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quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

.: "Falar em nome de terceiros é crime" e nada é solucionado

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2023


Nunca usamos cartão de crédito aqui em casa. No auge dos nossos 41 anos, fomos "intimados" (ainda que se demonstre total desinteresse em possuir ou usar) pelo banco, por conta do parcelamento de um imóvel. Mesmo a contra gosto, fizemos uma comprinha. 

Após nos informarmos, no próprio banco, sobre a necessidade de continuar com o cartão de crédito, quando fomos abater certo valor do parcelamento do imóvel, soubemos de que exista um outro cartão de crédito sem taxas. Para nós que não usamos tal forma de pagamento seria uma boa.

Assim, trocamos de cartão de crédito. Passado algum tempo, do próprio banco, vieram questionar sobre o não uso do mesmo, até o momento. Eis que, por livre e espontânea pressão, uma outra compra foi feita, usando o novo cartão. 

Acompanhando pelo app, o pagamento da fatura não liberava. E o tempo foi passando. Eis que dia 27 de dezembro, ao consultar o extrato da conta, em picadinhos foram descontados o total de R$ 200,10, referente ao uso do cartão, sendo que a compra chega ao total de R$ 248,40.

Ao entrar em contato com quem nos fez usar o novo cartão, fomos encaminhado a resolver tal problema usando o 0800 que está atrás do próprio cartão de crédito.

Enquanto meu marido tentava explicar, logo foi informado de que, naquele momento não havia sistema. Contudo, tínhamos uma dúvida sobre o tal débito em conta do próprio cartão. Afinal, o que já foi descontado não totaliza o valor da compra, que também constava como em aberto, sendo que, no app, informa que o vencimento acontece dia 28.

Eis que ao repetir a explicação, mais detalhada, meu marido direcionou o telefone para que eu falasse, quando ouvimos: "que falar em nome de terceiros é crime". Do outro lado, ficamos com cara de interrogação, enquanto que meu marido riu daquela fala.

Em que momento, a minha voz feminina, se fez passar por ele ou disse ser portadora dos documentos?

Enfim, ficou claro que a atendente "não quer trabalhar", como destacou me marido. Assim, a bucha segue em aberto para nós resolvermos.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

.: Crônica: a reforma com porcelanato na cozinha da minha futura casa

Foto: br.freepik.com

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2023


Estar em reforma não é fácil e, para piorar, novos obstáculos surgem. Eis que após passar por um pedreiro trambiqueiro, encontrei alguém confiável para, de fato, reformar a minha futura casa. O pior era a cozinha, a saga foi iniciada em março e em pleno dezembro, segue sem término. 

Comprei o porcelanato Porto Ferreira em abril. Em agosto, ao serem assentados, o pedreiro percebeu que aquele revestimento estava fora dos padrões e como eu comprei ambos da mesma fabricante e do mesmo tamanho para que a paginação fosse a mesma, recebi a notícia de que o que eu havia  planejado, teria de mudar.

Não voltei mais na loja em que me repassou o lote defeituoso -sem aviso-, uma vez que nenhuma das peças usadas na parede, tinha o tamanho informado na embalagem. Embora o porcelanato para o chão, estava com a medida exata informada na caixa. Não aconteceria a paginação que tanto idealizei e comprei o material para isso. 

Assim, fui na concorrente e escolhi então placas grandes da Portobello. Amei as estampas, batizado de Michelangelo, 0,60x1,20. Tudo parecia um sonho, até que perto do término, antes de rejuntar, no dia 3 de novembro, percebeu-se que uma das duas peças em que foi cortada e formou a letra L, surgiu uma rachadura. 

Com o cuidado necessário, o pedreiro removeu a peça, que é retificada, sem causar danos em torno, já que estava assentado. Na sequência, ao cortar uma nova peça, o mesmo problema, porém em menor escala. Desta vez, a rachadura ficou somente na parte esmaltada, enquanto que a anterior chegou a rachar a ponto de ficar a marca na massa colocada com dupla colagem.

Acionei a Portobello, pediram o envio da nota fiscal, o que não me atentei e fotografei outro comprovante da compra. Ao entrar em contato novamente, via telefone é que fui informada do meu engano. Caso eu não ligasse, ficaria por isso mesmo, uma vez que não houve o retorno via e-mail de que aquele não era o documento solicitado.

Na sequência mandei foto da nota fiscal oficial com a promessa de que a visita técnica aconteceria dentro de três dias úteis, demorou pouco mais. O contato foi feito via Whatsapp, sempre com áudios. Nem mesmo para se apresentar a técnica o fez por escrito. De toda forma, foi combinada a visita no dia 14 de novembro, às 13h.

Na minha futura casa, a técnica fotografou toda a cozinha, a segunda peça rachada, enquanto que o pedreiro que estava em outro serviço e perto de chegar. Filmando o corte de uma terceira peça, a técnica apressada, nem mesmo levou o pedaço cortado para a análise -diferente do que havia dito. 

Antes de ser colocada para dentro e terminar de assentar o piso da cozinha, notei que a terceira peça, cortada com a presença da técnica, tinha um machucado no retificado, sendo também perdida. A resposta que recebi foi que bastava lixar, pois era só uma lasca. 

