segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

.: Benziê se apresenta no teatro do Sesc Bom Retiro em única apresentação


No repertório, ritmos como samba, reggae e o forró, incluindo músicas autorais como "Água Salgada" e "Acendi o Sol", além de releituras de Dominguinhos (1941-2013), Dorival Caymmi (1914-2008), Clara Nunes (1942-1983), Lulu Santos e Gilberto Gil. Foto: Julia Pavin

O duo Benziê, se apresenta no teatro do Sesc Bom Retiro, na sexta-feira, dia 9 de janeiro, às 20h00, e traz para o palco o show “Benziê de Verão - Luau Alma Salgada”. No repertório, ritmos como samba, reggae e o forró, incluindo músicas autorais como "Água Salgada" e "Acendi o Sol", além de releituras de Dominguinhos (1941-2013), Dorival Caymmi (1914-2008), Clara Nunes (1942-1983), Lulu Santos e Gilberto Gil.

Formado em 2016 pelo casal Vic Conegero e Du Pessoa, a duo surgiu durante uma viagem à Colômbia, e se transformou em um projeto musical, que hoje conta com cerca de 536,1 mil ouvintes no Spotify, e mais de 200 mil seguidores nas redes sociais (tik tok e instagram). Nos destaques da carreira, está a estreia no palco Budweiser do Lollapalooza 2024, com o show Água Salgada (álbum lançado em 2022).


Serviço
Show Benziê de Verão – Luau Alma Salgada
Apresentação: sexta-feira, dia 9 de janeiro, às 20h00
Local: Teatro (291 lugares) – 10 anos.
Ingressos: R$ 18,00 (Credencial Plena), R$ 30,00 (meia-entrada) e R$ 60,00 (inteira).
Venda de ingressos disponíveis pelo APP Credencial Sesc, no site sescsp.org.br, ou nas bilheterias.

Estacionamento do Sesc Bom Retiro (Vagas Limitadas)
O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais e bicicletário. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.
Valores: R$8 a primeira hora e R$3 por hora adicional (Credencial Plena). R$17 a primeira hora e R$4 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos: R$ 11 (Credencial Plena). R$ 21 (Outros).
Horários: Terça a sexta: 9h às 20h. Sábado: 10h às 20h. Domingo: 10h às 18h.
Em dias de evento à noite no teatro, o estacionamento funciona até o término da apresentação.

Transporte gratuito
O Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito circular partindo da Estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz.

.: Vira-lata, um herói real para tempos de excessos, vira livro infantojuvenil


Trajetória de um herói de quatro patas inspira livro de tom biográfico sobre amor, luto e o poder de transformar saudade em legado

Afeto, criatividade, amor, começo e recomeço. Foi com essa mistura de sentimentos que Pituco, um vira-lata cheio de energia e carisma, chegou à casa do publicitário e roteirista Tiago de Moraes das Chagas na Páscoa de 2020, quando o mundo ainda vivia em isolamento na pandemia. O que começou como uma adoção surpresa para alegrar o filho acabou se tornando algo maior: inspiração para criar um super-herói canino de histórias em quadrinhos e, depois, escrever o livro infantojuvenil "Quatro Patas - A História de Pituco", em parceria com Ramon Barbosa Franco, publicado pela editora Mustache Comics

Nesta obra o leitor vai conhecer a trajetória de um cão que virou herói na vida real. Com tom biográfico, que mistura realidade e ficção, os capítulos curtos e afetuosos de Quatro Patas narram a relação com o filhote desde o primeiro dia, as descobertas, as travessuras e a conexão especial que uniu toda família. O livro também mostra como esse vínculo deu origem ao universo Radius, um projeto de quadrinhos idealizado por Tiago desde a adolescência, concretizado na fase adulta a partir da convivência com o cachorro - que originou o protagonista das premiadas HQs. 

Por meio de fotos e ilustrações coloridas, o livro intercala memórias e reflexões sobre lealdade, perda e propósito. Para além das boas lembranças, a morte de Pituco, vítima de um atropelamento em julho de 2024, marca uma virada na narrativa: o luto do escritor se transforma em combustível para continuar dando vida ao amigo canino na literatura.

Lançado pela Mustache Comics, esta é uma história de empatia, coragem, amor e permanência, que celebra o poder das conexões entre as espécies. Ao narrar a trajetória do cãozinho, os autores mostram que os verdadeiros heróis não usam capas, mas deixam marcas profundas naqueles que os amam. O legado desse cachorro amigável ensina aos leitores de todo o Brasil que o carinho e companheirismo dos bichinhos seguem vivos para sempre, mesmo quando eles se vão.  


Trecho do livro
"Ele, sem dúvidas, não foi apenas um cão, mas alguém que sempre sabia exatamente quem era e onde estava. E, na sua partida, deixou uma lição de autenticidade e presença que permanece comigo, como um amigo que nunca se foi completamente. Essa marca que ele deixou em minha vida é algo que ninguém pode apagar. Até mesmo o projeto Radius, que carrega seu nome, é uma extensão dessa presença indiscutível. Pituco foi, em muitos aspectos, um super-herói de verdade." ("Quatro Patas - A História de Pituco", p. 80)


Sobre o autor
Natural de Marília, São Paulo, Tiago de Moraes das Chagas nasceu em 17 de setembro de 1981 e é formado em Administração pelo Univem. Diretor da Mustache Marketing e fundador da Mustache Comics, atua como roteirista, publicitário e criador da franquia de HQs Radius, série que mistura ficção científica e cultura brasileira. O projeto, que ganhou forma durante a pandemia, conquistou prêmios nacionais de excelência gráfica e o troféu de Super-Herói Brasileiro do Ano de 2024. Com uma trajetória que une empreendedorismo e criatividade, Tiago transforma suas vivências em histórias sobre coragem, humanidade e recomeços. É pai de Lucas Almeida de Moraes.

