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domingo, 11 de maio de 2025

.: Lista: as dez mães mais importantes da literatura brasileira no Brasil de hoje


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com.

Da mãe amorosa à ausente, da protetora à transgressora, da silenciosa à revoltada. A literatura brasileira, em suas várias fases e escolas, construiu imagens complexas e simbólicas da figura materna - da mãe abnegada  à mulher que rejeita ou abandona a maternidade. Nesse vasto acervo, algumas personagens se destacam pela intensidade emocional, pela centralidade na trama ou pela originalidade com que encarnam o papel de mãe em seus contextos sociais, históricos ou simbólicos.

Listamos as dez mães mais importantes da ficção brasileira, elencadas em três critérios principais: o primeiro deles é o impacto narrativo - o quanto essa mãe/personagem influencia diretamente os acontecimentos da obra ou a trajetória dos protagonistas. Também consideramos a intensidade emocional, o grau de comoção, dor ou conflito que essa mãe desperta, tanto nos personagens, quanto nos leitores. 

Há, também, a relevância simbólica: o peso que a personagem carrega enquanto representação de tipos sociais, dilemas morais ou rupturas culturais, influenciando o imaginário coletivo ou a crítica literária. A classificação a seguir não pretende ser definitiva, mas oferece um panorama sobre as diferentes formas de maternar na literatura brasileira e no século 21 - com mães silenciosas, feridas, revolucionárias ou até ausentes. Cada uma, à sua maneira, marca o leitor e deixa uma marca na história da ficção brasileira.

10.° A ausência da mãe de Macabéa - "A Hora da Estrela", de Clarice Lispector
Embora a mãe de Macabéa apareça apenas de forma indireta no romance "A Hora da Estrela", escrito por Clarice Lispector, a ausência dela é marcante. Macabéa é uma jovem órfã, criada por uma tia autoritária, e a personalidade apagada e submissa da personagem pode ser vista como resultado de carência de afeto materno. A autora inverte a lógica tradicional: ao invés de exaltar a presença da mãe, mostra como sua ausência molda uma existência vazia. A figura materna no romance é a ausência dolorosa do cuidado, da voz e da identidade. Na história, a mãe de Macabéa é uma jovem alagoana que escolheu o nome "Macabéa" por promessa à Nossa Senhora da Boa Morte. A mãe de Macabéa não criou a filha porque faleceu quando a protagonista do romance era muito pequena. O nome "Macabéa" tem origem judaica e remete à história do povo judeu e à resistência à ocupação grega de Jerusalém. A mãe de Macabéa é uma figura apenas sugerida e rapidamente descartada. Sua ausência é significativa, mas não atua diretamente na narrativa. Está mais como sombra do que como personagem. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link. 

9.° Vedina - "Véspera", de Carla Madeira
Vedina é uma mãe marcada pelo colapso emocional e pela culpa. Em um momento de desespero causado por um casamento violento e uma vida de traumas familiares, ela abandona o filho pequeno na rua. Ao voltar para buscá-lo, a criança já desapareceu. Esse ato dá início a uma narrativa profunda sobre dor, arrependimento e os efeitos da desestruturação familiar. Contada em dois tempos - o dia do abandono e os dias que o antecederam - a história revela como a violência doméstica, os traumas de infância e a solidão empurram Vedina para o limite no romance "Véspera", escrito por Carla Madeira. Ela não é uma vilã, mas o retrato de uma mulher vencida pelas circunstâncias. Vedina é uma mãe marcante porque rompe com o ideal da mãe abnegada e representa a maternidade atravessada pelo trauma e pela falência emocional. A história da personagem provoca desconforto e empatia, sendo uma das mães mais complexas da ficção recente.Revoluciona a representação da maternidade. O abandono do filho é uma das maiores quebras de tabu da literatura brasileira recente, com forte impacto emocional e ético. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

8.° Dona Antônia - "Casa Velha" (Machado de Assis)
Por muito tempo, "Casa Velha", o livro quase perdido de Machado de Assis, foi considerada uma obra "menor", mas hoje tem sido revisitada por críticos interessados nas estruturas familiares e nas personagens femininas machadianas. Nela está o retrato de uma mãe aristocrática e controladora do século XIX, Dona Antônia, figura marcante pela autoridade moral e por exercer domínio psicológico sobre os membros da casa. Religiosa e tradicional, ela vive em função das convenções da época e tenta manipular o destino do filho, Félix, para que siga a carreira eclesiástica. A influência dela é forte, silenciosa e estratégica - e representa um modelo de maternidade ligado à manutenção da honra, da tradição familiar e do status social. É uma mãe de grande relevância dentro da obra por encarnar o poder matriarcal velado que rege as casas patriarcais. Ela é a guardiã do passado e da reputação - não por meio da violência, mas pelo medo da desaprovação. Representa a tensão entre o afeto materno e os interesses sociais. É um exemplo refinado da crítica machadiana à hipocrisia e à rigidez da moral burguesa. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

7.° Sinhá Vitória - "Vidas Secas", de Graciliano Ramos
Um dos retratos mais comoventes da maternidade na literatura nacional, Sinhá Vitória é uma personagem marcante em "Vidas Secas", de Graciliano Ramos. Ela é a mãe que sonha, que resiste e que carrega a dignidade no meio da miséria. Enquanto o marido, Fabiano, é quase mudo e bruto, ela articula pensamentos, desejos e esperanças, principalmente em relação aos filhos, para quem deseja um futuro menos cruel. A figura dela é um elo entre a sobrevivência física e o desejo de ascensão simbólica. Sinhá Vitória representa a mulher sertaneja que, mesmo no silêncio da opressão, consegue manter aceso o desejo de mudança.Símbolo universal da resistência materna diante da miséria e do abandono social. A força silenciosa desta personagem moldou gerações de leitores e se tornou símbolo da mulher sertaneja. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.


6.° Engraçadinha - "Asfalto Selvagem - Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados", de Nelson Rodrigues
No romance-folhetim "Asfalto Selvagem - Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados", o polêmico escritor Nelson Rodrigues constrói uma das figuras maternas mais trágicas e ambíguas da literatura brasileira: Engraçadinha, que após uma juventude entregue aos prazeres do sexo torna-se uma fanática religiosa e se volta para a criação da filha, Cilene, como se tentasse expiar os pecados do passado. Atormentada pela história de incesto e desejo que marcou sua juventude, essa mãe tenta proteger Cilene de um destino que considera inevitável, investindo num cuidado rígido, repressivo e, por vezes, cruel. O amor dela é distorcido por valores morais e culpa, mas ainda assim reconhecível como uma tentativa desesperada de proteger a filha. A maternidade aqui se revela não como fonte de redenção, mas como campo de conflito entre o desejo de liberdade e o peso da tradição. É uma maternidade feita de silêncios, omissões e pânico moral - e, justamente por isso, profundamente humana. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

