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domingo, 12 de maio de 2024

.: Pinacoteca de São Paulo apresenta mostra panorâmica de Cecilia Vicuña


"Cecilia Vicuña: sonhar a Água - Uma Retrospectiva do Futuro" é a primeira grande exposição da artista chilena no Brasil que fica em cartaz de 18 de maio a 15 de setembro. Na imagem, o quadro "As Lágrimas de Tara (Uma Oração pelo Mundo)", de 2021


A Pinacoteca de São Paulo apresenta a exposição "Cecilia Vicuña: sonhar a Água - Uma Retrospectiva do Futuro" no próximo sábado, dia 18 de maio, na Grande Galeria do edifício Pina Contemporânea. Primeira grande mostra da artista chilena Cecilia Vicuña no Brasil, a retrospectiva reúne cerca de 200 obras que abrangem os 60 anos de sua produção. Com curadoria de Miguel A. López, a mostra apresenta o compromisso de Vicuña com as lutas populares, o respeito aos direitos humanos e a proteção ambiental. Entre os trabalhos que são destaque na Pinacoteca estão a instalação "Quipu Menstrual" (2006), criação site-specific para a Pina, e a obra "Fidel e Allende" (1972), exposta apenas nessa etapa da itinerância.

Cecilia Vicuña é poeta, artista visual e ativista feminista. Boa parte de sua produção se volta para sua relação com seu país natal, a cordilheira dos Andes, as lutas feministas, a memória têxtil pré-colombiana e a emancipação das comunidades indígenas. Desde os anos 1960, a obra visionária da artista dedica-se a honrar o equilíbrio e a reciprocidade do mundo natural. Seu trabalho valoriza a dimensão ritual, medicinal e curativa da arte. A exposição tem patrocínio da Goldman Sachs, na cota Prata, e apoio da Embaixada do Chile no Brasil.

Sobre a exposição
"Sonhar a Água" foi originalmente organizada pelo Museu Nacional de Bellas Artes de Santiago do Chile e itinerou para o Malba, em Buenos Aires, antes de chegar à Pinacoteca de São Paulo. O nome da exposição representa um convite para mudarmos nossa relação com a terra. “Sem umidade não há humanidade”, nos lembra Vicuña. Suas criações não são somente depoimentos sobre o passado, mas também sobre todos os testemunhos de um futuro aberto – assim como essa retrospectiva, que apresenta sua obra como uma experiência que não é definitiva, mas sim viva e em construção.

O trabalho "Quipu Menstrual, o Sangue dos Glaciais", originalmente concebido pela artista em 2006, foi criado como uma ação ritual para a anulação de um projeto para extração de ouro por meio da destruição de três geleiras no norte do Chile. Adaptada especialmente para o espaço da Grande Galeria, a instalação é composta por nós de lã na cor vermelha e constituem um bosque penetrável, no qual os visitantes são convidados a circularem em seu interior.

“A poética de Vicuña abraça tudo e nada ao mesmo tempo, contamina linguagens, desconhece hierarquias e se expressa com uma forma sísmica. Pode tomar a forma de poesia, pintura, escultura, colagem, desenho e muito mais. Seu trabalho se conecta com a forte tradição de experimentação poética desenvolvida no Brasil desde os anos 1950, em que a poesia se converte em um motor de pensamento crítico e mobilização social”, comenta o curador Miguel López.


Núcleos da exposição
1. "Tribu No"
Em setembro de 1967, Vicuña escreveu No manifiesto. O documento deu origem ao Tribu No, um grupo de jovens artistas e poetas de Santiago que, como ela, buscavam expressar sua oposição às forças conservadoras do Chile. As improvisações da Tribu No, que consistiam em dançar livremente, falar por muitas horas, pintar, tecer, jogar e escrever peças de teatro infantil para a televisão, estavam influenciadas pelos experimentos autorreflexivos que ocorriam no campo da poesia e da expansão internacional do happening.


2. "Pinturas, Poemas e Explicações"
Cecilia Vicuña começou a pintar em meados dos anos 1960. Se viu influenciada pela arte indígena e mestiça produzida entre os séculos XVI e XVII. O encontro com a pintora Leonora Carrington em 1969 também se mostrou significativo para sua produção. Suas pinturas estão carregadas de energia feminina e desafiam o controle patriarcal das normas culturais. As peças incluem mulheres que protestam nas ruas, fantasias de animalidade, filosofia andina, mitos e folclore popular, além de representações de personagens políticos ou ativistas feministas e dos direitos civis. Este núcleo apresenta algumas de suas primeiras pinturas produzidas em Santiago, Londres e Bogotá, junto com textos explicativos da própria artista.


3. "Artistas pela Democracia"
No dia 11 de setembro de 1973 aconteceu o golpe militar no Chile. No ano seguinte, Vicuña fundou em Londres, junto com David Medalla, John Dugger e Guy Brett, uma organização em solidariedade ao país, chamada Artistas pela Democracia. A organização mobilizou art istas e intelectuais internacionais, que doaram e produziram obras que seriam leiloadas em benefício da luta chilena para restaurar a democracia. Este núcleo reúne uma série de documentos, fotografias e materiais impressos relacionados com as campanhas de solidariedade com o Chile.


4. "Vicuña na Colômbia"
Em 1975, Vicuña deixou Londres e viajou para a Colômbia, um dos poucos países da América do Sul que não estava vivendo uma ditadura. A artista se estabeleceu em Bogotá, onde viveu por cinco anos. Ainda que vivendo em condições muito precárias, Vicuña atravessou um período de explosão criativa no qual deu vida a centenas de desenhos, colagens e pinturas, ações em espaços públicos, oficinas educativas, projetos cenográficos no Teatro La Candelaria, em Bogotá, e filmes experimentais em 16 mm, feitos nas ruas da cidade.

5. "Palabrarmas"
Em 1973, Vicuña começou a produção de uma série de desenhos, colagens, vídeos e performances que refletiam sobre o papel da poesia em um tempo de repressão política e desaparecimentos forçados na América do Sul, e de violência imperial em todo o mundo, de causadora de distorções de discursos públicos e desinformação. Produzidas inicialmente em Londres e Bogotá, as Palabrarmas aludem aos paradoxos entre arte e política revolucionária. Ao mesmo tempo, transitam de uma poesia baseada na linguagem aos poemas escultóricos, performáticos e especiais para criar consciência sobre o modo em que as palavras dão forma à paisagem social do mundo. A artista continua realizando Palabrarmas até os dias de hoje.

6. "Quipu Desaparecido"
O "Quipu Desaparecido" faz alusão ao legado de sequestros e assassinatos por motivos políticos perpetrados por várias ditaduras latino-americanas do século XX. Ao adotar esse nome para o projeto, Vicuña estabelece uma conexão direta com a eliminação do quipu e de outras tradições indígenas por parte dos conquistadores espanhóis, que no século XVI se propuseram a extinguir esses métodos de comunicação altamente codificados e, por isso, para eles, potencialmente subversivo.


7. "Precarios"
As primeiras obras precárias de Vicuña foram criadas na Praia de Concón, no Chile, em 1966. As pequenas assemblages, feitas de madeira flutuante, seixos, penas e cordas, foram concebidas como oferendas sagradas e como um refúgio da vida microscópica. As peças abriam um diálogo expandido com a natureza: quando subia a maré, as ondas as levavam. Com o passar dos anos, a artista continua produzindo essas obras e se referindo a elas indistintamente como “performances rituais”, “metáforas espaciais” e “poemas multidimensionais”.


8. "Quipu Menstrual"
Michelle Bachelet foi eleita como a primeira mulher presidente do Chile em 15 de janeiro de 2006. Nesse dia, Vicuña emitiu seu voto de uma forma diferente: instalou seu Quipu menstrual (O sangue dos glaciais) aos pés do El Pomo, uma montanha na região metropolitana de Santiago. Dez meses depois, a artista expôs uma versão adaptada para o Centro Cultural Palacio de La Moneda, em Santiago, composta por 28 nós de lã cor de sangue e um vídeo que documentava a performance ritual anterior na geleira. A instalação estava acompanhada de uma carta que Vicuña escreveu para Michelle Bachelet. Na carta, pedia que anulasse a autorização do Projeto Pascua Lama, que visava destruir três geleiras ao norte do Chile para a extração de ouro. Na Pinacoteca, a instalação ganha uma versão feita para o espaço da Grande Galeria, além do vídeo que documenta seu voto ritual em El Plomo, em 2006.

Sobre a artista
Cecilia Vicuña (1948, Santiago, Chile) é uma poeta, artista e ativista. Seu trabalho se debruça sobre o mundo moderno, olhando para a destruição ambiental, direitos humanos e homogeneização cultural. Nascida e criada em Santiago, no Chile, a artista vive no exílio desde 1970, ano do golpe militar contra o presidente Salvador Allende. A artista é cofundadora do grupo “Artistas pela Democracia”, criado em Londres, em 1974. Em 2022 ganhou o Leão de Ouro da Bienal de Veneza pelo conjunto de sua obra. No mesmo ano, foi comissionada pela Tate Modern de ocupar o icônico espaço Turbine Hall.


Serviço
Exposição "Cecilia Vicuña: sonhar a Água - Uma Retrospectiva do Futuro"
De 18 de maio a 15 de setembro de 2024
Curadoria: Miguel A. López
Edifício Pina Contemporânea (Grande Galeria)
De quarta a segunda, das 10h00 às 18h00 (entrada até 17h00)
Gratuitos aos sábados - R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada), ingresso único com acesso aos três edifícios - válido somente para o dia marcado no ingresso
Quintas-feiras com horário estendido B3 na Pina Luz, das 10h às 20h (gratuito a partir das 18h)

quinta-feira, 9 de maio de 2024

.: Exposição "Efeito Japão: moda em 15 Atos" reúne expoentes na Japan House


A mostra apresenta as transformações da moda no Japão, por meio de peças de designers renomados criadas desde a década de 1950 aos anos 2000, desvendando as influências, sensibilidades e estética japonesas


O impacto e as influências da moda japonesa no cenário global ganham destaque na exposição inédita “Efeito Japão: moda em 15 Atos”, em cartaz no segundo andar da Japan House São Paulo. A partir de 15 trajes de importantes estilistas nipônicos, a mostra busca desvendar o poder do design japonês que assimila as tendências do mundo e as transformam em novas tendências por meio de uma sensibilidade particular.  Com entrada gratuita e em cartaz até 1º de setembro, a exposição foi coordenada pelo diretor de moda Souta Yamaguchi, responsável pelo design das roupas utilizadas pelo staff na cerimônia de entrega de medalhas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tokyo 2020. Yamaguchi inclusive já ministrou palestra na Japan House São Paulo. 

