em “O Agente Provocador”, escrito em formato de entrevistas entre Pondé e Taquari, além de temas como política, imprensa, censura, religião e redes sociais, o professor Luiz Felipe Pondé brinda os leitores com duas imperdíveis aulas de literatura, além de uma seleção de títulos como sugestão de leitura complementar, para entender todos os assuntos trazidos por ele.

“O Agente Provocador” surge para combater a nova forma de censura "líquida" que brota de toda parte: do politicamente correto ao ‘cala a boca’ jurídico que sentimos na pele, o livro dedica uma boa parte a essa catástrofe da inteligência pública levada a cabo pelos seus próprios agentes. Mergulhamos em dramas humanos constantes, passando por revoluções políticas conhecidas desde o século XVIII, pelo caráter sórdido e breve da vida política, sem que esqueçamos que esta é “um bordel de falsas virgens”, nas palavras do autor.

O livro também pode ser de grande ajuda para aqueles que, a partir da leitura de meia dúzia de livros, acreditam ser proprietários de todas as verdades. Apoie o Resenhando.com e compre o livro “O Agente Provocador” neste link.

.: Ana Paula Araújo lança "Agressão", um livro corajoso, necessário e urgente


Depois do impacto do best-seller "Abuso", a jornalista Ana Paula Araújo volta ao tema da violência de gênero com "Agressão", obra lançada pela Globo Livros. Com apuração minuciosa, entrevistas em todas as regiões do Brasil e relatos de vítimas, agressores e profissionais da área, o livro busca responder a uma pergunta urgente: por que tantas mulheres continuam sendo agredidas dentro da própria casa, em um país que tem uma das legislações mais avançadas do mundo?

Corajoso e necessário, "Agressão" lança luz sobre diferentes formas de violência - física, psicológica, sexual, institucional e virtual - e revela o abismo entre a proteção prevista em lei e a dura realidade vivida por milhares de brasileiras.

O livro está em pré-venda, com lançamento oficial marcado para o dia 11 de junho. A autora participa da Bienal do Livro Rio 2025 no próximo dia 18, às 16h00, no Skeelo Talks, e no dia 20 de junho, às 19h00, no Palco Apoteose Shell, parte da programação oficial da Bienal. Após o evento, Ana Paula Araújo seguirá em turnê com lançamentos em diversos estados do país. Apoie o Resenhando.com e compre os livros de Ana Paula Araújo neste link


Sobre a autora
Ana Paula Araújo nasceu no Rio de Janeiro, porém, ainda criança, mudou-se para Juiz de Fora, em Minas Gerais. É formada em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense e, aos 18 anos, fez sua estreia no jornalismo como estagiária na Rádio Globo. Após migrar para a televisão e passar pelas bancadas do "Bom Dia Rio" e do "RJTV", atualmente apresenta o "Bom Dia Brasil" e faz parte do rodízio de apresentadores do "Jornal Nacional". Em 2011, Ana Paula fez parte da equipe do Jornalismo da Globo que ganhou o Emmy Internacional pela cobertura da ocupação do Complexo do Alemão. É autora de "Abuso: a Cultura do Estupro no Brasil", lançado pela Globo Livros. Apoie o Resenhando.com e compre os livros de Ana Paula Araújo neste link

quarta-feira, 4 de junho de 2025

.: Antes da live action, Intrínseca relança livros de "Como Treinar o Seu Dragão"


A adaptação do best-seller "Como Treinar o Seu Dragão" estreia na rede Cineflix Cinemas e nas telonas do Brasil no próximo dia 12 de junho. Com direção de Dean DeBlois ("Lilo & Stitch", 2004), o live action conta com grande elenco: Mason Thomas ("O Telefone Preto") interpreta o protagonista Soluço, e Nico Parker ("Dumbo" e "The Last of Us") será Astrid. A obra é a primeira da série de livros de Cressida Cowell que vendeu mais de 450 mil exemplares e se tornou um verdadeiro sucesso entre os leitores brasileiros. Após anos indisponíveis nas livrarias, a Intrínseca relança os três primeiros livros da série: "Como Treinar o Seu Dragão, Como Ser Um Pirata" e "Como Falar Dragonês". A tradução é de Heloísa Prieto.

A história acompanha Soluço Spantosicus Strondus III, o herdeiro do chefe supremo da tribo dos Hooligans Cabeludos. Para se tornar um verdadeiro guerreiro viking, ele precisa domar e treinar o dragão mais feroz que conseguir encontrar. O problema é que Soluço acaba encontrando Banguela, o menor dragão já visto, além de um dos mais teimosos e que não ostenta um dente afiado sequer.

Como se isso não fosse o bastante, o menino não parece ter o menor dom para suceder o pai e se tornar um líder de prestígio para a tribo. Desastrado, magro e nem um pouco intimidador, Soluço não tem as habilidades esperadas para alguém como ele, que está destinado a realizar grandes feitos desde que nasceu. Sob o olhar de todos, o herdeiro terá que provar o seu valor e o de seu novo companheiro, além de mostrar que pode ser um dos grandes heróis da comunidade.

Junto ao relançamento de "Como Treinar o Seu Dragão" chegam às lojas outros dois volumes da série. Em "Como Ser Um Pirata", o leitor acompanha Soluço em uma aventura épica ao lado de Banguela, tentando sobreviver a naufrágios, escapar de dragões assassinos e desvendar os mistérios de um tesouro pirata escondido. Já em "Como Falar Dragonês", conhecemos as anotações da época em que o protagonista observava os dragões e aprendia a linguagem deles. Os escritos do viking foram motivados pelas aventuras que viveu quando sua tribo estava sendo ameaçada. Nesse meio-tempo, Banguela foi capturado por um exército romano, e uma guerra iminente entre as tribos vikings e os terríveis Dragões-tubarões emerge, desafiando Soluço a enfrentá-los enquanto tenta se tornar o salvador dos Hoolingans Cabeludos. 

Na aclamada série de livros, publicada em mais de 30 idiomas e com adaptações para o cinema e a televisão, Cressida Cowell conquistou o público com uma história de aventura que revolucionou o mercado infantojuvenil ao se tornar uma febre entre os pequenos leitores. Apoie o Resenhando.com e compre os livros de Cressida Cowell neste link.


Sobre a autora
Cressida Cowell formou-se em Literatura Inglesa pela Universidade de Oxford e em Design Gráfico pela St. Martin’s University, e é pós-graduada em Ilustração Narrativa pela Brighton University. Seu livro infantil de estreia, Little Bo Peep’s Library Book, foi lançado em 1998. Publicado em 2003, Como treinar o seu dragão encantou público e crítica — “Cowell é a nova estrela da literatura infantojuvenil”, afirmou The Times; “Uma das histórias infantis mais agradáveis e originais dos últimos tempos”, publicou The Independent. Foto: Cressida Cowell | Crédito: Debra Hurford Brown. Apoie o Resenhando.com e compre os livros de Cressida Cowell neste link.



"Como Treinar o Seu Dragão", de 
Cressida Cowell
Editora: Intrínseca
Tradução: Heloísa Prieto
Páginas: 224
Compre o livro neste link.