5.° Dona Glória, mãe de Bentinho - "Dom Casmurro", de Machado de Assis
Em "Dom Casmurro", escrito por Machado de Assis, Dona Glória é a mãe que ama demais e que decide o futuro do filho por promessa religiosa. Ela força Bentinho ao seminário para cumprir uma promessa feita antes do nascimento dele, interferindo diretamente em sua formação emocional. A personagem representa a mãe religiosa, autoritária, mas amorosa - e também a mãe que, sem perceber, gera fraturas no desenvolvimento emocional do filho. A interferência dela é uma das causas do desequilíbrio psicológico do narrador, contribuindo para o tom trágico e ambíguo da obra.Ela influencia o destino psicológico e amoroso do narrador. Sem sua promessa e decisões, a história de Bentinho e Capitu seria outra. Uma mãe simbólica do controle afetivo. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

4.° Cecília - "A Pediatra", de Andréa Del Fuego (Companhia das Letras)
No provocador romance "A Pediatra", e escritora Andréa Del Fuego apresenta Cecília, uma neonatologista que rompe com todas as expectativas sociais sobre a maternidade. Embora trabalhe diretamente com recém-nascidos, Cecília se mostra emocionalmente distante dos bebês e dos pais, desconfiando da idealização do instinto materno. Fria, solitária e crítica, ela é uma personagem que se recusa a performar a doçura que se espera de uma mulher ligada ao cuidado infantil. No entanto, ao se envolver afetivamente com uma criança, ela se vê confrontada com um mundo emocional que havia evitado. A narrativa, conduzida com humor ácido e aguda sensibilidade, mergulha nas ambiguidades da maternidade e mostra que nem toda mulher nasce para ser mãe - e que isso também precisa ser dito e respeitado. Cecília é uma personagem necessária porque escancara o peso das normas sociais e desafia os clichês da figura materna idealizada na literatura e na vida. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

3.° Salustiana e Donana - "Torto Arado", de Itamar Vieira Junior (Editora Todavia)
No romance "Torto Arado", de Itamar Vieira Junior, as personagens Salustiana e Donana são figuras maternas que transcendem a família biológica e assumem papéis fundamentais na sustentação espiritual, emocional e social da comunidade rural de Água Negra. Salustiana, mãe de Bibiana e Belonísia, é parteira, curandeira e referência de força e dignidade. A maternidade dela é representada pela resistência às marcas da escravidão e pela transmissão de saberes tradicionais. Já Donana, avó das meninas, é uma figura ancestral, profundamente ligada à terra, aos ritos e à espiritualidade de matriz africana. Como mãe e avó, ela representa a continuidade do conhecimento, da fé e da luta por justiça. Ambas são mulheres que cuidam, acolhem e ensinam - não apenas suas filhas e netas, mas toda uma comunidade. Com elas, a maternidade se mostra como elo entre gerações e como prática coletiva de resistência, cura e memória. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

2.° Dalva - "Tudo É Rio", de Carla Madeira (Editora Record)
A Dalva de "Tudo É Rio", escrito por Carla Madeira, está entre as mães mais impactantes da literatura brasileira contemporânea. O drama da personagem começa a partir de uma violência com ela e o filho recém-nascido, o que a lança em um luto permanente. Tomada por sentimentos contraditórios - dor, ódio, culpa, amor e desejo de vingança — ela representa a mãe que enlouquece em silêncio e faz do algoz uma vítima, em um jogo de gato e rato. A trajetória de Dalva mostra como o instinto materno pode ser ao mesmo tempo sagrado, violento e profano. Carla Madeira constrói uma personagem intensa, que carrega a maternidade como ferida aberta e, de quebra, mostra a maternidade como maneira de redenção a partir da prostituta Lucy. Figura visceral da dor materna contemporânea. Sua tragédia íntima impacta toda a narrativa. É uma das personagens mais discutidas da nova literatura brasileira. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

1.° Ana e Madalena -"Não Fossem as Sílabas do Sábado", de Mariana Salomão Carrara (Editora Todavia)
Em "Não Fossem as Sílabas do Sábado", a escritora Mariana Salomão Carrara apresenta duas mulheres marcadas pela tragédia: Ana e Madalena, ambas viúvas após um acontecimento que matou seus respectivos maridos. A maternidade de Ana é atravessada pelo luto, pela solidão e pela necessidade de reconstruir a vida sem o pai da filha. Madalena, por sua vez, torna-se uma figura materna complementar, unindo-se a Ana em uma relação de amizade profunda e parceria. Juntas, elas formam uma nova configuração familiar, baseada no afeto, no cuidado mútuo e na ressignificação dos papéis femininos. A obra amplia a noção de maternidade ao mostrar que ela pode ser construída coletivamente, fora dos moldes tradicionais. Ana e Madalena são exemplos de como o amor e o apoio entre mulheres podem criar espaços seguros e afetivos para o crescimento de uma criança - e para a cura de quem cuida. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

segunda-feira, 3 de março de 2025

.: Oscars 2025: e os vencedores foram... inclusive, o nacional "Ainda Estou Aqui"

A cerimônia do mais famoso prêmio do cinema mundial, o Oscars, que aconteceu na noite do dia 2 de março, teve filme nacional na disputa. "Ainda estou aqui", do diretor Walter Salles com três indicações: Melhor Filme, Atriz e Filme Internacional, marcando como a 1ª vez na história que uma produção brasileira disputa a principal categoria. 

Embora na homenagem aos que partiram, o roteirista brasileiro, Cacá Diegues, assim como o ator franco-suíço Alain Delon, não tenham sido inclusos no IN MEMORIAN, a euforia tomou conta dos brasileiros, pois o longa de Walter Salles garantiu a nossa primeira estatueta, entrando assim para a história do país do futebol -que também é do cinema. 

Fernanda Torres concorreu ao Oscar, 26 anos após a indicação de sua mãe, Fernanda Montenegro, por "Central do Brasil" (1998), também dirigido por Walter Salles, mas em 2025 quem levou a estatueta foi a atriz de 25 anos Mikey Madison que interpretou "Anora", no filme de mesmo nome. O grande premiado da noite foi o longa protagonizado por Madison que ganhou também como Melhor Filme.

OUTRAS INDICAÇÕES AO PRÊMIO: O Brasil foi indicado outras quatro vezes na categoria de filmes internacionais, mas nunca venceu. Na categoria Melhor Filme Internacional, o Brasil agora tem cinco indicações: "O Pagador de Promessas", (1963), "O Quatrilho" (1996), "O Que É Isso, Companheiro?" (1998), "Central do Brasil" (1999) e "Ainda Estou Aqui" (2025).

"Ainda estou aqui" adapta o livro de mesmo nome, escrito por Marcelo Rubens Paiva. No filme é apresentada a transformação da mãe do escritor – uma dona de casa dos anos 1970, mãe de cinco filhos – em uma das maiores ativistas dos Direitos Humanos do país após o assassinato do marido, o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), pela ditadura militar. Confira a lista dos vencedores!