Dentre as peças selecionadas especialmente para a exposição, estão produções de Hanae Mori (1926 - 2022); Masao Mizuno (1928 - 2014); Kansai Yamamoto (1944 - 2020); Kenzo Takada (1939 - 2020); Yohji Yamamoto (1943); Isao Kaneko (1939); Yoshiki Hishinuma (1958); Issey Miyake (1938 - 2022); Junya Watanabe (1961); Jun Takahashi (1969); Kunihiko Morinaga (1980); Junichi Abe (1965) e Chitose Abe (1965). 

“Esta exposição é uma valiosa oportunidade para conhecermos um panorama das transformações da moda no Japão, as quais se iniciaram na década de 1950 e continuam ocorrendo até hoje. Espero que os visitantes desta exposição entrem em contato com a sensibilidade japonesa, que é capaz de contemplar a mudança dos tempos através das tendências da moda, como um espelho que reflete a sociedade”, afirma o coordenador da mostra, Souta Yamaguchi. 

Por meio das peças e de uma linha do tempo, a mostra destaca marcos históricos e contextos sociais da moda no Japão e no mundo, desde o período pós-Segunda Guerra Mundial, quando a cultura da vestimenta no Japão passou por uma grande transição entre os quimonos e as roupas ocidentais; passando pela consagração de estilistas japoneses no cenário internacional e a influência do street style japonês. Aborda também os novos nomes da moda japonesa, que ascenderam ao liderar as tendências contemporâneas como o uso da tecnologia de ponta que leva em consideração a sustentabilidade, além de designers promissores atuantes no cenário global que expressam as suas complexas singularidades.  

“Com certeza, os visitantes vão se deparar com pelo menos um nome familiar durante a visita à esta mostra, já que vários destes designers são reconhecidos internacionalmente pela inovação e a criatividade que tornou a moda japonesa relevante mundialmente. Alguns nomes apresentados, inclusive, já estiveram presentes em atividades da Japan House São Paulo anteriormente. Para aprofundar, realizaremos diversas atividades paralelas em que a moda japonesa será nosso grande foco, culminando inclusive com a abertura de outra exposição complementar em breve”, ressalta a Diretora Cultural da JHSP, Natasha Barzaghi Geenen. 

De forma a estender a experiência do público para além da exposição, a JHSP promoverá, no dia 7 de maio, às 11h30 e às 15h, a Visita Guiada "Efeito Japão: moda em 15 Atos", com Souta Yamaguchi. Nesta visita, o designer guiará o público por cada um dos núcleos da exposição.  No mesmo dia, às 19h00, ele também ministra a palestra Perspectiva da Moda Japonesa. As duas atividades acontecem presencialmente e os interessados podem retirar senha na recepção da instituição antes de cada atividade (sendo 30 minutos, no caso da Visita; e 90 minutos para a Palestra). Dentro do programa JHSP Acessível, a exposição “Efeito Japão: moda em 15 Atos” ainda conta com recursos táteis, audiodescrição e vídeo libras.


As histórias que as obras expostas desvendam
Na década de 1950, o Japão do pós-guerra estava remodelando o quimono e as roupas ocidentais em termos de função, higiene e economia. A peça mais antiga da mostra é confeccionada com a combinação de tecidos de quimono feitos em técnica de tecelagem tradicional de Okinawa, Ryūkyū kasuri, em que o algodão é tingido com corantes naturais. A peça foi produzida quando os desfiles de moda começaram a se espalhar no Japão, refletindo o contexto histórico da transição da moda japonesa dos quimonos para as roupas ocidentais.  

Com a aproximação da década de 1960, o surgimento de tecidos sintéticos elásticos levou gradualmente à integração das roupas ocidentais, iniciando o desafio do design de estilo japonês. Entre as peças em exposição, está o vestido com estampa de bambu confeccionado em uma única peça de tecido crepe poliester sem cortes na região dos ombros de Hanae Mori, primeira designer asiática aceita na Chambre Syndicale de la Couture Parisienne.  

Na década de 1970, houve um ressurgimento do orientalismo em um contexto caracterizado pela liberdade e estilos que misturavam influências japonesas com ocidentais se tornaram populares. Tais referências podem ser observadas na   peça de Kenzo Takada, costurada em linhas retas como um quimono e descrita como “anti alta-costura”. Outro exemplo é a criação de  Kansai Yamamoto, que utilizou ousadamente um motivo utilizado na pintura de pipas japonesas na confecção de um macacão com base no traje do Kabuki. 

Já na década de 1980, surgiram dois momentos importantes. O primeiro foi da moda extravagante, que refletia o alto crescimento econômico e a bolha econômica do Japão, representado na exposição por uma peça volumosa, elaborada com detalhes em pregas delicadas, rendas, babados e apliques, que são a base da cultura kawaii do Japão. Por outro lado, no mesmo período nasceu a "Shock Wave", que movimento que rejeitou a elegância ocidental, ilustrado por uma peça com drapeados ousados com várias camadas sobrepostas de lã crua. 

A partir da década de 1990, o Street style japonês atraiu a atenção internacional, com estilos que remixam diversas culturas e designs usando técnicas avançadas de processamento. Yoshiki Hishinuma, que trabalhou no Miyake Design Studio, utilizou a termo plasticidade do poliéster para criar obras aplicando a tradicional técnica japonesa shibori (tingimento que envolve prender partes do tecido que não serão tingidas e mergulhá-lo em pigmento, criando estampas orgânicas e exclusivas).  

Dos anos 2000 em diante surgiram os designs minimalistas que levam em consideração a sustentabilidade e a expressão da complexidade de personalidades. Desta forma, surgem peças confeccionadas com a combinação de vários materiais de diferentes texturas com formas assimétricas e costuras sem padrão. A intenção é romper a própria beleza e transformar o processo de confecção de roupas permitindo que o usuário crie o design. A exposição traz a peça de patchwork de vanguarda da Anrealage - que já expôs na JHSP - um trabalho manual que vai além do digital e analógico e oferece uma visão panorâmica da transição cada vez mais diversificada da moda japonesa contemporânea.


Serviço
Exposição “Efeito Japão: moda em 15 Atos”
Coordenação: Souta Yamaguchi
Período: até dia 1º de setembro de 2024
Local: Japan House São Paulo, 2º andar - Avenida Paulista, 52, São Paulo/SP 
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h.
Entrada gratuita. Reservas on-line antecipadas (opcionais) no site.
* Existem restrições para foto e vídeo de dois looks da exposição.

domingo, 28 de abril de 2024

.: Mostra inédita sobre Salvador Dalí chega a São Paulo na FAAP


Chega a São Paulo a Mostra “Desafio Salvador Dalí”, dedicada à vida e obra do renomado pintor e multiartista espanhol. Sediada no prestigiado Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), a exposição abrirá suas portas ao público em 1º de maio de 2024. Os ingressos já estão à venda no site salvadordalisp.com.br e na bilheteria oficial. 

Com mais de 100 conteúdos expositivos inéditos no país, trazidos diretamente da Espanha sob supervisão da Fundação Gala-Salvador Dalí, esta mostra é uma oportunidade imperdível para os brasileiros explorarem o universo surrealista do artista e conhecerem mais sobre sua capacidade de antecipação, o respeito pelo ofício, a admiração pela tradição clássica e a relação pouco convencional com a esposa Gala, entre outros. 

A vida e a obra de um gênio, cujo trabalho influenciou gerações ao redor do mundo, é apresentada em linguagem absolutamente contemporânea e acessível. Os ingressos incluem um áudio-relato, em formato de podcast, ativado pelo celular com um código QR no dia da visita, que convida a transitar pelo universo daliniano. Com produção geral da Conteúdo Criativo, responsável pelo projeto, os objetos, conteúdos e interatividades concebidos pela empresa espanhola ArtDidaktik estarão distribuídos em seis áreas expositivas, convidando a uma jornada fascinante pela mente criativa do mestre do surrealismo:


Descobrindo Dalí
Organizada por décadas, contendo a evolução de sua trajetória pessoal e produção como pintor em paralelo à história do século XX que tanto o influenciou, esta enorme galeria conta com grandes paredes retroiluminadas que permitem ao visitante ver as obras ampliadas, a fim de perceber detalhes e entender as diferentes técnicas utilizadas por Dalí em suas pinturas.


Dalí Poliédrico
Aqui os visitantes conhecerão as ilustrações de Dalí para clássicos da literatura (como “Dom Quixote”); suas cenografias originais desenvolvidas para teatro e cinema (em obras de Luis Buñuel e Alfred Hitchcock, por exemplo); a ourivesaria que deu origem a coleções de jóias; a direção de arte e o protagonismo para campanhas publicitárias disruptivas; e as aparições imprevisíveis que o transformaram em cineasta e produtor de curtas metragens.


O ateliê daliniano
O principal ateliê do artista será recriado em um espaço que reproduz o existente na Casa-Museu Salvador Dalí em Port Lligat, litoral da Catalunha. O ambiente compreende a influência do ateliê em seus principais trabalhos, começando com El Cristo, passando pelos retratos de sua esposa Gala - inúmeras vezes representada em todas as fases do artista -, e culminando em grandes obras como El Descubrimiento de América.


Surrealismo
Os visitantes percorrerão um túnel em que participarão de uma inserção sensorial nos quadros mais representativos da obra de Dalí, podendo admirar e interagir com as possibilidades sonhadas pelo artista.


Imagens de dupla interpretação e estereoscopia
Contando com cenografia avançada, recursos de iluminação especial e óculos 3D em parte do percurso, as experiências estéticas e científicas de Salvador Dalí com o mundo imagético levarão o público a refletir sobre como os caminhos da arte podem influenciar, subverter ou apenas agradar aos sentidos humanos. 


A inspiração de Salvador Dalí
Para encerrar a visita, será oferecido um conteúdo audiovisual com oito minutos de duração, totalmente desenvolvido em realidade virtual, com trilha sonora especialmente composta para a mostra, possibilitando através da computação gráfica a percepção de detalhes que durante anos foram invisíveis inclusive aos maiores críticos de arte e especialistas na obra do pintor. Aqui serão oferecidos óculos de realidade virtual (VR) e fones de ouvido.

A exposição conta com acessibilidade física e comunicacional em todos os ambientes, além de monitores capacitados para auxiliar o público, visando proporcionar uma experiência enriquecedora para todos os visitantes.


