sábado, 6 de julho de 2019

.: Veia Nordestina: show de Mariana Aydar na Casa Natura Musical

Mariana Aydar lança terceira parte do EP de Veia Nordestina na Casa Natura Musical

Mariana Aydar. Foto: Autumm Sonnichsen


A cantora Mariana Aydar faz show de lançamento do terceiro EP do projeto Veia Nordestina na Casa Natura Musical dia 26 de julho, sexta-feira, 22h. O disco inédito será composto por quatro EPs lançados separadamente ao longo do ano. Veia Nordestina se tornará um disco físico com produção musical de Marcio Arantes.

No show da Casa Natura Musical, o repertório conta com músicas já lançadas no projeto, como Forró do ET, Veia Nordestina e Se Pendura. A última parte do EP está prevista para ser lançada em outubro.

Em paralelo, a cantora também lança em seu canal do Youtube um documentário em quatro episódios dirigido por Dellani Lima e Joaquim Castro, parceiro de Mariana na direção do documentário Dominguinhos (2014), e se baseia em temas que rodeiam a história da cantora com o forró. O primeiro episódio, que estreou em maio, aborda a chegada do forró a São Paulo e a chegada de Mariana ao forró.

Segundo Mariana, o projeto Veia Nordestina conta com xotes, arrasta-pés e forrós mais politizados que procuram dar conta de registrar o momento atual de protagonismo feminino e avanços do feminismo no país. Considerada um elo entre o novo e o tradicional, a cantora lançou-se sem medo às novas experiências, retomando suas origens forrozeiras e voltando a ser uma compositora atuante.

O gênero é a influência musical mais marcante no som de Mariana, que alia sofisticação e contemporaneidade às suas raízes da música nordestina. A paixão nasceu na infância, no colo de Luiz Gonzaga. Passando por muitas casas de forró com sua banda Caruá, ela sempre esteve em meio a xotes, xaxados e baiões.

Difusora da música nordestina, Mariana também é a idealizadora do Forrozin, bloco que fez um debut inesquecível no carnaval de São Paulo, em 2018, ao lado de Gilberto Gil. No Carnaval de 2019, mais uma vez, arrastou uma multidão de foliões para a Avenida Ipiranga com São João.

Mariana Aydar – Show de lançamento Veia Nordestina
Dia 26 de julho – Sábado, 22h (abertura da casa às 20h30)
Ingressos: Pista Lote 1 - R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Pista Lote 2 - R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). Pista Lote 3 - R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia). Pista Lote 4 - R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia). Bistrô Mezanino - R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia). Camarote – R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia).
Classificação: Livre.
Duração: 90 minutos.
Capacidade: 710 lugares.
Casa Natura Musical

Inaugurada em maio de 2017, a Casa Natura Musical celebra dois anos como um dos espaços mais relevantes e antenados do circuito cultural de São Paulo, tendo sido eleita como a melhor casa de shows de grande porte da capital paulista (O Estado de S. Paulo, em 5/10/18) e o Melhor Espaço Para Shows (Blog do Arcanjo / UOL, em 2/1/19). Com total visibilidade de qualquer ponto da plateia, a Casa oferece uma combinação de conforto e qualidade musical, configurando-se como palco ideal para abrigar nomes consagrados, novos talentos e projetos especiais. A Casa é comprometida com pautas que convidam o público a participar de reflexões e discussões muito presentes nos dias de hoje por meio de uma programação pulsante, diversa e inclusiva. Uma de suas propostas fundamentais é proporcionar experiências e conteúdos engajadores, dando voz à diferentes pessoas e movimentos. Localizada em Pinheiros, o empreendimento soma os esforços dos empresários Paulinho Rosa e Edgard Radesca aos da cantora e compositora Vanessa da Mata. O patrocínio é da Natura, empresa que há 12 anos destaca-se pela atuação na valorização da produção contemporânea e da identidade musical brasileira por meio da plataforma Natura Musical.

CASA NATURA MUSICAL
Rua Artur de Azevedo, 2134, Pinheiros, São Paulo, tel: (011) 3031-4143
Ingressos sem taxa de conveniência na bilheteria da Casa
Ingressos podem ser pagos com dinheiro, cartões de crédito e débito
Horário da bilheteria: de terça a sábado, das 12h às 20h. Segundas e domingos, quando houver show. Em dias de espetáculo, a bilheteria fecha mais tarde, até uma hora após o início da apresentação.
Venda de ingressos: casanaturamusical.com.br
Venda para pessoas com deficiência: 4003-6860

.: MTV estreia The Hills: Novo Começo nesta segunda-feira

A série irá reunir membros do elenco original, ao lado dos respectivos filhos e amigos, alguns rostos novos e exibirá as vidas pessoais e profissionais dessas pessoas na agitada cidade de Los Angeles. O retorno da icônica série 'The Hills' vai ao ar a partir de segunda-feira, 8 de julho, às 21h


A MTV anuncia o retorno da icônica série "The Hills". Esse retorno, intitulado "The Hills: Novo Começo", vai ao ar a partir de segunda-feira, 8 de julho, às 21h, só na MTV.