.: Vicente de Carvalho: o resgate do poeta santista por Flávio Viegas Amoreira


Por Cláudia Brino, escritora, ativista cultural e editora da Costelas Felinas

A obra "Vicente de Carvalho - Redescoberto", organizada por Flávio Viegas Amoreira, representa um marco para a preservação e revitalização da obra do icônico poeta santista Vicente de Carvalho. Com uma seleção cuidadosa de poemas e o ineditismo de um conto resgatado, a obra é um convite ao mergulho na lírica do “Poeta do Mar” e nos sentimentos da alma caiçara.

Além do encanto e da relevância de um conto publicado há 90 anos, o livro ganha um brilho especial com o prefácio escrito por Vicente Augusto de Carvalho (neto do autor) e por Ives Gandra Martins (membro da Academia Brasileira de Filosofia e ex-presidente da Academia Paulista de Letras). A edição em capa dura reforça o caráter de preservação cultural que esta obra representa.

Para a cidade de Santos, o resgate da obra de Vicente de Carvalho é muito mais do que uma homenagem; é um gesto de recuperação e valorização da história literária regional. Suas poesias, que celebram o mar, a natureza e o cotidiano, refletem o espírito do povo santista e reavivam uma conexão afetiva com as origens culturais da cidade. Esse livro não apenas enriquece a biblioteca da literatura brasileira, mas também reitera a importância de preservar a herança literária para futuras gerações. A edição organizada por Flávio Viegas Amoreira é, portanto, uma joia literária e um presente para os amantes da poesia e da cultura santista.

.: "Zootopia 2" revela bastidores e impressiona ao transformar números em espetáculo


Em cartaz na Rede Cineflix e nos cinemas brasileiros, a animação "Zootopia 2" confirma que a longa espera do público valeu a pena. A nova animação do Walt Disney Animation Studios amplia o universo apresentado no filme original, aposta em inovação técnica e narrativa e já colhe reconhecimento internacional, com indicações recentes ao Globo de Ouro® nas categorias de Melhor Animação e Conquista Cinematográfica e de Bilheteria. A seguir, oito curiosidades em tópicos ajudam a dimensionar a escala e a ambição da produção.


5,8 milhões de espectadores
Em seu fim de semana de estreia, a sequência atraiu mais de 5,8 milhões de pessoas aos cinemas da América Latina, tornando-se a segunda maior estreia da história do Disney Animation na região. Segundo o diretor Jared Bush, trata-se do projeto mais ambicioso já realizado pelo estúdio em cem anos, com um nível de imersão visual inédito.


178 personagens únicos
O filme apresenta 178 personagens diferentes, representando 67 espécies animais. Para alcançar realismo e diversidade, os animadores realizaram extensas pesquisas, que incluíram observação direta de animais, visitas a aquários, estudos anatômicos e documentários sobre a natureza.


570 mil pelos em um único personagem
A criação da pelagem foi um dos maiores desafios técnicos da equipe. A castora Nibbles Maplestick, por exemplo, possui cerca de 570 mil fios de pelos individualmente animados, evidenciando o grau de detalhamento empregado em cada cena.


697 profissionais envolvidos
Ao todo, 697 pessoas trabalharam diretamente na produção do longa. O codiretor Byron Howard destaca que é uma das maiores e mais complexas realizações do estúdio, tanto pelo número de personagens quanto pela sofisticação dos cenários.


3 mil escamas esculpidas
Gary, a cobra que ganha destaque na nova história, exigiu um trabalho minucioso: foram criadas cerca de 3 mil escamas ao longo de seu corpo, incluindo 450 apenas na cabeça. O design do personagem foi inspirado em cobras clássicas da Disney, como Kaa, de Mogli.


6 locais icônicos revisitados
Além de apresentar novos espaços, como o Marsh Market e a mansão da família Lynxley, o filme revisita seis áreas emblemáticas da cidade: Praça Sahara, Tundralândia, Distrito Florestal, As Tocas, Central Savana e Mini Rodência.


Porta número 23
Um detalhe pensado para os fãs mais atentos: o apartamento de Nick Wilde traz o número 23, referência direta ao ano de 1923, quando foi fundada a The Walt Disney Company.


2,7 bilhões de reproduções musicais
A trilha sonora mantém o alcance global da franquia. “Zoo”, nova canção original interpretada pela cantora Shakira, dialoga com o legado de “Try Everything”, música do primeiro filme que já acumula 2,7 bilhões de reproduções em plataformas de áudio e vídeo.


Ficha técnica
“Zootopia 2” | “Zootrópolis 2” (título em Portugal)
Gênero: animação, aventura, comédia
Classificação indicativa: livre
Ano de produção: 2025
Idioma: Inglês (dublado e legendado em português no Brasil)
Direção: Byron Howard e Jared Bush
Roteiro: Jared Bush
Elenco (vozes originais): Ginnifer Goodwin, Jason Bateman, Idris Elba, Jenny Slate, Ke Huy Quan, Shakira
Distribuição no Brasil: Walt Disney Studios Motion Pictures Brasil
Duração: 1h48m
Cenas pós-créditos: sim, duas cenas


Assista no Cineflix Cinemas mais perto de você
As principais estreias da semana podem ser assistidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.


