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terça-feira, 13 de maio de 2025

.: "Criminals - Doce Vingança": antes de virar livro teve mais de 500 mil leituras

Inspirado em uma fanfic que possuía Jimin e Jungkook como o casal protagonista, o primeiro livro da série "Criminals - Doce Vingança" é lançado pela editora Violeta recheado de expectativas. Após seu sucesso absoluto no Wattpad, a obra do escritor Wudson Jr. foi ampliada e tornou-se o primeiro dark romance a ser publicado pela editora.

Há um ditado coreano que diz: não beba a sopa de kimchi primeiro. Seja paciente e prosperará. Para Billy Hopper, protagonista de “Criminals”, isso não tem importância porque seu tempo não significa nada. Forçado a crescer sob a asa protetora do pai, um magnata metalúrgico possessivo, tudo o que ele precisa fazer é ser o filho perfeito enquanto vê os dias passarem. Mas uma fortuna e compras desenfreadas podem suprir a ausência da liberdade que tanto anseia?

“Quando comecei a escrever o primeiro volume, “Doce Vingança”, no Wattpad, mesmo sem jamais esperar que a história saísse das telas para as páginas de um livro, busquei me aproximar ao máximo do que consideramos um romance avassalador entre opostos que, por infortúnio do destino, se atraem de uma maneira tão intensa que se torna impossível de ignorar.” – Wudson Jr.

A resposta chega em um bar, quando um estranho de olhos pretos e sorriso maldoso pede seu número. Enzo Salvatore está em Seul com uma missão: vingar a própria família. Alto, calado, perigoso e, principalmente, hétero, ele é para Billy um retrato violento de liberdade, assim como sua ruína.

O que começa com uma inimizade recheada de provocações, pouco a pouco, torna-se uma conturbada relação de desejo, sexo e mentiras. Afinal, não se deve confiar em mafiosos, e Billy irá descobrir isso da pior maneira.

“Torço para que mais pessoas conheçam a história de Billy e Enzo. Eles são um retrato de pessoas enjauladas e desesperadas em busca da liberdade e, com toda a certeza, são uma boa e sombria aventura para os que anseiam se perder nas páginas de um dark romance repleto de mistério, intrigas, enemies to lovers, sexo e romance”Wudson Jr.

“Fanfics" são histórias ficcionais criadas por fãs, baseadas em personagens e universos de obras existentes, como filmes, livros ou séries. Essas narrativas permitem que os fãs explorem enredos alternativos, desenvolvam romances e aprofundem aspectos não abordados nas obras originais. "Criminals", por exemplo, originou-se como uma fanfic inspirada em Jimin (que na trama virou Billy Hopper) e Jungkook (agora como Enzo Salvatore no livro), integrantes do grupo sul-coreano BTS.

"Criminals - Doce Vingança" é uma leitura intensa que explora os limites entre o desejo e a destruição, mergulhando o leitor em uma trama repleta de emoções fortes e reviravoltas inesperadas. A continuação da série já tem nome: “Roleta russa” está em pré-venda (editoravioleta.com.br/produtos/pre-venda-criminals-volume-2-roleta-russa) entre do dia 5 de maio até 5 de junho.


Trecho do livro:


— Não ouse seguir em frente — murmurei.

Billy torceu o lábio, finalmente me encarando.

— Como eu poderia? — perguntou.

Silêncio.


Ergui uma mão até seu rosto. Ele, por sua vez, recuou do meu toque. Decidi ser um pouco mais incisivo e perseguir seu rosto, finalmente tocando sua bochecha.

— Enzo, não é uma boa i–

— Pensar em estar sem você faz meus ossos arderem porque eu te amo, Billy. Entendeu, porra? Não tem como seguir em frente e eu não vou. Você é meu, nasceu pra ser só meu, e eu nunca vou abrir mão disso. Não importa se não é possível agora, eu sempre vou atrás de você. Até no Inferno — sussurrei, sentindo meu peito quente.

Eu tinha acabado de me declarar para Billy. Porra, aquilo era patético!

Mas era bom. Muito bom.

— Eu também te amo, Enzo — ele respondeu, inclinando-se para o meu toque, com os olhos lacrimejantes. — Até no Inferno.


Compre CRIMINALS – Doce Vingança (Vol.1),  Wudson Jr. aqui: https://amzn.to/4jSV4cW


Sobre o autor: Wudson Júnior descobriu sua paixão pela escrita de romances desde pequeno. É acreano, formado em Letras e um grande amante de histórias cheias de amor, drama e reviravoltas - sejam sobrenaturais, mafiosas ou de qualquer outro tema, desde que o emocionem. Suas influências vão de Stephen King a Agatha Christie. Espera nunca deixar de ser assombrado pelos pesadelos que o inspiram a escrever e sonha em ter sua própria livraria no futuro. É autor de O Maestro e O Khaos, de A Saga Nas Mãos do Diabo; e de Doce Vingança e, agora, Roleta-russa, da série CRIMINALS.


Livro: CRIMINALS – Doce Vingança (Vol.1)

Autora:  Wudson Jr. (@juniorsevahc)

Editora: Violeta

564 páginas

segunda-feira, 12 de maio de 2025

.: "O Julgamento de Flordelis" relata em detalhes o crime que chocou o Brasil


Imagine se Truman Capote vivesse no Rio de Janeiro e tivesse de escrever sobre uma tragédia familiar digna de Nelson Rodrigues. O resultado, certamente, seria parecido com o livro "O Julgamento de Flordelis: a História de Uma Família Brasileira", lançado pela editora Todavia, com capa de Daniel Justi. O jornalista Paulo Sampaio maneja as mesmas armas que tornaram célebre o escritor norte-americano: ritmo, mordacidade e atenção implacável ao detalhe. E o tema escolhido não poderia ser mais rodriguiano: a história de Flordelis, a pastora evangélica e ex-deputada acusada de planejar o assassinato do próprio marido.

Embora os fatos relativos a esse crime ocorrido em 2019 já tenham sido explorados pelo jornalismo policial, seu impacto dramático e as fissuras que revela na sociedade brasileira ainda não foram objeto de atenção. Pastora evangélica criada em uma das favelas mais violentas do Rio de Janeiro, a do Jacarezinho, Flordelis alcançou a celebridade como mãe de supostos 55 filhos, entre biológicos, adotivos, afetivos e de consideração. 

Apontado como o cérebro por trás de Flordelis, o pastor assassinado era 16 anos mais novo que a mulher. Foi ele quem a lançou como cantora no mercado gospel e concebeu uma organização religiosa com o nome dela que chegou a ter sete congregações, trinta pastores e atrair três mil fiéis. Com foco no julgamento da pastora, a que assistiu com vista privilegiada para o banco dos réus, Paulo Sampaio transforma um tribunal de Niterói num celeiro de tipos que parecem saídos de um folhetim: uma bombásticas, filhos instrumentalizados pela mãe atuando uns contra os outros, advogados com gel no cabelo embebidos em autoimportância, juristas discutindo por causa do ar-condicionado.

Por trás desse painel, vai se desenhando uma história permeada por interesses, vaidades, ambição e violência. Com humor e precisão cirúrgica, o autor tece uma rede de relações em que tudo aparece atravessado por motivações pouco edificantes e, em última análise, pela tragédia social brasileira. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "O Julgamento de Flordelis" neste link.


Sobre o autor
Paulo Sampaio mudou-se para São Paulo aos 23 anos, logo depois de se formar em jornalismo. Ao longo de quase 40 anos, trabalhou nas redações dos principais jornais e revistas da cidade - Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Veja e Elle -, e em publicações do site Glamurama; mais recentemente, manteve uma coluna no portal de notícias Uol. Tornou-se especialista em mundanidade; cobriu eventos que iam de festas de sociedade a posses de presidentes, de Olimpíadas a batizados de cachorros, cursos de etiqueta e
entrevistas com atores e celebridades. Foto: divulgação. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "O Julgamento de Flordelis" neste link.

.: "Cartas de Amor", o mais romântico e pessoal livro de Fernando Pessoa


Um passeio ilustrado pelos afetos e escritos de Fernando Pessoa e a mais completa edição das cartas de amor escritas por ele. Essa é a premissa do livro "Cartas de Amor", lançado pela editora Tinta da China Brasil. Se muitos conhecem Ofélia Queiroz, a quem foi destinada a maior parte das cartas de amor de Fernando Pessoa, poucos sabem que no fim da vida Pessoa se apaixonou por uma inglesa loira e misteriosa, Madge Anderson, com quem também trocou missivas.