Baseado nos documentários que mudaram a história da TV, 'The Hills: Novo Começo' reunirá membros do elenco original, ao lado dos respectivos filhos e amigos, alguns rostos novos e exibirá as vidas pessoais e profissionais dessas pessoas na agitada cidade de Los Angeles.

O ator e modelo Brandon Thomas Lee se juntará à Mischa Barton ("The OC"), além dos membros originais: Audrina Patridge, Brody Jenner, Frankie Delgado, Heidi Pratt, Jason Wahler, Justin "Bobby" Brescia, Spencer Pratt, Stephanie Pratt e Whitney Port. Kaitlynn Carter, Jennifer Delgado e Ashley Wahler também farão participações especiais na série.

Brandon Lee é um ator e modelo que recentemente atuou em 'Sierra Burgess is a Loser' da Netflix e também estampou a campanha da Dolce & Gabbana. Nascido e criado na Califórnia, Brandon é filho da atriz Pamela Anderson e do músico Tommy Lee. Brandon é gerenciado pela Framework Entertainment e agenciado pela ICM.

"The Hills: Novo Começo" é produzida pela MTV e Evolution Media.

SERVIÇO – ESTREIA 'THE HILLS: NOVO COMEÇO'
Estreia: segunda-feira, 08 de julho, a partir das 21h.
Episódios inéditos: toda segunda-feira, às 21h.

.: "Genius": Antonio Banderas é Picasso e estreia na TV Cultura nova temporada


Filho de um pintor e professor, Pablo Picasso se consolidou como um dos artistas mais influentes do século XX. No domingo dia 7, a TV Cultura estreia a segunda temporada da série "Genius", que conta detalhes sobre a vida do autor de Guernica e Les Demoiselles d'Avignon e um dos fundadores do Cubismo. 

Estrelada pelo ator Antonio Banderas, a série mostrará desde a juventude do artista e o início da carreira como pintor até o momento em que se tornou conhecido e renomado ao redor do mundo. O primeiro episódio da temporada inédita vai ao ar a partir das 21h.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

.: Para não perder "Merlin e Arthur: Um Sonho de Liberdade", em São Paulo



Foto: Camila Mira 

Por Mary Ellen Farias dos Santos*
Em junho de 2019



Toca Raul! Quem não ouviu esse pedido num bom show de rock que jogue a primeira pedra. Eis que o teatro musical foi presenteado com a obra do mestre da "sociedade alternativa", 
que completa 30 anos de morte esse ano, em "Merlin e Arthur: Um Sonho de Liberdade", que está em cartaz no Teatro Frei Caneca, em São Paulo, de sexta a domingoAo som de Raul Seixas, numa seleção do melhor do rock nacional, o espetáculo da produtora Aventura, com excelente texto, apresenta a lenda celta do cavaleiro da Távola Redonda e seu conselheiro Merlin. 

O espetáculo é indiscutivelmente arrebatador. Além de brincar de modo surpreendente com as projeções que ampliam para o público o talento de Vera Holtz na pele de Merlin, apresenta o famoso triângulo amoroso do Rei Arthur, Guinevere e Lancelot. Trio que aparece ora jovem, ora adulto, incluindo encontros do "eu" do passado com o "eu" do presente. Nós do Resenhando.com assistimos e preparamos uma lista com 11 motivos para não perder o musical. Confira!


1. O espetáculo musical, embalado pelas canções de Raul Seixas, é uma aula de amor, resistência, ideais, batalhas, liberdade e sonhos.


2. É uma produção cheia de tecnologia que faz uso da melhor forma de projeções no palco, seja ao estampar um Merlin gigante e, por vezes, múltiplo, interpretado pela atriz Vera Holtz ou ao criar um ambiente de outras dimensões, com um toque lírico.

3. O texto de Márcia Zanelatto é um primor, envolve o público na trama e ainda permite que os atores brilhem no palco. Envolve o público com maestria!

4. Além da projeção gigante de Vera Holtz, como Merlin, em cena estão Paulinho Moska, Larissa Bracher, Gustavo Machado, Patrick Amstalden, KacauGomes, Rodrigo Salvadoretti, Natália Glanz, Saulo Segreto, Gabi Porto, Ubiracy Brasil, Santiago Villalba, Fernanda Gabriela, Daniel Haidar, Oscar Fabião, Laíze Câmara, Thainá Gallo, Dennis Pinheiro, Renato Caetano, Paola Poliny, Leonam Moraes, Carol Pita e Félix Boisson.

5. Embora a lenda do Rei Arthur seja focada no triângulo amoroso de Guinevere (Larissa Bracher e Natália Glanz), Arthur (Paulinho Moska e Rodrigo Salvadoretti) e Lancelot (Gustavo Machado e Saulo Segreto), há espaço para o talento da dupla de vilões Dreadmor (Patrick Amstalden) e Anamorg (Kacau Gomes)

6. As canções de Raul Seixas é que estabelecem o elo diante de cada acontecimento da lenda. Entre as músicas interpretadas, com orquestra e atores afinadíssimos estão "Gita", "Maluco Beleza", "Mosca na Sopa", "Eu Sou Egoísta" "A Maçã" e "Metamorfose Ambulante".