Cineflix Miramar | Santos | Sala 2
26/12/2025 a 30/12/2025 | Sessões dubladas | 14h00, 16h15h e 18h30
No Miramar Shopping | Rua Euclides da Cunha, 21 - Gonzaga - Santos/SP. Ingressos neste link.


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domingo, 28 de dezembro de 2025

.: Romance vencedor do Prêmio Kindle 2025 estreia na José Olympio


"O Ano do Nirvana",
romance vencedor do Prêmio Kindle de Literatura, Walther Moreira Santos tensiona a assimetria dos encontros em um lugar construído a partir de injustiças e apresenta a delicadeza melancólica de quem vive em estado de alerta. O livro chega pela editora José Olympio.

Na repartição onde trabalha, Laura ocupa um cargo por indicação do tio, um senador envolvido em esquemas de corrupção, e passa a maior parte do tempo ouvindo desaforos de Marinete, funcionária concursada e exemplar. As coisas com Patrício, seu namorado, não vão bem, e o relacionamento está se tornando cansativo. Laura só deseja deixar tudo para trás e finalmente ter o controle de sua própria vida.

Às sextas-feiras, Laura sente um alívio na rotina quando encontra o amigo que trabalha como garoto de programa em uma região da cidade famosa pelo turismo sexual. Eles conversam sobre o que os levou até ali e sobre os mistérios do futuro. Apesar da diferença social que os separa, uma amizade genuína surge entre eles. Da beira da praia, ambos são moldados por uma das cidades mais violentas do mundo, da qual quem pode vai embora e onde poucos se aventuram a sair de casa depois que o sol se põe.


Trecho do livro
“Pela primeira vez na noite, ele me olha diretamente nos olhos. Fico parada, atenta. Então desvio. Olho para o mar, para a cidade, a cidade que sempre está pronta, maquiada, uma mulher suja e maquiada, sempre pronta para o meu olhar. Gosto daqui. A cidade se impõe em sua idade de mulher madura. O modo como me sinto bem agora, entre a avenida e o mar, nesta noite de sexta-feira, faz com que eu não deseje mais nada. Inalo com vontade o ar da noite. O livro de autoajuda diz que é fácil ser: é só inspirar e exalar. Inspirar e exalar. Inspirar…".


O que disseram sobre o livro
“Romance que retrata a força do acaso e do destino, escrito com precisão e sem concessão.” – Andrea Del Fuego, escritora

“Belo, perspicaz, inspirado e de uma melancolia ácida.” – João Silvério Trevisan, escritor

“Raramente se encontra no Brasil um escritor com tanta obsessão e certeza.” – Raimundo Carrero, escritor e jornalista


Sobre o autor
Walther Moreira Santos
(Vitória de Santo Antão/PE, 1979) é escritor e ilustrador com mais de quarenta obras publicadas. Pelo livro "O Ciclista" (Autêntica, 2008), recebeu o Prêmio José Mindlin em 2008 e foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2009. Arquiteturas de vento frio (Cepe Editora, 2017) foi agraciado com o Prêmio Cepe Nacional de Literatura e com o Prêmio Academia Pernambucana de Letras. Com "O Ano do Nirvana", recebeu o Prêmio Kindle de Literatura em 2025. Atualmente, Walther Moreira Santos vive em Pernambuco.

.: Saga policial que virou série de sucesso na Inglaterra chega ao Brasil


Romances do escritor best-seller Robert Thorogood unem mistérios engenhosos à la Agatha Christie e agora ganham as livrarias do país pela editora Tordesilhas “É como ler Agatha Christie, mas com um quê moderno”. É assim que o jornal britânico The Sun define a escrita de Robert Thorogood, roteirista e autor best-seller responsável pela saga literária Clube de Assassinatos de Marlow, que chega ao Brasil pela editora Tordesilhas, do Grupo Alta Books.

Nos três volumes já disponíveis no país, Thorogood apresenta ao público contemporâneo o prazer das tramas dedutivas, dos enigmas engenhosos e das vilas inglesas cheias de segredos. As obras deram origem à série de TV inglesa "The Marlow Murder Club", estrelada por Samantha Bond, de "Downton Abbey" e "007 - O Mundo Não É o Bastante". Sucesso televisivo, o seriado conta com duas temporadas completas e uma terceira confirmada para 2026.

No primeiro livro, o leitor conhece Judith Potts, uma senhora de 77 anos, criadora de palavras-cruzadas, que leva uma vida tranquila até testemunhar um assassinato brutal no rio Tâmisa. Desacreditada pela polícia, ela decide investigar o crime e recruta duas aliadas improváveis: Suzie e Becks. O que começa como um passatempo logo se transforma em uma caçada perigosa, que expõe mistérios sombrios sob a aparência pacata da cidade.

Em "A Morte Chega a Marlow", o trio se vê em meio a uma nova tragédia: a morte misteriosa de sir Peter Bailey, ilustre cidadão da cidade, esmagado por uma estante no escritório, às vésperas do próprio casamento. Determinada a provar que aquilo não fora um acidente, a protagonista conduz uma investigação cheia de reviravoltas, pistas falsas e observações espirituosas, em um verdadeiro locked-room mysteries.