Além de contar com a edição crítica e rigorosa de Jerónimo Pizarro, o maior especialista nos manuscritos do poeta, este volume revisa datas, atualiza a grafia, situa as cartas na vida e obra de Fernando Pessoa e vem acompanhado de novas pistas e documentos, como os poemas que integraram o epistolário amoroso, fac-símiles e fotos. O livro mais romântico, e também o mais pessoal, de Fernando Pessoa. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Cartas de Amor" neste link.

sábado, 10 de maio de 2025

.: Exorcista da Igreja Católica revela bastidores de possessões demoníacas


Especialista em demonologia e reconhecido pelo Papa Francisco, Padre Carlos Martins mostra como a fragilidade emocional abre brechas para a manifestação do mal


Longe do sensacionalismo das produções cinematográficas sobre possessões, o livro "Exorcista - Os Arquivos Secretos" revela em detalhes como o mal assombra em silêncio. Considerado um dos maiores especialistas em demonologia e fenômenos sobrenaturais da atualidade, Padre Carlos Martins abre seu diário de exorcismos e compartilha os casos que presenciou de levitação, vozes sobre-humanas, ataques físicos invisíveis e manifestações espirituais que desafiam toda lógica.

Nesta obra, que chega ao Brasil pela Citadel Editora, o autor destaca a importância de diferenciar distúrbios psicológicos de manifestações malignas e explica que nenhuma sessão de esconjuro é iniciada sem avaliações criteriosas, conduzidas, inclusive, por equipes médicas. Ao mesmo tempo, Padre Martins revela como doenças físicas e mentais, traumas, ambientes familiares disfuncionais e práticas espirituais distorcidas atuam como porta de entrada para o mal.

Trecho do livro
"[...] demônios trabalham para se misturar às condições e circunstâncias de seu hospedeiro de forma discreta. A doença mental costuma ser o disfarce perfeito porque os membros da família e a equipe médica acreditam ser ela – e não o demônio – a razão do comportamento aberrante da vítima." ("Exorcista - Os Arquivos Secretos", p. 29)

Livro vem de um podcast de sucesso
Um dos episódios detalhados no livro é o de Cheryl, uma mulher atormentada pelo desejo de ser mãe. Frustrada por não conseguir engravidar e mergulhada em uma depressão profunda, ela procura respostas no ocultismo, sem imaginar que abriria uma perigosa brecha espiritual. O sofrimento emocional logo dá lugar a episódios de violência, vozes graves e uma presença que a dominava.

Assim como nesse ocorrido, o padre mostra que não se trata “apenas” de expulsar o demônio: é necessário fechar brechas, tratar as feridas da alma e restaurar a dignidade da vítima. Sem esse processo, o inimigo retorna para o corpo ainda mais forte e vingativo. O exorcismo, de acordo com o autor, é mais do que um ritual: é uma batalha travada entre dois reinos, em que o profissional atua como um soldado armado com fé, autoridade e discernimento.

Para além dos relatos, o sacerdote apresenta o entendimento da Igreja sobre a atividade demoníaca: o que caracteriza uma possessão, de que forma os espíritos malignos se infiltram na vida das pessoas, como ocorre uma sessão de exorcismo e por que os demônios recorrem à possessão como forma de alívio. “Sua experiência da realidade é ainda mais dolorosa e exaustiva quando ele não está possuindo, semelhante à dor que um deserto seco e sem conforto oferece a quem o suporta”, explica o escritor.

Antes ateu, Padre Carlos Martins se converteu na juventude, tornou-se sacerdote e atuou por anos como exorcista – profissão que afirma jamais ter escolhido por vontade própria. Hoje, percorre o mundo como evangelizador e missionário da misericórdia, nomeado pelo Papa Francisco, com o objetivo de despertar a fé na população. Desdobramento do podcast de sucesso "The Exorcist Files", o livro "Exorcista - Os Arquivos Secretos" apresenta relatos perturbadores de possessão, que há muito aguçam a curiosidade e o temor em torno da fúria do demônio sobre a miséria humana. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Exorcista - Os Arquivos Secretos" neste link.   

Sobre o autor
Nascido no Canadá, Padre Carlos Martins é um dos mais renomados especialistas em atividade demoníaca e sobrenatural do mundo. Seu podcast de sucesso, "The Exorcist Files", atraiu milhões de ouvintes para encenações cheias de suspense de casos de exorcismo e os ensinamentos que os acompanham. Antes ateu, o Padre Martins descobriu Jesus Cristo quando era estudante. Agora padre católico e evangelizador apaixonado, viaja internacionalmente como pregador itinerante e é um renomado especialista em santos católicos e suas relíquias, tendo recebido a designação eclesiástica de Custos Reliquiarum. Exerce a função de Diretor de Tesouros da Igreja, um ministério de evangelização patrocinado pelo Vaticano que usa relíquias dos santos para comunicar a presença do Deus vivo. Papa Francisco designou Padre Martins como um Missionário da Misericórdia, com faculdades especiais para servir como delegado papal em todo o mundo.Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Exorcista - Os Arquivos Secretos" neste link.

sexta-feira, 9 de maio de 2025

.: 3° livro da série best-seller de "Os Dois Morrem no Final" debate saúde mental


Com mais de 250 mil exemplares vendidos no Brasil, Adam Silvera lança o terceiro volume da série Central da Morte, que começou com o best-seller internacional "Os Dois Morrem no Final". A obra, que chega ao Brasil em lançamento simultâneo mundial em maio pela Intrínseca, conta com tradução de Carlos César da Silva e Vitor Martins, e aborda temas importantíssimos como saúde mental e extremismo nas redes sociais. Em "O Sobrevivente Quer Morrer no Final", o autor explora dois personagens já conhecidos: Paz, que aparece em um momento crucial de O primeiro a morrer no final, e Alano, herdeiro da Central da Morte - empresa que consegue prever mortes e avisa às pessoas para que possam viver seus últimos dias ao máximo. 

Paz, um jovem que assassinou o pai para salvar a mãe e a si mesmo, cresceu sendo alvo constante de comentários negativos e ofensivos nas redes sociais. O menino foi inocentado pela justiça por agir em legítima defesa, mas grande parte da sociedade ainda o considera um assassino de sangue-frio. Há poucos meses, um documentário pró-naturalista - grupo de pessoas que são contra os serviços da Central da Morte - o colocou em evidência, e mais uma vez os olhares do público se voltaram para o incidente que mudou a vida de Paz.

Decidido a ser um grande ator, ele é rejeitado no teste para encarnar o personagem dos seus sonhos, de seu livro favorito, por conta da má fama que cerca seu nome. Viver nestas condições acarreta sérios problemas. Paz tentou tirar a própria vida duas vezes e anseia pela oportunidade de tentar a terceira, mesmo que não tenha recebido a ligação que antecipa o seu Dia Final. Pouco tempo antes, o jovem foi diagnosticado com transtorno de personalidade Borderline, laudo que o assusta, ao mesmo tempo que traz respostas importantes sobre como seu cérebro funciona. Tudo o conduz para um fim trágico.

Já Alano é o herdeiro da Central da Morte. O privilégio, porém, não lhe rendeu uma vida tão fácil: ele é constantemente monitorado e só anda com guarda-costas, principalmente após o cenário político se dividir e movimentos extremistas, como a Guarda da Morte, surgirem. O grupo é um braço do movimento pró-naturalista que tenta acabar com a Central de uma vez por todas, mesmo que isso signifique praticar violência contra aqueles que recebem a notícia de que vão morrer. Constantemente, Terminantes - como são chamadas as pessoas que recebem as ligações - são assassinados por eles, a partir de aproximações facilitadas por uma rede social.

Com sua liberdade restrita, Alano decide tomar as rédeas da própria vida. Por coincidência, acaba encontrando Paz em uma situação adversa e, com muito carinho, empatia e amizade, consegue convencê-lo a dar mais uma chance à vida. Juntos, eles fazem um pacto: Alano poderá mostrar que vale a pena viver e Paz se esforçará para acreditar nisso. "O Sobrevivente Quer Morrer no Final" é uma história emocionante e sensível, escrita com maestria, que exalta a importância da empatia ao mostrar que todos podem enxergar a luz no fim do túnel com a ajuda de alguém especial. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "O Sobrevivente Quer Morrer no Final" neste link.


