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segunda-feira, 22 de abril de 2024

.: Osmar Prado e Maurício Machado nos palcos em "O Veneno do Teatro"

Após hiato de dez anos, Osmar Prado retorna aos palcos, ao lado de Maurício Machado, em um texto clássico e contundente do espanhol Rodolf Sirera, um dos dramaturgos contemporâneos de maior renome na Europa. A direção é de Eduardo Figueiredo, que assina inúmeros sucessos do teatro nacional.  texto já foi encenado em mais de 62 países em todo o mundo. Grande sucesso de público e crítica em São Paulo, chega em maio no Rio de Janeiro! 


Osmar Prado e Maurício Machado: duelo vibrante em cena. Foto: Priscila Prade


Depois de 10 anos afastado dos palcos, Osmar Prado está de volta em um texto clássico e contundente do espanhol Rodolf Sirera, um dos dramaturgos contemporâneos de maior renome na Europa. No palco divide a cena com o premiado ator Maurício Machado, dirigido por Eduardo Figueiredo (diretor de inúmeros sucessos de público e crítica no teatro nacional).

Uma obra reconhecida e premiada em vários países, uma espécie de thriller que trata de temas importantes e atuais. O texto propõe uma reflexão pertinente sobre a ética, estética, as máscaras das convenções sociais, o jogo do poder, em suma, a necessidade de autoconhecimento tão latente em todos nós, dentro dos limites da realidade e da ficção.

O texto de Sirera já foi traduzido para o inglês, francês, italiano, eslovaco, polonês, grego, português (de Portugal e do Brasil), croata, húngaro, búlgaro, japonês, entre outros idiomas. Foi encenado em mais de 62 países (Espanha, Inglaterra, França, Venezuela, Polônia, Grécia, Porto Rico, Argentina, México, Estados Unidos e Japão, etc), e coleciona prêmios mundo afora. Sempre em cartaz em algum país desde então, recentemente reestreou na Espanha e Argentina, depois de ter excursionado por alguns países, com grande êxito de público e crítica. O que explica parte de seu sucesso: vitalidade e contemporaneidade.

Em cena dois atores premiados, num vibrante duelo: o renomado ator Osmar Prado e o experiente Maurício Machado.

O espetáculo, escrito na década de setenta após a ditadura de Franco no início do processo democrático na Espanha, se passa na França em 1784, pré-revolução francesa, ressaltando o período neoclassicista.

Nesta nova versão brasileira, a peça assume uma postura atemporal, inspirada na década de 20 em Paris.

"Es una obra interesante, un juego dialéctico sobre ser y representar. Es una fábula moral, un thriller en torno a lo que es el arte”, conta o autor.

“Em um momento com tantas adversidades, em que o homem apresenta sérios sinais de retrocesso e barbárie, a obra de Rodolf Sirera nos apresenta uma importante reflexão sobre civilidade, poder e até onde pode ir a crueldade do ser humano”, diz o diretor Eduardo Figueiredo.

O espetáculo é todo pontuado com música ao vivo executada pelo violoncelista Matias Roque Fideles e tem direção musical de Guga Stroeter.

A montagem que teve pré-estreias em Belo Horizonte e Brasília, em janeiro, com casas lotadas e sessões extras, agora termina a sua temporada de São Paulo com sucesso de público e crítica. E após uma breve turnê em abril (Belém, Goiânia e Porto Alegre) enfim chega ao Rio de Janeiro no dia 02 de maio de 2024 no Teatro Firjan SESI Centro.

“O Veneno do Teatro cria envolvente suspense com Osmar Prado e Maurício Machado em jogo afiado. Os dois atores criam um jogo sofisticado e surpreendente.”

Miguel Arcanjo, crítico/ jornalista/ jurado APCA, SP


“O texto de Sirera oferece dois grandes personagens, de perfis e estruturas diferentes, que são defendidos com garra pelos intérpretes. O Veneno do Teatro, na concepção de Figueiredo, é uma peça de ideias, um daqueles espetáculos que deseja provocar o público com um texto que revela camadas inesperadas. A opção de levar ao palco a obra de Sirera prova a conexão de Figueiredo com o seu tempo na escolha dos projetos.”

Dirceu Alves Jr., jornalista, escritor e crítico de Teatro/SP


“O carisma de Osmar Prado é inigualável. Seu personagem é dúbio e possui uma fina camada de idiossincrasia. Sua paixão pelo teatro o leva ao limite da razão. A atuação de Maurício Machado vai crescendo numa espantosa velocidade e robustez. Entendemos, nesse momento, a escolha do parceiro. Dois gigantes, cada um de seu tempo.”

Eliana de Castro, crítica de Teatro/SP



Sinopse:

Um ator é convidado pelo excêntrico Marquês para interpretar uma peça teatral de sua autoria (inspirada na morte de Sócrates). Um encontro entre o Marquês (Osmar Prado), um nobre aristocrata egocêntrico que, de forma surpreendente, passa a controlar através de um jogo psicológico o outro personagem, o ator Gabriel de Beaumont (Maurício Machado).

Depois de muitas surpresas no decorrer do espetáculo, o Marquês revela-se um psicopata capaz de qualquer coisa para atingir seu objetivo.


SERVIÇO

O Veneno do Teatro

Texto: Rodolf Sirera

Tradução: Hugo Coelho

Direção: Eduardo Figueiredo

Elenco: Osmar Prado e Maurício Machado

Músico: Matias Roque Fideles

Direção Musical e Trilha: Guga Stroeter

Cenário e figurinos: Kleber Montanheiro

Desenho de Luz: Paulo Denizot

Em cartaz de 02 de maio a 02 de junho

Quintas e sextas às 19h

Sábados e domingos às 18h

Local: Teatro Firjan SESI Centro

Endereço: Av. Graça Aranha, nº 1, Centro, Rio de Janeiro, RJ

Classificação etária: 14 anos

Ingresso: R$ 40 (inteira) | R$ 20 (meia)

Canal de venda: Sympla ou na bilheteria do teatro

Duração: 70 minutos


Ficha Técnica

Espetáculo: "O Veneno do Teatro"

Texto: Rodolf Sirera

Tradução: Hugo Coelho

Direção: Eduardo Figueiredo

Elenco: Osmar Prado e Maurício Machado

Músico: Matias Roque Fideles

Direção musical e trilha: Guga Stroeter

Assistente de direção musical e trilha: Pedro Pedrosa

Cenário e figurinos: Kleber Montanheiro

Desenho de luz: Paulo Denizot

Desenho de som: Anderson Moura

Fotografias em estúdio: Priscila Prade

Programação visual: Raquel Alvarenga

Assistente de direção: Gabriel Albuquerque

Camareira: Charlene Soares

Técnico de som: Henrique Berrocal

Técnico de luz: Lucas Andrade

Contrarregra: Rodrigo Bella Dona

Cenotécnico: Evandro Carretero

Administrador: Marcelo Vieira

Produção executiva: Paulo Travassos

Assistente de produção: Mavi Uema

Assessoria de imprensa: Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho

Relações públicas: Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho

Financeiro: Thaiss Vasconcellos

Leis de incentivo: Renata Vieira

Idealização e produção: Manhas & Manias Projetos Culturais

domingo, 21 de abril de 2024

.: "Também Guardamos Pedras Aqui", com Luiza Romão, no Sesc Vila Mariana


Vencedora do Prêmio Jabuti nas categorias Poesia e Livro do Ano em 2022, a obra reconta a Guerra de Troia sob uma perspectiva feminista. Para adentrar no universo dos poemas, a peça, dirigida por Eugênio Lima, utiliza a linguagem do spoken word e coloca a própria autora em cena. Foto: Luiza Sigulem

Para Luiza Romão, a fundação da literatura e do teatro ocidental aconteceu a partir de um massacre. Isso porque as obras consideradas os grandes marcos desse processo, “Ilíada” e “Odisseia”, ambas de Homero, evocam a Guerra de Tróia sob uma ótica estritamente masculina. A atriz e poeta subverteu o clássico e publicou o livro de poemas “Também Guardamos Pedras Aqui” com o objetivo de amplificar narrativas e personagens femininas historicamente apagadas na história oficial . O trabalho ganhou os palcos e faz sua estreia no Sesc Vila Mariana entre os dias 26 de abril e 18 de maio de 2024, com sessões às sextas-feiras e sábados, às 20h00. Nos dias 11 e 18 de maio estão programadas apresentações extras, às 18h00. 

“Na minha visão, tudo o que é considerado saber e humano no Ocidente foi moldado a partir dessas narrativas violentas. E, num contexto de guerra, o corpo feminino também vira um campo de batalha. Assim, quando escolho recuperar essas figuras apagadas da historiografia oficial, como Cassandra, Ilíone, Ifigênia e Polixena, quero discutir os violentos estratagemas do patriarcado e diferentes formas de subjugação do sistema colonial”, comenta Luiza.

Publicado pela editora Nós em 2022, o livro foi uma sensação e venceu o Prêmio Jabuti nas categorias Poesia e Livro do Ano. Seu primeiro desdobramento, ainda no mesmo ano, foi uma vídeo-poesia que teve Menção Honrosa no International Videopoetry Festival (Grécia) e foi exibido no Weimar Poetry Film (Alemanha). Agora, a obra também se transformou em espetáculo – e sob a direção de Eugênio Lima. “Sentimos que o mais importante para a encenação era a palavra ser a grande força. Por isso, optamos pela linguagem do spoken word e utilizamos fotos e vídeos projetados. O foco é a performance de Luiza sobre os seus poemas, ao vivo”, conta. Garanta o seu exemplar de “Também Guardamos Pedras Aqui”, escrito por Luiza Romão, neste link.


Sobre a encenação
Sendo a palavra o centro da ação, Eugênio e Luiza usam-na de variadas formas: como som, como gesto, como ruído, como eco, como coro, como grafia, como pixo, como projeção, como pedra, como música, como sussurro e como testemunho. É uma maneira de a peça se manter fiel à proposta do livro, já que as poesias não seguem necessariamente um estilo tradicional. 

“Brinco muito com a linguagem no livro. Por isso, tem poema que é como uma canção de karaokê, tem poema que é uma mancha gráfica, como se fosse um documento censurado, tem poema em forma de manifesto, tem poema que é homenagem e tem até um escrito que é um acerto de contas”, revela Luiza. 

Na prática, para seguir toda essa diversidade narrativa, os poemas serão performados de inúmeras formas: falados direto no microfone, reproduzidos com efeitos de delay ou sobreposição, falados sem o auxílio de um amplificador de volume ou simplesmente escritos. Eles também podem aparecer em meio às projeções. A trilha sonora é operada ao vivo por Eugenio Lima para criar uma ambiência que remeta à Grécia Antiga, mas sem se descolar do momento presente da encenação.

Para as imagens projetadas, a atriz e escritora fez uma ampla pesquisa.  Viajou por vários países buscando ecos da violência tão celebrada nas narrativas sobre a Guerra de Tróia e fez algumas das fotos e vídeos presentes em “Também Guardamos Pedras Aqui”. Um dos espaços evocados durante o espetáculo, por exemplo, é Vallegrande, região no interior da Bolívia onde Che Guevara foi assassinado. Além disso, o espetáculo utiliza trechos de filmes e registros de ações urbanas na paisagem visual do trabalho. Quem assina a videografia é a VJ Vic Von Poser. 

O espetáculo foi convidado pelo Itamaraty para se apresentar na Feira do Livro de Bogotá, em abril, onde fará a pré-estreia. Além disso, Luiza viaja em maio para a Feira do Livro de Buenos Aires, onde fará apresentações em slams e participará de mesas de debate.