Já na obra "A Rainha dos Venenos", as três terão de desvendar um caso de envenenamento que abala Marlow. O simpático prefeito, Geoffrey Lushington, morre subitamente durante uma reunião do conselho municipal e vestígios de acônito são encontrados em sua xícara de café. Agora, como consultoras oficiais da polícia, as amigas enfrentam o desafio mais complexo de suas carreiras. Repleto de intrigas, ironia e reviravoltas, o livro foi descrito pelo Daily Mail como “tudo o que os fãs de suspenses cativantes poderiam desejar”.

Unindo suspense, ironia britânica e a celebração da amizade na maturidade, Robert Thorogood entrega narrativas envolventes e perspicazes. As histórias da saga literária, que já encantaram milhões de leitores e espectadores no Reino Unido, agora estão disponíveis ao público brasileiro que encontrará em Judith, Suzie e Becks a inteligência, sagacidade e charme investigativo que consagraram personagens clássicos como Hercule Poirot e Miss Marple.


Sobre o autor
Robert Thorogood
 nasceu em Colchester, no condado de Essex, na Inglaterra. Aos 10 anos, leu “A casa do penhasco”, de Agatha Christie, e desde então, é apaixonado pelo gênero. É criador da aclamada série de TV “Death in Paradise”, da BBC One, e cocriador do spin-off “Beyond Paradise”. Também escreveu uma série de romances protagonizados pelo detetive Richard Poole. A saga literária Clube de assassinatos de Marlow se tornou uma série de TV de sucesso, com Samantha Bond no papel de Judith Potts.


O que disseram sobre o livro

"Prepare seu faro investigativo. Está na hora de mais uma rodada com o trio mais brilhante de detetives amadoras dos dois lados do atlântico... Tão inofensivo quanto uma feira de bairro e tão engenhoso quanto as inúmeras pistas de palavras-cruzadas escondidas na trama."
– Kirkus Reviews

Ficha técnica
Título: "Clube de Assassinatos de Marlow" (vol. 1) | "A Morte Chega a Marlow" (vol. 2) | "A Rainha dos Venenos" (vol. 3)
Autoria: Robert Thorogood
Tradução: Ellen Andrade | Evelyn Diniz | Andressa Vidal
Editora: Tordesilhas

.: "Não Escrever [com Roland Barthes]" esmiúça relação entre leitor e autor


Um livro não escrito é o ponto de partida da pesquisadora Paloma Vidal. Em “Não Escrever [com Roland Barthes]”, lançado pela Tinta-da-China Brasil, a autora não se restringe a textos e fotografias, mas corporifica o texto com vídeos, performances e narrações em áudio; uma proposta ousada de abarcar a complexidade do processo de escrita. No fim da vida, depois de publicar ensaios sobre a escrita e teorizar a morte do autor, o crítico francês, Roland Barthes, quis escrever um romance. Enquanto se lançava à tarefa, refletia sobre esse desejo num curso no Collège de France – que depois se tornaria o livro A preparação do romance. A obra que ele buscava fazer, Vita nova, ficou no esboço. O que o levou a não escrever?

A escritora e tradutora Paloma Vidal se deparou com a mesma inquietação. Tendo já publicado diversas peças, livros de contos, ensaio e poesia, ela tentou por vários anos escrever um romance, sem conseguir. E se surpreendeu com o fato de que, diante de um romance já anunciado e teorizado, Barthes também não concretizou o livro.

Os caminhos do crítico francês e da autora brasileira se cruzam em "Não Escrever [com Roland Barthes]". Numa investigação que começa na universidade e se desdobra em textos de formatos inovadores, Vidal se lança em uma busca da rotina, dos medos, do corpo e da obra de Barthes. O seu mote é, justamente, a impossibilidade de escrever.


Criação e reflexão
“Quando começou isso de me fantasiar de Barthes?”, pergunta a autora no início do livro. Ela conta que foi em 1998, no fim da graduação em Letras, que se apaixonou pelo filósofo, semiólogo e crítico francês. Esse amor inquieto atravessou os anos, transformando-se em cursos universitários que ela passou a oferecer, como professora, a partir de 2009, na Unifesp; em pesquisas que realizou no Brasil e na França; em palestras-performances que, entre 2016 e 2019, apresentou em ocasiões diversas; e neste volume, enfim, uma obra entre a criação e a reflexão. Nesses ensaios que combinam fotografia, vídeos, gestualidades e corpos, chama atenção a busca de Paloma Vidal em expor sua pesquisa acadêmica de maneiras renovadas. 

O registro poético que caracteriza os textos de "Não Escrever [com Roland Barthes]" já se mostra em “Resistir a Barthes”, que abre o volume. Uma foto de Paloma Vidal vestindo uma “máscara” com o rosto do crítico francês sintetiza as sobreposições entre pesquisadora e autor pesquisado. Em seguida, rubricas e camadas diferentes de texto instigam o leitor a se deixar guiar pelas observações sensíveis da autora. Esse primeiro texto guarda as marcas de sua apresentação na New York University, em 2019. O formato de palestra–performance também foi utilizado em “Não Escrever”, “De Minha Janela” e “Nunca Mantive Um Diário”, apresentadas em ocasiões e instituições diversas e reunidas em "Não Escrever [com Roland Barthes]". 