Assim, a cozinha ainda não foi terminada. Não há nem como reaproveitar as duas peças estragadas restantes, pois não há mais cortes a serem feitos na cozinha. Tudo o que falta é essa peça que leva um corte e forma um L. 

A única resposta da técnica foi de que a Portobello não considerou defeito, mesmo sendo um produto num valor alto. Deixando o prejuízo das três peças como único e exclusivamente meu, compradora que tive somente a visita técnica para cortar uma terceira peça, com o pedreiro, que estava machucada numa borda e de nada serviu. 

No laudo enviado após muito insistir, há a seguinte identificação "Cliente reclama de dificuldade de corte e lasca". Não reclamo de dificuldade de corte, reclamo do defeito do produto, pois toda a cozinha foi reformada com porcelanato de outra marca, assim como um banheiro e área externa, pelo mesmo pedreiro e com as mesmas ferramentas. Com nenhum outro porcelanato tive esse problema de perder peças com lasca no esmalte ou até ser rachada junto com a argamassa.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

.: Cuidado! Infelizmente, VMEX não é excelência em acabamentos de vidros

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2023


Estar em reforma não é fácil. São muitas e muitas escolhas e decisões a serem tomadas. Eis que na etapa de reformular um banheirinho de casa, caí no erro de comprar um lavatório pequeno da marca VMEX, em fumê, após pesquisar na internet e chegar ao site da Madeira Madeira. Não efetuei a compra. 

Contudo, num dia, passando por uma loja, decidi entrar e falar a respeito. A vendedora foi extremamente atenciosa. Comprei, mas ela alertou que o produto não era próprio. Demorou, mas chegou. 

Com a conclusão do banheirinho, chegou o momento de instalar o lavatório pequenininho, em 1º de setembro. Foi quando os problemas com o produto ficaram mais nítidos. Entrei em contato com a empresa indicando os defeitos, via WhatsApp, que me passou o e-mail do setor. 

"Central de Atendimento

(34) 3219-0594 / 34-98863-7760

de Seg. a Sex. das 08h30 às 18h

www.cubasegabinetes.com.br 

contato@cubasegabinetes.com.br


Entre em contato com nosso setor de ecommerce.  Eles farão as tratativas para que seja feito o processo de garantia e suporte"

Eis que hoje, dia 11 de stembro, nada foi respondido. Solenemente ignorada diante de um lavatório com os mais variados problemas. Assim que um rapaz entregou ao meu marido, conferi e parecia estar tudo ali. Logo notei que a pontinha de um dos quatro lados da tampa faltava. Mostrei para meu marido, que considerou uma tremenda besteira. 

Contudo, ao instalar, apareceriam novos defeitos, além de uma das pontas como que lascada. Ao pegar a cuba, por debaixo, há uma marca funda de risco, começando pouco depois da ponta até quase que o meio da pia. Ok. Foi instalada para o lado esquerdo em que não ficaria em destaque o tal problema. No entanto, como não bastasse, o vidro da prateleira debaixo não é do mesmo tom. 

Sem comentários! Observando o produto, no geral, ficou nítido que ali estavam peças defeituosas e a sorteada para recebê-los como compradora, fui eu. Infelizmente, ficou claro que a VMEX não é excelência em acabamentos de vidros, seja pela nítida falta de controle de qualidade nos produtos que vende e ainda o falho atendimento ao consumidor.

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

.: Crônica: despedida de uma vidinha que jamais será esquecida

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em agosto de 2023


Vejo cada um dos bichinhos que tenho a honra de cuidar, muito além de serem de minha resposta. Não sou dona, mas uma cuidadora que ama demais. Não sou apenas uma tutora que dá amor, um lugar limpo e comidinha, sinto que são vidinhas as quais tenho gigante responsabilidade por longos anos. Sem dúvida, aqueles seres que são mais do que animais representam bênçãos de quatro patas.

Foram chegando sem avisar e deram alegrias imensuráveis, afinal, cada um tem uma personalidade própria -o que só de observar é engraçado. Como algo tão pequenino pode se diferenciar assim?

Tudo começou com Mumuco há quase 25 anos, até que há uns 15, chegou a Tatá. Apesar das investidas, só em 2018 que a expectativa se tornou realidade. Nascendo finalmente cinco rebentos lindos. Que felicidade!

Depois, em 2020, vieram mais três criaturinhas, sendo a última nascida em 25 de março. Tão, tão pequenino, com pelinha nos olhos e restos da bolsinha de alimentação debaixo do casco. Tinha dificuldade para andar, cresceu pouco em três anos e quase cinco meses. Às vezes, era difícil de convencê-lo a comer. Ao menos, eram raras as vezes que negava um belo pedaço de folha de couve.

Amava comer folhas de amora e, claro, a própria folhinha da árvore. Não era muito fã de banana, mas amava laranja e suas variações. Mordia mamão, curtia muito abacate e se esbaldava no caquizinho, além do pêssego. Ficava quietinho nos banhinhos de água morna e deixava secar cada vãozinho entre as patinhas e o casco. Era inegavelmente fofo. 