Sinopse do espetáculo
“Também Guardamos Pedras Aqui” é um espetáculo baseado no livro homônimo da poeta e atriz Luiza Romão, publicado pela editora Nós e vencedor do Prêmio Jabuti de Livro do Ano e Livro de Poesia em 2022. Com direção de Eugênio Lima, a encenação estrutura-se a partir da linguagem do spoken word (palavra falada) e do jogo entre a performance dos poemas ao vivo, imagens projetadas (fotografias, intervenções urbanas e vídeos de arquivo sobre o tema) e bases musicais gravadas (coro de vozes, samples e trilha original). 

A dramaturgia reconta a Guerra de Troia desde uma perspectiva feminista a fim de pensar a fundação da literatura e do teatro ocidental. Ao recuperar figuras apagadas da historiografia oficial (como Cassandra, Ilíone, Ifigênia, Polixena, entre tantas outras), o espetáculo discute os violentos estratagemas do patriarcado e diferentes formas de subjugação do sistema colonial. Compre o livro “Também Guardamos Pedras Aqui”, de Luiza Romão, neste link.


Ficha técnica
Espetáculo “Também Guardamos Pedras Aqui”
Atriz e spoken word: Luiza Romão
Direção e direção musical: Eugênio Lima
Produção executiva: Iramaia Gongora
Iluminação: Matheus Brant
Figurino: Claudia Schapira
Videografia e pesquisa imagética: Vic Von Poser
Cenário: Wanderley Wagner
Assistentes de produção: Julia Fávero e Isadora Fávero
Técnicos de som: João Souza e Clevinho Souza


Serviço
Espetáculo “Também Guardamos Pedras Aqui”
Datas: 26 e 27 de abril e 3, 4, 10, 11, 17 e 18 de maio, às sextas e sábados, às 20h00. Dias 11 e 18 de maio, sessão extra às 18h00.
Local: Auditório: 1º andar – Torre A do Sesc Vila Mariana
Endereço: R. Pelotas, 141 - Vila Mariana, São Paulo
Duração: 50 minutos
Faixa etária: 16 anos
Ingressos: disponíveis pelo aplicativo Credencial Sesc SP e pelo Portal Sesc SP e nas bilheterias do Sesc em todo o Estado – R$ 12,00 (credencial plena); R$ 20,00 (estudante, servidor de escola pública, idosos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$ 40,00 (inteira).


Sesc Vila Mariana | Informações
Endereço: Rua Pelotas, 141, Vila Mariana - São Paulo
Central de Atendimento (Piso Superior – Torre A): terça a sexta, das 9h às 20h30; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h (obs.: atendimento mediante agendamento).
Bilheteria: terça a sexta, das 9h às 20h30; sábado, das 10h às 18h e das 20h às 21h; domingos e feriados, das 10h às 18h.
Estacionamento: R$ 8,00 a primeira hora + R$ 3,00 a hora adicional (Credencial Plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). R$ 17 a primeira hora + R$ 4,00 a hora adicional (outros). 125 vagas.
Paraciclo: gratuito (obs.: é necessário a utilização travas de seguranças). 16 vagas
Informações: 11 5080-3000

sábado, 20 de abril de 2024

.: Entrevista: Rodrigo Simas, fora de "Renascer", volta a ser Hamlet no teatro


Sucesso com o  Venâncio de "Renascer", Rodrigo Simas comenta encerramento do ciclo na novela e volta para o teatro paulistano em nova temporada de "Prazer, Hamlet". Foto: Ronaldo Gutierrez

A morte de José Venâncio acontece nos próximos capítulos e Rodrigo Simas já se prepara para voltar ao teatro. Em maio, em São Paulo, ele reestreia o monólogo "Prazer, Hamlet". Dirigido por Ciro Barcelos, o ator se desnuda em seu primeiro monólogo que teve ingressos esgotados na primeira temporada no Rio de Janeiro e em São Paulo. Se no teatro ele entrega tanto, na novela "Renascer", em que ele se despede, a rivalidade entre os Inocêncio e a família Coutinho atravessa gerações e desta vez fará mais uma vítima em "Renascer".

No capítulo previsto para ir ao ar na segunda, 22, Egídio (Vladmir Brichta) arma uma tocaia na estrada para se vingar de José Inocêncio (Marcos Palmeira) mesmo que o alvo seja um dos filhos do fazendeiro. A caminho da fazenda, João Pedro (Juan Paiva) dirige a caminhonete com o irmão, José Venâncio (Rodrigo Simas), no banco do carona. Depois que Buba (Gabriela Medeiros) dá um ultimato e põe o namorado para fora de casa, Venâncio repensa toda a situação e viaja para Ilhéus disposto a contar toda a verdade para "painho".

Mas um tiro certeiro de Egídio acaba com os planos. Aguardando à espreita, o coronel acerta não somente o carro, que faz João Pedro perder o controle e quase cair na ribanceira, como José Venâncio. José Inocêncio parece pressentir a tragédia e sai a galope em direção à estrada, mas só encontra o carro abandonado e conclui que algo grave aconteceu.

Ferido e perdendo muito sangue, Venâncio é acudido por João Pedro, que carrega o irmão, e consegue chegar à casa de Morena (Ana Cecília Costa) gritando por socorro. Delirando, Venâncio ainda chama por Maria Santa (Duda Santos), mas não resiste ao ferimento e morre antes da chegada de José Augusto (Renan Monteiro) ao local. Todos ficam chocados e incrédulos. Especialmente João Pedro, que se sente culpado pela morte do irmão e jura vingança.

"Renascer" é uma novela escrita por Bruno Luperi baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Gustavo Fernández, direção geral de Pedro Peregrino e direção de Walter Carvalho, Alexandre Macedo, Ricardo França e Mariana Betti. A produção é de Betina Paulon e Bruna Ferreira e a direção de gênero de José Luiz Villamarim. A seguir, Rodrigo Simas fala sobre o trabalho em "Renascer".


Você se despede de "Renascer" nos próximos capítulos. Que análise você faz sobre a trajetória do José Venâncio na história?
Rodrigo Simas - José Venâncio estava vivendo crises. Sempre tentando acertar e curar alguns traumas, mas dificilmente conseguia. Ele teve uma trajetória de encontros e desencontros terminando a vida numa tocaia sem nem saber de onde surgiu, mas sendo a consequência por ser um Inocêncio.
 

O que mais te chamou a atenção no Venâncio?
Rodrigo Simas - O que mais me chamou a atenção no personagem foi observar como ele deixou de viver suas verdades e repetir padrões para agradar o próprio pai. Uma prisão dentro da própria cabeça.

De que forma as relações sociais com o pai, Buba, Teca e Eliana influenciaram a pessoa que ele se tornou?
Rodrigo Simas - Cada relação influencia de uma maneira diferente da outra. Mas todas são relações de convivências. Talvez o fato dele querer a aprovação dessas pessoas o fazia ter dificuldade de acertar nas escolhas.                 

Como foi gravar a sequência da morte de José Venâncio ao lado de Juan Paiva?
Rodrigo Simas - O Juan é uma pessoa admirável e um dos melhores atores da geração. Foi uma sequência difícil e trabalhosa. Não fizemos as cenas em ordem cronológica, viajamos para gravar na serra do Rio de Janeiro, mas conseguimos nos divertir.

E sobre a experiência de gravar dentro de um caixão durante o velório. Como foi?
Rodrigo Simas - Já havia morrido em cena uma vez, mas nunca tinha gravado dentro de um caixão. Sempre me perguntam se fiquei com aflição ou tive algum desconforto, mas não. Fiquei zero agoniado e tenso, pelo contrário. Estava confortável e ainda fecharam o caixão por alguns segundos. Em alguns momentos tinha vontade de rir durante os ensaios.
 

Você destacaria alguma cena mais marcante ao longo desses últimos meses?
Rodrigo Simas - Começando por essa cena inédita com Mainha (Duda Santos), que será a última cena de José Venâncio na história e que foi bem especial fazer. Mas destaco ainda as cenas do início da trama com a Buba (Gabriela Medeiros) e outras com a Eliana (Sophie Charlotte) também.


Quais são seus projetos após a novela?
Com o término da novela vou fazer Teatro. Dia 3 de maio já reestreia o meu monólogo: “Prazer, Hamlet” em São Paulo.

quinta-feira, 18 de abril de 2024

.: Sesc Vila Mariana estreia "Primeiro Hamlet" em 11 de maio

“Primeiro HAMLET”, de William Shakespeare, estreia no dia 11 de maio na sala Antunes Filho, no Sesc Vila Mariana. Gabriel Villela encena a primeira versão conhecida de Hamlet, mais célebre tragédia de William Shakespeare.  Chamada de primeiro in-quarto (Q1) pelos especialistas, a tradução para o português chegou aqui apenas em 2014, pelas mãos do doutor em literatura inglesa e norte-americana José Roberto O´Shea

Foto: João Caldas


A peça traz Chico Carvalho no papel de Hamlet. Essa é a sua sexta parceria com o diretor, sendo a segunda montagem de Shakespeare (a primeira foi A Tempestade).  Na opinião do ator, as personagens do dramaturgo inglês são como “um prisma cujas diversas faces são iluminadas por seus versos, daí sua riqueza imensurável”.  O elenco também conta com outros grandes atores. Elias Andreato interpreta Corambis (chamado de Polônio nas outras versões), Claudio Fontana faz o Rei Cláudio e, ao seu lado, como Rainha Gertred (Gertrudes, nas outras versões), está Luciana Carnieli.  Ciça de Carvalho é Ofélia.  Ivan Vellame faz o melhor amigo do protagonista, Horácio; André Hendges, o irmão de Ofélia, Laertes; Gabriel Sobreiro e Breno Manfredini são os colegas de Hamlet, aqui chamados de Rosencraft e Gilderstone; por fim, João Attuy interpreta tanto o Coveiro, quanto o invasor norueguês, Fortimbrás. Não menos importante, visto que o diretor tem especial apreço pela musicalidade em todos os seus trabalhos, Dan Maia executa a trilha sonora ao vivo.  

Uma das peculiaridades dessa montagem é a escolha do texto.  Poucas pessoas sabem que há três versões da mais famosa tragédia do bardo, chamadas respectivamente de Q1 (de 1603), de Q2 (de 1604) e de Fólio (de 1623), todas autênticas, conforme atestado pelos estudiosos da área.  Elas diferem sobretudo em extensão, sendo que a primeira tem metade dos versos do Fólio, a mais conhecida e montada entre nós.  A diferença de tamanho torna o “Primeiro Hamlet” mais ágil e menos metafísico.  “A convivência de múltiplas versões era comum no período Elisabetano-Jaimesco”, explica José Roberto O´Shea.  Já Gabriel Villela afirma ter escolhido a primeira delas, não por ser menos conhecida e inédita em São Paulo, mas porque “é a fonte primordial, de onde nasce água pura capaz de purificar, hidratar o rosto das almas, Hamlet!”.


Sobre a encenação

Os atores narram e dramatizam a tragédia shakespeariana sobre um palco coberto por troncos de árvores carbonizadas, ou o que sobrou de uma floresta queimada. J. C Serroni inspirou-se na paixão do autor por florestas, facilmente identificada no protagonismo que exercem em Sonho de Uma Noite de Verão, ou na força trágica que tem em Macbeth.  Uma cama, também carbonizada, é manipulada para sugerir diferentes ambientes, chegando a funcionar como um pequeno palco dentro do grande palco para acolher cenas emblemáticas da tragédia.  