"Como Ser Um Pirata", de Cressida Cowell
Editora: Intrínseca
Tradução: Heloísa Prieto
Páginas: 224
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"Como Falar Dragonês", de 
Cressida Cowell
Tradução: Heloísa Prieto
Páginas: 240
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domingo, 1 de junho de 2025

.: "Sanduíche de Anzóis" reúne 25 anos de produção poética de Paulo Scott


A poesia de Paulo Scott é única na literatura brasileira. O ritmo, a respiração e a permanente colisão dos versos do autor enquanto poeta compõem uma dicção inconfundível, imagética e original, ainda mais singular do que a encontrada na prosa dele. Do mesmo autor do premiado romance "Marrom e Amarelo", a coletânea "Sanduíche de Anzóis", lançada pela editora Alfagura, reúne a produção poética de Scott nos últimos 25 anos, mas não apenas isso: ao revisitar textos, ele reescreve, corta, repensa, reorganiza, criando uma nova obra, totalmente reinventada, e independente dos livros anteriores escritos por ele. A linguagem, trabalhada ao longo de décadas, é combativa e desafia o esperado.

Para celebrar o lançamento do livro, o Sesc Paulista recebe, no dia 3 de maio, às 19h30, um encontro com leituras de poemas feitas por Paulo Scott, uma roda de conversa mediada pela escritora Andrea Del Fuego e acompanhamento musical de Mauro Dahmer na guitarra elétrica. O autor também estará disponível para uma sessão de autógrafos, e exemplares do livro estarão à venda no local. Girando em torno do amor, da revolta e da loucura - há também um breve e potente manifesto contra o novo fascismo -, esta inédita coleção marca sua sólida trajetória como um dos poetas mais singulares da atualidade. Apoie o Resenhando.com e compre a coletânea "Sanduíche de Anzóis", de Paulo Scott, neste link.

O que disseram sobre o livro
“Paulo Scott joga a isca, ou antes, lança ao leitor esse Sanduíche de anzóis celebrando seus 25 anos de trajetória no cenário da poesia contemporânea brasileira. Um pequeno spoiler: esta é uma poesia que se desdobra e salta, que captura. Talvez um origami ou um tecido vivo, seguramente algo em movimento. Profundamente contemporânea e, por isso mesmo, em direção ao futuro, a poética de Scott, pungente e insubmissa, move, comove, incita. Fisga. E não é possível entrar no seu território e sair incólume.” — Micheliny Verunschk

“Sua dicção é muito própria. Se fosse para apontar o mais diferente entre os diferentes, eu diria que é o Paulo Scott.” — Cíntia Moscovich


Sobre o autor
Paulo Scott nasceu em Porto Alegre em 1966. Publicou 16 livros: cinco romances — entre eles "Marrom e Amarelo" e "Habitante Irreal" —, um livro de contos, oito de poesia, uma dramaturgia e o romance gráfico "Meu Mundo Versus Marta", em parceria com Rafael Sica. Recebeu os prêmios Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional, APCA de poesia, Jabuti de melhor livro brasileiro publicado no exterior e Açorianos de romance. Vive atualmente em São Paulo. Apoie o Resenhando.com e compre a coletânea "Sanduíche de Anzóis", de Paulo Scott, neste link.


Serviço
Lançamento da coletânea de poemas "Sanduíche de Anzóis", de Paulo Scott
Mediação: Andrea Del Fuego. Acompanhamento musical: Mauro Dahmer
Terça-feira, dia 3 de junho de 2025, das 19h30 às 21h00
Sesc Paulista - Av. Paulista, 119 - Bela Vista / São Paulo

quarta-feira, 28 de maio de 2025

.: Entrevista: Juliete Vasconcelos e a construção da mente de um assassino


Juliete Vasconcelos subverte convenções do thriller ao revelar desde o início a mente do assassino e mergulhar em suas origens, motivações e perversidades. Foto: divulgação


Em "O Ceifador de Anjos: a Coleção de Fetos", a escritora Juliete Vasconcelos conduz o leitor por um thriller psicológico intenso e perturbador, onde o foco não está na descoberta de um assassino, mas em compreender sua mente. Inspirada por séries como "Dexter" e "You", a autora opta por revelar logo nas primeiras páginas que Vincent Hughes é um assassino em série - o que importa, aqui, é o “porquê” e não o “quem”. A narrativa desafia julgamentos fáceis e propõe uma imersão desconfortável e fascinante na complexidade da psicopatia, da manipulação e das múltiplas faces da maldade. 

Em vez de seguir a fórmula do suspense policial, a trilogia se dedica a acompanhar o Ceifador em três fases distintas: a glória invisível, os gatilhos da infância e o declínio inevitável. Em entrevista, a autora comenta o processo criativo da obra, fala sobre a construção do vilão e o compromisso de sua escrita com a complexidade humana. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "O Ceifador de Anjos: a Coleção de Fetos" neste link.


“O Ceifador de Anjos: a Coleção de Fetos” conta a história de Vincent Hughes, um homem aparentemente comum, mas que esconde ser um serial killer meticuloso e cruel. Como foi a construção psicológica do protagonista?  
Juliete Vasconcelos Acredito que por eu consumir conteúdos do gênero há tantos anos, a construção se deu de forma bastante natural. Conseguia ver no Ceifador traços muito similares aos vilões/anti-heróis dos livros e da TV. Inclusive, tive ótimos feedbacks no que se refere à construção psicológica do Ceifador vindos de psicólogos e psiquiatras. Soube por uma leitora, que também é psicóloga, que ela o indicou para o Conselho de Psicologia do qual fazia parte, sob a justificativa de que eu soube, enquanto autora, apresentar um psicopata “tal qual é de verdade”, o que me deixou muito feliz. 

O livro lida com temas como psicopatia, manipulação e assassinatos brutais. Como foi o processo de pesquisa e preparação emocional para escrever cenas tão intensas?  
Juliete Vasconcelos Como consumidora aficionada por conteúdos do gênero (livros, filmes, séries, documentários etc.), no que se refere à preparação emocional, não tive dificuldade para escrever a maior parte das cenas. Para mim, diferentemente do que ocorre quando leio outros gêneros, quando se trata de um thriller/criminal, consigo visualizar as cenas perfeitamente em minha mente, como se estivesse assistindo um filme. 


A escolha de revelar a identidade do assassino logo no início é incomum em thrillers. O que te motivou a subverter essa expectativa clássica do gênero? 
Juliete Vasconcelos Partindo da premissa de que produzimos aquilo que gostamos de consumir, sempre me senti mais instigada quando consigo (como leitora e telespectadora) mergulhar na mente do vilão/anti-herói, porque me permite despir-me de preconceitos e de fazer julgamentos, forçando-me a buscar as razões, obviamente não justificáveis, dos atos cometidos. Escancarar que a mente humana é complexa e que há variadas leituras e interpretações da realidade por “N” motivos, assim como diversas reações a elas - das mais brandas às mais perversas -, é o compromisso que assumi com minha escrita. 


Quais foram as referências para a construção da narrativa?  
Juliete Vasconcelos Documentários que partem da vida do criminoso, seja ele um assassino psicopata ou um serial killer; livros e séries como “Dexter” (Jeff Lindsay), “Perfume: a História de Um Assassino” (Patrick Süskind), “Bates Motel” (Robert Bloch) e “You” (Caroline Kepnes), que assim como na trilogia “O Ceifador de Anjos” acompanhamos o dia a dia do vilão/anti-herói, ficando as investigações sempre em segundo plano. 


