terça-feira, 28 de novembro de 2023

.: Crítica: "Making Of" entrega os inimagináveis bastidores de um filme

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


"Making Of", exibido no Cineflix Cinemas, durante o Festival Varilux de Cinema Francês, retrata a feitura de uma produção cinematográfica sobre trabalhadores que lutaram para salvar a fábrica que lhe dá sustento, porém até mesmo o enredo é alterado, seja pelo protagonista ou pelos investidores do proejto. Assim, dentro do longa dirigido por Cédric Kahn, sobra ainda espaço para pincelar a vida do diretor Simon (Denis Podalydès, de "O Próximo Passo") e também do casal de protagonistas da trama, Jim (Jonathan Cohen) e Nadia (Souheila Yacoub, de "Lágrimas de Sal"). 

O longa de 1h59 começa numa confusão de empregados, em bando, invadindo uma fábrica. Contudo, as surpresas surgem quando Jim corta a cena de destaque de Nadia, colocando-o em evidência, como o grande salvador do grande acontecimento. Logo, uma sequência de situações começa a sair para longe do planejado, incluindo a reescrita do final do filme. 

Tentando resolver tal problema, Simon convida um figurante para gravar um making of, Joseph (Stefan Crepon, de "Peter Von Kant"), que registra desavenças diversas. Sem rodeios, mas muito inteligente, por vezes, "Making Of" entrega uma produção cinematográfica com dois filmes dentro.

Contudo, o rebu para Simon não fica restrito ao profissional, uma vez que seu casamento está em ruínas, ainda que mesmo distante tente estar presente via zoom, inclusive nos horários das refeições em família. A produção distribuída pela Bonfilm celebra o lado humano dos envolvidos, assim como o fazer cinema e seus bastidores inimagináveis, o que é lindo de se ver na telona. Filme simplesmente imperdível!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Filme: "Making Of" (Making Of)
Diretor: Cédric Kahn
Gênero: drama
Classificação: livre
Ano de Produção: 2023
Idioma: Francês
Duração: 1h59
Distribuidora: Bonfilm
Elenco: Denis Podalydès, Jonathan Cohen, Emmanuelle Bercot, Stefan Crepon, Souheila Yacoub
Resumo: Simon, um diretor experiente, começa a rodar um filme sobre a luta dos trabalhadores para salvar sua fábrica. Mas nada sai como planejado. Sua produtora deseja reescrever o final, sua equipe entra em greve, sua vida pessoal está em ruínas; e para piorar as coisas, o ator principal é um desagradavel egocêntrico. Joseph, um jovem que deseja entrar na indústria do cinema, aceita dirigir o making of. Ele leva seu papel muito a sério e começa a capturar toda a confusão, provando que o making of pode às vezes ser bem melhor que o próprio filme!


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segunda-feira, 27 de novembro de 2023

.: Crítica: "Crônica de Uma Relação Passageira" é agradável e surpreendente

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


Charlotte (Sandrine Kiberlain) é uma mãe solteira que conhece Simon (Vincent Macaigne), um homem casado e descobrem um desejo em comum: manter uma relação sem se apegar. Para tanto, os encontros esporádicos acontecem com o passar do tempo  e a relação é colocada em xeque quando uma nova figura ingressa formando um trio. Eis "Crônica de Uma Relação Passageira", longa exibido no Cineflix Cinemas, durante o Festival Varilux de Cinema Francês, que diverte, mas faz refletir sobre a fragilidade dos sentimentos injetados nas relações diversas.

Com diárlogos divertidos, o drama romântico dirigido por Emmanuel Mouret ("As Coisas Que Dizemos, As Coisas Que Fazemos" e "Madamoiselle Vingança") coloca o casal nas mais loucas aventuras, garantindo uma belíssima fotografia solar pela linda França -com direito a passeios em bicicleta-, reforçando a paixão dos dois que é eterna enquanto dura. 