Serviço
“Desafio Salvador Dalí” na FAAP
Apresentação: Youse, CNP Seguros Holding Brasil e Caixa Seguridade
Patrocínio: Sabesp
Parceiros de Mídia: UOL, BandNews FM e Eletromídia
Apoio Cultural: Fundação Armando Alvares Penteado e Museu de Arte Brasileira/FAAP
Concepção: Art Didaktik
Licença e Supervisão: Fundação Gala-Salvador Dalí
Ticketeira: Fever
Realização: Conteúdo Criativo, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal


Serviços:
Bilheteria Oficial (sem cobrança de taxa de conveniência): FAAP (Rua Alagoas, 903 – Higienópolis, São Paulo – SP | Subsolo. Todos os dias das 10h às 20h)
Valor: R$ 60 (inteira) | R$ 30 (meia-entrada)
Período: 1° de maio a 30 de junho de 2024
Horário: 10h00 às 21h00 (última entrada às 20h), fechado às segundas-feiras, inclusive feriados.
Localização: MAB FAAP (Rua Alagoas, 903 – Higienópolis, São Paulo – SP)
Classificação etária: livre para todas as idades
Acessibilidade: local acessível para cadeirantes. Audiodescrição disponível para pessoas com deficiência visual.

quinta-feira, 14 de março de 2024

.: Japan House SP prorroga exposição "Convivendo com Robôs" até 19 de maio


Graças ao sucesso de visitação, a exposição “Convivendo com Robôs” ganha mais tempo em cartaz e terá seu período estendido até o dia 19 de maio na Japan House São Paulo, localizada na Av. Paulista, 52, em São Paulo. Vista por mais de 200 mil pessoas, a exposição com curadoria do pesquisador de tecnologia e robótica Zaven Paré, apresenta 11 “robôs amigáveis” e os aspectos particulares dos robôs japoneses. Utilizados de forma terapêutica ou para o entretenimento, os robôs são projetados para interagir de forma simpática, segura e colaborativa, e desmistificam a interação com os humanos.


Serviço
Exposição “Convivendo com robôs”
Período: até 19 de maio de 2024
Local: Japan House São Paulo, térreo - Avenida Paulista, 52, São Paulo/SP
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h
Entrada gratuita. Reservas online antecipadas (opcionais): https://agendamento.japanhousesp.com.br/
Apoio: Consulado Geral do Japão em São Paulo, Consulado Geral do Japão no Rio de Janeiro, JETRO, Museu Nacional de Ciências Emergentes e Inovação e Jornal Asahi Shimbun

domingo, 10 de março de 2024

.: MASP apresenta mostra de Mário de Andrade a partir de perspectiva queer


O público poderá conferir um conjunto de 88 obras – entre pinturas, desenhos, gravuras, esculturas e fotografias – do acervo pessoal do intelectual considerado um ícone do modernismo brasileiro e um dos escritores mais estudados do país. Na imagem, "Retrato de Mário de Andrade", Tarsila do Amaral, 1922


O MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, de 22 de março a 9 de junho de 2024, a mostra "Mário de Andrade: duas Vidas", que ocupa o mezanino localizado no primeiro subsolo do museu. Com curadoria de Regina Teixeira de Barros, curadora coordenadora, MASP, e assistência de Daniela Rodrigues, assistente curatorial, MASP, a exposição reúne um conjunto de pinturas, desenhos, gravuras, esculturas e fotografias da coleção pessoal do intelectual brasileiro, ativo na primeira metade do século 20, a partir da perspectiva de uma sensibilidade queer. A mostra tem patrocínio da Lefosse e apoio cultural do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP).

Mário de Andrade (São Paulo, 1893–1945) é um ícone da literatura e do modernismo no Brasil, além de ser um dos escritores mais estudados do país. Em sua faceta pública, foi contista, músico, poeta, professor, romancista, crítico e historiador das artes plásticas, da música e da literatura, além de agente cultural, colecionista e jornalista. Autor de "Pauliceia Desvairada" (1922) e "Macunaíma" (1928), participou da Semana de Arte Moderna (1922) e dedicou-se a registrar, estudar, preservar e divulgar as mais diversas manifestações culturais do país, tanto eruditas quanto populares. Esteve à frente do Departamento de Cultura e Recreação da Municipalidade de São Paulo (1935-1938) e criou o Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) (1937), o primeiro órgão do gênero. 

“Passados quase 80 anos da sua morte, a produção intelectual de Mário de Andrade sobre música, artes visuais e arquitetura, seus romances, contos e poemas, além dos levantamentos etnográficos realizados pelo artista, foram e continuam sendo centrais para a compreensão do modernismo no Brasil e para a construção de uma ideia de brasilidade”, elucida a curadora coordenadora, Regina Teixeira de Barros.

Através da perspectiva de uma sensibilidade queer, a exposição "Mário de Andrade: duas Vidas" apresenta um recorte de 88 obras – entre pinturas, desenhos, esculturas e fotografias – do acervo do intelectual, hoje sob a guarda do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB-USP). A mostra reflete sobre itens da sua coleção de artes plásticas e fotografias com os quais conviveu em sua intimidade, longe dos olhos da censura e dos preconceitos vigentes na época. A “tão falada homossexualidade” de Mário de Andrade, como descrita pelo artista em uma carta enviada a Manuel Bandeira em 1928, tornou-se objeto de estudo somente em 2015, quando todos os seus escritos caíram em domínio público e sua produção literária começou a ser analisada à luz de suas preferências homoafetivas, um assunto considerado tabu até então. 

A ideia de “duas vidas”, subtítulo desta exposição, aparece em diversos escritos do autor e exalta a dualidade vivida por Andrade, entre a vida profissional e pessoal. “Mário se qualifica ora como um 'vulcão controlado', ora tomado por uma 'feminilidade passiva'; oscila entre ser um pansexual casto (!) e um monstro libidinoso”, ressalta Teixeira de Barros. Em carta para Oneyda Alvarenga, o intelectual afirma: “Eu sou um ser como que dotado de duas vidas simultâneas, como os seres dotados de dois estômagos. O que mais me estranha é que não há consecutividade nessas duas vidas”. 

O artista registrou em fotografias suas viagens ao Norte e Nordeste do Brasil, entre 1927 e 1929. Na série Tarrafeando (1927), feita no igarapé de Barcarena, nos arredores de Manaus, os homens estão focados no trabalho enquanto Andrade capta imagens de seus corpos de costas. Em outro conjunto de retratos, adota uma estratégia diversa, fixando o olhar franco e direto de trabalhadores, como se observa em Vaqueiro marajoara Tuiuiú (1927). Visto que a câmera era o único objeto que impedia Mário e o retratado de se olharem mutuamente, a curadora reflete que “o fotógrafo permanece protegido pelo objeto diante de si, impossibilitado de retribuir o olhar, defendido de si mesmo e do próprio desejo”.

A mitologia pessoal de Mário também foi registrada em autorretratos ao longo de sua vida. As imagens de um intelectual que dominava todos os códigos da vida pública heteronormativa contrastam com as fotografias mais espontâneas, como em Aposta do Ridículo (1927), captada em um momento descontraído durante a sua viagem ao Amazonas. Essa fotografia revela um homem que podia assumir diversos papéis, já que sabia se divertir e, de fato, performar uma masculinidade queer.

A assistente curatorial Daniela Rodrigues constata que, através de seus escritos e das muitas correspondências, é possível observar o erotismo como um tema que perpassa a vida e o imaginário do autor sobre o Brasil, que se utilizava de inúmeras estratégias literárias para dizer sem explicitar. “Não se trata de ler sua produção como autobiográfica, como se tudo remetesse a ele mesmo, mas em alguns textos veem-se vestígios da sua inquietação sobre a sexualidade enquanto tema e vida”, completa.

Em relação à sua coleção de arte, a pintura "O Homem Amarelo" (1915-16), de Anita Malfatti, – vista por Mário na famosa exposição de 1917 – inaugurou seu interesse pelas artes visuais. Na ocasião, o poeta profetizou: um dia o quadro seria dele. De fato, comprou a obra na Semana de Arte Moderna, realizada no Theatro Municipal de São Paulo, em 1922. No primeiro artigo que escreveu sobre Anita, em outubro de 1921, descreveu O homem amarelo como uma figura fatídica, “feminilizada por uns olhos longínquos, cheios de nostalgia”

Em "Retrato de Mário de Andrade" (1927), Lasar Segall registrou o poeta de frente, captando sua expressão serena em meio aos atributos modernos — como a gravata estampada com losangos e o fundo abstrato-geométrico. Apesar de reconhecê-la inicialmente como “uma das obras mais admiráveis de seu talento de pintor”, em carta ao artista, alguns anos mais tarde o romancista mudou de ideia, pontuando que Segall captou o que havia de perverso nele. “Ambíguo e conflituoso, compreendendo e registrando como poucos o que constituía um país tão contraditório, Mário pouco conhecia a si mesmo”, reitera Daniela.

"Mário de Andrade: duas Vidas" integra a programação anual do MASP dedicada às "Histórias da Diversidade LGBTQIA+". Este ano a programação também inclui mostras de Gran Fury, Francis Bacon, MASP Renner, Lia D Castro, Catherine Opie, Leonilson, Serigrafistas Queer e a grande coletiva Histórias da diversidade LGBTQIA+.


Acessibilidade
Em 2024, todas as exposições temporárias do MASP possuem recursos de acessibilidade, com entrada gratuita para pessoas com deficiência e seu acompanhante. São oferecidas visitas em libras ou descritivas; textos e legendas em fonte ampliada e produções audiovisuais em linguagem fácil, com narração, legendagem e interpretação em Libras que descrevem e comentam os espaços e as obras. Os conteúdos podem ser utilizados por pessoas com deficiência, públicos escolares, professores, pessoas não alfabetizadas e interessados. Os conteúdos ficam disponíveis no site e canal do Youtube do museu.


Catálogo
Acompanhando a exposição, será publicado um catálogo bilíngue, em inglês e português, com a reprodução de obras da coleção do escritor. A publicação, organizada por Regina Teixeira de Barros, com assistência de Daniela Rodrigues, inclui textos de Carolina Casarin, Daniela Rodrigues, Ivo Mesquita, Jorge Vergara, Nathaniel Wolfson e Regina Teixeira de Barros. Com design de Bruna Sade, a publicação tem edição em capa dura.


Serviço
Exposição "Mário de Andrade: duas Vidas"
Curadoria: Regina Teixeira de Barros, curadora coordenadora, MASP, com assistência de Daniela Rodrigues, assistente curatorial, MASP
1º subsolo (mezanino)
22.3—9.6.2024
MASP — Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista/São Paulo 
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: terças grátis, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta, quinta, sexta, sábado e domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h); fechado às segundas
Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos
Ingressos: R$ 70 (entrada); R$ 35 (meia-entrada)
MASP - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, Av. Paulista, 1578 - São Paulo

sexta-feira, 8 de março de 2024

.: Simões de Assis apresenta primeira individual de Jean-Michel Othoniel


"Sob Outro Sol" exibe esculturas totêmicas, pendentes de vidro e pinturas sobre folhas de ouro do artista francês reconhecido internacionalmente pelo deslumbre estético e obras monumentais. Na imagem, a obra "Precious Stonewall", 2024. Foto: Claire Dorn; Jean-Michel Othoniel / ADAGP, Paris, 2024

Reencantar o mundo. Essa é a proposta do artista francês Jean-Michel Othoniel, que ganha sua primeira individual no Brasil a convite da Simões de Assis a partir de 16 de março. Othoniel é reconhecido por instalações de dimensões arquitetônicas em que experimenta uma diversidade de materiais para compor das obras como vidro, ouro, cera, enxofre, obsidiana e metal.

