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quinta-feira, 28 de março de 2024

.: Espetáculo "Véspera" mistura G.H., de Lispector, e Ofélia, de Shakespeare


Espetáculo nasce do encontro entre as personagens G.H., de Clarice Lispector, e Ofélia, de William Shakespeare. Foto: Ligia Jardim

Duas potentes personagens femininas de universos, épocas e contextos completamente diferentes inspiram a criação do solo inédito "Véspera", escrito, dirigido e estrelado por Fernanda Stefanski. O espetáculo estreia no dia 12 de abril, no Teatro Arthur Azevedo, onde segue em cartaz até o dia 28 do mesmo mês, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h.

O texto nasceu a partir do encontro entre as personagens G.H., extraída do romance “A Paixão Segundo G.H.”, da autora brasileira Clarice Lispector (1920-1977), e Ofélia, criada pelo bardo inglês William Shakespeare (1564-1616) na peça “Hamlet”. A ideia é propor um mergulho na psique feminina, cruzando as trajetórias de duas personagens icônicas, em uma investigação sobre loucura, identidade e liberdade. 

A ação de "Véspera" é o percurso de transformação existencial de Ofélia, uma mulher que, a partir do término de uma relação amorosa, mergulha em uma aventura de reconstrução de seu passado e de sua história. Ao sofrer uma metamorfose de si mesma, Ofélia perde a sua concepção de mundo – a maneira como ela se conhecia até então – para conquistar a ressignificação de sua existência. 

O encontro de Ofélia com G.H. é um choque de mundos, no qual duas mulheres se entrelaçam e desafiam os limites da racionalidade e da realidade, questionando representações da opressão feminina, convenções sociais e o peso das expectativas alheias. Nesse cruzamento de universos, "Véspera" é um vislumbre profundo sobre a condição da mulher na sociedade, sobre a natureza da loucura e sobre os labirintos da mente humana. O encontro entre elas, mais do que a fusão de duas personagens, é a sobreposição de dois universos simbólicos que nos convidam a explorar as profundezas da alma feminina e os mistérios da condição humana.

"Véspera" faz parte da "Trilogia do Desencanto", juntamente com "Nós" (2022) e "A Grande Obra" (2023), que tem como ponto central uma pesquisa sobre a desilusão, a partir de um estudo do romance de Clarice Lispector, "A Paixão Segundo G.H". A linguagem da peça extrapola os limites do teatro dramático, mesclando elementos do drama, da performance e da arte-tecnologia. Vemos em cena uma Ofélia às avessas, em uma proposta de atuação que expande os limites da cena acabada e adquire um contorno performativo, no qual o obsceno assume o centro da ação. 

O espetáculo propõe uma relação direta com o espectador, na qual a protagonista expõe as etapas íntimas de um processo de desconstrução de si, buscando libertar-se de um "eu" objetificado e aprisionado no modelo ficcional da heroína-trágica e tecendo uma reflexão sobre gênero, revolução e transgressão. Despida do desejo de persuadir o espectador acerca de um discurso lógico, a espinha dorsal da dramaturgia se estrutura na tensão entre a narrativa dramática da tragédia Hamlet e a travessia metafísica de “A Paixão Segundo G.H.”

A personagem de Clarice surge em "Véspera" como a mão invisível que conduz o processo de metamorfose da personagem shakespeariana e traz para o centro da cena as palavras não ditas de Ofélia: seus fantasmas, sua lucidez radical e a esperança de evitar que seu final trágico se repita. Dissecando a equação "loucura e morte", massivamente presente nas representações de personagens femininas em ficções, o espetáculo questiona o modelo ficcional da "mulher-louca-suicida", que, muitas vezes, se estende às nossas relações cotidianas. 

Ao longo de uma noite insone, a Ofélia de "Véspera" realiza uma aventura, deixando de ser uma personagem narrada pela perspectiva alheia, para apropriar-se de suas palavras e adquirir a dimensão de sujeito, movida pelo desejo de reescrever o desfecho de uma das mais famosas e influentes tragédias da cultura ocidental. 

Da fusão da personagem emblemática de Clarice com uma das personagens mais famosas de Shakespeare, surge uma Ofélia que se questiona sobre vida e morte, amor e ódio, obediência e transgressão. Uma Ofélia dividida entre ser e não ser, entre passado e futuro, entre o que a história insiste em perpetuar e o que sua consciência deseja libertar.


Sinopse
Após ser declarada morta, afogada em um rio, Ofélia retorna à cena de seu suposto suicídio para reconstituir a verdade sobre sua morte. Sozinha pela primeira vez em muito tempo, ela invade um teatro interditado e revela detalhes íntimos de sua vida. Misturando sonho e realidade, Ofélia reescreve sua história e altera o desfecho de uma grande tragédia.


Ficha técnica
Solo "Véspera".
Concepção, direção, dramaturgia e atuação: Fernanda Stefanski
Projeto Audiovisual e Tecnológico: André Zurawski
Cenografia e Desenho de Luz: Marisa Bentivegna
Figurinos e Adereços: Chris Aizner
Trilha Sonora e Desenho de som: Arthur Decloedt e Charles Tixier
Interlocução Artística: Bruna Betito
Fotografia: Ligia Jardim
Registro Audiovisual: Otavio Dantas
Arte Gráfica: André Zurawski e Fernanda Stefanski
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Gerenciamento de Redes Sociais: Zava
Intérprete de Libras: Fabiano Campos
Produção: André Zurawski e Fernanda Stefanski
Assistência de Produção: Larissa Miranda
Apoio: Oficina Cultural Oswald de Andrade, IBT - Instituto Brasileiro de Teatro, Espaço das Pequenas Coisas, EAI - Espaço de Artes Integradas

Serviço
Solo "Véspera".
Temporada: 12 a 28 de abril de 2024*
Às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h
Sessão extra, quinta, dia 25 de abril às 20:00
Teatro Arthur Azevedo – Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca
Ingressos: gratuitos – distribuídos uma hora antes de cada sessão
Classificação: 16 anos
Duração: 70 minutos
Capacidade: 50 lugares
Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
*Sessões com intérprete de Libras: 14 e 21 de abril

quarta-feira, 27 de março de 2024

.: Cineflix Santos traz "Instinto Materno" e "Godzilla e Kong: O Novo Império"


A unidade Cineflix Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia dois filmes em 28 de março, o suspense "Instinto Materno" e ação "Godzilla e Kong: O Novo Império". Seguem em cartaz sucessos de bilheteria, a animação "Kung Fu Panda 4", o drama "Dias Perfeitos", assim como a série "The Chosen" e o emocionante drama histórico "Uma vida: A história de Nicholas Winton". Programe-se e confira detalhes abaixo! 

Compre os ingressos pela internet antecipadamente aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estreias da semana no Cineflix Santos

"Godzilla e Kong: O Novo Império" ("Godzilla x Kong: The New Empire"). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, ficçãoClassificação: 12 anos. Duração: 1h55. Ano: 2023. Idioma original: japonês. Distribuidora: Warner Bros. Pictures Brasil. Direção: Adam Wingard. Roteiro: Terry Rossio, Simon Barrett, Jeremy Slater. Elenco: Rebecca Hall (Dr. Ilene Andrews), Brian Tyree Henry (Bernie Hayes), Dan Stevens (Trapper), Kaylee Hottle (Jia)Sinopse: A épica batalha continua! O Monsterverse cinematográfico da Legendary Pictures dá continuidade ao confronto explosivo de "Godzilla vs. Kong" com uma nova e emocionante aventura que coloca o poderoso Kong e o temível Godzilla contra uma ameaça colossal e desconhecida, oculta dentro do nosso mundo, desafiando a própria existência deles - e a nossa também. "Godzilla X Kong: O Novo Império" aprofunda-se ainda mais as histórias desses Titãs e as suas origens, assim como nos mistérios da Ilha da Caveira e além, revelando a batalha mítica que ajudou a forjar esses seres extraordinários e os vinculou para sempre à humanidade.

Sala 3 (dublado) - De 28 de março a 3 de abril: 15h40
Sala 3 (legendado) - De 28 de março a 3 de abril: 18h20 - 21h00




"Instinto Materno" ("Mothers' Instinct). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, thriller, suspenseClassificação: 14 anos. Duração: 1h34. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: Imagem Filmes. Direção: Benoît Delhomme. Roteiro: Sarah Conradt-Kroehler. Elenco: Anne Hathaway, Jessica Chastain, Caroline Lagerfelt, Josh CharlesSinopse: As donas de casa Alice e Celine são melhores amigas e vizinhas que parecem ter tudo. No entanto, quando um trágico acidente destrói a harmonia de suas vidas, a culpa, a suspeita e a paranoia começam a desfazer seu vínculo.