Contudo, ao apimentar a aventura amorosa, a dupla descobre que até o que não se planeja pode mudar de rumo. "Crônica de Uma Relação Passageira" faz rir com fragmentos da história de Charlotte e Simon que acontencem durante 1h40. A produção distribuída pela Mares Filmes entrega um mar de ironia num amor subversivo. Vale a pena conferir!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Filme: "Crônica de Uma Relação Passageira" (Chroniques d’une liaison passagère)
Diretor: Emmanuel Mouret 
Gênero: drama, romance
Classificação: 14 anos
Ano de Produção: 2022
Idioma: Francês
Duração: 1h40
Distribuidora: Mares Filmes
Elenco: Sandrine Kiberlain, Vincent Macaigne, Georgia Scalliet
Resumo: Durante uma festa, Charlotte, uma mãe solteira, conhece Simon, um homem casado. Este novo casal concorda em se ver apenas por diversão, sem vivenciar nada além. Porém, essa relação sem futuro fica perturbada quando novos sentimentos aparecem.


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Trailer


.: Gal Costa no movimento tropicalista é revisitada em livro


No mês em que a morte de Gal Costa completa um ano, a pesquisadora carioca Taissa Maia celebra a memória e o legado da cantora baiana no primeiro livro, intitulado "A Todo Vapor - O Tropicalismo Segundo Gal Costa", publicado pela editora Garota FM Books. O ensaio é um dos desdobramentos da dissertação de mestrado "Linda, Feia e (Des)Aparecida: A Mulher e Os Discursos Sobre o Tropicalismo Musical", defendida pela pesquisadora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2021.

Em direção oposta à do trabalho acadêmico, que debate a atuação de diferentes vozes femininas na construção do movimento tropicalista, "A Todo Vapor - O Tropicalismo Segundo Gal Costa" analisa exclusivamente a trajetória de Gal Costa e defende a artista como uma expoente da Tropicália que deu continuidade ao projeto após a partida de Caetano Veloso e Gilberto Gil para o exílio, em 1969.

“Para investigarmos Gal Costa, precisamos lançar mão de uma nova sensibilidade. Defendo a inteligência do corpo de Gal Costa em cena. Defendo também que a interpretação que ela faz do tropicalismo, o tropicalismo segundo Gal Costa, pode ser observado utilizando imagens e sons. No caso dela, são esses os índices de análise, não manifestos, que seguem determinada forma de discurso crítico, usualmente falado ou textual”, destaca Taissa.

Ao longo de 128 páginas, o livro percorre a vida e carreira de Gal Costa a partir de uma reconstrução de discursos sobre a atuação de Gal no Tropicalismo e uma revisão da importância da artista baiana, seja no contexto desse movimento como na história da música popular brasileira. “Para mim, a obra de Gal é uma das mais potentes já produzidas no Brasil. A ideia de que teve sempre alguém por trás dela não me convence. Então, assumi a missão de dar protagonismo a sua voz e vejo que não estou sozinha. Desde então, surgiram outras pesquisas sobre Gal, o filme e uma futura biografia (finalmente!). Acredito que ela foi secundarizada e quero ajudar a colocá-la no lugar ao qual ela pertence”, conclui.

"A Todo Vapor - O Tropicalismo Segundo Gal Costa" tem orelha assinada pela cantora, compositora e instrumentista Filipe Catto e convida leitores de diferentes gerações a reconhecerem o legado e o pioneirismo da artista em sua máxima potência e grandiosidade. Compre o livro "A Todo Vapor - O Tropicalismo Segundo Gal Costa", de Taissa Maia, neste link.

Sobre a autora
Taissa Maia é graduada em Administração com ênfase em Entretenimento e Marketing pela ESPM-RJ, pós-graduada em Arte e Literatura pela PUC-Rio, mestre e doutoranda em Comunicação e Cultura pela UFRJ, onde defendeu a dissertação “Linda, Feia e (Des)Aparecida: A Mulher e Os Discursos Sobre o Tropicalismo Musical”. Idealizou o projeto Grandes Mulheres da MPB (2023). É pesquisadora, professora e produtora cultural. Garanta o seu exemplar de "A Todo Vapor - O Tropicalismo Segundo Gal Costa", escrito por Taissa Maia, neste link.

.: Rainhas do Radiador apresentam "Raiow Rainhas" no Sesc Santos


O circo chegou trazendo as atrações mais espetaculares do momento com o grupo Rainhas do Radiador no espetáculo "Raiow Rainhas", no próximo domingo, das 17h30 às 18h30, no auditório do Sesc Santos. Você não pode perder as finais do campeonato de Luta Livre, as composições da banda, as mágicas e ilusionismos das trigêmeas SimSalaBim e muito mais! Ocupando o centro do picadeiro e essas figuras prometem abalar as estruturas com toda sua potência e irradiação! 

