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sábado, 23 de agosto de 2025

.: Teatro: Reynaldo Gianecchini e Maria Casadevall em "Um Dia Muito Especial"


Reynaldo Gianecchini e Maria Casadevall no espetáculo que estreia em 17 de outubro, no Teatro Sérgio Cardoso. Fotos: Priscila Prade 


Os atores Reynaldo Gianecchini e Maria Casadevall se unem pela primeira vez no sepetáculo "Um Dia Muito Especial", em uma adaptação do filme homônimo estrelado por Sophia Loren e Marcello Mastroianni em 1977. No teatro, a peça tem direção e adaptação de Alexandre Reinecke e tradução de Célia Tolentino. A estreia será no dia 17 de outubro no Teatro Sérgio Cardoso (ingressos começam a ser vendidos em breve). 

A narrativa baseada no premiado filme homônimo de Ettore Scola traz a tocante história de vidas opostas que se encontram por acaso onde discutem o amor, a vida e as forças que unem e afastam as pessoas. Esta é a segunda vez que essa história será adaptada para o teatro no Brasil. Uma montagem dirigida por José Possi Neto e estrelada por Glória Menezes e Tarcísio Meira fez temporada por aqui em 1986. 

"Um Dia Muito Especial" é uma história de amor entre duas pessoas muito diferentes - ele, recém-demitido por ser homossexual; ela, uma dona de casa solitária, mãe de seis filhos, presa a um casamento marcado pelo machismo e traição. A peça aborda temas como aceitação, amor, transformação, preconceitos e o papel da mulher na sociedade, convidando o público a refletir sobre o que nos conecta e nos afasta em um cenário de diferenças e limitações pessoais.

Sinopse de "Um Dia Muito Especial"
Roma, 6 de maio de 1938. Enquanto Benito Mussolini e Adolf Hitler firmam sua aliança política - em uma parada com massiva presença da população - Antonietta, dona de casa e mãe de seis filhos, é impedida de ir para ficar em casa cuidando dos afazeres domésticos. Em meio ao caos, seu pássaro de estimação voa até a janela do vizinho Gabriele. Ele, demitido da rádio por ser gay e na iminência de ser preso, não iria a um desfile com essa temática. Entre conversas sobre sonhos, frustrações e desejos, nasce uma amizade extraordinária e um amor platônico que, naquele dia, mudará suas vidas para sempre.


Ficha técnica

Espetáculo "Um Dia Muito Especial"
Autores: Ettore Scola, Ruggero Maccari e Gigliola Fantoni
Tradução: Celia Tolentino
Adaptação: Alexandre Reinecke
Direção geral: Alexandre Reinecke
Elenco: Reynaldo Gianecchini, Maria Casadevall e Carolina Stofella
Direção de produção: Marcella Guttmann
Produção executiva: Tatiana Zeitunlian
Assistência de produção: Erica Paloma
Assistência de direção: Carol Stofella
Design gráfico: Julia Reinecke
Coordenação de mídia social: Rodrigo Ferraz e Kyra Piscitelli
Iluminação: Caetano Vilela
Cenários: Marco Lima
Fotografia: Priscila Prade
Trilha sonora: Dan Maia
Maquiagem e visagismo: Robson Souza
Figurino masculino: Ricardo Almeida
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produtores associados: Reynaldo Gianecchini e Alexandre Reinecke
Realização: Reinecke Produções Culturais Ltda.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

.: Lançamento do livro “A Pintura Branca e Preta", de Hélio Cabral, na Dan Galeria


No encontro entre texto e imagem, a obra recente de Hélio Cabral encontra em Leon Kossovitch um intérprete atento à lógica interna de sua pintura. O lançamento do livro "A Pintura Branca e Preta", de Hélio Cabral, coincide com a abertura de uma exposição na Dan Galeria, criando um campo de fricção entre a reflexão crítica e a experiência direta da obra.

Cabral explora um território onde o branco e o preto não funcionam como polos opostos, mas como forças simultâneas, tensionadas no traço. Em suas telas, a luz não se revela como simples claridade externa, mas como processo interno à própria construção pictórica — uma luminescência que emerge de gestos lançados, cortados, interrompidos, jamais resolvidos em superfícies contínuas.

O que se vê são linhas que giram, se cruzam e se interrompem, desobedecendo à previsibilidade de qualquer forma estável. O gesto, às vezes brusco, às vezes contido, conduz a matéria como quem acompanha a correnteza sem impor-lhe direção: um exercício de presença e atenção que aproxima a pintura de práticas corporais como o Tai Chi Chuan, nas quais a precisão não é contrária à serenidade.

O uso do gesso acrílico sobre têmpera, seco contra seco, preserva a pureza das tintas e mantém viva a tensão entre luz e treva, evitando o cinza conciliador que diluiria a fricção. Ao recusar a homogeneidade e a previsibilidade, Cabral sustenta o que Kossovitch chama de “trajetória desviante”: um fazer que se constrói no próprio ato, sem se submeter a preceitos prévios. O livro da Edusp, acompanhado pela conversa entre o crítico, o artista e o sociólogo Sergio Miceli, aprofunda esse campo de leitura, revelando como a pintura branca e preta de Cabral opera não apenas como imagem, mas como método e pensamento - uma prática que se equilibra entre o controle e a abertura ao acaso.


Serviço
Lançamento do livro "A Pintura Branca e Preta", de Hélio Cabral – Leon Kossovitch
Conversa com Leon Kossovitch, Hélio Cabral e Sergio Miceli
Quarta-feira, dia 20 de agosto de 2025, das 18h00 às 21h00
Exposição: "A Pintura Branca e Preta" – Hélio Cabral
Abertura: 20 de agosto de 2025, 18h00
Local: Dan Galeria – Rua Estados Unidos, 1638, Jardim América/São Paulo

.: Peça teatral “Enrolados - A Comédia” em única apresentação no Teatro Gazeta


Dirigida por Rodrigo Candelot, de “Tropa de Elite 2” e “D.P.A” e que também integra o elenco, o espetáculo “Enrolados - A Comédia” faz única apresentação na próxima sexta-feira, dia 22 de agosto, às 21h00, no Teatro Gazeta. A produção estreou em 2017 no Rio de Janeiro, onde ficou em cartaz por três anos ininterruptos, reunindo um público de cerca de 15 mil pessoas.

A comédia, primeira direção teatral de Rodrigo Candelot, propõe inovação e valorização de textos de programas humorísticos de grande sucesso nos últimos anos na TV. A montagem inspirou-se em séries como “Os Normais” e “Comédia da Vida Privada” e filmes como “Pequeno Dicionário Amoroso” e traz livres adaptações de textos de Fernanda Young, Alexandre Machado e Paulo Halm, e textos de autores contemporâneos como Paula Rocha, Raul Franco, Cristina Fagundes e do próprio Rodrigo Candelot.

Montada sob a forma de esquetes de humor, “Enrolados - A Comédia”, apresenta histórias sobre amor, flerte, sexo, ciúmes, brigas e outros conflitos gerados em relacionamentos amorosos e familiares. São situações cômicas diárias com as quais todos nos identificamos e nos divertimos. A peça faz uma crítica de forma bem-humorada sobre padrões de comportamento do ser humano.


Sobre o elenco
Diretor de "Enrolados - A Comédia", Rodrigo Candelot também integra o elenco. Ele está no ar em “Paulo o Apóstolo”, da Record, em Volte Sempre do Multishow e estará na quarta temporada de Arcanjo Renegado. Ficou nacionalmente conhecido como o Coronel Formoso de “Tropa de Elite 2” e o Carlos Eduardo de “DPA”. Charles Paraventi ficou imortalizado como o Professor Afrânio de “Malhação”, foi o Tio Sam de “Cidade de Deus”, além de ter participado da produção internacional ao lado de Denzel Washigton, no filme “Chamas da Vingança”. Em breve ele filma “Os Farofeiros 3”. Pitty Webo, a eterna Marcinha de “Mulheres Apaixonadas” integrou o sucesso teatral “Confissões de Adolescente” e está em cartaz com “Mulheres Solteiras Procuram”. Dani Costa participou de “Verdades Secretas” entre outros trabalhos em Teatro e TV.

Ficha técnica
"Enrolados - A Comédia"
Direção, concepção e dramaturgia: Rodrigo Candelot
Textos: livres adaptações de textos de Fernanda Young e Alexandre Machado e textos de Paulo Halm, Marcus Alvisi, Cristina Fagundes, Rodrigo Candelot, Raul Franco, Pitty Webo, Leo Luz, Paula Rocha, Igor Paiva, Lucas Domso e Camila Abrantes.
Elenco: Rodrigo Candelot, Charles Paraventi, Pitty Webo e Dani Costa.
Assistente de direção: Alexandre Méziat
Iluminação: Fernanda Mantovani
Cenografia: José Dias
Figurinos: Constança Whitaker
Direção de movimentos: Johayne Hildefonso
Direção musical: D’Alessandro Mangueira
Programador Visual: Thiago Ristow
Fotografia: Wagner Meier
Direção de produção: C5 produções e Capangas Produções
Realização: Capangas Produções Artísticas.


Serviço
"Enrolados - A Comédia"
Direção, concepção e dramaturgia: Rodrigo Candelot
Textos: livres adaptações de textos de Fernanda Young e Alexandre Machado e textos de Paulo Halm, Marcus Alvisi, Cristina Fagundes, Rodrigo Candelot, Raul Franco, Pitty Webo, Leo Luz, Paula Rocha, Igor Paiva, Lucas Domso e Camila Abrantes.
Elenco: Rodrigo Candelot, Charles Paraventi, Pitty Webo e Dani Costa.
Duração: 70 minutos
Gênero: comédia
Classificação etária: 14 anos
Data: 22 de agosto, sexta-feira, às 21h00
Ingresso: R$ 95,00 (inteira) | R$ 47,50 (meia-entrada)
Ingressos on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/108141/d/327035/s/2235322


Bilheteria
Segunda a sexta-feira: das 14h00 às 20h00 ou até o horário do último espetáculo (segunda fechado)
Sábado: das 14h00 às 20h00, ou até o horário do último espetáculo
Domingo: das 14h00 às 20h00, ou até o horário do último espetáculo (segunda fechado)
Teatro Gazeta | 700 lugares
Av. Paulista, 900, Bela Vista / São Paulo
Cafeteria e acessibilidade

.: MIS Experience prorroga exposição "Uma Viagem Imersiva Extraordinária"


Público agora tem até o dia 21 de setembro para conferir a mostra imersiva inédita, que apresenta projeções 360º, tour de realidade virtual, arte digital e muito mais. A extraordinária viagem imersiva da exposição “Júlio Verne 200” é inspirada nos grandes clássicos do autor francês, como: "Viagem ao Centro da Terra", "20.000 Léguas Submarinas", "Volta ao Mundo em 80 Dias", entre outros. Fotio: divulgação / Layers of Reality


O MIS Experience anuncia a prorrogação da megaexposição “Uma Viagem Imersiva Extraordinária - Júlio Verne 200”, inédita no Brasil. O público agora tem até o dia 21 de setembro para conferir a mostra, que faz uma imersão nas aventuras mais espetaculares do autor francês por meio de oito salas que exploram suas obras mais lendárias, como: "Viagem ao Centro da Terra", "20.000 Léguas Submarinas", "Volta ao Mundo em 80 Dias", "Cinco Semanas em Um Balão", "A Casa a Vapor", "Da Terra à Lua", entre outras.