“Não Escrever” navega por cartas de Barthes, planejando uma viagem que nunca aconteceu para o Brasil. Vidal adentra o território da ficção, imaginando suas impressões sobre lugares que teria conhecido. “De Minha Janela” aproxima ainda mais pesquisadora e autor pesquisado, por meio do tema da maternidade e da relação com os outros. “Nunca Mantive Um Diário”, que encerra o volume, discorre mais longamente sobre os temas costurados pela autora ao longo do volume: o projeto fracassado de escrita, as relações entre vida e obra e o interesse do autor por diários.

O diário é, justamente, a forma que Vidal explora no único texto do volume que não foi concebido como palestra. “Cadernos com R.B.” registra sua viagem à Paris, quando a autora foi até lá, na companhia dos seus dois filhos, se aprofundar na pesquisa. Neste e nos outros textos de "Não Escrever [com Roland Barthes]", a autora investiga o território em que vida e obra se encontram, tanto no caso do crítico francês quanto no seu próprio. Nessa proposta, Barthes vai sendo mostrado aos poucos: sua vida se revela pelos comentários de seus discípulos ou biógrafos, e o seu trabalho intelectual é analisado por Paloma Vidal no decorrer dos textos, em uma crítica que ela chama de “amorosa”. 


Coleção Ensaio Aberto
“Foi entre o verso e a prosa, ou entre a poesia e a teoria, que Paloma encontrou sua forma de fazer uma ‘crítica amorosa’ de Roland Barthes”, escrevem Pedro Duarte e Tatiana Salem Levy no prefácio ao livro. Duarte, professor da PUC-Rio, e Salem Levy, pesquisadora da Universidade NOVA de Lisboa, coordenam a Coleção Ensaio Aberto, que surgiu de uma parceria entre as duas instituições e tem início com duas publicações: "Não Escrever [com Roland Barthes]" e "A Parte Maldita Brasileira: literatura, Excesso, Erotismo", de Eliane Robert Moraes.

Ambos os manuscritos foram selecionados por meio de revisão por pares em sistema duplo-cego. A coleção recebe financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), de Portugal, e é publicada simultaneamente no Brasil e em Portugal: pela Tinta-da-china, em Lisboa, e pela Tinta-da-China Brasil, em São Paulo. “Os Ensaios Abertos da coleção surgiram da vontade de explorar como, apesar da conhecida crítica metafísica que a Filosofia dirigiu à Literatura, elas não cessaram de se aproximar, em especial desde a Modernidade. Nessa exploração, a forma do ensaio desponta por sua capacidade de atrelar diferentes áreas, como a política e a ética, em um exercício de escrita que faz a filosofia e a literatura encontrarem-se”, explicam os coordenadores.

Sobre a autora
Paloma Vidal
é escritora, tradutora e ensina Teoria Literária na Universidade Federal de São Paulo. Dedica-se à ficção e à crítica, tendo publicado romances, peças, livros de contos, de ensaios e de poesia, entre os quais: "Algum Lugar" (7Letras, 2009), "Mar Azul" (Rocco, 2012), "Três Peças" (Dobra, 2014), "Dupla Exposição" (Rocco, 2016), "Wyoming e Menini" (7Letras, 2018), "Estar Entre: ensaios de Literaturas em Trânsito" (Papéis Selvagens, 2019), "Pré‑história" (7Letras, 2020) e "La Banda Oriental" (Tenemos las Máquinas, 2021). Traduziu, entre outras autoras e autores latino-americanos, Clarice Lispector, Adolfo Bioy Casares, Lina Meruane, Sylvia Molloy, Margo Glantz, Tamara Kamenszain e Silviano Santiago.


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#NaoEscrever #NaoEscreverComRolandBarthes] #TintaDaChinaBrasil #PalomaVidal #RolandBarthes 

.: "Aconteceu em Key Biscayne", livro de Xita Rubert, revela paraíso americano


"Aconteceu em Key Biscayne", novo livro de Xita Rubert, publicado no Brasil pela editora DBA, aposta nas ambivalências e em contornos vívidos, mas que se desprendem do real. A narradora, sujeita ao arbítrio e à negligência paterna, descreve os eventos do que aconteceu, o que parece ter acontecido, o que estava prestes a acontecer - refugiando o romance nesta busca por uma verdade que talvez só exista na própria linguagem. No romance, tudo parece artificial e excessivo na ilha de Key Biscayne: o vermelho da pele dos habitantes, nunca visto em outros mamíferos, o condomínio com piscina que lembra um parque de bonecas em tamanho real, os revólveres em gavetas de banheiro ou armários de cozinha. Até a natureza parece too much, com tempestades tropicais e, claro, crocodilos. A tradução é de Elisa Menezes.

Ricardo, professor em Harvard, escolhe esta vila-ilha para passar uma temporada com os dois filhos. Criados pela mãe, na Espanha, os dois estavam com Ricardo em Boston quando ele decide, sem consultar a ex-mulher, levá-los para o outro extremo do país. Para a filha, narradora do romance, tudo na nova vida é exótico: a paisagem, a adolescência que se precipita, o próprio pai. Agora, adulta, ela revisita o período na ilha: as colegas de escola com implante de silicone, as interações suspeitas em chats da internet e, sobretudo, a figura ambígua do pai, com quem, até a chegada aos Estados Unidos, só havia passado as férias.