Sob outro sol apresentará esculturas totêmicas de vidro indiano espelhado, pinturas sobre folhas de ouro e pendentes de vidro Murano, além de uma escultura de aço inoxidável espelhado. Esta última, a obra “Collier Miroir”, é uma escultura semelhante aos colares de vidro pendentes que o artista produz em vidro de Murano, mas dessa vez feita em inox espelhado e autoportante, com quase três metros de altura.

Estes trabalhos transitam no limiar entre o íntimo e o monumental – pinturas delicadas sobre folhas de ouro convivem com grandes pendentes de contas e as séries radiantes de tijolos de vidro, como Wonder Block (2023) e Oracle (2023), expostas também em 2021 no Petit Palais, em Paris.

No campo da pintura, Othoniel se interessa enfaticamente no simbolismo potente das flores, assim como materialidade, focada especificamente na ambiguidade entre a força e a fragilidade do vidro. Nelas, o artista continua a investigar acerca da natureza através de uma abordagem contemplativa e minimalista, retratando sua visão romântica do mundo em que prazeres simples, como a fauna, são reflexos de significados ocultos.

Entre museus de arte, espaços públicos e coleções privadas, as obras de Othoniel impressionam pela estética deslumbrante e pelo diálogo com o entorno. São muitas as obras criadas para espaços públicos como na Catedral de Angoulême, no Palácio Ideal do Facteur Cheval, em jardins botânicos do Brooklyn, no jardim de Versalhes ou no transporte público de Paris. Esta última, “Le Kiosque des Noctambules”, é uma instalação site-specific localizada na estação Palais Royal - Musée du Louvre. Comissionada para a celebração do centenário do metrô de Paris, a escultura colorida acolhe o público como uma pausa de encantamento na histeria da cidade apressada.

Segundo Marc Pottier, que assina o texto crítico, a mostra exibe “uma ampla gama de trabalhos que não podem ser confinados a nenhuma categoria, mas que também não compõem uma retrospectiva. O que o artista aspira é prover uma visão global de seu trabalho multifacetado”.

A técnica no tratamento dos materiais é a pedra angular do trabalho do artista, que há 30 anos descobriu no vidro soprado uma infinidade de variações possíveis para a elaboração conceitual do seu trabalho em parcerias com mestres vidreiros e artesãos de várias partes do mundo como Itália, Suíça, México e Japão, por exemplo.

“Os materiais são uma das chaves para a leitura dos meus trabalhos, são a parte visível do iceberg; a sequência de significados também se faz por meio de palavras, textos, obsessões, coisas não ditas, encontros, perdas”, declara o artista.

A passagem de Othoniel pelo Brasil tem início na Simões, se expandindo para o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, no último trimestre de 2024, com uma exposição individual e a participação na Bienal de Curitiba, ambas curadas por Marc Pottier, apresentando a obra "The Eye of Night".

“A ideia de encantamento e admiração é o que o artista colocou no centro de sua exposição na Galeria Simões de Assis, e suas transgressões estéticas sempre levam a uma forma de reencantamento”, afirma Pottier. Com um sentido amplo, o título da mostra está ligado tanto às obras muito luminosas, como as pinturas de flores e os tijolos em vidro, como à chegada do artista em outro hemisfério, que potencializa novas interpretações do seu trabalho.


Sobre o artista
Jean-Michel Othoniel (Saint-Étienne, França, 1961) é um dos grandes nomes da arte contemporânea internacional. Esculpe peças que se assemelham a joias, tanto pelo aspecto formal, quanto pelo preciosismo dos materiais, que vão de contas a tijolos de vidro de Murano soprado. Suas formas contemplativas navegam pelos reinos paradoxais da monumentalidade e delicadeza, do ornamento e do minimalismo. 

Com mais de 100 exposições individuais ao redor do mundo, além de centenas de exposições coletivas, Othoniel foi amplamente premiado, com destaque para a distinção de Cavaleiro da Ordem de Artes e Letras da França. Suas obras integram importantes coleções internacionais, como o Centre Pompidou, a Fondation Cartier pour l’art contemporain, em Paris; o Musée National d’Art Moderne de Paris; o Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, o Brooklyn Museum, em Nova York; o Museum of Glass, em Tacoma; a Peggy Guggenheim Collection, em Veneza; o Museum of Comtemporary Art (MoCA), Miami; e o Museum of Modern Art (MoMA), em Nova York.


Sobre Marc Pottier
Marc Pottier é um curador de arte contemporânea, com ênfase em arte em espaços públicos e plataformas culturais digitais. Trabalhou por oito anos no Ministério de Relações Internacionais da França no Rio de Janeiro e em Lisboa como cultural attaché. Desenvolveu a curadoria de importantes exposições no Brasil e na Europa, além de coordenar o Royal Group Public Art Park nos Emirados Árabes. É o autor do livro “Made by Brazilians”, apresentando entrevistas com 230 profissionais do cenário da arte contemporânea brasileira, além de ter sido o curador convidado da 3ª Bienal da Bahia. Desde 2016, colabora com o projeto da Cidade Matarazzo Floresta Atlântica em São Paulo, em parceria com Jean Nouvel e Philippe Starck, com 50 obras de arte site-specific e em áreas públicas.

Sobre a Simões de Assis
Desde a sua abertura, a Simões de Assis dirige o seu olhar para a arte moderna e contemporânea, especialmente para a produção latino-americana. Ao longo de décadas de trabalho, a galeria se especializou na preservação e na difusão do espólio de importantes artistas como Emanoel Araujo, Ione Saldanha, Carmelo Arden Quin, Cícero Dias e Miguel Bakun, contando com a parceria de famílias e fundações responsáveis.

A arte é também aquilo que se produz a partir dos tantos encontros. A partir do contato estreito com pesquisadores e curadores, a Simões de Assis conseguiu a articulação necessária para difundir e representar seus artistas no Brasil e no exterior.Ampliando o alcance do mercado de arte no Brasil, a Simões de Assis tem três espaços, em São Paulo, Curitiba e Balneário Camboriú, estimulando trocas e debates, além de fomentar a carreira de seus artistas.


Serviço
Exposição “Sob Outro Sol” | Individual de Jean-Michel Othoniel
Abertura: 16 de março
Período: 16 de março a 4 de maio
Local: Simões de Assis
Endereço: Alameda Lorena, 2050 – Jardim Paulista, São Paulo
Entrada gratuita 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

.: CAIXA Cultural SP inaugura exposição de revistas "Pequenas Utopias"


Mostra reúne títulos publicados nas últimas cinco décadas em cinco regiões brasileiras. Foto: Pulga, São Paulo, 2013 - Coleção Livro de Artista / divulgação

Até dia 31 de março, a CAIXA Cultural São Paulo apresenta a exposição “Pequenas Utopias – Revistas de Artista no Brasil”. Com a curadoria de Amir Brito Cadôr, a mostra revela uma centena de revistas de artista editadas entre 1960 e 2021, de forma independente e em diferentes formatos, como artes gráficas, arte-postal, arte sonora, zines, entre outras. A entrada é gratuita.

A edição de revistas, jornais e outras publicações seriais por artistas, a partir dos anos 1960 constitui uma forma de atuação artística que sempre buscou aproximar as obras de um público mais amplo, possibilitando novos circuitos de produção e consumo. Produzida a partir de diferentes linguagens, a revista de artista surge num momento histórico em que os artistas reivindicavam o papel de mediadores de suas obras com o público, lugar antes ocupado por críticos, curadores e professores de arte.

“Essas revistas trazem de modo implícito certa utopia de seus editores, de que a arte seja acessível, que ela faça parte do cotidiano e possa ser produzida e consumida por mais pessoas. Mas elas também são utópicas no sentido de criar espaço, físico ou mental, para o debate e a apresentação de obras contemporâneas de jovens artistas que encontram dificuldade para chegar na grande mídia ou que manifestam desinteresse em participar do sistema de galerias”, afirma o curador da mostra, Amir Brito Cadôr. 

A exposição reúne importantes títulos publicados em diferentes períodos, de norte ao sul do Brasil, como "Artéria" (1975-2016), "Qorpo Estranho" (1976-1982), "À Margem" (1986-2001), "Comunicarte" (1991-2010), "Malasartes" (1975-1976), Sofá (2003-2011), "Karimbada" (1978), "Arte em São Paulo" (1981-1987), entre outras. 



Foto: "Sofá-inflável", Florianópolis, 2004 – Coleção Livro de Artista / divulgação


As obras foram distribuídas em nove núcleos temáticos, mapeados conforme as práticas artísticas veiculadas nas últimas décadas: arte postal, arte sonora, escritos de artista, ensaios gráficos, exposição portátil, poesia visual, revista-montagem, revistas de uma página e zines. Essas categorias cumprem um caráter didático, com o propósito de destacar a diversidade e as características das publicações.

Uma das categorias mais curiosas da exposição é a revista de uma página, nome que deriva de uma publicação em inglês, one page magazine, que serviu de título para uma exposição realizada no Cabinet du Livre d’Artiste em Rennes, na França. Essa exposição reuniu outras publicações com essa característica, sendo que a revista de artista Comunicarte foi a única publicação brasileira incluída na mostra. 

Ao visitar a exposição “Pequenas Utopias – Revistas de Artista no Brasil”, o público terá a oportunidade de explorar um universo de revistas alternativas que não imaginava existir, já que muitas das publicações são pouco conhecidas fora do círculo especializado.


Serviço
Exposição: “Pequenas Utopias – Revistas de Artista no Brasil”.
CAIXA Cultural (Praça da Sé, 111 - Centro - São Paulo/SP).
Até dia 31 de março de 2024.
Visitação de terça a Sábado, das 10h00 às 18h00. Domingo, das 9h00 às 17h00.
Classificação indicativa: livre para todos os públicos.
Entrada franca.
Acesso para pessoas com deficiência.
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal. 

sábado, 17 de fevereiro de 2024

.: Grátis: Museu da Língua Portuguesa lança catálogo da exposição "Nhe’ẽ Porã"


Publicação foi distribuída em primeira mão na abertura da itinerância da mostra no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém do Pará. Versão do material também pode ser baixada em pdf.


O Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, lançou o catálogo da exposição "Nhe’ẽ Porã: memória e Transformação". A publicação impressa sobre a mostra foi distribuída em primeira mão no Museu Paraense Emílio Goeldi, onde uma versão itinerante da exposição ficará em cartaz até 28 de julho. O material, em formato PDF, também pode ser encontrado e baixado gratuitamente neste link

A exposição itinerante "Nhe’ẽ Porã: memória e Transformação" conta com articulação e patrocínio máster do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet.  Além de imagens de obras de artistas como Tamikuã Txihi, Glicéria Tupinambá, Denilson Baniwa e Paula Desana, e de mapas produzidos exclusivamente para o projeto, o catálogo contém textos da curadora da exposição, a artista indígena e mestre em Direitos Humanos Daiara Tukano, e também nas línguas tupi-antigo, xavante, yanomami, dahseaye e mbya.   