Criado e concebido pelo estúdio catalão Layers of Reality, e estreado no IDEAL, um dos principais centros de artes digitais de Barcelona, a exposição é organizada, no Brasil, pela Ag Pallet e Apple Produções, em parceria com o MIS Experience. 

"Júlio Verne 200" acontece em um espaço de mais de 1.500 metros quadrados, incluindo salão com projeções imersivas, zonas de realidade virtual, áreas de metaverso, instalações interativas, cenários inspirados nas obras, recriação de objetos e de mapas da época e, ainda, uma sala de realidade virtual 360º. A trilha sonora de todas as instalações, composta por Rafel Plana, foi gravada pela Orquestra e Coro Sinfônicos de Bratislava (Eslováquia).


Ingressos
Os ingressos estão à venda neste link e na bilheteria do MIS Experience (para visita no próprio dia). Os valores são de: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada) às quartas, quintas e sextas-feiras; e R$ 80 (inteira) R$ 40 (meia) aos sábados, domingos e feriados. Às terças-feiras, a entrada é gratuita, com retirada do ingresso diretamente na bilheteria do MIS Experience no dia da visita. Por meio de uma parceria com a B3, o público também tem direito a entrada gratuita - a cada terceira quarta-feira do mês, também com retirada do ingresso diretamente na bilheteria.


Celebração - 200 anos de Júlio Verne
Em 2028, será comemorado o 200º aniversário do nascimento do autor francês Júlio Verne. A exposição, que estreou em Barcelona em 2024, está programada para embarcar em uma extensa turnê internacional, culminando em Paris em 2028 como parte dos eventos que homenageiam o bicentenário do autor em uma das cidades mais intimamente associadas a ele. São Paulo é a segunda cidade do mundo a receber a mostra, no MIS Experience.

A exposição é apoiada e assessorada pela "Société Jules Verne", a principal organização internacional dedicada aos estudos de Verne. Por quase 100 anos, a instituição publicou bibliografias, versões originais de obras póstumas e correspondência pessoal. Também publica o Bulletin de la Société Jules Verne (BSJV), que apresenta estudos e trabalhos inéditos de Verne. A BSJV é um recurso essencial na bolsa de estudos de Verne, apresentando regularmente novas descobertas e contribuições de pesquisadores de todo o mundo.


Sobre Júlio Verne
Nascido em Nantes (França), em 1828, Júlio Verne é considerado um dos artistas mais importantes de todos os tempos. Suas obras literárias combinaram elementos científicos e tecnológicos com imaginação e espírito de aventura, criando um corpo de trabalho fascinante que ressoou com um público amplo e diversificado. Nos romances de Verne, também conhecido como “pai da ficção científica”, a fusão de arte, ciência e tecnologia atinge o nível de obra-prima universal. Seu legado influenciou profundamente a literatura, o cinema e a cultura popular ao longo dos séculos 19 e 20 - e continua a inspirar até hoje.


Sobre o MIS Experience
Construído em um galpão de 2 mil metros quadrados e 10 metros de pé direito, o MIS Experience – instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo – foi inaugurado em 2 de novembro de 2019, com o objetivo de proporcionar a realização de exposições imersivas que se utilizem de novas tecnologias, levando o público a interagir de maneira diferente com artistas e suas obras de arte. A abertura do espaço aconteceu com a exposição Leonardo da Vinci – 500 anos de um gênio, experiência que possibilitou ao visitante conhecer a vida e o legado de Da Vinci. Nos anos seguintes, o MIS Experience recebeu as megaexposições imersivas Portinari para todos (2022); Michelangelo: o mestre da Capela Sistina (2023); Chaves: A Exposição (2024); e Bob Esponja: A Experiência (2025). Desde sua inauguração, o MIS Experience já recebeu mais de 1 milhão de visitantes. 


Sobre Layers of Reality
Layers of Reality é um estúdio pioneiro na criação de conteúdo de realidade aumentada, oferecendo experiências memoráveis, significativas e transformadoras. Em 2019, inaugurou seu principal centro de criação e exposição, o Ideal Barcelona. Em março de 2022, inaugurou a MAD (Madrid Artes Digitales) no Matadero Madrid, em colaboração com a Som Produce e a Stardust Internacional, e em março de 2024, abrirá o Bombas Gens, Centro de Artes Digitais em Valência.

Entre as produções mais significativas de Layers of Reality estão "Klimt: a Experiência Imersiva" (com Exhibition Hub), "Frida Kahlo: a Vida de Uma Lenda" (com Frida Kahlo Corp.), "Dalí Cybernetic" (com a Fundação Gala-Salvador Dalí), "Os Últimos Dias de Pompéia", "Tutancâmon: a Experiência Imersiva", "A Lenda do Titanic" (com Madrid Artes Digitales), "Sorolla: Uma Nova Dimensão" e "Universo Goya: entre a Luz e as Trevas", que a maioria deles pode ser vista atualmente em todo o mundo.


Sobre a Apple Produções
Com quase 40 anos de experiência no mercado de eventos, a Apple Produções é especializada no fornecimento de equipamentos de som, luz, imagem e estrutura. Reconhecida por participar de grandes produções do setor, a empresa também tem conquistado o mundo das exposições imersivas, um segmento em constante crescimento. Após o sucesso nas exposições “Tutankamon” e “Hotel Drácula”, a Apple Produções assina agora “Júlio Verne 200”, reforçando sua atuação em projetos de grande porte e alto impacto sensorial.


Serviço | Exposição “Uma Viagem Imersiva e Extraordinária - Júlio Verne 200”
Local: MIS Experience: Local: R. Cenno Sbrighi, 250 - Água Branca, São Paulo.
Data: até 21 de setembro de 2025.
Horários:  terças a sextas, das 10h às 17h; sábados, das 10h às 20h; domingos e feriados, das 10h às 18h. Fechado às segundas-feiras.
Ingresso: gratuito às terças (retirada apenas na bilheteria física do MIS Experience no dia da visita). Quartas, quintas e sextas-feiras: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). Sábados, domingos e feriados: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia). Terceira quarta-feira do mês: ingresso gratuito por conta de parceria com a B3 (retirada apenas na bilheteria física do MIS Experience no dia da visita).
Site de vendas: https://www.ticketmaster.com.br/event/julio-verne-200
Informações de acessibilidade: rampas de acesso e banheiros adaptados para cadeirantes.
Classificação indicativa: livre
Tempo estimado de visitação: 60 minutos
A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, e Mis Experience, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e com o apoio do ProAC.
O MIS Experience tem patrocínio institucional da B3, Vivo, Valid, Kapitalo Investimentos, Goldman Sachs, Sabesp e TozziniFreire Advogados e apoio institucional das empresas Unisys, Unipar, Grupo Comolatti, Colégio Albert Sabin, PWC, TCL SEMP, Telium e Kaspersky.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

.: Letícia Sabatella se apresenta no Sesc Pompeia em show "Cantrizes"


Em quatro shows autorais diferentes, série de espetáculos celebra a força cênica de grandes atrizes, que também são cantoras espetaculares. Além de Letícia Sabatella, apresentam-se Alessandra Maestrini, Letícia Soares e Virgínia Rosa

Atriz e cantora, Letícia Sabatella sobe ao palco com um show intimista, de voz e piano, neste domingo, dia 17 de agosto, às 18h00, dentro das apresentações do projeto "Cantrizes". Com uma sólida carreira nas artes cênicas e no audiovisual, ela se revela em outro registro: o musical. No repertório, canções que refletem sua trajetória interior e dialogam com temas como natureza, amor, ancestralidade e liberdade. Uma experiência delicada e intensa, como ela mesma.

Outros shows da série "Cantrizes" no Sesc Pompeia:  Alessandra Maestrini em "Yentl em Concerto", quinta-feira, dia 14 de agosto, às 20h00; Letícia Soares em "Letícia Soares Canta Gal", sexta-feira, dia 15 de agosto, às 20h00; Virgínia Rosa em "Luz das Estrelas - Virgínia Rosa Canta Raul Seixas", sábado, dia 16 de agosto, às 20h00.


"Cantrizes" no Sesc Pompeia
Nos dias 14, 15, 16 e 17 de agosto, no Teatro do Sesc Pompeia, acontece “Cantrizes”, série de espetáculos que celebra um grupo raro e precioso: atrizes que também são cantoras espetaculares. São intérpretes completas, que levam ao palco não apenas a afinação vocal, mas a escuta, o gesto, a presença. Mulheres que transformam cada canção numa cena, cada espetáculo num mergulho sensível.

Nesta edição, quatro artistas com carreiras consolidadas - na música, no teatro, na televisão e no cinema - apresentam seus shows autorais em quatro noites seguidas. Na quinta-feira, dia 14 de agosto, Alessandra Maestrini abre essa série de espetáculos com "Yentl em Concerto", inspirado em conto de Isaac Bashevis Singer e no filme de Barbra Streisand, com músicas de Michel Legrand. Na sexta-feira, dia 15 de agosto, Letícia Soares percorre diferentes fases da carreira de Gal Costa no espetáculo Letícia canta Gal. 

Sábado, dia 16 de agosto, Virgínia Rosa apresenta "Luz das Estrelas - Virgínia Rosa" canta Raul Seixas, em que dá voz ao lado poético, filosófico e romântico do maluco beleza. Encerrando a série, Letícia Sabatella sobe ao palco no dia 17 de agosto com o show intimista, "Voz e Piano", em que reúne canções que refletem sua trajetória interior e dialogam com temas como natureza, amor, ancestralidade e liberdade. "Cantrizes" não é apenas uma mostra de shows. É um manifesto a favor da arte feita com corpo inteiro - onde atuação e música caminham juntas, sem hierarquias, sem rótulos. Um convite para escutar com outros sentidos.