O que os leitores podem esperar da trilogia “O Ceifador de Anjos” nos próximos volumes? 
Juliete Vasconcelos Muito sangue, muitas descobertas e reviravoltas. A trilogia está dividida nas três fases da vida do Ceifador. Neste primeiro volume (A coleção de fetos), temos a melhor fase da sua vida: onde ele faz e acontece sem precisar lidar com as consequências, é feliz e invisível no que se refere ao radar dos detetives; no volume 2 (Antes da coleção), retornamos à sua infância e adolescência, além de parte da sua vida adulta, quando dá início à coleção, de forma que o leitor possa “compreender” o que o levou a cometer tamanhas atrocidades; e por fim, no volume 3 (A última ceifa), deparamo-nos com a pior fase da vida do Ceifador, onde ele começa a arcar com as consequências de seus atos. Costumo brincar que no primeiro livro é fácil “amar” e até “torcer” pelo Ceifador, e que no segundo, o leitor é capaz de o entender e até ter alguma empatia pelo protagonista, enquanto, no livro três, quaisquer sentimentos são transformados em ódio.



terça-feira, 27 de maio de 2025

.: Novo livro propõe jornada pelo pensamento do filósofo Michel Foucault


Michel Foucault, um dos filósofos mais importantes e influentes da contemporaneidade, deixou uma obra vasta, complexa e multifacetada, cujo impacto continua a reverberar em diversas áreas do saber - da sociologia e da história ao direito e à teoria literária. Seus cursos no Collège de France, ministrados entre 1970 e 1984, constituem um material rico de ideias e reflexões que não apenas complementam, mas também aprofundam as temáticas desenvolvidas em seus livros. Com o objetivo de ampliar a compreensão desse pensamento, a PUCPRESS - editora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) -, acaba de lançar “Os Cursos de Foucault no Collège de France: um Guia de Leitura”, da pesquisadora Inês Lacerda Araújo.

O livro se propõe a navegar pelas mais de quatro mil páginas de transcrições dos cursos ministrados por Foucault, oferecendo um roteiro acessível para estudiosos e interessados na obra do pensador francês. Assinado por uma das vozes mais experientes no campo dos estudos foucaultiano no Brasil, a obra oferece uma síntese rigorosa e abrangente de cada curso, destacando os temas centrais, os conceitos-chave e as nuances argumentativas que marcam a singularidade do pensamento do filósofo.

O livro está organizado em quatro capítulos, que percorrem os principais eixos de investigação desenvolvidos por Foucault ao longo de sua trajetória intelectual. A primeira parte, intitulada "Discurso, Saber, Poder Judiciário e Punição", examina a relação entre verdade e poder, desde as narrativas míticas da Antiguidade até as complexas engrenagens da sociedade moderna. Conceitos como ilegalismo e as múltiplas formas de manifestação da ilegalidade são analisados à luz da genealogia foucaultiana, revelando as estratégias de controle, vigilância e normalização que atravessam as instituições sociais.

O segundo capítulo, "Psiquiatria e Anormalidade", mergulha no universo da loucura e da razão, analisando o papel do discurso médico na construção da fronteira entre o normal e o patológico. A partir da crítica foucaultiana, questionam-se os fundamentos epistemológicos da psiquiatria e evidenciam-se as formas de poder disciplinar exercidas sobre os indivíduos classificados como desviantes. Essa reflexão é ampliada pela genealogia da sociedade disciplinar e pela análise do poder soberano, oferecendo uma leitura crítica dos mecanismos de controle e exclusão que moldam as práticas sociais e institucionais.

Na terceira parte, "Poder sobre a Vida", Inês Lacerda Araújo conduz o leitor através de um dos conceitos centrais da obra de Foucault: o biopoder. A análise da transição do poder soberano para o biopoder revela a emergência de novas formas de governamentalidade, que visam a gestão da vida e da saúde da população. A discussão sobre a diferença entre governar território e governar população, bem como a introdução do conceito de segurança como elemento fundamental da gestão populacional, lançam luz sobre os dilemas e contradições que atravessam as formas contemporâneas de poder.

O último capítulo. “Governamentalidade, Discurso Verdadeiro, Experiência Ética e Política nas Práticas de Si”, é dedicado ao exame da dimensão ética e política da obra de Foucault, com foco na noção de cuidado de si. A análise da filosofia antiga, em particular da estilística dos gregos e latinos, revela a importância da reflexão sobre a subjetividade e a busca por uma vida virtuosa. A discussão sobre a parrhesía, ou coragem de dizer a verdade, e a investigação sobre a constituição do sujeito ético complementam essa reflexão, oferecendo ferramentas conceituais para a análise das práticas de resistência e da luta por autonomia.

Com erudição e paixão pela filosofia, Inês Lacerda Araújo oferece aos leitores uma chave de acesso privilegiada ao complexo e fascinante universo do pensamento foucaultiano. “Os Cursos de Foucault no Collège de France: um Guia de Leitura” se estabelece como uma obra de referência indispensável para a compreensão de uma das produções intelectuais mais influentes do século XX. Apoie o Resenhando.com e compre o livro “Os Cursos de Foucault no Collège de France: um Guia de Leitura” neste link.


Sobre Inês Lacerda Araújo
Doutora em Estudos Linguísticos pela UFPR, Inês Lacerda Araújo possui vasta experiência como professora e pesquisadora na área da Filosofia. É autora de diversas obras de referência, como Foucault e a crítica do sujeito e Curso de teoria do conhecimento e epistemologia. Apoie o Resenhando.com e compre o livro “Os Cursos de Foucault no Collège de France: um Guia de Leitura” neste link.

segunda-feira, 26 de maio de 2025

.: Clássico, "Dicionário da Bruxaria" de Doreen Valiente chega ao Brasil


Mais do que um simples livro, "O Dicionário da Bruxaria" é uma verdadeira viagem pelo universo místico e simbólico da bruxaria tradicional. Escrito por Doreen Valiente, uma das figuras mais importantes da wicca moderna, o livro, publicado originalmente em 1973, chega pela primeira vez ao Brasil em edição especial da Editora Goya, do Grupo Editorial Aleph. Com tradução de Carolina Candido, a obra conta com 512 páginas que exploram temas variados, da adivinhação à astrologia, passando por sabás, amuletos, deuses e perseguições históricas.

Doreen não fala no livro apenas como pesquisadora, mas como praticante. “Este livro está do lado das bruxas”, diz ela já na introdução da obra. “Trezentos anos atrás, essa afirmação poderia me levar à forca. Mas os tempos mudaram.” Essa postura corajosa e apaixonada é o que dá força e autenticidade a cada capítulo do livro, muitos deles ilustrados com referências históricas, imagens antigas e relatos pessoais da autora.

A estrutura do livro em formato de dicionário facilita o acesso a temas que muitas vezes são tratados de forma dispersa em outras publicações. De A a Z, a autora compila conhecimentos ancestrais e modernos sobre a bruxaria, resgatando práticas como o uso do athame, os rituais lunares, a astrologia e a relação com a natureza e os deuses.  Na nota de edição, a editora informa que manteve os termos e conceitos originais da autora, ainda que alguns possam soar desconhecidos ao leitor contemporâneo. Essa escolha reforça o caráter histórico e documental da obra, permitindo ao público brasileiro ter acesso direto ao pensamento de uma das maiores vozes da espiritualidade neopagã do século XX.