Melhor Filme

"Anora" - VENCEDOR

"Ainda estou aqui"

"O brutalista"

"Um completo desconhecido"

"Conclave"

"Duna: Parte 2"

"Emilia Pérez"

"Nickel boys"

"A substância"

"Wicked"


Melhor Atriz

Mikey Madison ("Anora") - VENCEDORA

Fernanda Torres ("Ainda estou aqui")

Demi Moore ("A substância")

Karla Sofía Gascón ("Emilia Pérez")

Cynthia Erivo ("Wicked")

Filme Internacional

"Ainda estou aqui" (Brasil) - VENCEDOR

"Emilia Pérez" (França)

"Flow" (Letônia)

"A Garota da Agulha" (Dinamarca)

"A Semente do Fruto Sagrado" (Alemanha)


Ator

Adrien Brody - 'O brutalista' - VENCEDOR

Timothée Chalamet - 'Um completo desconhecido'

Colman Domingo - 'Sing sing'

Ralph Fiennes - 'Conclave'

Sebastian Stan - 'O aprendiz'


Ator coadjuvante

Kieran Culkin - 'A verdadeira dor' - VENCEDOR

Yura Borisov - 'Anora'

Edward Norton - 'Um completo desconhecido' 

Guy Pierce - 'O brutalista'

Jeremy Strong - 'O aprendiz'


Figurino

'Wicked' - VENCEDOR

'Um completo desconhecido'

'Conclave'

'Gladiador 2'

'Nosferatu'


Maquiagem e cabelo

'A substância' - VENCEDOR

'Um homem diferente'

'Emilia Pérez'

'Nosferatu'

'Wicked'


Trilha sonora

'O brutalista' - VENCEDOR

'Conclave'

'Emilia Pérez'

'Wicked'

'O robô selvagem'


Curta-metragem

'I'm not a robot' - VENCEDOR

'A lien'

'Anuja'

The last ranger'

'The man who could not remain silent'


Curta-metragem animado

'In the shadow of cypress' - VENCEDOR

'Beautiful men'

'Magic candies'

'Wander to wonder'

'Yuck!'


Roteiro adaptado

'Conclave' - VENCEDOR

'Um completo desconhecido'

'Emilia Pérez'

'Nickel boys'

'Sing sing'


Roteiro original

'Anora' - VENCEDOR

'O brutalista'

'A verdadeira dor'

'Setembro 5'

'A substância'


Atriz coadjuvante

Zoe Saldaña - 'Emilia Pérez' - VENCEDORA

Monica Barbaro - 'Um completo desconhecido'

Ariana Grande - 'Wicked'

Felicity Jones - 'O brutalista'

Isabella Rossellini - 'Conclave'


Canção original

'El Mal' - 'Emilia Pérez' - VENCEDOR

'The journey' - 'The six triple eight'

'Like a bird' - 'Sing sing'

'Mi camino' - 'Emilia Pérez'

'Never too late' - 'Elton John: Never too late'


Documentário

'No other land' - VENCEDOR

'Black box diaries'

'Porcelain war'

'Soundtrack to a coup d'etat'

'Sugarcane'


Documentário de curta-metragem

The only girl in the orchestra' - VENCEDOR

'Death by numbers'

'I am ready, warden'

'Incident'

'Instruments of a beating heart'

Animação

'Flow' - VENCEDOR

'Divertida mente 2'

'Memórias de um caracol'

'Wallace & Gromit: Avengança'

'O robô selvagem'


Direção de arte

'Wicked' - WICKED

'O brutalista'

'Conclave'

'Duna: Parte 2'

'Nosferatu'


Montagem

'Anora' - VENCEDOR

'O brutalista'

'Conclave'

'Emilia Pérez'

'Wicked'


Som

'Duna: Parte 2' - VENCEDOR

'Um completo desconhecido'

'Emilia Pérez'

'Wicked'

'O robô selvagem'


Efeitos visuais

'Duna: Parte 2' - VENCEDOR

'Alien: Romulus'

'Better Man: A História de Robbie Williams'

'Planeta dos Macacos: O Reinado'

'Wicked'


Fotografia

'O brutalista' - VENCEDOR

'Duna: Parte 2'

'Emilia Pérez'

'Maria Callas'

'Nosferatu'


Design de produção

'Wicked' - VENCEDOR

'O brutalista'

'Conclave'

'Duna: Parte 2'

'Nosferatu'


domingo, 2 de março de 2025

.: Piores: e os vencedores do Framboesa de Ouro 2025 foram...

 

Os piores do cinema em 2025 foram revelados. Os vencedores do Framboesa de Ouro foram divulgados na tarde da sexta-feira, dia 28 de fevereiro, dias antes do Oscar. Confira a lista completa de vencedores no Framboesa de Ouro 2025!


Pior Filme

“Madame Teia” - VENCEDOR

“Borderlands”

“Coringa: Delírio a Dois”

“Megalópolis”

“Reagan”


Ator

Jerry Seinfeld, “A Batalha do Biscoito Pop-Tart” - VENCEDOR

Jack Black, “Querido Papai Noel”

Zachary Levi, “Harold e o Lápis Mágico”

Joaquin Phoenix, “Coringa: Delírio a Dois”

Dennis Quaid, “Reagan”


Atriz

Dakota Johnson, “Madame Teia” - VENCEDORA

Cate Blanchett, “Borderlands”

Lady Gaga, “Coringa: Delírio a Dois”

Bryce Dallas Howard, “Argylle”

Jennifer Lopez, “Atlas”


Ator Coadjuvante

“Jon Voight, “Megalópolis”, “Reagan”, “Shadow Land” e “Strangers” - VENCEDOR

Jack Black, “Borderlands”

Kevin Hart, “Borderlands”

Shia LaBeouf, “Megalópolis”

Tahar Rahim, “Madame Teia”


Atriz Coadjuvante

Amy Schummer, “A Batalha do Biscoito Pop-Tart” - VENCEDORA

Ariana DeBose, “Argylle” e “Kraven, O Caçador”

Leslie Anne Down, “Reagen”

Emma Roberts, “Madame Teia”

FKA Twigs, “O Corvo”


Diretor

Francis Ford Coppola, “Megalópolis” - VENCEDOR

S.J. Clarkson, “Madame Teia”

Todd Phillips, “Coringa: Delírio a Dois”

Eli Roth, “Borderlands”

Jerry Seinfeld, “A Batalha do Biscoito Pop-Tart”


Combo em tela

Joaquin Phoenix e Lady Gaga em “Coringa: Delírio a Dois” - VENCEDOR

Quaisquer dois personagens detestáveis (mas especialmente Jack Black), “Borderlands”

Quais dois “atores cômicos” sem graça, “A Batalha do Biscoito Pop-Tart”

O elenco inteiro de “Megalópolis”

Dennis Quaid e Penelope Ann Miller (como Ronnie e Nancy), “Reagan”


Prequela, refilmagem, cópia ou sequência

“Coringa: Delírio a Dois” - VENCEDOR

“O Corvo”

“Kraven, O Caçador”

“Mufasa: O Rei Leão”

“Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes”


Roteiro

“Madame Teia” - VENCEDOR

“Coringa: Delírio a Dois”

“Kraven, o Caçador”

“Megalópolis”

“Reagan”


Leia +

.: Resenha: "Madame Teia" é bom início para a heroína dos aracnídeos

.: Resenha: "Coringa: Delírio A Dois" é confusão excessivamente musicada

.: Crítica: "Megalópolis" é mega mesmo retratando o poder cíclico da vida

.: Crítica: "Kraven, o Caçador" é um super começo para um tremendo vilão

.: Crítica: "Mufasa - O Rei Leão" é agradável e vale a ida ao cinema

domingo, 26 de janeiro de 2025

.: Pedro Brício dialoga com o presente sem perder a essência do passado


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com.