Ficha técnica
Letícia Sabatella em "Letícia Sabatella, Voz e Piano"
Idealização, roteiro, direção: Letícia Sabatella e Paulo Braga
Intérprete: Letícia Sabatella
Direção musical, arranjos e piano: Paulo Braga
Videografismo: Renato Krueger
Figurinos: Bruno Muniz
Iluminador: Wagner Pinto
Assistente de produção: Gabriela Newlands Calu Tornaghi
Coordenação de produção: Bianca De Felippes


Quinta-feira, dia 14 de agosto, às 20h00 - Alessandra Maestrini em "Yentl em Concerto" - Ingressos on-line neste link
Sexta-feira, dia 15 de agosto, às 20h00 - Letícia Soares em "Letícia Soares Canta Gal" - Ingressos on-line neste link
Sábado, dia 16 de agosto, às 20h00 - Virgínia Rosa em "Luz das Estrelas - Virgínia Rosa Canta Raul Seixas" - Ingressos on-line neste link
Domingo, dia 17 de agosto, às 18h00 - Letícia Sabatella em "Letícia Sabatella, Voz e PianoIngressos on-line neste link


Serviço | "Cantrizes"
Dias 14, 15, 16 e 17 de agosto
Local: Teatro do Sesc Pompeia
Rua Clélia, 93 - Pompeia / São Paulo
Ingressos: R$ 21,00 (Credencial plena), R$ 35,00 (meia-entrada), R$ 70,00 (inteira)
Ingressos à venda on-line e nas bilheterias do Sesc 
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: livre

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

.: Letícia Soares canta Gal Costa no Sesc Pompeia em show "Cantrizes"


Em quatro shows autorais diferentes, série de espetáculos celebra a força cênica de grandes atrizes, que também são cantoras espetaculares. Além de 
Letícia Soares, apresentam-se Alessandra Maestrini, Virgínia Rosa e Letícia Sabatella. Foto: Jonatas Marques


Letícia Soares, vencedora do Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Atriz pela atuação impactante em "A Cor Púrpura", interpreta a obra de Gal Costa no espetáculo "Letícia Canta Gal", dentro das apresentações da série de shows "Cantrizes", nesta sexta-feira, dia 15 de agosto, às 20h00, no Sesc Pompeia. Com potência vocal, carisma e leitura cênica refinada, Letícia percorre diferentes fases da carreira de Gal, num tributo vibrante e sofisticado.

Do encontro entre a potência vocal de Letícia Soares e a força poética da música popular brasileira, nasce o espetáculo Letícia Soares canta Gal. Nesta homenagem, Letícia - vencedora do Prêmio Bibi Ferreira e referência consagrada no teatro musical brasileiro - mergulha nas camadas sutis e intensas do repertório de Gal Costa, uma das maiores vozes da nossa história.

Outros shows da série "Cantrizes" no Sesc Pompeia:  Alessandra Maestrini em "Yentl em Concerto", quinta-feira, dia 14 de agosto, às 20h00; ; Virgínia Rosa em "Luz das Estrelas - Virgínia Rosa Canta Raul Seixas", sábado, dia 16 de agosto, às 20h00. Letícia Sabatella em "Letícia Sabatella, Voz e Piano", domingo, dia 17 de agosto, às 18h00.


"Cantrizes" no Sesc Pompeia
Nos dias 14, 15, 16 e 17 de agosto, no Teatro do Sesc Pompeia, acontece “Cantrizes”, série de espetáculos que celebra um grupo raro e precioso: atrizes que também são cantoras espetaculares. São intérpretes completas, que levam ao palco não apenas a afinação vocal, mas a escuta, o gesto, a presença. Mulheres que transformam cada canção numa cena, cada espetáculo num mergulho sensível.

Nesta edição, quatro artistas com carreiras consolidadas - na música, no teatro, na televisão e no cinema - apresentam seus shows autorais em quatro noites seguidas. Na quinta-feira, dia 14 de agosto, Alessandra Maestrini abre essa série de espetáculos com "Yentl em Concerto", inspirado em conto de Isaac Bashevis Singer e no filme de Barbra Streisand, com músicas de Michel Legrand. Na sexta-feira, dia 15 de agosto, Letícia Soares percorre diferentes fases da carreira de Gal Costa no espetáculo Letícia canta Gal. 

Sábado, dia 16 de agosto, Virgínia Rosa apresenta "Luz das Estrelas - Virgínia Rosa" canta Raul Seixas, em que dá voz ao lado poético, filosófico e romântico do maluco beleza. Encerrando a série, Letícia Sabatella sobe ao palco no dia 17 de agosto com o show intimista, "Voz e Piano", em que reúne canções que refletem sua trajetória interior e dialogam com temas como natureza, amor, ancestralidade e liberdade. "Cantrizes" não é apenas uma mostra de shows. É um manifesto a favor da arte feita com corpo inteiro - onde atuação e música caminham juntas, sem hierarquias, sem rótulos. Um convite para escutar com outros sentidos.


Ficha técnica
Letícia Soares no show "Letícia Canta Gal"
Direção, idealização e intérprete: Letícia Soares
Direção musical: Rogério Rochlitz
Design e operação de som: Murillo Leme
Iluminadora: Gabriele Souza
Músicos: Rogério Rochlitz, Yara Oliveira, Beatriz Lima, Letícia Praxedes, Renan, Claudio Faria e Dado Magnelli
Produção executiva: Lucas Silverio


Quinta-feira, dia 14 de agosto, às 20h00 - Alessandra Maestrini em "Yentl em Concerto" - Ingressos on-line neste link
Sexta-feira, dia 15 de agosto, às 20h00 - Letícia Soares em "Letícia Soares Canta Gal" - Ingressos on-line neste link
Sábado, dia 16 de agosto, às 20h00 - Virgínia Rosa em "Luz das Estrelas - Virgínia Rosa Canta Raul Seixas" - Ingressos on-line neste link
Domingo, dia 17 de agosto, às 18h00 - Letícia Sabatella em "Letícia Sabatella, Voz e PianoIngressos on-line neste link


Serviço | "Cantrizes"
Dias 14, 15, 16 e 17 de agosto
Local: Teatro do Sesc Pompeia
Rua Clélia, 93 - Pompeia / São Paulo
Ingressos: R$ 21,00 (Credencial plena), R$ 35,00 (meia-entrada), R$ 70,00 (inteira)
Ingressos à venda on-line e nas bilheterias do Sesc 
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: livre

.: Tiago Abravanel é Drácula em comédia aclamada em Nova Iorque e Londres


Estreia dia 15 de agosto no Teatro Bravos. Na imagem, Tiago Abravanel, Lindsay Paulino, Bruna Guerin, Ludmillah Anjos e Jefferson Schroeder no elenco de Drácula- Um terror de comédia

O lendário vampiro Drácula chega aos palcos de São Paulo de cara nova, em uma montagem que promete matar o público – de tanto rir! "Drácula - Um Terror de Comédia", estrelado por Tiago Abravanel e grande elenco, estreia no Brasil na sexta-feira, dia 15 de agosto, no Teatro Bravos, em São Paulo, e faz curta temporada somente até 12 de outubro. 

Aclamado em Nova Iorque e Londres, o espetáculo de texto inteligente repleto de referências da cultura pop traz uma nova visão do clássico gótico, enquanto faz um jogo rápido entre os atores que interpretam diversos personagens e se transformam na velocidade da luz, garantindo altas risadas para um público de todos os tipos sanguíneos, tudo isso em 90 minutos de tirar o fôlego. No Brasil, o elenco conta ainda com Lindsay Paulino, Bruna Guerin, Ludmillah Anjos, Jefferson Schroeder e Bernardo Berro. A montagem brasileira tem tradução e adaptação por Bruno Narchi, e direção de Ricardo Grasson e Heitor Garcia.

Com uma temporada brilhante em Nova Iorque na Off-Broadway, entre 2023 e 2024, essa obra teatral despertou a atenção de todos os críticos americanos e do público. Os autores, Steven Rosen e Gordon Greenberg, são responsáveis por parcerias de recentes sucessos de público e crítica nos EUA, como "Crime e Castigo - A Comédia", a nova montagem de "Quem Tem Medo de Virgínia Wolf?" e outros sucessos. Em 2025, a comédia ganhou os palcos de Londres, por onde ficou durante três meses no teatro Menier Chocolate Factory.

"Drácula - Um Terror de Comédia" tem patrocínio de Algar e apoio cultural de Wickbold, Sonda e Denver. A realização é da Palco 7 Produções, de Marco Griesi e Solo Entretenimento, de Daniella Griesi.


Sinopse de "Drácula - Um Terror de Comédia"
Nas traiçoeiras montanhas da Transilvânia, um pacato corretor de imóveis britânico entra numa jornada alucinante a fim de encontrar um novo e misterioso cliente, que por um acaso é o mais aterrorizante e feroz monstro que o mundo conheceu: "Conde Drácula". Ao mesmo tempo, a famosa caçadora de vampiros Jean Van Helsing e sua trupe estão procurando por "Drac" da Transilvânia entre as terras longínquas da Inglaterra e de Londres até os confins. Suas trapalhadas são garantias de que seus batimentos e sua pressão sanguínea vão subir - de tanto rir!


Ficha técnica | "Drácula - Um Terror de Comédia"
Idealização: Heber Gutierrez.
Texto: Gordon Greenberg e Steven Rosen.
Tradução e adaptação do texto: Bruno Narchi.
Direção geral: Ricardo Grasson e Heitor Garcia.
Assistência de direção: Matheus Ribeiro.
Produção geral: Marco Griesi e Daniella Griesi.
Direção de musical: Gui Leal.
Cenografia: Chris Aizner.
Designer de luz: Cesar Pivetti.
Designer de ilusões: Maicon Clenk.
Figurinos: Bruno Oliveira.
Visagismo: Alisson Rodrigues.
Direção de movimento: Alonso Barros.
Comunicação visual: Kelson Spalato.
Fotografia: Ale Catan.
Elenco: Tiago Abravanel (Drácula), Bruna Guerin (Lucy, Kitty e motorista), Jefferson Schroeder (Jonathan Harker, pretendentes, contramestre e coveiro), Lindsay Paulino (Mina e Van Helsig), Ludmillah Anjos (Dr. Westfeldt, Reinfield e Capitão) e Bernardo Berro (Drácula - cover).