Contudo, a vida é um sopro e em 5 de agosto a vidinha mais delicada simplesmente se foi. Com direito a despedida na sexta-feira, com o cafuné habitual, respondeu levantamento a cabeça. Foi a última interação nossa. 

No dia seguinte, percebi algo de errado. Estava ali como que sem alma, numa pose doce e suave. Não era o mesmo bichinho, estava sem vida num sono profundo. O sono eterno que fica para sempre em nossas memórias cheias de afeto. Adeus, Tchuco, Pitchuco ou Projeto de Jabuti! 


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


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sábado, 10 de junho de 2023

.: Crônica: "O Guarda Costas - O Musical" é showzão de Leilah Moreno

Cena de "O Guarda Costas - O Musical" em cartaz no Teatro Claro, São Paulo. Foto: Helena Mello


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em junho de 2023


"O Guarda Costas - O Musical", em cartaz no Teatro Claro, em São Paulo, até o dia 11 de junho, não é somente uma belíssima adaptação teatral da 4ACT para o marcante filme de 1992 com a diva Whitney Houston e o ator Kevin Costner. O espetáculo brasileiro protagonizado pela cantora Leilah Moreno, a Whitney Houston do Brasil, como Rachel Marron, é um verdadeiro show de emoção para se assistir com toda a família.

Empolgante e arrepiante do início ao fim, a montagem dá o devido destaque para aquela mulher talentosa que ficou conhecida por todo o Brasil no show de calouros, programa televisivo, apresentado por Raul Gil. Contudo, ver Leilah Moreno que lançou CD, atuou em novelas e séries, além de brilhar com destaque na Banda do programa Altas Horas, a dona de uma voz ímpar, num musical de teatro na pele de outra diva da música gera uma experiência inesquecível a qual pude viver no dia do meu aniversário. E que presentão!

Mesmo com as mudanças tecnológicas, tenho o CD dela, dado com amor por meu maridão quando ainda namorávamos. Para tornar todo o espetáculo ainda mais interessante, tive uma nova surpresa. Durante o espetáculo, enquanto me debulhava em lágrimas de felicidade e encantamento, tentando cantar as canções (originais em inglês, pois há versões lindas que ficam na mente e você pode se pegar cantando por vezes após a apresentação), alguém ao lado notou o quanto eu estava embarcando na apresentação. Era o marido de Leilah Moreno, quem também assistia a tudo com admiração.

No fim, testemunhar aquele show em formato de musical, podendo conversar com o parceiro de quem admirava foi ainda mais especial. Somando a expectativa para a apresentação, o musical em si e o intervalo, fica guardada com carinho, a sensação única de alegria imensurável por vê-la atuar tão pertinho e soltando o vozeirão com as canções de Whitney Houston que vão além das do filme "O Guarda Costas - O Musical"

Para fechar com chave de ouro, há ainda a dobradinha vocal de Leilah Moreno com Talita Cipriano, que interpreta a irmã da protagonista, Nikki Marron, representando o encontro de dois vozeirões que levam o público para um estado de espírito de pura paz e alegria. Garantindo arrepios mil. Se eu recomendo "O Guarda Costas - O Musical"? Sem dúvida. Fabrizio Gorziza, intérprete de Frank Farmer, personagem que dá nome ao musical é extremamente carismático e complementa a personalidade de Rachel Marron. O espetáculo é imperdível e só fica em cartaz até o dia 11 de junho. Não perca!!

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

Serviço
"O Guarda-Costas - O Musical"
Temporada até 11 de junho de 2023. Local: Teatro Claro SP – Shopping Vila Olímpia - R. Olimpíadas, 360 - Vila Olímpia/São Paulo. Capacidade: 799 pessoas Site: teatroclarosp.com.br. Classificação: 12 anos. Duração: 125 minutos. Acessibilidade. Ar-condicionado. Sessões: quinta e sexta-feira, às 21h. Sábado, às 17h30 e 21h. Domingo, às 19h. Ingressos: de R$ 50 a R$ 200. Obs.: confira legislação vigente para meia-entrada. Canais de venda oficiais: www.sympla.com.br - com taxa de serviço. Bilheteria física - sem taxa de serviço. Teatro Claro (Shopping Vila Olímpia). De segunda-feira a sábado, das 10h às 22h. Domingos e feriados, das 12h às 20h. Telefone: (11) 3448-5061.


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sexta-feira, 9 de junho de 2023

.: "O Guarda Costas - O Musical" em 11 motivos para não perder

 
Cena de "O Guarda Costas - O Musical" em cartaz no Teatro Claro, São Paulo. Foto: Helena Mello


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em junho de 2023


"O Guarda Costas - O Musical", em cartaz no Teatro Claro, em São Paulo, vai além de um espetáculo e entrega um show impecável da cantora Leilah Moreno, a Whitney Houston do Brasil, na pele da personagem Rachel Marron que precisa dos cuidados de Frank Farmer. Confira a lista de 11 motivos para não perder a belíssima adaptação teatral da 4ACT para o marcante filme de 1992 e que fica em cartaz até o dia 11 de junho!