7. A excelência e harmonia do sexteto de protagonistas em cada cena é impressionante. Seja quando atuam no tempo presente ou passado. Tudo é de suspirar!

8. Os vilões são cruéis, mas cômicos. Assim, Dreadmor (Patrick Amstalden, o velho e o príncipe encantado de "Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812") e Anamorg (Kacau Gomes, a dubladora da protagonista de "A Princesa e o Sapo"), refletem o lado escuro dos antagonistas, com cenas divertidíssimas.


Foto: Caio Gallucci

9. Os figurinos cheios de detalhes e brilhos de João Pimenta só aperfeiçoam ainda mais a atuação do elenco no palco, assim como o visagismo de Fernando Torquatto

10. "Merlin e Arthur: Um Sonho de Liberdade" concebido e dirigido por Guilherme Leme Garcia, de “Romeu e Julieta” ao som de Marisa Monte, é pura magia e poesia musicada fascinante. Imperdível!

11. Está em cartaz no Teatro Frei Caneca, que fica dentro do Shopping Frei Caneca, não tão longe da Avenida Paulista.


Ficha Técnica:
Concepção e direção: Guilherme Leme Garcia
Texto: Márcia Zanelatto
Elenco: Vera Holtz, Paulinho Moska, Larissa Bracher, Gustavo Machado, Patrick Amstalden, KacauGomes, Rodrigo Salvadoretti, Natália Glanz, Saulo Segreto, Gabi Porto, Ubiracy Brasil, Santiago Villalba, Fernanda Gabriela, Daniel Haidar, Oscar Fabião, Laíze Câmara, Thainá Gallo, Dennis Pinheiro, Renato Caetano, Paola Poliny, Leonam Moraes, Carol Pita e Félix Boisson
Direção musical e arranjos: Fabio Cardia e Jules Vandystadt
Direção de Movimento e Coreografia: Toni Rodrigues
Set design, cenografia, iluminação e videodesign: Anna Turra, Camila Schmidt e Roger Velloso
Figurino: João Pimenta
Visagismo: Fernando Torquatto
Desenho de som: Carlos Esteves
Produção de elenco: Marcela Altberg


Merlin e Arthur, Um Sonho de Liberdade
Temporada: de 7 de junho a 18 de agosto de 2019
Sextas 20h
Sábados 16h e 20h
Domingos 19h
Duração: 2h15min + 15 minutos de intervalo
Classificação Indicativa: Livre


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm




Encerramento do espetáculo no Teatro Frei Caneca

.: Grátis: Sesc Avenida Paulista oferece exposição de Sebastião Salgado

"Gold – Mina de Ouro Serra Pelada" é um registro histórico do fotógrafo brasileiro revela o cotidiano 
do maior garimpo a céu aberto do mundo

O premiado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado traz para o Sesc Avenida Paulista a partir do dia 17 de julho de 2019, quarta, a exposição "Gold – Mina de Ouro Serra Pelada". O registro, feito na década de 1980, mostra a realidade do que foi o maior garimpo a céu aberto do mundo, na região da Amazônia Paraense. 

Em mais de 50 fotos, a exposição revela o cotidiano da mina de onde foram extraídas toneladas de ouro em mais de uma década de exploração. Pelas lentes do fotógrafo mineiro o visitante percorre a real idade da jazida, os trabalhadores em atividade, as condições precárias, e a "febre do ouro" que reuniu cerca de 50 mil garimpeiros no auge do período de extração. 

Sebastião Salgado passou um mês no local registrando a chegada de pessoas de todos os cantos do Brasil, o ambiente imerso na brutalidade do trabalho, os sonhos de quem vinha para construir seu futuro e a esperança de encontrar um dos materiais mais cobiçados na história da humanidade. 

A exposição tem a curadoria e design de Lélia Wanick Salgado, responsável pela editoria e organização de todo o trabalho de Sebastião Salgado, co-fundadora da agência Amazonas Images e do Instituto Terra. Ocupando um andar inteiro da Unidade e outro reservado para a ação educativa, "Gold – Mina de Ouro Serr a Pelada" tem entrada gratuita e permanece em cartaz até 03 de novembro.

Sebastião Salgado
Sebastião Salgado nasceu em 1944 em Minas Gerais, Brasil, e vive em Paris, França. É casado com Lélia Wanick Salgado, com quem tem dois filhos e dois netos. Formado em economia, Salgado começou sua carreira como fotógrafo profissional em 1973, em Paris, e trabalhou com agências de fotografia – dentre as quais a Magnum Photos – até 1994, quando ele e Lélia Wanick Salgado fundaram a Amazonas Images, dedicada exclusivamente à sua obra.