Além dos conteúdos informativos, "O Dicionário da Bruxaria" é um convite à reflexão sobre espiritualidade, liberdade religiosa e a resiliência de práticas perseguidas ao longo da história. “A bruxaria tem a ver com os poderes ocultos da mente humana”, escreve Valiente. 

Ideal para estudiosos, praticantes da bruxaria, curiosos e interessados em espiritualidades alternativas, o livro também se apresenta como ferramenta de combate ao preconceito e à desinformação sobre o universo esotérico. Nas palavras da autora: “Se o leitor ou leitora se interessar ou se deixar seduzir pelo aroma do que preparei neste caldeirão, com tantos e tão variados ingredientes, ficarei contente.”

Com uma edição luxuosa, o livro tem capa dura com relevo, vem com dois fitilhos e com belas ilustrações feitas por Mateus Acioli e Luis Aranguri, além do projeto gráfico assinado por Juliana Brandt, "O Dicionário da Bruxaria" é um convite ao conhecimento e à história das bruxas. Apoie o Resenhando.com e compre "O Dicionário da Bruxaria" neste link.


Sobre a autora
Doreen Valiente foi uma das fundadoras da wicca moderna, iniciada em quatro ramos diferentes da Antiga Religião na Grã-Bretanha. Estudou o ocultismo por mais de trinta anos e é uma das figuras mais conhecidas no universo da bruxaria, tendo participado de vários programas de rádio e TV para elucidar o tema. Seu profundo conhecimento de folclore, misticismo e magia cerimonial, combinado com talento literário, fez dela protagonista no ressurgimento das tradições pagãs no século 20. Faleceu em 1999. Apoie o Resenhando.com e compre "O Dicionário da Bruxaria" neste link.

.: Quem foi Gene Wolfe, o escritor que reinventou a ficção científica?


Poucos autores impactaram tanto a ficção especulativa quanto Gene Wolfe. Nascido em Nova Iorque em 1931, desafiou as narrativas tradicionais do gênero de ficção durante toda sua carreira. Dono de uma prosa densa, repleta de simbolismos e a habilidade de construir universos complexos, foi referência para George R. R. Martin, Ursula K. Le Guin e outros escritores contemporâneos.

Agora, sua obra-prima chega ao Brasil pela primeira vez em edição completa: "A Sombra do Torturador", primeiro volume da tetralogia "O Livro do Novo Sol", pela editora Morro Branco. Nesta obra, ele conduz os leitores por uma jornada de identidade, redenção e poder, em um mundo onde passado e futuro colapsam em um só. A tradução brasileira é assinada por Fábio Fernandes.


Clássico ganha edição inédita no Brasil
Referência para autores como Ursula K. Le Guin e George R. R. Martin, tetralogia "O livro do Novo Sol" será publicada (de forma completa) pela editora Morro Branco. Vencedor do prestigiado prêmio World Fantasy Award e considerado um dos melhores livros de fantasia científica já escritos, "A Sombra do torturador abre a saga "O Livro do Novo Sol", de Gene Wolfe. Composta por quatro volumes, a série chega ao Brasil por meio da editora Morro Branco pela primeira vez em edição completa.

Publicada originalmente em 1980, a obra apresenta Severian, um órfão criado pela misteriosa Guilda dos Buscadores da Verdade e da Penitência – os torturadores. Embora tivesse um futuro promissor como algoz, a trajetória do protagonista muda radicalmente quando se apaixona por uma das prisioneiras. Por demonstrar misericórdia à mulher ao invés cumprir seu papel como carrasco, ele é expulso e forçado ao exílio na longínqua cidade de Thrax, tendo como única companhia a lendária espada Terminus Est.

Durante o percurso da viagem até o exílio, o personagem encontra aliados improváveis, enfrenta inimigos implacáveis e se depara com relíquias enigmáticas de uma civilização perdida – entre elas, uma joia que desperta ainda mais perseguições. Cada passo dessa jornada faz com que Severian questione não apenas o mundo ao redor, mas a própria identidade e propósito. Será possível um aprendiz de torturador se tornar um homem bom? Diante de todo o mal que já fez, ele conseguirá se tornar melhor para a humanidade?

“Não sabemos em que ano a história se passa, mas somos informados de que, apesar do cenário de aparência medieval, estamos num futuro distante, provavelmente um milhão de anos à nossa frente. A Terra é um mundo que, social e politicamente, se reverteu a uma condição mais ‘primitiva’, embora os soldados possuam armas de raios e alienígenas caminhem entre os humanos”, contextualiza Fabio Fernandes, tradutor e prefaciador da obra.

O enredo é contado pelo ponto de vista do protagonista, que se mostra um narrador não-confiável logo no início. Embora Severian afirme ter uma memória perfeita, sem esquecer qualquer detalhe já vivido em toda a sua existência, seus relatos são repletos de omissões, contradições e interpretações pessoais que desafiam o leitor a montar o quebra-cabeça por conta própria.

Ao combinar fantasia, ficção científica e filosofia, Gene Wolfe constrói uma narrativa enriquecida por referências históricas, dilemas morais e símbolos religiosos. Com uma prosa densa e envolvente, o autor conduz os leitores por um mundo em ruínas, onde passado e futuro se entrelaçam em uma jornada sobre compaixão, identidade e transformação. Não por acaso, A sombra do torturador é reverenciada por autores como Ursula K. Le Guin e George R. R. Martin e considerada leitura essencial para quem busca fantasia de alta complexidade literária.


Sobre o autor
Gene Wolfe
foi um premiado escritor estadunidense de ficção científica e fantasia. Conhecido por sua prosa densa e alusiva, bem como pela forte influência de sua fé católica, Wolfe foi um prolífico escritor de contos e romancista, vencedor de diversos prêmios como Nebula, World Fantasy e Locus.

domingo, 25 de maio de 2025

.: Livro "A Argentina" é sobre território, identidade e o que fazer com a paixão


Uma história sincera e visceral sobre identidade, território e desejo em "A Argentina", romance de estreia de Rodrigo Natividade, publicado pela Imã Editorial. Narrativa visceral em autoficção (ou não) trata do intenso e transitório relacionamento entre o narrador, um jovem negro do Rio de Janeiro, e uma mulher branca argentina em visita à cidade.

Habituado às dinâmicas fugazes do sexo entre os jovens cariocas, o protagonista não sabe lidar com a paixão que o vai atando àquela mulher de outra língua, outra cultura, outra cor. O romance acentua os contrastes sociais e raciais tanto entre Brasil e Argentina quanto nas fronteiras invisíveis no próprio Rio - entre subúrbio e zona sul, entre o que se quer e o que se pode ser. Mais do que uma história de amor, "A Argentina" é um retrato arrebatador das relações contemporâneas, marcadas por desencontros e o choque entre os desejos profundos e a efemeridade das relações líquidas.


Trecho do livro
"Escrevo sem pensar nas consequências. Não escrevo para ela; lhe dedico estas páginas, mas este livro não é uma carta de amor [ainda que ridículo]. Não sei o que é este livro. Às vezes, parece que tudo o que faço é transcrever para o papel, com a mesma honestidade e paixão como a que vivemos. Escrever o livro que se escreveu sozinho enquanto vivíamos. Talvez, para a Argentina, meu nome seja ‘Rio’."