1. A montagem brasileira do filme para o teatro musical é mais do que um espetáculo, mas um verdadeiro show de atuação e voz da cantora Leilah Moreno em que interpreta canções de Whitney Houston, sem ficar restrita na trilha sonora do longa "O Guarda Costas - O Musical". Na montagem estão "Greatest Love of All", "How Will I Know", "One Moment in Time" e "I Wanna Dance With Somebody".

2. No elenco, além de Leilah Moreno, estão Fabrizio Gorziza, que interpreta o segurança Frank Farmer, Talita Cipriano, finalista da terceira temporada do "The Voice Kids" há cinco anos e Vinicius Conrad, como o stalker da protagonista.

3. No palco, dançarinos em figurinos deslumbrantes seguem no ritmo das músicas, além de soltarem a voz. Não há como esquecer o trio no karaokê: Mariah, Celine e Cyndi!

4. A cenografia caprichada complementa a atuação da equipe visivelmente em sincronia, seja nas cenas mais sérias, com direito a perseguição, ou de pura cantoria com direito a piano. 

5. "O Guarda Costas - O Musical" adapta o filme de 1992, logo a trama não é exatamente a mesma e as mudanças favorecem ainda mais a versão da história abrasileirada.



6. O espetáculo apresenta protagonistas e equipe de palco em figurinos dignos de um verdadeiro show. O que, de fato, é! 

7. Entre as músicas interpretadas, grande parte delas são cantadas em inglês, enquanto que há algumas versões em português que ficam na lembrança e, quando menos perceber, você irá cantarolar.

8. Além de Leilah Moreno fazer par com Fabrizio Gorziza, quem dá vida ao guarda-costas, há duetos emocionantes com Talita Cipriano, filha da Deise do "Fat Family", que é dona de uma voz limpa e tocante. Como segurar as lágrimas ao ouvi-la também nos solos do espetáculo? 

9. O musical entrega tensão com o sinistro stalker de Vinicius Conrad -que, de fato, assusta.

10. Embora seja um musical, o personagem que dá o nome ao espetáculo, o guarda-costas não sai cantando para declarar seu amor. Pelo contrário, há uma brincadeira dele quando é desafiado por Rachel Marron e acaba dando uma nova interpretação para “I Will Always Love You”.

11. Indica a todos, principalmente aos admiradores ou fãs de Whitney Houston, a montagem é simplesmente indispensável.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

Foto: Helena Mello

Serviço
"O Guarda-Costas - O Musical"
Temporada até 11 de junho de 2023. Local: Teatro Claro SP – Shopping Vila Olímpia - R. Olimpíadas, 360 - Vila Olímpia/São Paulo. Capacidade: 799 pessoas Site: teatroclarosp.com.br. Classificação: 12 anos. Duração: 125 minutos. Acessibilidade. Ar-condicionado. Sessões: quinta e sexta-feira, às 21h. Sábado, às 17h30 e 21h. Domingo, às 19h. Ingressos: de R$ 50 a R$ 200. Obs.: confira legislação vigente para meia-entrada. Canais de venda oficiais: www.sympla.com.br - com taxa de serviço. Bilheteria física - sem taxa de serviço. Teatro Claro (Shopping Vila Olímpia). De segunda-feira a sábado, das 10h às 22h. Domingos e feriados, das 12h às 20h. Telefone: (11) 3448-5061.


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sexta-feira, 26 de maio de 2023

.: Crônica: "A Pequena Sereia" live action da Disney é emocionante

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em maio de 2023



Quem era criança em 1989 foi marcado, independente de gênero, pela animação da Disney, "A Pequena Sereia". Ao longo dos anos, produções paralelas tentaram recontar a história de Ariel no formato live action. Eis que a própria Disney, em 25 de maio de 2023, com seu colorido e encanto trouxe para as salas de cinema o filme de 2h 15m da sereia que deseja se tornar humana.

E não é que apesar da chuva de críticas do público, muito antes de o filme ser lançado, foi totalmente jogada por terra? O longa que resgata cenas marcantes e as canções inesquecíveis, bagunça com a memória afetiva -da melhor e mais linda maneira- daqueles que cresceram revendo o VHS da animação da sereiazinha ruiva. 

O novo filme Disney inclui novas músicas e faz uma releitura sem muitas mudanças -somente alguns detalhes- para as clássicas canções: "Aqui no Mar", "Parte do Seu Mundo" e "Beije a Moça". E a adaptação visual das sequências musicais são de encher os olhos, não somente pela beleza e colorido, mas por também emocionar causando arrepios e, claro, lágrimas de alegria de poder rever tal produção tão caprichada.

Aos mais velhos, relembrar a animação com a fabulosa dublagem brasileira a cada cena é fatal. Contudo, o novo filme consegue imprimir a própria cara para algo que muitos conhecem de cor e salteado. 

"A Pequena Sereia" com Halle Bailey é simplesmente lindo, sem deixar de fora, inclusive, os encantos da vilã Ursula. Sim! Eu amo a Ursula da animação e sua "Pobres Corações Infelizes" por conta da voz de Zezé Motta, quem depois tive o prazer de conhecer e ainda receber um elogio. 