Na concepção de Gabriel Villela, a devastação da natureza sobre a qual se desenrola a trama é uma alusão aos desafios impostos pelo Antropoceno.  O diretor diz ter ficado especialmente comovido com as queimadas no Cerrado, no Parque Nacional das Emas “que trouxe a terrível imagem de um Tamanduá carbonizado.  Essa foto girou o mundo, tornou-se um incêndio simbólico”.  Já o diretor-adjunto, Ivan Andrade, entende que esse texto, “como qualquer clássico, absorve questões do tempo em que está sendo montado.  Colocar Shakespeare, que, nas palavras de Harold Bloom, inventou o homem, em sobreposição a essa destruição causada pelo próprio homem deflagra a necessidade de reflorestamento não apenas das nossas florestas, como também do imaginário.  O colapso ambiental é humano, e é sobretudo da imaginação”.

Gabriel Villela conta que a escolha do elenco deu-se pela voz dos personagens: o desenho da voz de cada ator auxiliou na formação final desta equipe. “No Brasil, a voz foge de convenções inglesas, americanas; o nosso método é Dercy Gonçalves e Grande Otelo, é circo. Isso implica em outra lógica para essas escolhas e faz com que caiba o melodrama do circo na cena da peça dentro da peça, por exemplo”.  Para trabalhar as vozes, Villela contou com sua parceira de muitas décadas, Babaya Morais, além de Dan Maia, ambos responsáveis pela direção musical. A maior parte das músicas é cantada em latim ao vivo pelos atores. O ponto de partida é o cantochão gregoriano, que vai ganhando polifonia ao longo da tragédia.

Os figurinos são, como sempre, assinados por Gabriel Villela, e a luz é de Wagner Freire. 

Para Chico Carvalho, “o Hamlet aqui não é uma versão minha, mas, principalmente, produto da linguagem do Gabriel.  Estamos a favor de uma maquinaria, de uma linguagem.  Com essa premissa, a gente se livra um pouco dessa enrascada de tentar definir o personagem, porque ele é indefinível”.

Sinopse

O jovem príncipe Hamlet da Dinamarca depara-se com o espectro de seu pai, que revela que seu irmão Cláudio, tio de Hamlet, agora casado com Gertred - mãe do Príncipe, o envenenou. Atormentado com esta descoberta, Hamlet cria um plano para testar a veracidade do crime narrado pelo fantasma de seu pai e vingar seu assassinato.


Sobre Gabriel Villela

Artista de teatro, diretor, cenógrafo e figurinista, conhecido por sua teatralidade barroca e fortes traços de brasilidade com mais de 50 espetáculos encenados. Gabriel Villela tem como característica forte a mistura entre uma formação erudita e a estética popular. Estudou Direção Teatral na Universidade de São Paulo.

Sua extensa produção, iniciada profissionalmente na década de 1980, vem colecionando críticas positivas e prêmios (3 Prêmios Molière, 3 Prêmios Sharp, 13 Prêmios Shell, 10 Troféus Mambembe, 6 Troféus APCA, da reconhecida Associação Paulista de Críticos de Arte, 5 Prêmios APETESP, da Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais de São Paulo, 2 Prêmios PANAMCO, 1 Prêmio Zilka Salaberry.e 1 Prêmio APTR), com espetáculos exuberantes, que derivam de textos de autores clássicos como Shakespeare, Schiller e Beckett, mas também de um mundo mais prosaico e particular, no qual se revela sua paixão pela estética popular. A inspiração do circo e a narrativa épica são características marcantes de seu teatro.

Sua peça de estreia, Você vai ver o que você vai ver (1989), já chamou a atenção de críticos e público. No ano seguinte, dirigiu a grande atriz Ruth Escobar em Relações Perigosas. Tornou-se um dos mais renomados diretores teatrais com reconhecimento internacional, sendo convidado a participar de Festivais nos EUA, Europa e América Latina representando o Brasil. Com o Grupo Galpão (ROMEU E JULIETA), Gabriel Villela foi convidado para uma temporada no Globe Theatre, em Londres, conquistando a crítica e o exigente público londrino. O espetáculo voltou a Londres em 2012 para participar da OLIMPÍADA CULTURAL, evento paralelo aos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. Outras encenações do autor inglês merecem destaque, como Sua Incelença Ricardo III (2010), Macbeth (2012) e A Tempestade (2015/2016).

Encenou Pirandello (Henrique IV e Os Gigantes da Montanha), Camus (Estado de Sitio e Calígula), Heiner Muller (Relações Perigosas), Calderón de La Barca (A Vida é Sonho), Schiller (Mary Stuart), William Shakespeare, Strindberg (O Sonho) e Eurípides (Hécuba), e os dramaturgos brasileiros Nélson Rodrigues (Boca de Ouro, A Falecida e Vestido de Noiva), Arthur Azevedo (O Mambembe), João Cabral de Melo Neto (Morte e Vida Severina), Luís Alberto de Abreu (A Guerra Santa), Ariano Suassuna (Auto da Compadecida) e Alcides Nogueira (Ventania, A Ponte e A Água de Piscina). 

Foi diretor artístico do Teatro Glória/RJ (1997/99) e também do TBC Teatro Brasileiro de Comédia/SP (2000/01). Dirigiu musicais, óperas, companhias de dança e especiais para TV. 

Na Dança, acabou de dirigir a G2 Cia de Dança do Balé do Teatro Guaira montando “GAG, sobre o Teatro de Marionetes” baseado na obra de Kleist. Seus últimos trabalhos no teatro foram com os grupos teatrais Os Geraldos (CORDEL DO AMOR SEM FIM e UBU REI) e Maria Cutia (O AUTO DA COMPADECIDA). Quase todos os espetáculos que dirigiu fizeram temporada na cidade de São Paulo, onde reside.

“A explosão visual do teatro de Gabriel Villela está na refração da luz de velas dos altares ou na ribalta dos dramas das arenas de circo, nas alegorias de uma religiosidade que reverbera trevas medievais ou em palhaços que subvertem a sisudez do clássico sem roubar-lhe a alma.” (Macksen Luiz, crítico teatral)


Sobre o tradutor

José Roberto O’Shea formou-se bacharel pela Universidade do Texas-El Paso (1977), mestre em Literatura pela American University, D.C. (1981) e PhD em Literatura Inglesa e Norte Americana pela Universidade da Carolina do Norte-Chapel Hill (1989). Na condição de "research fellow", realizou estágios de pós-doutoramento no Shakespeare Institute-Universidade de Birmingham (1997, fomento CAPES), na Universidade de Exeter (2004, fomento CNPq) e, novamente, no Shakespeare Institute (2013, fomento CAPES). Foi bolsista da Folger Shakespeare Library (2010). Ingressou no quadro de docentes da Universidade Federal de Santa Catarina em 1990, como Professor Adjunto, e nessa instituição foi Professor Titular de 1992 a 2016. Atualmente, é Professor Titular voluntário (aposentado) e membro permanente do Colegiado do Programa de Pós-graduação em Inglês da UFSC, atuando em pesquisa, orientação e docência na área de Literatura de Língua Inglesa, sobretudo nos seguintes temas: Shakespeare, Performance, e Tradução Literária. É pesquisador do CNPq desde meados dos anos 90, com projeto que contempla traduções em verso e anotadas da dramaturgia shakespeariana, tendo publicado as seguintes peças: Antônio e Cleópatra; Cimbeline, Rei da Britânia (Prêmio Jabuti, menção honrosa, 2003); O Conto do Inverno (Prêmio Jabuti, finalista, 2008); Péricles, Príncipe de Tiro; Hamlet, o Primeiro In-Quarto; Os Dois Primos Nobres; Tróilo e Créssida (estas últimas no prelo). Tem cerca de 50 traduções publicadas, abrangendo ficção (longa e curta), não ficção, poesia e teatro.

Sobre J. C. Serroni

José Carlos Serroni é um dos principais mestres da cenografia no país, atuante há cinco décadas. Seus trabalhos receberam dezenas de prêmios em festivais nacionais e internacionais e chegaram ao maior evento da área, no mundo, que é a Quadrienal de Praga, na República Tcheca. Em São Paulo, junto do diretor Antunes Filho e do Centro de Pesquisas Teatrais do Sesc, trabalhou em espetáculos icônicos, como “Paraíso Zona Norte”, “Vereda da Salvação” e “Antígona”, e coordenava o Núcleo de Cenografia e Figurino do CPT. Sempre envolvido na formação de novos profissionais, criou o Espaço Cenográfico, no centro de São Paulo, e os cursos de cenografia/figurino e técnicas de palco, da SP Escola de Teatro; além de ter publicado livros de referência como Teatros: uma memória do espaço cênico no Brasil (Senac, 2002), Cenografia brasileira – Notas de um cenógrafo (Sesc, 2013) e Figurinos – Memória dos 50 anos do Teatro do Sesi-SP (Sesi, 2015). 

J. C. Serroni começou como artista plástico, em São José do Rio Preto e formou-se arquiteto pela Universidade de São Paulo. Foi aluno de Flávio Império, professor de gerações de profissionais e colaborador de renomados diretores teatrais. Levou sua expertise para a tevê (TV Cultura, TV Globo e MTV), para a ópera, dança, ao cinema, shows musicais e montagens de exposições, sendo também responsável por reformas de teatros e espaços multiuso em todo Brasil. Há 15 anos seu lugar de experimentações é o Armazém da Utopia, no Rio de Janeiro, junto da Companhia Ensaio Aberto. 


Serviço:

"Primeiro Hamlet"

Sesc Vila Mariana. Endereço: Rua Pelotas, 141, Vila Mariana - São Paulo

Temporada: de 11 de maio a 16 de junho. Quinta a sábado às 21h e domingos às 18h.

Dias 7 e 8 de junho, sexta e sábado, haverá sessões extras às 15h. 

Em todas as 4 sessões dos dias 7 e 8 de junho haverá tradução em libras

Duração: 120 min - com 15 min de intervalo

Classificação etária: 14 anos

Elenco: Chico Carvalho, Elias Andreato, Claudio Fontana, Luciana Carnieli, Ciça de Carvalho, Ivan Vellame, André Hendges, Breno Manfredini, João Attuy e Gabriel Sobreiro

Ingressos: Os ingressos disponíveis no aplicativo Credencial Sesc SP, pelo Portal Sesc SP e nas bilheterias do Sesc em todo o Estado – R$ 15 (credencial plena); R$ 25 (estudante, servidor de escola pública, idosos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$ 50 (inteira) 

Central de Atendimento (Piso Superior – Torre A): terça a sexta, das 9h às 20h30; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h (obs.: atendimento mediante a agendamento).  

Bilheteria: terça a sexta, das 9h às 20h30; sábado, das 10h às 18h e das 20h às 21h; domingos e feriados, das 10h às 18h.

Estacionamento: R$ 8,00 a primeira hora + R$ 3,00 a hora adicional (Credencial Plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). R$ 17 a primeira hora + R$ 4,00 a hora adicional (outros). 125 vagas.

Paraciclo: gratuito (obs.: é necessário a utilização travas de seguranças). 16 vagas

Informações: 5080-3000


segunda-feira, 15 de abril de 2024

.: Fábio Ferretti estreia o solo "Oliver e o Monstro dos Olhos Verdes" no teatro


Espetáculo é uma espécie de contação de histórias para adultos e surge a partir da obra "Les Faux-monnayeurs", escrita em 1925 pelo autor francês André Gide. 