Sobre o autor
Adam Silvera é escritor e trabalhou por anos no mercado editorial. Best-seller do New York Times com os fenômenos Os dois morrem no final e O primeiro a morrer no final, também é autor de E se fosse a gente? e E se a gente tentasse?, escritos em parceria com Becky Albertalli, além de Infinity Son e Infinity Reaper, todos sucesso de público e crítica. Adam nasceu e foi criado no Bronx, em Nova York, e atualmente mora em Los Angeles, onde escreve em tempo integral. Foto: Elliot Knight. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "O Sobrevivente Quer Morrer no Final" neste link.

.: Igor Miguel Pereira desconstrói o “eu te amo” em romance ambientado no Rio


Publicada pela editora Patuá, “Uma Breve História do Eu Te Amo”, romance do autor, roteirista e documentarista fluminense Igor Miguel Pereira, explora as múltiplas camadas de sentido, sensação e silêncio contidas na frase "eu te amo" em uma história ficcional que mistura relato de paixão, crônicas, entrevistas e teoria amorosa.

A narrativa começa com um encontro durante o carnaval no Rio de Janeiro, onde Pedro conhece Iara. Após uma noite juntos, Iara diz "eu te amo" e desaparece, deixando para trás uma tese de doutorado com o mesmo título do livro. Pedro mergulha na leitura do trabalho, composto por entrevistas, relatos e reflexões sobre diferentes contextos em que a frase foi dita ou ouvida. Ao longo da narrativa, ele começa a ouvir a voz de Iara narrando os trechos da tese, como se ela ainda estivesse presente. O texto se torna corpo, e a leitura, uma presença física.

Ambientado nos bairros do Catete, Glória e Lapa, o livro transforma o Rio de Janeiro em personagem, navegando pelas zonas ambíguas do amor contemporâneo: o desejo e o afastamento, o corpo e o texto, o afeto e a performance. “Falar de amor é também falar de ruído, expectativa, desencontro. “Um 'eu te amo' pode ser um pedido de desculpas, ser cotidiano como um bom dia ou dito para preencher um silêncio insuportável", comenta Igor. Apoie o Reesenhando.com e compre o livro “Uma Breve História do Eu Te Amo” neste link.


Sobre o autor
Igor Miguel Pereira é autor, roteirista e documentarista. Nasceu em Angra dos Reis (RJ), cresceu no interior fluminense e vive no bairro do Catete, no Rio de Janeiro, desde 2011. É formado em Comunicação Social – Jornalismo pela UnB, com especializações em Cinema Documentário (FGV) e Artes da Escrita (Universidade Nova de Lisboa). Publicou seu primeiro livro aos 18 anos e, desde então, alterna entre contos, crônicas e roteiros. “Uma Breve História do Eu Te Amo” é o quinto livro dele. Apoie o Resenhando.com e compre o livro “Uma Breve História do Eu Te Amo” neste link.

quarta-feira, 7 de maio de 2025

.: Ian Fraser exalta cultura e identidade brasileiras em novo romance


O quão longe precisamos ir para encontrar aquilo que sempre esteve conosco? Guiado por este questionamento, o autor baiano Ian Fraser escreveu "Cartografia para Caminhos Incertos", seu segundo romance pela Intrínseca, que chega às livrarias em maio. Finalista do Prêmio Jabuti em 2023 com a fabulosa ópera espacial nordestina "A Vida e as Mortes de Severino Olho de Dendê", o autor foi destaque da Bienal do Livro da Bahia no ano passado. Nessa nova obra, ele apresenta uma narrativa fantástica sobre um rapaz que, na busca por sua cidade itinerante, acaba explorando o mais misterioso de todos os territórios: o próprio coração. 

Redenção é uma cidade na Bahia que vive em constante romaria, impossível de ser achada em mapas e alheia a qualquer tipo de geringonça tecnológica. Lá vive Mané, jovem inquieto e sonhador que “inventou de ser poeta”. Um dia, ele recebe um ultimato do namorado, Jeremias: se o próximo beijo do casal não provocar uma revoada de borboletas amarelas  tudo estará acabado entre eles. Em uma arriscada missão para cumprir o desejo do amado, Mané ultrapassa os limites da cidade e se perde de Redenção. Desesperado para retornar aos braços de seu amor e ao único lugar que conheceu como lar, ele inicia uma odisseia para regressar a casa.

Em suas andanças, Mané visita uma série de lugares insólitos: uma torre construída de cima para baixo e cujos andares atravessam diferentes épocas com seus respectivos costumes; dois territórios vizinhos que travam uma guerra inexplicável; uma cidade onde todos vivem num eterno espetáculo teatral. Por onde passa, o poeta conhece pessoas e aprende coisas que ampliam seu horizonte. Ao encontrar o palhaço Severino, Mané entende que o coração nem sempre nos guia por caminhos familiares. Dividido entre as memórias do que deixou para trás e a vastidão do mundo à sua frente, ele irá descobrir o valor de uma vida em movimento. Afinal, como afirma a Bruxa que criou Redenção, “certeza é coisa miúda, cabe no bolso. Grande mesmo é a dúvida”.

Encantador, emocionante e divertido, Cartografia para caminhos incertos é um relato singular sobre as descobertas que nos acompanham durante toda a vida. Ian Fraser mescla prosa e poesia, subverte forma e conteúdo e mergulha fundo na alma brasileira para apresentar uma narrativa poderosa que demonstra a importância de se perder para finalmente se encontrar. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Cartografia para Caminhos Incertos" neste link.


Sobre o autor
Nascido e criado em Salvador, Ian Fraser vive escrevendo e cuidando de sua gatinha paraplégica, Gouda, e de sua cadela Gorgonzola, e nunca se cansa de rever seu filme preferido, "A Múmia". Autor dos premiados romances "O Sangue É Agreste" e "Noir Carnavalesco", além da saga "Araruama", que teve uma campanha de sucesso em uma plataforma de financiamento coletivo, Ian publicou pela Intrínseca "A Vida e as Mortes de Severino Olho de Dendê", finalista no Prêmio Jabuti na categoria Romance de entretenimento. Cartografia para caminhos incertos também foi adaptado para os palcos e recebeu o 28º Prêmio Braskem de Melhor Texto. Foto: Lígia Rizério. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Cartografia para Caminhos Incertos" neste link.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

.: Clássico: a lagarta comilona chegou na Companhia das Letrinhas

Com mais de 50 milhões de exemplares vendidos mundialmente, "Uma lagarta muito comilona" está chegando de cara nova na Companhia das Letrinhas! A obra de Eric Carle, que já recebeu diversos prêmios, é um clássico da literatura infantil e vem encantando gerações desde a década de 1960.

A nova edição é maior e mais anatômica, tem acabamento cartonado e capa dura, além de cantos arredondados. Com uma história interativa, que introduz os dias da semana e mostra também a beleza do crescimento e da transformação, esse é um livro perfeito para ler com bebês!

“Milhares de pais, avós e crianças em todo o mundo gostam deste livro, de sua história e de suas imagens. Tenho que admitir que fiquei surpreso ao ver minha lagarta se tornar tão popular assim. Fico feliz em saber que uma história esperançosa de uma lagarta que se transforma em linda borboleta é tão querida por tantas pessoas.” – Eric Carle

Por tempo limitado, compre o livro e ganhe uma sacochila infantil exclusiva. Aproveite!


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quinta-feira, 1 de maio de 2025

.: Livro explica por que é preciso romper com a paternidade conservadora


Como uma forma de entender a figura paterna, o professor universitário Jeder Janotti Jr. escreveu o livro "Mãe, o Pai Não Vai Chorar?", publicado pela editora Ipê da Letras. Na obra, ele mostra os efeitos da paternidade conservadora na própria vida, além de como a rigidez e distância emocional do pai dificultaram as relações familiares. Nessa autoficção, o autor aborda a masculinidade paterna imposta aos homens e os ritos de passagens que transformam dinâmicas familiares

Inspirado na figura paterna - homem de rotinas rígidas, afeito aos bares, às amizades masculinas e à distância emocional com a família - o escritor e doutor em Ciências da Comunicação, Jeder Janotti Júnior, traduz no livro a inquietação diante dos rigores da masculinidade paterna. Com sensibilidade, aborda a lenta decadência física e psicológica do pai até sua morte — momento que dispara uma intensa rememoração de vivências e palavras não ditas.