Serviço | "Drácula - Um Terror de Comédia"
Temporada: de 15 de agosto a 12 de outubro de 2025
Horários: sextas-feiras, às 21h00, sábados, às 17h00 e 21h00, domingos, às 18h00.
Duração: 100 minutos.
Gênero: comédia
Classificação etária: livre, menores de 12 anos acompanhados dos pais ou responsáveis legais.
Ingressos: entre R$ 25,00 e R$ 300,00.
Ingressos on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/107801
Bilheteria: de terça a domingo, das 13h00 às 19h00, ou até o início do último espetáculo, no próprio local. Formas de pagamentos aceitas na bilheteria: todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceita cheques.
Local: Teatro Bravos | 611 lugares
Endereço: Rua Coropé, 88 – Pinheiros / São Paulo
O Teatro possui cafeteria, acessibilidade, banheiro acessível e ar-condicionado.

terça-feira, 12 de agosto de 2025

.: Comédia francesa "Uma Semana, Nada Mais" estreia no Teatro Uol


Versão brasileira tem direção de João Fonseca e desnuda as contradições das relações afetivas contemporâneas. Foto: Caio Gallucci

Sucesso de público na América Latina, o espetáculo "Uma Semana, Nada Mais" estreia temporada no Teatro Uol, em São Paulo, no dia 6 de setembro, onde permanece em cartaz até 26 de outubro. As sessões acontecem aos sábados e domingos, às 18h00. A montagem é uma adaptação da comédia francesa de Clément Michel, que já foi vista por mais de 400 mil pessoas em países como Argentina, Uruguai e Chile. No Brasil, a versão tem direção de João Fonseca, tradução de Priscilla Squeff e reúne no elenco Sophia Abrahão, Leandro Luna e Beto Schultz. A produção é da Viva Cultural e Zero Grau Filmes. 

Na trama, Pablo (Leandro Luna) pede ao seu melhor amigo Martín (Beto Schultz) que vá morar com ele e sua namorada Sofía (Sophia Abrahão). O objetivo é claro: desestabilizar a relação para provocar o fim do namoro. O plano se estende por uma semana - tempo suficiente para expor fragilidades, egoísmos e contradições dos três personagens.  A convivência forçada serve de pano de fundo para discutir os limites dos relacionamentos afetivos contemporâneos, por meio do humor. A encenação aposta no riso como meio de provocar reflexão sobre o modo como construímos - e desmontamos - nossas relações interpessoais. 

Para João Fonseca, que assina a direção, o interesse pela peça veio do modo como a trama se desdobra. “A forma surpreendente e divertida de como vai se desenrolando a história foi o que mais me atraiu”, comenta. Ele destaca ainda a importância do equilíbrio entre comicidade e desconforto. “Trabalhamos o ritmo cômico aproveitando ao máximo as situações propostas, para que o humor surja naturalmente, sem exageros”. 

Responsável pela tradução e adaptação do texto, Priscilla Squeff destaca que a versão brasileira partiu da montagem argentina, o que aproximou o ritmo da comédia do nosso repertório cultural. “Tive que localizar algumas referências, atualizando situações para que ressoassem com o público brasileiro sem perder o espírito original da peça. O maior desafio é ajustar o tempo cômico: os contrapontos verbais precisavam funcionar no nosso ritmo”. 

Nesse processo, o ponto de partida foi confiar nos personagens. “Eles são humanos, falhos, exagerados - e justamente por isso, engraçados. A ideia é preservar o humor, mas sem se descuidar da camada crítica: a dificuldade de comunicação nos relacionamentos, o medo do confronto, os jogos de poder afetivo. Acredito que o público vai rir de si mesmo, do amigo, do ex, daquele momento constrangedor que todos já viveram ou ouviram falar”

Sophia Abrahão aponta a ausência de comunicação como tema central do espetáculo. “O que me chama muito atenção é o retrato de como as pessoas podem se desconectar. Todas as confusões que acontecem na peça são por falta de diálogo. As situações vão ficando cada vez mais absurdas porque faltou comunicação. Gostaria muito que o público refletisse sobre isso” .

Sobre sua personagem, a atriz vê identificação pessoal: “A Sofía é bem parecida comigo. Ela é do diálogo, quer conversar, expressar seus sentimentos e refletir sobre a relação. Tenho bastante isso nos meus relacionamentos, gosto de deixar as coisas bem claras”

Para o ator Leandro Luna, o espetáculo levanta questões sobre padrões afetivos e relações sociais. “Todos nós nos encaixamos em um tipo de padrão de relacionamento. A peça apresenta de forma explicita, caraterísticas que se enquadram nesses padrões e nos fazem refletir sobre como estamos nos relacionando nos dias de hoje, em como reagimos ao lidar com os nossos medos e inseguranças, e o quanto conseguimos ser verdadeiros nas nossas relações”

Já Beto Schultz destaca a importância da confiança. “Acho que a reflexão que fica é que a verdade se prova, mais uma vez, peça essencial para qualquer relação, seja ela de amizade, profissional ou amorosa. Muitas vezes tomamos importantes decisões sem pensar e refletir o que pode causar problemas difíceis de resolver”

João Fonseca também reflete sobre a conexão entre o texto original e o público brasileiro: “A peça traz questões universais a respeito das relações amorosas, de fácil identificação em qualquer lugar do mundo, e por isso seu sucesso. Acredito que o talento e o timing de comédia dos atores brasileiros vai potencializar ainda mais essa comédia”


Serviço
Espetáculo "Uma Semana, Nada Mais"
De 6 de setembro a 26 de outubro.
Sessões: aos sábados e domingos, às 18h00.
Classificação etária: 14 anos.
Duração: 80 minutos.
Ingressos: R$100,00 (inteira) / R$ 50,00 (meia).
Link para vendas:
Teatro Uol - Shopping Pátio Higienópolis
Alameda Santos, 2233 – Higienópolis / São Paulo

.: Alessandra Maestrini apresenta show "Yentl em Concerto" no Sesc Pompeia


Em quatro shows autorais diferentes, série de espetáculos celebra a força cênica de grandes atrizes, que também são cantoras espetaculares. Além de Alessandra Maestrini, apresentam-se Letícia Soares, Virgínia Rosa e 
Letícia Sabatella. Foto: Priscila Prade

Atriz e cantora, Alessandra Maestrini abre a série de espetáculos "Cantrizes", no Sesc Pompeia, nesta quinta-feira, dia 14 de agosto, às 20h00, com o show "Yentl em Concerto". À frente de grandes personagens da TV brasileira e grande protagonista de musicais montados no país, Maestrini une canções de Michel Legrand a trechos do conto original de Isaac Bashevis Singer. Reconhecida pela técnica vocal impecável e com direção musical de João Carlos Coutinho, ela entrega um de seus trabalhos mais pessoais e arrebatadores.

Inspirado no conto e no filme de Barbra Streisand, o espetáculo narra a jornada de Yentl, uma jovem judia que desafia os limites impostos às mulheres por meio do conhecimento e do amor. Com roteiro e direção de Maestrini, a história é contada apenas com voz e piano, em um formato intimista e profundamente teatral. 

Outros shows da série "Cantrizes" no Sesc Pompeia: Letícia Soares em "Letícia Soares Canta Gal", sexta-feira, dia 15 de agosto, às 20h00. Virgínia Rosa em "Luz das Estrelas - Virgínia Rosa Canta Raul Seixas", sábado, dia 16 de agosto, às 20h00. Letícia Sabatella em "Letícia Sabatella, Voz e Piano", domingo, dia 17 de agosto, às 18h00.


"Cantrizes" no Sesc Pompeia
Nos dias 14, 15, 16 e 17 de agosto, no Teatro do Sesc Pompeia, acontece “Cantrizes”, série de espetáculos que celebra um grupo raro e precioso: atrizes que também são cantoras espetaculares. São intérpretes completas, que levam ao palco não apenas a afinação vocal, mas a escuta, o gesto, a presença. Mulheres que transformam cada canção numa cena, cada espetáculo num mergulho sensível.

Nesta edição, quatro artistas com carreiras consolidadas - na música, no teatro, na televisão e no cinema - apresentam seus shows autorais em quatro noites seguidas. Na quinta-feira, dia 14 de agosto, Alessandra Maestrini abre essa série de espetáculos com "Yentl em Concerto", inspirado em conto de Isaac Bashevis Singer e no filme de Barbra Streisand, com músicas de Michel Legrand. Na sexta-feira, dia 15 de agosto, Letícia Soares percorre diferentes fases da carreira de Gal Costa no espetáculo Letícia canta Gal. 

Sábado, dia 16 de agosto, Virgínia Rosa apresenta "Luz das Estrelas - Virgínia Rosa" canta Raul Seixas, em que dá voz ao lado poético, filosófico e romântico do maluco beleza. Encerrando a série, Letícia Sabatella sobe ao palco no dia 17 de agosto com o show intimista, "Voz e Piano", em que reúne canções que refletem sua trajetória interior e dialogam com temas como natureza, amor, ancestralidade e liberdade. "Cantrizes" não é apenas uma mostra de shows. É um manifesto a favor da arte feita com corpo inteiro - onde atuação e música caminham juntas, sem hierarquias, sem rótulos. Um convite para escutar com outros sentidos.


Ficha técnica
Alessandra Maestrini apresenta "Yentl em Concerto"
Idealização, roteiro, direção e intérprete: Alessandra Maestrini
Direção musical e ao piano: João Carlos Coutinho
Músicas: Michel Legrand
Letras: Alan & Marilyn Bergman
Baseado no conto de Isaac Bashevis Singer “Yentl The Yeshiva Boy” e no filme “Yentl” de Barbra Streisand
Figurino: Fábio Namatame
Visagismo: Wilson Eliodoro
Som: Mario Jorge Andrade
Design de luz: Wagner Freire
Fotografias: Priscila Prade
Diretor de produção: Deco Gedeon


Quinta-feira, dia 14 de agosto, às 20h00 - Alessandra Maestrini em "Yentl em Concerto" - Ingressos on-line neste link
Sexta-feira, dia 15 de agosto, às 20h00 - Letícia Soares em "Letícia Soares Canta Gal" - Ingressos on-line neste link
Sábado, dia 16 de agosto, às 20h00 - Virgínia Rosa em "Luz das Estrelas - Virgínia Rosa Canta Raul Seixas" - Ingressos on-line neste link
Domingo, dia 17 de agosto, às 18h00 - Letícia Sabatella em "Letícia Sabatella, Voz e PianoIngressos on-line neste link


Serviço | "Cantrizes"
Dias 14, 15, 16 e 17 de agosto
Local: Teatro do Sesc Pompeia
Rua Clélia, 93 - Pompeia / São Paulo
Ingressos: R$ 21,00 (Credencial plena), R$ 35,00 (meia-entrada), R$ 70,00 (inteira)
Ingressos à venda on-line e nas bilheterias do Sesc 
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: livre

sábado, 9 de agosto de 2025

.: "Brasil de Susto e Sonho", nova mostra de Rivane Neuenschwander em SP


Mostra mescla obras inéditas, releituras e trabalhos consagrados como Quarta-feira de Cinzas/Epílogo, de 2006. Entre vídeos, esculturas, pinturas, instalações e desenhos, os trabalhos abrangem diferentes caminhos artísticos percorridos por Rivane nos últimos 30 anos. 
Na imagem, a obra "A.E. (Nunca Mais Brasil)". Foto: Eduardo Ortega


No dia 14 de agosto, o Itaú Cultural abre para o público "Brasil de Susto e Sonho: um Panorama da Obra de Rivane Neuenschwander". A exposição segue em cartaz até 2 de novembro e apresenta obras inéditas, releituras e trabalhos consagrados de Rivane, como "Quarta-feira de Cinzas/Epílogo", de 2006. No conjunto, entre vídeos, esculturas, pinturas, instalações e desenhos, os trabalhos abrangem diferentes caminhos artísticos percorridos por ela nos últimos 30 anos.

