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sábado, 28 de outubro de 2023

.: Entrevista: Claudia Raia fala sobre a Emengarda de "Terra e Paixão"


Atriz comenta a participação especial na trama em que interpreta a mãe de Luigi (Rainer Cadete). Foto: Globo/Paulo Belote

Em cenas de "Terra e Paixão", após ficar atrás de Luigi (Rainer Cadete) para informar o desejo de viajar para Nova Primavera, Emengarda (Claudia Raia) chegou para causar na cidade e deixa o filho desesperado, pois a presença dela pode acabar com os seus planos referentes à sucessão das terra de Antônio (Tony Ramos). Com isso, ao encontrá-la na fazenda, o italiano é obrigado a apresentar sua verdadeira mãe como uma parente brasileira a Irene (Gloria Pires) e Antônio, afinal, ela não pensa em ir embora tão cedo.  

Durante o papo com Emmy, como Emengarda gosta de ser chamada, Antônio a convida para se hospedar na fazenda e Irene fica desconfiada da história sobre o parentesco com o genro. Logo, coloca Luigi contra a parede e o obriga a revelar a identidade dela. Enquanto isso, Emmy fica de olho em Antônio e no comportamento de Irene com Vinícius (Paulo Rocha), e aproveita o tempo ocioso na casa dos La Selva para surrupiar alguns itens de valor, prática que está habituada a ter em sua vida pessoal. 

Ainda na temporada pela cidade, Emmy revela conhecer Agatha (Eliane Giardini) do passado e alerta Luigi sobre o risco de ficar próximo da ex-detenta. Ela afirma que a primeira mulher de Antônio matou colegas de cela envenenadas e vai usar tudo o que sabe para ganhar mais dinheiro. Abaixo confira a entrevista com a atriz Claudia Raia.


Como você define a sua personagem?
Claudia Raia -
Se tem uma coisa que eu soube de cara é que ela é uma mulher que vai causar. E o público vai entender que os trambiques de Luigi são coisa de família (risos). Minha personagem é uma mulher bem cara de pau, divertidíssima e de caráter muito duvidoso. Podemos esperar barbaridades dela.

 
Em quem se inspirou para fazê-la? 
Claudia Raia - 
A inspiração veio mesmo do texto e da conversa com Walcyr Carrasco. Ele já sabia muito bem como queria essa personagem e qual seria a função dela naquele lugar da trama. Quando ele me ligou para contar e fazer o convite, eu não pensei duas vezes. Estou muito animada em voltar a fazer novela, em encontrar esse elenco tão talentoso, rever amigos queridos, como Tony e Gloria. Estou me divertindo muito. Dá saudade deixar o Luca em casa? Dá. Mas o trabalho também é uma parte importantíssima da minha vida. Agora vou emendar numa frente de trabalhos e estou muito animada com isso. Depois que terminar minha participação em "Terra e Paixão", começo a preparação para o musical “Tarsila, A Brasileira”, que estreia em janeiro de 2024. É muito bom ver tantos projetos ganharem vida.


Com tantos anos de carreira novos trabalhos ainda são desafiadores? 
Claudia Raia - 
Claro que sim! Eu sou um eterna curiosa, tanto para a vida quanto para meus personagens. Por mais que pareça, um personagem nunca é igual ao outro.E meu desafio é justamente buscar o que os torna diferentes entre si, qual é a característica que os torna únicos e como posso explorar isso. Entrar em uma novela que já está no ar há um tempo, consolidada e fazendo muito sucesso, também é um desafio. Você é um peixinho meio fora do aquário. Pensar nessas coisas, estudar o personagem, me dá esse frio na barriga gostoso da novidade.

Quais são as principais questões que ela vai enfrentar na trama?
Claudia Raia - 
Acho que ela vai criar muitas questões para as pessoas ao redor (risos). O que dá para adiantar é que ela é muito pior do que o Luigi (Rainer Cadete). Então, com certeza vai aprontar bastante com os outros personagens. 


E como estão sendo as gravações, o convívio com o elenco?
Claudia Raia - 
As gravações estão sendo ótimas. É ótimo trabalhar e estar perto de amigos tão queridos, como Tony Ramos e Gloria Pires. Trabalhar com Rainer e Tata também está sendo ótimo. Nos divertimos muito em cena juntos. E o reencontro com o Luiz Henrique Rios, o diretor, está sendo maravilhoso. Sou uma atriz que gosta de ser dirigida, que gosta dessa troca. E ele é muito atento e sensível a isso. Não posso deixar de dizer que também é muito bom voltar em uma novela do Walcyr, que se comunica de uma maneira muito próxima do público, que é tão popular. Temos isso em comum: eu adoro projetos populares. Gosto de trabalhar para o público se divertir.