Um espetáculo de circo feito por três excêntricas palhaças. Elas executam números de habilidade como Luta livre, acrobacias, coreografias e música cômica em meio à muita diversão e irreverência. Parte do repertório do grupo Rainhas do Radiador, traz para cena a diversidade e a potência de ser mulher, mostrando, não apenas que as mulheres podem estar em qualquer lugar, como fazem isso com muita maestria. A peça convida o público a se divertir e se encantar com essas figuras poderosas e inusitadas, que sem medo do ridículo vieram para raiar o reinado das palhaças! 


Ficha técnica 
Espetáculo "Raiow Rainhas". Direção: Geisa Helena. Elenco: Aline Hernandes, Ana Pessoa e Camila Cake. Trilha Sonora: Laruama Alves e Leandro Goular. Treinamento acrobático: Raphaela Olivo e Nicolas Mancialez (Duo Ver se). Treinamento em luta livre: Sara Soares. Concepção de cenário e Figurino: Maria Zuquim. Criação: Rainhas do Radiador e Loi Lima. Confecção figurinos: Rita de Cassia Freitas. Confecção cenário: Mônica Cristina da Rocha. Cenotécnico: Zé Valdir de Albuquerque. 


Serviço
Espetáculo "Raiow Rainhas". Domingo, dia 3 de dezembro, das 17h30 às 18h30. Auditório do Sesc Santos. Ingressos - R$ 30,00 / R$ 15,00 / R$ 10,00 . Grátis para crianças até 12 anos. Faixa etária do espetáculo: livre. Duração: 50 minutos. Ingressos à venda no Portal do Sesc SP e nas bilheterias
 

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento    
Terças a sextas-feiras, das 9h às 21h30 | Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.


Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos. Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc Santos neste link. Instagram, Facebook e Twitter: @sescsantos . YouTube /sescemsantos

.: Entrevista com Camila Pitanga: “Uma personagem icônica na minha vida”


Em entrevista, a atriz fala sobre os bordões e sua parceria com Wagner Moura. Clássico de Gilberto Braga e Ricardo Linhares estreia no ‘Vale a Pena Ver de Novo’ dia 27. Foto: TV Globo/Márcio de Souza


Em "Paraíso Tropical", de volta à TV Globo a partir desta segunda-feira, dia 27 de novembro, no "Vale a Pena Ver de Novo", Camila Pitanga deu vida à icônica Bebel. Linda, atraente e sem caráter, Bebel foi um dos destaques da trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, dirigida por Dennis Carvalho, exibida originalmente em 2007.

Passados 16 anos, a repercussão ainda pode ser vista, especialmente nas redes, onde despontam os inesquecíveis bordões de Bebel e as cenas com seu amado, o vilão Olavo, personagem de Wagner Moura. “‘Catiguria’ tem muito a ver com o Chico Diaz (intérprete do cafetão Jáder), que falava de um jeito muito irreverente e que eu tomei emprestado mesmo. Ele trouxe o ‘catiguria’ e o Dennis Carvalho, diretor fantástico e amigo querido, sublinhou. ‘Cueca maneira’ é muito Dennis Carvalho! Às vezes, a expressão ‘cueca maneira’ estava no texto, mas virar um bordão, como quase um adjetivo, uma expressão só dela, foi coisa do Dennis Carvalho. Eu tenho muita gratidão a esses amigos queridos”, lembra a atriz.

Perguntada sobre o que diria ao público que assistirá à novela pela primeira vez, Camila destaca: “Eu tive a oportunidade de rever no Canal Viva e me diverti tanto! Tenho o maior prazer de falar da Bebel, uma personagem icônica na minha vida, e acho importante dizer que é um grande novelão!”. Confira a entrevista.


Da boca de Bebel saíram expressões que o Brasil adotou. Tem alguma história que envolva a criação delas?
Camila Pitanga - 
"Catiguria" tem muito a ver com o Chico Diaz (intérprete do cafetão Jáder), que falava de um jeito muito irreverente e que eu tomei emprestado mesmo. Ele trouxe o "catiguria" e o Dennis Carvalho, diretor fantástico e amigo querido, sublinhou. "Cueca maneira" é muito Dennis Carvalho! Às vezes, a expressão ‘cueca maneira’ estava no texto, mas virar um bordão, como quase um adjetivo, uma expressão só dela, foi coisa do Dennis Carvalho. Eu tenho muita gratidão a esses amigos queridos.
 