No filme está ainda Noma Dumezweni (Bem-vindos à Vizinhança) como mãe do príncipe Eric (Jonah Hauer-King), a rainha Selina. Assim como Javier Bardem interpretando o pai ciumento, o Rei Tritão. Se irei rever no Cineflix Cinemas?! Sim. Muitas vezes com o meu cartão VIP que permite assistir quantas vezes os filmes em cartaz. Simplesmente perfeito!!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


A Pequena Sereia (The Little Mermaid)Ingressos on-line neste link.





domingo, 12 de março de 2023

.: Crônica: "Grease, o Musical" resgata nos palcos clássico sobre os anos 50

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em março de 2023


"Grease é o caminho", destaca o refrão da música clássica do trio Bee Gees que dá nome ao teatro musical da produtora 4Act Entretenimento, "Grease, o Musical", que encerrou as apresentações em 6 de março com muita energia e emoção. Eu que tenho "Grease: Nos Tempos da Brilhantina" no posto de filme favorito, ali, no Teatro Claro, já nos primeiros minutos fui levada pela emoção. Arrepios e lágrimas externaram o misto de sensações. 

A jovialidade do elenco, em coreografias e figurinos impecáveis reforçaram a engrenagem do musical sobre a história de amor de Danny e Sandy, que acontece durante o verão dos anos 50, nas praias da Califórnia. Com a volta às aulas, eles se reencontram de modo inesperado, afinal, ele não é tão doce como se mostrou, Danny lidera a gangue do Burguer Palace Boys. 

Enquanto que a mocinha certinha vai se enturmando com as Pink Ladies, Danny tenta seu lado de atleta -sem sucesso. O enredo condizente a uma época ultrapassada, reflete quando as mocinhas deveriam seguir certas condutas para evitar que fossem rotuladas da pior forma. De fato, "Grease" é o retrato da liberdade feminina que começava a se desenhar.

Voltar ao teatro em pleno 2023 para assistir tal montagem teve um gostinho diferente. Afinal, há 20 anos, assisti "Grease, o Musical" no Teatro Sérgio Cardoso e saí maravilhada com Afonso Nigro, Amanda Acosta, Paula Capovilla, Jarbas Homem de Mello, Laila Garin e tantos outros talentos dos palcos brasileiros, como Carol Bezerra. Por sorte, pouco tempo depois, revi a mesma produção no Teatro Sesc Santos. 

Reviver uma emoção tão grande e significativa foi marcante, agora com as vozes de Tiago Prado, Luli, Alice Zamur, Nathan Leitão, Sofie Orleans, Carol Pita, Camila Brandão, Pedro Nasser, Rafa Diverse e outros. Não há como negar que rever no teatro em nova montagem do meu filme favorito, após tantos anos, foi extremamente emocionante. 


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

.: Crônica: Adeus, Silvio! O irmão da educação


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2022 


Hoje dia 19 de outubro, no início da tarde, soube o que houve com você logo cedo. Triste partida que me emudeceu quando ouvi as palavras pelo telefone daquele que entrou para o clã e passou a ser chamado de irmão também depois de um tempo. 

E vocês se reencontraram num ônibus pouco antes do recesso de julho e conversaram muito. Assim que eu conheci você, numa festinha, conversamos tanto. Logo virou meu amigão na escola em que comecei a dar aula pela primeira vez. 

Grande e alto, mas eu o abraçava ficando nas pontas dos pés. Sempre era divertido encontrá-lo, nos corredores ou no portão de saída. Geralmente usando sandálias de couro, bermudão e, no verão, quando não estava dando aula, usava regata. Ah! Você me deu tantas dicas e conselhos estampando um sorriso no rosto.

E nos esbarrões da vida, fora do ambiente escolar, também recebia os cumprimentos de "irmã Mary Ellen", inclusive nos ônibus. Quantas vezes topamos com você subindo a serra e a brincadeira era a mesma. Fui apelidada por você de "Mary Ellen, a rainha do Expresso Brasileiro".

Aliás, foi justamente no primeiro esbarrão de um ônibus para São Paulo, que você e o Helder se conheceram, de fato. Com o ingresso dele para o corpo de docentes, vocês dois viraram amigos também.

Agora, ficamos eu e ele sem o nosso irmão também professor, mas acima de tudo, um verdadeiro companheiro e amigo. Guardo comigo, tantas, boas e divertidas lembranças. Sei que deixa o mesmo para o Helder. Vá em paz, irmão Silvio! Fará muita, muita falta! 


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

domingo, 16 de outubro de 2022

.: Cristofobia nos tempos de hoje em nome do bezerro de ouro



Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2022 


Nos cinemas o filme que promete concluir a franquia "Halloween", está em cartaz. Assim, o 13º longa do assassino serial Michael Myers encerra a trama cheia de altos e baixos. Contudo, as bruxas continuam soltas no Brasil e seguem fazendo barbaridades, inclusive dentro das igrejas. A última e assombrosa aconteceu numa igreja católica. Não me refiro aos xingamentos e vaias do dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro. Há um ataque mais recente e que também foi gravado.