Sobre o autor
Rodrigo Natividade
, estudante de Letras e roteirista, estreia na literatura com maturidade rara e uma voz marcada pela inquietação e pela entrega. Filho do escritor e biógrafo Tom Farias, ele já desponta como uma das vozes mais potentes de sua geração.

sábado, 24 de maio de 2025

.: "Freshwater", de Virginia Woolf, é o livro de estreia do selo Inglesa


A literatura produzida por mulheres em língua inglesa encontra um novo espaço no Brasil com o lançamento do selo Inglesa, uma iniciativa da Degustadora Editora. Criado para trazer ao público brasileiro obras pouco conhecidas ou inéditas no país, o selo tem curadoria da escritora, tradutora e ensaísta mineira radicada na Inglaterra Nara Vidal, que, além da seleção, também é responsável pela tradução de alguns dos títulos.

A primeira obra publicada pelo selo é "Freshwater", a única peça teatral escrita por Virginia Woolf. O texto, um exercício modernista e irônico, ambientado na baía de Freshwater, onde ficava a casa de sua tia-avó, Julia Margaret Cameron, traz uma crítica a elite intelectual britânica da época. A obra lançada pela Inglesa apresenta duas versões da peça, datadas de 1923 e 1935, permitindo ao leitor acompanhar a evolução da escrita de Woolf.

"Traduzir esse texto foi uma experiência fascinante. Freshwater é repleto de humor e sagacidade, com muitas piadas internas e referências que mostram uma Virginia Woolf surpreendentemente leve e divertida", destaca Nara, vencedora do prêmio de melhor romance literário pela APCA, em 2024, com o livro Puro.

A edição de "Freshwater" chega ao mercado em um formato pocket de luxo em 124 páginas, com capa dura e guarda personalizada, além de tradução, notas e prefácio assinados por Nara Vidal. A identidade visual do livro também é assinada pela curadora, enquanto o trabalho gráfico é de Alexandre Guidorizzi. A capa utiliza um detalhe da pintura "The Red Book", do artista irlandês John Lavery.

A criação do selo Inglesa reflete o desejo da Degustadora Editora em expandir o acesso à literatura de autoras que, apesar de sua relevância, ainda não possuem circulação ampla no Brasil. Sob a direção de Melissa Velludo, a editora também busca promover o trabalho de tradutoras e escritoras brasileiras por meio da produção de textos de apoio, aumentando as oportunidades na área editorial. O livro Freshwater está à venda pelo site da Degustadora Editora, no link https://www.degustadoraeditora.com.br/freshwater/p

quarta-feira, 21 de maio de 2025

.: Clássico: Edith Wharton ganha edição de luxo com tradução de Nara Vidal


Segundo título do Selo Inglesa, da Degustadora Editora, "Xingu e Outros Contos" está em pré-venda com brindes e encontro on-line com equipe editorial


Após o lançamento de "Freshwater", de Virginia Woolf, a Degustadora Editora apresenta o segundo título do Selo Inglesa: "Xingu e Outros Contos", da norte-americana Edith Wharton (1862-1937), primeira mulher a receber o Prêmio Pulitzer de Ficção. Com edição de luxo em capa dura e guarda personalizada, o livro já está em pré-venda e traz como diferencial a participação em um encontro on-line com a curadora e tradutora Nara Vidal e integrantes da equipe editorial.

Com humor refinado e crítica social afiada, os seis contos do livro apresentam ao leitor brasileiro uma autora pouco difundida, mas de escrita sofisticada e surpreendente. Entre os destaques estão “Xingu” - que dá nome à edição -, e “O Pelicano”, sátiras da falsa erudição e do esnobismo da elite norte-americana do início do século 20.

“Traduzir Edith Wharton tem sido um desafio e um prazer imensos. Sua escrita é sedutora, elaborada e exige da tradução uma entrega obsessiva pela palavra certa, pela ironia preservada, pelo ritmo do texto original. É um trabalho que envolve paixão e precisão”, comenta Nara. “'Xingu e Outros Contos' é uma seleção feita com amor e com um cuidado imenso com o leitor brasileiro, que merece conhecer mais profundamente essa autora extraordinária”, completa a curadora e tradutora da obra. O lançamento traz ainda textos críticos assinados por Nara Vidal e pela professora e crítica literária Ligia Gonçalves Diniz.

A editora da Degustadora, Melissa Velludo, comemora o novo volume do Selo Inglesa. “Pouco traduzida no Brasil, Wharton ganha agora uma edição primorosa e acessível. Seu olhar crítico sobre as convenções sociais e sua habilidade de transitar do humor à melancolia fazem dela uma autora indispensável - sobretudo para quem se interessa pelas questões de gênero e pelas transformações sociais do século passado”, afirma.

Além do projeto gráfico refinado, o livro traz brindes na pré-venda, como ecobags, cadernetas e cartão postal exclusivo. Os leitores que adquirirem a obra antecipadamente pelo Catarse também ganham acesso a um bate-papo especial com a equipe responsável pela edição, em uma oportunidade de mergulhar ainda mais no universo de Edith Wharton e da tradução literária. A pré-venda de Xingu e outros contos é feita pelo link https://www.catarse.me/xingueoutroscontos.
 

Sobre o Selo Inglesa
O Selo Inglesa, criado pela Degustadora Editora, tem como proposta publicar autoras de língua inglesa em domínio público, com curadoria e tradução cuidadosas. A proposta é valorizar obras pouco conhecidas do grande público e resgatar autoras fundamentais com novos olhares. Entre os próximos lançamentos previstos pela editora estão um livro de cartas de Mary Wollstonecraft e a obra "Matilda", de Mary Shelley, em edição especial de luxo.

 
Sobre a autora
Edith Wharton foi escritora, ensaísta e crítica literária. Além de receber o Prêmio Pulitzer de Ficção, em 1921, também foi agraciada com o título de doutora honoris causa pela Universidade de Yale. Autora de romances, contos, poesia e livros de não-ficção, Wharton se destacou por retratar com acidez e precisão os costumes da elite norte-americana de sua época.

 
Sobre a tradutora
Nara Vidal é escritora, professora, curadora do Selo Inglesa e tradutora de autoras como Virginia Woolf, Katherine Mansfield e Selby Wynn Schwartz. Formada em Letras pela UFRJ, é mestre em Artes pela London Metropolitan University e desenvolve um trabalho de resgate e valorização de autoras clássicas da literatura em língua inglesa.

.: Globo Livros lança "Partes de Mim", a autobiografia de Whoopi Goldberg


Chega às livrarias pela Globo Livros, a autobiografia "Partes de Mim: a Vida com Minha Mãe e Meu Irmão", um relato sincero, emocionante e profundamente humano da atriz Whoopi Goldberg - uma das vozes mais marcantes do entretenimento mundial. Vencedora do Emmy, Grammy, Oscar e Tony - um feito reservado a pouquíssimos artistas - ela abre seu coração para revelar suas raízes e as histórias que moldaram sua infância. “Este é um livro sobre a minha família nuclear: meu irmão, Clyde, e principalmente a minha mãe, porque nada do que fiz teria acontecido sem ela. Por causa dela, deixei de ser Caryn Johnson, a ‘garotinha esquisita’ da periferia, por quem ninguém dava nada, para ser eu, Whoopi Goldberg.”