Repercutem nas redes, até hoje, cenas do casal Olavo (Wagner Moura) e Bebel. Fale um pouco sobre essa parceria.
Camila Pitanga - 
O Wagner é um ator que esbanja generosidade, um cara que está inteiro em cena. E aí não tem como, você é convocada a estar também, a vivenciar o máximo de jogo, concatenação, sintonia. Um jogo aberto e livre. É uma alegria imensa ter trabalhado e trabalhar com o Wagner Moura, um amigo querido, um irmão. Esse trabalho coroou o nosso encontro.

 
Passados 16 anos da exibição original, a novela volta a TV aberta. O que você diria para as pessoas que vão entrar em contato pela primeira vez com essa obra? O que podem esperar?
Camila Pitanga - 
Eu tive a oportunidade de rever no Canal Viva e me diverti tanto! Tenho o maior prazer de falar da Bebel, uma personagem icônica na minha vida, e acho importante dizer que é um grande novelão! Você verá a Alessandra Negrini se desdobrando em duas personagens (as gêmeas Paula e Taís), Vera Holtz fazendo a mãe do Olavo, terrível (Marion). Acho que tem tanta coisa bacana. A trajetória da Bebel é mesmo muito surpreendente porque, no início, ela é mais densa, dark, uma mulher realmente perigosa; e depois ela vai se ensolarando, virando uma palhaça – palhaçaria de circo, vai ficando uma gostosura, mais na chave da comédia. Então, tem uma transformação acontecendo ao longo da novela que é muito reveladora e interessante. Gostei muito de rever. É um grande novelão!


De volta a partir desta segunda-feira, dia 27 de novembro, no "Vale a Pena Ver de Novo", a novela "Paraíso Tropical" tem autoria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com colaboração de Ângela Carneiro, João Ximenes Braga, Maria Helena Nascimento, Nelson Nadotti, Sérgio Marques, Rosa Maria e Marília Garcia. A novela tem direção de núcleo de Dennis Carvalho, direção-geral de Dennis Carvalho e José Luiz Villamarim e direção de Amora Mautner, Maria de Médicis e Cristiano Marques.

.: Espetáculo “Ricardo III Um Homem do Seu Tempo” traz visão periférica


Com a proposta de refletir sobre poder, ambição e corrupção, além de afirmar que Shakespeare pertence a todos, a Cia. Atores da Fábrica, nascida na Baixada Fluminense, no Rio, chega a São Paulo com o espetáculo “Ricardo III Um Homem do Seu Tempo”. Sob a direção de Wellington Fagner, supervisão de Julio Adrião e protagonizado por Alexandre O. Gomes, a nova temporada estreou no dia 15 de novembro, no Teatro Giostri Cultural, em Bela Vista. As apresentações seguem até 7 de dezembro, todas as quartas e quintas às 20h30. Haverá sessões extras nos dias 6 e 7 de dezembro, às 18h. Os ingressos estão disponíveis a R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia). Na estreia, será lançado o livro homônimo do espetáculo no valor de R$ 40,00.

A peça é um solo narrativo, que através de uma linguagem periférica, tem como ponto de partida a descoberta da ossada do monarca Ricardo III, no ano de 2012, na cidade de Leicester, o que veio, segundo os ingleses, trazer sorte para o time de futebol Leicester City, culminando na conquista do campeonato inglês em 2016. 

Em tempos onde as questões de corrupção se mantêm persistentemente atuais, a peça convida à reflexão, como destaca o ator Alexandre O. Gomes, ganhador do Prêmio Shell 2023 de melhor iluminação por A Jornada de Um Herói. “Infelizmente, o tema da corrupção ainda é atual, talvez porque não evoluímos o bastante enquanto seres humanos, daí a sede pelo poder e a ganância vem à tona, manifestando-se através dos tempos, principalmente na política. Em Ricardo III, Shakespeare levanta essa questão e nos faz refletir sobre ela ainda hoje”, conta.