A literatura tem o poder único de conectar tempos, lugares e culturas, unindo a tradição do passado ao tempo presente. É com essa premissa que "Um Jardim para Tchekhov", de Pedro Brício, publicado pela editora Cobogó, surge como uma agradável surpresa para os amantes do teatro, da literatura e da arte como um todo. Ao entrelaçar a obra de Anton Tchekhov com questões atuais e personagens carismáticos, Brício constrói uma narrativa que vai além de um tributo ao dramaturgo russo, pois oferece uma reflexão sobre os desafios - sejam eles sociais ou artísticos - do mundo moderno.

Com uma trama que mistura realidade e ficção, o livro, escrito na estrutura de peça de teatro, acompanha a jornada de Alma Duran, uma atriz desempregada que encontra, na obra-prima "O Jardim das Cerejeiras", uma forma de resgatar a paixão pela arte e enfrentar os próprios dilemas. Esse encontro com a obra de Tchekhov não é só o ponto de partida para a história começar, mas também um símbolo da capacidade transformadora da literatura e do teatro. Pedro Brício utiliza a vasta experiência no palco e fora dele para criar uma história que é, ao mesmo tempo, uma homenagem ao passado e uma celebração do presente. Listamos os dez motivos para ler "Um Jardim para Tchekhov". Confira todos abaixo.


1. Uma homenagem à altura de Tchekhov
"O Jardim das Cerejeiras" é uma das obras mais emblemáticas de Anton Tchekhov e retrata uma sociedade em transição que precisa lidar com os conflitos gerados pelas mudanças que estão acontecendo. Essa peça é central na narrativa de "Um Jardim para Tchekhov", escrita por Pedro Brício. No texto, a atriz Alma Duran também precisa enfrentar mudanças na vida pessoal e profissional.


2. Pedro Brício, um mestre da dramaturgia
Anton Tchekhov usava a palavra escrita para criticar desigualdades e destacar os dilemas da época em que viveu. Pedro Brício segue a mesma linha em "Um Jardim para Tchekhov" ao abordar questões como intolerância, violência e desigualdade social. O autor brasileiro já participou de eventos literários importantes, como a Feira de Frankfurt e a Semana de Dramaturgia em Guadalajara, consolidando-se como um autor em ascensão, com uma carreira que inclui prêmios como Shell, APCA e Questão de Crítica.

3. Paralelos entre o autor clássico e a protagonista
Dividindo o tempo entre a medicina e a literatura, Anton Tchekhov enfrentava a complexidade de equilibrar as duas vocações. Da mesma forma, Alma Duran, personagem de  "Um Jardim para Tchekhov", enfrenta os dilemas de uma atriz que precisa lidar com a paixão pela arte enquanto enfrenta desafios financeiros e emocionais. 


4. Metalinguagem como espaço de renovação
Tanto Anton Tchekhov quanto Pedro Brício veem o teatro como um lugar de reinvenção. Isso fica nítido na narrativa de "Um Jardim para Tchekhov", que utiliza a metalinguagem - a montagem de "O Jardim das Cerejeiras" dentro da própria história, tornando o texto clássico não apenas um espetáculo, mas também uma metáfora para o renascimento de Alma como artista e como ser. Utilizando-se de temas que transcendem o tempo, o livro explora questões como memória, arte, resistência e relações humanas, tornando-se atemporal e universal.


5. Fronteiras entre realidade e ficção
A obra de Anton Tchekhov frequentemente borra as linhas entre o real e o imaginário. É quase uma captura da essência da condição humana. Pedro Brício utiliza esse mesmo recurso ao criar um personagem que acredita ser o próprio Tchekhov, trazendo à tona discussões que transcendem tempo e espaço. O encontro entre Alma e o "Tchekhov" do livro cria uma ponte entre o passado e o presente, reforçando a atemporalidade da arte. Estaria ele dizendo a verdade? E em que isso importa?


6. Profundidade emocional em um mundo de feras
O "teatro de humores" de Anton Tchekhov é uma característica marcante da obra desse autor. Pedro Brício transporta essa sensibilidade para "Um Jardim para Tchekhov" e oferece aos leitores uma narrativa bem estruturada e rica em nuances emocionais em um mundo de feras que podem se devorar. Brício combina lirismo e humor em um texto que fotografa a essência da vida com muita sensibilidade.


7. Memória e nostalgia
Assim como "O Jardim das Cerejeiras" reflete sobre a perda de um mundo que desaparece, "Um Jardim para Tchekhov" explora as memórias de Alma e o desejo dela em resgatar um passado artístico que parece inatingível. 


8. O teatro como legado
Anton Tchekhov transformou o teatro com uma abordagem inovadora. Pedro Brício não apenas homenageia esse legado, mas também o renova ao criar uma obra que dialoga com o presente sem perder a essência do passado e sem deixar de ser original. Apesar de tratar de temas profundos, o texto é leve e envolvente, ideal para leitores com diferentes níveis de familiaridade com Tchekhov.


9. Uma obra que celebra a resiliência
Assim como Anton Tchekhov, o brasileiro Pedro Brício aborda temas que transcendem culturas e épocas, como a fragilidade das relações humanas, o medo do fracasso e a busca por significado. "Um Jardim para Tchekhov" é uma ode à força da arte e à capacidade humana de se reinventar, uma mensagem necessária para tempos de crise.


10. Arte como resistência
Para ambos os autores, a arte é uma ferramenta de resistência e transformação, uma mensagem que permeia tanto a vida de Anton Tchekhov quanto a narrativa de Pedro Brício. É um verdadeiro convite para ir ao teatro - quem sabe assistir à peça quando ela voltar em cartaz? Para os amantes das artes cênicas, o livro é uma celebração ao teatro e à capacidade de transformação. Compre o livro "Um Jardim para Tchekhov" neste link.



quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

.: E os indicados ao Oscar 2025 foram... "Ainda Estou Aqui" garante três. Confira!

A cerimônia do mais famoso prêmio do cinema mundial, o Oscar, que acontecerá no dia 2 de março, tem filme nacional na disputa. "Ainda estou aqui", do diretor Walter Salles soma três indicações ao Oscar 2025: Melhor Filme, Atriz e Filme Internacional, assim é a 1ª vez na história que uma produção brasileira disputa a principal categoria. Fernanda Torres concorre ao Oscar, 26 anos após a indicação de sua mãe, Fernanda Montenegro, por "Central do Brasil" (1998), também dirigido por Walter Salles. Foi a última vez em que o Brasil apareceu em categorias de atuação. Contudo, "Emilia Pérez", drama musical francês, foi maior destaque, com 13 indicações. 

O Brasil foi indicado outras quatro vezes na categoria de filmes internacionais, mas nunca venceu. Na categoria Melhor Filme Internacional, o Brasil agora tem cinco indicações: "O Pagador de Promessas", (1963), "O Quatrilho" (1996), "O Que É Isso, Companheiro?" (1998), "Central do Brasil" (1999) e "Ainda Estou Aqui" (2025).