Nascida Caryn Johnson, nos arredores de Nova York, Whoopi narra a própria trajetória com coragem e autenticidade. Em um relato íntimo, ela revisita suas origens e relembra uma infância cheia de desafios, mas também de vínculos profundos com a mãe — uma mulher de força inabalável — e com o irmão, seu grande parceiro de vida. A obra é uma homenagem comovente ao poder da família e à busca por identidade e pertencimento.
 
Com estilo inconfundível - direto, afetuoso e cheio de personalidade - Whoopi conduz o leitor por momentos de vulnerabilidade e superação: o enfrentamento do vício em drogas, a dor da perda de entes queridos, e os bastidores nem sempre glamourosos do estrelato em Hollywood e no teatro. “Revisitar essas histórias foi como ver de fora como eu cresci e evoluí. A dor não vai embora, ela muda. E você muda junto. Acho que esse livro é sobre isso: sobre crescer, tropeçar, aprender com o que deu certo e com o que deu errado”, diz Whoopi. Com irreverência, força e uma sinceridade rara, Whoopi Goldberg compartilha com os leitores um pedaço de sua alma — e nos lembra por que sua trajetória é tão inspiradora. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Partes de Mim: a Vida com Minha Mãe e Meu Irmão" neste link.


Sobre a autora
Whoopi Goldberg, nome artístico de Caryn Elaine Johnson, é atriz, apresentadora e cantora norte-americana. Ela é uma das poucas artistas na seleta lista dos EGOT, ou seja, a ter reconhecimento das principais premiações do entretenimento norte-americano: o Emmy, o Grammy, o Oscar e o Tony. Ela também já conquistou dois Globos de Ouro e recebeu o prestigioso Prêmio Mark Twain de Humor Americano. Whoopi participou de diversos filmes e atualmente faz parte da bancada do programa The View, da ABC. Ela mora em Nova York e Vermont. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Partes de Mim: a Vida com Minha Mãe e Meu Irmão" neste link.

terça-feira, 20 de maio de 2025

.: "Sintomas": livro de Marcela Ceribelli olha para o que foi ensinado sobre amar


Em "Sintomas - E o que Mais Aprendi Quando o Amor me Decepcionou", o novo livro de Marcela Ceribelli, são combinadas memórias, reflexões e um olhar afiado sobre as estruturas que moldam os afetos, as escolhas e o que as pessoas carregam dentro delas mesmas como pontapé para um mosaico tão íntimo quanto universal.

No livro lançado pela Harper Collins Brasil, Marcela não apresenta uma desconstrução amarga, mas olha com coragem para o que foi ensinado sobre amar, cuidar e ser cuidada. Ela explode as bolhas do amor romântico, escancarando como quem “merece” viver histórias de amor e quem continuamente é deixado à margem.

Esperar, aqui, deixa de ser um ato passivo. É sobre controle, poder e sobre viver à sombra da paciência que ensinaram principalmente às mulheres. "Sintomas" mostra como a espera se camufla - em silêncios, em hesitações, em buscas por validação -, e como é preciso reaprender a se mover para fora dela. E propõe dar nome - aos desprazeres, às injustiças, às pequenas violências diárias que fingimos não ver  é o primeiro passo para deixar de carregar sozinha o que dói. O mapa das emoções ganha traços mais nítidos, e, com ele, somos convidadas a desenhar novas rotas. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Sintomas - E o que Mais Aprendi Quando o Amor me Decepcionou" neste link.

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domingo, 18 de maio de 2025

.: "As regras do jogo" sequência apaixonante de "Táticas do amor"

Do mesmo universo do sucesso "Táticas do amor", novo livro da autora best-seller Sarah Adams explora a presença das mulheres no esporte, sem deixar de lado o bom humor e o romance característicos de suas obras. Em "As regras do jogo", que chega às livrarias pela Intrínseca em maio, a escritora retrata um ambiente tradicionalmente machista e dá protagonismo a uma agente esportiva recém-formada e obstinada, que aceita um desafio profissional para alavancar sua carreira. O problema é que seu primeiro cliente é um astro do futebol americano que, por coincidência, foi seu ex-namorado durante a faculdade.

Mulheres que trabalham com esporte costumam enfrentar alguns desafios a mais durante seu trajeto profissional. Nora tem plena convicção disso, ao mesmo tempo que acredita ter as qualidades necessárias para se tornar uma das melhores agentes no mercado. Filha de mãe solo, ela sempre fez questão de traçar planos bem definidos para alcançar seus objetivos pessoais e, por conta disso, acabou terminando de forma abrupta seu relacionamento com Derek. Agora, recém-promovida a agente em tempo integral, está convencida de que vai fazer por merecer a confiança que sua chefe, Nicole, depositou nela.

Já Derek está em um período delicado de sua carreira. Depois de ser afastado dos gramados por uma lesão séria, seu grande receio é ser dispensado do time. Jornalistas e fãs nas redes sociais parecem não acreditar em um retorno triunfal do jogador, mesmo sendo uma lenda da NFL — a liga de futebol americano —, e já dão seu fracasso como certo. Neste cenário, ele acaba reencontrando Nora, e todos aqueles sentimentos reprimidos de anos atrás voltam à tona. A novata ainda é a única mulher que ele amou de verdade, mas é muito difícil conciliar seus sentimentos conflituosos. 

Ao longo do livro, Nora precisa provar que está apta a fechar acordos milionários e reverter a situação de seu cliente com a opinião pública. Enquanto isso, Derek embarca em uma vingança pessoal e quer fazer de tudo para que a ex-namorada sofra como ele sofreu. Um obstáculo, porém, aparece no caminho dos dois: em uma viagem de trabalho para Las Vegas, eles acordam abraçados na mesma cama, e o pior: descobrem que, na noite anterior, depois de muitas doses de bebida, eles acabaram se casando.

Em uma narrativa bem-humorada e com um romance apaixonante, Sarah Adams trata de temas importantes do cotidiano e lança luz sobre o machismo nos ambientes de trabalho. 

Compre "As regras do jogo", de Sarah Adams aqui: amzn.to/4knftqj

Sarah Adams nasceu e cresceu em Nashville, Tennessee. É uma introvertida indecisa viciada em café, ama a família e dias quen­tes, tem duas filhas e é casada com o melhor amigo. Queria ser escritora desde criança, mas só finalmente começou a trabalhar no seu primeiro romance quando suas filhas estavam tirando um cochilo e ela ficou sem desculpas para adiar o plano. O sonho dela é passar a vida inteira escrevendo his­tórias que fazem rir, e talvez até chorar, mas que sem dúvidas deixam a gente mais feliz ao finalizar a leitura. É autora de "Táticas do amor" e A"mor em Roma", ambos publicados pela Intrínseca.