De seus trabalhos inéditos tem Mestre Zenóbio e o Cordão da Bicharada, vídeo comissionado que marca o retorno das parcerias de Rivane e Cao Guimaraes. "Dream.lab/São Paulo", inédita no Brasil, foi apresentada no fim do ano passado e início deste na Áustria e agora ela é exibida feita com crianças brasileiras e seus sonhos desenhados. Também entre as novidades há dois conjuntos formados por seres surreais que representam a realidade: "As Insubmissas" e "Perversos, Marcianos, Canibais e Alienados". Ainda, tem uma nova escultura, "Apocaplástico", que evoca a região do rio Tocantins, onde há mais templos do que hospitais e escolas, e cinco pinturas inéditas acrescidas à série Notícias de Jornal.

Em suma, a mostra apresenta o olhar atento de Rivane sobre assuntos que vêm movendo os brasileiros na história contemporânea do país - dos anos de 1970 aos atuais. A inspiração trafega entre registros de manifestações diversas captadas por ela em solo firme, no espaço das redes sociais, em sonhos de crianças, em festas folclóricas e em observações subjetivas capturadas em suas andanças pelo país. A curadoria da exposição é de Fabiana Moraes e a concepção e realização são do Itaú Cultural. 


Até dia 2 de novembro no Itaú Cultural
"Dream.lab/São Paulo", obra inédita no Brasil, apresentada no fim do ano passado e início deste na Áustria, agora feita com crianças brasileiras e seus sonhos desenhados; "Mestre Zenóbio e o Cordão da Bicharada", vídeo comissionado realizado em colaboração com o cineasta Cao Guimarães; "As Insubmissas" e "Perversos, Marcianos, Canibais e Alienados", dois conjuntos formados por seres surreais que representam a realidade; "Apocaplástico", que evoca a região do rio Tocantins, onde há mais templos do que hospitais e escolas, e cinco pinturas inéditas acrescidas à série "Notícias de Jornal". Estas são as novas peças da artista visual Rivane Neuenschwander, que, com outras obras construídas por ela ao longo de sua trajetória de três décadas, compõem a exposição "Brasil de Susto e Sonho: um Panorama da Obra de Rivane Neuenschwander".

Com abertura no Itaú Cultural (IC) na noite de 13 de agosto - e visitação do público do dia seguinte, 14, até 2 de novembro -, a mostra tem curadoria da pesquisadora (Universidade Federal de Pernambuco/UFPE) e jornalista Fabiana Moraes e realização da equipe do IC. A exposição se estende pelos três pisos do espaço expositivo da instituição dedicados às mostras temporárias. No conjunto, Brasil de susto e sonho: um panorama da obra de Rivane Neuenschwander apresenta o olhar atento da artista sobre assuntos que vêm movendo os brasileiros na história contemporânea do país  dos anos de 1970 aos atuais. 

Os suportes artísticos são variados: vídeos, esculturas, pinturas, instalações e desenhos. A inspiração trafega entre registros de manifestações diversas captadas por ela em solo firme, no espaço das redes sociais, em sonhos de crianças, em festas folclóricas e em observações subjetivas capturadas em suas andanças pelo país.


Piso 1
Este andar acolhe duas de suas obras inéditas: "Dream.lab/São Paulo", ainda não vista pelo público brasileiro, e a estreia de "Mestre Zenóbio e o Cordão da Bicharada". A primeira navega pelos sonhos de crianças, cuja colaboração, como uma espécie de coautores de produção espontânea, marca outros trabalhos da artista. Apresentada no museu de arte moderna KinderKunstLabor, na Áustria, com curadoria de Mona Jas e Andreas Hoffer, esta é a primeira montagem da obra no Brasil após um processo de pesquisa denso e específico para a exposição. Resultado de oficinas conduzidas pela equipe de mediação cultural do Itaú Cultural, ao lado da artista, com alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Abrão de Moraes e da Emef Desembargador Amorim Lima, as atividades partiram de uma leitura do livro "Sonhozzz" (editora Salamandra, 2021), de Silvana Tavano e Daniel Kondo, que também assina as ilustrações. As crianças fizeram exercícios para a produção de desenhos nos quais manifestaram seus sonhos, desembocando em uma delicada investigação sobre a infância, o inconsciente coletivo e os sonhos desses brasileiros em crescimento.

A segunda obra, "Mestre Zenóbio e o Cordão da Bicharada", é um vídeo de cerca de 20 minutos dirigido por Cao Guimarães e Rivane, que retomam uma parceria já vista na obra "Quarta-feira de Cinzas/Epílogo" (2006), também presente na exposição. O trabalho versa sobre o cordão que lhe dá nome, fundado por Mestre Zenóbio na Vila de Juaba, em Cametá, interior do Pará, na primeira metade dos anos de 1970. Em um tempo em que a Copa do Mundo e a Transamazônica dominavam as telas e os discursos do regime ditatorial, Zenóbio enchia uma pequena embarcação com representações de animais de países e climas distintos para chamar a atenção para a preservação da natureza, em um cortejo que se repete todos os anos no Carnaval das Águas (tradição centenária da cultura paraense). Rivane e Cao registraram o mais recente, resultando neste filme que mescla sonho e susto, beleza e plástico jogado fora, ontem e agora. A trilha é da dupla performer brasileira O Grivo, que também aparece em trabalhos como Erotisme.

Ainda fazem parte deste piso "Atrás da Porta e L.L." ("O Vendedor de Furos"). A primeira é de 2007, uma serigrafia sobre madeira composta de 140 peças de dimensões variadas com desenhos e rabiscos, que a artista foi capturando ao longo dos anos nas portas de banheiros públicos. De 2023, a segunda reúne pequenas esculturas, que se espalham pelos três andares da exposição. A obra é baseada em uma memória de infância de L.L., amiga de Rivane, na qual ela imaginava um comerciante que ganhava dinheiro vendendo buracos, e faz uma conexão precisa sobre o mundo em que vivemos na atualidade.


Piso -1
Aqui, o público encontra mais dois trabalhos inéditos: "As Insubmissas" e "Perversos, Marcianos, Canibais e Alienados". Uma ema antifascista, um tubarão verde com lenço amarelo pronto para atacar, arapongas e tigrinhos, entre outros, representam personagens que falam da história mais recente do país. Somando os dois conjuntos, são 23 figuras, entre bichos, frutas, plantas na composição desses bonecos, feitos de tecido, papel machê, garrafas de vidro, bordados e outros materiais.

"As Insubmissas" reúne os personagens A Ativista; O Brasil; O Comunista; O Socialista; A Anti-fascista e O Ministro. Em "Perversos, Marcianos, Canibais e Alienados" estão A Agência de Vigilância; A Alta Patente; A Emenda Parlamentar; A Força Aérea Expedicionária; A Funcionária Fantasma; A Inflação; A Patriota; O Algoritmo; O Autocrata; O Deputado Federal; O Empresário; O Jogo de Apostas; O Magnata da Fé; O Oligarca; O Tarifaço e O Tecnocrata.

Estes trabalhos derivam da obra "O Alienista" (2019), atualmente exposta no Instituto Inhotim e baseada no livro de Machado de Assis. Nela, estão personagens como O Orador de Sobremesas, O Juiz de Fora, O Terraplanista, O Barbeiro, A Viúva e João de Deus (personagem de O alienista, de Machado de Assis), entre outros.

Também está neste piso o vídeo digital Enredo, produzido por Rivane em 2016 com o neurocientista Sérgio Neuenschwander. O audiovisual se inspira na coletânea de contos populares do Oriente Médio "As Mil e Uma Noites" (edição em português) para acompanhar uma aranha tecendo a sua teia com o seu fio entremeado por confetes feitos de pequenos trechos do livro, entre palavras que atravessam o seu caminho e ao som de um tamburello (versão italiana da pandeireta) tocado pelo cantor e compositor Domenico Lancellotti.  

Neste andar, ainda, o público encontra mais um vídeo de Rivane e Cao Guimarães: "Quarta-feira de Cinzas/Epílogo", realizado em 2006. O filme de 10 minutos articula a folia em fim de festa. A obra Repente, de 2016, apresenta etiquetas de tecido bordadas, painel de feltro, caixas de madeira, alfinetes de cabeça e de segurança, em um trabalho que a artista vem atualizando ao longo dos anos com novas palavras de ordem em um remix de protestos, mobilizações e lutas dos brasileiros. 

No trabalho "Noites Árabes" (2008), ela evoca a claridade volátil da Lua mobilizando um número palíndromo, assim como na obra "Enredo, as Mil e Uma Noites de Sherazade". Aqui, o rolo de filme de 16 milímetros se desdobra em 1.001 pequenos furos atravessados pela luz, entre 1.001 noites, histórias e recomeços. 

"À Espreita", acrílica sobre papel preto acid free, reúne 24 pinturas que investigam tanto o lado psicanalítico quanto político do medo. Rivane vem investigando há anos a infância como um lugar também político. Neste trabalho ela exibe formas sombrias desenhadas pelas próprias crianças, a partir de oficinas realizadas na pesquisa O nome do medo. As formas remetem a monstros, fantasmas e espíritos que além de viverem nas casas, habitaram porões e delegacias no período ditatorial brasileiro.

Piso -2
"Apocaplástico", obra exibida com destaque neste andar, também é inédita. Trata-se de uma escultura composta de madeira, massa e tinta acrílica, corda, plástico e papel, com dimensões variadas. Tem origem na viagem que a artista fez ao lado de Cao Guimarães, na região do rio Tocantins, para a produção de Mestre Zenóbio e o Cordão da Bicharada. Lá, Rivane observou uma grande quantidade de plásticos e outros materiais jogados após o Carnaval, cujas imagens aparecem no vídeo e nestas obras.

A artista também anotou pontos de reflexão sobre o projeto de colonização dos interiores do norte do país, que segue firme e cada vez mais forte por meio da religião, e as depositou em "Apocaplástico". A localidade é a que abriga mais templos religiosos no país – 459 deles a cada 100 mil habitantes; mais do que hospitais e escolas.