Ele viajou por mais de 100 países para desenvolver seus projetos fotográficos. Além das publicações na imprensa, sua obra foi apresentada em livros como "Other Americas" ("Outras Américas", 1986), "Sahel: L'homme en Détresse" (1986), "Sahel: el Fin del Camino" (1988), "Workers" ("Trabalhadores", 1993), "Terra" (1997), "Migrations" ("Êxodos") e "Portraits" ("Retratos de Crianças do êxodo", 2000), "Africa" (2007), "Genesis" (2013), "The Scent of a Dream" ("Perfume de Sonho", 2015), "Kuwait, a Desert on Fire" (2016) e "Gold" (2019). 

Todos esses livros foram editados, concebidos e tiveram seu projeto gráfico elaborado por Lélia Wanick Salgado. Exposições itinerantes dessas obras foram, e continuam a ser, apresentadas em museus e galerias por todo o mundo. Em 2013, foi lançado o livro "De Ma Terre à la Terre" ("Da Minha Terra à Terra"), um relato sobre a vida e a carreira de Salgado escrito pela jornalista francesa Isabelle Francq. 

Em 2014, estreou o documentário "The Salt of the Earth" ("O Sal da Terra"), codirigido por Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado. Selecionado para os mais importantes festivais de cinema, ele recebeu o Prêmio Especial do Festival de Cannes de 2014, na seção "Un Certain Regard", bem como o Prêmio César do cinema francês para melhor documentário em 2015, além de uma indicação para o Oscar de melhor documentário (longa-metragem) na 87a Cerimônia do Oscar, no mesmo ano.

Salgado está trabalhando atualmente em um projeto fotográfico sobre a Amazônia brasileira, seus habitantes e as comunidades indígenas; seu objetivo é ampliar a conscientização sobre as ameaças que elas enfrentam em consequência da exploração ilegal da madeira, da mineração do ouro, da construção de represas, da criação de gado e do cultivo de soja e, cada vez mais, das mudanças climáticas.

Sebastião Salgado é Goodwill Ambassador (Embaixador da Boa Vontade) da Unicef, e, entre outras distinções, foi nomeado membro honorário da Academy of Arts and Sciences nos Estados Unidos. Ele recebeu inúmeros prêmios e honrarias, como o Grand Prix National, Ministério da Cultura, França; o prêmio Príncipe de Asturias de las Artes, Espanha; a Medaglia della Presidenza della Repubblica Italiana, Internacional, Centro de Pesquisa Pio Manzù, Itália. Ele foi nomeado Comendador da Ordem do Rio Branco, no Brasil, e Commandeur de l'Ordre des Arts et des Lettres, Ministério da Cultura, França.

Em 2016, Salgado foi eleito membro da Académie des Beaux-Arts do Institut de France, e no mesmo ano, a França o nomeou Chevalier (Cavaleiro) de la Légion d'Honneur. Em 2018, foi condecorado Chevalier de l'Ordre du Mérite Culturel pelo Principado de Mônaco. Nesse ano, foi também eleito Foreign Honorary Member (Membro Honorário Estrangeiro) da American Academy of Arts and Letters, Nova York, Estados Unidos.

Desde 1990, Lélia e Sebastião vêm trabalhando juntos na recuperação de parte da Mata Atlântica brasileira, no estado de Minas Gerais. Em 1998, conseguiram tornar essa área uma reserva natural e criaram o Instituto Terra. A missão do Instituto é voltada ao reflorestamento, à conservação e à educação ambiental.

"Gold – Mina de Ouro Serra Pelada"
"O que dizer desse metal amarelo e opaco que leva homens a abandonar seus lares, vender seus pertences e cruzar um continente, a fim de arriscar suas vidas, seus corpos e sua sanidade por causa de um sonho?"

Sebastião Salgado
Um morro que se transformou em cratera e a cratera que se findou lago, assim foi o processo de exploração da mina de ouro conhecida como Serra Pelada. Desde sua descoberta em 1979, o local, na atual cidade de Curionópolis, chegou a receber 50 mil garimpeiros, de diversas partes do país, em busca do mesmo sonho: enriquecer. 

O "formigueiro humano", que recebeu o título de maior mina a céu aberto do mundo, tinha um fluxo intenso de trabalho, com condições precárias e muitos olhos atentos. Tudo o que era retirado da terra tinha roteiro e destino final, e cada metro quadrado um dono. Com 200 metros de diâmetro e mesma profundidade, o garimpo era repartido em lotes de 2x3 metros, e os trabalhadores divididos segundo suas funções: meia-praça, cavador, apontador, apurador e o formiga. 

Não eram permitidas mulheres, armas e álcool, sendo os policiais federais responsáveis por conter a violência. Em 1986, neste ambiente de tensão e esperança, chegava na região Sebastião Salgado, fotógrafo que tinha no currículo trabalhos para agência Magnum e registros icônicos como o do atentado ao presidente norte-americano Ronald Reagan.

Na exposição "Gold – Mina de Ouro Serra Pelada" os visitantes reencontram esta história, na qual o mineral protagoniza momentos abruptos no itinerário antrópico: a movimentação de massas humanas, mudanças ambientais e marcas permanentes na sociedade. 