"Ainda estou aqui" adapta o livro de mesmo nome, escrito por Marcelo Rubens Paiva. No filme é apresentada a transformação da mãe do escritor – uma dona de casa dos anos 1970, mãe de cinco filhos – em uma das maiores ativistas dos Direitos Humanos do país após o assassinato do marido, o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), pela ditadura militar. Confira a lista dos indicados!


Melhor Filme

"Ainda estou aqui"

"Anora"

"O brutalista"

"Um completo desconhecido"

"Conclave"

"Duna: Parte 2"

"Emilia Pérez"

"Nickel boys"

"A substância"

"Wicked"


Melhor Atriz

Fernanda Torres ("Ainda estou aqui")

Mikey Madison ("Anora")

Demi Moore ("A substância")

Karla Sofía Gascón ("Emilia Pérez")

Cynthia Erivo ("Wicked")


Filme Internacional

"Ainda estou aqui" (Brasil)

"Emilia Pérez" (França)

"Flow" (Letônia)

"A Garota da Agulha" (Dinamarca)

"A Semente do Fruto Sagrado" (Alemanha)


Ator

Adrien Brody - 'O brutalista'

Timothée Chalamet - 'Um completo desconhecido'

Colman Domingo - 'Sing sing'

Ralph Fiennes - 'Conclave'

Sebastian Stan - 'O aprendiz'


Ator coadjuvante

Yura Borisov - 'Anora'

Kieran Culkin - 'A verdadeira dor'

Edward Norton - 'Um completo desconhecido' 

Guy Pierce - 'O brutalista'

Jeremy Strong - 'O aprendiz'


Figurino

'Um completo desconhecido'

'Conclave'

'Gladiador 2'

'Nosferatu'

'Wicked'


Maquiagem e cabelo

'Um homem diferente'

'Emilia Pérez'

'Nosferatu'

'A substância'

'Wicked'


Trilha sonora

'O brutalista'

'Conclave'

'Emilia Pérez'

'Wicked'

'O robô selvagem'


Curta-metragem

'A lien'

'Anuja'

'I'm not a robot'

The last ranger'

'The man who could not remain silent'


Curta-metragem animado

'Beautiful men'

'In the shadow of cypress'

'Magic candies'

'Wander to wonder'

'Yuck!'


Roteiro adaptado

'Um completo desconhecido'

'Conclave'

'Emilia Pérez'

'Nickel boys'

'Sing sing'


Roteiro original

'Anora'

'O brutalista'

'A verdadeira dor'

'Setembro 5'

'A substância'


Atriz coadjuvante

Monica Barbaro - 'Um completo desconhecido'

Ariana Grande - 'Wicked'

Felicity Jones - 'O brutalista'

Isabella Rossellini - 'Conclave'

Zoe Saldaña - 'Emilia Pérez'


Canção original

'El Mal' - 'Emilia Pérez'

'The journey' - 'The six triple eight'

'Like a bird' - 'Sing sing'

'Mi camino' - 'Emilia Pérez'

'Never too late' - 'Elton John: Never too late'


Documentário

'Black box diaries'

'No other land'

'Porcelain war'

'Soundtrack to a coup d'etat'

'Sugarcane'


Documentário de curta-metragem

'Death by numbers'

'I am ready, warden'

'Incident'

'Instruments of a beating heart'

The only girl in the orchestra'

Animação

'Flow'

'Divertida mente 2'

'Memórias de um caracol'

'Wallace & Gromit: Avengança'

'O robô selvagem'

Direção de arte

'O brutalista'

'Conclave'

'Duna: Parte 2'

'Nosferatu'

'Wicked'


Montagem

'Anora'

'O brutalista'

'Conclave'

'Emilia Pérez'

'Wicked'


Som

'Um completo desconhecido'

'Duna: Parte 2'

'Emilia Pérez'

'Wicked'

'O robô selvagem'


Efeitos visuais

'Alien: Romulus'

'Better Man: A História de Robbie Williams'

'Duna: Parte 2'

'Planeta dos Macacos: O Reinado'

'Wicked'


Fotografia

'O brutalista'

'Duna: Parte 2'

'Emilia Pérez'

'Maria Callas'

'Nosferatu'


Design de produção

'Wicked'

'O brutalista'

'Conclave'

'Duna: Parte 2'

'Nosferatu'


segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

.: Do prazer falso ao real: "Babygirl'" utiliza o orgasmo como metáfora


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com.

Em cartaz na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil, o novo suspense erótico da A24, "Babygirl", já é considerado um dos filmes mais marcantes e ousados da temporada. Sob a direção arrojada de Halina Reijn ("Morte, Morte, Morte"), o longa-metragem explora os limites do desejo, do poder e das escolhas. Estrelado pela magnética Nicole Kidman no auge dos 57 anos e pelo astro em ascensão Harris Dickinson, o filme não apenas prende a atenção do espectador, mas o desafia a refletir sobre os aspectos mais profundos e primitivos do comportamento humano.

Na trama, Romy (Kidman) é uma poderosa empresária, bem-sucedida, madura e independente, que vê sua vida meticulosamente construída entrar em colapso ao embarcar em um caso extraconjugal com um jovem estagiário, Samuel (Dickinson). O romance começa como uma fuga, mas rapidamente se transforma em um jogo intenso e perigoso de paixão, manipulação e subversão de poder.

Ao contrário de narrativas moralistas que frequentemente castigam mulheres pelos desejos que elas sentem e cedem, "Babygirl" oferece um retrato complexo e honesto da protagonista, sem buscar justificar ou condenar as escolhas que ela faz. Com uma abordagem visual e emocional que evoca o naturalismo literário, o filme se destaca tanto pela profundidade da história quanto pelo ineditismo da execução.

Não é apenas um suspense erótico; é uma obra que provoca, desafia e fascina. Com boas atuações, uma narrativa ousada e uma direção inovadora, o filme se destaca como uma ruptura de padrões das histórias que geralmente são contadas repetidas vezes. Em um cinema que frequentemente oferece fórmulas previsíveis, "Babygirl" surge como uma obra que se recusa a simplificar a complexidade humana.

Seja para refletir sobre os limites do desejo, admirar a atuação de Nicole Kidman ou simplesmente se deixar envolver ou até sentir raiva desta história eletrizante, "Babygirl" é um filme que precisa ser visto. Listamos os dez motivos para assistir a esse orgasmo cinematográfico e descobrir os prazeres e as dores de ver um filme tão honesto.

1. Nicole Kidman e a representação do desejo feminino maduro
Nicole Kidman entrega uma das performances mais corajosas da carreira como Romy, uma mulher de 57 anos que desafia os estereótipos de Hollywood ao ser retratada como desejável, forte e complexa. O filme celebra a beleza e a sensualidade feminina das mulheres maduras, quebrando tabus e trazendo um frescor necessário ao cinema contemporâneo.

2. Um filme que passa longe do moralismo
"Babygirl" é uma atualização moderna de histórias clássicas como "Madame Bovary", de Gustave Flaubert, e "O Primo Basílio", de Eça de Queirós, mas sem o desfecho moralista desses clássicos da literatura. Enquanto essas obras castigam as protagonistas femininas por cederem aos próprios desejos e serem infiéis no matrimônio, "Babygirl" se recusa a julgar. A narrativa é crua e honesta, permitindo que o público tire as próprias conclusões sobre as escolhas e as consequências de Romy.