Também neste andar, "Notícias de Jornal (...)", de 2025, expõe o noticiário cotidiano – em especial os tantos casos de feminicídio – em uma série de cinco novas pinturas baseadas em ex-votos – sem santos, mas com sangue. São elas: Notícias de Jornal(Simone),Notícias de Jornal (Natália),Notícias de Jornal (Érica), Notícias de Jornal (Jaciara) e Notícias de Jornal (Suely), todas realizadas neste ano.

Em "A Conversação" (2010-2025), Rivane se inspirou no filme homônimo dirigido por Francis Ford Coppola em 1974. Nesta instalação composta de papel de parede, carpete, forro para carpete, cola, gravadores de áudio, aparelho de som e alto-falantes, também de dimensões variadas, o mote é a paranoia da espionagem, que transforma todos em suspeitos e alvos – dos celulares e drones, da entrega e monetização dos dados de cada pessoa, notícias sobre grupos e pessoas espionados pela gestão federal encerrada em 2022. Neste trabalho, há escutas escondidas no assoalho e nas paredes e microfones camuflados.

"M.C." ("Sete Exu da Lira/Chacrinha"), de 2025, é um bordado de miçangas e lantejoulas sobre sarja de algodão. O trabalho vai buscar o Brasil de 1971 – quando, em pleno governo militar, os brasileiros assistiam ao programa do Chacrinha aos domingos. Ele tem foco especialmente no último domingo de agosto daquele ano, no qual a umbandista Mãe Cacilda de Assis recebia a entidade Seu Sete Rei da Lira e promovia um transe coletivo no programa da TV Globo (e, depois, no famoso show de Flávio Cavalcanti, na TV Tupi). Andrógina, negra e à frente de uma prática não cristã, Mãe Cacilda se tornou alvo do discurso moralista e racista das mais poderosas representantes do catolicismo conservador do país.

No vídeo "Erotisme", produzido por Rivane em 2014, a trilha sonora é de O Grivo. Nele, uma mão interpreta o alfabeto desobedecendo a sua sombra. Entre umas imagens e outras, vão aparecendo palavras em francês, usuais ou inventadas, riscadas a canivete na madeira: masturber, nidifier, occulter (masturbar, aninhar, ocultar), entre outras. A obra faz referência direta ao verbete “erotismo”, atribuído a Georges Bataille, na obra surrealista Le memento universel Da Costa, e passeia por dualidades do sexo, visto como prazer ou arma; gozo ou ferida, remetendo à violação.

"M.F. (Road Trip)", de 2015, poderia ser resumido como um buraco de 1 x 2 cm feito na parede, para exalar o cheiro de gasolina. Mas é muito mais do que isso. Trata-se de uma referência ao Brasil militar-desenvolvimentista e suas grandes estradas que cortaram aldeias e florestas, já a partir da década de 1970.

Em "A.E. (Nunca Mais Brasil)", de 2023, uma tapeçaria de 1,70m x 1,70m, Rivane apresenta uma costura de retalhos de medos e lembranças, infância e geografia, arquivos e pavores: monstros e nomes de locais que serviram como espaços de tortura e desova de corpos, em uma referência ao livro "Brasil: Nunca Mais" (1985; editora Vozes) – organizado por Dom Paulo Evaristo Arns, Hélio Bicudo e Jaime Wright, reúne documentos de episódios de tortura durante a ditadura militar no Brasil. Aqui, a artista mescla a pesquisa "O Nome do Medo" (iniciada em 2015) a outro tema que demarca suas investigações: o regime autoritário que por duas décadas enterrou pessoas em locais como a Ponta da Praia (RJ).

"R.R. (90 Milhões em Ação)", de 2025, também remete aos anos de 1970, quando o Brasil conquistou o tetra na Copa de Futebol, com jogadores como Pelé, Rivelino, Tostão, Gerson e Jairzinho em campo. A vitória foi capitalizada pelo governo Médici (1969-1974) e embalada pela marchinha de Miguel Gustavo transformada em uma espécie de hino: “Noventa Milhões em Ação / Pra Frente, Brasil, do Meu Coração”. Nas telas brilhava o Canal 100, fundado em 1957 pelo produtor Carlos Niemeyer, que exibia zooms de rostos em sua maioria desconhecidos acompanhando partidas de futebol enquanto, longe das câmeras, gestões autoritárias sequestravam, torturavam e matavam. 


Serviço
Itaú Cultural

Avenida Paulista, 149 – próximo à estação Brigadeiro do metrô.

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

.: "Isabel das Santas Virgens e Sua Carta à Rainha Louca" neste fim de semana


Com a atuação de Ana Barroso e direção de Fernando Philbert, espetáculo chega ao palco da Arena B3 neste fim de semana, nos dias 9 e 10 de agosto. Foto: Ana Barroso/Divulgação

A Arena B3 dá continuidade à programação de agosto com o espetáculo "Isabel das Santas Virgens e Sua Carta À Rainha Louca". As apresentações acontecem neste sábado, dia 9 de agosto, às 14h30 e às 17h00, e no domingo, dia 10 de agosto, às 14h00 e 17h30. Com atuação e adaptação de Ana Barroso, o texto dirigido por Fernando Philbert ficciona a história real de uma mulher do século XVIII acusada de loucura e rebeldia e enclausurada no convento do Recolhimento da Conceição, em Olinda. 

Por meio de uma carta, ela tenta se comunicar com a Rainha Maria I, conhecida como a Rainha Louca, com quem se sente irmanada na opressão pelo mundo dos homens, e de quem espera receber clemência e liberdade. A carta relata sua infância e juventude pelos sertões da Bahia e Minas Gerais, e os destemperos e injustiças praticados pelos homens de poder contra mulheres, escravizados e todos que se encontravam em situação de vulnerabilidade. Entre perdas e amores proibidos, a saga de Isabel passa por períodos em que assumiu identidade masculina para sobreviver da única coisa que sabia fazer: ler e escrever.

O espetáculo recebeu excelente acolhida de público e crítica em temporadas no Rio de Janeiro e São Paulo. O texto é uma adaptação do romance Carta à Rainha Louca, de Maria Valéria Rezende. Sucesso de crítica, a obra foi finalista do Prêmio Jabuti 2020 e vencedor do Prêmio Oceanos de Literatura em Língua Portuguesa. Sob o comando da Aventura e da Arte&Atitude, o espaço cultural, localizado no prédio da bolsa, na Praça Antônio Prado, em São Paulo é marcado pelas diversas manifestações artísticas privilegiadas em seu palco intimista a preços populares. A Arena traz em sua programação monólogos, peças teatrais, tributos musicais e uma gama imensa de diversidade cultural acessível no centro da maior metrópole da América Latina.


Ficha técnica
Espetáculo "Isabel das Santas Virgens e Sua Carta à Rainha Louca"
Direção: Fernando Philbert
Adaptação e atuação - Ana Barroso
Música original - Marcelo Alonso Neves
Cenografia - Natalia Lana
Iluminação - Vilmar Olos
Figurino - Luciana Cardoso
Projeto gráfico - Raquel Alvarenga
Assistência de direção - Renata Guida
Preparação vocal - Angela De Castro/rj E Lilian De Lima/sp
Pintura de arte - Ana Frazão
Fotos: Nil Caniné
Gestão e conteúdo das mídias: Sarah Marques
Operação de som: Vicente Barroso
Operação de luz: Lucas Jp Santos
Produção e idealização: Ana Barroso/bb Produções Artísticas


Serviço:
Espetáculo "Isabel das Santas Virgens e Sua Carta à Rainha Louca"
Data: 9 e 10 de agosto de 2025
Hora: 14h30 e 17h00
Classificação: 12 anos
Ingressos: R$10,00 / R$ 5,00
Link de compra.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

.:"Porgy and Bess", de George Gershwin, estreia no palco do Theatro Municipal


 Em setembro, destaque da temporada lírica, o espetáculo estreia em São Paulo. Foto: Rafael Salvador/Divulgação

Com a obra de Gershwin em contexto brasileiro, a produção ganha novos contornos sob a direção de Grace Passô. Além disso, a programação tem concertos como Texturas Brasileiras, com composições de dois grandes compositores brasileiros Ronaldo Miranda e Arthur Barbosa, e Schubertiades, um especial com composições de Franz Schubert, ambos do Quarteto de Cordas da Cidade, além da Oficina de Regência da Camerata da Orquestra Experimental de Repertório.

Iniciando a programação de setembro, o Quarteto de Cordas da Cidade, formado por Betina Stegmann e Nelson Rios, violinos, Marcelo Jaffé, viola e Rafael Cesario, violoncelo, apresenta Texturas Brasileiras, no dia 04, quinta-feira, às 20h, na Sala do Conservatório. O repertório terá Quarteto Texturas, de Ronaldo Miranda, e Quarteto Brazuca, de Arthur Barbosa. Os ingressos custam R$35, a classificação é livre e a duração de 60 minutos, sem intervalo.

O programa tem composições de dois grandes compositores brasileiros e amigos do Quarteto de Cordas, Ronaldo Miranda e Arthur Barbosa. O primeiro é um dos principais e mais atuantes compositores contemporâneos brasileiros, o carioca ocupa a cadeira de número 13 da Academia Brasileira de Música. Já o segundo é compositor, violinista e regente, natural de Fortaleza, o músico é violinista da Orquestra e Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) e regente da orquestra jovem da mesma instituição.

Já no dia 12, sexta-feira, às 19h, na Sala do Conservatório, a Camerata da Orquestra Experimental de Repertório, sob regência de Wagner Polistchuk, apresenta Oficina de Regência. O repertório terá composições de Ludwig Van Beethoven, como Abertura Leonora n.1, op.138, Abertura Leonora n.2, op.72a, Abertura Leonora n.3, op.72b e Abertura Fidelio, op.72c. Os ingressos custam R$35, a classificação é livre e duração de 50 minutos, sem intervalo.

Em programação oficial do Ano do Brasil na França, o Balé da Cidade de São Paulo se apresenta no país em turnê especial, com início no dia 18 de setembro, no Teatro Olympia, em Arcachon, com os dois espetáculos de Rafaela Sahyoun, Fôlego e BOCA ABISSAL. Em seguida, de 23 a 27 de setembro, a turnê passará pelo Théâtre de la Ville, em Paris. Nos dias 2 e 3 de outubro, apresentações na La Comédie de Clermont Ferrand, em Clermont Ferrand. Já nos dias 8 de outubro e 9 de outubro, o Balé apresenta as obras de Sahyoun no Château Rouge, em Annemasse. Encerrando a turnê, Lyon recebe os espetáculos entre os dias 15 e 19 de outubro, na Maison de la danse, sendo está apresentação formada por Fôlego e por Réquiem SP, do coreógrafo e diretor da companhia Alejandro Ahmed.