Em 56 fotografias, é possível acompanhar o olhar de Salgado pelas diversas vidas que passaram, permaneceram ou se perderam no garimpo paraense. As trilhas encravadas na cratera, os garimpeiros com sacos de terra nas escadas de madeira (apelidadas sugestivamente de "adeus mamãe"), o sobe e desce de corpos cobertos de lama e suor, o desapontamento em cada vão aberto sem uma pepita achada e a euforia quando do encontro com um lampejo dourado. 

A paisagem de Serra Pelada que Sebastião Salgado apresenta nesta exposição revela as aflições, alegrias e os anseios de um povo que largou suas vidas e suas famílias para irem desbravar uma terra com configurações inóspitas e de futuro incerto. "O ouro é um amante imprevisível. Enquanto alguns garimpeiros afortunados partiram da Serra Pelada com dinheiro, compraram fazendas e empresas e nunca se sentiram traídos, outros, que encontraram ouro e pensaram que havia mais fortunas esperando por eles, acabaram, por fim, perdendo tudo o que tinham obtido. Com o amigo do meu pai aconteceu isso. Ele achou 97 kg de ouro, reinvestiu seus ganhos em novos lotes e equipes adicionais de peões para, no fim, deixar a mina de mãos vazias", comenta o fotógrafo.

Com curadoria e design de Lélia Wanick Salgado, fotografias inéditas guardadas há 30 anos chegam a público, revelando a dimensão e a egrégora por trás deste capítulo importante da história nacional. Serra Pelada permanece na memória coletiva e na visão de Sebastião Salgado como uma das mais impetuosas incursões humanas impelidas pela ambição. "Por uma década, ela evocou o El Dorado há muito prometido, mas, atualmente, essa corrida do ouro mais selvagem que o Brasil já teve se tornou apenas uma lenda, que permanece viva por meio de algumas lembranças felizes, muitos arrependimentos dolorosos — e fotografias".

Gold
A exposição compartilha do lançamento do livro "Sebastião Salgado – Gold", pela Editora Taschen, que reúne o portfólio completo de Sebastião Salgado feito em Serra Pelada. A publicação acompanha pictoriamente a trajetória do fotógrafo a partir da autorização para visitar o garimpo, em setembro de 1986, após ter sido negada por seis anos pelas autoridades militares brasileiras.

A opção pelo preto e branco marca um retorno à fotografia monocromática, seguindo uma tradição de nomes como Edward Weston, George Brassaï, Robert Capa e Henri Cartier-Bresson, que definiram o início e o meio do século XX. "Em toda a minha carreira no The New York Times", lembrou o editor de fotografia Peter Howe, "nunca vi editores reagirem a nenhum conjunto de imagens como fizeram com Serra Pelada".

Tanto no livro quanto na exposição, é perceptível a concretude do trabalho de Salgado, o que o torna vivamente contemporâneo. Com mais de duzentas páginas a publicação traz um prefácio do próprio fotógrafo e um ensaio do escritor e jornalista Alan Riding. A publicação pode ser adquirida nas Lojas Sesc e o lançamento acontece no dia 17 de julho, com a assinatura do fotógrafo, na própria Unidade.

Programação integrada
A exposição contempla ainda uma programação integrada, com cursos, oficinas, e atividades para diversos públicos sobre o pensar e o fazer fotográfico. Os temas abordam desde parâmetros históricos como técnicos, apresentando ao público visões distintas sobre a fotografia. Fotojornalismo, fotografia documental e história da fotografia brasileira estão entre as abordagens que a programação integrada oferece até final da exposição, correlacionando ainda aspectos socioambientais e históricos relacionados à Serra Pelada.

Mostra paralela – Galeria Mario Cohen
A partir do dia 19 de julho, quinta, o público pode conferir a mostra paralela que acontece na Galeria Mario Cohen, com fotografias do mesmo trabalho apresentado no Sesc Avenida Paulista. A Galeria, que fica localizada no bairro de Pinheiros, mantém as obras em cartaz até o dia 21 de setembro, das 11h às 19h, de segunda a sexta-feira, e das 11h às 15h, aos sábados.

Serviço
Exposição "Gold – Mina de Ouro Serra Pelada"
De Sebastião Salgado
De 17 de julho a 3 de novembro de 2019
Das 10h às 21h30 (terça-feira a sábado) e das 10h às 18h30 (domingos e feriados)
Local: Arte I (5º andar) – Educativo no 6º andar
Grátis – não é necessário retirar ingressos
Classificação: livre
Agendamento de grupos: agendamento@avenidapaulista.sescsp.org.br

Lançamento do livro "Gold – Mina de Ouro Serra Pelada"
Pela Editora Taschen
Quarta-feira, dia 17 de julho de 2019, às 20h
Local: Arte II (13º andar)
Grátis – retirada de ingressos com uma hora de antecedência
Classificação: livre

Sesc Avenida Paulista
Avenida Paulista, 119, São Paulo
Telefone: (11) 3170-0800
Transporte público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m
Horário de funcionamento da unidade: terça a sábado, das 10h às 22h. Domingos e feriados, das 10h às 19h.
Horário de funcionamento da bilheteria: terça-feira a sábado, das 10h às 21h30.
Domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Site: sescsp.org.br/avenidapaulista
Facebook: facebook.com/sescavpaulista
Instagram: @sescavpaulista
App Sesc Avenida Paulista: disponível para download gratuito em celulares e tablets no endereço sescsp.org.br/avenidapaulista


.: TV Cultura anuncia Daniela Lima como nova apresentadora do "Roda Viva"


A partir de 5 de agosto, a jornalista Daniela Lima será a nova apresentadora do "Roda Viva", da TV Cultura. Até lá, a mediação do mais tradicional programa de entrevistas da televisão brasileira segue com Ricardo Lessa, que está à frente do posto desde abril de 2018. 