Como você espera que o público vai receber sua personagem?
Claudia Raia - 
Eu espero que bem e que se divirta com as falcatruas dela.

Comente sobre a relação dela com Luigi.
Claudia Raia - 
Ela não é aquela mãe zelosa, cuidadosa, que só pensa no bem-estar do filho. Ela é uma grande trambiqueira, e os dois têm isso em comum. Na verdade, ela é bem pior do que o Luigi, ou seja, podem esperar tudo dela. Tudo bem que isso acaba os aproximando também. É uma relação em que os dois querem se dar bem sempre. 


Quais foram seus últimos trabalhos?
Claudia Raia - 
Meu último trabalho na TV foi "Verão 90". Depois veio a pandemia, voltei da minha turnê com o espetáculo “Conserto para Dois” na Europa antes, porque tudo estava fechando. Depois, voltei com o espetáculo em 2021 e 2022. A turnê nacional estava agendada para 2020, mas precisou ser adiada. Ano passado, eu estive à frente do “Decora” ao lado da Stephanie Ribeiro em uma edição dedicada às novelas. Foi um trabalho muito divertido e que eu fiz já grávida do Luca. Foi muito especial ter esse registro. Depois ele nasceu e agora, depois da licença, estou voltando à ativa em "Terra e Paixão" e emendo na preparação para o musical “Tarsila, A Brasileira”, como citei acima.

Como foi o convite para a participação na novela?
Claudia Raia - 
O convite veio do próprio Walcyr Carrasco. Fiquei muito feliz quando recebi a ligação dele e mais ainda quando ele fez o convite. Ele me disse o que estava pensando para a personagem, qual era o caminho que gostaria para ela, e topei na hora. 

Como está sendo trabalhar o texto do Walcyr Carrasco e como tem sido a direção do Luiz Henrique Rios?
Claudia Raia - 
Está sendo maravilhoso, um reencontro muito feliz! Já trabalhei com Luiz Henrique e sempre foi muito bom. Desde o começo, tanto ele quanto toda a equipe fizeram de tudo para que as gravações acontecessem da melhor forma, pensando que eu moro em São Paulo e estou com um bebê pequeno em casa. O texto do Walcyr é ótimo, tem um apelo popular muito grande. Isso me deixa muito feliz.
 

É o seu primeiro trabalho após a gravidez. Apesar de você já ter passado por isso com seus dois outros filhos, como tem sido viver essa experiência agora?
Claudia Raia - 
É bem diferente, especialmente porque agora estou passando isso fora de casa. Eu moro em São Paulo e estou no Rio para gravar a novela. Mas é algo que eu sabia que aconteceria em algum momento. Também é importante para eu me entender como mulher depois do nascimento do Luca. Nos primeiros meses, estive completamente dedicada a ele. Voltar a sair de casa para trabalhar me coloca em um outro lugar. Dá muita saudade, parece que está faltando um pedaço de mim, mas ao mesmo tempo me sinto muito realizada por estar fazendo o que eu amo fazer. Busco sempre olhar o lado mais cheio do copo, e neste caso não é diferente. Afinal, além de mãe, sou mulher, atriz, produtora... E agora vou começando a reencontrar esses outros lados meus, que estavam mais adormecidos. Está sendo um reencontro gostoso comigo mesma também a volta ao trabalho.

"Terra e Paixão" é uma novela criada por Walcyr Carrasco, escrita por Walcyr Carrasco e Thelma Guedes. A obra é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti, Cleissa Regina e Dora Castellar. A direção artística é de Luiz Henrique Rios com direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

.: Renascer: primeiras imagens da releitura de um clássico da dramaturgia

Foto: Fábio Rocha


Entre lendas e mistérios, na vastidão das plantações de cacau, um homem sem posses e sozinho no mundo finca seu destino aos pés de um jequitibá rei, tendo a natureza exuberante da região como testemunha e estabelecendo um pacto que o acompanhará ao longo de toda a sua trajetória. "Enquanto o meu facão estiver encravado aos seus pés, nem eu nem você haveremos de morrer... nem de morte matada... nem de morte morrida!" . A saga de José Inocêncio (Humberto Carrão/Marcos Palmeira), que fez história na dramaturgia brasileira, está de volta em "Renascer", a próxima novela das 21h na TV Globo. A trama é uma releitura escrita por Bruno Luperi, baseada na obra de seu avô, Benedito Ruy Barbosa, e com direção artística de Gustavo Fernandez.  