Numa igreja em Fazenda do Rio, Paraná, terminando a homilia, um padre proferiu: "Que Deus possa ser aquele que vai governar a nossa vida e também o senhor da nossa sociedade", ao retornar para trás do altar, para seguir com a oração da Santa Missa, uma voz feminina ecoa ali questionando se "o Deus da vida é a favor do aborto". No microfone, ele responde que não e ainda destaca não estar pedindo voto para Lula. 

Mesmo puxando a "Oração do Credo", os ataques ao padre não pararam a ponto de a oração não ser concluída. As mesmas respostas foram dadas novamente, mas a fala repetitiva -típica de defensores do atual bezerro de ouro- transformaram o momento de oração e reflexão num verdadeiro caos. 

Sim! Dentro de uma igreja em que há rituais a serem seguidos e respeitados, a adoração de outro deus vem sendo escancarada - até aos gritos. Estaria o ódio normalizado a ser dado a todos, inclusive a um padre durante uma cerimônia? É assombroso. Desrespeitoso e tudo está acontecendo a olhos vistos.

Tal qual um inferno infinito na terra, vê-se a obrigação da inserção do tema política em toda conversa e, como nunca falha, pelos adoradores de fake news. Sempre seguem com o discurso agressivo e na base do grito. Defendem a proibição do aborto, o que é importante, mas não sabem o que é viver a igreja, o cuidar do próximo. Sem saber viver o amor, agridem. 

Nessa realidade que, infelizmente não é paralela, todos são diretamente chafurdados numa franquia de filme de terror completamente amadora, mas bastante nocisa. Nesse "Brazilian Horror Story" que vivemos, enquanto que os americanos só conhecem como seriado, "American Horror Story" -tendo já descartado Donald Trump do poder-, fica a dúvida sobre como sobreviveremos a tanto ódio?! 


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

.: Crônica: "Avatar" é belíssima produção de ficção científica atemporal

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2022


"Avatar", sucesso lançado em 2009, voltou para as salas de cinemas em 2022, afinal, em 15 de dezembro estreia a sequência desse fenômeno de bilheteria. Para recordar a trama de 2h 45 e, assim, conseguir me envolver com o próximo filme, fui passar uma tarde no Cineflix Cinemas, em Santos. Pensei comigo: ou eu saio da sala de cinema amando o filme ou reforço o desapontamento de quando assisti na época. Sim! Eu fui uma das pessoas que assistiu em 3D e saiu com muita dor de cabeça. 

E não é que na telona em 2D, sem aqueles efeitos pipocando da tela em direção aos olhos, eu me encantei? Mudei completamente de opinião a respeito da produção high tech tão reverenciada de James Cameron. Posso dizer com todas as palavras que assisti a outro filme e foi uma experiência e tanto, com resultado 100% positivo.

Treze anos depois eu me atentei completamente à história que é cheia de meandros, além de aproveitar o vislumbre visual que oferece. Cenas breves, as quais nem mesmo se tem diálogos, feitas completamente para pura apreciação. Promovendo a imersão do público de modo crescente e não forçada -como quando usamos os óculos 3D que, durante um filme de longa duração, passa a marcar o rosto e até o machuca. 

A produção de ficção científica é riquíssima, completamente atemporal, ainda que seja uma aventura pela imaginária Pandora. Afinal, "Avatar" retrata o encontro de dois mundos distintos, algo no estilo "Pocahontas". Uma nativa, filha do grande líder, e um milico. Ele assume o posto de ajudante para desbravar as terras para que seu povo extraia os bens minerais, mas, enquanto aprende os costumes deles, apaixona-se.

E como toda ficção tem seu ponto de realidade, Parker junto do Coronel Miles responsável pela operação leva o combinado adiante, na base do "morra quem morrer", colocando na telona muita destruição, inclusive da natureza, e mortes. Esse coronel lembra alguém no poder do Brasil atualmente, não é? Assim, a ganância de um mimado e sem escrúpulos consome tudo sem dó e deixa um estupendo reino em frangalhos.

Outro ponto interessante de rever "Avatar" é que, ao fim, após os nomes dos atores principais serem exibidos em animação, antes dos créditos finais, entram cenas extras revelando que a sequência acontecerá debaixo da água, numa espécie de sneak peek, trechinho do novo filme para espiarmos, e destaca o título da sequência que é "Avatar: O Caminho das Águas""Avatar" é magnífico!


* Mary Ellen é editora do portal cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm



Avatar (Avatar, 2009)
Classificação: 10 anos (Violência). Gênero: Aventura. Duração: 2h45. Diretor: James Cameron. Elenco: Sam Worthington, Zoe Saldana, Sigourney Weaver. Sinopse: Relançamento especial do filme de 2009 com cenas inéditas.






quinta-feira, 29 de setembro de 2022

.: "O pior cego é aquele que não quer ver", por Mary Ellen Farias dos Santos


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022


Vivemos em tempos tão sombrios que brasileiros estão chafurdados num eterno "Caso da Escola Base", quando ainda não havia internet, mas os fatos distorcidos já faziam miséria. Eis que em pleno 2022, com o excesso de tecnologia nas mãos -principalmente dos celulares-, há ainda pessoas optando por consumir desinformação e replicar mentiras. Tudo isso sem punição. Claro! As providências para que as fake news corressem soltas foram tomadas, não é mesmo?!