Formada em jornalismo pela UniCeub, em Brasília, Daniela atuou como repórter do caderno Poder, do jornal Folha de S.Paulo, de 2010 a 2017. Atualmente, é editora do Painel da Folha, cargo que irá conciliar com a apresentação do "Roda Viva".

Daniela será a quarta mulher a ancorar o programa, que já contou com outros 13 nomes – Rodolfo Gamberini (1986 – 1987), Augusto Nunes (1987 – 1989), Jorge Escosteguy (1989 – 1994), Rodolfo Konder (1990), Rosely Tardelli (1994), Heródoto Barbeiro (1994 – 1995), Matinas Suzuki (1995 – 1998), Paulo Markun (1998 – 2007), Carlos Eduardo Lins (2008), Lilian Witte (2008 – 2009), Heródoto Barbeiro (2009 – 2010), Marília Gabriela (2010 – 2011), Mário Sergio Conti (2011 – 2013), Augusto Nunes (2013 – 2018) e Ricardo Lessa (2018 – 2019).

.: Saraiva promove troca de livros usados por desconto em títulos novos

Ação acontece até o dia 14 de julho em todas as lojas físicas e oferece desconto para livros que já 
estiverem com valores promocionais. Doações serão destinadas às instituições regionais
Como parte de sua plataforma #LerFazBem, a Saraiva, rede varejista de educação, cultura e entretenimento, promove o incentivo à leitura e acesso ao livro por meio da ação Troca Livros. Válida para as lojas físicas, a iniciativa acontece até o dia 14 de julho e convida os consumidores a doarem seus livros usados em troca de 20% de desconto na compra de um livro novo, de qualquer gênero.

E, para continuar com a corrente de incentivo à leitura, as obras doadas nas lojas serão repassadas para instituições de cidades em que a rede atua, dentre as quais Projeto Criança Aids (São Paulo), Associação Educacional e Beneficente Vale da Benção (Sorocaba) e Grupo de Assistência à Criança com Câncer (Natal), Lar Anália Franco de Londrina (Londrina), Escola Guajuviras (Canoas), Associação Mão Amiga (Caxias), entre outras.

Para fazer a doação, o cliente precisa estar cadastrado no programa Saraiva Plus que pode ser feito pelo site ou no caixa das lojas, no momento da doação.  Além disso, são aceitos livros de qualquer gênero, desde que estejam em bom estado.

O benefício de 20% off é concedido durante a compra, no momento da doação. A cada livro doado, o cliente ganha desconto no preço do novo título, sendo que o limite de doações é de 10 itens por CPF. Além disso, o desconto não é cumulativo com outras campanhas ou cupons promocionais da Saraiva. Para outras informações, acesse: www.saraiva.com.br/trocalivros.

Sobre o #LerFazBem
Há mais de cem anos no mercado literário, a Saraiva conhece o poder transformador dos livros na vida das pessoas e busca atuar como incentivadora e promotora do acesso à cultura e educação. Assim, a rede criou a plataforma #LerFazBem, que envolve diversas iniciativas, sempre relacionadas ao estímulo à leitura. Quer saber mais? Acesse: www.saraiva.com.br/ler-faz-bem.

.: "Medicina dos Horrores": o chocante mundo da cirurgia no século XIX

Em uma época em que as cirurgias - realizadas na presença de várias pessoas e sem uso de anestesia - não podiam ser mais perigosas, uma figura peculiar se destacou: Joseph Lister. O cirurgião proclamou que os germes eram a fonte de todas as infecções e que essas podiam ser contidas com a aplicação de antissépticos nas feridas. 

A historiadora Lindsey Fitzharris revela no livro "Medicina dos Horrores" o chocante mundo das cirurgias do século XIX e mostra como ele foi transformado pelas descobertas de Lister entre 1860 e 1875. O livro celebra o triunfo de um cirurgião visionário cujo esforço de unir ciência e medicina nos encaminhou para o mundo moderno.

Lindsey Fitzharris é escritora e historiadora. Medicina dos horrores, seu livro de estreia, ganhou o PEN/E.O. Wilson Award for Literary Science in the United States e foi finalista tanto do Wellcome Book Prize e do Wolfson History Prize. Ela é a criadora do blog The Chirurgeon’s Apprentice e também apresentadora da série do YouTube “Under the Knife”. Ela escreve para diversas publicações, como Scientific America, The Guardian, The Lancet, New Scientist e The Huffington Post.