Considerado um dos expoentes do romance moderno, o livro “Les Faux-monnayeurs” (traduzido no Brasil como “Os Moedeiros Falsos”) do escritor francês André Guide (1869-1951) é o ponto de partida para o solo "Oliver e o Monstro dos Olhos Verdes", escrito, dirigido e protagonizado por Fábio Ferretti. O espetáculo tem sua temporada de estreia no Teatro Arthur Azevedo, entre os dias 2 e 26 de maio (exceto de 16 a 19 de maio), com apresentações de quinta a sábado, às 20h, e no domingo, às 18h.

Uma espécie de contação de histórias para adultos, Oliver e o Monstro dos Olhos Verdes não é uma adaptação do romance, mas opta por refletir sobre as relações existentes nas personagens retiradas do romance e ao mesmo tempo criar relações destas personagens com a quarta personagem introduzida na encenação. Todo o processo dramatúrgico é construído a partir destas relações de amor e amizade, encontros e desencontros.

André Gide, vencedor do prêmio Nobel de literatura em 1947 por seu romance "L'immoraliste" ("O Imoralista"), foi contemporâneo e amigo de grandes escritores marginalizados como: Jean Paul Sartre, Oscar Wilde e Jean Genet. E é um dos grandes nomes da literatura na primeira metade do século 20. Sua obra é marcada pela recusa a restrições morais e puritanas.

A sexualidade, sempre presente na obra de André Gide, é explorada sem filtros, sem julgamentos. Heterossexualidade, homossexualidade e bissexualidade estão presentes através desses personagens, porém não definem as suas relações interpessoais. Para Gide, os homens devem mostrar afeto, carinho e amor entre si, independente da sua sexualidade.

Na trama, após a morte do companheiro, um homem entra em contato com um acervo de cartas e diários guardados pelo amado. No material encontrado, o homem descobre fatos e acontecimentos até então desconhecidos, que ocorreram há 40 anos e que foram determinantes para que ele pudesse encontrar seu companheiro. 

O material encontrado foi escrito e deixado por Eduardo, seu sobrinho Oliver e o amigo deste, Bernardo. Os fatos descritos narram a relação destes três homens, onde cada um expõe seu ponto de vista sobre os acontecimentos. A amizade de Oliver e Bernardo, a amizade de Bernardo e Eduardo e a relação amorosa entre Oliver e Eduardo são descortinadas e possibilitam ao homem, depois de todo esse tempo, descobrir os meandros da sua própria história e os acontecimentos que possibilitaram a ele ser o homem que se tornou.

A dramaturgia do espetáculo parte da premissa de que os fatos que serão narrados por Eduardo, Bernardo e Oliver são extraídos de cartas, diários e depoimentos e estão impregnados de sentimentos contraditórios: amor, amizade, companheirismo, ciúme e inveja. Assim, através destas referências, a encenação procura descortinar essas personagens, no intuito que o espectador possa reunir elementos que lhe permitam refletir sobre os temas e as relações dessas quatro personagens.

"Oliver e o Monstro dos Olhos Verdes" dá continuidade ao processo de pesquisa da Cia. Ferris sobre as relações humanas, buscando ampliar o olhar sobre certas questões e mergulhando nas relações das personagens. Relações surgidas a partir de sentimentos inesperados e indefinidos e que provocam rupturas emocionais. 

Entre as tantas perguntas sugeridas pelo texto, podemos citar: Há algo de concreto no amor e na amizade? Há diferenças comportamentais nas relações amorosas ou de amizade? E esses comportamentos diferem com a idade? A experiencia pessoal prévia é garantia para relações saudáveis?

Com "Oliver e o Monstro dos Olhos Verdes", a Cia. Ferris reafirma a importância do teatro na busca de criar mecanismos que permitam ao espectador vivenciar experiências diversas e que possibilitem o autoconhecimento.


Ficha técnica
Monólogo "Oliver e o Monstro dos Olhos Verdes"
Texto e Direção: Fábio Ferretti
Interpretação: Fábio Ferretti
Figurino, cenário e luz: Cia Ferris.
Realização: Cia Ferris


Serviço
Monólogo "Oliver e o Monstro dos Olhos Verdes"
Teatro Arthur Azevedo – Sala Multiuso - Avenida Paes de Barros, 955, Mooca
Temporada: 2 a 26 de maio, de quinta a sábado, às 20h, e no domingo, às 18h (na semana de 16 a 19 de maio não haverá espetáculos devido a programação da Virada Cultural)
Ingressos: Gratuitos, retirar na bilheteria uma hora antes do espetáculo.
Reservas on-line em www.sympla.com.br
Duração: 75 minutos
Classificação: 16 anos
Capacidade: 50 lugares
Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

domingo, 14 de abril de 2024

.: Com Reynaldo Gonzaga, "O Controle" faz reflexão sobre a liberdade individual


Monólogo “O Controle” é uma reflexão sobre a liberdade individual em tempos de ascensão dos mecanismos de controle coletivo. Foto: Wanderson Alves


Texto inédito de Guilherme Fiuza, o monólogo "O Controle" faz uma reflexão sobre a liberdade individual em tempos de ascensão dos mecanismos de controle coletivo. Com Reynaldo Gonzaga e direção de Alexandre Reinecke, o espetáculo segue até 30 de maio, às quartas e quintas-feiras, às 21h00, no Teatro União Cultural.

O texto inédito é de autoria do jornalista, roteirista e escritor Guilherme Fiuza, autor de “Meu Nome Não É Johnny” (adaptado para o cinema), entre outros livros e roteiros para TV. A interpretação é do consagrado ator Reynaldo Gonzaga, que atua sob a direção de Alexandre Reinecke, um dos diretores mais atuantes do país, tendo dirigido mais de 55 peças nos últimos 18 anos, dos mais variados gêneros e autores.

“O Controle” se passa em um futuro não muito distante. Um homem está preso sem ter noção do porquê. Ele se considerava um cidadão exemplar. Cumpridor abnegado de todas as medidas governamentais garantidoras da ética coletiva. Tinha orgulho da sua elevada pontuação no esquema de crédito social – e estava quase alcançando uma faixa de pontuação cidadã que lhe permitiria morar numa área mais nobre.

Separado do seu iPhone, não tem mais acesso à sua posição social – ou seja, não consegue saber nem quanto tempo vai ficar preso. Vai dividindo sua perplexidade com o companheiro de cela, que se mantém em silêncio até que a morte o alcança. É em seus pertences que o protagonista encontrará as pistas para o motivo da sua prisão.

O espetáculo “O Controle” é uma reflexão sobre a liberdade individual em tempos de ascensão dos mecanismos de controle coletivo. Onde está a fronteira entre o aperfeiçoamento das regras civilizatórias e as tentações totalitárias de controle central. A super conexão entre indivíduos de todo planeta por meio da tecnologia digital pode ser libertadora ou aprisionadora. Estaríamos caminhando para uma espécie de “unificação das mentes”?


Ficha técnica
Monólogo  “O Controle”
Autor: Guilherme Fiuza
Direção: Alexandre Reinecke
Elenco: Reynaldo Gonzaga
Gênero: comédia dramática
Projeto de luz: Fran Barros
Música original e trilha sonora: Ricardo Severo
Idealização, Criação de Projeção e Arte Visual: N2M Criação
Administração: Keila Blascke
Fotografia: Sal Ricardo
Aderecista: George Silveira
Estudo numerológico: Liliana Filardi
Consultoria de produção: Cássio Reis
Idealização e realização: Ricardo Peixoto Produções


Serviço
Monólogo “O Controle”
Duração: 55 minutos
Recomendação: 14 anos
Temporada: até dia 30 de maio. Quartas e quintas-feiras, às 21h.
Ingressos: R$ 80 inteira | R$ 40 meia
Bilheteria: abre 1h30 antes do espetáculo
Ingressos on-line: https://www.sympla.com.br/eventos?s=teatro%20uni%C3%A3o%20cultural
Teatro União Cultural – 269 lugares
Rua Mario Amaral, 209 - Paraiso
Estação Metrô Brigadeiro
Telefone: (11) 3885-2242

quarta-feira, 3 de abril de 2024

.: "Broadway Station" convida a viver o glamour da era dourada do teatro


Espetáculo, que estreia dia 5 de abril, conta com  Roberto Cordovani, Marcelo Gomes, Victor Rodrigues e Nill de Pádua. Fotos: Tainan Porcell

"Broadway Station" é ambientado no final dos anos 50, a era dourada da Broadway, onde surgiram novos autores que revolucionaram a dramaturgia americana, povoando o subconsciente do público que frequenta teatro em qualquer parte do mundo. Com Roberto Cordovani, Victor Rodrigues, Marcelo Gomes e Nill de Pádua, o espetáculo transita pela sombria época de repressão, das perseguições aos simpatizantes do Partido Comunista da América do Norte. O sistema na ditadura boicota a criação e a propagação de ideias mais libertadoras. 

Uma reflexão sobre o processo de envelhecimento do ator e da necessidade de se permanecer na mídia, pagando qualquer preço. A Broadway em Broadway Station é uma crítica ácida às “estrelas de teatro” que não sabem a hora de saírem de cena.  Uma reflexão não só do ator, mas de todo artista que se pré dispõe a quebrar amarras no ilusório mundo teatral, em que cada temporada equivale a uma vida!

Personagens
Uma diva do teatro americano (Tallulah Banks) nutre a ilusão de retornar à Broadway, após anos exilada na Europa, supostamente acusada de ativista do Partido Comunista dos Estados Unidos da América, um grande produtor da Televisão Americana e da Broadway (Alan Bradford) sem escrúpulos, um promissor e ambicioso autor de teatro (Brian Keller) e a fiel assistente de Tallulah Banks (Anna Davis) compõem o ácido quarteto desta história.

Tallulah Banks; após retornar da Europa, vive em um apartamento em Nova Iorque com Anna Davis. A atriz teve um envolvimento com Alan Bradford, o maior produtor da Televisão Americana e da Broadway. Influenciado pelo Senador Macarthy, Alan Bradford suspeita que Tallulah Banks seja ativista do Partido Comunista, em uma época de “Caça às Bruxas”, introduz o promissor e ambicioso autor Brian Keller no apartamento de Tallullah para investigá-la, com o pretexto de escrever um espetáculo marcando o retorno de sua “querida” à Broadway. Broadway Station revive o glamour de uma época dourada no competitivo circuito teatral de Nova Iorque. Um canto fúnebre a hierarquia do teatro, egos de profissionais, traições e o alto custo para permanecer em cartaz.

Sobre Roberto Cordovani
É ator, autor, diretor e produtor teatral consagrado na Europa desde 1985. Detentor de 14 Premios Internacionais, destacando-se o de Melhor ator de Londres, Madri, Santiago de Compostela e do Festival Internacional de Teatro de Edimburgo na Escócia. Personagens que marcaram sua carreira Nacional e Internacional, Greta Garbo, Eva Perón, Dorian Gray, Dr. Jekyll e Mr. Hyde, Isadora Duncan, Orlando entre mais de 45 produções realizadas no Brasil, Portugal, Espanha, Inglaterra e Alemanha. Espetáculos foram apresentados em Português nos 9 países e  320 cidades Europeias. No Brasil esteve protagonizando o musical de Zeca Baleiro, "A Paixão Segundo Nelson" e como ator convidado da Rede Globo na novela "Novo Mundo" como o vilão Sebastião Quirino. Recentemente no teatro esteve em cartaz com "A Dama das Camélias", "Amar, Verbo Intransitivo", "Isadora Duncan - A Revolução na Dança" e "Morte em Veneza".