Ontem, por um acaso, o link de um vídeo no instagram de uma ex-apresentadora de telejornal da emissora do Edir Macedo chegou até mim. Um vídeo descaradamente editado com frases cortadas e juntadas para dar o sentido desejado. E não é que, logo abaixo, nos comentários, os discípulos do "amém" endossaram com críticas pesadas, como se aquela imagem estourada e com cortes grotescos fosse uma grande verdade revelada. 

A informação está aí, só não lê quem não quer ou por não querer derreter o bezerro de ouro de estimação. Pois é! Ignorância tem limites quando se tem de tudo disponível para averiguar e conhecer a verdade. Todavia, há pessoas em pura letargia por total preguiça, afinal, "o pior cego é aquele que não quer ver"!

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


quarta-feira, 14 de setembro de 2022

.: Crônica: "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" no Cineflix Cinemas

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022

Assisti mais uma vez "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa". Delas, duas foram em 2021, primeiro legendado, na estreia, e dias depois dublado. Nesse ano de 2022, com a versão estendida limitada, voltei ao Cineflix Cinemas pela terceira vez, em 7 de setembro, para assistir a produção legendada com mais minutos e, dia 13 foi a vez de rever tudo dublado. Não há dúvida de que eu amo o melhor amigo da vizinhança de todos os tempos.

Tal predileção ganhou força quando eu ainda era uma adolescente e uma foquinha -estudante de jornalismo. Assisti, na primeira fila, a do gargarejo, com o meu namorado -hoje marido-, o ator Tobey Maguire interpretar um nerd zoado na escola que, após ser picado por uma super aranha, passava a lançar teias do pulso e pular de prédios em prédios enquanto combatia os vilões maquiavélicos. 

Era 2002 e saímos da sala de cinema arrebatados. Até então, tudo o que se tinha de filmes de heróis com qualidade era reduzido aos vários filmes do "Batman" ou o primeiro filme dos "X-Men". Tanto é que no ano seguinte saiu "Hulk" -que temos duplicata em DVD- e, apesar dos pesares, amamos assistir nos cinemas também.

Mas o assunto aqui é o cabeça de teia, não o verdão. E surge a questão maior: como não se encantar com aquele herói juvenil sendo também adolescente?! O trunfo maior de "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" (2021) está justamente em reforçar o lado jovem do Peter Parker de Tom Holland. Ainda que tenha lutado com "Os Vingadores", não sabe como agir diante de uma negativa ou por somente querer fazer o bem a todos, apesar de ter a insegurança caminhando lado a lado, o que é típico de todo adolescente. Além disso o longa coloca na telona mais uma vez aquele que representou esse adolescente tão bem lá em 2002.

Ver o Peter de Tom Holland diante de Tobey Maguire, é como uma espécie de espelhamento, mas reformulado para a atualidade. Brincadeira insana que bagunça, fatalmente, as emoções daqueles jovens que hoje estão mais velhinhos e quarentões hoje. E, claro, a entrada de Tobey arrepia e faz escapar lágrimas. Por mais que se lute ardorosamente, é inevitável! Quem curtiu aquele aranha, automaticante volta no tempo e reflete sobre como era e como se está hoje em dia. 

É algo como quando se vê a Xuxa agora, sendo que se cresceu com ela. Neste caso, é você ver alguém que virou adulto junto com você. Ok. O Tobey não era assim tão jovenzinho, mas a mudança física -ele está para virar um cinquentão- é nítida no novo filme em que a equipe de edição, parece ter dado o melhor para preparar o chororô do público. O drama é iniciado com Peter perdendo a tia May. Sim! Tom Holland dá um show nessa cena que cutuca as vias lacrimais. 

Na sequência, acontece a entrada dos outros "Peters" com o fator surpresa. Primeiro surge Andrew Garfield, com o uniforme e depois, entra Tobey sem o traje e com roupas comuns, sendo chamado até de "pastor". De toda forma, mesmo descaracterizado, provoca um turbilhão de emoções! Segurar o choro é impossível. Chorei nas quatro vezes em que assisti.

Afinal, como se não bastasse ter três miranhas atuando juntos na telona, ainda voltam os vilões deles, menos o Venom de Topher Grace. E, mais uma vez é o vilão de Willem Dafoe, o Duende Verde quem taca fogo no parquinho, respingado coisa muito séria para o teioso de Tom Holland. Em resumo: este filme é mais um que me prenderá do início ao fim e sempre que for exibido na televisão, farei questão de rever. 

O drama do excesso de hate, de parte da população, para quem luta pelo bem e a exaltação desmedida pelo vilão Mysterio, que fez o diabo com o teioso no longa anterior "Homem-Aranha Longe de Casa", lança a provocação a respeito do que vivemos hoje em dia: a deturpação dos fatos e lobos em peles de cordeiros, além de certos veículos de comunicação espalhando fake news. Foi nessa quarta sessão do longa que a frase "toda gentileza tem seu preço", dita pelo doutor Norman me fez pensar a respeito. Será?! 