Sala 2 (legendado) - De 28 de março a 3 de abril: 15h30 - 18h20 - 20h40

Trailer de "Instinto Materno"


Seguem em cartaz no Cineflix Santos


"Dias Perfeitos" ("Perfect Days"). Ingressos on-line neste linkGênero: drama, ficçãoClassificação: 12 anos. Duração: 2h03. Ano: 2023. Idioma original: japonês. Distribuidora: O2 Play . Direção: Wim Wenders. Roteiro: Takuma Takasaki, Wim Wenders. Elenco: Kōji Yakusho (Hirayama), Tokio Emoto (Takashi Arisa), Nakano (Niko), Aoi Yamada (Aya), Yumi Asō (Keiko), Sayuri Ishikawa (Mama), Tomokazu Miura (Tomoyama), Min TanakaSinopse: Hirayama trabalha como limpador de banheiros em Tóquio. Ele parece satisfeito com sua vida simples. Segue um dia a dia estruturado e dedica seu tempo livre à paixão pela música e pelos livros. Hirayama também gosta de árvores e as fotografa. Mais do seu passado é gradualmente revelado através de uma série de encontros inesperados.

Sala 4 (legendado) - De 28 de março a 3 de abril: 20h50

Trailer de "Dias Perfeitos"


"Kung Fu Panda 4" ("Kung Fu Panda 4"). Ingressos on-line neste linkGênero: animaçãoClassificação: 10 anos. Duração: 1h34. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: Universal Studios. Direção: Mike Mitchell. Roteiro: Jonathan Aibel; Glenn Berger; Darren Lemke. Elenco: Jack Black (Po) Viola Davis (Camaleoa) Dustin Hoffman (Mestre Shifu) James Hong (Sr. Ping)Sinopse: Depois de três aventuras arriscando a própria vida para derrotar os mais poderosos vilões, Po, o Grande Dragão Guerreiro( Jack Black) é escolhido para se tornar o Líder Espiritual do Vale da Paz. A escolha em si já problemática ao colocar o mestre de kung fu mais improvável do mundo em um cargo como esse e além disso, ele precisa encontrar e treinar um novo Dragão Guerreiro antes de assumir a honrada posição e a pessoa certa parece ser Zhen (Awkwafina) uma raposa com muitas habilidades, mas que não gosta muito da ideia de ser treinada. Como se os desafios já não fossem o bastante, a Camaleoa (Viola Davis), uma feiticeira perversa, tenta trazer de volta todos os vilões derrotados por Po do reino espiritual.

Sala 4 (dublado) - De 28 de março a 3 de abril: 14h50 - 16h50 - 18h50

Trailer de "Kung Fu Panda 4"


"The Chosen" (""). Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: 12 anos. Duração: 2h21. Ano: 2024. Idioma original: inglês. Distribuidora: Kolbe Arte Produções. Direção: Dalla Jenkins. Roteiro: Dalla Jenkins. Elenco: Shahar Isaac (Simon), Elizabeth Tabish (Mary Magdalene), Jonathan Roumi (Jesus), Paras Patel (Matthew), Nick Shakoour (Zebedee), Austin Reed Alleman (Nathanael), Jordan Walker Ross (Little James), Joey Vahedi (Thomas)Sinopse: A vida de Jesus Cristo sob a perspectiva daqueles que o conheceram e conviveram com Ele.

Sala 1 (dublado) - De 28 de março a 3 de abril: 17h00 - 20h00

Trailer de "The Chosen"


"Uma vida: A história de Nicholas Winton" ("One Life"). Ingressos on-line neste linkGênero: guerra, dramaClassificação: 12 anos. Duração: 1h50. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: Diamond Filmes. Direção: James Hawes. Roteiro: Lucinda Coxon, Nick Drake. Elenco: Anthony Hopkins (Old Nicholas Winton), Johnny Flynn. Personagem (Young Nicholas Winton), Helena Bonham Carter (Babette 'Babi' Winton)Sinopse: A história do humanitário Nicholas Winton, que ajudou a salvar centenas de crianças dos nazistas.

Sala 1 (legendado) - De 28 de março a 3 de abril:  15h10



terça-feira, 26 de março de 2024

.: Genézio de Barros celebra 50 anos de carreira e protagoniza a peça "Irineu"


O elenco também conta com Tiago Luchi, que criou a dramaturgia, e Maria do Carmo Soares. A comédia tem atmosfera fantástica em uma história sobre relações humanas, amizade e etarismo. Após grande reforma e modernização, Teatro Marte Hall reabre as portas em 2024. Foto: Lenise Pinheiro


O espetáculo "Irineu" aborda de forma lúdica e delicada os encontros e as relações humanas. A estreia acontece no dia 6 de abril, sábado, às 20h00, na reinauguração do Teatro Marte Hall, localizado na Rua Domingos de Morais, 348, na Vila Mariana. A comédia tem direção de Ricardo Grasson e o texto é de Tiago Luchi, que também divide o palco com Genézio de Barros e Maria do Carmo Soares. A temporada vai até 26 de maio, com sessões sempre aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00. 

O espaço recebeu espetáculos com Ary Fontoura, Alessandra Negrini, Claudia Abreu, além de apresentações de nomes do stand up nacional e internacional. Em 2024, após uma grande reforma e modernização, o local ganha o nome de Teatro Marte Hall e dá o pontapé inicial de sua programação com a estreia de Irineu.

Na trama, João Macena (Tiago Luchi) é internado e passa a dividir o quarto com Seu Irineu (Genézio de Barros), um senhor muito simpático, mas que esconde alguns mistérios. Os dias no hospital parecem intermináveis para João Macena, porém seu companheiro de quarto os fazem ficar mais divertidos quando relata  algumas das aventuras que já viveu. 

Entre elas está o dia em que pegou um navio para a América, ou então quando esteve nos campos de batalha japoneses, ou ainda quando foi taxista em uma grande cidade. Impressionado com as histórias de Irineu, João se sente motivado para enfrentar a doença que o levou até o hospital, sem saber que a maior lição de todas ainda estaria por vir. 

“Para contar essa história optamos pelo caminho da fantasia, uma linha de pesquisa com inspirações no cinema de Wes Anderson, Guillermo del Toro, Tim Burton, Yorgos Lanthimos. O público adora embarcar neste tipo de viagem. Os personagens estão dentro de um quarto de hospital, porém a encenação amplia esse mundo fantástico das histórias de vida de Irineu que reside há muitos anos nesse quarto, contudo o cinema e a literatura o fizeram romper barreiras devido a sua imaginação sem limites. A enfermeira, interpretada por Maria do Carmo Soares, é uma das incentivadoras para o protagonista ter um contato próximo com os livros e os filmes. Já João Macena absorve todo esse contexto que vai ajudá-lo na questão do seu diagnóstico”, explica o diretor Ricardo Grasson.

O cenário de Marisa Rebollo, a iluminação de Cesar Pivetti,  o figurino de Rosangela Ribeiro e a trilha sonora de L.P. Daniel se unem para a criação desta atmosfera fantástica. Além de estar em cena, Tiago Luchi foi o responsável pela criação da dramaturgia. O texto é inspirado por filmes como "Forrest Gump - O Contador de Histórias" e "Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas", e procura construir uma narrativa repleta de momentos marcantes, reflexões profundas e personagens inesquecíveis. Inclusive o ator/autor é conterrâneo de Genézio, ambos nasceram em Taquaritinga, município do interior de São Paulo. Além da cidade, ambos têm uma conexão artística.

“Comecei a estudar teatro na adolescência e fui inspirado por grandes nomes da arte dramática e um desses nomes era o próprio Genézio de Barros. A influência e o sucesso desse ícone do teatro e da televisão serviram como um catalisador para que eu decidisse perseguir meus próprios sonhos no mundo da atuação. Após uma conversa reveladora com ele em 2007, encontrei a motivação necessária para iniciar minha jornada no mundo do teatro. Queremos emocionar e inspirar o público, compartilhando não apenas uma história cativante, mas também a jornada de um sonhador que encontrou coragem para perseguir seus objetivos no mundo da arte”, enfatiza Luchi. 