Ficha técnica
"Broadway Station - O Espetáculo"
Original de: Roberto Cordovani
Texto: Roberto Cordovani
Estruturação e diálogos: Roberto Cordovani
Com a colaboração de: Vannessa Gerbelli
Elenco: Roberto Cordovani (Melhor ator Londres, Madrid, Compostela), Victor Rodrigues, Marcelo Gomes e Nill de Pádua
Cenografia: Victor Rodrigues
Cenário virtual: Flávio Wongálak
Figurinos: Coco Chanel (Paris) Maria Armanda (Lisboa) André Correia (Ilha da Madeira), Carme Pichell (Galicia)
Restauração de figurinos: Débora Munhyz
Desenho de iluminação: Roberto Cordovani
Trilha sonora: Roberto Cordovani e Flávio Wongálak
Assistente de duração: Davi Pesquero
Direção de produção: Flávio Wongálak
Responsável pelos editais de Fomento: Dinho Santoz
Produção executiva: Roberto Cordovani e Flávio Wongálak
Fotos: Tainan Porcel
Cartaz e arte do projeto: Flávio Wongálak
Mixagem de áudio e vídeo: Flávio Wongálak
Direção geral: Roberto Cordovani
Realização: Cordovani Produções Artísticas 2024


Serviço
"Broadway Station - O Espetáculo"
Original de: Roberto Cordovani
Estruturação e diálogos: Roberto Cordovani
Com a Colaboração de: Vannessa Gerbelli
Elenco: Roberto Cordovani (Melhor ator Londres, Madrid, Compostela), Victor Rodrigues, Marcelo Gomes e Nill de Pádua
Duração: 80 minutos
Classificação: 14 anos
Temporada: de 5 de abril a 4 de maio. Sextas às 21h, sábados e domingos, às 18h.(dia 01 de maio quarta feira haverá espetáculo)
Ingressos: entre R$ 50 e R$ 80
Compras on-line: https://www.eventim.com.br/artist/broadway-station/?affiliate=JSA


Bilheteria
Quartas e quintas-feiras, das 14h00 às 21h00
Sextas, sábados e domingos, das 14h00 até o horário dos espetáculos
Aceita os cartões de débito e crédito: Amex, Dinners, Elo, Mastercard, Visa e Hipercard. Não aceita cheques.
Telefone da bilheteria: (11) 3611-3042


Teatro J. Safra | 627 lugares
Endereço: Rua Josef Kryss, 318 - Barra Funda/São Paulo
Telefone: (11) 3611 3042 e 3611 2561
Abertura da casa: 2 horas antes de cada horário de espetáculo, com serviço de lounge-bar no saguão do Teatro.
Acessibilidade para deficiente físico
Estacionamento: Valet Service (Estacionamento próprio do Teatro) - R$ 30,00

.: Em cartaz no Teatro Bravos, "Petshop, o Musicão" se inspira na Broadway

Idealizado e produzido pela cantora lírica e atriz Julianne Daud e o maestro Fabio G. Oliveira, o espetáculo "Petshop, o Musicão" se inspira nas apresentações da Broadway. Todos os animais do musical são interpretados por atores, cantores e bonecos manipulados. A direção artística é de Fernanda Chamma, que coreografou e dirigiu inúmeros espetáculos, entre eles "Hebe, o Musical", "A Gaiola das Loucas" e "A Família Addams". O espetáculo segue com a temporada até dia 12 de maio, no Teatro Bravos.

A ideia do musical "Petshop, o Musicão", conta Julianne Daud, surgiu durante a pandemia. O longo período que a cantora passou em casa com seus seis cachorros, observando como eles interagiam entre si, a levou a imaginar os “diálogos” animados entre eles. Apaixonada por animais desde a infância, ela quis realizar um musical que retratasse esse universo e convidou o dramaturgo Vitor Rocha para criar os textos e letras. “É um espetáculo para adultos e crianças”, diz ela.

O elenco de 16 artistas conta com Arthur Berges, Adriano Tunes, Willian Sancar, Vinícius Loyola , Giovana Zotti, Luiza Porto, entre outros. Além de realizar a direção artística, Fernanda Chamma criou as coreografias em que o elenco assume as características dos animais. “Tenho dois gatos e sou perdidamente apaixonada por eles. Eles foram minha fonte de inspiração”, conta Fernanda, acrescentando que o “texto do Vitor Rocha é jovial e o musical tem criatividade, emoção e encantamento.”

A trilha musical é tão importante no enredo que pode ser considerada um personagem à parte. Ela foi realizada pelo maestro Fábio G. Oliveira, diretor musical do espetáculo, e pela compositora Vitória Maldonado. Como esses dois músicos têm estilos diferentes em suas composições, o resultado final reúne ritmos diversos, como samba, reggae, tango, jazz e música orquestral.

“É um espetáculo diversificado em termos de música. São diversos tipos de animais, de gatos a porco da Índia e várias raças de cachorros. A dramaturgia do Vitor Rocha nos inspira essa variedade musical”, afirma o maestro Fábio, também um grande fã de bichos. Os figurinos foram realizados por Theo Cochrane e o visagismo de Anderson Bueno completa a magia dos personagens. A cenografia colorida criada por Marco Lima transporta os espectadores ao universo das histórias em quadrinhos da infância.

“O que acontece quando os animais decidem se unir para salvar a petshop onde vivem?”. Esse é o tema de "Petshop, o Musicão" – uma divertida comédia musical destinada a entreter toda a família. O objetivo do espetáculo é levar tutores de pets e o público em geral a uma experiência única de divertimento que visa, ao mesmo tempo, informar, educar e conscientizar as pessoas sobre questões importantes ligadas ao bem-estar animal. Ao mesmo tempo, o musical aborda temas e valores das relações humanas, como amizade, o cuidado com o outro, a força de vontade, a disciplina e a empatia. 


O enredo
Quando vem ao mundo, todo animalzinho recebe uma missão, uma missão que vem gravada em seu pequeno coração assim como seu nome na coleira. Alguns recebem a missão de guiar, outros recebem a missão de proteger, alguns vêm para fazer companhia e outros recebem até mesmo a missão de curar.

Bom, é nisso que acredita M.C., a chihuahua que lidera todos os animaizinhos na PetShop da Dra. Maggie e cuida para que tudo esteja sempre na mais perfeita ordem. O problema é que essa ordem parece estar com os dias contados depois da chegada de Mussarela, um cãozinho com nome de queijo e que foi criado pelas ruas e que, depois de se envolver com o bando de cachorros errados, acabou precisando de abrigo e foi se esconder por lá. Como se não fosse o bastante para tirar o sono de MC, a notícia de que a PetShop poderá ser demolida para dar lugar a um estacionamento acerta todos em cheio. Agora, bichinhos adestrados e de rua vão precisar trabalhar juntos e superar suas diferenças se quiserem sair dessa!

Esse é o enredo de "PetShop, o Musicão" - uma deliciosa comédia musical (infantojuvenil) destinada a entreter e a agradar toda família! O objetivo principal do espetáculo é transportar tutores de Pets, seus familiares e o público em geral, através de uma experiência única de entretenimento, que visa informar, educar e conscientizar sobre importantes questões a respeito do bem-estar dos animais.

"PetShop, o Musicão" contempla muito mais do que simplesmente a produção e apresentação de um espetáculo familiar (Family Show) de alto nível, abordando, discutindo e promovendo importantes questões que conduz o espectador numa jornada que enaltece e incentiva os mais nobres valores humanos como a persistência, a amizade, o cuidado com o outro, a disciplina, a força de vontade e a empatia.

Ficha técnica
"PetShop, o Musicão"
Direção geral & idealização: Julianne Daud & Maestro Fabio G. Oliveira
Direção artística & coreografias: Fernanda Chamma
Direção musical: Maestro Fabio G. Oliveira
Texto e letras: Vitor Rocha
Músicas: Vitória Maldonado & Maestro Fabio G. Oliveira
Figurinos: Theodoro Cochrane
Cenários: Marco Lima
Visagismo: Anderson Bueno
Design de som: Tocko Micheelazo
Design de luz: Wagner Freire
Coreografias de sapateado: Chris Matallo
Produção musical: Bases André Abujamra
Preparação vocal: Julianne Daud
Conteúdo projeções: Rodrigo Abreu - Estúdio Like
Confecção de bonecos: Marco Lima
Criação de mágica: Antônio Serra Bourgeois
Design gráfico: Ebert Wheeler
Elenco: Arthur Berges, Luiza Porto, Adriano Tunes, Isabella Oya, Willian Sancar, Vinícius Loyola, Giovanna Zotti, Anaiza, Isabella Daneluz, Theo Barreto, Pedro Meireles, Roberto Justino, Rodrigo Spinosa, Andreas Trotta, Julia Berlim e Gustavo Ferreira.
Diretora de produção: Julianne Daud
Stage manager: Eduardo Munhoz
Produção executiva: Camila Rodrigues
Diretora assistente & residente: Victória Ariante
Estagiária: Theodora Prandini
Mídias: Morente Forte Planejamento de comunicação e divulgação; e Savoir Comunicação Mídias Sociais
Contábil/ Jurídico: Leis de Incentivo/ Administração Michelle Gabriel
Contabilidade: Beltrame Contabilidade
Assessoria jurídica: Francez Advogados
Equipamentos de som: Radar Som – André Omote
Equipamentos de luz: Armazém da Luz – Wagner Freire
Equipamentos de projeção: Reality Projeções
Salas de ensaios: Estúdio Broadway
Bonecos: Start Produções Artísticas
Libras & Áudio-Descrição: Katalise
Projeções: Estúdio Like
Sapatos: Sapateados Só Dança


Serviço
"Pershop, O Musicão"
Duração: 70 minutos
Teatro Bravos (611 lugares)
Complexo Aché Cultural - Rua Coropé, 88 - Pinheiros/São Paulo
Bilheteria: de terça a domingo, das 13h00 às 19h00 ou até o início do último espetáculo
Formas de pagamento aceitas: dinheiro e todos os cartões de crédito e débito. Não aceita cheques.
Informações: (11) 99008-4859
Classificação: livre
Recomendado para maiores de 6 anos. Menores de 12 anos acompanhados de responsáveis.
Acessibilidade: O teatro possui acessibilidade e ar condicionado.
Libras & Áudio-descrição disponíveis em algumas sessões de Petshop, o Musicão.
Entre em contato com a produção por email para: informações:contato@maestroentretenimento.com.br
Temporada até dia 12 de maio de 2024.
Horários: sábados às 15h00 e às 17h00; e domingos, às 11h00 e às 15h00.
Ingressos: R$ 160,00 e R$ 90,00. Ingresso popular (Balcão) R$ 40,00.
Vendas Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/90489/d/237011

Patrocinadores
Master Apresenta Bradesco Seguros
Patrocínio Vivo
Patrocínio Soebe Construção e Pavimentação
Apoio Pet Love


terça-feira, 2 de abril de 2024

.: Cia. Extemporânea estreia o "A Gente Te Liga, Laura" no Kasulo Espaço de Arte


Montagem simula teste de elenco inspirado em personagem de "A Gaivota", de Anton Tchekhov, para questionar precarização do trabalho de atores e atrizes. Foto: Armando Lima


“Olhe para a câmera e diga seu nome e idade”. Qualquer ator ou atriz que participou de um teste de elenco já ouviu esta frase. O ambiente dos testes para peças audiovisuais é o ponto de partida de "A Gente Te Liga, Laura", novo espetáculo da Cia. Extemporânea, que estreia em temporada de 5 a 14 de abril no Kasulo Espaço de Arte, na Barra Funda, 300, em São Paulo.