3. Um questionamento profundo sobre os limites da paixão
O filme levanta uma questão central: vale a pena se anular, arriscar a família e colocar toda uma carreira em risco por uma paixão? A história mostra como o desejo pode ser tanto libertador quanto destrutivo, funcionando quase como um vício que consome a personagem de Nicole Kidman, enquanto desafia o espectador a refletir sobre suas próprias decisões e valores.


4. Harris Dickinson como um amante inesperado
Samuel, interpretado por Harris Dickinson, não é o amante clássico das histórias de traição. Ele é manipulador, invasivo e intencionalmente desconfortável. Sua falta de carisma e empatia cria uma tensão única na narrativa, subvertendo o clichê do jovem sedutor - ele também é vilão e um pouco vítima da situação. Essa dinâmica realista e perturbadora é um dos pontos mais fortes do longa, pois não é possível saber o que o personagem fará com o poder que recebeu da chefe que cede aos encantos dele.


5. Nicole Kidman em um arco transformador
Nicole Kidman começa o filme representando uma mulher segura e controlada, mas que logo é tomada pela culpa e pelo desejo. A jornada dela culmina em uma libertação visceral, marcada por um final que foge aos padrões hollywoodianos de felicidade idealizada. A atriz entrega uma performance premiada, cheia de nuances e intensidade emocional em uma história nunca antes retratada. Não com esse enfoque.

6. Antonio Banderas em um papel raro de suavidade e vulnerabilidade
Antonio Banderas, como o marido de Romy, oferece um contraponto interessante à narrativa. A presença serena e compreensiva do personagem, ligado às artes e ao teatro, destaca a complexidade das relações interpessoais e mostra que a agressividade e o controle não vêm do masculino neste filme, mas da força do desejo feminino.


7. Uma reflexão sobre os instintos humanos
Parecendo ter sido inspirado em obras naturalistas como "O Cortiço", de Aluísio Azevedo, e "A Metamorfose", de Franz Kafka, "Babygirl" compara o comportamento humano aos instintos mais primitivos, a anulação do racional. Romy, em muitos momentos, é retratada como uma "cadela obediente", mas consentindo com essa submissão e encontrando prazer nisso. A narrativa explora como o desejo pode ser uma força visceral, muitas vezes incontrolável, que transforma os homens em animais selvagens.


8. Sexo como libertação
O filme começa com um orgasmo falso, simbolizando a insatisfação e a culpa, e termina com um momento de prazer autêntico e libertador. Essa transformação sexual reflete a evolução de Romy, que, apesar das dificuldades e perdas, encontra sua voz e se reconcilia com o desejo sem sentir culpa por isso.


9. Uma trilha sonora memorável
A música desempenha um papel crucial em "Babygirl", amplificando as emoções e os conflitos da história. Com canções icônicas como "Dancing on My Own" (Robyn), "Father Figure" (George Michael) e "Never Tear Us Apart" (INXS), a trilha sonora cria uma atmosfera única, que conecta o público, principalmente os saudosistas, à jornada de Romy.


10. A direção ousada de Halina Reijn
Halina Reijn conduz "Babygirl" com maestria, equilibrando momentos de tensão e sensualidade com reflexões profundas sobre o desejo, o poder e a culpa. A abordagem é impactante e imersiva, transformando o filme em uma experiência cinematográfica única e inesquecível em busca do prazer e da liberação.


Assista na Cineflix
Filmes premiados como "Ainda Estou Aqui" estão em cartaz na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

.: Crítica: "MMA - Meu Melhor Amigo" mistura autismo e redenção


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com.

Em cartaz na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil, “MMA - Meu Melhor Amigo” é mais do que um filme sobre lutas no ringue. É uma poderosa história de amor, superação e descoberta que promete emocionar o público nos cinemas. A obra, dirigida por José Alvarenga Jr. e protagonizada por Marcos Mion, apresenta uma narrativa envolvente que combina a intensidade do mundo das artes marciais mistas com a sensibilidade de um vínculo familiar inesperado. Ao explorar temas como autismo, redenção e os desafios da paternidade, o longa se destaca pela maneira como aborda essas questões com humanidade, sem apelar para caricaturas ou simplificações.

Estreando em grande estilo no Festival do Rio 2024, o filme já vem despertando a atenção do público, tanto pela performance marcante de seu elenco quanto pela direção sensível e o roteiro que diverte e comove. Além de Marcos Mion, que interpreta Max Machadada, um lutador em fim de carreira, a produção conta com nomes de peso como Antônio Fagundes, Andréia Horta e Vanessa Giácomo, entregando atuações que vão do emocionante ao inspirador.

Ao longo de 1h44, o filme brasileiro conduz os espectadores por uma jornada emocional que mistura momentos de alta adrenalina com cenas tocantes. Max não luta apenas para retornar ao topo do MMA, mas para conquistar o carinho e o respeito de seu filho autista de oito anos. Nesse processo, o filme reflete sobre o verdadeiro significado de vitória, amizade, família e resiliência, emocionando do início ao fim. Com essa combinação de elementos, “MMA – Meu Melhor Amigo” prova que o cinema brasileiro continua inovando e oferecendo histórias profundas e envolventes. Com performances de alto nível, uma direção sensível e uma abordagem inovadora, listamos os dez motivos para você não perder esse filme no cinema mais próximo.


1. Antônio fagundes em uma performance poderosa
Antônio Fagundes
interpreta o pai do protagonista Max (Marcos Mion), um ex-boxeador que atua como mentor e é uma figura central na história. A atuação do veterano é intensa e cheia de nuances, dando um peso dramático ao filme e reforçando a relação entre pai e filho. Fagundes entrega momentos de grande emoção, trazendo complexidade a um papel que poderia ser apenas coadjuvante, mas que se torna essencial para o desenvolvimento da trama.

2. Vanessa Giácomo, uma presença breve, mas impactante
Embora tenha uma participação pequena, Vanessa Giácomo rouba a cena na única cena em que aparece. A interpretação dela, diferente de tudo o que já fez no audiovisual, é marcante e prova como uma boa atuação pode transcender o tempo de tela. Irreconhecível no filme, ela dá vida a uma personagem marcada pela emoção e deixa uma impressão duradoura no público.


3. Uma abordagem inédita: MMA e autismo
Unir o mundo do MMA a uma história sobre autismo é uma escolha ousada e inédita no cinema brasileiro. O filme apresenta o filho autista de Max de maneira respeitosa e autêntica, evitando caricaturas. Guilherme Tavares, o jovem ator que interpreta o menino, entrega uma performance tocante e realista, mostrando o impacto que essas histórias podem ter.


4. Marcos Mion em uma jornada de redenção
Marcos Mion 
surpreende ao interpretar Max, um campeão de MMA que enfrenta não apenas o fim de carreira, mas também os desafios de ser pai pela primeira vez. A transformação ao longo do filme, de um homem que só sabe falar de si próprio a um pai dedicado e emocionalmente presente, é o coração da narrativa. Mion se entrega de corpo e alma ao papel, especialmente nas cenas de luta, que são intensas e bem coreografadas.