Quem quiser saber mais sobre a exposição, outra dica é conhecer a versão on-line da mostra que esteve em São Paulo entre outubro de 2022 e abril de 2023, atraindo mais de 189 mil visitantes. O acesso ocorre por meio da exposição virtual https://nheepora.mlp.org.br.

 "Nhe’ẽ Porã: memória e Transformação" propõe um mergulho na história, memória e realidade atual das línguas dos povos indígenas do Brasil, através de objetos etnográficos, arqueológicos, instalações audiovisuais e obras de arte. A exposição busca mostrar outros pontos de vista sobre os territórios materiais e imateriais, histórias, memórias e identidades desses povos, trazendo à tona suas trajetórias de luta e resistência, assim como os cantos e encantos de suas culturas. Daiara Tukano assina a curadoria, e a antropóloga Majoí Gongora é a cocuradora.  

Patrocinadores e parceiros
A mostra itinerante  "Nhe’ẽ Porã: memória e Transformação" conta com articulação e patrocínio máster do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet e é correalizada pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. O projeto tem cooperação da UNESCO no contexto da Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032) e parceria do Instituto Socioambiental, Museu de Arqueologia e Etnologia da USP e Museu do Índio da FUNAI. A realização é do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, do Ministério da Cultura e do Governo Federal.  

Serviço
Catálogo da exposição "Nhe’ẽ Porã: memória e Transformação"
Disponível e baixado gratuitamente neste link

Exposição itinerante "Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação" – Belém (PA) 
Museu Paraense Emílio Goeldi - Centro de Exposições Eduardo Galvão.  
Av. Magalhães Barata, 376 - São Braz - Belém (PA).  
Até dia 28 de julho de 2024.
De quarta a domingo, inclusive feriados.  
Até maio - das 9h às 14h, com bilheteria até 13h.  
Depois de junho – 9h às 16h, com bilheteria até 15h.  
R$ 3,00 (inteira) e R$ 1,50 (meia) e gratuidades garantidas por Lei.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

.: "Ocupação Hulda Bittencourt - Uma História com a Dança" segue em cartaz


A Oficina Cultural Oswald de Andrade recebe em poucos dias a exposição "Ocupação Hulda Bittencourt - Uma História com a Dança" em celebração ao aniversário de São Paulo. A exposição é uma homenagem à saudosa bailarina Hulda Bittencourt, nascida em Santa Cruz do Rio Pardo, que dedicou sua vida à dança e à cidade de São Paulo, que a acolheu calorosamente.

A mostra, que acontece no histórico espaço da Oficina Cultural Oswald de Andrade, é composta por preciosos arquivos do acervo pessoal da família da fundadora da renomada escola e companhia Cisne Negro Cia de Dança. Os visitantes terão a oportunidade de explorar uma coleção única, incluindo fotografias raras e vídeos de entrevistas com a própria dama da dança brasileira. 

Os curadores da exposição são Dany Bittencourt, filha de Hulda Bittencourt e atual diretora artística da Cisne Negro Cia de Dança e  o produtor cultural, Marco Prado. Juntos, eles guiam os visitantes por uma jornada através da vida e legado desta figura marcante da dança brasileira. A exposição também promete marcar o início de celebrações dos 47 anos da Cisne Negro Cia de Dança, trajetória que assim como a da fundadora, se mescla de amor e serviço ao cenário artístico.  Hulda Bittencourt fez história no Brasil e no exterior, recebendo em 2019 o título de “Fellowship of The Royal Academy of Dance”, umas das mais importantes honrarias concedidas pela instituição britânica à pessoas que trabalharam em prol do desenvolvimento da dança por meio do método da Royal Academy of Dance. No Brasil, Hulda Bittencourt recebeu durante o Governo de José Serra como Governador a medalha de honra ao mérito de personalidade artística.  

Encontro entre Dança e Literatura - Dany Bittencourt compartilha sua emoção sobre a exposição, destacando o significado especial de ocorrer na Oficina Cultural Oswald de Andrade.  "A exposição possui um grande significado, pois acontece em um espaço público que foi a casa de Oswald de Andrade, personalidade tão importante para a literatura brasileira, e agora o sentimento é de que Oswald está recebendo nossa querida Hulda em sua casa." Recentemente, Hulda Bittencourt foi a homenageada no Festival de Dança de Joinville  com uma linda exposição, que serviu de inspiração para a  "Ocupação Hulda Bittencourt". “A Hulda Bittencourt era uma pessoa vibrante, com muito amor a Cisne Negro e a dança em geral. Ter a oportunidade de espalhar esse legado na cidade que ela adotou como lar é extremamente gratificante ", acrescenta Marco Prado. 

A exposição estará aberta ao público até dia 2 de março, com entrada gratuita.  Além da exposição, os visitantes também poderão participar de atividades especiais de acordo  com a agenda a ser divulgada nos próximos dias. 


Sobre a Cisne Negro Cia de Dança
Fundada por Hulda Bittencourt, que atuou como  diretora artística por 44 anos (in memoriam) e atualmente sob a direção artística de Dany Bittencourt, é considerada uma das melhores companhias contemporâneas do país, sucesso de crítica e mídia, com 46 anos de existência olhando para o futuro, sempre pronta para levar a sua inovadora dança aos quatro cantos do planeta, acreditando que a cultura é uma ferramenta de transformação social, alimento de esperança e sonhos de muitas pessoas. 

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

.: Museu da Língua Portuguesa apresenta a instalação "Karaokê Infinito"


Instalação ocupa o centro do Saguão B e permite que o público cante e brinque com músicas do cancioneiro brasileiro gratuitamente. Foto: José Mota


O Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, apresenta o "Karaokê Infinito", que ocupa o Saguão B. Em diálogo com a exposição temporária "Essa Nossa Canção", a instalação permite que o público cante e brinque com músicas do cancioneiro brasileiro, de terça a sábado, das 10h às 17h. Não precisa pagar nada: é só chegar, pegar o microfone e soltar a voz.  

No Museu, o "Karaokê Infinito" está montado em um ambiente lúdico, luminoso e colorido, onde o público pode cantar e se divertir com músicas famosas e populares do país, e ainda fazer fotos para as redes sociais. O 'Karaokê Infinito" é uma criação da artista visual gaúcha Manuela Eichner, cujos trabalhos buscam ocupar e transformar os espaços de arte por meio de práticas imersivas, ultrapassando os limites dos suportes e promovendo uma experiência coletiva. Ao longo de sua trajetória, ela já participou de programas artísticos em diversas cidades, como o Arte Pará em Belém, o ZK/U em Berlim e o AnnexB em Nova Iorque. 

A instalação dialoga com a exposição temporária Essa nossa canção, que aborda a diversidade da língua portuguesa falada no Brasil através de músicas de diversos gêneros, como piseiro, funk, axé music, forró, samba e bossa nova, entre outros, de artistas que vão de Lia de Itamaracá a MC Marcelly e Mano Brown, em experiências imersivas e audiovisuais. No Karaokê Infinito, inclusive, muitas das faixas presentes na mostra, como Garota de Ipanema (Tom Jobim/Vinicius de Moraes) e Flor e o Beija-Flor (Marília Mendonça/Juliano Tchula), podem ser escolhidas para serem cantadas.  

Com curadoria de Hermano Vianna e Carlos Nader, consultoria de José Miguel Wisnik e curadoria especial de Isa Grinspum Ferraz, "Essa Nossa Canção" conta com o patrocínio máster da CCR, patrocínio do Grupo Globo, e com o apoio do BNY Mellon e do Itaú Unibanco - todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A exposição ficará em cartaz até o fim de março.  


Sobre o Museu da Língua Portuguesa 
Localizado na Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa tem como tema o patrimônio imaterial que é a língua portuguesa e faz uso da tecnologia e de suportes interativos para construir e apresentar seu acervo. O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva, apresentando a língua como uma manifestação cultural viva, rica, diversa e em constante construção.  

O Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de Estado de São Paulo, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Esporte e Educação é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.  

Patrocínios e parcerias
A Temporada 2024 conta com patrocínio da CCR, do Instituto Cultural Vale e da John Deere Brasil; com apoio do Itaú Unibanco, e do Grupo Ultra. Conta ainda com as empresas parceiras: Instituto Votorantim, Epson, Machado Meyer, Verde Asset Management e Paramount Têxteis. Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux são seus parceiros de mídia. A EDP é patrocinadora máster da reconstrução do Museu. A reconstrução do Museu e a Temporada 2024 são uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet. 



Serviço 

Instalação "Karaokê Infinito". Desde 3 de fevereiro, de terça a sábado, das 10h00 às 17h00. No Saguão B do Museu da Língua Portuguesa. Grátis.

Mostra temporária "Essa Nossa Canção". De terça a domingo, das 9h00 às 16h30 (com permanência até as 18h00), No dia 14 de fevereiro (Quarta-Feira de Cinzas), das 12h00 às 16h30 (com permanência até as 18h00). R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (meia). Grátis para crianças até sete anos. Grátis aos sábados. Acesso pelo Portão A. Venda de ingressos na bilheteria e pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/68203.  

Museu da Língua Portuguesa. Praça da Língua, s/nº - Luz / São Paulo.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

.: "Chora Agora" discute negritude, autoestima, racismo e violência


O Complexo Cultural Funarte SP recebe a exposição "Chora Agora". Organizada pelo coletivo Vilanismo, a mostra é formada por 12 artistas pretos, discutindo negritude, autoestima da juventude, racismo, violência, entre outros temas. De acordo com a produção da mostra, o coletivo Vilanismo se destaca como um lugar de encontro, afeto, criação e fruição de arte preta, onde a ideia é somar através da diversidade que é ser preto, além de buscar conhecimento através de diferentes perspectivas.  

“Na arte contemporânea brasileira, artistas pretos vêm se unindo, pensando cada vez mais de forma coletiva, efetiva e criando estratégias de sobrevivência e resistência em meio a um campo político historicamente embranquecido. Persistir fazendo arte e conscientizando através de poéticas, tendo na cultura espaços para que possamos nos abraçar, ouvir e dialogar com quem realmente precisa falar e se mostrar no mundão, possibilita crescimento mútuo, oportunidades de vida, esperança entre os nossos”, destaca a produção. 


Serviço
Exposição "Chora Agora". Até dia 12 de fevereiro. Segundas, quartas-feiras e sábados, das 11h às 19h. Complexo Cultural Funarte SP. Entrada gratuita. Classificação: dez anos. Acessibilidade: rampas de acesso para as salas de espetáculos, galerias e banheiros acessíveis. Estacionamento: não possui. Acessibilidade: rampas de acesso para a sala de espetáculos e banheiro acessível. Estacionamento: não possui. http://funarte.gov.br.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

.: Galeria Gare participa do terceiro e último ciclo da Nano Art Hub


Luciana Arantes, Galeria Gare, Nano Art Hub - III ciclo

A Galeria Gare participa do terceiro e último ciclo da 1ª edição da Nano Art Hub, feira de arte que segue em cartaz até o dia 4 de fevereiro, no piso térreo do Shopping Lar Center, com uma exposição inédita assinada pelo curador e arquiteto Antônio Gama. 