Trecho do livro
Com ecos de "A Costa do Mosquito", de Paul Theroux, e da série "The White Lotus", retrato de um mundo fechado e exclusivo que, em seu próprio isolamento, destila charme e miséria em doses semelhantes, sem perder um tom tragicômico e, às vezes, até surrealista, a questão central de Aconteceu em Key Biscayne não é se os filhos chegam a conhecer seus pais ou vice-versa, mas se os pais chegam a imaginar o que seus filhos percebem e guardam para sempre. – Pagina 12


Sobre a autora
Xita Ruber
t (Barcelona, 1996) estudou Filosofia e Letras na Inglaterra e na França, e atualmente é doutoranda em Literatura Comparada na Universidade de Princeton. É autora de Meus dias com os Kopp (DBA Literatura, 2023) e Aconteceu em Key Biscayne (DBA Literatura, 2025), vencedor do Prêmio Herralde de Romance em 2024, um dos mais importantes para obras escritas em língua espanhola.


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.: Antônio Torres lança nova edição do livro "Os Homens dos Pés Redondos"


Publicado originalmente em 1973, "Os Homens dos Pés Redondos" ganha nova edição pela Record. O livro é uma sátira afiada sobre os governos autoritários com o humor característico de Antônio Torres. “É um ficcionista de estatura incomum, alguém que tem o que dizer e a sua própria forma de dizê-lo. Um renovador.”, disse Jorge Amado no jornal A Tarde sobre Torres. 

No livro, Ibéria é um país fictício que antigamente se orgulhava de ter gerado grandes homens, capazes de sustentar uma espada de oitenta quilos com uma única mão, mas vive agora tempos sombrios. Depois de despender sua energia numa guerra perdida, chafurda nos escombros das glórias do passado, assistindo, melancolicamente, às mudanças do mundo.

É nesse espaço e tempo que se movem os personagens deste romance: um homem que planeja matar, com uma tesoura, o seu chefe – o escritor Adelino Alves –, que, preso no aeroporto ao tentar embarcar para Estocolmo, é substituído no emprego e na cama por certo estrangeiro, que se torna amante de sua mulher, Lena; o banqueiro Fernandes e seus filhos, Maria Manuela e Júnior; e ainda o cabo Emílio, que deu um murro num tenente que lhe queria roubar a namorada e amargou cinco anos de cadeia, em Macau. Todos a darem voltas em torno de si mesmos, até ficarem de pés redondos.


Sobre o autor
Antônio Torres
, antes de chegar à literatura, passou pelo jornalismo, primeiro na Bahia, estado em que nasceu (Sátiro Dias, 1940), depois em São Paulo, onde migrou para a publicidade. Viveu três anos em Portugal e, por décadas, no Rio de Janeiro. Hoje, mora em Itaipava, na região serrana fluminense. Sua estreia literária se deu em 1972, com o romance Um cão uivando para a lua, que causou grande impacto na crítica e no público, e foi seguido por "Os Homens dos Pés Redondos" (1973). De lá para cá, publicou quase vinte livros, entre os quais se destaca a "Trilogia Brasil" ("Essa Terra", "O Cachorro e o Lobo", "Pelo Fundo da Agulha") e "Querida Cidade". A premiada obra dele, que passeia por cenários urbanos, rurais e históricos, tem várias edições no Brasil e traduções em muitos países. Membro da Academia Brasileira de Letras, da Academia de Letras da Bahia, da Academia Petropolitana de Letras e da Academia Contemporânea de Letras (São Paulo), é sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa.

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.: Ensaio de Ursula K. Le Guin sobre a construção de narrativas é publicado


"A Teoria da Bolsa de Ficção", de Ursula K. Le Guin (1929-2018), um texto de grande influência nos estudos literários e sociais, chega às livrarias pela editora Cobogó. Neste breve e poderoso ensaio, Le Guin, escritora norte-americana que se notabilizou pelos romances de ficção científica e especulativa, põe em revista a história da humanidade e certa forma predominante de contar histórias. A tradução é de Isabel Diegues, e a capa e ilustrações são de Cecilia Carvalhosa.

Ao destronar a figura do Herói do seu pedestal na cultura ocidental, com suas narrativas de triunfo, dominação e morte, a autora propõe a possibilidade de contarmos uma “outra história, a história não contada, a história da vida”. Uma história que se parece menos com os relatos de caçadores de mamutes – e mais com as bolsas usadas pelos primeiros seres humanos para coletar, armazenar e partilhar alimentos. E afirma: “É por isso que gosto de romances: no lugar de heróis, eles contêm pessoas”.

Isabel Diegues, tradutora da obra, explica que “ao tomar a teoria da antropóloga americana Elizabeth Fisher de que o que permitiu a evolução dos hominídeos em 'Homo Sapiens' foi a criação de uma das primeiras invenções da cultura - o recipiente, a bolsa - Ursula Le Guin constrói uma saborosa teoria sobre a bolsa de ficção, que além de transportar os alimentos colhidos no campo, na mata, e compartilhados na volta à casa, carrega as histórias de vida das pessoas. Para a evolução humana ‘É a história que faz diferença’”. O livro conta também com textos da filósofa Donna Haraway e da Carola Saavedra, além de ilustrações de Cecilia Carvalhosa.


Trecho do livro
“Se é humano colocar algo que se quer — porque é útil, comestível ou belo — dentro de uma bolsa, ou cesto, ou em um pedaço de casca de árvore ou folha enrolada, ou numa rede feita com seu próprio cabelo, ou no que mais você tiver, e, assim, levar para casa contigo — sendo casa outro tipo maior de bolsa ou saco, um recipiente para pessoas —, e depois, mais tarde, retirar e comer, ou partilhar ou armazenar para o inverno num recipiente mais resistente ou colocar na bandoleira ritual ou no santuário ou no museu, lugar sagrado, local que guarda o que é sagrado, e no dia seguinte, provavelmente, fazer tudo de novo — se isso é ser humano, se isso é o que é preciso, então, no fim das contas, eu sou um ser humano. Completa, livre e alegre, pela primeira vez.”