Ficha técnica
Espetáculo "Irineu". Texto Tiago Luchi. | Elenco: Genézio De Barros, Tiago Luchi e Maria do Carmo Soares. | Direção Ricardo Grasson. | Diretor Assistente Heitor Garcia. | Cenografia Marisa Rebollo. Figurinos Rosângela Ribeiro. |Visagismo Edgar Cardoso. | Desenho De Luz Cesar Pivetti. Desenho De Som L.P. Daniel. | Cenotecnia Casa Malagueta | Adereços Rosimar Garcia Coordenação De Projeto L Ponto. | Direção De Produção Nosso Cultural. | Produção Executiva Maristela Bueno. | Produtores Assistentes Dani Rombolli e Gil Teles.  Coordenação Administrativa Pipoca Cultural.| Design Gráfico Agência Cyan. | Fotografia Artística Lenise Pinheiro. | Assessoria De Imprensa Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Redes Sociais Agência Cyan. Patrocínio: Vórtx. Agradecimentos - Alexandre Alves Severo, Ana Lucia de Sales Teodoro, Bárbara Rabelo, Carol Centeno, Erick Gallani, gaTú Filmes, Jasmine Brihy, Marcos Duller, NEDAS (Nucleo Espírita Dr. Alberto Salvador), Teatro Itália Bandeirantes, Toni Ferreira, Walter Breda.

Serviço
Espetáculo "Irineu". Teatro Marte Hall: Rua Domingos de Morais, 348 - Vila Mariana/São Paulo. Temporada de 6 de abril a 26 de maio de 2024, sessões aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00 (não haverá sessão nos dias 27 e 28 de abril). Duração: 60 minutos. Classificação etária: livre. Capacidade: 600 lugares. *Preço dos Ingressos: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia-entrada). *Ingresso popular: R$ 10,00 (inteira) R$ 5,00 (meia) - Cota yoyal de 600 ingressos populares durante a temporada, sujeito à disponibilidade por sessão. Bilheteria do Teatro: das 14h00 às 20h00 de terça à sábado e das 14h00 às 18h00, aos domingos. Aceita todos os cartões de débito e crédito, dinheiro e pix. Telefone: (11) 3542-4680. Pela internet: www.olhaoingresso.com.br.

.: Show de Madonna no Brasil será transmitido na íntegra na TV Globo


Show histórico da rainha do Pop na praia de Copacabana será transmitido pela TV Globo, Multishow e Globoplay


Uma multidão na praia de Copacabana e milhões pelo Brasil. Este será o público estimado de Madonna com sua "The Celebration Tour", que comemora os 40 anos da carreira da cantora. A superprodução mundial aterrissa no país no dia 4 de maio, e será exibida com exclusividade e na integra pela TV Globo, Multishow e Globoplay.

O show – que ganhou o nome "The Celebration Tour in Rio" -, será a noite em frente ao Copacabana Palace, tradicional ponto carioca, e poderá ser acompanhado pelo público na TV ou no celular de qualquer canto do país, pela TV Globo, pelo Multishow e pelo Globoplay, que terá sinal aberto para não assinantes logados.

Após uma espera de 12 anos, esta será a quarta passagem de Madonna para shows no Brasil. Ela já apresentou ao país a turnê "The Girlie Show", em 1993, a "Sticky and Sweet Tour", em 2008 e a "MDNA" em 2012. Desta vez, a apresentação nas areias de Copacabana será a única da cantora em toda a América do Sul, e os fãs brasileiros poderão ver de pertinho – seja nas areias da praia ou no conforto de casa – a diva pop interpretar os maiores hits da sua extensa carreira. A transmissão tem direção geral de Pedro Secchin e direção de gênero de Raoni Carneiro. O show será produzido pela BonusTrack.

segunda-feira, 25 de março de 2024

.: CCBB São Paulo recebe o espetáculo "Hannah Arendt - Uma Aula Magna"


Em um tom bem-humorado e reflexivo, Eduardo Wotzik leva ao palco ideias, pensamentos, experiências e filosofias de uma das mais importantes pensadoras do século 20 no espetáculo "Hannah Arendt - Uma Aula Magna", que estreia no dia 5 de abril, quinta-feira, às 19h, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Foto: Kassius Trindade


Em um tom bem-humorado e reflexivo, Eduardo Wotzik leva ao palco ideias, pensamentos, experiências e filosofias de uma das mais importantes pensadoras do século 20. "Hannah Arendt - Uma Aula Magna" estreia no dia 5 de abril, quinta-feira, às 19h00, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. A temporada vai até 12 de maio com sessões sempre quintas e sextas, às 19h00, e sábados e domingos, às 17h00.

Na peça, como em uma sala de aula, o público assiste Hannah Arendt voltar ao nosso tempo, convidada a falar sobre temas relevantes e necessários como a ética, a escola, a massa silenciosa, a noção de civilidade e cidadania, e as atrocidades de Adolf Eichmann (1906-1962), conhecido como "arquiteto do Holocausto", que comandava o transporte ferroviário para o extermínio. A atmosfera é de uma aula magna sobre educação e a importância do pensamento para o mundo contemporâneo. A peça é de autoria de Eduardo Wotzik, artista com mais de 40 anos dedicados à investigação do teatro, que está em cena, e também assina a direção.

“Antes da pandemia já se sentia a ascensão da ignorância no planeta, a arte tem um olhar sobre o mundo devido a sensibilidade. A educação é um tema sempre em pauta e estava organizando ideias, quando iniciei um diálogo próximo com a obra de Hannah Arendt. Extraí o principal dela e uni com pensamentos meus até construir uma unidade. Ela teve uma experiência forte ao assistir o julgamento de Adolf Eichmann em 1961; explicita as diferenças entre educar e ensinar, reflete sobre a banalidade do mal. É uma aula especial de Arendt falando para o mundo hoje, um papo reto com humor possibilitando uma empatia com os espectadores”, explica Wotzik.

Hannah Arendt nasceu na Alemanha em 1906 e foi uma filósofa política de origem judaica, uma das mais influentes do século 20. Faleceu em Nova York em 1975. Trabalhou, entre outras atividades, como jornalista e professora universitária, e publicou obras importantes sobre filosofia política. Vivenciou os horrores da perseguição nazista, o que motivou a sua pesquisa sobre o fenômeno do totalitarismo.

Entre suas obras estão "As Origens do Totalitarismo", "Eichmann em Jerusalém", "Entre o Passado e o Futuro" e "A Condição Humana". Devido ao seu pensamento independente, Arendt tem um papel central nos debates contemporâneos. Seu sistema de análise a converte em uma pensadora original, situada entre diferentes campos de conhecimento.

A peça parte para o caminho contrário da verossimilhança e coloca uma provocante investigação sobre a cena e suas possibilidades, uma vez que o ator e diretor Eduardo Wotzik, de salto alto e barba, incorpora o papel da cientista política Hannah Arendt. A encenação é minimalista, um figurino cheio de sobreposições com toques femininos por meio de um par de óculos e um salto alto que ajudam a caracterizar o lado híbrido da personagem em cena. O cenário é um cubo, como se fosse um pedaço do Memorial do Holocausto, localizado no centro de Berlim, que vai se transformando ao longo da montagem.

O espetáculo foi sucesso de público no Rio de Janeiro, Niterói, Belo Horizonte, Curitiba, Taubaté, e tem dialogado de forma precisa com o que acontece na atualidade. “A trama levanta no público a ideia de que precisamos trabalhar os estilhaços de Eichmann que existem em cada um de nós. Outra questão é que a peça também é uma homenagem ao professor, não só no sentido literal, mas também aquele que decide educar o outro. No início do projeto, se enxergava a ascensão da ignorância, era algo iminente, agora o perigo é constante, se revelou”, finaliza o ator.

Ao receber esse espetáculo, o Centro Cultural Banco do Brasil promove reflexões sobre temas relevantes para a sociedade, reafirma o apoio ao teatro nacional e seu compromisso com a promoção da arte e ampliação da conexão dos brasileiros com a cultura.

Ficha técnica
Espetáculo "Hannah Arendt – Uma Aula Magna". Realização: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Patrocínio: Banco do Brasil, Texto, Direção e Atuação: Eduardo Wotzik. Direção Musical: Paulo Francisco Paes. Direção Técnica e Iluminação: Fernanda Mantovanni. Preparação de Movimento: Dani Calicchio e Clara Sussekind. Preparação Vocal: Jackie Hacker. Operação de Som: Michele Fontaine. Operação de Luz: Fernanda Mantovani. Assistente de Direção: Maria Clara Sussekind. Assessoria Jurídica: Ricardo Brajterman, Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Produção Executivo: Cannal Produções / Ariell Cannal e Paula Stricker. Direção de Produção: Michele Fontaine.