Em mais um concerto do Quarteto de Cordas da Cidade, esse ao lado do convidado especial Robert Suetholz, violoncelista, e apresentam Schubertiades, no dia 18, quinta-feira, às 20h, na Sala do Conservatório. Com Betina Stegmann e Nelson Rios, violinos, Marcelo Jaffé, viola e Rafael Cesario, violoncelo. O repertório terá Quinteto em Dó Maior, op. 163, de Franz Schubert. Os ingressos custam R$35, a classificação é livre e a duração de 60 minutos, sem intervalo.

Destaque da temporada lírica, a ambiciosa obra de George Gershwin, Porgy and Bess, chega ao Theatro Municipal. Com direção musical de Roberto Minczuk, e o olhar poético e ousado de Grace Passô que assina a direção cênica e traz à cena o universo multifacetado desta ópera, que cruza as fronteiras do jazz, do teatro e da música clássica para contar uma história de luta e amor. As apresentações acontecem do dia 19 ao dia 27, na Sala de Espetáculos.

O espetáculo contará com o Coro Lírico Municipal, sob regência de Hernán Sánchez Arteaga, e Coral Paulistano, sob regência de Maíra Ferreira. A equipe técnica conta com Marcelino Melo na concepção cenográfica, Vinicius Cardoso com projeto cenográfico, Mario Lopes com criação de movimento e coreografia, Alexandre Tavera com figurino, Ana Vanessa como assistente de direção cênica. Os ingressos custam de R$33 a R$210 e duração de aproximadamente 230 minutos, com intervalo.

A trama de "Porgy and Bess" gira em torno das dores e paixões dos moradores de Catfish Row, com personagens como Porgy, um homem humilde e com uma deficiência física, e Bess, em busca de redenção após uma vida de provações. Canções como "Summertime", "My Man’s Gone Now" e "I Got Plenty o’ Nuttin" emergem como clássicos eternos, capturando a alma da música norte-americana.

O baixo Luiz-Ottavio Faria interpreta Porgy em todas as récitas. No papel de Bess, Latonia Moore canta nos dias 19, 21 e 27, enquanto Marly Montoni assume a personagem nos dias 20, 23, 24 e 26. Nas récitas dos dias 19, 21, 24 e 27, Bongani Kubheka interpreta Crown, Jean William será Sportin’ Life e Bette Garcés assume o papel de Clara. Já nas apresentações dos dias 20, 23 e 26, os papéis são interpretados, respectivamente, por Davi Marcondes (Crown), Carlos Eduardo Santos (Sportin’ Life) e Nubia Eunice (Clara). Michel de Souza (Jake) integra o elenco em todas as datas.

terça-feira, 5 de agosto de 2025

.: "Nise em Nós" comemora os 120 anos da psiquiatra Nise da Silveira em SP


Escrito e dirigido por Duda Rios, espetáculo proporciona uma rica reflexão sobre a relação entre arte e saúde mental. Foto: Andressa Baldoni

A trajetória e as enormes contribuições da alagoana Nise da Silveira (1905-1999) para o campo da psiquiatria são revisitadas no espetáculo "Nise em Nós - Uma Ode ao Delírio", dirigido e escrito por Duda Rios, que, recentemente, foi indicado ao Prêmio Shell de Teatro, pela direção de “Azira’i”. O espetáculo da Dupla Companhia ganha uma curtíssima temporada de estreia no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, em comemoração aos 120 anos da homenageada, de 7 a 23 de agosto.

Em uma espécie de gesto de escuta dos artistas, a peça propõe uma travessia entre o passado e o presente, entre a ciência e a arte, entre a lucidez e o delírio que nos cura. Em cena, estão Lucas Gonzaga, Rafaele Breves, Gabriela Carriel, Victor Mota e Hugo Muneratto. A direção musical é assinada por Dessa Ferreira.

Inspirada na trajetória da médica psiquiatra, uma mulher nordestina, revolucionária e profundamente humana, a peça propõe uma reflexão sensível sobre o afeto como metodologia e o cuidado como revolução. A montagem costura memórias pessoais do elenco com histórias reais dos clientes, artistas e pensadores que cruzaram o caminho de Nise, como Graciliano Ramos, Carl Gustav Jung, Martha Pires Ferreira e Dona Ivone Lara.

Tudo isso se encontra em cena por meio de uma linguagem híbrida que mistura teatro, poesia, música e folguedos brasileiros. A obra não apenas celebra os 120 anos de nascimento de Silveira como lança o olhar adiante — para o futuro da saúde mental, para o direito ao delírio e para a construção de um Brasil mais sensível, onde o amor não seja exceção, mas método. 

Neste delírio, a Dupla Companhia resiste, se reinventa, mas sobretudo se reencanta com o mundo. "Nise em Nós" é memória, é política, é poesia. E está à espera do encontro com o público. Compre os livros de Nise da Silveira neste link.


Sinopse de "Nise em Nós - Uma Ode ao Delírio"
Eis aqui nosso gesto de escuta: mais uma travessia entre o passado e o presente, entre a ciência e a arte, entre a lucidez e o delírio que nos cura. Inspirado na trajetória da médica psiquiatra Nise da Silveira - mulher nordestina, revolucionária e profundamente humana - o espetáculo propõe uma reflexão sensível sobre o afeto como metodologia e o cuidado como revolução. A obra celebra os 120 anos de nascimento de Nise da Silveira e lança o olhar adiante - para o futuro da saúde mental, para o direito ao delírio e para a construção de um Brasil mais sensível, onde o amor não seja exceção, mas método.


Ficha técnica
Espetáculo "Nise em Nós - Uma Ode ao Delírio"
Direção e dramaturgia: Duda Rios
Elenco e dramaturgia: Lucas Gonzaga, Rafaele Breves, Gabriela Carriel, Victor Mota e Hugo Muneratto
Provocação: Viviane Mosé
Direção de produção e idealização: Lucas Gonzaga
Direção de comunicação: Rafaele Breves
Direção musical e trilha sonora: Dessa Ferreira
Direção de arte: Mariana Villas-Bôas
Cenotécnica: Bruna Boliveira e Hugo Muneratto
Ilustradoras convidadas: Franciéle da Silva Pinto e Liliane Janaina Cruz
Assistente de adereços: Kadu Dias
Iluminação: Gabriele Souza
Visagismo: Claudinei Hidalgo
Design de som: Jess Melo
Modelista e costureiro: Cristian Lourenço
Equipe de costura: Ubiraci Ribeiro (UR Cenografia), Adriana do Nascimento, Heloisa Trigueiros, Maria de Lourdes do Vale, Ana Paula Mattos, Providenciando (Por um fio), Marcilene Máximo (Casa Lourenço Ateliê) e Aparecida Correia (Casa Lourenço Ateliê).
Voz off: Martha Pires Ferreira
Canções originais: Dessa Ferreira e Duda Rios
Produção executiva: Miranda Gonçalves
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Direção audiovisual: Paulo Julião
Fotógrafa: Andressa Baldoni
Produção Original: Dupla Companhia


Serviço
Espetáculo "Nise em Nós - Uma Ode ao Delírio"
Temporada: 7 a 23 de agosto de 2025
Horário: quintas e sextas, às 19h00; sábados, às 18h00
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Rua Álvares Penteado, 112 - Centro Histórico/São Paulo
Gratuitos, disponíveis em bb.com.br/cultura ou na bilheteria física, uma hora antes de cada sessão.
Capacidade: 120 lugares
Duração: 80 minutos
Classificação: 14 anos
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Todas as sessões contam com tradução simultânea para LIBRAS.
Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal. 
Funcionamento CCBB SP: aberto todos os dias, das 9h00 às 20h00, exceto às terças  
Informações: (11) 4297-0600 
Estacionamento: o CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h. 
Transporte público: o CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.  
Táxi ou aplicativo: desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m). 
Van: ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h00 às 21h00.

.: Musical "Brenda Lee e o Palácio das Princesas" faz nova temporada


Considerada referência na luta pelos direitos LGBTQIA+, a ativista Brenda Lee (1948–1996) é homenageada no musical, que ganhou os prêmios APCA de melhor peça, Bibi Ferreira de melhor roteiro e atriz revelação em musicais, além do Prêmio Shell de melhor atriz para Verónica Valenttino: Laerte Késsimos 


Com uma trajetória de muito sucesso, o musical "Brenda Lee e o Palácio das Princesas" faz nova temporada em São Paulo no Teatro Vivo a partir do dia 5 de agosto de 2025. O trabalho tem dramaturgia e letras de Fernanda Maia, direção e figurinos de Zé Henrique de Paula e música original e direção musical de Rafa Miranda.  O musical traz em cena seis atrizes transvestigêneres: Verónica Valenttino, Olivia Lopes, Tyller Antunes, Andrea Rosa Sá, Elix e Leona Jhovs, além do ator cisgênero Fabio Redkowicz. A orquestra é formada por Rafa Miranda (piano), Juma Passa (contrabaixo), Rafael Lourenço (bateria) e Carlos Augusto (guitarra e violão). Já a preparação de atores é assinada por Inês Aranha e a coreografia por Gabriel Malo.

Ao contar a história da travesti Caetana, que ficaria conhecida como Brenda Lee, o espetáculo cria uma discussão sobre a luta das travestis nas ruas de São Paulo, a escassez de oportunidades que as impele à prostituição e como foram apoiadas pela protagonista. Brenda nasceu em Bodocó (PE) em 1948, e mudou-se, aos 14 anos, para São Paulo, onde trabalhou com a prostituição até meados dos anos 1980, quando decidiu comprar um sobrado no Bixiga e abrir uma pensão para acolher travestis em situação de vulnerabilidade, muitas das quais estavam infectadas pelo vírus HIV/AIDS. 

O espaço foi muito importante porque, na época, como se sabia muito pouco sobre a epidemia, a maioria das travestis soropositivas estava condenada ao preconceito, à violência, ao abandono e à solidão. E, por esse trabalho essencial, a ativista passaria a ser conhecida como “anjo da guarda das travestis”. Mais tarde, o centro de apoio à população trans seria reconhecido como a primeira casa de acolhimento a pessoas com HIV/Aids no Brasil. Chamada de Palácio das Princesas, a instituição firmou convênios com a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e com o Hospital Emílio Ribas. E graças a um trabalho conjunto, essas entidades aprimoraram a forma de atender pacientes soropositivos, independentemente de gênero, sexo, orientação sexual e etnia.

Aos 48 anos, em 28 de maio de 1996, no auge de seu projeto, Brenda foi assassinada e encontrada no interior de uma Kombi estacionada em um terreno baldio, com tiros na região da boca e no peitoral. O crime teria sido motivado por um golpe financeiro cometido por um funcionário da casa. Em 2008, foi criado o “Prêmio Brenda Lee”, que contempla personalidades que se destacam na luta contra o HIV e prevenção da Aids.