Nos últimos encontros com o progenitor, o autor se lembra que o pai não conseguia mais caminhar, mas também não aceitava as próprias fragilidades apesar de depender do filho para tarefas simples. Ao revisitar outras lembranças marcantes - as viagens e afazeres durante a infância, a construção da casa da família e os lutos ao longo da vida -, Jeder confronta os ritos de passagem e as heranças emocionais transmitidas através das gerações, como a falta de aproximação física e afetiva entre os homens.

Por meio de uma linguagem imagética e lírica, Jeder Janotti Júnior destaca a mãe como arrimo familiar, uma vez que ela desempenhou múltiplos papéis para preencher as lacunas deixadas pela ausência emocional e falta de carinho do pai. Com uma prosa rica em detalhes, o escritor transcende a experiência pessoal para abordar questões cotidianas sobre identidade, conexões de afeto e as sensações que moldam a subjetividade de cada pessoa.

"Mãe, o Pai Não Vai Chorar?" é para todos aqueles que buscam fazer as pazes com a criança interior, por meio de reflexões sobre temas como o machismo, a desigualdade social e o medo de envelhecer. “Ao invés de pensar a narrativa memorialista como catarse ou como remédio, o livro é uma espécie de phármakon — termo grego que se refere à escrita como forma de ampliar o conhecimento. Mostra a potência da narrativa e seus limites para refletir sobre o existir”, conclui o escritor. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Mãe, o Pai Não Vai Chorar?" neste link.


Sobre o autor
Doutor em Ciências da Comunicação pela Unisinos RS, Jeder Janotti Jr. é professor titular da Universidade Federal de Pernambuco, onde coordena o Laboratório de Análise de Música e Audiovisual no Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Além de autor de ensaios e livros de ficção, ele conta com um apanhado de publicações acadêmicas, dentre as quais destacam-se “Heavy Metal com Dendê”, “Aumenta Que Isso Aí É Rock and Roll”, “Rock me Like The Devil: a assinatura das cenas e das identidades metálicas” e “Gêneros Musicais em Ambiências Comunicacionais”.

Em 2018, lançou pela Titivillus Editora seu primeiro romance “Levedação”, que narra as peripécias de um aluno de doutorado brasileiro em Montreal. Em 2021, publicou pela Intermeios o livro ensaio “Memorial de Antiajuda Acadêmica”. "Mãe, o Pai Não Vai Chorar?" é o segundo romance dele, marcado por tons autoficcionais, publicado pela Ipê da Letras. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Mãe, o Pai Não Vai Chorar?" neste link.

domingo, 27 de abril de 2025

.: Antologias organizadas por neto de Graciliano Ramos celebram cães e gatos


Neto de Graciliano Ramos e apaixonado por animais, Rogério dedicou seus últimos anos à cuidadosa seleção dos textos que compõem todo o projeto


A Maralto Edições lança, neste mês de abril, as antologias "Histórias Brasileiras de Cães" e "Histórias Brasileiras de Gatos", organizadas pelo neto do escritor Graciliano Ramos, Rogério Ramos, falecido em agosto de 2024, pouco após concluir o trabalho. Durante anos, Rogério se dedicou meticulosamente à seleção dos textos e, ao perceber a proximidade da publicação, intensificou a revisão e edição. Nos momentos finais do projeto, já doente, contou com o apoio do irmão, Ricardo Ramos Filho.  O lançamento das antologias será dia 30 de abril, quarta-feira, a partir das 19h00, na Livraria da Vila. O evento contará com uma roda de conversa com Cristiane Mateus (publisher da Maralto Edições), Rosane Lima (fotógrafa responsável pelo ensaio dos livros) e Mariana Ramos (irmã de Rogério Ramos). A mediação ficará por conta de Ricardo Ramos Filho, também irmão de Rogério. 

As antologias reúnem narrativas que evidenciam a presença marcante de cães e gatos na literatura brasileira, em poemas, contos, crônicas e romances. Entre os autores reunidos estão grandes nomes da literatura nacional, como Carlos Drummond de Andrade, Carlos Heitor Cony, Clarice Lispector, Dalton Trevisan, Domingos Pellegrini, Jorge Amado, Lygia Fagundes Telles, Rachel de Queiroz, Raul Pompeia, Ricardo Ramos, Ricardo Ramos Filho, Graciliano Ramos, Rubem Braga, Zélia Gattai, Cora Rónai, Otto Lara Resende, Ferreira Gullar, entre outros.

Rogério Ramos sempre sonhou em criar diversas coletâneas dedicadas exclusivamente aos animais. Começou reunindo textos sobre cães, depois voltou sua atenção aos gatos, mas seus planos iam muito além, imaginava coletâneas sobre cavalos, pássaros e tantos outros seres que povoavam seu afeto. “Meu irmão foi uma vocação perdida”, recorda Ricardo, “estudou Letras, foi editor, mas deveria ter sido veterinário. Adorava bichos de uma maneira geral. Desde os dinossauros, sabia tudo sobre eles. Em casa, quando éramos pequenos, trazia passarinhos (várias gaiolas), montou um grande aquário, cachorro, porquinho-da-índia, gato, papagaio, periquito, tartaruga. Talvez desejasse fazer de nossa residência um zoológico. Meus pais, desconfiados, permitiam.”

As obras contam com um ensaio fotográfico em preto e branco captado pela experiente fotógrafa Rosane Lima, que buscou retratar a essência dos animais por meio de registros espontâneos e sensíveis. “Estudei os textos selecionados e só depois busquei imagens e animais que pudessem dialogar com eles”, explica Rosane. “Tenho amigos tutores de gatos e cães, e tratei de visitá-los. Os encontros foram longos, marcados por muita conversa e observação. Era essencial identificar, nos animais visitados, o sentimento evocado em cada texto. Os bichos retratados já me eram familiares, assim como o vínculo que cada um tinha com seu tutor.”

Entre os textos selecionados por Rogério, destaca-se um trecho de uma crônica de Carlos Heitor Cony, publicada na Folha de S.Paulo em 31 de janeiro de 1994. Nele, o autor relata sua relação de cumplicidade com a cadela Mila e a reação do animal no dia da morte do pai. "Mila é mais sóbria, mais sólida e sábia. Na noite em que meu pai morreu, vim em casa tomar banho, fazer a barba, trocar de roupa, preparar-me para o dia que me aguardava. Sempre que coloco a chave na fechadura, por menos ruído que faça, ela se coloca atrás da porta e espera. Pula em cima de mim, seu hálito aquece meu pescoço, seus olhos procuram os meus e ela me lê, sabe como estou, como foi meu dia e como está a vida. Naquela noite não pulou, nem olhou meus olhos. Cabeça baixa, rabo entre as pernas, ela sabia. Eu não avisara a ninguém, mas a ela nada precisava dizer. Encostou-se aos meus joelhos, cúmplice e solidária. E ela, que do mundo lá fora esperava um pai, do mundo lá fora recolheu um órfão".

Para Ricardo Ramos Filho, administrar esse projeto editorial é também uma forma de homenagear a memória o irmão. Ele admite que a perda deixou um vazio imenso em sua vida. Eram muito unidos, com apenas dois anos de diferença de idade, e a ausência ainda é profundamente sentida. “O luto ainda está presente. Lidar com esse trabalho é pensar que ele ficaria feliz ao ver esses livros publicados. De certa forma, estamos perpetuando o legado de Rogério. Ele era tão importante para mim que, aos 71 anos de idade, tatuei no braço um verso de Drummond que representa minha dor: ‘A ausência é um estar em mim’”, finaliza Ricardo.

As antologias "Histórias Brasileiras de Gatos" e Histórias brasileiras de cães já estão disponíveis para compra no e-commerce da Maralto Edições e em livrarias parceiras. As obras também integram o Programa de Formação Leitora Maralto, iniciativa voltada para escolas em todo o país.


Organizador
Filho de Ricardo Ramos e neto de Graciliano Ramos, Rogério Ramos dedicou sua vida ao mundo dos livros. Como editor de obras didáticas e literárias, trabalhou para ampliar horizontes e imaginar uma São Paulo mais plural e menos urbana. Apaixonado por cães, gatos e cavalos, cultivava três grandes amores: a literatura, a cidade e os animais. Em 2000, colaborou na obra juvenil "Os Primos Ramos Amado em A Nave de Noé", escrita a dez mãos. Faleceu em 2024, aos 68 anos.