Serviço
Espetáculo "Hannah Arendt – Uma Aula Magna"
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo 
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico/São Paulo 
Temporada: 5 de abril a 12 de maio
Horário: quintas e sextas-feiras, 19h00 | Sábados e domingos, 17h00.
*Bate-papo após as sessões dos dias 20/04 e 04/05.
Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia) em bb.com.br/cultura e bilheteria do CCBB
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 14 anos.
Funcionamento CCBB SP: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças 
Informações: (11) 4297-0600

Estacionamento
O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h00 às 21h00.

Transporte público
O Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.

Táxi ou Aplicativo
Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

Van
Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h00 às 21h00.

Entrada acessível
Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.

.: Apresentação grátis de "A Páscoa da Vida" no Teatro Sérgio Cardoso

Teatro Sérgio Cardoso apresenta espetáculo especial de Páscoa: "A Páscoa da Vida". Foto: divulgação

O Teatro Sérgio Cardoso, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, receberá uma experiência teatral para toda a família no domingo de Páscoa. No dia 31 de março, às 11h, acontece o espetáculo infantil "A Páscoa da Vida", da Cia Arte & Manhas, que revela os segredos guardados dentro dos ovos de chocolate. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos na bilheteria uma hora antes da apresentação.

Com texto de Tamires Faustino e direção de Leonardo Cassano, a peça acompanha o Coelhinho da Páscoa em uma jornada em busca dos segredos guardados dentro dos ovos. No elenco estão Tamires Faustino, Lucas Lopes e Cláudia Strazza. A trilha sonora, criada por Rafael Pio, promete envolver a plateia em uma atmosfera mágica.


Serviço:

A Páscoa da Vida - Cia Arte & Manhas

Data: 31 de março, domingo, 11h

Ingressos: Retirada 01 hora antes da apresentação na bilheteria do teatro

Local: Teatro Sérgio Cardoso - R. Rui Barbosa, 153 - Bela Vista

Classificação: Livre 


Sobre o Teatro Sérgio Cardoso

Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso mantém a tradição e a relevância conquistada em mais de 40 anos de atuação na capital paulista. Palco de espetáculos musicais, dança e peças de teatro, o equipamento é um dos últimos grandes teatros de rua da capital, e foi fundamental nos dois anos de pandemia, quando abriu as portas, a partir de rígidos protocolos de saúde. 

Composto por duas salas de espetáculo, quatro dedicadas a ensaios, além de uma sala de captação e transmissão, o Teatro tem capacidade para abrigar 827 pessoas na sala Nydia Licia, 149 na sala Paschoal Carlos Magno, além de apresentações e aulas de dança no hall do teatro.


Sobre a Amigos da Arte

A Associação Paulista dos Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão de chamadas públicas, do Teatro Sérgio Cardoso, e do Teatro de Araras, além do Mundo do Circo SP, trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e a iniciativa privada desde 2004. 

Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo fomentar a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus 19 anos de atuação, a Organização desenvolveu cerca de 70 mil ações que impactaram mais de 30 milhões de pessoas.

domingo, 24 de março de 2024

.: Tudo sobre a versão de "A História Sem Fim", gratuito, no Teatro do Sesi-SP


Do mesmo autor da premiada "Momo e o Senhor do Tempo", a nova criação teatral da premiada diretora Carla Candiotto é "A História Sem Fim", clássico da literatura alemã sobre o poder da fantasia, best-seller mundial traduzido para 44 idiomas, com mais de 9 milhões de livros vendidos. O espetáculo estreia dia 31 de março, domingo, às 15h, sua temporada popular no Teatro Sesi-SP até dia 30 de junho. A mágica aventura de um garoto que, pelas páginas de um livro, passa para o reino da fantasia, obra do escritor alemão Michael Ende, foi publicada pela primeira vez em 1979.

Para encenar o espetáculo, a diretora Carla Candiotto reuniu a equipe de criativos – Marco Lima na cenografia e bonecos, Wagner Freire na Iluminação, Fábio Namatame no figurino, Roberto Alencar na coreografia, Marcelo Pelegrini na trilha original e André Grynwask no vídeo e para adaptar a obra, Victor Mendes. Para treinar a técnica de arte marcial necessária para as cenas de luta da trama, a encenadora contou com o apoio luxuoso de Georgette Fadel e Ana Paula Gomes para ministrar as aulas de Aikidô ao elenco.


Elenco e personagens
• Camila Cohen - Conselheira, Trole, Morla, Imperatriz Criança e Xayide, Antigos Imperadores
• Carol Badra - Mãe, Conselheira, Morla, Corvo, Uiulala, Antigos Imperadores e manipulação do Artax.
• Eric de Oliveira - Cairon, Trole, Dragão Fuchur, Corvo e Antigos Imperadores
• Ernani Sanches- Pai, Conselheiro, Corvo, Gmork , Argax e manipulação do Artax
• Thiago Amaral - Bastian Baltazar Bux.
• Victor Mendes – Atreiú, Antigos Imperadores.


Sinopse de "A História Sem Fim"
Tímido, Bastian Balthasar Bux adora ler, pois encontra nos livros uma forma de escape para sua vida tão triste. Com a morte de sua mãe, recebe um livro de presente e fascinado de forma mágica pelo mesmo, o menino mergulha em Fantasia tentando se afastar desse mundo real. Esse reino fantástico, está ameaçado pelo Nada, que se propaga cada vez mais de maneira assustadora. Mergulhado no livro, Bastian recebe o chamado das personagens da obra para salvar Fantasia. Nesse universo, a Imperatriz Criança, que adoece de forma misteriosa, só pode ser curada se receber um novo nome a ser dado por uma criança humana. Bastian se enche de coragem e junto, com o jovem herói Atreiú e o Dragão da Sorte Fuchur, atende o chamado de fantasia. O garoto se entrega a uma viagem na qual cada minuto importa. Seria Bastian a criança capaz de libertar o Reino de Fantasia?

Projeto de anos e técnica de roteirizar ações
No processo de adaptação do livro para o teatro, Carla passou por uma imersão criativa na obra. “Por tratar de questões universais, de ser um livro que fala com sua alma, como se relacionar com o mundo e autoestima, é grande o desafio de comunicar seu conteúdo para o universo de uma criança. Esse é um livro que cada pessoa que lê, interpreta de uma forma diferente pois coloca sua história nele, e como todos somos diferentes a história não tem fim, por isso da 'História Sem Fim'”. 

A diretora leu o livro Momo e o Senhor do Tempo, do mesmo autor, aos 25 anos e, desde então, passou a seguir Michael Ende. Na adaptação dessa criou um prólogo para situar o espaço e a razão de estar contando a história. Na nova peça não foi preciso. “A adaptação é um outro olhar sobre a história, é um olhar muito pessoal uma sensação de estar falando de você próprio e não apenas de uma história. Estamos em 2024, outras questões abalam o mundo, várias estão em curso e que bom poder falar sobre isso".

No decorrer de sua carreira, Candiotto encenou dezenas de clássicos infantis na Cia. Le Plat du Jour para em seguida dirigir espetáculos para vários outros grupos e também as suas próprias produções. Fascinada pelo teatro físico, deparou-se com o desafio de contar uma história cujo livro original tem quase 500 páginas e um extenso volume de dados. Do calhamaço para o espetáculo de pouco mais de 60 minutos, o trabalho da encenadora foi suado. “Quando o Sesi aprovou o projeto, estudei o livro e para me instrumentalizar, estudei Análise Ativa, técnica russa, com Michelle Zaidon”. Contou com este suporte para dissecar e entender quais personagens poderiam ser cortados. Sabia que em 1h15 não poderia inserir todos os tipos citados. A proposta era descobrir quais eram os personagens fundamentais.

“Ficamos três meses nesse processo de estudo para começar a escrever a adaptação antes de partir para a redação do texto. Ao longo dos anos, desenvolvi uma técnica pessoal para criação – primeiro leio e depois decupo o roteiro de ação somente depois vou ao encontro dos atores e atrizes”, conta, ressaltando a importância da colaboração de Michelle nessa fase. Em seguida, estabeleceu-se a parceria com o ator Victor Mendes, que assina com Carla também a adaptação de Momo e o Senhor do Tempo. “Ele tem uma visão questionadora, o que é muito bom”.