O espetáculo reivindica o espaço de Shakespeare no cenário periférico contemporâneo, afirmando o quanto a obra deste dramaturgo pode ser acessível. “Sempre destaco que muitos intelectuais colocaram Shakespeare em um pedestal, tornando sua obra acessível apenas a uma elite, mas ele não é uma propriedade intelectual da burguesia. Nosso trabalho busca desmistificar essa visão, apresentando uma perspectiva periférica de Shakespeare e equilibrando o clássico com o popular. Para nós, essa abordagem é significativa. Defendemos a ideia de que territórios prestigiados, como o Teatro Giostri, muito frequentado pela elite, também podem nos pertencer”, frisa, evidenciando a importância desta nova temporada como uma política afirmativa.

Uma bola de futebol, uma capa, uma espada e três esqueletos são alguns dos elementos usados para contar essa história. Com um envolvente solo narrativo, Alexandre se metamorfoseia, alternando entre os muitos personagens, trazendo cada um à vida com diferentes nuances. Ele é acompanhado do músico Mateus Amorim, responsável por criar uma paisagem sonora ao vivo, utilizando instrumentos de percussão, metais, e objetos improvisados como taças e peças de carro. Alexandre.

A Cia Atores da Fábrica já levou outros trabalhos para São Paulo, Curitiba e Minas Gerais, mas sempre para apresentações únicas, portanto essa é a primeira vez com uma temporada. “O teatro que a gente pesquisa e que a gente propõe estabelece sempre uma relação de afeto, de troca e de generosidade com o público e alcançamos isso com sucesso em nossa temporada no Rio. Agora, estamos ansiosos para estabelecer uma conexão com o público paulistano. A expectativa é grande, especialmente por representarmos a Baixada Fluminense e, em especial, a cidade de Nova Iguaçu”, conclui.

Juntamente com a estreia, será lançado o livro homônimo do espetáculo “Ricardo III Um Homem do Seu Tempo”. “Em nossa própria trajetória, quem diria que receberíamos uma proposta para apresentar nossa peça em São Paulo, com apoio financeiro? E ainda ter a oportunidade de lançar a dramaturgia pela editora Giostri? Muitos ficariam surpresos e se perguntariam: 'Como isso aconteceu?'. Essas foram exatamente as minhas palavras. Está acontecendo!”, comemora.


Cia. Fábrica dos Atores
A Cia. Atores da Fábrica é formada por alunos e ex-alunos, da escola Fábrica dos Atores e Materiais Artísticos (Escola livre F.A.M.A.), e vem desenvolvendo, uma pesquisa de linguagem fundamentada no teatro físico, sempre com cunho político social, tendo ao longo dos anos montado espetáculos como “O auto da Compadecida” de Ariano Suassuna com direção de Alexandre o. Gomes, “Construção” com direção de Alexandre o. Gomes e supervisão de Amir Haddad, o infanto juvenil “O mágico de Oxênte” com direção de Alexandre o. Gomes e Wellington Fagner, espetáculo esse que ganhou 17 indicações e 8 prêmios em festivais, tendo realizado circuito SESI cultural no ano de 2017.  Atores da Fábrica também participou de importantes festivais como “a_ponte” do Itaú cultural, Encontrarte, Festival de Curitiba e intercâmbios internacionais. Ganhou em 2017 o prêmio Shell com a Rede Baixada Em cena, na categoria Inovação. Compre o livro "Ricardo III Um Homem do Seu Tempo" neste link.

Ficha técnica
Espetáculo “Ricardo III Um Homem do Seu Tempo”Texto original: William Shakespeare. Adaptação: Alexandre O. Gomes. Direção: Wellington Fagner. Supervisão: Julio Adrião. Atuação: Alexandre O. Gomes. Paisagem sonora: Mateus Amorim e Michael Lincoln. Orientação de figurino: Daniele Geammal. Figurino: Alessandra Fernandes. Iluminação: Alexandre O. Gomes. Operação de luz: Michael Lincoln e Amanda Sibanto. Preparação  vocal: Jane Celeste. Midias digitais: Amanda Sibanto.  Assessoria de imprensa: Monteiro Assessoria. Produção: Alessandra Fernandes e Jorge Leão. Assistente  de produção: Letícia Esteves.