5. Andréia Horta e sua personagem carismática
A atriz Andréia Horta dá vida a uma personagem cheia de camadas emocionais. A presença dela no filme traz leveza e profundidade à história, especialmente no desenvolvimento do relacionamento amoroso entre a personagem que interpreta e Max. O romance é construído com naturalidade e oferece momentos de ternura ao filme cuja temática é o amor.


6. Uma fábula sobre família e escolhas
O filme explora a ideia de que família vai além dos laços de sangue, sendo construída pelas pessoas que escolhemos para estar ao nosso lado. Essa mensagem poderosa é transmitida por meio das interações entre os personagens, destacando a importância do amor, da amizade e do apoio mútuo nos momentos difíceis.


7. Hoji Fortuna, o Samuel L. Jackson angolano
Interpretado pelo ator angolano Hoji Fortuna, o treinador Fuji é uma figura carismática e inesquecível, que lembra o talentosíssimo Samuel L. Jackson em sua presença magnética e habilidade de dominar cada cena em que aparece. Com uma mistura equilibrada de humor, sabedoria e compaixão, Fuji traz uma dimensão humana ao filme, servindo como um mentor tanto dentro quanto fora do ringue. Sua interação com Max Machadada (Marcos Mion) não apenas inspira o protagonista, mas também cativa o público, adicionando camadas de profundidade emocional à narrativa. A presença de Fuji é um dos pontos altos da trama, proporcionando momentos de reflexão sobre amizade verdadeira e superação.


8. Direção sensível e bem executada de José Alvarenga Jr.
José Alvarenga Jr.
conduz a trama com uma direção que equilibra emoção e ação. Ele utiliza elementos clássicos do gênero esportivo para criar um filme que se destaca por tratar de temas sensíveis, como autismo e relações familiares, com respeito e profundidade.

9. Representação da diversidade do cinema nacional
"MMA - Meu Melhor Amigo" é um exemplo da riqueza e variedade do cinema brasileiro. Com um elenco talentoso e uma narrativa que combina drama, romance e esportes, o filme prova que o Brasil pode produzir histórias universais que emocionam e conectam públicos de diferentes origens.

10. Uma experiência cinematográfica transformadora
Mais do que apenas um filme sobre lutas ou um drama familiar, “MMA - Meu Melhor Amigo” é uma experiência transformadora que fala sobre redenção, empatia e o poder das conexões humanas. É um longa-metragem que inspira o público a refletir sobre as próprias relações e lutas pessoais, saindo do cinema com uma nova perspectiva sobre o que realmente importa na vida.

Assista na Cineflix
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domingo, 19 de janeiro de 2025

.: Crítica: "Sweeney Todd", um musical de humor ácido e atuações de outro mundo


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. Foto: Stephan Solan.

Os amantes do teatro musical têm um motivo especial para celebrar: o retorno triunfante de "Sweeney Todd - O Cruel Barbeiro da Rua Fleet" aos palcos paulistanos. Inspirado na obra-prima de Stephen Sondheim, e com a direção sempre inspirada de Zé Henrique de Paula, o musical combina terror psicológico, humor ácido, romance e uma narrativa arrebatadora de vingança que tem encantado plateias ao redor do mundo desde a estreia na Broadway. 

Com uma produção impecável e elenco encabeçado por Saulo Vasconcelos e Andrezza Massei, a montagem brasileira resgata todo o brilho e intensidade dessa história sombria, porém surpreendentemente leve. Apresentado no palco do Teatro Santander em curta temporada, esse espetáculo é um convite para mergulhar no universo vitoriano de Benjamin Barker, um homem consumido pela sede de vingança, e de Dona Lovett, uma confeiteira que transforma o que é nojento em lucro.

Apresentado no Teatro Santander por apenas três semanas, inspirada no livro "O Colar de Pérolas", publicado em 1846 pelos escritores britânicos Thomas Peckett Prest e James Malcom Rymer, a montagem é uma celebração do teatro musical. Com elenco de primeira linha, orquestra ao vivo e uma história inesquecível, o espetáculo oferece uma experiência que emociona, diverte e deixa o público reflexivo. É a oportunidade perfeita para se encantar com performances arrebatadoras, canções marcantes e o equilíbrio entre o sombrio e o cômico. Listamos os dez motivos para você assistir "Sweeney Todd", espetáculo que envolve tortas, vingança e canções de arrepiar.


1. Saulo Vasconcelos como Sweeney Todd: um momento histórico
Saulo Vasconcelos é um dos maiores nomes do teatro musical brasileiro, com uma carreira que inclui protagonizar sucessos como "O Fantasma da Ópera", "Les Misérables" e "A Bela e a Fera". Depois de 25 anos de trajetória, ele finalmente assume o papel de Sweeney Todd, uma interpretação que sempre esteve na lista de sonhos do ator. Saulo domina o palco com presença poderosa e entrega uma performance visceral e emocionante que faz jus à complexidade do personagem. A atuação dele é a espinha dorsal do espetáculo e traduz o tormento interno de Todd, transformando-o em um dos papéis inesquecíveis na galeria de personagens interpretados pelo ator.

2. Andrezza Massei: a alma de Dona Lovett
Nenhuma atriz no Brasil poderia dar vida a Dona Lovett com tanta perfeição quanto Andrezza Massei. Premiada pela entrega que sempre faz em montagens anteriores, Massei equilibra a personalidade excêntrica e oportunista de Lovett com uma vulnerabilidade comovente. Ela domina tanto os momentos cômicos quanto os mais sombrios, criando uma personagem complexa e irresistível. O público ri e se encanta com a brilhante performance da atriz, que é um dos pilares desta montagem.


3. Mateus Ribeiro em um desafio transformador
Conhecido por papéis icônicos como Peter Pan, Bob Esponja e o mexicano Chaves, Mateus Ribeiro agora encara Tobias Ragg, o papel mais desafiador da carreira. Tobias é um jovem cheio de camadas emocionais, oscilando entre a inocência e os traumas que carrega. A entrega de Mateus é comovente, a voz, impecável, e a capacidade de expressar a fragilidade e a intensidade do personagem tornam as cenas que envolvem o ator um dos pontos altos do espetáculo. Mateus Ribeiro cativa o público em cada cena, demonstrando uma maturidade artística impressionante.


4. Romance e química inegável no meio do caos
O romance entre Anthony, vivido por Pedro Silveira, e Johanna, interpretada por Caru Truzzi, é uma luz de pureza em meio à narrativa sombria que se estabelece em todo o espetáculo. Ambos trazem frescor ao musical, com atuações que transbordam emotividade e paixão. As vozes cristalinas e a química entre os personagens criam momentos de tirar o fôlego, transportando o público para um amor genuíno e esperançoso, mesmo em um cenário de tragédia e vingança.