As gravações iniciaram neste mês em Ilhéus, na Bahia, região onde a história é ambientada nas duas fases, e já temos as primeiras imagens das gravações da produção que estreia no ano que vem no horário nobre, 31 anos após a sua exibição original. Com um olhar renovado para seus personagens e tramas, a novela assinada por Luperi nesta nova versão segue atemporal com seus mistérios, dramas, amores, vingança e lendas. ‘Renascer’ conta a história de José Inocêncio, um homem obstinado e destemido, que carrega consigo a coragem e a vontade de se tornar alguém na vida, mas que desenvolve uma difícil relação com o filho caçula, João Pedro (Juan Paiva) desde seu nascimento. Acesse aqui para baixar o vídeo.

“‘Renascer’ pisa em um Brasil mais profundo de forma mais potente. Assim como ‘Pantanal’, são obras épicas, atemporais e que estão na memória afetiva do público e da televisão, e que agora temos a possibilidade de trazê-las para os dias de hoje. Porque o tempo escreve com a gente. E os valores foram muito ressignificados de 30 anos para cá. Isso determina a maneira como abordar e tratar as narrativas e de como se traduz aquela cena ou dramaturgia para os dias atuais. Ter essa chance de novo é mais um presente que o destino me reservou”, celebra Bruno Luperi.

Assim como a semente de cacau, José Inocêncio (Humberto Carrão) também cria raízes naquela terra. E ele renasce pela primeira vez ao sobreviver a uma impressionante emboscada. O episódio não deixa apenas cicatrizes pelo corpo, mas espalha a fama de que o ‘coronelzinho’ tem o corpo fechado para morte. Não demora muito para José Inocêncio se tornar uma figura mítica e o fazendeiro mais bem-sucedido da região por seus êxitos como produtor de cacau. 

Mas talvez a maior de suas conquistas seja o amor da jovem e pura Maria Santa (Duda Santos). A arrebatadora paixão entre os dois gera quatro filhos: José Augusto (Renan Monteiro), José Bento (Marcello Melo Jr), José Venâncio (Rodrigo Simas) e o caçula, João Pedro (Juan Paiva), o único que não teve a oportunidade de conviver com a mãe, que morre ao dar à luz. A fatalidade com Maria Santa provoca a revolta em José Inocêncio, que por toda a vida culpa João Pedro pela morte de seu grande amor.

A indiferença e a mágoa marcam a relação entre o patriarca e o caçula ao longo dos anos. Apesar do desprezo e de ter tido negadas as oportunidades que foram concedidas aos irmãos, João Pedro sente enorme admiração por este pai. Seu único desejo é ter o amor paterno. Anos mais tarde, a chegada da misteriosa Mariana (Theresa Fonseca) colocará à prova todos esses sentimentos quando pai e filho se apaixonam pela mesma mulher. A situação faz renascer sentimentos que estavam adormecidos ou que até então eram desconhecidos para ambos.



No elenco, Marcos Palmeira, Humberto Carrão, Juan Paiva, Theresa Fonseca, Duda Santos, Antonio Calloni, Vladimir Brichta, Juliana Paes, Irandhir Santos, Enrique Diaz, Jackson Antunes, Adanilo, Matheus Nachtergaele, Fabio Lago, Maria Fernanda Cândido, Samantha Jones, Chico Diaz, Breno da Matta, Edvana Carvalho, Rodrigo Simas, Marcello Melo Jr, Renan Monteiro, Xamã, Sophie Charlotte, Gabriela Medeiros, Juliane Araujo, Ana Cecilia Costa, Livia Silva, Julia Lemos, Almir Sater, Quitéria Kelly, Belize Pombal, Evaldo Macarrão, Mell Muzzillo, Uiliana Lima, Pedro Neschling, Flávia Barros, entre outros. 

"Renascer" é uma novela escrita por Bruno Luperi baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Gustavo Fernandez, direção geral de Pedro Peregrino e direção de Alexandre Macedo, Walter Carvalho, Ricardo França e Mariana Betti. A produção é de Betina Paulon e Bruna Ferreira e a direção de gênero de José Luiz Villamarim. 

Assista:



segunda-feira, 16 de outubro de 2023

.: Novelas "Pátria Minha" e "Escrava Isaura" chegam ao streaming


Cláudia Abreu e Lucélia Santos brilharam nas novelas, ambas escritas por Gilberto Braga, que voltam no Globoplay.  Foto de Cláudia Abreu: TV Globo / Jorge Baumann. Foto de Lucélia Santos: Globo/Divulgação

Outubro será marcado por homenagens a Gilberto Braga no Globoplay. No mês em que se completam dois anos de sua partida, o streaming da Globo resgata duas grandes obras de seu vasto histórico de sucessos na teledramaturgia, com a chegada de "Pátria Minha" e "Escrava Isaura".   