Serviço
Espetáculo “Ricardo III Um Homem do Seu Tempo”
Temporada Giostri Cultural. Até dia 7 de dezembro, todas as quartas e quintas-feiras, às 20h30. Sessões extras nos dias 6 e 7 de dezembro, às 18h. Rua Rui Barbosa, 201 - Bela Vista/São Paulo. Ingressos: R$ 60,00 (inteira), R$ 30,00 (meia). Link para adquirir o ingresso: https://bileto.sympla.com.br/event/88380. Classificação: 12 anos. Tempo: 60 minutos. Garanta o seu exemplar de "Ricardo III Um Homem do Seu Tempo" neste link.

domingo, 26 de novembro de 2023

.: Crítica: "O Renascimento" é imperdível comédia sobre arte e sua feitura

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


Divertido e reflexivo a respeito do enaltecimento dos pintores após a morte, "O Renascimento", longa exibido no Cineflix Cinemas, durante o Festival Varilux de Cinema Francês, traz a dobradinha impecável de Vincent Macaigne (em cartaz no Festival de 2023 também em "A Musa de Bonard" e "Crônica de Uma Relação Passageira"), interpretando Arthur Forestier e Bouli Lanners ("Ninguém Precisa Saber"), na pele do talentoso Renzo Nervi.

A trama bem elaborada e cheia de reviravoltas surpreendentes, também faz rir conforme apresenta Arthur Forestier, o dono de uma galeria de arte e o pintor em plena crise existencial, Renzo Nervi. Todavia, Forestier e Nervi são grandes amigos, tendo o segundo muita admiração pelo trabalho do artista. Tanto é que a relação dos dois é fortalecida pelo fato de Arthur ser representante de Nervi. Contudo, o artista perde a sensibilidade mergulhando num profundo radicalismo.

Firme em não vender sua arte para empresas -essencialmente capitalistas-, Nervi se vê falido e a ponto de ser despejado da casa em que morou por toda vida, segredo este descoberto por um rapaz que se voluntaria a ser seu aprendiz. Sem conseguir encontrar inspiração para novos trabalhos, Nervi passa a ter como meta o suicídio. Num ato de completo desespero, a dupla planeja a morte do artista para que, volte a ser valorizado no meio.

Enquanto tudo acontece em "O Renascimento" o bom humor entrelaça os dilemas e a criticidade a respeito do que é arte nos dias de hoje. Afinal, como passar impune tendo a exposição "Pornocracia" ao fundo durante um debate importante na trama? Enquanto lança provocações, o filme dirigido por Rémi Bezançon, destaca a importância de um bom amigo diante da viuvez deprimente de um artista que se vê sem sua musa inspiradora. 

"O Renascimento", distribuído pela Bonfilm, é também uma história de amor pela arte e sua feitura, complementada por referências aos pintores clássicos, mas muito bem regada de sequências engraçadas. O longa é nitidamente contemplado com um roteiro bastante cômico, sagaz, que entrega cenas espetaculares. Simplesmente imperdível!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Filme: "O Renascimento" (Un coup de maître)
Diretor: Rémi Bezançon
Gênero: comédia, drama
Classificação: livre
Ano de Produção: 2023
Idioma: Francês
Duração: 1h35
Distribuidora: Bonfilm
Elenco: Vincent Macaigne, Bouli Lanners, Bastien Ughetto
Resumo: Dono de uma galeria de arte, Arthur Forestier representa Renzo Nervi, um pintor em plena crise existencial. Os dois homens sempre foram amigos e, apesar de todos os contratempos, o amor pela arte os une. Sem inspiração há vários anos, Renzo gradualmente afunda em um radicalismo que o torna incontrolável. Para salvá-lo, Arthur desenvolve um plano ousado que acabará testando sua relação. Até onde você iria pela amizade?


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.: Crítica: "Ilusões Perdidas", longa francês adaptado de Honoré de Balzac

.: Crítica: "Culpa e Desejo" retrata relação insaciável de Anne e Théo

.: Crítica: "As Bestas" é suspense eletrizante que leva o caos ao campo

.: Crítica: "Sob as Estrelas" comove e inspira enquanto enche os olhos

.: Crítica: "Disfarce Divino" é polêmico e lança questionamentos sobre a igreja

.: Crítica: "O Livro da Discórdia" faz gargalhar com a família de Youssef

.: Crítica: "Conduzindo Madeleine" provoca risos e tira lágrimas de emoção

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.: Alessandra Negrini revela: “Gostava de sair de uma e entrar em outra”


Em entrevista, a atriz revela ainda cenas que considera emblemáticas. Foto: TV Globo/João Miguel Júnior


Em "Paraíso Tropical", novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, dirigida por Dennis Carvalho, a atriz Alessandra Negrini dá vida às irmãs gêmeas Paula e Taís. De personalidades antagônicas, elas foram separadas ainda bebês: na Bahia, Paula foi criada por sua mãe, Amélia (Susana Vieira), que, prestes a morrer, conta a verdade sobre a adoção e a existência de uma irmã gêmea. No Rio de Janeiro, Taís foi criada pelo avô Isidoro (Othon Bastos), visto por ela como um peso que a impede de ascender socialmente. Os caminhos das duas, já adultas, voltam a se cruzar na capital carioca. 