Por meio do personagem do menino, o autor definiu a existência desses dois universos. “Um não vive sem o outro, a fantasia e a realidade. Um dos mundos fica doente quando o outro não existe ou não tem espaço para existir”, aponta Carla, comentando não ser possível viver só na fantasia ou só na realidade. “Os dois são necessários para viver”. O menino em questão supera a dor da perda da mãe e recupera a autoestima, mergulhando nos livros. Por meio da fantasia, sai do processo de luto. “Seu mundo real está uma barra – perdeu a mãe e se sente invisível. Depois de resgatar a fantasia, passa por um processo difícil de aceitação de si mesmo e encontra um caminho”


Sobre a cenografia de Marco Lima
Após meses de estudo e inúmeras proposições para a concepção da cenografia, cenógrafo e diretora chegaram a um lugar único para contar a história. Um porto/portal - de cores não espectrais, do preto ao branco passando pelos cinzas - situado num mar seco e arenoso. Uma cenografia simbólica ambienta a trama da peça, localizada em “uma terra devastada, fruto do abandono e esquecimento pelos seres humanos da importância da imaginação em nossas vidas. Tudo está seco, sem cor, sem vida. O que restou foi uma plataforma, um cais destruído que une dois mundos: o da Fantasia e o da Realidade”, explica Marco Lima. 

Personagens chegam e partem por esta plataforma, navegando em embarcações de um mundo distópico; alguns com esperança, outros sem nenhuma, pois o Nada se aproxima e poderá ser responsável pela completa destruição do reino de Fantasia. “Esse ambiente é o reflexo metafórico do estado da mente de um garoto que, por sua imaturidade, não soube lidar com a dor da perda da mãe. Mas há um farol em cena, que, simbolicamente, trará a luz para orientar a hora mais escura de nossa história”.

Um dragão branco e um unicórnio azul são bonecos animados pelos próprios atores. Com a técnica de manipulação direta, eles darão vida a estes seres imaginários. De grande porte, serão confeccionados em diversos materiais como: espuma, madeira, isopor, metal, tecidos, borrachas, cristais, acetatos e fibra de vidro. O dragão será feito em tecidos que ficam fluorescentes sob a luz ultravioleta, e o unicórnio trará o brilho de cristais para ganhar o aspecto mágico da irrealidade. “São animais fantásticos, que ainda não foram tragados pelo Nada, e auxiliarão na reconstrução deste reino destruído”, conta Marco. Quando a história sofre a interferência da ação de um garoto humano, a cenografia ganhará cor e vida a partir das criações da mente fértil dessa criança que tem o poder ilimitado de imaginar tudo o que deseja.


Sobre a adaptação de Carla Candiotto e Victor Mendes
A adaptação nasceu como um processo de arqueologia. Com delicadeza, fomos descobrindo o que o autor queria nos dizer e escolhendo os momentos, abrindo mão de alguns personagens e ampliando os significados de outros, fomos criando a nossa história sem fim. Uma versão movida pelo sentimento, pela emoção e sem esquecer, é claro, da diversão. “Sabemos da importância da imaginação para as crianças e esse livro é um prato cheio para mergulhar nesse universo. Já é a meu quarto espetáculo com Carla Candiotto e dessa vez nosso desafio era grande: revisitar um clássico da literatura infanto-juvenil e abrir espaço para o mundo da Fantasia”, comenta Victor Mendes.


Sobre o figurino de Fábio Namatame
A concepção de Fábio Namatame para o figurino do espetáculo obedece a uma linguagem oriental, com inspiração na China, Japão, Índia, Indonésia, Arábia e Egito. Serão vestidos assim os seres fabulosos da história. “Será tudo muito colorido, como uma ilustração antiga, e um filtro ocre para dar o clima cinematográfico, quase uma pintura a óleo”, comenta Namatame. Da tapeçaria aos brocados, os tecidos incluem materiais sintéticos como plástico e tela de nylon, para dar volume. A estamparia também segue a inspiração do Oriente, “mescla de pintura japonesa com arabesco”.  O figurino básico – que recebe as fantasias mais elaboradas em sobreposição - é um saruel e uma camisa. É bordô e tem inspiração nos manipuladores de bonecos balineses.


Sobre a direção de movimento de Roberto Alencar
A diretora considerou o Aikidô a melhor opção para combinar com a estética do espetáculo. Assim a técnica foi escolhida para ser usada na preparação corporal dos atores. “A construção da encenação foi desenvolvida por meio de golpes, onde o bastão e a espada desempenham papel importante”, explica Roberto Alencar. 

Como treinamento, conta Alencar, os atores e atrizes fizeram aulas regulares de Aikidô, sob orientação de Georgette Fadel e Ana Paula Brieda - duas vezes por semana. “Nos exercícios e golpes que esta luta marcial propõe é possível explorar qualidades de presença, escuta, atenção, aterramento, tranquilidade, espacialidade, expansão, controle, precisão e elegância dos gestos”.

A coreografia do criativo para a peça está embrenhada na narrativa, com gestos e ações transportadas para o universo do surreal, do nonsense, sempre com o foco no humor e na diversão a nortear a montagem, marca registrada da diretora. “Fomos trabalhando o universo particular de cada personagem, priorizando o corpo como instrumento para contar a história”, diz. “Carla é uma diretora de teatro que pensa como uma coreógrafa, ela marca todos os momentos do espetáculo – cada gesto e passo dado em cena. Ela tem o pensamento muito coreográfico”, observa Alencar. “Este é um dos espetáculos em que Carla mais lançou mão de recursos multimedia, 'com elementos fortes de cenografia, adereços, bonecos, interação com projeção de vídeo, a referência do figurino'”.


Ficha técnica e serviço
Espetáculo "A História Sem Fim". Drama musicado ao vivo, jovem, 80 minutos - Recomendado para maiores de 10 anos e para toda família, Adaptação: Carla Candiotto e Victor Mendes. Direção: Carla Candiotto. Elenco: Camila Cohen, Eric Oliveira, Ernani Sanchez, Carol Badra, Victor Mendes e Thiago Amaral. Centro Cultural Fiesp. Teatro do Sesi – SP.  Av Paulista, 1313. Estreia dia 31 de março, domingo, às 15h00. Temporada: quintas e sextas-feiras, às 11h00. Sábados e domingos, às 15h00. De 30 de março a 30 de junho de 2024. Gratuito, tem que fazer agendamento pelo aplicativo Meu Sesi.

sábado, 23 de março de 2024

.: Tudo sobre a montagem de "Cantando na Chuva", que estreia em abril


O público brasileiro terá a oportunidade de se encantar novamente com a montagem do clássico "Cantando na Chuva", que ganha nova versão em 2024. Foto: João Caldas


Com estreia programada para 4 de abril, no Teatro Sérgio Cardoso, o musical "Cantando na Chuva" volta ao Brasil. Além de fazer chover no palco, a mega produção traz números imperdíveis de dança e sapateado e encanta o público com uma comédia musical que é uma verdadeira viagem no tempo. O elenco de 25 atrizes e atores traz, entre eles, Rodrigo Garcia, Gigi Debei, Mateus Ribeiro e Fefe Muniz. A peça traz ao palco os ares nostálgicos da Hollywood do final dos anos 1920, época de efervescência da sétima arte, quando os filmes mudos foram dando espaço ao cinema falado. 

Com temporada no Teatro Sérgio Cardoso - instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e gerido pela Associação Paulista dos Amigos da Arte-, o espetáculo conta com produção de Instituto Artium de Cultura e coprodução do Atelier de Cultura, realizadores dos sucessos absolutos "Evita Open Air", "Wicked" e "Matilda - o Musical". Os ingressos custam de R$19,80 a R$400 e estão disponíveis no site www.cantandonachuvabrasil.com

Visto por milhões de pessoas em todo o mundo e aclamado por público e crítica, o filme é um clássico que une gerações tanto por sua história divertida e inteligente quanto por seus números excepcionais de dança e sapateado que marcaram para sempre a história dos musicais. Cantando na Chuva é apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Comgás.

Por esta razão, os produtores da nova montagem tiveram um cuidado mais que especial para que a magia do cinema ficasse ainda mais encantadora quando transposta para os palcos. E, obviamente, os atributos inerentes ao teatro como o contato próximo com o público, a cadência entre cenas e a euforia que só uma apresentação ao vivo com orquestra, elenco, luz, cenário e figurino grandiosos podem oferecer, foi harmonicamente inserida na produção. "Com certeza quem já conhece o filme vai se encantar mais ainda com esta nova produção. Quem ainda não conhece, terá uma experiência recheada de grandes referências da década que mudou o mundo do ponto de vista tecnológico e artístico. A nova versão tem muito mais comédia, coreografias e glamour", comenta John Stefaniuk, grande diretor da Broadway, à frente dessa produção.