"As regras do jogo", de Sarah Adams

Editora: Intrínseca 

Tradução: Isadora Prospero

352 páginas

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sexta-feira, 16 de maio de 2025

.: Mary Del Priore lança duas aventuras juvenis que revisitam o Brasil colonial

 

Historiadora apresenta ao público jovem as origens da colonização e da Inconfidência por meio de narrativas ficcionais fundamentadas em pesquisa histórica

A partir de personagens ficcionais e tramas envolventes, Mary Del Priore convida o público jovem a mergulhar em dois momentos centrais da história do Brasil: o início da colonização portuguesa e os anos que antecederam a Inconfidência Mineira. Lançados pela Editora Unesp, "A Descoberta do Novo Mundo" e "A Viagem Proibida" transportam o leitor para o interior de uma história viva, construída com base em ampla pesquisa documental e imersão sensível. Os dois livros se propõem a estimular o gosto pela história nacional em leitores adolescentes, ao mesmo tempo em que servem de suporte paradidático para professores e escolas que desejam trabalhar conteúdos históricos com rigor e criatividade.

Em "A Descoberta do Novo Mundo", a autora recua no tempo para o início da ocupação portuguesa no território americano. Acompanhamos Paulo e Pedro, dois garotos enviados ao Brasil como “meninos-língua” – tradutores improvisados entre europeus e indígenas – que embarcam em uma caravela ao lado de degredados e personagens enigmáticos, como Branca, uma mulher temida por sua fama de bruxa. Em terra firme, os jovens enfrentam os perigos da mata e dos rios, o embate entre jesuítas e indígenas, e até o choque com franceses fundadores da efêmera França Antártica. A narrativa mostra como se davam os primeiros contatos coloniais e revela o papel dos esquecidos na construção da história brasileira. Apoie o Resenhando.com e compre "A Descoberta do Novo Mundo" neste link.

Já em "A Viagem Proibida; nas Trilhas do Ouro" , o leitor acompanha a trajetória de Afonso, jovem português que chega ao Brasil com o pai e o irmão gêmeo no período de efervescência da Vila Rica de Ouro Preto. Separado da família, Afonso é acolhido por um quilombo e passa a conhecer de perto a resistência negra, enquanto acompanha os movimentos que levariam à conspiração dos inconfidentes. Com linguagem acessível e ambientação precisa, o romance juvenil reconstrói os debates políticos e econômicos da época, o declínio da mineração, os excessos da Coroa portuguesa e as tensões entre colonizadores e a população local, dando voz também aos quilombolas e suas formas de organização social. Apoie o Resenhando.com e compre "A Viagem Proibida" neste link.

Ao unir pesquisa histórica consistente a uma linguagem acessível e empolgante, Mary Del Priore reafirma seu papel como uma das principais divulgadoras da história do Brasil para diferentes públicos. Com esses dois lançamentos voltados ao público juvenil, a autora contribui para aproximar jovens leitores de temas fundamentais do passado nacional, valorizando tanto a complexidade dos eventos quanto a pluralidade de vozes que os compõem.  


Sobre a autora
Mary Del Priore é doutora em História pela Universidade de São Paulo (USP). Lecionou História na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) dessa instituição e na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. Publicou, pela Editora Unesp, "Ao Sul do Corpo" (2009), "História do Esporte no Brasil" (2009), "História do Corpo no Brasil" (2011), "História dos Homens no Brasil" (2013), "História dos Crimes e da Violência no Brasil" (2017), "A História do Brasil nas Duas Guerras Mundiais" (2019), "História dos Jovens no Brasil" (2022) e "O Castelo de Papel: uma História de Isabel de Bragança, Princesa Imperial do Brasil, e Gastão de Orléans, Conde d’Eu" (2024). Em 1998, recebeu os prêmios Jabuti e Casa Grande & Senzala pelo livro "História das Mulheres no Brasil" (Contexto, 1997).  Apoie o Resnhando.com e compre os livros de Mary Del Priore neste link.


Ficha técnica
"A Descoberta do Novo Mundo"
Autora: Mary Del Priore
Número de páginas: 110 
Formato: 12 x 21 cm
ISBN: 978-65-5711-229-8
Apoie o Resenhando.com e compre "A Descoberta do Novo Mundo" neste link.  


"A Viagem Proibida; nas Trilhas do Ouro"
Autora: Mary Del Priore
Número de páginas: 104
Formato: 12 x 21 cm
ISBN: 978-65-5711-230-4
Apoie o Resenhando.com e compre "A Viagem Proibida" neste link.

quarta-feira, 14 de maio de 2025

.: Baixada Santista: escritor lança livro de contos ambientados nas ruas


Nas histórias de “Me Vê Dez Médias”, a violência e a brutalidade masculina guiam e atormentam os protagonistas criados por Leandro Marçal

Nem só de belas praias e atrações turísticas vive a Baixada Santista. Por mais que o bairrismo nosso de cada dia tente fechar os olhos, a região também é farta em desigualdades e hostilidade. Some-se a isso a violência e a brutalidade dos homens comuns e pronto: nasce "Me Vê Dez Médias", um livro de 14 contos ambientados em ruas, praças, avenidas e locais conhecidos da nossa província à beira-mar. O quinto livro do vicentino Leandro Marçal é uma publicação independente e foi viabilizado pelo Edital de Chamamento Público 005/2024 da Secult/SV com recursos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura. O lançamento de "Me Vê Dez Médias" será neste sábado, dia 17 de maio, das 14h00 às 18h00, na Rua Frei Gaspar, 1731, no Centro de São Vicente, no litoral de São Paulo.

“Minha ideia inicial era ter um livro de histórias curtas, em que a região seria tanto ambiente quanto protagonista. Essa expressão tão comum aqui, Me vê dez médias, não é o título do livro à toa. Só que com o passar do tempo, conforme escrevia, percebi que tinha algo além. Essa coisa do homem se provar o tempo todo, tentar se impor pela força e ganhar no grito é o fio condutor dos contos. Seja de forma prática ou simbólica”, explica Marçal. 

O autor vicentino publicou seu primeiro livro em 2018, estreando com a antologia de crônicas “De Letra: o Futebol É Só Um detalhe” pelo Selo drible de letra; no mesmo ano, lançou o romance “No caminho do nada”, pela Kazuá; em 2022, “Notas de Um Restaurante” trouxe ensaios autobiográficos e em 2023 foi a aposta da Dolores Editora com “O Último a Ser Escolhido”, cujos contos têm no futebol sua ambientação. 

“Não tenho nada contra a literatura que trata das praias e da beleza de Santos, de São Vicente, da região. Mas como eu moro aqui a vida inteira, sei que a Baixada carrega uma brutalidade. Esse livro tem mais o cinza das ruas do que as cores da areia e do mar”, complementa. O valor de cada exemplar é de R$ 30,00 e os pedidos também podem ser feitos no site do autor: www.tireidagaveta.com.br.

terça-feira, 13 de maio de 2025

.: "Criminals - Doce Vingança": antes de virar livro teve mais de 500 mil leituras

Inspirado em uma fanfic que possuía Jimin e Jungkook como o casal protagonista, o primeiro livro da série "Criminals - Doce Vingança" é lançado pela editora Violeta recheado de expectativas. Após seu sucesso absoluto no Wattpad, a obra do escritor Wudson Jr. foi ampliada e tornou-se o primeiro dark romance a ser publicado pela editora.