O que disseram sobre o livro
“Cada mochila origina-se de questões ur­gentes sobre os modos de criar narrativas que refaçam a história para os tipos de vida e morte que merecem presentes densos e futuros ricos, e cada mochila exige uma resposta para essas questões. No espírito da visão de Le Guin de que o formato adequado de uma histó­ria é o de um saco, um recipiente cavado para conter coisas que carregam significados e permitem relações, cada mochila é uma bolsa para as histórias instigantes e o realismo estranho – a ficção séria, a ficção cientí­fica, a FC – necessários para habitar os mundos das sementes e estrelas. Estes são mundos repletos de humanos e mais-que-humanos de muitos tipos, de espé­cies com coisas melhores a fazer do que matar umas às outras enquanto esgotam seu planeta.” - Donna Haraway no posfácio do livro

“Entre as muitas ideias de Le Guin, me interessa de­senvolver aqui a do romance enquanto bolsa, enquan­to receptáculo. Afinal, o que seria isso na prática? Ima­ginemos algumas possibilidades. Le Guin nos lembra que o herói, o protagonista do romance como o conhecemos, perderia todo seu aprumo dentro da bolsa, “ao ser colocado em uma bolsa, ele fica parecendo um coelho, uma batata”. Ou seja, ficaria ali dentro sem um lugar possível de destaque, junto a outros personagens menos importantes, figurantes, personagens planos, e não só isso, junto a desimportantes ‘objetos’, como uma mesa, um rio ou uma árvore.”  - Carola Saavedra no posfácio da edição brasileira


Sobre a autora
Ursula Kroeber Le Guin (1929–2018)
publicou 23 romances, 12 livros de contos, 11 de poesia, 13 infantis, cinco coleções de ensaios, além de traduções. Consagrada escritora de ficção científica e especulativa, a amplitude e a imaginação de seu trabalho lhe renderam seis Prêmios Nebula, sete Prêmios Hugo e o título de Grande Mestre da SFWA [Associação de Autores de Ficção Científica e Fantasia], além do Prêmio PEN/Malamud, dentre outros. Em 2014, recebeu a Medalha da National Book Foudation por Contribuição Distinta às Letras Americanas e, em 2016, entrou para a lista seleta de autores publicados em vida pela Library of America.


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sábado, 27 de dezembro de 2025

.: Autora Flávia Teodoro Alves transforma vivência e resistência em livro de poesia


Livro reúne poemas escritos entre 2015 e 2022 e reflete sobre feminismo, identidade, trabalho e a desconstrução do amor romântico


“Toda Reza É Tentativa de Telecinese", da poeta, arte/educadora e performer Flávia Teodoro Alves, condensa em versos fragmentados e intuitivos suas vivências na periferia de São Paulo, suas inquietações políticas e sua visão sobre o ato de escrever como forma de atacar o sentido estabelecido. Publicado pela Caravana Grupo Editorial, o livro de 50 páginas reúne poemas que funcionam como um diário afetivo e crítico dos anos recentes da autora.

A organização da obra segue uma lógica particular: são 40 textos, um para cada ano de vida da autora até então, que compõem coletivamente o que Flávia descreve como "a história do pós-ruína". Sobre o processo de seleção, ela revela: "Juntei poemas excluídos do processo anterior, e aqueles que foram escritos após a publicação do meu livro de estreia, ‘Não existe guarda-chuva para quando chove de cabeça para baixo’. “O ‘Toda Reza’ carrega as mesmas temáticas e as prolonga”, afirma a autora.

A escrita de Flávia transita entre o pessoal e o político, abordando temas como identidade, resistência, assédio moral, trabalho e a pandemia da Covid-19. Como ela mesma define, sua poesia é um espelho das suas vivências. "Fui diagnosticada como autista com TDAH e altas habilidades aos 40 anos. A literatura é um veículo para processar e compreender o que acontece comigo e à minha volta”, observa. “Escrevo sobre temas que me atravessam como enigmas que preciso decodificar para seguir em frente, uma tática de sobrevivência para descobrir (ou criar) meu lugar no mundo. Minha dificuldade em compreender códigos sociais não-ditos me fez questioná-los profundamente".

O título do livro é também um verso que sintetiza a proposta da obra: a ideia de que toda reza, todo desejo, é uma tentativa de mover o mundo: uma telecinese simbólica. “até parece / como se fosse possível / mover objetos sem pensamento”, escreve Flávia, em um dos poemas que abrem a obra. “Enquanto o mundo que nos oferecerem for este, continuarei escrevendo para desestabilizá-lo a partir da linguagem”, afirma.

O livro também representa um marco em sua trajetória internacional, tendo sido traduzido para o espanhol como "Toda Oración Es Un Intento de Telequinesis" através do programa de traduções da editora Caravana. Flávia acompanhou de perto o trabalho do tradutor Juan Balbin, buscando preservar ao máximo os sentidos originais dos poemas.