.: 50º Festival Inverno Campos de Jordão traz atrações ao vivo na TV


O 50º Festival de Inverno de Campos do Jordão segue como destaque na tela da TV Cultura. No sábado, dia 6, às 16h30, o evento conta com uma apresentação da Jazz Sinfônica Brasil ao lado da cantora paraense Fafá de Belém. 

Já às 23h, a emissora transmite a apresentação de "Sinfonia dos Mil" pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). Além da exibição dos concertos, a TV Cultura ainda contará com uma cobertura especial do evento em seus programas jornalísticos, com links ao vivo ao longo do mês de julho, e levará ao ar durante sua grade gravações de apresentações que também acontecerão no evento.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

.: "Stranger Things 3" mantém a essência do melhor dos anos 80


Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em julho de 2019



CONTÉM SPOILERS!

Lançada no dia em que os americanos amam, ou seja, o 4 de julho, Dia da Independência dos E.U.A, a terceira temporada de "Stranger Things" reflete muito dessa homenagem, pois a festividade é pano de fundo para diversos acontecimentos, com direito aos famosos fogos de artifício. Logo, o grupo de amigos formado por Dustin, Eleven, Lucas, Max, Mike e Will está livre da escola, somente curtindo as férias de verão.

Uma temporada pra lá de romântica que já começa com beijocas entre Eleven e Mike, sobrando o ciúme paternal do xerife Hopper. Mais pares surgem na trama, como Lucas e Max e até Dustin tem o coração atingido em cheio por Suzie. Por outro lado, o galã Steve, ex de Nancy, até tenta investir nas clientes da sorveteria, mas o uniforme do local de trabalho não colabora. 


O amor chega até para Joyce Byers e Jim Hooper, embora os desencontros sejam mais marcantes -e até decisivos. Já Nancy e Jonathan estão mais envolvidos do que nunca e chegam a trabalhar no Hawkins Post, ele como fotógrafo e ela apenas servindo o café e lanches aos jornalistas. Humilhações para a moça, dos machistas, é que não faltam.

No entanto, a movimentação maior de Hawkins passa a ser concentrada no Starcourt Mall, assim o comércio local começa a fechar as portas. E é lá, bem no subsolo desse shopping, que muitos segredos estão escondidos. Contudo, para desvendar os códigos de comunicação, entra na trama Robin, amiga de trabalho de Steve na sorveteria do novo espaço de comércio.


Eis que para cumprir a missão desvendada por Steve e Robin entra em cena Erica, a irmãzinha de Lucas, que assim como todas as crianças, estão bem crescidos. O melhor de tudo? Ela que adora bancar a menina descolada e sempre pronta a achincalhar o irmão por ser nerd, descobre ser igual ao irmão e amigos dele. 

Com o elenco acrescido de novos personagens em ação contra o "Devorador de Mentes", o grupo, por vezes se divide durante os combates. Entre as lutas mais impressionantes está a do hospital e, claro, a do shopping. No entanto, Eleven sempre tem papel decisivo quando a vida dos amigos entra em risco. Sustos não faltam com os closes dados no ser do mal que é cheio de tentáculos e que ao abrir "a boca", assim como o de "Alien, o Oitavo Passageiro", externa um novo membro.

E quando o assunto é Demogorgon, em "Stranger Things 3" os seres estão potencializados, seja no poder ou no tamanho. Não bastasse isso, russos malvados trabalham para abrir o portal do mundo invertido. Enquanto que um exemplar de "Exterminador do Futuro" maligno caça Hopper que tenta impedir o processo que põe o mundo em risco. Assim, sobra 
pancadaria para todos os lados, embora Joyce seja uma parceira fiel do xerife.

Com todas as maravilhas dos anos 80, principalmente a trilha sonora, assim como o figurino e cortes de cabelos, "Stranger Things 3" continua sendo um presente a quem teve a chance de viver uma época tão linda, em que nos cinemas estreava "De Volta Para o Futuro" ou se cantava a nova "Wake Me Up Before You Go-Go", do Wham, por exemplo.

Maratone a terceira temporada, emocione-se e relembre de grandes momentos da saga dos amigos estilo "Os Goonies". Surpreenda-se no quarto episódio que é fazer cair o queixo de tão impactante e prepare um lencinho resistente para as lágrimas do último episódio que totaliza 1h15. Que "Stranger Things" seja uma série tão longa quanto o título de "A História Sem Fim"!