Fotografias
Rosane Lima construiu uma sólida trajetória como fotojornalista na mídia impressa catarinense, registrando com sensibilidade e precisão a realidade ao seu redor. Entre seus projetos de destaque estão a exposição Nossos trabalhadores (2014) e a colaboração no livro Ensaios para a liberdade (2002), produzido pela Fundação Arco-Íris, em Florianópolis.

"Histórias Brasileiras de Cães"
Páginas: 165

"Histórias Brasileiras de Gatos"
Páginas: 125


Organizador: Rogério Ramos
Fotos: Rosane Lima
Editora: Maralto Edições
Vendas: https://loja.maralto.com.br
Instagram: @maraltoediçoes


Lançamento
Data: 30 de abril, quarta-feira, a partir das 19h
Endereço: Livraria da Vila – R. Fradique Coutinho, Vila Madalena / São Paulo
O evento contará com uma roda de conversa com Cristiane Mateus (publisher da Maralto Edições), Rosane Lima (fotógrafa responsável pelo ensaio dos livros) e Mariana Ramos (irmã de Rogério Ramos). A mediação ficará por conta de Ricardo Ramos Filho, também irmão de Rogério.

terça-feira, 22 de abril de 2025

.: Abalado e indignado, Joe Sacco lança a HQ "Guerra em Gaza", já em pré-venda


Em julho, um dos maiores artistas gráficos da atualidade lança "Guerra em Gaza", pelo selo Quadrinhos na Cia. O jornalista e quadrinista Joe Sacco, autor de "Notas sobre Gaza" e "Pagar a Terra", é exímio conhecedor do histórico entre Israel e Palestina e nesta obra utiliza a sátira ácida para provocar reflexões sobre a morte de mais de 50 mil pessoas.

O autor é um dos maiores artistas gráficos em atividade - e referência quando o assunto é a questão Israel-Palestina - reage a um dos momentos mais sanguinários da história do conflito: a guerra que começou em 2023 e seus mais de 50 mil mortos. A tradução é de Érico Assis. Apoie o Resenhando.com e garanta o seu exemplar de "Guerra em Gaza" em pré-venda neste link.


Um autor abalado e indignado ao mesmo tempo
Quando uma nova guerra explodiu em Gaza, em 2023, analistas recorreram a um dos nomes-chave das reportagens sobre o conflito: Joe Sacco. O jornalista e quadrinista, autor de "Palestina" e "Notas sobre Gaza", estava em choque. Exímio conhecedor do histórico entre Israel e Palestina, ficou abalado com a brutalidade da reação israelense ao ataque do Hamas, num conflito que desde então já deixou mais de cinquenta mil civis mortos. Não só abalado, mas indignado com a cumplicidade direta de seu país, os Estados Unidos.

Convidado a expressar suas reações e pensamentos em quadrinhos, Sacco produziu uma sequência de HQs poderosas e agudas. Utilizando a sátira ácida do cartunismo clássico, ele expressa sua impotência diante da violência, ataca Joe Biden e Benjamin Netanyahu e expõe a rede de desinformação em torno do confronto. Se faltava alguém chamar a guerra pelo que é, Joe Sacco diz com todas as letras e desenhos: genocídio. Uma reflexão necessária de um autor fundamental.


O que disseram sobre o livro

"Um tapa na cara da complacência." - Publishers Weekly

"Não podemos continuar de olhos fechados às obscenidades da moral que nos cercam. Uma leitura essencial." - Broken Frontier


Sobre o autor
Joe Sacco 
nasceu na ilha de Malta e mora nos Estados Unidos desde os 12 anos. Formado em jornalismo, dedicou-se aos quadrinhos cômicos e biográficos durante anos antes de combiná-los a outro interesse: a guerra. "Palestina", produzido nos anos 1990, tornou-se ao mesmo tempo um clássico das HQs e de reportagem sobre o conflito no Oriente Médio. A ela se seguiu "Área de Segurança Gorazde" (2001), obra sobre a guerra na Bósnia Oriental vencedora de vários prêmios, entre eles o Eisner. Pela Quadrinhos na Cia, publicou "Notas sobre Gaza" (2010), "Reportagens" (2016), "Pagar a Terra" (2024) e "Guerra em Gaza" (2025). Apoie o Resenhando.com e garanta o seu exemplar de "Guerra em Gaza" em pré-venda neste link.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

.: "O Livro do Meu Pai", a inclassificável obra de Djaimilia Pereira de Almeida


“O que é uma pessoa? Quando é que uma pessoa está completa? Uma mulher sem cara é já 
uma mulher? Um escritor sem livro - o que é? Um livro que não chegou a ser escrito será um livro?”. É com indagações nesse teor - a um só tempo profundas e afetuosas - que Djaimilia Pereira de Almeida, uma das vozes mais originais da literatura de língua portuguesa, constrói este inclassificável e sempre cativante "O Livro do Meu Pai", lançado no Brasil pela editora Todavia. A capa é de Luciana Facchini.

O impulso original da obra deu-se quando, após a morte do pai da autora durante a pandemia de covid, Djaimilia foi buscar um proverbial (e já lendário na família) romance que o pai alardeou estar a escrever com entusiasmo infatigável durante décadas. Uma obra total, capaz de retraçar uma vida com toda a amplitude, oferecendo um depoimento literário e pessoal sobre o século que viu o império colonial português esfarelar de vez após as revoltas por independência em diversos países africanos.

A partir daí - da experiência do luto e da busca imaginativa pelas palavras do pai -, a narradora deste livro único empreende uma meditação sobre a finitude e aquilo que não é acabado, os laços familiares e os sentimentos coletivos, as doenças da alma e a resistência pessoal em períodos turbulentos. Como que para abarcar e fixar por meios das palavras (muitas vezes fugidias) o mundo íntimo do pai e o universo inteiro. Um painel pessoal e humano em vários registros e modalidades de escrita, tendo a imaginação com centro irradiador.

É a por meio desse movimento que "O Livro do Meu Pai" revela ao leitor, atônito com a engenhosidade da autora, que não esconde a própria emoção, a sua intenção desmesurada: a de ser ele também um livro total a abarcar toda a experiência humana. Ou, como escreve a narradora: “Quanto mais o livro cresce, menor o mundo para lá dele”. Apoie o Resenhando.com e compre "O Livro do Meu Pai" neste link.


Sobre a autora
Nascida em Luanda, em 1982, Djaimilia Pereira de Almeida é autora de, entre outros, "Esse Cabelo", "A Visão das Plantas" (Prêmio Oceanos 2020) e "O que É Ser Uma Escritora Negra Hoje, de Acordo Comigo", publicados no Brasil pela Todavia. Em 2025 foi agraciada com o Prêmio Vergílio Ferreira de romance por sua contribuição à literatura portuguesa. Apoie o Resenhando.com e compre "O Livro do Meu Pai" neste link.

.: Chimamanda Ngozi Adichie e Taís Araujo juntas na Bienal do Livro Rio

Em ano em que o Rio de Janeiro ganha o título de “Capital Mundial do Livro” pela Unesco, a Bienal do Livro Rio 2025 receberá para sua abertura um grande nome da literatura mundial, a autora nigeriana feminista Chimamanda Ngozi Adichie, reconhecida como uma das mais importantes escritoras do mundo que lançará, na ocasião, o livro "A Contagem dos Sonhos", publicado no Brasil pela Companhia das Letras. 

Nesta edição especial, a Bienal promove ainda um encontro inspirador que atravessa fronteiras: a escritora best-seller participará de uma conversa com a atriz, apresentadora, jornalista e defensora das mulheres negras pela ONU Brasil, Taís Araujo - que interpreta a personagem Raquel, no remake da novela “Vale Tudo”, em exibição na TV Globo. “Estou em êxtase de ter a oportunidade de entrevistar uma das autoras que mais mexeram comigo, com muitos livros incríveis. A Chimamanda está vindo para a Bienal para lançar o novo livro dela e vale a pena ouvi-la, ela é incrível. Estou muito feliz e honrada com esse convite”, exalta Taís.

O romance "A Contagem dos Sonhos" traz uma narrativa polifônica sobre a diversidade de vivências de jovens mulheres africanas em seus movimentos pelo mundo. A obra é centrada no diálogo entre tradição e contemporaneidade, abordando as relações de cada uma das personagens com sua ancestralidade, seu território de origem e o desejo de habitar sua própria vida com coragem.