Resultado de inúmeros encontros em laboratórios e oficinas de arte impressa como a Folhetaria do Centro Cultural São Paulo e feiras de arte gráfica que acontecem em diferentes regiões do Brasil, a mostra apresenta ao público obras introspectivas, contemplativas, ritualísticas, incluindo arte underground, visceral, provocativa, com poucos filtros ou sem nenhum, em diversos formatos como arte impressa, pixo, colagem, stencil e bordado. Participam da mostra dez artistas: Danilo Cunha, Gabriel Leão, GamaH., Iaco, Leandersson, Luanna Jimenes, Luciana Arantes, Majori Magê, Fow e Rodrigo Taguchi.

Serviço
1ª edição - Nano Art Hub. Período expositivo: até 4 de fevereiro. Funcionamento: quarta a sábado, das 12h00 às 21h00. Domingos e feriados, das 14h00 às 19h00. Fechado às segundas e terças-feiras.Shopping Lar Center | Av. Otto Baumgart, n° 500 - Vila Guilherme - piso térreo - São Paulo. Entrada gratuita.

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

.: "Essa Nossa Canção" relaciona a língua com a música brasileira


Em instalações audiovisuais e imersivas, mostra, em cartaz até março, revela a diversidade da língua portuguesa falada no Brasil por meio de faixas como Diário de um detento, Garota de Ipanema e Flor e o beija-flor.

Letras de músicas brasileiras dos mais diversos ritmos, como rock, pop, bossa nova, piseiro, forró e samba, ajudam a revelar a variedade da língua portuguesa falada nas diversas regiões do país. É justamente isso que a exposição "Essa Nossa Canção" procura destacar. Em cartaz até março no Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, a mostra tem curadoria de Hermano Vianna e Carlos Nader, consultoria de José Miguel Wisnik e curadoria especial de Isa Grinspum Ferraz.  

Assim que entra no elevador do Museu, o visitante já é surpreendido com a primeira experiência de Essa nossa canção: uma intervenção sonora criada pelo produtor cultural Alê Siqueira a partir de vocalizes de músicas nacionais. Cantos como “Ôôôôô”, “Ilariê”, “Aê-aê-aê” foram editados para formar uma única canção sem aquilo que convencionalmente se entende por palavra.   

Se no elevador já dá vontade de tentar descobrir quais as canções selecionadas, a ansiedade aumenta na primeira sala da exposição. No espaço "Palavras Cantadas", o mesmo artista reuniu trechos de 54 canções, desta vez versos de faixas conhecidas nas vozes de Rita Lee, Roberto Carlos, Adoniran Barbosa e MC Marcelly, entre outros, criando um ambiente sonoro imersivo.  

Em seguida, na sala Recados da Língua, famosas músicas brasileiras ganham, finalmente, corpo. Artistas como Juçara Marçal, Felipe Araújo, Teresa Cristina, Zahy Tentehar, Tom Zé, Johnny Hooker e outros cantam, em vídeos dirigidos por Daniel Augusto, faixas como "Pelo Telefone" (Donga), "Tristeza do Jeca" (Angelino de Oliveira), "Sinal Fechado" (Paulinho da Viola) e "Garota de Ipanema" (Vinicius de Moraes e Tom Jobim). Vale prestar atenção na performance de slammers em "Construção" (Chico Buarque) e de fãs de Racionais MC’s no rap "Diário de Um Detento".

“Não se trata das melhores canções que o Brasil já produziu. Foram escolhidas por outro motivo: todas aparecem aqui por serem exemplos reveladores de determinadas relações entre canções e língua em território brasileiro. Do uso de frases bem coloquiais até o debate que questiona se o rap anuncia o ‘fim da canção’”, afirmam os curadores. 

Na terceira parte da exposição, que ganhou o nome de "Nossa Vida em Canções", o público tem acesso a duas salas de cinema. Em uma delas, é exibido o premiado documentário "As Canções", de Eduardo Coutinho, no qual ele conversa com desconhecidos sobre as músicas que marcaram suas vidas de alguma forma. Na outra, os cineastas Sérgio Mekler e Quito Ribeiro reuniram vídeos do YouTube de pessoas comuns soltando a voz - canções de Valesca Popozuda, Toquinho e Roberto Carlos podem ser ouvidas. 

Vale também prestar atenção na linha do tempo "Do Cilindro à Nuvem", na qual aparelhos e objetos utilizados para a gravação e reprodução de canções desde o fim do século 19 são exibidos. Há gramofone, rádio, vitrola, televisão de tubo, walkman

A mostra chega ao fim com cópias dos manuscritos de composições de nomes como Xis, Marília Mendonça, Chiquinha Gonzaga e Xênia França, entre outros, na sala Uma Caneta e um Violão. O curioso é observar que palavras ou frases inteiras os compositores resolveram tirar antes de finalizarem e, enfim, gravarem as canções. Será que essas músicas seriam um sucesso caso essas substituições não fossem feitas? Fica a pergunta no ar.  Essa nossa canção conta com o patrocínio máster da CCR, patrocínio do Grupo Globo, e com o apoio do BNY Mellon e do Itaú Unibanco – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.   


Sobre o Museu da Língua Portuguesa
Museu da Língua Portuguesa é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, e do Ministério da Cultura, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Esporte e Educação é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão. Mostra temporária Essa nossa canção Mostra temporária Essa nossa canção Mostra temporária Essa nossa canção


Serviço
Mostra temporária "Essa Nossa Canção". De terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h). R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (meia-entrada). Grátis para crianças com até sete anos. Grátis aos sábados. Acesso pelo Portão A. Venda de ingressos na bilheteria e pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/68203.

sábado, 30 de dezembro de 2023

.: Exposição “Araetá - A Literatura dos Povos Originários”, no Sesc Ipiranga


Com curadoria de Ademario Ribeiro Payayá, Kaká Werá Jecupé e Selma Caetano, a exposição “Araetá - A Literatura dos Povos Originários” teve a sua abertura em agosto e segue até março de 2024, ocupando diferentes espaços do Sesc  Ipiranga, promovendo visibilidade a cosmovisões de 50 povos, prestando tributo ao escritor e xamã Davi Kopenawa e destacando os escritores Ailton Krenak, Daniel Munduruku e Eliane Potiguara

Até março de 2024 serão realizadas diversas atividades ligadas às temáticas da exposição, em atrações que vão de apresentações teatrais, de dança, além de oficinas e contações de história. A programação (https://www.sescsp.org.br/projetos/araeta-a-literatura-dos-povos-originarios/)  já começa em janeiro de 2024, com a peça “Contra Xawara – Deus das Doenças ou Troca Injusta” - mais sobre o espetáculo neste link, com direção, dramaturgia e atuação de Juão Nyn, que retrata crítica aos povos colonizadores bem como à marginalização dos indígenas nas sociedades atuais. Será possível conferir o espetáculo a partir de 5 de janeiro, sempre nas sextas-feiras, às 21h, e sábados e domingos às 18h30.

A dança também marca presença na programação de "Araetá" com vivência comandada pelo Grupo de Artes Dyroá Bayá, que em 20 de janeiro promoverá, entre 16h e 17h, partilha das danças tradicionais mais usadas nas principais festas dentro das aldeias ou em comunidades. Contações de histórias serão realizadas por educadores e grupos indígenas, assim como oficinas que abordam pintura, observação e conhecimento da flora.

Em sua concepção, a mostra apresenta ao público um expressivo recorte da produção literária de autoria indígena por meio de publicações de escritores e escritoras (que representam mais de 50 povos originários), reúne ilustrações, fotografias, artesanias e objetos artísticos e cataloga mais de 334 títulos publicados por 105 diferentes editoras do país. Um dos espaços criativos da exposição é a Casa dos Saberes, dedicada a Kopenawa, onde é proposta aos visitantes uma experiência sensorial e estética com a arte que inspira a literatura produzida por diversos povos indígenas no Brasil.

Desde a sua abertura “Araetá” já atraiu 44 mil visitantes, sendo 2.000 estudantes de Ensino Infantil, Fundamental I, Fundamental II, Ensino Médio e EJA, que chegaram ao Sesc Ipiranga mediante agendamento escolar.  Realizada em parceria do Sesc com o Ministério da Cultura e o Instituto Cultural Vale, a exposição permanece em cartaz até 17 de março de 2024. Confira abaixo programação ligada à exposição para o início de 2024.


Serviço
"Araetá - A Literatura dos Povos Originários". Visitação: até 17 de março de 2024; terças a sextas, das 9h às 21h30; sábados, das 10h às 21h30; domingos e feriados, das 10h às 18h30. Sesc Ipiranga: Rua Bom Pastor, 822, São Paulo. Telefone: (11) 3340-2000. Site: https://www.sescsp.org.br/unidades/ipiranga. Programação completa: https://www.sescsp.org.br/projetos/araeta-a-literatura-dos-povos-originarios/. Instagram: @sescipiranga.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

.: Exposição "Terzo Paradiso" celebra os 90 anos de Michelangelo Pistoletto


Exposição acompanha calendário mundial de homenagens ao artista fundamental do movimento italiano Arte Povera e fica em cartaz até dia 3 de março em Higienópolis. A entrada é gratuita. Foto: Lorenzo Fiaschi.


O Instituto Artium de Cultura recebe a exposição "Terzo Paradiso" - uma seleção especial de obras do grande artista italiano Michelangelo Pistoletto. A mostra é parte de uma série de exposições do artista em curso pelo mundo, em celebração aos seus 90 anos de idade, que ocorrem em Paris (Palais d’Iéna), Abu Dhabi (Louvre Abu Dhabi) e Turim (Castello di Rivoli). A exposição é gratuita e fica em cartaz até 03 de março no palacete histórico do Artium em Higienópolis, São Paulo.

Maior expoente do movimento artístico Arte Povera há quase 20 anos, o trabalho de Michelangelo Pistoletto é dedicado ao que chamou de Terceiro Paraíso - uma reconfiguração do símbolo do infinito que dá nome à mostra. Nas extremidades, a natureza e o artificial, no centro, a inserção de um círculo que simboliza abertura, criação, uma proposta de práticas para uma transformação responsável da sociedade. Emblemática desse recorte, o símbolo "Terzo Paradiso" estará na exposição especialmente pensado para ser integrado à cultura brasileira com coloridas fitinhas do Senhor do Bonfim.

Esta montagem reúne também obras de outros momentos, como a "Metamorfosi" - uma obra de Pistoletto criada em 1976, composta por espelho e trapos. A obra apresenta uma demarcação entre dois grupos distintos de trapos, um branco monocromático à esquerda e outro policromado à direita. Os trapos e espelhos, que se destacam entre as ferramentas visuais do artista, são aqui protagonistas de uma série de confrontos conceituais.