No elenco estão Rodrigo Garcia no papel de Don Lockwood, eternizado no cinema por Gene Kelly; Gigi Debei como Kathy Selden, papel que foi defendido por Debbie Reynolds; Mateus Ribeiro como Cosmo Brown, personagem interpretado por Donald O'Connor; e Fefe Muniz, como Lina Lamont, interpretada por Jean Hagen. O musical também conta com Marcelo Goes, R.F. Simpson, Paulo Grossi, como Roscoe Dexter, Mari Rosinski, como Dora Bailey & Srta Dinsmore, Sandro Conte, como Rod, e grande elenco. Confira abaixo casting completo: 


Sobre "Cantando na Chuva"
Baseado no clássico filme de 1952, o musical "Cantando na Chuva" se passa em Hollywood no final da década de 1920. As estrelas do cinema mudo Don Lockwood e Lina Lamont vivenciam a impossível transição para o cinema falado, por conta da voz estridente de Lina, que arranca risadas da plateia.

Enaltecida por doses certeiras de comédia, romance, dança e sapateado, a trama se aquece com a paixão inesperada de Don com a corista contratada para dublar a superestrela Lina. O musical é divertidíssimo e indicado para toda a família, com coreografias inesquecíveis, além do memorável número da canção “Singin’ in the Rain”, levado aos palcos com o desafio técnico de fazer chover em cena. "Cantando na Chuva" é apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Comgás, tem patrocínio master da Brasilprev, patrocínio do Sem Parar e apoio do Radisson Blu São Paulo e da Dona Deôla.

Ficha técnica
Musical "Cantando na Chuva"
Rodrigo Garcia - Don Lockwood
Gigi Debei - Kathy Selden
Mateus Ribeiro - Cosmo Brown
Fefe Muniz - Lina Lamont
Marcelo Goes - R.F. Simpson
Paulo Grossi - Roscoe Dexter
Mari Rosinski - Dora Bailey & Srta Dinsmor
Sandro Conte - Rod
Andreina Szoboszlai - Ensemble
Cárolin Von Siegert - Ensemble
Caru Truzzi - Ensemble
Esther Ariev - Ensembl
Giselle Alfano - Ensemble
Thaiane Chuvas - Ensemble
Thays Parente - Ensemble
Danilo Barbieri - Ensemble
Danilo Martho - Ensemble
Dudu Martinz - Ensemble
Fábio Brasile - Ensemble
Fábio Galvão - Ensemble
Felipe Hideky - Ensemble
Madson de Paula - Ensemble
Julia Sanchis - Swing
Leonardo Aroni - Swing
Nina Sato - Swing / Dance Captain

Equipe criativa
Direção geral: John Stefaniuk
Direção musical: Adriano Machado
Cenário: James Kronzer
Figurino: Ligia Rocha, Marco Pacheco e Jemima Tuany
Coreografia: Floriano Nogueira
Design de som: Gastón Briski
Design de luz: Ben Jacobs

Serviço 
Musical "Cantando na Chuva"
Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Nydia Licia
Temporada: de 4 de abril até 16 de junho de 2024
Sessões: quartas, quintas e sextas-feiras, às 20h00. Sábados e domingos, às 15h00 e às 19h30.
R. Rui Barbosa, 153 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01326-010
Capacidade: 827 pessoas
Classificação etária: Livre
Duração do espetáculo: 140 minutos com 15 minutos de intervalo
Ingressos de R$ 19,80 a R$ 400,00
Confira legislação vigente para meia-entrada


Bilheteria on-line
Garanta seu ingresso em www.cantandonachuvabrasil.com
Bilheteria física – sem taxa de conveniência
R. Rui Barbosa, 153 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01326-010
Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 14h às 19h. Em dia de espetáculo, das 14h até o horário de início da sessão. Contato: (11) 3288-0136

sexta-feira, 22 de março de 2024

.: Teatro: peça “Guará Vermelha” é uma homenagem aos professores brasileiros


Adaptação teatral do romance "O Voo da Guará Vermelha", de Maria Valéria Rezende, o espetáculo reverencia outros estudiosos e educadores que acreditam na prática de uma educação libertadora, capaz de transformar as estruturas desse mundo, convocando a capacidade de construção coletiva da alegria. Foto: Alécio César


De 14 a 31 de março de 2024, quinta-feira a sábado às 19h, domingo às 18h, a Cia do Tijolo realiza uma temporada de seu mais novo espetáculo “Guará Vermelha”, no Centro Cultural São Paulo. Com direção de Dinho Lima Flor, “Guará Vermelha” é uma adaptação do romance "O Voo da Guará Vermelha", de Maria Valéria Rezende. E é a partir do olhar desta escritora e educadora popular, que a Cia do Tijolo coloca para girar Paulo Freire, Antônio Cândido, Nêgo Bispo, Abdias do Nascimento, Lourdes Barreto, Ivone Gebara, Margarida Maria Alves, Conceição Evaristo e outros estudiosos que acreditam na prática de uma educação libertadora, capaz de transformar as estruturas desse mundo, convocando a capacidade de construção coletiva da alegria.

O espetáculo conta a história de Rosálio e Irene. Ele, um trabalhador analfabeto, abraçado a uma caixa de livros, quer aprender a ler e a escrever, pois deseja ser contador de histórias. Ela, uma mulher à beira da morte, mãe e prostituta, que sonhava em ser professora, vê o pouco tempo que lhe resta de vida escorrer por entre os dedos numa sucessão de instantes sem sentido. Ela vai alfabetizá-lo em 23 dias, e ele vai contar histórias para que ela adormeça em paz e tenha motivos para despertar. 

O amor, a política e a vida em comunidade estão tão emaranhados nessa experiência, na qual o ato de ensinar e de aprender se apresentam em sua finalidade mais vital e humana: ensinar e aprender para não morrer de fome, para não morrer de doença, para não morrer de esquecimento. Sobre a aspereza de uma lona de caminhão, com carrinhos de mão, pedras, pás e peneiras como ferramentas de trabalho, os artistas, atuando como músicos, atores e dançarinos, narram e entoam a história de um encontro, criando um momento de delicadeza por meio da dança, da música e da poesia.

Para a Cia do Tijolo, a história aborda um amor sem dúvida, um amor como presença e sentido, nunca como falta. Fala sobre o direito à fabulação, direito à educação e sobre a importância da oralidade. Também trata sobre quilombos e metrópoles e desigualdade social, além de abordar uma epidemia, a do feminicídio. Também discorre sobre o trabalho alienado e o sequestro da linguagem e do tempo de vida pelo capital. A montagem é também uma grande homenagem às professoras e aos professores de todo o Brasil. Compre o livro "O Voo da Guará Vermelha", de Maria Valéria Rezende, neste link. 


Sobre a Cia do Tijolo
A Cia do Tijolo nasceu do desejo de fazer um espetáculo a partir da obra de Patativa do Assaré. Assim foi criado o espetáculo “Concerto de Ispinho e Fulô”. Outro poeta, Federico Garcia Lorca, inspirou seu segundo espetáculo “Cantata para um Bastidor de Utopias” e o educador Paulo Freire inspirou a terceira criação do grupo: “Ledores no Breu”. Já o espetáculo “O Avesso do Claustro”, convida o público para um encontro com uma das figuras mais importantes da história brasileira do século XX, Com seus espetáculos a Cia do Tijolo recebeu indicações em importantes premiações, foi três vezes vencedora do Prêmio Shell, duas vezes vencedora do Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro e duas vezes indicada ao Prêmio Governador do Estado de São Paulo. Garanta o seu exemplar de "O Voo da Guará Vermelha", de Maria Valéria Rezende, neste link. 


Ficha técnica
Espetáculo “Guará Vermelha”. Direção geral - Dinho Lima Flor. Direção musical - William Guedes. Direção de produção -  Suelen Garcez. Concepção do projeto - Dinho Lima Flor, Rodrigo Mercadante e Karen Menatti. Elenco: Atuadores - Karen Menatti, Rodrigo Mercadante, Odilia Nunes, Thaís Pimpão, Vera Lamy, Artur Mattar, Lucas Vedovoto, Mayara Baptista, Ana Maria Carvalho, Danilo Nonato, Dinho Lima Flor. Musicistas - Jonathan Silva, Maurício Damasceno, Marcos Coin, Nanda Guedes, Leandro Goulart. Boneca gigante: Victor Mourão. Dramaturgia: Fabiana Vasconcelos e Cia do Tijolo. Composições originais: Jonathan Silva, Leandro Medina, William Guedes e Nanda Guedes. Iluminadora: Laiza Menegassi. Técnico de Luz: Rafael Araújo. Técnicos de Som: Leandro Simões e Gabriel Milani. Figurino: Silvana Marcondes e Cia do Tijolo. Assistente de Figurino: Carol Petrucci. Cenário: Andreas Guimarães e Cia do Tijolo. Cenotécnico: Douglas Vendramini. Orientação de movimento: Gabriel Küster. Design gráfico: Fábio Viana. Fotos: Alécio César. Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini. Assistente de produção: Tatiane Garcez. Contrarregragem: João Bertolai e Douglas Vendramini.