A nigeriana também é autora dos romances “Hibisco Roxo”, “Meio Sol Amarelo”, e “Americanah”; da coletânea de contos “No Seu Pescoço”; dos ensaios “Sejamos Todos Feministas”, “Para Educar Crianças Feministas” e “Notas Sobre o Luto”; e do livro infantil “O Lenço de Cetim da Mamãe”, escrito como Nwa Grace-James. Ela vive entre a Nigéria e os Estados Unidos, e toda sua obra é publicada pela Companhia das Letras.

Multitalentosa, Taís Araujo tornou-se um dos nomes mais potentes dentro e fora das telas ao longo dos 30 anos de carreira. Possui um extenso currículo acumulando 14 novelas, 10 peças de teatro, 10 filmes, cinco séries, além de ter apresentado três programas de televisão. Foi eleita duas vezes pelo MIPAD - Most Influential People of African Descent, na Universidade de Columbia, com apoio da ONU, em Nova York, como uma das 100 negras mais influentes do mundo. Também recebeu o prêmio de melhor atriz no 49ª Festival Sesc (2023) por sua personagem em “Medida Provisória”, uma das maiores bilheterias recentes do cinema nacional, longa dirigido por Lázaro Ramos, seu marido e curador do Café Literário da Bienal do Livro Rio. Venda de ingressos aberta para a maior Bienal de todos os tempos

Realizada pela GL events Exhibitions e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o maior festival de literatura, cultura e entretenimento acontece entre os dias 13 e 22 de junho, no Riocentro, na Barra Olímpica, e deve reunir mais de 600 mil pessoas durante dez dias. Os ingressos já estão à venda.

 Nesta edição de 2025, que promete ser a maior Bienal de todos os tempos, o evento se reinventa e apresenta o conceito inédito de Book Park — um verdadeiro parque de diversões literário, onde as histórias ganham vida por meio de experiências imersivas e sensoriais, e que serão inesquecíveis. A Shell Brasil é a patrocinadora na cota Apresenta.

Entre as novidades, estão a Roda Gigante Leitura nas Alturas Light, com cabines personalizadas com personagens e áudios relacionados aos livros; o Labirinto de Histórias Paper Excellence convida o visitante a mergulhar em um espaço interativo onde os livros ganham vida de forma lúdica e sensorial. Para os fãs de mistério, o Escape Bienal Estácio é uma atração imperdível. Com quatro cenários literários desenvolvidos em conjunto com editoras, o espaço traz enigmas e desafios inspirados em thrillers de sucesso. E com um olhar voltado para a convivência e a troca literária, a nova Praça Além da Página Shell surge como um espaço vibrante onde as comunidades leitoras se encontram para viver a literatura de forma plural e criativa. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "A Contagem dos Sonhos" neste link.


.: "James", de Percival Everett, a releitura poderosa de um clássico da literatura


No romance "James", lançado no Brasil pela editora Todavia, Percival Everett reimagina o clássico "As Aventuras de Huckleberry Finn", escrito por Mark Twain e publicado em 1884, a partir da perspectiva de Jim, o homem escravizado que acompanha o menino na viagem pelo Rio Mississippi. Nesta releitura, Jim é James, um indivíduo inteligente e letrado que, por necessidade, esconde sua educação por trás de uma fachada de subserviência. 

"James" é mais do que a reimaginação de um clássico: ele recupera a identidade de um personagem marginalizado, confrontando verdades desconfortáveis sobre o passado e sobre as histórias que escolhemos contar. A tradução é de André Czarnobai e a capa, de Oga Mendonça.

A aventura se inicia quando James ouve a notícia de que será vendido e separado da mulher e da filha. Determinado a evitar esse destino, ele escapa para a Ilha Jackson, onde encontra Huck Finn, um garoto branco que está fugindo dos próprios problemas. Juntos, eles seguem em uma jornada pelo rio Mississippi, rumo a um estado onde James poderia ser um homem negro livre - e eventualmente trazer sua família para viver ali. 

Ao longo da viagem, James navega as águas traiçoeiras do rio e de uma sociedade preconceituosa e violenta, muitas vezes adotando um vernáculo apelidado de “filtro de escravo” para se proteger ao interagir com indivíduos brancos. Percival Everett mergulha fundo na psique do personagem, apresentando-o como um homem de vida interior complexa. Em debates filosóficos imaginários com figuras como Voltaire e Rousseau, James reflete sobre os dilemas morais e as escolhas impossíveis enfrentadas por aqueles submetidos à desumanidade da escravidão.

Everett enfatiza a agência de James em seus esforços para se libertar e reencontrar a família. A ironia e o deslocamento de ponto de vista ressaltam a brutalidade de uma sociedade racialmente dividida e ampliam as possibilidades de leitura de um grande livro. Linguisticamente inventivo e escrito com mão certeira, este romance é uma ode ao poder da perspectiva dentro da literatura. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.


Sobre o autor
Percival Everett
vive em Los Angeles e leciona na Universidade do Sul da Califórnia. Publicou mais de 30 livros desde "Suder", lançado em 1983. Foi finalista dos prêmios Pulitzer — com "Telephone", em 2020 —, Booker Prize e PEN/Faulkner Award — com "As Árvores", em 2022. Com James, venceu o National Book Award 2024. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

sábado, 19 de abril de 2025

.: Livro “Memórias do Cacique”: Raoni Mêtyktire na autobiografia arrebatadora

Entrelaçando passado, presente e futuro em uma narrativa única, Raoni Mêtyktiretece sua concepção sobre a vida, a floresta e o mundo atual. Em "Memórias do Cacique", publicação da Companhia das Letras que está em pré-venda neste link, os leitores podem conhecer mais profundamente a trajetória de um dos mais influentes líderes indígenas contemporâneos, registrada em suas próprias palavras. A história dele é um testemunho inigualável de resistência, sabedoria ancestral e compromisso com a terra. 

Nas páginas "Memórias do Cacique" — que chega às livrarias em 24 de junho —, Raoni tece sua concepção sobre a vida, a floresta e o mundo atual e compartilha de maneira única a cultura, a cosmologia e a luta do povo Mẽbêngôkre. Compre o livro "Memórias do Cacique" neste link.

Sobre o autor
Ropni, aportuguesado como Raoni, pertence ao povo Mẽtyktire-Mẽbêngôkre, também conhecidos como Kayapó e Txukarramãe. A aprendizagem parcial do português, sua autoconfiança, orgulho e ambição habilitou Raoni a atingir respeito e projeção internacional com sua defesa imbatível da Floresta Amazônica e de seus habitantes milenares.


A edição
O livro foi construído a partir de entrevistas inéditas realizadas pelos tabdjwy de Raoni, seus netos, entre 2020 e 2023. Falando sempre em mẽbêngôkre, e rodeado de parentes, Raoni gravou durante dezenas de horas, em diversas sessões, as histórias e mitos que resultaram neste relato. O material foi traduzido para o português por meio de um trabalho meticuloso e extenso de uma equipe de tradutores Mêbêngôkre, sob a coordenação do antropólogo Fernando Niemeyer, que também supervisionou a redação e edição do manuscrito. A publicação de "Memórias do Cacique" tem o apoio do Instituto Socioambiental, do Instituto Sociedade, População e Natureza e do Instituto Raoni. Garanta o seu exemplar de "Memórias do Cacique" neste link.


A história de Cacique Raoni é um testemunho inigualável de resistência, sabedoria ancestral e compromisso com a terra. 
Fotos de Bob Wolfenson

.: Psicanalista Maria Homem lança "Coisa de Menino?" no Café Filosófico


Bate-papo com Maria Homem acontece na terça-feira, dia 29 de abril, às 19h00, e será transmitido ao vivo pelo YouTube. Publicação da Papirus 7 Mares, "Coisa de Menino?" tem coautoria de Contardo Calligaris, já falecido


A psicanalista Maria Homem participa do Café Filosófico CPFL, em Campinas, para o lançamento da obra "Coisa de Menino? Uma Conversa sobre Masculinidade, Sexualidade, Misoginia e Paternidade". O bate-papo acontece na terça-feira, dia 29 de abril, às 19h00, e será transmitido ao vivo pelo YouTube. O público terá oportunidade de participar presencialmente e de forma gratuita. A entrada é por ordem de chegada, a partir das 18h00. Os exemplares do livro poderão ser adquiridos no local e autografados pela autora.  