Sobre a autora
Flávia Teodoro Alves
(São Paulo, 1982) é arte-educadora, pesquisadora, escritora, servidora pública, artista de rua, performer e atriz. Autora de “Toda Reza É Tentativa de Telecinese” (2023) e outros trabalhos poéticos, sua escrita é marcada pelo fragmento, pelo intuitivo e pelo engajamento com questões sociais. Vive e trabalha na Brasilândia, onde também atua como professora na rede pública. É mestra em Artes pela Unesp e pós-graduada em Formação de Escritores pelo Instituto Vera Cruz. Em 2024, foi semifinalista na categoria Poesia Publicada do Prêmio Loba Festival.


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.: Petria Chaves lançará livro "Como Sei o Que Sei" na Fazenda Morros Verdes


O ecolodge abre a programação de 2026 apresentando o Book Launch Experience. O primeiro livro a ser lançado é o "Como Sei o Que Sei" e acontecerá na terça-feira, 6 de janeiro, às 16h00, com chá da tarde com a autora. Foto: divulgação

Os amantes da literatura e da natureza têm mais um motivo para unir as duas paixões: o Book Launch Experience no Hotel Fazenda Morros Verdes, uma vivência literária exclusiva para os hóspedes. Projeto inédito e fruto imediato da parceria que estabeleceu com com a jornalista Silvia Lourenço, embaixadora da Biblioteca Comunitária Ernesto Haberkorn, inaugurada recentemente na propriedade. Além de ser uma oportunidade para quem quer começar o ano com uma experiência diferenciada em meio a Mata Atlântica.

A primeira ação do Book Launch Experience será o lançamento da obra “Como Sei o Que Sei - O Desenvolvimento da Intuição como Trilha para Nossa Inteligência Ancestral (IA)” da escritora e jornalista Petria Chaves, apresentadora da rádio CBN. O evento acontecerá nos dias 6 e 7 de janeiro de 2026 na própria Biblioteca do ecolodge, no bairro do Verava, em Ibiúna, São Paulo. A tarde de autógrafos com a autora contará com um delicioso chá da tarde, às 16h. Um  bate papo intimista sobre a obra em torno da fogueira na quarta-feira, dia 7 de janeiro, às 20h30, será outro atrativo para encantar os apaixonados pela leitura.

“O Book Launch Experience é um evento que criamos para unirmos turismo e lazer ao universo dos livros. É uma experiência que abraça os amantes de literatura, mas também atende a todos que apreciam um bom bate papo. Estamos muito felizes em recebermos a jornalista e escritora Petria Chaves para estrear esse primeiro evento, inaugurando uma série especial que estamos preparando para 2026”, pontua Silvia.

A ideia de faro jornalístico ajuda a explicar como repórteres do mundo inteiro chegam a notícias exclusivas, transformando ou ao menos balançando as estruturas de uma sociedade. Este faro opera a partir de técnicas avançadas de investigação, aguçadas por um elemento fundamental: a intuição. Seguindo seu próprio faro, a jornalista Petria Chaves elegeu este conceito como fio condutor de seu segundo livro, “Como sei o que sei”, que acaba de ser lançado pelo selo Academia da Editora Planeta.

“Meu trabalho como jornalista noticia estatísticas; meu trabalho humanista não me deixa dormir tranquila noticiando esse tipo de fato sem buscar respostas para o alívio dessa dor. Eu vejo e sinto o que está acontecendo com o meu mundo. Foi por isso que resolvi pesquisar sobre a intuição como ferramenta estratégica para acionarmos algo de mais humano, sensível, poético, misterioso e, no entanto, prático para o uso em nossa vida. Participar deste primeiro Book Launch Experience com os hóspedes será um momento muito especial”, afirma a autora.


Sobre a autora
Petria Chaves
é jornalista e âncora da rádio CBN, onde apresenta o programa Revista CBN, com debates e reflexões semanais em rede nacional. Apresentadora do documentário "A Verdade da Mentira", produzido e veiculado pelo History Channel, é escritora e autora do livro "Escute Teu Silêncio", lançado em 2023, pela Editora Planeta, sobre os desafios para o diálogo no mundo de hoje. Vencedora dos prêmios Allianz, Abrelpe, Bradesco Longevidade e APCA (da Associação Paulista dos Críticos de Arte), Petria Chaves atua no aprofundamento de pautas que vão desde sustentabilidade até desenvolvimento pessoal e social, com foco nos pilares e políticas de transformação da sociedade.

Ficha técnica
Livro “Como Sei o Que Sei - O Desenvolvimento da Intuição como Trilha para Nossa Inteligência Ancestral (IA)”
Autora: Petria Chaves
Editora Planeta | Selo Academia
Ambos eventos do Book Launch Experience são gratuitos para os hóspedes e quem tiver interesse pode garantir a presença diretamente com a Central de Reservas através do (11) 91557-2696 ou pelo site https://www.fazendamorrosverdes.com.br/. A Biblioteca Haberkorn conta com mais 1000 exemplares, incluindo literatura nacional e estrangeira, livros infantis, juvenis e obras de referência.


Serviço
Evento: Book Launch Experience
Dias 6 de janeiro, às 16h00 – Chá da Tarde com Talk e Lançamento do Livro / 7 de janeiro, às 20h30 – Bate-papo e Leitura ao Redor da Fogueira
Fazenda Morros Verdes, Estr. Terra Boa, S/N - Ibiúna/São Paulo
Entrada: Gratuita para hóspedes.
Reservas: (11) 91557-2696 ou https://www.fazendamorrosverdes.com.br/.


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#ComoSeiOQueSei #PetriaChaves #BookLaunchExperience #SeloAcademia #literatura

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