Serviço
Espetáculo “Guará Vermelha”.
Duração: 180 minutos
Classificação indicativa: 18 anos
Até dia 31 de março de 2024 - Horário: quinta-feira a sábado às 19h, domingo às 18h
CCSP - Centro Cultural São Paulo - Espaço Cênico Ademar Guerra - Endereço: Rua Vergueiro, 1000 - Liberdade, São Paulo - SP, 01504-000
Ingressos: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia)
Link:https://rvsservicosccsp.byinti.com/?fbclid=PAAabN3vDy4p0sEZOTNc7aCm5YIzmgGNzai-Z5vES15RY4QolgazAyFxJpcFU#/event/guara-vermelha
Os ingressos podem ser reservados online através do link ou presencialmente na bilheteria física no CCSP. A retirada acontece enquanto houver cota de ingresso e as programações estão sujeitas a lotação.
Funcionamento da bilheteria presencial: terça a sábado, 13h às 22h / Domingo e feriados, das 12h às 21h

quinta-feira, 21 de março de 2024

.: Roberto Bomtempo reestreia musical "Raul Fora da Lei" no Teatro das Artes


Versão do espetáculo, dirigido por Deto Montenegro, traz no palco 35 alunos da Oficina dos Menestréis. Montagem será encenada de 22 de março a 12 de abril. Foto: Gal Olivieira


O premiado ator e diretor Roberto Bomtempo traz de volta aos palcos o musical de sucesso que homenageia um dos nomes mais importantes da música brasileira: o “Maluco Beleza” Raul Seixas (1945-1989). O espetáculo "Raul Fora da Lei" traz Bomtempo ao lado de 35 alunos da Oficina dos Menestréis, de 22 de março a 12 de abril, sextas-feiras, sempre às 20h00.

No ano passado, o ator relançou o espetáculo para celebrar seus 40 anos de carreira. A escolha de "Raul Fora da Lei" para celebrar o marco ocorreu de maneira natural. “Raul Seixas é um divisor de águas na minha vida profissional, foram mais de 20 anos levando ao palco a sua história, tanto que classifico a minha carreira como AR/DR, ou seja, antes e depois de Raul”, brinca.

Além disso, Bomtempo, que mora atualmente em Portugal, estará em São Paulo de 23 de março a 14 de abril com a produção do espetáculo "Diário de Pilar na Amazônia", aventura infantojuvenil que fala sobre a preservação da floresta e dos povos originários de forma lúdica, que tem sua esposa, Miriam Freeland, como atriz e idealizadora.

Concepção
"Raul Fora da Lei" estreou em novembro de 1999 e viajou por todo o país em sua concepção original, um monólogo, interpretado e roteirizado por Roberto Bomtempo e dirigido por José Joffily. Porém, no ano 2000, a Oficina dos Menestréis convidou o ator para transformar e adaptar o monólogo em um espetáculo musical, desta vez sob a direção de Deto Montenegro. Sucesso absoluto de público, esta montagem já foi vista por mais de 300 mil pessoas.

“Eu e Deto Montenegro temos uma sólida amizade de mais de 30 anos, uma irmandade com muita admiração um pelo outro. Mas por questões de agenda, nunca havíamos trabalhado juntos. Então, na época, propus adaptar o monólogo para que pudéssemos montá-lo com a Oficina dos Menestréis”, relembra Roberto Bomtempo. Ele completa, ressaltando que “a ideia foi criar um espetáculo estilo ‘Hair’, uma grande festa, uma grande celebração da vida e da música brasileira. O Deto topou na hora”.

Já Deto Montenegro destaca que “transformar 'Raul Fora da Lei' de um solo para um musical foi puro prazer. E contamos ainda com a parceria de Candé Brandão e Evelyn Klein, que elucidaram nossas ideias e operacionalizaram o processo de criação”.


Montagem
A montagem conta, de maneira despojada, a história de Raul Seixas, com bases em escritos do próprio Raulzito. O texto fala de sua relação com o sucesso, suas mulheres, sua espiritualidade, seus anseios, seus sonhos, suas frustrações. No espetáculo, Raulzito, afirma-se, contradiz-se, rompe com todas as regras, provoca risos e emociona, em cenas que são realçadas pela versatilidade de um elenco de 35 atores Menestréis, que cantam, dançam e atuam, acompanhados por uma banda e convidados especiais.

Os fãs certamente vão matar a saudade do ídolo e mesmo aqueles que conhecem apenas as músicas mais famosas como Gita e Maluco Beleza serão tocados pela vida repleta de altos e baixos de Raul, que nos deixou precocemente, em 1989.

Desafios
Roberto Bomtempo destaca como é dar vida no palco a uma figura tão complexa e singular como o Maluco Beleza. “Não sou um ator de imitações, então quando pensei em fazer o Raul, foi porque já o acompanhava durante muitos anos. Conhecia toda a sua obra profundamente, tinha escutado todas as entrevistas e tinha uma identificação muito grande com ele. Por isso, nunca pensei em fazer uma composição de personagem que se parecesse com Raul, apenas peguei o texto e me joguei nele, imbuído de todos os sentimentos que eu possuía a respeito dele”.

Desta maneira, levar Raul Seixas para o palco é um processo mais voltado às ideias do que à forma. “Eu queria estar no palco falando o que ele pensava. Nunca me preocupei em fazer parecido com o Raul, em seu falar, cantar e movimentar. Não sou fisicamente parecido com ele, mas as pessoas veem o Raul em mim pelo seu pensamento e pela forma como eu consegui traduzi-lo no palco. Fazer Raul Seixas, muito mais do que interpretar, é levar o pensamento dele adiante”, destaca o ator.

Por fim, Roberto Bomtempo e Deto Montenegro destacam a grande energia positiva trazida por esta montagem. “É uma grande festa, uma coisa linda, uma energia maravilhosa. O público pode esperar uma celebração da vida, de belos valores como amor, amizade, ética e arte pura, feita com coração e com muito talento pelos músicos e pelos jovens que estarão no palco junto comigo”, destaca Roberto Bomtempo. Já Deto Montenegro enfatiza que “a plateia terá muitas lembranças e saudade pelas músicas, além de uma energia contagiante. Todos vão cantar, vibrar e dançar juntos”.

Ficha técnica:
Espetáculo "Raul Fora da Lei". Concepção e Roteiro: Roberto Bomtempo e José Joffily. Interpretando Raul Seixas: Roberto Bomtempo. Versão dirigida por: Deto Montenegro. Assistente de Direção: Evelyn Klein. Direção Musical: Marco De Vita. Coreografias: Candé Brandão e Evelyn Klein. Desenho de Luz: Deto Montenegro. Operador de Luz: Iohan Iori. Operador de Som: Leonardo Marques. Técnico de Som: Áudio Performance / Clemente Sandro. Coord. de Palco: José Martins da Silva. Músicos: Rafael Diniz (Teclados), Caio Fabbri (Guitarra), Matheus Montenegro (Baixo), Gudino (Bateria). Designer Gráfico: Dennis Gomes. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Atendimento ao Público: Miriam Freeland. Foto e Filmagem:  Trópico filmes. Produção Executiva: Evelyn Klein/ Miriam Freeland/ Roberto Bomtempo. Realização: Movimento Carioca Produções Artísticas. Agradecimentos: Oficina dos Menestreis, Monica Cavenaghi, Rafão e Celso Shozo Oki. Elenco de alunos da Oficina dos Menestreis:  Ana Elisa Mona, Antonio Bento, Cassius W Campos, Cibele Cassiolatto, Daniel Nomoto, Dede Amorim, Pingo, Gabriel Pastore, Gi Simon, Heather Joi, Isa Novato, Nina Abrahão, Zelão Souto, Juliana Vieira, Lavinia Micchi, Leobina Bezerra, Marcelão, Marcão, Gueth Marques, Maricleia Oliveira, Monica Lupatin, Naty Ferraz, Paula Móz, Prica Almeida, Rafael Domingues, Ro Padula, Sonia Gentilini, Tati Pinho, Van Fonseca e Yggor Araujo.