Quatro obras da série "Color and Light", iniciada em 2014, também estão contempladas neste recorte e abordam temas que atravessam toda a obra do artista - desde sua formação e primeiras pinturas, até uma prática conceitual aprimorada durante décadas de sua carreira artística. “É uma obra de espelhos quebrados, mas de forma ordenada. Há um espelho com todos os desenhos das quebras, e cada imagem é uma peça do quebra-cabeça. Portanto, o grande espelho se quebra e cada peça ganha sua individualidade. É assim que se torna uma obra de arte. Mas não é só o gesto da ruptura e a figura que ela cria no espelho. A forma desta figura produz muitos espelhos individuais. Poderiam estar no jogo da sociedade, onde cada pessoa é um pedaço do espelho, assim como cada pessoa é um pedaço da sociedade. A sociedade é como um grande espelho”, comentou Pistoletto especificamente sobre a série.

"'Terzo Paradiso' é uma celebração ao legado de Pistoletto, enraizado na inovação e na conexão humana. A exposição convida o espectador a participar ativamente na evolução da arte e da sociedade. Pistoletto cria uma espécie de guia em direção a um futuro onde a criatividade, a colaboração e a consciência se encontram e redefinem a própria essência da arte", comenta Graziela Martine, uma das diretoras de artes visuais do Instituto Artium. A exposição conta com apoio da Galleria Continua e terá ações e oficinas educativas gratuitas direcionadas aos públicos de todas as idades. 

Sobre o artista
Michelangelo Pistoletto nasceu em Biella (Itália), em 1933. Em 1962, ele criou suas primeiras Pinturas com Espelho, com as quais rapidamente alcançou reconhecimento internacional. Ele é considerado um dos precursores e protagonistas da Arte Povera, com seus Minus Objects (1965-1966) e a Vênus dos Trapos (1967), esta última destruída por um incêndio criminoso em Nápoles em julho deste ano.

A partir de 1967, realizou ações fora dos espaços de exposição tradicionais, que foram as primeiras manifestações da “colaboração criativa” que ele desenvolveria nas décadas seguintes, reunindo artistas de diferentes disciplinas e setores cada vez mais amplos da sociedade. Na década de 1990, ele fundou a Cittadellarte, em Biella, colocando a arte em relação com as diferentes esferas do tecido social para inspirar e promover uma transformação responsável da sociedade.

Ele recebeu inúmeros prêmios internacionais, incluindo o Leão de Ouro, pela Trajetória de Vida, da Bienal de Veneza, em 2003, e o Prêmio da Fundação Wolf em Artes, pela carreira consistentemente criativa como artista, educador e ativista, em 2007. Em 2013, o Museu do Louvre, em Paris, sediou sua exposição individual Michelangelo Pistoletto, Année 1 – Le paradis sur terre. No mesmo ano, ele recebeu o Praemium Imperiale de pintura em Tóquio. Em 2022, seu último livro, La Formula della Creazione (A Fórmula da Criação), foi publicado pela Cittadellarte Edizioni. Suas obras podem ser encontradas em todos os principais museus de arte contemporânea.


Sobre o Instituto Artium
O Instituto Artium ocupa um palacete centenário na Rua Piauí, no bairro Higienópolis, tombado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) e reconhecido como patrimônio histórico. Construído para ser a residência do primeiro cônsul da Suécia em São Paulo, em 1921, o casarão passou por duas das grandes famílias paulistas de barões do café e foi propriedade do Império do Japão por 67 anos (de 1940 a 2007). A residência foi fechada durante a Segunda Guerra Mundial e, em 1970, como testemunho da história do Brasil de então, o cônsul-geral do Japão foi sequestrado quando chegava ao local.

Degradado desde 1980, o espaço foi assumido pelo Instituto Artium em 2019 e passou por um minucioso trabalho de restauro, revitalizando jardins e recuperando elementos ornamentais e decorativos da arquitetura da época de sua construção. A entidade cultural sem fins lucrativos cumpre atualmente um plano de atividades que reúne projetos nas áreas da preservação de patrimônio imaterial, preservação de patrimônio material, artes visuais e artes cênicas.


Sobre a Galleria Continua
A Galleria Continua foi fundada em 1990 com a intenção de dar continuidade à arte contemporânea numa paisagem rica em signos da arte antiga. Ocupando um antigo cinema, a Galleria Continua estabeleceu-se e prosperou na cidade de San Gimignano. Em 2004, a Galleria Continua iniciou uma nova aventura em Pequim, na China, mostrando artistas ocidentais contemporâneos numa área onde ainda são pouco vistos. Três anos depois, em 2007, a Galleria Continua inaugurou no Les Moulins, no interior parisiense. Em 2015, iniciou operações em Havana, Cuba, dedicada a projetos culturais que visam superar todas as fronteiras. Em 2020, foram inaugurados dois novos espaços: em Roma e em São Paulo, situado dentro do complexo esportivo do Pacaembu e atualmente, por conta das obras do estádio, o escritório da galeria se encontra na Travessa Dona Paula, 29, sob direção de Akio Aoki. No início de 2021 foi inaugurado um novo espaço em Paris, e outro dentro do hotel mais icônico do mundo, o Burj Al Arab Jumeirah, em Dubai.


Serviço
Exposição "Terzo Paradiso" - Michelangelo Pistoletto. Instituto Artium de Cultura. Rua Piauí, 874 - Higienópolis/São Paulo. Período expositivo: até dia 3 de março de 2024. Horário de funcionamento: quarta a sexta de 12h às 18h. Sábados e domingos: 10h às 18h. Segundas e terças-feiras: fechado. Entrada gratuita.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

.: "Chaves: a Exposição": maior exposição já feita sobre Chaves chega a São Paulo


Reprodução da vila do Chaves na exposição do MIS Experience. Foto: divulgação / MIS Experience

Em homenagem aos 40 anos de estreia de um dos seriados de TV mais queridos do Brasil - e de toda a América Latina -, a capital paulista recebe, a partir de 5 de janeiro, "Chaves: a Exposição". A maior mostra sobre Chaves já realizada no mundo acontecerá no MIS Experience, e irá celebrar as quatro décadas de exibição do icônico programa de TV no Brasil, com a reconstrução de mais de 20 cenários emblemáticos que fizeram parte da vida de milhões de espectadores.

Além de transportar os visitantes para dentro das séries Chaves e do herói "Chapolin Colorado", a exposição - inédita no mundo - vai reunir um acervo exclusivo de figurinos, itens e roteiros originais trazidos do México exclusivamente para a mostra em São Paulo. A vida e obra de seu criador, o escritor Roberto Gómez Bolaños, conhecido como Chespirito, também será contemplada. 

Já os cenários serão detalhadamente recriados para oferecer uma experiência única. Será possível "entrar em cena" na tradicional Vila do Chaves, Casa do Seu Madruga, no segundo Pátio da Vila e conhecer, até mesmo, alguns locais do seriado que estavam somente no imaginário do próprio personagem, como a "Sala da Bruxa do 71", entre outros cenários famosos da série.

Os ingressos para "Chaves: a Exposição" já estão à venda no site www.expochaves.com.br, por R$ 40,00 (R$ 20,00 a meia), de quarta a sexta; e R$ 60,00 (R$ 30,00 a meia-entrada) aos sábados, domingos e feriados.  Às terças-feiras, a entrada é gratuita – o ingresso deve ser retirado, exclusivamente, na bilheteria física do MIS Experience, no dia da visita (sujeito a lotação).

“Chaves: a Exposição” é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, MIS Experience, Chespirito, Boldly e Deeplab Project, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A mostra conta com patrocínio das empresas Facchini, TCP, Adami e Safeeds, apoio de mídia Uol, Fórum Chaves e Omelete e apoio cultural do consulado do México e Hospital Pequeno Principe. O MIS Experience tem patrocínio institucional da B3 e John Deere e apoio institucional da Vivo. O apoio de mídia é da TV Cultura, JCDecaux e Folha de S.Paulo. O apoio operacional é da Telium, Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima e Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças.

Serviço
Exposição “Chaves: A Exposição”. Abertura: 5 de janeiro de 2024. Local: MIS Experience. Rua Cenno Sbrighi, 250, Água Branca/São Paulo. Classificação indicativa: livre. Horários: terças a sextas, domingos e feriados, das 10h às 20h (permanência até 21h); sábados, das 10h às 21h (permanência até 22h). Ingressos: R$ 40,00 (R$ 20,00 a meia) de quartas às sextas; R$60,00 (R$ 30,00 a meia) aos sábados, domingos e feriados. Vendas no site www.expochaves.com.br e na bilheteria do MIS Experience. Entrada gratuita às terças-feiras (retirada apenas na bilheteria física).


domingo, 24 de dezembro de 2023

.: Sucesso: exposição "Terror no Cinema" é prorrogada até 31 de janeiro no MIS


Pôsteres, documentos, fotografias, materiais promocionais de filmes, além de figurinos e adereços usados em cena são destaque na 
exposição "Terror no Cinema", em cartaz no MIS

A exposição “Terror no Cinema”, sucesso de público no MIS - Museu da Imagem e do Som de São Paulo, foi prorrogada até dia 31 de janeiro. A mostra estreou em 31 de outubro e já levou mais de 20 mil visitantes. Nela, o público é transportado ao universo de clássicos do terror, numa experiência sensorial e imersiva, e também pode conferir itens exclusivos de acervos parceiros do museu, o que inclui pôsteres, documentos, fotografias, materiais promocionais de filmes, além de figurinos e adereços usados em cena.

Entre os destaques, estão a máscara utilizada na franquia “Pânico”, da Paramount Pictures, figurinos e a navalha de "Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet" (2007), o vestido da Samara, de "O Chamado 3" (2017), e documentos de produção com anotações de William Friedkin, diretor de "O Exorcista" (1973). O valor da entrada continua R$ 30,00 (R$ 15,00 a meia-entrada), e a compra pode ser feita tanto na bilheteria física do MIS como pela plataforma INTI - link de vendas no perfil do Museu. Às terças, a entrada é gratuita - retirada de ingresso apenas na bilheteria do MIS, no dia da visita (sujeito a lotação).

“Terror no Cinema” é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O MIS tem como mantenedora a empresa B3 e tem o apoio institucional das empresas Kapitalo Investimentos, Vivo, Grupo Travelex Confidence, Grupo Veneza, John Deere, TozziniFreire Advogados, Siemens e Lenovo. O apoio Cultural é da Cinemateca Brasileira e Sociedade de Amigos da Cinemateca, Cinémathèque de Toulouse e Infravermelho Filmes e Hopi Hari. O apoio de mídia é da Omelete, Folha de S.Paulo, JCDecaux e KISS FM. O apoio operacional é da Telium, Kaspersky, Pestana Hotel Group, Cabana Burguer, Vitória Régia, Arte do Crepe, KIRO e N2.