A peça é a terceira do núcleo de pesquisa F de Falso, criado pela Cia. Extemporânea e coordenado pela diretora e pesquisadora Ines Bushatsky. O Núcleo estreou com o espetáculo "B de Beatriz Silveira", em 2021, seguido por "O Mistério Cinematográfico de Sendras Berloni", em 2022.

Em "A Gente Te Liga, Laura", seis atrizes se revezam num teste de elenco repetindo o famoso monólogo da personagem Nina, da peça "A Gaivota", de Anton Tchekhov. O texto de Ines Bushatsky e João Mostazo fala de uma atriz que se vê diante da desvalorização da sua profissão. O tom das personagens em cena é dado pelas palavras iniciais do trecho escolhido: “Estou tão cansada...”.

O cenário é um estúdio, com fundo branco e luzes frias, simulando o espaço de trabalho do universo audiovisual. Uma câmera ligada o tempo inteiro filma a ação e projeta as imagens em uma televisão, criando o ambiente de teste frequentemente encontrado por atores e atrizes nas suas trajetórias profissionais. De forma bem-humorada, a peça levanta questionamentos sobre alguns lugares comuns do mercado audiovisual que muitas vezes escondem preconceitos, como a noção de “sotaque neutro”, por exemplo. 

Como explica a diretora, “normalmente, sotaque neutro quer dizer simplesmente paulista, ou sudestino”. O nome da peça é também uma referência à frase ouvida por atores e atrizes após os testes: “a gente te liga”. Como comenta o dramaturgista João Mostazo, “essa frase encapsula a instabilidade e incerteza vivida por atores e atrizes nesse mercado, de viver à espera de respostas quanto ao resultado dos testes”.

Seguindo a trilha dos espetáculos anteriores do Núcleo, "A Gente Te Liga, Laura" aprofunda a pesquisa sobre o conceito de efeitos do falso. A diretora Ines Bushatsky estuda o tema em sua pesquisa de doutorado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Segundo ela, “os efeitos do falso são dispositivos que colocam em dúvida a percepção do espectador, gerando, ainda que por um instante, um momento de engano quanto à presença dos corpos e das vozes em cena. Na peça, usamos principalmente a dublagem e a relação com a câmera para criar efeitos de duplicação e estranhamento das figuras”. Com o elenco inteiro em cena a todo momento, as seis performers se revezam entre os papeis de atrizes, clientes e operadoras de câmera.

Também em linha com a pesquisa do grupo, o espetáculo trabalha na intersecção entre comédia e terror: “as seis figuras em cena têm todas o mesmo nome, usam o mesmo figurino e perucas loiras similares. A multiplicação da mesma figura gera uma sensação de pesadelo, mas também é cômica. Nós cruzamos o tempo todo essa fronteira”, comenta a diretora. Outro elemento constante na pesquisa do grupo é a construção da dramaturgia em torno de um nome-próprio. Segundo Bushatsky, “durante os processos das três peças do Núcleo, sempre tivemos o momento de encontrar o nome em torno do qual o espetáculo iria girar. Parte da pesquisa tem a ver com a pergunta: que efeito gera a repetição à exaustão do mesmo nome, da mesma figura?”.


Sobre a Companhia
A Extemporânea é uma companhia teatral com nove anos de atuação na cidade de São Paulo. Entre 2015 e 2022 realizou as peças "Fauna Fácil de Bestas Simples" (2015), "A Demência dos Touros" (2017), "Roda Morta" (2018) e "Dr. Anti" (2022), além do longa-metragem "Rompecabezas" (2020), que estreou no 15º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo em 2020, e do curta-metragem "Falso Filme" (2021). "A Gente Te Liga, Laura" é o terceiro espetáculo do Núcleo F de Falso, criado em 2021 com a peça "B de Beatriz Silveira", seguida por "O Mistério Cinematográfico de Sendras Berloni", em 2022.

Ficha técnica
Espetáculo "A Gente Te Liga, Laura". Direção: Ines Bushatsky. Assistência de direção: João Mostazo. Dramaturgismo: Ines Bushatsky e João Mostazo. Elenco: Anna Talebi, Ariane Andrade, Débora Gomes Silvério, Lara Duarte, Laura Paro, Luiz Roveran, Suélen Augusto. Composição musical (canção): Anna Talebi e Luiz Roveran. Criação e Operação de Som: Luiz Roveran. Criação de luz: Ariel Rodrigues. Cenografia: Extemporânea. Arte Gráfica: Débora Gomes Silvério. Realização: Extemporânea.


Serviço
Espetáculo "A Gente Te Liga, Laura"
Estreia dia 5 de abril, sexta, às 21hs, no Kasulo Espaço de Arte
Temporada: de 5 a 14 de abril – Sextas e sábado, às 21hs e domingos, às 20hs.
Observação: dia 13 de abril  não haverá apresentação.
Duração: 50 minutos.
Ingressos: Inteira: R$ 40,00; Meia: R$20,00; Ingresso Solidário R$ 10,00; Ingresso Apoie o Espetáculo R$ 80,00.
Classificação etária: 14 anos
Kasulo Espaço de Arte
Rua Sousa Lima, 300 – Barra Funda. Capacidade 40 lugares.
Vendas on-line: https://www.sympla.com.br/ciaextemporanea

segunda-feira, 1 de abril de 2024

.: "Brás Cubas", da Armazém Companhia de Teatro, no Sesc Santo Amaro


A encenação desmembra o personagem-título em dois, além de trazer o próprio autor para o centro da cena com comentários que visam conectar suas críticas à sociedade brasileira de hoje. Fotos: Mauro Kury

Mais recente montagem da Armazém Companhia de Teatro, o espetáculo "Brás Cubas", versão cênica de Paulo de Moraes para a obra-prima "Memórias Póstumas de Brás Cubas" de Machado de Assis, está em cartaz no Sesc Santo Amaro, até 5 de maio. A encenação desmembra o personagem-título em dois, além de trazer o próprio autor para o centro da cena com comentários que visam conectar suas críticas à sociedade brasileira de hoje.

A versão cênica de Paulo de Moraes traz o Bruxo do Cosme Velho para o centro da cena, como personagem. Com dramaturgia de Maurício Arruda Mendonça, a nova montagem da Armazém tem elenco formado por Bruno Lourenço, Isabel Pacheco, Jopa Moraes, Felipe Bustamante, Lorena Lima e Sérgio Machado, iluminação de Maneco Quinderé, cenografia de Carla Berri e Paulo de Moraes, figurinos de Carol Lobato, direção musical de Ricco Vianna e direção de movimento de Patrícia Selonk e Paulo Mantuano. 

A temporada iniciada na semana passada no Sesc Santo Amaro, segue até o dia 5 de maio, sextas às 21h00, sábados às 20h00 e domingos às 18h00, para público a partir de 14 anos. Em outubro de 2023, Brás Cubas participou do Festival Internacional de Teatro de Wuzhen, na China, ao lado de importantes nomes do teatro mundial, como Robert Wilson e Joël Pommerat, sendo o espetáculo mais bem avaliado pelo público chinês. No segundo semestre de 2024, Brás Cubas será apresentado na Rússia e retorna à China para turnê.

Literatura no teatro
Foi a partir da 1881, com "Memórias Póstumas de Brás Cubas", seguido por "Quincas Borba", "Dom Casmurro", "Esaú e Jacó" e "Memorial de Aires" que Machado de Assis começou a desenvolver seu extraordinário realismo psicológico, permeando seus romances com impetuoso sarcasmo. "Memórias Póstumas de Brás Cubas" é considerado um romance original desde a sua dedicatória “ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver” e prossegue na ideia de um defunto autor que, para fugir ao tédio do túmulo, escreve suas memórias.

"'Brás Cubas' é um dos personagens mais icônicos da literatura brasileira. Tratar de um personagem pretensioso e prepotente, um recordista de fracassos, que têm uma aversão por si mesmo absolutamente merecida – e que nos fala tanto sobre a formação da elite brasileira –, era muito sedutor. Mas traduzir a experimentação formal de Machado para o palco – conversando com o público de hoje – me parecia desafiador. Porque Machado escreve com um nível de sutileza raro. Então, com certeza o nosso grande embate durante a descoberta da peça tem sido como fazer com que essa literatura sutil se transforme numa ação dramática contundente", declara o diretor Paulo de Moraes.

A dramaturgia de "Brás Cubas", assinada por Maurício Arruda Mendonça, é uma adaptação do romance de Machado de Assis, mas não uma adaptação no sentido clássico porque insere o próprio autor na peça, como personagem. “O espetáculo tem uma certa vinculação com o sonho. A gente constrói essa história como se estivéssemos dentro da casa do Machado, acompanhando a sua criação. E o ponto central da nossa adaptação é o delírio que o personagem do Brás tem momentos antes de sua morte”, comenta Paulo de Moraes.

Brás Cubas fragmentado
A peça da Armazém desmembra o personagem Brás Cubas em dois. Sérgio Machado interpreta Brás Cubas desde seu nascimento até sua morte (não necessariamente nessa ordem) e Jopa Moraes assume Brás Cubas já como o defunto que narra suas memórias póstumas. “Esse defunto está pouco vinculado ao século 19, quer e precisa se comunicar com as pessoas de agora”, afirma o diretor.

A dramaturgia tem uma estrutura em três planos: o plano da memória – que são as cenas vividas por Brás; o plano da narrativa – onde entram as divagações e reflexões do defunto; e um terceiro plano em que o próprio Machado de Assis (vivido por Bruno Lourenço) invade sua narrativa com comentários que visam conectar contemporaneamente suas críticas à sociedade brasileira.

“Nosso Machado não é um personagem biográfico. Embora todas as questões que o personagem coloque na peça tratem de assuntos sobre os quais Machado escreveu, estão colocadas em contextos diferentes. É uma brincadeira a partir de detalhes biográficos. Um personagem imaginário tentando se comunicar com o nosso tempo”, finaliza Paulo.

Em outubro de 2023, Brás Cubas participou do Festival Internacional de Teatro de Wuzhen, na China, ao lado de importantes nomes do teatro mundial, como Robert Wilson e Joël Pommerat, sendo o espetáculo mais bem avaliado pelo público chinês. No segundo semestre de 2024, Brás Cubas será apresentado na Rússia em um Festival de Teatro, em outubro, e depois retorna à China para turnê em outubro e novembro.


Ficha técnica
Espetáculo "Brás Cubas".
Direção: Paulo de Moraes.
Dramaturgia: Maurício Arruda Mendonça.
Montagem da Armazém Companhia de Teatro.
Elenco/personagens: Sérgio Machado (Brás Cubas), Jopa Moraes (Defunto), Bruno Lourenço (Machado de Assis), Isabel Pacheco (Virgínia), Felipe Bustamante (Quincas) e Lorena Lima (Marcela e Natureza).
Músico em cena: Ricco Viana.
Cenografia: Carla Berri e Paulo de Moraes.
Iluminação: Maneco Quinderé.
Figurinos: Carol Lobato.
Cabeça do Hipopótamo: Alex Grilli.
Direção Musical: Ricco Vianna.
Direção de movimento: Patrícia Selonk e Paulo Mantuano.
Colaboração na Dramaturgia: Paulo de Moraes.
Assessoria de Imprensa: Ney Motta.
Designer Gráfico: Jopa Moraes.
Mídias Sociais: Mariã Braga.
Fotografias: Mauro Kury.
Produção São Paulo: Pedro de Freitas e Adolfo Barreto / Périplo.
Direção de Produção: Patrícia Selonk.
Assistente de Produção: Maria Luiza Selonk.
Coordenação do Projeto: Paulo de Moraes e Patrícia Selonk.
Apoio Institucional: Banco do Brasil.
Realização: Sesc SP.