Serviço
Espetáculo "Raul Fora da Lei". De 22 de março a 12 de abril, sextas-feiras, às 20h00. Classificação: 12 anos. Duração: 90 minutos. Ingressos: Plateia R$ 120,00 / R$ 60,00. Balcão R$ 100,00 / R$ 50,00. À venda pelo site www.sympla.com.br. Teatro das Artes. Capacidade: 796 lugares. Endereço: Avenida Rebouças, nº 3970 – Shopping Eldorado. Telefone: (11) 3034-0075.

.: Cia dOs Inventivos celebra a artista plástica Maria Auxiliadora da Silva


Em curta temporada no Sesc Casa Verde, o espetáculo coloca em foco o protagonismo dos artistas negros na construção da cidade de São Paulo. Foto: Zé Barretta

Para celebrar seus 20 anos, a Cia dOs Inventivos estreia espetáculo que homenageia a artista plástica Maria Auxiliadora da Silva (1935 - 1974), expoente cultural da capital paulista e uma das primeiras artistas plásticas negras a expor no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Com concepção e direção de Flávio Rodrigues e dramaturgia de Dione Carlos, o espetáculo "Maria Auxiliadora" ganha novas sessões no Sesc Casa Verde de 6 a 14 de abril, com sessões aos sábados e domingos; às 16h00, na quinta, dia 11, às 14h30 e na sexta, dia 12, às 19h30. Os ingressos são gratuitos. Em cena estão os artistas criadores Adilson Fernandes, Aysha Nascimento, Danilo de Carvalho, Dirce Thomaz, Flávio Rodrigues, Marcos di Ferreira, Taynã Azevedo e Val Ribeiro.

A ideia da peça é usar o teatro popular para reconstruir as trajetórias de vida de famílias que chegaram e ajudaram a construir a cidade. “Trazer à cena a vida e obra de Maria Auxiliadora da Silva é reverenciar a produção de toda a família Silva, fortalecendo as lutas dos artistas negros brasileiros, sempre partindo da premissa de que nós não estamos sozinhos”, aponta o diretor Flávio Rodrigues. No final da década de 1930, Maria Auxiliadora e seus irmãos formam uma grande família de artistas negros que migram para a zona norte de São Paulo. Em meio aos desafios da cidade, a família Silva vai tecendo a sua história e exercendo o seu protagonismo junto a tantas outras.

A história de Maria Auxiliadora também é forte como inspiração: uma mulher negra de origem pobre que ascende como artista visual em um meio elitista. Mas essa luta está permeada pelas relações de comunidade com uma rede de apoio que se conecta por familiaridade ou por compartilhar valores sociais, espirituais e culturais.

A dramaturga Dione Carlos ressalta a multiplicidade de Marias que serão apresentadas no espetáculo. “Maria Auxiliadora é fruto de uma comunidade composta de artistas de várias áreas. Sua mãe era uma artesã brilhante, rainha dos bordados. Seu pai era músico. São muitas Marias em uma só e cada uma delas é apresentada sempre em comunhão seja com a própria família, em mutirões para construir casas, na escola de samba, no baile black, no mundo das artes visuais ou em momentos de espiritualidade, no qual se conecta com sua ancestralidade afro-indígena”.

Por meio desta história de vida e relações, a Cia dOs Inventivos convida o público a pensar sobre ética comunitária, famílias alargadas e práticas ancestrais herdadas e reatualizadas na cidade. Ela põe uma lupa na participação dos negros na construção da metrópole paulistana. Para compor a direção, Flávio Rodrigues trabalhou com três eixos fundamentais. “O primeiro deles foi reconstituir as memórias, mesmo que lacunares, da vida de Maria Auxiliadora da Silva e de sua família. O segundo eixo foi partir da multiplicidade de experiências artísticas do elenco (a dança, a música e as artes plásticas), e por último, buscamos aproximar as artes plásticas ao universo do samba, linguagem muito presente na produção dos artistas da família Silva”, explica o diretor.

O cenário do espetáculo é composto por um mobiliário amontoado que remete às dificuldades de uma vida precária na cidade. A cenografia se transforma para dar lugar à residência da família Silva, ao ateliê, às ruas, à praça da República, aos bailes e aos barracões. “Os objetos cênicos desmontam, se encaixam, formam alturas diferentes, e se transformam em palco, palanque e oratório. Sob o ponto de vista estético, o tom do barroco mineiro entrecruza-se às nuances da São Paulo desvairada do néon, das máquinas fabris e dos projetos de modernização”, explica Flávio Rodrigues.

Já o figurino reflete as habilidades da família Silva, que costurava as próprias roupas; a representação dos corpos nas obras produzidas por Maria Auxiliadora e seus irmãos e a tecelagem estética de confecção e pintura de tecidos entre as décadas de 1940 a 1970. Por fim, a trilha sonora bebe no samba, no jongo, nos batuques, nas congadas e no samba-rock.


20 anos de história
O assunto também é importante para o grupo, que surgiu em 2004, um momento em que o Teatro de Grupo e o Teatro de Rua eram movimentos fortes com diálogo com os órgãos públicos do município. Para Flávio Rodrigues, resistir como um grupo é ajudar São Paulo a cultivar a sua diversidade cultural e o pensamento crítico. “Nós seguimos na luta em parceria com outros grupos que vivenciaram situações e desafios semelhantes aos nossos. Acreditamos que 20 anos de história traduzem as dores e as delícias de sermos uma companhia em constante pesquisa e estudos”, celebra o diretor.

Em 2019, a companhia promoveu encontros chamados de Solos Férteis, para decidir o foco do grupo nos projetos seguintes. Desses encontros, surgiu a ideia de continuar falando das personalidades. A primeira peça foi sobre a escritora Carolina Maria de Jesus (Um Canto para Carolina). E, depois, o foco foi Maria Auxiliadora da Silva, com projetos contemplados por dois editais do Programa de Fomento ao Teatro.


Ficha técnica:


Concepção e direção geral: Flávio Rodrigues. Assistente de direção: Aysha Nascimento. Artistas-criadores: Adilson Fernandes, Aysha Nascimento, Carol Nascimento, Danilo de Carvalho, Dirce Thomaz, Flávio Rodrigues, Marcos di Ferreira, Taynã Azevedo e Val Ribeiro. Dramaturgia: Dione Carlos. Dramaturgia da cena: Cia dOs Inventivos. Orientação de pesquisa: Bruno Garcia. Direção musical: Jonathan Silva. Preparação vocal: William Guedes. Preparação corporal e coreografia: Aysha Nascimento e Val Ribeiro. Músicas originais: Adilson Fernandes, Bruno Garcia, Carol Nascimento, Dani Nega, Flávio Rodrigues e Jonathan Silva. Cenografia: Flávio Rodrigues e Wanderley Wagner. Desenho de luz: Wagner Pinto. Instalação: Marcos di Ferreira e Taynã Azevedo. Figurino: Silvana Marcondes. Assistente de figurino: Julia Tavares Bispo. Pinturas roupas: Bru Fiamini, Julia Tavares Bispo e Silvana Marcondes. Fantasias de carnaval: Bru Fiamini. Costureiras: Juliana Sampaio e Judite de Lima. Adereços: Marcos di Ferreira e Taynã Azevedo. Ade orixás e esculturas de pombos: Adilson Fernandes. Cenotécnico: Robson Toma. Contrarregras: Danilo de Carvalho e Lucas Ramos. Operação de luz: Beatriz Nauali. Sonoplastia e operação de som: Tomé de Souza. Estagiário-residente e social mídia: Danilo de Carvalho. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Arte Gráfica: Bruno Marcitelli. Fotografia:  Zé Barretta. Pintura em tela (imagem): João Cândido da Silva. Produção Executiva: Aysha Nascimento, Flávio Rodrigues e Marcos di Ferreira. Estagiária de produção: Fernanda Santos. Bilheteria: Yenka Nascimento. Produção Geral: Cia dOs Inventivos.


 


Serviço:


Espetáculo Maria Auxiliadora com a Cia dOs Inventivos


De 6 a 14 de abril no Sesc Casa Verde


Local: Arena


Sessões: Dias 6, 7, 13 e 14/04, sábados e domingos, às 16h.

Dia 11/04, quinta, às 14h30. Dia 12/04, sexta, às 19h30.

Duração: 120 minutos

Classificação etária: 14 anos

Ingressos: grátis

Retirada de ingressos uma hora antes do espetáculo, na Central de Atendimento.

https://www.sescsp.org.br/programacao/maria-auxiliadora/


Sesc Casa Verde

Av. Casa Verde, 327 – Jardim São Bento, São Paulo.

Estacionamento: entrada pela Rua Soror Angélica, 751.

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