Publicação da Papirus 7 Mares, "Coisa de Menino?" tem coautoria de Contardo Calligaris, já falecido. Na obra, os psicanalistas refletem sobre os elementos que compõem a masculinidade - a relação com o próprio corpo, as expectativas maternas, as fantasias de heroísmo, entre outros - e como esses aspectos entram em contato com as mudanças de paradigma sobre gênero e sexualidade das últimas décadas. 

Serviço:
Lançamento "Coisa de Menino? Uma Conversa sobre Masculinidade, Sexualidade, Misoginia e Paternidade"
Terça-feira, dia 29 de abril, às 19h00 
Instituto CPFL
Endereço: Rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1.632 - Chácara Primavera, Campinas/SP
Ingressos: entrada gratuita por ordem de chegada, a partir das 18h
Outras informações pelo telefone: (19) 3756-8000

sexta-feira, 18 de abril de 2025

.: Úrsula Freitas, uma vida em torno da mediação


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

A advogada e mediadora de conflitos Úrsula Freitas sempre esteve envolvida com textos jurídicos, até ser provocada por um amigo roteirista que, impressionado com a sua história pessoal e profissional, sugeriu que ela escrevesse um livro. Assim surgiu “Minha Vida Antes e Depois da Mediação", que está sendo lançado neste mês de abril.

A ideia do livro surgiu durante um réveillon de 2019 e se concretizou durante a pandemia, quando Úrsula começou a escrever e percebeu que a obra iria além um registro autobiográfico e poderia servir como apoio para pessoas que enfrentam conflitos e não sabem por onde começar a resolvê-los. Ao longo das 127 páginas, a autora revisita momentos marcantes de sua vida, como sua juventude, a falta de estrutura familiar, o casamento precoce e a maternidade; além de apresentar casos que servem de exemplo de como a comunicação e o diálogo podem ajudar a encontrar uma solução.

"Durante muito tempo, pensei em como poderia ajudar ainda mais as pessoas que vivem em conflito, assim como eu vivi os meus por tantos anos. Neste livro, convido os leitores a refletirem sobre os embates, porque ele vai deixando a gente doente e, se mal administrado, perpetua-se no tempo. O diálogo é uma ferramenta poderosa, só precisamos usá-lo com sabedoria", afirma a autora.

Há mais de 16 anos auxiliando pessoas a encontrarem soluções consensuais para suas divergências, Úrsula, por meio de “Minha Vida Antes e Depois da Mediação”, desmistifica o papel do mediador e mostra uma alternativa eficaz ao modelo tradicional do Judiciário, muitas vezes desgastante e burocrático.

Na apresentação, a autora escreve: “Segundo o Conselho Nacional de Justiça, 80% dos casos que estão na Justiça, não deveriam estar resolvidos de outra forma, mas quem não consegue estabelecer a comunicação, apesar de todo o cuidado do mediador em buscar os interesses comuns, não tem outra opção a não ser brigar.”  Ao compartilhar sua experiência e os desafios enfrentados pela profissão, o livro se torna uma ferramenta de empoderamento para mediadores e para qualquer pessoa que queira compreender melhor essa prática. 

A obra está dividida em duas partes: "O Caos" e "A Mediação". Na primeira, ela conta um pouco da sua história e do caminho que a levou a trabalhar com mediação de conflitos, primeiro dentro do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e depois como iniciativa privada. Na segunda parte, ela explica tudo que envolve o trabalho de mediação e os modelos que servem de orientação, baseados em três escolas: o "Tradicional-Linear de Harvard" - em que o mediador é um facilitador da comunicação para conseguir um diálogo -; o "Transformativo de Bush e Folger" - que destaca a importância do aspecto relacional -; e, por último, o "Modelo Circular-Narrativo de Sara Cobb", que visa permitir diferenciadas conotações e compreensões sobre as ocorrências vivenciadas para a construção de uma outra história. Na segunda parte, estão também 15 casos cuidadosamente selecionados pela autora, sempre preservando a identidade dos envolvidos.

Entre os casos abordados estão o do casal que vive há 40 anos, pais de dois filhos, que resolve se separar depois de um casamento que deu certo a vida inteira; outro sobre uma família que entra em guerra por conta de um inventário que envolve um espólio de R$ 70 milhões, a história de duas amigas de infância e um cachorro feroz e a de um pai em busca de refazer sua relação com a filha.

Satisfeita com o resultado, a escritora acredita que o livro vai orientar as pessoas que não sabem como usar a mediação ou não tem conhecimento da sua importância. Ursula Freitas é formada em direito pela Universidade Cândido Mendes e advoga há 20 anos. Há 16 anos, trabalha com mediação. Atualmente ela faz parte dos profissionais do Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem. Também é professora e supervisora do curso de capacitação da Câmara de Mediação da FGV. E ainda é mediadora e parceira da empresa Mediar 360o. Pré-venda disponível neste link.

.: A Vida de Nosso Senhor", o livro "quase" perdido de Charles Dickens


Com o lançamento de "O Rei dos Reis", a nova animação épica da Angel Studios sobre a vida de Jesus, em cartaz na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil, o mundo redescobre uma obra especial: “A Vida de Nosso Senhor”, escrita pelo consagrado escritor Charles Dickens. Diferente de seus romances célebres, como "David Copperfield" e "Oliver Twist", essa narrativa íntima e delicada nasceu do desejo do autor de transmitir sua fé aos filhos pequenos. Lançada pelo selo Pingos, a edição brasileira de 82 páginas tem tradução de Liliana Hage da Costa e prefácio de Robertson Frizero, escritor, tradutor, dramaturgo e professor de Criação Literária.

Escrito como um relato acessível e moralmente inspirador baseado no "Evangelho de Lucas", o livro era lido em família durante as noites de Natal. Dickens, porém, proibiu sua publicação em vida, tornando-o um tesouro oculto por décadas. Apenas em 1934, após o falecimento de seu último herdeiro, a obra veio à luz, revelando um lado pouco conhecido do autor: sua devoção e sensibilidade espiritual. Agora, "A Vida de Nosso Senhor" retorna como uma joia literária atemporal, oferecendo uma visão simples e tocante da história de Jesus, pelas palavras de um dos maiores romancistas da literatura inglesa. Versões em audiolivro, digital e impresso.


Sinopse de "O Rei dos Reis"
Um pai compartilha com seu filho a maior história já contada, levando-o a uma jornada ao lado de Jesus, onde testemunha milagres, desafios e sacrifício. O Rei dos Reis revela a fé pelos olhos de uma criança.


Assista no Cineflix mais perto de você
As principais estreias da semana e os melhores filmes em cartaz podem ser assistidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.


Charles Dickens proibiu a publicação de "A Vida de Nosso Senhor" em vida, tornando-o um tesouro oculto por décadas. Apenas em 1934, após o falecimento do último herdeiro, a obra veio à luz


Ficha Técnica do filme "O Rei dos Reis"
"O Rei dos Reis". Título original: "The King of Kings". Gênero: animação. Classificação: livre. Duração: 100 minutos. Direção: Seong-ho-Jang. Roteiro: Seong-ho-Jang, Rob Edwards, Hoseok Sung. Vozes originais: Kenneth Branagh, Uma Thurman, Oscar Isaac, Sir Ben Kingsley, Forest Whitaker, Pierce Brosnan, Mark Hamill, Roman Griffin. Distribuidora: Heaven Content.


"O Rei dos Reis" no Cineflix Santos
18/3/2025 - Sexta-feira: 15h10 e 17h20
19/3/2025 - Sábado: 15h10 e 17h20
20/3/2025 - Domingo: 15h10 e 17h20
21/3/2025 - Segunda-feira: 15h10 e 17h20
22/3/2025 - Terça-feira: 15h10 e 17h20
23/3/2025 - Quarta-feira: 15h10 e 17h20

quinta-feira, 17 de abril de 2025

.: Chimamanda Ngozi Adichie volta ao Brasil para lançar romance


Em junho, a escritora estará presente no evento "Fronteiras do Pensamento", em São Paulo, e também marcará presença na cerimônia de abertura da Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro. Foto: Manny Jefferson.