Serviço
Espetáculo "Brás Cubas".
Com Armazém Companhia de Teatro.
Direção: Paulo de Moraes.
Até dia 5 de maio de 2024.
Sextas, às 21h00, sábados, às 20h00, e domingos, às 18h00.
Local: Sesc Santo Amaro - Teatro.
Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro, São Paulo.
Ingressos: R$ 18,00 (credencial plena), R$ 30,00 (meia-entrada) e R$ 60,00 (inteira). Estão disponíveis no aplicativo Credencial Sesc SP ou no site www.centralrelacionamento.sescsp.org.br, a partir de 12 de março; e nas bilheterias das unidades do Sesc SP a partir de 13 de março.
Horário de funcionamento: terça  a  sexta, das 10h00 às 21h30. Sábado, domingo e feriado, das 10h00 às 18h30.
Duração: 110 minutos.
Classificação indicativa: 14 anos.
270 lugares.
Unidade acessível.

.: Espetáculo "O Deus de Spinoza" volta para quarta temporada no Teatro Uol


Bruno Perillo no papel de Spinoza. Com ele, os rabinos do espetáculo Luiz Amorim, David Kullock e Roberto Borenstein. Os Rabinos. Fotos: Ronaldo Gutierrez

Sucesso de crítica e público, "O Deus de Spinoza" volta a São Paulo após temporadas de sucesso na capital em 2023 e turnê pelo interior do estado. O espetáculo resgata o pensamento do reconhecido filósofo holandês Baruch de Spinoza, condenado no século XVII por sua reflexão sobre a relação do ser humano com Deus e com a natureza, contestando dogmas religiosos da época. Renegado por séculos, seu pensamento foi resgatado e hoje é motivo de estudos no mundo inteiro.

A peça mostra a comunidade judaica incomodada com o pensamento de Baruch de Spinoza, filho de imigrantes ibéricos acolhidos em Amsterdã, que afronta os costumes e preceitos de sua religião. Na tentativa de convencê-lo a ser um bom cidadão, os Rabinos do Conselho Judaico apresentam formas de conversão. Se Spinoza não aceitar, será julgado, condenado e exilado. Ele expõe todo o seu pensamento a seu amigo, Jan Rieuwertsz, editor de livros, com quem pode desabafar e contar de seus planos futuros. Um convite à reflexão e à liberdade de pensamento. O espetáculo é pontuado por músicas sefarditas do século XVII, em língua ladina, executadas ao vivo.

“O objetivo foi trazer este texto, que é tão profundo e intenso, de forma real, com seus personagens de fato defendendo o que acreditam. Assim a peça é dinâmica, ágil e perspicaz. Contamos esta história cercados de grandes talentos. Temos no elenco o ator David Kullock, do setor artístico do Clube A Hebraica, que também é Hazam (aquele que conduz o serviço das orações de forma cantada na Sinagogas). Os figurinos são de João Pimenta, um dos maiores nomes da moda brasileira, que se destaca por seu estudo sobre os costumes históricos e o investimento em sustentabilidade e na economia circular”, diz o diretor Luiz Amorim.

O texto é assinado por Régis de Oliveira, jurista e desembargador renomado que há anos se dedica ao estudo de filosofia. Em sua estreia como dramaturgo ele faz um recorte da vida de Spinoza, desde sua condenação - o Herem, em 1656 - até a sua morte, em 1677. “Através do pensamento do filósofo, podemos reconhecer muitos comportamentos de nossa sociedade atual, com suas superstições, crenças ou mistérios. E podemos notar como os donos do poder sabem manipular as multidões através do medo e da imposição do sistema”, conta Régis.

Vivemos atualmente num mundo conturbado com emoções descontroladas. O momento pelo qual passamos necessita de reflexão, entendimento e clareza. A filosofia de Spinoza nos traz uma luz nestes tempos. Sua ampla e densa obra trata da relação do ser humano com Deus e com a Natureza. Trata dos afetos, do direito natural, da essência humana.

Baruch de Spinoza viveu no Século de Ouro dos Países Baixos. A Holanda fervilhava culturalmente no século XVII. Ali estava Grócio, um dos pais do direito público, que escolheu a Holanda como pátria espiritual, e Rembrandt e Vermeer que despontavam na pintura. “Spinoza balançou o mundo e o pensamento moderno. “A montagem busca trazer o pensamento de Spinoza de uma forma profunda mas acessível, para que, como diz Spinoza, afete de alguma maneira o público. Estas são as afecções”, fala o diretor e ator Luiz Amorim sobre o espetáculo. Ainda integram o elenco: Bruno Perillo, Juliano Dip, David Kullock e Roberto Borenstein. Os figurinos são de João Pimenta, a iluminação de Cesar Pivetti com cenários de Evas Carreteiro.

A peça é pontuada por músicas sefarditas do século XVII, executadas ao vivo, com direção musical de Marcus Veríssimo. Por motivo de agenda, nesta temporada o espetáculo, que já conta com os músicos renomados Margot Lohn, Marcus Veríssimo e Lucas Biscaro, ganha novos nomes. Gabriel Ferrara, que já fez parte do elenco, o percussionista Erick Chica e Laura Visconti, que assina a direção musical do sucesso Beetlejuice, em cartaz em São Paulo. 


Ficha técnica
Espetáculo "O Deus Spinoza"
Texto: Régis de Oliveira
Direção e Adaptação: Luiz Amorim
Direção Musical: Marcus Veríssimo
Elenco: Bruno Perillo, Juliano Dip, David Kullock, Luiz Amorim, Roberto Borenstein
Musicistas: Marcus Veríssimo, Margot Lohn / Laura Visconti e Gabriel Ferrara / Lucas Biscaro.
Desenho de Luz: César Pivetti
Figurinos: João Pimenta
Cenografia: Evas Carretero
Visagismo: Beto Franca
Designer Gráfico: Luciano Alves
Técnico e operador de luz: Rodrigo Pivetti
Contrarregragem: Magnus Odilon
Fotografia: Ronaldo Gutierrez - @fotosgutierrez
Assessoria de Imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Realização: Régis de Oliveira


Serviço
Espetáculo "O Deus Spinoza".
Texto: Régis de Oliveira.
Direção e Adaptação: Luiz Amorim.
Direção Musical: Marcus Veríssimo.
Elenco: Bruno Perillo, Juliano Dip, David Kullock, Luiz Amorim e Roberto Borenstein.
Musicistas: Margot Lohn / Laura Visconti, Marcus Veríssimo / Erick Chica e Lucas Biscaro / Gabriel Ferrara.
Duração: 80 minutos.
Classificação: 12 anos.
Temporada: de 10 de abril a 31 de maio. Quartas e quintas-feiras, às 20h00.
Ingressos: de R$ 40,00 a R$ 80,00.
Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323.
Vendas on-line: www.teatrouol.com.br.
Horário de funcionamento da bilheteria.
Quartas e quintas, das 18h00 às 21h00, sextas das 14h00 às 21h00, sábados, das 14h00 às 20h00 e domingos, das 14h00 às 20h00; não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube UOL e Clube Folha 50% desconto.


Teatro Uol
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323
Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel: 4040-2004 / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094 / Patrocínio do Teatro UOL: UOL, Folha de S. Paulo, Genesys, Banco Luso Brasileiro e MetLife.

sexta-feira, 29 de março de 2024

.: Crítica: espetáculo "Gostava Mais dos Pais" transita entre clássico e revolução


No palco, 
Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho oferecem vulnerabilidades e 
se expõem sem medo para entregar de bandeja ao público as performances mais verdadeiras de suas carreiras. Foto: Pedro Miceli


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

O espetáculo "Gostava Mais dos Pais" é mais que uma homenagem a dois comediantes que fizeram história no Brasil e mais que uma celebração à amizade de dois artistas ligados desde a infância. Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho não são irmãos de sangue, o vínculo afetivo é por afinidade, e é essa a linha condutora da peça teatral que fica em cartaz até dia 14 de abril no Teatro Porto, em São Paulo.

Com a direção sensível e repleta de ironia e leveza feita por Debora Lamm, o espetáculo é assinado por Aloísio de Abreu e Rosana Ferrão. Em pouco mais de uma hora, a dupla transita entre a profundidade e a crítica, a ternura e a revolta, o clássico e a revolução. No palco, dois artistas talentosos oferecem vulnerabilidades e se expõem sem medo para entregar de bandeja ao público as performances mais verdadeiras de suas carreiras. 

De quebra, fazem entender o sentido da vida, que é nada mais que continuidade e afeto. São eles no palco, mas também são personagens e, ao mesmo tempo, representam a memória viva dos pais e as lembranças afetivas de um país inteiro, em cena, em algo que celebra a arte, a vida e o que está no meio disso.

Entre a comédia e o desabafo, o inusitado e a emoção, os artistas fazem uma espécie de crônica da vida real e toda a poesia que emana dela. Há muita reverência ao passado e uma clara homenagem aos comediantes Chico Anysio (1931 - 2012) e Lucio Mauro (1927 - 2019). Há quem goste mais dos pais e há quem goste mais dos filhos, já que ninguém é unanimidade. No entanto, Bruno Mazzeo e Lúcio Mauro Filho são a prova irrefutável de que a genética não falha mas que, também, talento não depende de berço. Mais que sangue que corre nas veias, eles são essência. E essência, nesse caso, é talento, continuidade e criação de algo que vai além do legado.

Ficha técnica
Espetáculo "Gostava Mais dos Pais". Elenco: Bruno Mazzeo e Lucio Mauro Filho. Direção: Debora Lamm. Dramaturgia: Aloísio de Abreu e Rosana Ferrão. Cenografia: Daniela Thomas. Iluminação: Wagner Antônio. Figurino: Marina Franco. Trilha sonora: Plínio Profeta. 

Serviço
Espetáculo "Gostava Mais dos Pais". Até dia 14 de abril de 2024 - Sextas e sábados às 20h e domingos às 17h. Ingressos: Plateia R$100 e R$50 / Balcão de Frisa R$80 e R$40. Classificação: 14 anos. Duração: 90 minutos. Teatro Porto. Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo. Telefone (11) 3366-8700. Bilheteria: aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração. Clientes Porto Seguro Bank mais acompanhante têm 50% de desconto. Clientes Porto mais acompanhante têm 30% de desconto. Vendas: www.sympla.com.br/teatroporto. Capacidade: 508 lugares. Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners). Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos. Estacionamento no local: Gratuito para clientes do Teatro Porto.

.: Crítica de teatro: "Beetlejuice - O Musical" celebra a vida e o nonsense


Os grandes momentos do musical se revezam entre Eduardo Sterblitch e Ana Luiza Ferreira em um espetáculo que se divide entre a celebração da vida e o nonsense. Foto: Leo Aversa

Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Clássico do cinema e da "Sessão da Tarde" nas mãos de Tim Burton nos anos 80, "Beetlejuice - O Musical" se reinventa no teatro e é tudo o que se espera, mas vai além disso. Há, no espetáculo, em cartaz até dia 21 de abril no Teatro Liberdade, em São Paulo, o ator Eduardo Sterblitch no papel de sua vida. Ao mesmo tempo, os holofotes também estão apontados para Ana Luiza Ferreira no momento mais desafiador da carreira, em que se mostra uma grande revelação dos palcos como a garota gótica Lydia Deetz. Os grandes momentos do musical se revezam entre esses dois artistas em um espetáculo que se divide entre a celebração da vida e o nonsense.