Serviço
Exposição “Terror no Cinema”. Local: Museu da Imagem e do Som (MIS). Avenida Europa, 158 - Jardim Europa/São Paulo. Classificação indicativa: 16 anos. Horários: terças a sextas, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 20h; domingos e feriados, das 10h às 18h (permanência até 1h após o último horário). Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), disponíveis na bilheteria física do MIS ou pela plataforma INTI. Entrada gratuita às terças-feiras (retirada apenas na bilheteria física).


domingo, 17 de dezembro de 2023

.: Acervo do fotojornalista Orlando Brito chega ao Instituto Moreira Salles


O acervo é composto por cerca de 400 mil imagens do fotojornalista, (1950-2022), consagrado pelos registros da história política brasileira, além de documentos, equipamentos fotográficos e publicações. Na imagem, um soldado monta guarda no Congresso depois do AI-5. Brasília,1968. Coleção Orlando Brito / Acervo IMS


Com suas lentes, o fotojornalista Orlando Brito (1950-2022) captou, como poucos, os bastidores do poder em Brasília. Em suas imagens, registrou de perto a rotina dos governantes, do período da ditadura militar até a Nova República. Em seis décadas de produção ininterrupta, documentou ainda o universo da cultura e do esporte no Brasil e viajou para mais de 60 países para coberturas jornalísticas.

Reunido ao longo de sua ampla trajetória, o acervo fotográfico de Brito acaba de chegar ao Instituto Moreira Salles. O conjunto é composto por mais de 400 mil fotografias, distribuídas em diferentes suportes, além de equipamentos fotográficos, documentação pessoal e profissional, premiações e publicações.

Brito nasceu em 1950 em Janaúba, Minas Gerais. Em 1957, mudou-se com sua família para Brasília, onde, aos 14 anos, começou a trabalhar no laboratório fotográfico do jornal Última Hora. Em 1968, transferiu-se para O Globo, onde consolidou sua trajetória no fotojornalismo. Trabalhou ainda na revista Veja, no Jornal do Brasil e na revista Caras. Em 1999, fundou sua própria agência de notícias, a ObritoNews, sediada em Brasília, que manteve ativa até seu falecimento. Ganhou o prêmio World Press Photo em 1979 e recebeu ainda 11 prêmios Abril. Ao longo de sua carreira, também publicou diversos livros, entre eles, Senhoras e senhores (1992) e Poder, glória e solidão (2002).

Em seu trabalho cotidiano, acompanhou a rotina de inúmeros presidentes, de Castello Branco a Jair Bolsonaro, sempre em busca dos bastidores do poder e driblando o cerceamento à liberdade de expressão. Entre as imagens emblemáticas que produziu, estão a do fechamento do Congresso Nacional, em 1977, o registro de João Figueiredo, Delfim Netto, Newton Cruz e Golbery do Couto e Silva se preparando para uma reunião, além do famoso retrato de Ulysses Guimarães na rampa do Congresso, feito, por coincidência, dias antes do falecimento do político, em 1992.

O fotógrafo também documentou edições da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Clicou ainda manifestações, incluindo o palanque das Diretas Já, além de festas populares e religiosas. Também viajou diversas vezes ao Território Indígena do Xingu, onde registrou a cerimônia do Quarup.

Com a chegada ao IMS, as imagens do fotógrafo serão preservadas, digitalizadas e divulgadas. Seu acervo também se soma ao de outros fotojornalistas essenciais para a história do país, cujas obras estão sob a guarda do IMS, como José Medeiros, Evandro Teixeira e Januário Garcia.

O trabalho de Brito pode ser visto ainda no site Testemunha Ocular, dedicado ao fotojornalismo, lançado pelo IMS em 2022. Durante a idealização do site, Brito inclusive colaborou com o projeto, indicando diversos nomes do fotojornalismo brasileiro que passaram a integrar a plataforma.

Sobre o acervo de fotografia do IMS
O Instituto Moreira Salles possui uma coleção de cerca 2,5 milhões de fotografias, que inclui desde importantes testemunhos do século XIX, como as imagens de Marc Ferrez, até obras que abarcam quase todo o século XX, de nomes como Marcel Gautherot, José Medeiros, Maureen Bisilliat, Thomaz Farkas, Walter Firmo, Evandro Teixeira e Januário Garcia, entre outros. Em 2016, foi adquirida a coleção dos jornais do grupo Diários Associados no Rio de Janeiro, com cerca de 1 milhão de itens. Este amplo conjunto de coleções e obras completas dos artistas credencia o IMS como a mais importante instituição de fotografia do país.

sábado, 16 de dezembro de 2023

.: MAM São Paulo anuncia programação de exposições de 2024

A agenda do primeiro semestre traz uma grande retrospectiva do fotógrafo afro-americano George Love, instalações dos artistas Emmanuel Nassar e Rodrigo Sassi, e individuais dos artistas Santídio Pereira e Ângelo Venosa. No segundo semestre, todos os espaços expositivos do MAM serão ocupados pelo 38º Panorama da Arte Brasileira. Fachada do MAM São Paulo. Foto: Ding Musa


O Museu de Arte Moderna de São Paulo apresenta sua programação de exposições de 2024. A agenda de novidades inicia em 29 de fevereiro, com uma grande retrospectiva do fotógrafo afro-americano George Love (1937 - 1995) na sala Milú Villela. Com curadoria de José de Boni, a mostra traz para as vistas do público uma seleção do arquivo deixado pelo fotógrafo - e conservado pelo curador, que também foi seu amigo - e objetos relevantes de sua história.

Nascido em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), George Love veio de uma família simples e culta. Começou ainda jovem na fotografia, morou e estudou em Nova York, onde iniciou uma carreira bem-sucedida na fotografia. Chegou no Brasil na década de 1960 à convite de Claudia Andujar, sua companheira  até 1974 e com quem realizou trabalhos em parceria, como o fotolivro Amazônia (1978), fruto de incursões na região.

George Love, fotografia do livro Amazônia, 1971

A exposição exibida no MAM faz uma linha do tempo da obra de Love, e reúne trabalhos publicitários, editoriais, autorais, registros de suas incursões com Andujar na Amazônia e muito mais.

No mesmo dia da abertura da mostra de George Love, o Museu de Arte Moderna de São Paulo inaugura uma instalação do artista Rodrigo Sassi no Projeto Parede. 

Em 02 de abril, a sala Paulo Figueiredo recebe uma individual do artista Santídio Pereira. Natural de Isaías Coelho, no Piauí, Santídio faz uso da xilogravura e da pintura, em especial, para materializar seu repertório imagético e seus interesses de pesquisa como os biomas brasileiros, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Cerrado e a Amazônia.  Na mesma data, o arquivo  da Biblioteca do MAM abre uma ocupação com documentos e Diná Lopes Coelho e Paulo Mendes de Almeida, figuras marcantes na história do museu, será exibido pela primeira vez.

Também em 02 de abril, o MAM inaugura na Sala de Vidro uma exposição do artista paraense Emmanuel Nassar, autor de uma obra que se materializa essencialmente na pintura em suportes diversos, como tela, vidro, chapas metálicas e outros, e traz signos que perpassam desde o universo popular até correntes da arte contemporânea como a pop arte o concretismo.

Fechando a agenda do primeiro semestre, em 13 de junho a sala Milú Villela recebe uma individual do artista Ângelo Venosa (1973 - 2022), um dos mais emblemáticos escultores da chamada Geração 80. Com curadoria de Paulo Venâncio Filho, a mostra é uma itinerância da Casa Roberto Marinho, do Rio de Janeiro, e inclui obras de Venosa que estão na coleção do MAM São Paulo.

No segundo semestre, o museu se prepara para receber em todos os seus espaços expositivos o 38º Panorama da Arte Brasileira, mostra bienal e fundamental na história do MAM, que abre em 3 de outubro. Com curadoria de Germano Dushá e Thiago de Paula Souza,  o projeto intitulado Mil Graus indica o objetivo dos curadores em traçar um horizonte multidimensional da produção artística contemporânea do Brasil, elaborando criticamente a realidade atual do país sob o senso de urgência e a capacidade de transformação do que eles denominam um “calor-limite” - temperatura em que tudo derrete, desmancha e se transmuta.

Segundo Cauê Alves, curador-chefe do MAM São Paulo, "a programação de 2024 do MAM tem uma ênfase na discussão ambiental, em especial nas mostras de George Love e Santídio Pereira. Além disso, o 38º Panorama da Arte Brasileira se aproxima da discussão sobre aquecimento global e crise climática. E por outro lado, a grade de exposições traz uma diversidade étnica-racial fundamental para o mundo contemporâneo".


Serviço:

George Love - o artista essencial

Local: Sala Milú Vilela

Curadoria: José de Boni

Período expositivo: 29 de fevereiro a 12 de maio de 2024


Rodrigo Sassi

Local: Projeto Parede

Curadoria: Cauê Alves

Período expositivo: 29 de fevereiro a 1 de setembro de 2024

Arquivos de Diná Lopes Coelho e Paulo Mendes de Almeida

Local: Biblioteca do MAM

Curadoria: Pedro Nery

Período expositivo: 02 de abril  a 1 de setembro de 2024


Santídio Pereira

Local: Sala Paulo Figueiredo

Curadoria: Cauê Alves

Período expositivo: 02 de abril a 1 de setembro de 2024


Emmanuel Nassar

Local: Sala de Vidro

Curadoria: Cauê Alves

Período expositivo: 2 de abril a 1 de setembro de 2024


Angelo Venosa

Local: Sala Milú Vilela

Curadoria: Paulo Venâncio Filho

Período expositivo: 13 de junho a 1 de setembro de 2024


38º Panorama da Arte Brasileira: Mil Graus

Local: em todos os espaços expositivos do MAM

Curadoria: Germano Dushá e Thiago de Paula Souza

Período expositivo: 3 de outubro de 2024 a 26 de janeiro de 2025


Sobre o MAM São Paulo: Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.


Museu de Arte Moderna de São Paulo

Endereço: Parque Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - acesso pelos portões 1 e 3)

Horários: terça a domingo, das 10h às 18h (com a última entrada às 17h30)

Ingressos: R$30,00 inteira e R$15,00 meia-entrada. Aos domingos, a entrada é gratuita e o visitante pode contribuir com o valor que quiser. Para ingressos antecipados, acesse mam.org.br/visite


*Meia-entrada para estudantes, com identificação; jovens de baixa renda e idosos (+60). Gratuidade para crianças menores de 10 anos; pessoas com deficiência e acompanhante; professores e diretores da rede pública estadual e municipal de São Paulo, com identificação; amigos e alunos do MAM; funcionários das empresas parceiras e museus; membros do ICOM, AICA e ABCA, com identificação; funcionários da SPTuris e funcionários da Secretaria Municipal de Cultura.


Telefone: (11) 5085-1300

Acesso para pessoas com deficiência

Restaurante/café

Ar-condicionado

Mais informações:


MAM São Paulo

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youtube.com/@mamsaopaulo | twitter.com/mamsaopaulo


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