A criação deste musical é uma continuidade das pesquisas do Núcleo Experimental sobre as possibilidades de interação entre música e teatro. Além disso, consolida a trajetória do grupo como criador de musicais originais brasileiros e comemorou os 10 anos de existência da sede do grupo na Barra Funda

“Contar a história do 'Palácio das Princesas' é não só manter viva a memória de Brenda Lee, mas retratar uma mulher trans protagonista em sua luta e ativismo. Com a criação deste musical, também pretendemos diversificar o grupo de artistas que trabalham com o Núcleo Experimental, empregando musicistas, atrizes, criativos e técnicos transexuais e transgêneros. Este projeto significa mais oportunidades para uma população discriminada no mercado de trabalho”, conta Fernanda Maia.

E a dramaturga ainda completa: “O Núcleo Experimental tem consolidado uma obra em que o musical aparece não somente como diversão, mas como uma forma de arte que pode também refletir e discutir a sociedade. Um espetáculo composto por atrizes transvestigêneres, sobre uma importante travesti no panorama do surgimento da Aids e do fim da ditadura militar nos anos 80 significa colocar no centro do processo artístico criativo quem sempre esteve às margens. Fazer isso sob forma de musical significa atingir um tipo de público não habituado às histórias da população trans, contribuindo para a diminuição do apartheid social em que nos encontramos”. Compre o livro "Brenda Lee e o Palácio das Princesas", de Fernanda Maia, neste link.


Concepção
A dramaturgia alia três planos. O primeiro deles é o dos números musicais, que faz uma homenagem às antigas boates da noite paulistana que nos anos 80 foram um porto seguro da população transgênero e geraram oportunidades de trabalho para as travestis. Neste plano, as meninas da casa da Brenda contam suas histórias pregressas e falam de seus sonhos e objetivos através de canções. Há também o plano da história cronológica em que Brenda abre mão do sonho de ter seu “Palácio das Princesas” para poder acolher as amigas que estavam doentes, e o plano das entrevistas.

“Na dramaturgia, inserimos transcrições de entrevistas reais de Brenda Lee colhidas de registros em vídeo na internet. Nestas entrevistas ela conta quem é, fala sobre sua família, sobre a prostituição, sobre como amealhou um patrimônio e o colocou à disposição de outras amigas. Fala sobre o trabalho na casa e sua relação com a morte. As moradoras da casa de Brenda Lee (Isabelle Labete, Ariela del Mare, Blanche de Niège, Raíssa e Cynthia Minelli) foram inspiradas pelas princesas de contos de fadas, em alusão ao apelido da casa. Suas histórias foram construídas a partir dos relatos de travestis reais através da nossa pesquisa”, explica Fernanda Maia.

“Conseguimos um material bibliográfico de apoio, além de depoimentos de pessoas que conheceram pessoalmente Brenda Lee, foram moradoras ou trabalharam na casa. Duas dessas pessoas foram os médicos Jamal Suleiman e Paulo Roberto Teixeira. O Dr. Jamal Suleiman é infectologista e ainda trabalha no Hospital Emílio Ribas. Ele conheceu Brenda Lee quando ela levava suas moradoras ao hospital, no início da epidemia. Como o Hospital ainda não possuía uma estrutura especializada no atendimento de HIV/Aids e como os médicos e enfermeiros não possuíam preparo para o atendimento da população transvestigênere, ainda muito marginalizada, ofereceu-se para atender dentro da casa de Brenda. O Dr. Paulo Roberto Teixeira, infectologista, atualmente aposentado, foi um dos pioneiros no enfrentamento da epidemia de Aids no Brasil. Graças ao seu esforço incansável e à sua luta pela quebra de patentes, os medicamentos antirretrovirais são distribuídos gratuitamente pelo SUS”, acrescenta.

As canções originais do musical têm elementos de brasilidade aliados à contemporaneidade, tendo como referência compositores queer, transgêneros e não binários. Bases eletrônicas deverão aludir à boate, mas as canções das personagens terão contornos melódicos elaborados e harmonias que reforcem o aspecto afetivo da canção. Num grande número final, as “filhas de Caetana” cantam suas vitórias e celebram sua grande protetora, que abriu caminho para que elas pudessem ter uma vida melhor.


Sinopse de "Brenda Lee e o Palácio das Princesas"
O musical "Brenda Lee e o Palácio das Princesas" é uma obra de ficção, inspirada na história de Brenda Lee.  O musical acompanha a mudança da pensão para travestis de Brenda, para a primeira casa de apoio para pessoas com HIV/Aids do Brasil, um local de acolhimento e segurança para pessoas tratadas com violência pela sociedade. Seu trabalho e dedicação deram a Brenda o título de o “anjo da guarda das travestis”.


Ficha técnica
Musical "Brenda Lee e o Palácio das Princesas"
Dramaturgia e letras: Fernanda Maia
Direção: Zé Henrique de Paula
Direção musical, música original e preparação vocal: Rafa Miranda
Elenco: Verónica Valenttino, Olivia Lopes, Tyller Antunes, Andrea Rosa Sá, Elix, Leona Jhovs e Fabio Redkowicz
Orquestra: Rafa Miranda (piano), Juma Passa (contrabaixo), Rafael Lourenço (bateria) e Carlos Augusto (guitarra e violão)
Design de som: João Baracho
Operação de som: João Baracho e Guilherme Zomer
Microfonista: Mateus Dantas
Design de luz e operação: Fran Barros
Figurinos: Ùga AgÚ
Preparação de atores: Inês Aranha
Coreografia: Gabriel Malo
Cenografia: Bruno Anselmo
Cenotécnico: Jhonatta Moura
Visagismo (cabelos e maquiagem): Dhiego D’urso
Coordenação de produção: Laura Sciulli
Produção: Victor Edwards
Design gráfico e artes: Laerte Késsimos
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Mídias sociais: 1812 comunicação


Serviço
Musical "Brenda Lee e o Palácio das Princesas"
Teatro Vivo: Avenida Dr. Chucri Zaidan, 2460
Terças e quartas, às 20h00
De 5 de agosto a 1° de outubro
* não haverá sessões nos dias 6, 26 e 27 de agosto
Vendas: Sympla
Ingressos: R$ 100,00
10 ingressos grátis por dia para pessoas trans. O formulário para solicitação dos ingressos será disponibilizado na rede social oficial do Núcleo Experimental todas as sextas-feiras anteriores às sessões da semana seguinte.

.: Espetáculo "Rumboldo", adaptação da obra de Eva Furnari, no Sesc Bom Retiro


Com direção de Rhena de Faria e texto de Eloisa Elena, espetáculo narra saga de um reizinho autoritário e com mania de poder. Fotos: Andréa Pasquini

Os delírios e manias de um pequeno monarca autoritário são mote de "Rumboldo", novo espetáculo infantil da premiada companhia Barracão Cultural, que, desta vez, adapta a obra homônima de Eva Furnari. O espetáculo estreia no Sesc Bom Retiro no dia 10 de agosto de 2025.

A peça tem texto de Eloisa Elena e direção de Rhena de Faria. E, no elenco, estão Caio Teixeira, Eloisa Elena, Leandro Goulart e William Simplício. A produção é possível graças ao ProAC 2024 - Montagem para público infantojuvenil, por meio da Secretaria de Cultura, do Governo do Estado de São Paulo. 

A trama narra a história de um príncipe que, ao herdar o trono, após a morte repentina de seu pai, o respeitado e querido Rei Rusbão, perde-se em seus desmandos e delírios de poder, criando leis absurdas e condenando à prisão todos aqueles que contestam suas decisões. Após levar à cadeia todo o reino, Rumboldo se vê sozinho, desprotegido e percebe que todos os seus súditos estão vivendo bem e felizes na Torre de Pedra, onde foram presos. 

A narrativa de Furnari se apresenta como um mote perfeito para pôr em pauta os perigos e consequências do exercício autoritário do poder. “Nos últimos anos vimos o fortalecimento de discursos anti-democráticos na esfera política mundial, gerando efeitos transversais que perpassam as relações interpessoais e coletivas, moldando e validando atitudes de intolerância e segregação na sociedade. Diante disto, acreditamos que se faz necessário trazer a reflexão sobre os efeitos do poder autoritário para o público infantil”, comenta Eloisa Elena.

A dramaturgia traz uma linguagem leve e ágil, que serve de base para o jogo da encenação, que explora as técnicas de improviso e os jogos de palhaçaria. Em cena, quatro intérpretes se revezam nas personagens, manipulam e conduzem a cenografia e cantam e tocam os instrumentos da trilha sonora de Morris, composta por canções executadas ao vivo. Compre o livro "Rumboldo", de Eva Furnari, neste link.


Sobre a Barracão Cultural
A Barracão Cultural é um núcleo de criação e produção que tem como proposta realizar projetos que priorizem a pesquisa de temas e de linguagem, que sejam acessíveis e atendam a diferentes públicos. Formado por alguns parceiros fixos e outros convidados a integrar cada trabalho, desenvolve há 24 anos um exercício permanente de criação e produção de espetáculos, que obtiveram excelente acolhida de crítica e público. 

Entre os espetáculos que fazem parte do repertório do grupo, estão “Trilha para as Estrelas” (2024),  “O Passarinho que Não Sabia Voar” (2023), “Jogo de Imaginar” (2022), “Um Arco-íris Colorindo o Céu” (2022), “Nós” (2019), “Entre” (2019), “On Love” (2017), “Já Pra Cama!”  (2015), “A Condessa e o Bandoleiro” (2014), “Facas nas Galinhas” (2012), “O Tribunal de Salomão e o Julgamento das Meias-verdades Inteiras” (2011), “Cacoete” (2008) e “A Mulher que Ri” (2008).


Ficha técnica
Espetáculo infantil "Rumbolo"
Texto: Eloisa Elena
Direção: Rhena de Faria
Elenco:  Caio Teixeira, Eloisa Elena, Leandro Goulart e William Simplício
Canções e direção musical: Morris
Cenário e Iluminação: Marisa Bentivegna
Figurino: Marichilene Artisevskis
Coordenação técnica e operação de som: Maurício Mateus
Operação de luz: Le Carmona
Preparação Corporal: Maurício Flórez
Adereços: Tetê Ribeiro
Bonecos: Ivaldo de Melo
Assistência de produção: Ale Picciotto
Produção e Realização: Barracão Cultural


Serviço
Espetáculo infantil "Rumbolo", com Cia. Barracão Cultural
Sesc Bom Retiro
Apresentações: 10 de agosto a 21 de setembro de 2025
Domingos, às 12h00
*Sessão extra no dia 18 de setembro, às 15h00
Inteira R$ 40,00 / Meia-entrada R$ 20,00 / Credencial Plena: R$ 12,00
Classificação: livre
Duração: 55 minutos

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