Após três anos desde a última passagem pelo Brasil, a escritora Chimamanda Ngozi Adichie retorna ao país em junho de 2025. Durante a visita, ela participará de encontros literários em São Paulo, no dia 16, como parte da programação do Fronteiras do Pensamento, e no Rio de Janeiro, no dia 13, para abrir oficialmente a Bienal do Livro Rio. Essas participações coincidem com o lançamento de seu novo livro, "A Contagem dos Sonhos", pela Companhia das Letras, o primeiro romance de Chimamanda em mais de dez anos.

Essa nova obra marca o reencontro da autora com a ficção de fôlego, após o sucesso mundial de "Americanah". Em "A Contagem dos Sonhos", ela se volta para a vida de quatro mulheres: uma autora de guias de viagem que revisita as próprias memórias; uma advogada bem-sucedida que enfrenta a dor de um coração partido; uma brilhante profissional das finanças na Nigéria em crise de identidade; e uma trabalhadora que cria com dedicação a filha nos Estados Unidos. Embora diferentes em classe social, vivências e personalidades, essas mulheres compartilham dores, sonhos e desejos que se entrelaçam profundamente.

Depois de publicar "Notas Sobre o Luto", uma homenagem ao pai falecido, Chimamanda mergulha agora em narrativas inspiradas na própria vivência com a perda da mãe - sendo uma das personagens baseada em uma história real. O resultado é um romance contemporâneo, emocionante e sensível, que explora as alegrias e os desafios de ser mulher, celebrando os laços da maternidade e da amizade. "A Contagem dos Sonhos" oferece uma análise poderosa sobre as escolhas que fazemos, as que nos são impostas, e as conexões entre mães e filhas em um mundo globalizado. A obra transborda emoção e é permeada por reflexões intensas sobre a natureza humana, apresentadas em uma linguagem ao mesmo tempo bela e impactante.

O romance levanta perguntas profundas: Para onde vão os anos se não vivemos plenamente? Como o tempo transforma a união entre duas almas? O que acontece quando alguém se despedaça por dentro? Até que ponto é preciso ser verdadeira consigo mesma para amar e permitir ser amada? Em busca de respostas, Chimamanda explora a essência do amor com sensibilidade e profundidade. Compre o livro "A Contagem dos Sonhos" neste link.


segunda-feira, 14 de abril de 2025

.: "Carga Viva" entrelaça poesia, crise climática e ecos da redemocratização


No romance, que combina realismo e elementos fantásticos, passado e presente se conectam através de um livro de poesias, resgatando marcos históricos do Brasil e narrando o país de hoje. Na imagem, capa de Carga Viva ao lado da autora. Ana Rüsche. Foto: Luiza Sigulem


A premiada escritora Ana Rüsche lança o romance "Carga Viva". Além de marcar os 40 anos da eleição de Tancredo Neves, a obra integra os lançamentos que comemoram os 50 anos de atividades da editora Rocco. Com uma linguagem densa, o livro alterna entre diferentes núcleos narrativos e explora a paisagem e a natureza como elementos centrais. 

"Carga Viva" entrelaça dois núcleos narrativos conectados por um livro de poesias. O primeiro, ambientado em 1985, apresenta uma história de amor entre dois homens isolados em Ubatuba. Um deles, advogado e poeta, vive seus últimos dias após contrair o vírus HIV, enquanto o Brasil vive o conturbado período da eleição indireta de Tancredo Neves (1910 - 1985), presidente da república eleito em um Colégio Eleitoral, mas não empossado por circunstância de sua morte. 

O segundo núcleo se passa nos dias atuais, em São Paulo, onde duas irmãs afastadas precisam viver juntas por força das circunstâncias — um marido agressor e uma gravidez em curso em meio ao agravamento da crise climática e o fantasma do vírus da Covid-19. O elo entre esses dois núcleos é um livro de poesia escrito pelo poeta em 1985 e estudado no futuro por uma das irmãs.

O tratamento dado à trama é realista, mas incorpora elementos insólitos, o que é comum na bibliografia de Ana Rüsche, autora que discute por meio de literatura e textos não-ficcionais sustentabilidade e o agravamento da crise climática mundial. Em "Carga Viva", o elemento insólito é o “prata viva”, substância que, quando ingerida, provoca alucinações, fortalece o sistema imunológico e altera o sonho. Esse elemento dá ao poeta uma vida mais longa e, no presente, é consumido por uma das irmãs, despertando reações sociais preconceituosas. 

A história se completa com um amigo alemão, dono da casa de praia onde o casal de 1985 se abriga. Ao ser demitido, ele desce a serra para viver uma temporada consumindo o "prata viva" e tendo contato com poesia pela primeira vez. Essa interseção entre o insólito e o estrangeiro cria um suspense narrativo que altera os rumos das histórias conhecidas, abrindo a imaginação a desfechos alternativos.

O livro terá lançamentos presenciais ao longo de 2025 em cidades como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. A agenda da escritora começa com o lançamento do livro em Brasília, dia 25 de abril, sexta-feira, às 19h00, na Livraria Circulares (Comércio Local Norte 113, BL A, loja 7 - Asa Norte). No dia 8 de maio, quinta-feira, 19h00, segue para São Paulo, com evento na Livraria da Tarde (R. Cônego Eugênio Leite, 956 - Pinheiros). Compre o livro "Carga Viva" neste link.

Referências estéticas
A obra é baseada em eventos políticos expressivos, como a morte de Tancredo Neves em 1985, as Diretas Já, manifestações ocorridas entre 1983 e 1894; e as motociatas bolsonaristas, iniciadas em 2021. Essa abordagem dialoga com a literatura contemporânea de autores, que revisitam acontecimentos históricos, como Maria Valéria Rezende, Mariana Enriquez e Maryse Condé. 

Na construção da narrativa homoafetiva, referências importantes foram os textos de Alberto Guzik, Caio Fernando Abreu e João Silvério Trevisan, além da pesquisa histórica de Renan Quinalha e dos ensaios de Eduardo Jardim e Susan Sontag sobre a representação literária sobre HIV/AIDS. 


Sinopse de "Carga Viva"
Um livro de poesia une duas histórias: a de um poeta com HIV à beira da morte em 1985 e a de sua leitora, uma professora grávida de um namorado violento. Do início da redemocratização à crise climática, um livro com elementos fantásticos une duas histórias para narrar o Brasil atual.

Sobre a autora
Ana Rüsche é finalista do Prêmio Jabuti com "A Telepatia São os Outros" (Monomito, 2019), livro vencedor do prêmio Odisseia de Literatura Fantástica. O livro foi publicado na Itália pela FutureFiction com o título "Telempatia" (2023), com lançamento no Salão do Livro de Turim. À época da publicação, mesmo com a Flip, o Estadão incluiu o livro como um dos “dez livros essenciais” em julho de 2019. Recentemente, um colunista da Folha da área de ciência, Reinaldo José Lopes, sublinhou a hipótese e a pesquisa feita na obra.

Estreou em 2005, publicando poesia, gênero no qual possui quatro títulos. O primeiro foi também publicado no México e uma seleção do Furiosa, publicada nos EUA de forma independente. A prosa poética "Do amor: o Dia em que Rimbaud Decidiu Vender Armas" (Quelônio, 2018) foi finalista do Prêmio Nascente USP. 

Foi uma das escritoras convidadas da última WorldCon - World Science Fiction Convention, em Chengdu, China. Possui contos publicados na Coreia do Sul, Colômbia, México, Itália e no Brasil, destacando-se “Canção da Autora”, publicado na antologia "O Dia Escuro: contos Inquietantes de Autoras Brasileiras", organizado por Fabiane Secches e Socorro Acioli (Companhia das Letras, 2024). 

Concluiu o Pós-Doutorado em Teoria Literária da FFLCH-USP sobre crise climática e literatura. Realiza o segundo Doutorado na UnB — Universidade de Brasília, na área de ecocrítica . É doutora em Letras pela USP com a tese “Utopia, Feminismo e Resignação em 'The Left Hand of Darkness' (de Ursula Le Guin) e 'The Handmaid’s Tale' (de Margaret Atwood)”. É formada em Letras e também em Direito pela USP, sendo mestre em Direito Internacional. Ministra cursos para diferentes instituições, como o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, a Poiesis e CLACSO - Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales. Colaborou com o Suplemento de Pernambuco e com a Revista 451 com resenhas e artigos de crítica, entre outros veículos. Garanta o seu exemplar de "Carga Viva" neste link.

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