Egoísta e ambiciosa, Taís tem como maior desejo fazer parte do mundo dos ricos e ela não mede esforços para alcançar seus objetivos, ainda que, para isso, tenha que passar por cima da honesta e batalhadora Paula. Alessandra Negrini lembra, em entrevista, os bastidores de gravações, o desafio de interpretar duas personagens e faz uma recomendação a quem nunca assistiu à trama: “É um novelão como poucos, daqueles de se deliciar, com uma trama boa e grandes atores! Divirtam-se!”, conta.


Quais são suas principais lembranças de "Paraíso Tropical"?
Alessandra Negrini -
Lembro de trabalhar muito (risos), sem parar... Os amigos, a correria para mudar de um personagem para outro, muitas vezes até no corredor, entre a maquiagem e o estúdio. Foi um momento de dedicação total, um desafio diário.
 

Quais foram os desafios na construção das gêmeas Paula e Taís?
Alessandra Negrini - 
Além do trabalho intenso, os desafios artísticos de todo personagem, mas essa era a parte boa! Gostava de sair de uma e entrar em outra. Eu gostava dessa brincadeira.
 

Como eram as cenas em que as gêmeas contracenavam?
Alessandra Negrini - 
Inacreditáveis (risos)! Difíceis de executar. Tinha que gravar com dublê, e a minha era maravilhosa, a Lisa Eiras. Ela também era atriz, o que ajudava, porque a gente precisa olhar no olho. A outra pessoa tem que estar te dando alguma coisa de volta, e ela me dava.
 

Você pode eleger três cenas que considera emblemáticas?
Alessandra Negrini - 
Quando as gêmeas se encontram pela primeira vez em Copa; quando o Daniel (Fabio Assunção) reencontra Paula; e quando a Taís fica com Ivan (Bruno Gagliasso) pela primeira vez.
 

No último capítulo, o país parou para ver quem era o assassino da Taís. Tem alguma história curiosa sobre esse momento e a reta final da trama?
Alessandra Negrini - 
Ninguém sabia, nem a gente! Gravei no dia. Lembro que o Wagner (Moura, que interpreta o vilão Olavo) dá um beijo na Taís, com ela já em seus braços, morta. Aquilo foi improviso dele.
 

Passados 16 anos da exibição original, a novela volta à TV aberta. O que você diria para as pessoas que vão entrar em contato pela primeira vez com essa obra?
Alessandra Negrini - 
É um novelão como poucos, daqueles de se deliciar, com uma trama boa e grandes atores! Divirtam-se!


De volta a partir desta segunda-feira, dia 27 de novembro, no "Vale a Pena Ver de Novo", a novela "Paraíso Tropical" tem autoria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com colaboração de Ângela Carneiro, João Ximenes Braga, Maria Helena Nascimento, Nelson Nadotti, Sérgio Marques, Rosa Maria e Marília Garcia. A novela tem direção de núcleo de Dennis Carvalho, direção-geral de Dennis Carvalho e José Luiz Villamarim e direção de Amora Mautner, Maria de Médicis e Cristiano Marques.

.: Mostra “Horror na Boca” no MIS: uma jornada pelos filmes da Boca do Lixo


Em cartaz no MIS - Museu da Imagem e do Som de São Paulo, a exposição gratuita e inédita “Horror na Boca”, que mergulhará no mundo do cinema paulista em um passeio pelo gênero cinematográfico que desafia os limites entre o medo, o erotismo, a violência, o sobrenatural e até o humor. Uma oportunidade imperdível de explorar o lado mais sombrio e ousado da sétima arte realizada na emblemática "Boca do Cinema", que ganhou espaço dentro da região dita como "Boca do Lixo", localizada em São Paulo, entre os anos 1960 e 1990.