Há um ditado coreano que diz: não beba a sopa de kimchi primeiro. Seja paciente e prosperará. Para Billy Hopper, protagonista de “Criminals”, isso não tem importância porque seu tempo não significa nada. Forçado a crescer sob a asa protetora do pai, um magnata metalúrgico possessivo, tudo o que ele precisa fazer é ser o filho perfeito enquanto vê os dias passarem. Mas uma fortuna e compras desenfreadas podem suprir a ausência da liberdade que tanto anseia?

“Quando comecei a escrever o primeiro volume, “Doce Vingança”, no Wattpad, mesmo sem jamais esperar que a história saísse das telas para as páginas de um livro, busquei me aproximar ao máximo do que consideramos um romance avassalador entre opostos que, por infortúnio do destino, se atraem de uma maneira tão intensa que se torna impossível de ignorar.” – Wudson Jr.

A resposta chega em um bar, quando um estranho de olhos pretos e sorriso maldoso pede seu número. Enzo Salvatore está em Seul com uma missão: vingar a própria família. Alto, calado, perigoso e, principalmente, hétero, ele é para Billy um retrato violento de liberdade, assim como sua ruína.

O que começa com uma inimizade recheada de provocações, pouco a pouco, torna-se uma conturbada relação de desejo, sexo e mentiras. Afinal, não se deve confiar em mafiosos, e Billy irá descobrir isso da pior maneira.

“Torço para que mais pessoas conheçam a história de Billy e Enzo. Eles são um retrato de pessoas enjauladas e desesperadas em busca da liberdade e, com toda a certeza, são uma boa e sombria aventura para os que anseiam se perder nas páginas de um dark romance repleto de mistério, intrigas, enemies to lovers, sexo e romance”Wudson Jr.

“Fanfics" são histórias ficcionais criadas por fãs, baseadas em personagens e universos de obras existentes, como filmes, livros ou séries. Essas narrativas permitem que os fãs explorem enredos alternativos, desenvolvam romances e aprofundem aspectos não abordados nas obras originais. "Criminals", por exemplo, originou-se como uma fanfic inspirada em Jimin (que na trama virou Billy Hopper) e Jungkook (agora como Enzo Salvatore no livro), integrantes do grupo sul-coreano BTS.

"Criminals - Doce Vingança" é uma leitura intensa que explora os limites entre o desejo e a destruição, mergulhando o leitor em uma trama repleta de emoções fortes e reviravoltas inesperadas. A continuação da série já tem nome: “Roleta russa” está em pré-venda (editoravioleta.com.br/produtos/pre-venda-criminals-volume-2-roleta-russa) entre do dia 5 de maio até 5 de junho.


Trecho do livro:


— Não ouse seguir em frente — murmurei.

Billy torceu o lábio, finalmente me encarando.

— Como eu poderia? — perguntou.

Silêncio.


Ergui uma mão até seu rosto. Ele, por sua vez, recuou do meu toque. Decidi ser um pouco mais incisivo e perseguir seu rosto, finalmente tocando sua bochecha.

— Enzo, não é uma boa i–

— Pensar em estar sem você faz meus ossos arderem porque eu te amo, Billy. Entendeu, porra? Não tem como seguir em frente e eu não vou. Você é meu, nasceu pra ser só meu, e eu nunca vou abrir mão disso. Não importa se não é possível agora, eu sempre vou atrás de você. Até no Inferno — sussurrei, sentindo meu peito quente.

Eu tinha acabado de me declarar para Billy. Porra, aquilo era patético!

Mas era bom. Muito bom.

— Eu também te amo, Enzo — ele respondeu, inclinando-se para o meu toque, com os olhos lacrimejantes. — Até no Inferno.


Compre CRIMINALS – Doce Vingança (Vol.1),  Wudson Jr. aqui: https://amzn.to/4jSV4cW


Sobre o autor: Wudson Júnior descobriu sua paixão pela escrita de romances desde pequeno. É acreano, formado em Letras e um grande amante de histórias cheias de amor, drama e reviravoltas - sejam sobrenaturais, mafiosas ou de qualquer outro tema, desde que o emocionem. Suas influências vão de Stephen King a Agatha Christie. Espera nunca deixar de ser assombrado pelos pesadelos que o inspiram a escrever e sonha em ter sua própria livraria no futuro. É autor de O Maestro e O Khaos, de A Saga Nas Mãos do Diabo; e de Doce Vingança e, agora, Roleta-russa, da série CRIMINALS.


Livro: CRIMINALS – Doce Vingança (Vol.1)

Autora:  Wudson Jr. (@juniorsevahc)

Editora: Violeta

564 páginas

segunda-feira, 12 de maio de 2025

.: "O Julgamento de Flordelis" relata em detalhes o crime que chocou o Brasil


Imagine se Truman Capote vivesse no Rio de Janeiro e tivesse de escrever sobre uma tragédia familiar digna de Nelson Rodrigues. O resultado, certamente, seria parecido com o livro "O Julgamento de Flordelis: a História de Uma Família Brasileira", lançado pela editora Todavia, com capa de Daniel Justi. O jornalista Paulo Sampaio maneja as mesmas armas que tornaram célebre o escritor norte-americano: ritmo, mordacidade e atenção implacável ao detalhe. E o tema escolhido não poderia ser mais rodriguiano: a história de Flordelis, a pastora evangélica e ex-deputada acusada de planejar o assassinato do próprio marido.

Embora os fatos relativos a esse crime ocorrido em 2019 já tenham sido explorados pelo jornalismo policial, seu impacto dramático e as fissuras que revela na sociedade brasileira ainda não foram objeto de atenção. Pastora evangélica criada em uma das favelas mais violentas do Rio de Janeiro, a do Jacarezinho, Flordelis alcançou a celebridade como mãe de supostos 55 filhos, entre biológicos, adotivos, afetivos e de consideração. 

Apontado como o cérebro por trás de Flordelis, o pastor assassinado era 16 anos mais novo que a mulher. Foi ele quem a lançou como cantora no mercado gospel e concebeu uma organização religiosa com o nome dela que chegou a ter sete congregações, trinta pastores e atrair três mil fiéis. Com foco no julgamento da pastora, a que assistiu com vista privilegiada para o banco dos réus, Paulo Sampaio transforma um tribunal de Niterói num celeiro de tipos que parecem saídos de um folhetim: uma bombásticas, filhos instrumentalizados pela mãe atuando uns contra os outros, advogados com gel no cabelo embebidos em autoimportância, juristas discutindo por causa do ar-condicionado.

Por trás desse painel, vai se desenhando uma história permeada por interesses, vaidades, ambição e violência. Com humor e precisão cirúrgica, o autor tece uma rede de relações em que tudo aparece atravessado por motivações pouco edificantes e, em última análise, pela tragédia social brasileira. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "O Julgamento de Flordelis" neste link.


Sobre o autor
Paulo Sampaio mudou-se para São Paulo aos 23 anos, logo depois de se formar em jornalismo. Ao longo de quase 40 anos, trabalhou nas redações dos principais jornais e revistas da cidade - Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Veja e Elle -, e em publicações do site Glamurama; mais recentemente, manteve uma coluna no portal de notícias Uol. Tornou-se especialista em mundanidade; cobriu eventos que iam de festas de sociedade a posses de presidentes, de Olimpíadas a batizados de cachorros, cursos de etiqueta e
entrevistas com atores e celebridades. Foto: divulgação. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "O Julgamento de Flordelis" neste link.
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