.: Crítica: "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" versão estendida é melhor

.: "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa" é filmaço de memória afetiva

* Mary Ellen é editora do portal cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm

quarta-feira, 27 de julho de 2022

.: Shopee e EBANX não devolvem valor de reembolso de compra cancelada

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em julho de 2022


A novela da falta de devolução do meu reembolso com a Shopee/EBANX começou com o cancelamento da compra de uma camisola no valor de R$ 19,22, feita em 5 de maio. Motivo? O vendedor não fez o envio do produto e a própria plataforma de compras fez a anulação. Aguardei um bom tempo, mas o dinheiro não foi devolvido em conta. Tentei o chat, no qual não tive a orientação de um atendente que fosse. Somente a opção de clicar em respostas automáticas que me indicaram que o valor seria devolvido dentro de no máximo 15 dias.

Na sequência, tive outra compra -feita em 1 de junho- cancelada por falta de envio do vendedor, desta vez foi um boneco do Gênio, do Aladdin, no valor de R$ 65,00. Assim, o valor a ser devolvido somente foi crescendo e nunca devolvido a mim. Eis que passado algum tempo, recebi a mensagem, no próprio aplicativo da Shopee, de que os pagamentos dos reembolsos foram aprovados e que havia a necessidade de cadastrar uma conta para que o pagamento fosse processado. 

Eis o grande imbróglio: a conta está cadastrada há tempos, inclusive, recebi todos os reembolsos anteriores da própria Shopee/EBANX. De compras realizadas da mesma maneira que essas: boleto. Sendo assim, a plataforma mandou aguardar o prazo de 15 dias -no caso, mais outros 15 dias. Como nada aconteceu. Enviei um e-mail e recebi uma resposta padronizada de que a devolução estava em processo e que eu aguardasse mais 15 dias. 

A verdade é que os tais 15 dias foram dados a cada vez que entrei com o pedido de reembolso e nunca consegui a devolução do total das compras. E, claro, com tanta enrolação, tive uma terceira compra cancelada por falta de envio do vendedor, desta vez no valor de R$ 10,99 -compra de uma máscara capilar reconstrutora. 

Cansada, entrei em contato via Twitter, no qual fui informada de que a devolução estava para ser realizada e que eu deveria esperar de 7 a 15 dias. Hoje, dia 27 de julho, completam os tais 15 dias e sigo sem receber os reembolsos, que, agora, somam R$ 95,21. Resumo: o mês de julho está no fim e ainda não recebi o reembolso das minhas compras, uma paga no dia 7 de maio, outra no primeiro dia de junho e a última paga em 7 de julho.

Tentei todas as formas de contato que somente estenderam o prazo, mas nunca solucionaram o problema. Agora, vejo como única forma de solução procurar o PROCON, uma vez que no grupo de compradores da plataforma há a mesma e repetitiva reclamação: a tremenda dificuldade da Shopee/EBANX em fazer o reembolsos das compras canceladas. 


* Mary Ellen é editora do portal cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm


quinta-feira, 21 de julho de 2022

.: Crônica: a mulher da casa abandonada que virou um circo

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2022


Acredito que tenha pouco mais de duas semanas que meu marido veio puxar papo sobre a história da mulher da casa abandonada que conhecera num podcast. Veio me dizendo como se fosse uma novidade. Contudo, eu já sabia do que se tratava, por estar em grupos de relatos sobrenaturais. Num deles, há coisa de um ano, alguém deu um jeitinho de mencionar o caso da mansão localizada em Higienópolis. 

"A Mulher da Casa Abandonada", o podcast sobre a trama criminosa, inteirou meu marido e outras pessoas sobre essa "assombração". Tanto é que a narrativa ganhou proporções assustadoras sobre Margarida Bonetti. O que ela realmente fez? É acusada de explorar e agredir uma empregada, ao lado do marido, René Bonetti, quando moravam nos Estados Unidos. 

Enquanto ele cumpriu pena em solo americano, Margarida refugiou-se no Brasil, onde viveu com a mãe, na tal casa que hoje está em processo de degradação, até ficar sozinha. Eis que aos 78 anos, com a história alcançando a opinião pública, Margarida passou a ser vigiada -em tentativas de fotos de bisbilhoteiros para ganhar likes nas redes sociais- e ameaçada -por meio de pichações. Foi assim que o espetáculo começou.

A cereja do bolo veio na quarta-feira, dia 20 de julho de 2022. Enquanto a polícia cumpria um mandado, a mídia marcou presença e transformou tudo num grande circo. Diante das câmeras, a mulher discutiu com a polícia que arrombou a mansão, enquanto que na internet, foi exibido ao vivo o resgate de um cachorrinho. Nas palavras de um apresentador, a mulher fora abandonada pela família nesses 20 anos, logo, uma vítima. Em contrapartida, por fora da mansão, a grande plateia xingava Margarida.

Eis o problema de um caso sério cair na pauta do jornalismo sensacionalista. Não só por transformá-lo num completo show de horrores estampado em todos os meios, mas por colocar em segundo plano, de certa forma, o verdadeiro crime cometido. Será que alguém lembra que a senhora é acusada de manter uma pessoa em condições análogas à escravidão?!


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

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