Sob a curadoria de Marcelo Colaiácovo, a exposição, que fica em cartaz até dia 21 de janeiro de 2024, desvenda uma coleção de materiais originais do acervo do novo museu Soberano - Rua do Triunfo, proporcionando uma investida fascinante pela história do cinema de horror de São Paulo. Este projeto é o resultado da colaboração entre a Resistência Filmes, a Levante - Plataforma de Ideias, com o apoio do Museu da Imagem e do Som de São Paulo (instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo) e do Soberano - Rua do Triunfo.

A mostra oferece uma visão abrangente dos horrores que moldaram a cena cinematográfica de São Paulo entre as décadas de 1960 e 1990. Cada filme escolhido é um testemunho das complexidades das produções da época, em um contexto marcado por competição por audiência e espaço nas telonas, resultando em tramas envolvendo possessões demoníacas, fantasmas, assassinos em série, violência, monstros e muito erotismo. Os visitantes poderão admirar tesouros do cinema de horror nacional, como o cartaz original de 1969 do filme “O Ritual dos Sádicos”, de José Mojica Marins, inicialmente proibido devido à censura e renomeado posteriormente como “O Despertar da Besta”, em seu lançamento em 1986, quando foi finalmente liberado pela censura.

“Horror na Boca” também homenageia cineastas renomados, incluindo Adriano Stuart, Rosangêla Maldonado, John Doo, Ody Fraga, David Cardoso, Clery Cunha, Jair Correia, Fauzi Mansur, Juan Bajon, Luiz Castillini, Jean Garrett, entre outros, cuja marca no gênero é notável pela combinação única de elementos de horror, erotismo e até humor, com sua paródia debochada, característica da pornochanchada. Os visitantes terão a oportunidade de explorar uma rara seleção de trechos de filmes originais em 35mm e 16mm da época, além da trilha sonora do LP do filme “Bacalhau (BACS)” (1976), dirigido por Adriano Stuart e do longa “Shock! Diversão Diabólica” (1984), de Jair Correia, filme considerado o primeiro slasher brasileiro.

Cartazes originais e variados representam a diversidade do cinema paulista, como o da “Trilogia de Terror” (1968), uma colaboração entre José Mojica Marins, Ozualdo Candeias e Luiz Sérgio Person; “Jéca Contra o Capeta” (1975), de Amácio Mazzaropi; “Filme Demência” (1987), de Carlos Reichenbach; “Joelma” (1980), de Clery Cunha; “O Homem Lobo” (1966/71) e “Seduzidas pelo Demônio” (1975), de Raffaeli Rossi; além de “A Noite das Taras 2” (1982), dirigido por David Cardoso, John Doo e Ody Fraga.

A exposição inclui outros cartazes raros de Walter Hugo Khouri – normalmente pouco citado para com o gênero de horror –, com obras icônicas como “O Anjo da Noite” (1974), “O Desejo” (1975) e “As Filhas do Fogo” (1978), que estarão lado a lado pela primeira vez com o ícone do horror nacional José Mojica Marins e o cartaz original raríssimo de “Esta Noite Encarnarei no Seu Cadáver” (1967).

“O aprofundamento desse tema proporciona uma oportunidade de compreender o insólito cinema da Boca do Lixo em toda a sua riqueza e complexidade, explorando intersecções intrigantes entre o horror, o humor e o erotismo. As personagens femininas desafiam convenções representando papéis que suscitam questões às vezes controversas, reflexo das peculiaridades sociais da época, mas fundamentais para o sucesso de bilheteria dessas produções. Nesse contexto, surge Rosangela Maldonado, pioneira no gênero de horror como uma diretora mulher na Boca”, explica o curador Marcelo Colaiácovo.

Para os entusiastas do cinema e curiosos exploradores da história cinematográfica, uma linha do tempo feita em parceria com o pesquisador Carlos Primati, sobre a produção do cinema com elementos de horror na Boca do Lixo paulista, será uma oportunidade para entender a evolução deste gênero peculiar e cativante e de extrema importância para o cinema mundial. A exposição fica em cartaz de 25 de novembro a 21 de janeiro com entrada gratuita no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo.


Serviço
Exposição “Horror na Boca”. Até dia 21 de janeiro de 2024. Local: Sala Maureen Bisilliat | Museu da Imagem e do Som (MIS). Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo. Horários: terças a sextas, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 20h; domingos e feriados, das 10h às 18h | Permanência até 1h após o último horário. Classificação: 16 anos. Entrada: gratuita.

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