5. Humor inteligente que equilibra o terror
Apesar de ser uma história densa e carregada de tragédia, "Sweeney Todd - O Cruel Barbeiro da Rua Fleet" surpreende pela habilidade de arrancar risadas do público. O texto espirituoso de Stephen Sondheim ganha vida nas mãos da direção inspirada de Zé Henrique de Paula, o talentoso elenco, especialmente Pedro Navarro, que interpreta o hilariante Adolfo Pirelli. A performance cômica desse artista é um respiro necessário na narrativa e prova como o espetáculo mistura gêneros com maestria.


6. Rodrigo Mercadante: um vilão memorável
Como o cruel Juiz Turpin, Rodrigo Mercadante traz à vida um dos personagens mais desprezíveis e intrigantes da história. A performance dele transborda autoridade e malícia, criando um antagonista que provoca indignação no público. Ao lado de Davi Novaes, que interpreta Bedel Bamford com competência, Mercadante compõe uma dupla de vilões que dá força à trama.

7. Fabiana Tolentino: o magnetismo de um talento único
Fabiana Tolentino se destaca com uma presença magnética e irresistível em todos os espetáculos que atua. Em "Sweeney Todd - O Cruel Barbeiro da Rua Fleet", como ensemble, a energia em cena da atriz é inconfundível. É impressionante como ela capturando todos os olhares, mesmo quando não está em evidência, provando que sua contribuição é essencial para a grandiosidade de qualquer espetáculo. Ter Fabiana Tolentino em cena é um luxo - e sempre garantia de qualidade e impacto. Ou seja, um presente para o público.

8. Orquestra ao vivo: uma trilha inesquecível
A trilha sonora de "Sweeney Todd", composta pelo gênio Stephen Sondheim, é um espetáculo à parte. Com uma orquestra ao vivo composta por nove músicos, cada canção ganha ainda mais força e emoção. A direção musical de Fernanda Maia é precisa e eleva a experiência sonora a um patamar extraordinário, envolvendo o público em cada nota. Também contribui para que o espetáculo não fique cansativo em nenhum momento.


9. Produção brasileira de nível internacional
Essa montagem de "Sweeney Todd" é um exemplo do quanto o teatro musical brasileiro evoluiu nos últimos anos. Reconhecida com prêmios e aclamação da crítica, a produção combina figurinos luxuosos, cenários impressionantes e uma direção que respeita a essência da obra original, mas adiciona toques únicos e criativos. É uma demonstração do talento e da paixão dos profissionais brasileiros.


10. Uma história sombria, mas cheia de camadas emocionais
O equilíbrio entre o sombrio e o leve é uma das maiores qualidades de "Sweeney Todd - O Cruel Barbeiro da Rua Fleet". O musical mistura terror, comédia, drama e romance em uma narrativa que prende a atenção do público do início ao fim. O talento do elenco e a direção garantem que, mesmo com cenas intensas e temas pesados, o espetáculo seja divertido e envolvente.

Ficha técnica
"Sweeney Todd - O Cruel Barbeiro da Rua Fleet"

Criativos
Música e Letras: Stephen Sondheim
Libretto: Mark Wheeler
Direção geral: Zé Henrique de Paula
Versão e direção Musical: Fernanda Maia
Preparação de elenco: Inês Aranha
Assistência de direção e ensemble: Davi Tápias
Assistência de direção musical e preparação vocal: Rafa Miranda
Cenografia: Zé Henrique de Paula
Assistência de cenografia: Cesar Costa
Ilustrações: Renato Caetano
Figurino: João Pimenta
Assistência de figurino: Dani Kina
Equipe de figurino: Everton Monteiro (auxiliar de corte), Magna Almeida Neto (piloteira), Marcia Almeida (contramestra), Neide Brito (piloteira), Noel Alves (piloteiro) e Wesley Souza (pintura de tecidos)
Visagismo: Dhiego Durso e Feliciano San Roman (peruca Dona Lovett)
Design de luz: Fran Barros
Design de som: João Baracho, Fernando Akio Wada e Guilherme Ramos 


Elenco completo do espetáculo
Sweeney Todd - Saulo Vasconcelos
Dona Lovett - Andrezza Massei
Tobias Ragg - Mateus Ribeiro
Juiz Turpin -Rodrigo Mercadante
Anthony - Pedro Silveira
Johanna - Caru Truzzi
Bedel Bamford - Davi Novaes
Lucy Barker - Amanda Vicente
Adolfo Pirelli - Pedro Navarro
Ensemble - Bel Barros
Ensemble - Paulinho Ocanha
Ensemble - João Attuy
Ensemble - Fabiana Tolentino
Ensemble - Fred Silveira
Ensemble - Vanessa Espósito
Ensemble - Samir Alves

Músicos
Regência e piano: Fernanda Maia
Teclado: Rafa Miranda
Violino 1: Thiago Brisolla
Violino 2: Bruna Zenti
Violoncelo: Leonardo Salles
Contrabaixo: Pedro Macedo
Flauta transversal e flautim: Fábio Ferreira
Flauta e clarinete: Flávio Rubens
Oboé: André Massuia


Técnica
Camareira: Larissa Elis
Perucaria e maquiagem: Feliciano San Roman (Perucas).
Assistência e operação de iluminação: Tulio Pezzoni
Operação de som: Guilherme Ramos
Microfonista: Káthia Akemi
Direção de palco: Diego Machado
Assistência de direção de palco: Matheus França
Contrarregra: Leo Magrão
Cenotécnica: All Arte Cenografia (cortinas e cadeira da barbearia), Armazém, Cenográfico (forno e moedor de carne), Ateliê Thiago Audrá (tortas cênicas), Fabin, Cenografia (pintura de arte), T.C. Cine Cenografia (montagem)


Produção
Produção geral: Del Claro Produções
Gerente de produção: Douglas Costta
Produção executiva:  Laura Sciulli
Assistente de produção: Renato Braz
Financeiro / Administrativo: Pedro Donadio
Diretora comercial: Simone Carneiro
Criação e direção de arte: Gustavo Perrella
Assessoria de Imprensa: Agência Taga e Augusto Tortato
Redes sociais: Felipe Guimarães
Fotografia: Ale Catan e Stephan Solon
Realização: Del Claro Produções e Firma de Teatro


Serviço
"Sweeney Todd - O Cruel Barbeiro da Rua Fleet"
Sessões: curta temporada
Temporada de 9 a 26 de janeiro de 2025 

Quintas: 20h00
Sextas: 20h00
Sábados: 16h00 e 20h00
Domingos: 16h00 e 20h00
Local: Teatro Santander
Endereço: Complexo JK Iguatemi – Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041
Capacidade: 1.084 pessoas
Classificação Etária: 16 anos
Duração: 120 minutos (com intervalo de 15 minutos)
Gênero: Teatro Musical
Ingressos: de R$ 21,18 a R$ 300,00
Bilheteria on-line (com taxa de conveniência): https://bileto.sympla.com.br/event/98254/d/278337
Bilheteria física (sem taxa de conveniência): Teatro Santander. Horário de funcionamento: Todos os dias das 12h00 às 18h00. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação. A bilheteria do Teatro Santander possui um totem de autoatendimento para compras de ingressos sem taxa de conveniência 24h por dia. Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041.

Descontos
50% de desconto | Meia-entrada - 
Obrigatória a apresentação do documento previsto em lei que comprove a condição de beneficiário.

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