Seriado: Stranger Things
Episódios: 8
Temporada: 3
Elenco: Winona Ryder, David Harbour, Finn Wolfhard, Millie Bobby Brown, Gaten Matarazzo, Caleb McLaughlin, Natalia Dyer, Charlie Heaton, Joe Keery, Cara Buono, Sean Astin, Matthew Modine
País: EUA
Gênero: Horror, Suspense, Mistério, Ficção científica, Drama, Sobrenatural
Exibido em: 04/07/2019

*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm





Trailer


.: #MasterChefBr terá dia de Caixa Misteriosa com frutas exóticas


Neste domingo, 7 de julho, às 20h, os cozinheiros vão enfrentar uma Caixa Misteriosa que tem os ingredientes mais enigmáticos desta temporada: frutas exóticas. Eles terão que fazer um prato com frutas que não fazem parte do nosso dia-a-dia e que a maioria das pessoas não tem a mínima ideia de seus sabores. Os competidores poderão preparar uma receita doce ou salgada com a fruta da sua Caixa Misteriosa, dentre elas achachairú, acoará-tinga, dovyalis, lobeira e murici guassú. Os três melhores se salvarão da prova de eliminação.

Os seis cozinheiros que não conseguiram se salvar terão uma prova muito desafiadora: reproduzir um prato do grande chef espanhol Oscar Bosch. Como grande representante da moderna cozinha espanhola, ele traz uma receita com ingredientes mais tradicionais reinventados. O participante que fizer a pior réplica deixará a competição.

.: Mostra "Crônica de Banalidades Ordinárias" estreia no MIS

Série inédita da fotógrafa e artista visual Sylvia Sanchez traz imagens da interação inusitada do corpo humano a objetos e cômodos triviais de uma casa. A abertura acontece no dia 11 de julho, às 19h

Na quinta-feira, dia 11 de julho, o MIS - instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo - inaugura a terceira mostra do programa Nova Fotografia 2019, que selecionou seis trabalhos inéditos para serem expostos no Museu ao longo do ano: "Crônica de Banalidades Ordinárias", da artista Sylvia Sanchez. Com entrada gratuita, a exposição fica em cartaz até o dia 25 de agosto, no Espaço Nicho. Ainda dentro da programação da mostra, no dia 22 de agosto, a fotógrafa realiza um bate-papo - gratuito - com o público sobre seu trabalho.

Na série, por meio de uma performance para a câmera, um corpo ocupa de modo pouco usual os cômodos quase vazios de uma casa – sempre justaposto a objetos triviais sem utilidade aparente e deslocados de seus lugares habituais. Os gestos do corpo – e as relações que estabelecem, dentro do quadro fotográfico, com os espaços e objetos – subvertem as noções de normalidade e de funcionalidade nas ações cotidianas, esgarçando as fronteiras do habitual. Promovem humor e desconforto, ao mesmo tempo em que espreitam os condicionamentos e razões que se ocultam sob a superfície do dia-a-dia.

"A partir disso, a artista inventa situações domésticas, constituídas por elementos bastante familiares, mas atravessadas por gestos que parecem semear uma narrativa fantástica. Ela faz durar diante do olhar – como um fantasma que decide não mais se esconder – a fração de absurdo que reside nos acontecimentos ordinários", diz o professor e fotógrafo Ronaldo Entler, que realizou o acompanhamento curatorial da mostra.

Sobre a artista: 
Sylvia Sanchez é artista visual, com pesquisas entre a fotografia, a performance para a câmera e o cinema. Seu interesse se debruça sobre os pequenos desvios da chamada normalidade que povoam o quotidiano: o disfuncional, o incontrolável, o ilusório, o mágico, o transcendente e o que eles podem sugerir sobre a natureza humana íntima. Sylvia também desenvolve projetos audiovisuais para música, teatro e artes plásticas, assim como para organizações envolvidas com direitos humanos e questões urbanas. É educadora e orientadora de processos criativos, tendo trabalhado em ONGs e escolas de fotografia.

Bate-papo com a fotógrafa
No dia 22 de agosto (quinta-feira), a fotógrafa Sylvia Sanchez realiza um bate-papo com Mônica Maia. A conversa, aberta ao público, acontece às 19h30 no Auditório LABMIS (66 lugares), com entrada gratuita. Para participar, basta retirar senha com uma hora de antecedência na recepção do Museu.

Sobre o Nova Fotografia
Criado em 2011, o Nova Fotografia é um projeto anual do Museu da Imagem e do Som que busca criar um espaço permanente para exposição de fotografias de artistas promissores que se distinguem pela qualidade e inovação do seu trabalho. A cada ano, seis séries de imagens são escolhidas por meio de convocatória e expostas no Museu. A edição de 2019 conta com o acompanhamento curatorial de Mônica Maia, sócia diretora da DOC Galeria e do pesquisador, professor e crítico de fotografia Ronaldo Entler.

Serviço
Nova Fotografia | "Crônica de Banalidades Ordinárias", de Sylvia Sanchez
Abertura: 11 de julho, às 19h
Data: 11 de julho a 25 de agosto
Horário: 10h às 22h – terça a sábado; 9h às 20h – domingos e feriados
Local: Nicho
Ingresso: gratuito
Classificação: livre

Bate-papo com Sylvia Sanchez e Ronaldo Entler
Data: 22 de agosto, quinta-feira
Horário: 19h30
Local: Auditório LABMIS (66 lugares)
Ingresso: gratuito

Museu da Imagem e do Som - MIS
Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo| (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br
Estacionamento conveniado: R$ 18. Acesso e elevador para cadeirantes. Ar-condicionado.

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