É tudo muito grande em "Beetlejuice - O Musical". A começar pela interpretação histriônica de Sterblitch, tudo o que esse personagem requer e que por vezes lembra outro grande ator, Selton Mello, e o carisma de Ana Luiza Ferreira, que brinca com as nuances de uma personagem que poderia ser extremamente difícil por ser tão emblemática. Ambos os intérpretes fazem parecer fácil algo que, sabe-se, é tão difícil. Primeiro porque a expectativa em torno desses papéis é imensa. Segundo porque ir além do que o papel requer é para poucos. Ambos fazem isso com talento, maestria e, percebe-se, reverência. Eles homenageiam e se divertem ao mesmo tempo.

Com direção de Tadeu Aguiar, produção geral de Renata Borges Pimenta, produção da Touché Entretenimento e apresentado pelo BB Seguros, nada está acima do tom. O espetáculo pede e os atores entregam. Em "Beetlejuice - O Musical" tudo se encaixa perfeitamente. Há o espaço para a nostalgia dos adultos que vão assistir em busca de algo que viveram no passado, e também para a formação de um novo público - embora o espetáculo não seja propriamente voltado para crianças, o que torna tudo ainda mais interessante.

Marcelo Laham e Thais Piza brilham em seus papéis e também destacam-se Joaquim Lopes e Flavia Santana como os novos moradores da casa. A história gira em torno de uma família que vai morar em uma residência habitada por fantasmas, que querem que os novos moradores vão embora do local. Só que os fantasmas não esperavam se deparar com uma criatura tão fúnebre e tétrica como Lydia Deetz. No meio do caminho, há Beetlejuice, que precisa de um favor. Mas não vá esperando um musical bobinho. O espetáculo tem patrocínio de Shell, Mobilize Financial Services, Eurofarma e BNY Mellon e apoio de Raízen, Outback, Robert Half e SegurPro.

É tudo muito esperto, temperado com a atuação de grandes talentos em momentos memoráveis no palco. "Beetlejuice - O Musical" é uma grande festa em que todos estão convidados para comemorar a vida ou se reencontrar com algo que ficou esquecido e que precisa ser acordado. É a conexão entre o presente e o passado dando aquele "empurrãozinho" para seguir em frente.


Sobre o espetáculo
No final dos anos 80, o cultuado diretor Tim Burton lançou um clássico instantâneo, que atravessou gerações, a comédia "Beetlejuice - Os Fantasmas se Divertem". O sucesso foi tamanho que, mais de 30 anos depois, o filme se transformou em um musical da Broadway, que estreou em 2019, sendo indicado a oito Tony´s Awards. No Brasil, o sucesso se repete: o musical teve a maior bilheteria teatral de 2023, no Rio de Janeiro. "

A montagem brasileira tem um super elenco de 23 atores: além de Eduardo Sterblitch, Ana Luiza Ferreira (Lydia Deetz), João Telles (alternante Beetlejuice), Lara Suleiman (alternante Lydia Deetz), Thais Piza (Barbara Maitland), Marcelo Laham (Adam Maitland), Flávia Santana (Delia Deetz), Joaquim Lopes (Charles Deetz), Rosana Penna (Juno), Gabi Camisotti (Skye e alternante Lydia Deetz), Mary Minóboli (ensemble e alternante Skye), Pamella Machado (Miss Argentina e alternante Barbara Maitland), Diego Campagnolli (Otho), Erika Affonso (Maxine e alternante Miss Argentina), Thór Junior (Maxie), Thiago Perticarrari (ensemble e cover Adam Maitland), Dino Fernandes (ensemble e cover Charles Deetz), Nathalia Serra (ensemble e alternante Delia Deetz e Maxine), Gabriel Querino (ensemble e cover Maxie), Thadeu Torres (ensemble), Duda Carvalho (ensemble), Edmundo Victor (ensemble) e Fernanda Misailidis (swing). 

A ficha técnica é repleta de grandes nomes do teatro musical: Renato Theobaldo (cenografia), Dani Vidal & Ney Madeira (figurino), Sueli Guerra (direção de movimento/coreografia), Dani Sanches (desenho de luz), Gabriel D´angelo (desenho de som), Anderson Bueno (visagismo) e Lucas Pimenta (assistente de direção).

Serviço
Espetáculo "Beetlejuice, o Musical". Teatro Liberdade. Rua São Joaquim, 129, Liberdade - São Paulo. Temporada até 21 de abril. Sessões de quarta-feira a domingo. Quartas, quintas e sextas-feiras, às 21h00. Sábados, às 16h00 e às 21h00. Domingos, às 16h00 e 20h30. Plateia Premium: R$ 350,00 (inteira) / R$ 175,00 (meia). Plateia: R$ 280,00 (inteira) / R$ 140,00 (meia). Balcão A: R$ 240,00 (inteira) / R$ 120,00 (meia). Balcão B: R$ 190,00 (inteira) / R$ 95,00 (meia). Duração: 2h30min (com intervalo de 15min). Classificação etária: 10 anos. *Clientes Glesp tem 25% de desconto nos ingressos inteiros mediante a aplicação do cupom, limitado a 4 ingressos por cupom. Válido para todos os setores. Internet (com taxa de conveniência): https://www.sympla.com.br/. Bilheteria física (sem taxa de conveniência): atendimento presencial de terça à sábado das 13h00 à 19h00. Domingos e feriados apenas em dias de espetáculos até o início da apresentação. Formas de pagamento: dinheiro, cartão de débito ou crédito.

quinta-feira, 28 de março de 2024

.: Espetáculo "Véspera" mistura G.H., de Lispector, e Ofélia, de Shakespeare


Espetáculo nasce do encontro entre as personagens G.H., de Clarice Lispector, e Ofélia, de William Shakespeare. Foto: Ligia Jardim

Duas potentes personagens femininas de universos, épocas e contextos completamente diferentes inspiram a criação do solo inédito "Véspera", escrito, dirigido e estrelado por Fernanda Stefanski. O espetáculo estreia no dia 12 de abril, no Teatro Arthur Azevedo, onde segue em cartaz até o dia 28 do mesmo mês, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h.

O texto nasceu a partir do encontro entre as personagens G.H., extraída do romance “A Paixão Segundo G.H.”, da autora brasileira Clarice Lispector (1920-1977), e Ofélia, criada pelo bardo inglês William Shakespeare (1564-1616) na peça “Hamlet”. A ideia é propor um mergulho na psique feminina, cruzando as trajetórias de duas personagens icônicas, em uma investigação sobre loucura, identidade e liberdade. 

A ação de "Véspera" é o percurso de transformação existencial de Ofélia, uma mulher que, a partir do término de uma relação amorosa, mergulha em uma aventura de reconstrução de seu passado e de sua história. Ao sofrer uma metamorfose de si mesma, Ofélia perde a sua concepção de mundo – a maneira como ela se conhecia até então – para conquistar a ressignificação de sua existência. 

O encontro de Ofélia com G.H. é um choque de mundos, no qual duas mulheres se entrelaçam e desafiam os limites da racionalidade e da realidade, questionando representações da opressão feminina, convenções sociais e o peso das expectativas alheias. Nesse cruzamento de universos, "Véspera" é um vislumbre profundo sobre a condição da mulher na sociedade, sobre a natureza da loucura e sobre os labirintos da mente humana. O encontro entre elas, mais do que a fusão de duas personagens, é a sobreposição de dois universos simbólicos que nos convidam a explorar as profundezas da alma feminina e os mistérios da condição humana.

"Véspera" faz parte da "Trilogia do Desencanto", juntamente com "Nós" (2022) e "A Grande Obra" (2023), que tem como ponto central uma pesquisa sobre a desilusão, a partir de um estudo do romance de Clarice Lispector, "A Paixão Segundo G.H". A linguagem da peça extrapola os limites do teatro dramático, mesclando elementos do drama, da performance e da arte-tecnologia. Vemos em cena uma Ofélia às avessas, em uma proposta de atuação que expande os limites da cena acabada e adquire um contorno performativo, no qual o obsceno assume o centro da ação. 

O espetáculo propõe uma relação direta com o espectador, na qual a protagonista expõe as etapas íntimas de um processo de desconstrução de si, buscando libertar-se de um "eu" objetificado e aprisionado no modelo ficcional da heroína-trágica e tecendo uma reflexão sobre gênero, revolução e transgressão. Despida do desejo de persuadir o espectador acerca de um discurso lógico, a espinha dorsal da dramaturgia se estrutura na tensão entre a narrativa dramática da tragédia Hamlet e a travessia metafísica de “A Paixão Segundo G.H.”

A personagem de Clarice surge em "Véspera" como a mão invisível que conduz o processo de metamorfose da personagem shakespeariana e traz para o centro da cena as palavras não ditas de Ofélia: seus fantasmas, sua lucidez radical e a esperança de evitar que seu final trágico se repita. Dissecando a equação "loucura e morte", massivamente presente nas representações de personagens femininas em ficções, o espetáculo questiona o modelo ficcional da "mulher-louca-suicida", que, muitas vezes, se estende às nossas relações cotidianas. 

Ao longo de uma noite insone, a Ofélia de "Véspera" realiza uma aventura, deixando de ser uma personagem narrada pela perspectiva alheia, para apropriar-se de suas palavras e adquirir a dimensão de sujeito, movida pelo desejo de reescrever o desfecho de uma das mais famosas e influentes tragédias da cultura ocidental. 

Da fusão da personagem emblemática de Clarice com uma das personagens mais famosas de Shakespeare, surge uma Ofélia que se questiona sobre vida e morte, amor e ódio, obediência e transgressão. Uma Ofélia dividida entre ser e não ser, entre passado e futuro, entre o que a história insiste em perpetuar e o que sua consciência deseja libertar.


Sinopse
Após ser declarada morta, afogada em um rio, Ofélia retorna à cena de seu suposto suicídio para reconstituir a verdade sobre sua morte. Sozinha pela primeira vez em muito tempo, ela invade um teatro interditado e revela detalhes íntimos de sua vida. Misturando sonho e realidade, Ofélia reescreve sua história e altera o desfecho de uma grande tragédia.


Ficha técnica
Solo "Véspera".
Concepção, direção, dramaturgia e atuação: Fernanda Stefanski
Projeto Audiovisual e Tecnológico: André Zurawski
Cenografia e Desenho de Luz: Marisa Bentivegna
Figurinos e Adereços: Chris Aizner
Trilha Sonora e Desenho de som: Arthur Decloedt e Charles Tixier
Interlocução Artística: Bruna Betito
Fotografia: Ligia Jardim
Registro Audiovisual: Otavio Dantas
Arte Gráfica: André Zurawski e Fernanda Stefanski
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Gerenciamento de Redes Sociais: Zava
Intérprete de Libras: Fabiano Campos
Produção: André Zurawski e Fernanda Stefanski
Assistência de Produção: Larissa Miranda
Apoio: Oficina Cultural Oswald de Andrade, IBT - Instituto Brasileiro de Teatro, Espaço das Pequenas Coisas, EAI - Espaço de Artes Integradas

Serviço
Solo "Véspera".
Temporada: 12 a 28 de abril de 2024*
Às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h
Sessão extra, quinta, dia 25 de abril às 20:00
Teatro Arthur Azevedo – Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca
Ingressos: gratuitos – distribuídos uma hora antes de cada sessão
Classificação: 16 anos
Duração: 70 minutos
Capacidade: 50 lugares
Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
*Sessões com intérprete de Libras: 14 e 21 de abril

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