De 1994, "Pátria Minha" foi a primeira a estrear. Com nomes como Tarcísio Meira, Renata Sorrah, Cláudia Abreu, Rodrigo Santoro, Fábio Assunção, José Mayer, Patrícia Pillar e Vera Fischer no elenco, a trama aborda o confronto entre Alice (Cláudia Abreu), uma estudante idealista, e Raul Pelegrini (Tarcísio Meira), o dono de um conglomerado de empresas, comprometido com negócios inescrupulosos. A rixa entre os dois começa quando Alice vê Raul demitir brutalmente seu motorista e, ao sair em disparada com o carro, causar um atropelamento sem assumir a responsabilidade. A novela trata de questões éticas e morais a partir do tema da corrupção, marca registrada nas tramas de Gilberto Braga.   

Outro título de peso assinado por Braga que chega ao Globoplay é a novela "Escrava Isaura". Inspirada na obra homônima de Bernardo Guimarães, a novela de 1976 retrata a luta abolicionista no Brasil, tendo como fio condutor a paixão doentia de um senhor por sua escrava. Com estreia marcada para o dia 23, o sucesso tem a atriz Lucélia Santos interpretando Isaura, uma órfã que desconhece quem é seu pai e sabe, apenas, que sua mãe era escravizada pelos donos da fazenda onde vive. Isaura foi educada como uma moça de corte por Ester (Beatriz Lyra), sua senhora. Após a morte de Ester, seu filho Leôncio (Rubens de Falco) se torna o administrador dos bens da família. Apaixonado por Isaura sem ser correspondido, ele se apodera da carta de alforria da jovem e aplica castigos cruéis contra ela.

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

.: Começam as gravações de "Dona Beja", a nova novela da HBO Max


Releitura inédita do sucesso dos anos 1980 contará com 40 capítulos e traz Grazi Massafera no papel da protagonista. Em pé (esq. para dir.) – Simone Mazzer, Ricardo Burgos, Nikolas Antunes, Thalma de Freitas, Luciano Quirino, Roberto Bomtempo, Claudio Tovar, Indira Nascimento, Kelzy Ecard, Otávio Muller, Isabela Garcia, Tuca Andrada, Rhaisa Batista e Arilson Lucas. Sentados no sofá: Bukassa Kabengele, Rita Pereira, André Luiz Miranda, Grazi Massafera, David Jr, Deborah Evelyn e Bianca Bin. Sentados no chão: Gabriel Godoy, Catharina Caiado, João Villa, Pedro Fasanaro, Erika Januza e Lucas Wickhaus


A HBO Max deu início às gravações de "Dona Beja", novela nacional original que contará uma nova versão do sucesso dos anos 1980. Escrita por Daniel Berlinsky e António Barreira e com produção da Floresta, a obra terá 40 capítulos e será gravada em diversas locações no estado do Rio de Janeiro. A novela conta com Grazi Massafera como protagonista e ainda não tem data de lançamento prevista.

"Dona Beja" é uma adaptação da obra homônima, inspirada em dois livros sobre Ana Jacinta de São José, uma personagem real. Esta versão promete trazer um novo olhar à história, devido às mudanças de comportamento da sociedade durante as últimas décadas. No elenco estão Grazi Massafera como Ana Jacinta, além de grandes talentos como David Jr, André Luiz Miranda, Bianca Bin, Othon Bastos, Elizabeth Savalla, Werner Schunneman, Roberto Bomtempo, Deborah Evelyn, Bukassa Kabengele, Indira Nascimento, Tuca Andrada, Isabela Garcia, Otávio Müller, Erika Januza, Thalma de Freitas, Luciano Quirino, Kelzy Ecard, Dudu Pelizzari, Claudio Tovar, Elisa Lucinda, George Sauma, Miguel Rômulo, Bruna Spínola, João Villa, Nikolas Antunes, Gabriel Godoy, Pedro Fasanaro, Catharina Caiado, Rhaisa Batista, Arilson Lucas, Rita Pereira, Simone Mazzer, Lucas Wickhaus, Ricardo Burgos, Danielle Olímpia e Virgilio Castello, entre outros.

“É com muito orgulho que anunciamos o início das gravações de mais uma novela”, comenta Mônica Albuquerque, diretora de Gestão de Talentos e Desenvolvimento de Produções de Ficção da Warner Bros. Discovery. “A nova versão do clássico 'Dona Beja' reafirma o nosso posicionamento estratégico com relação à produção de conteúdo nacional: buscamos histórias que tragam temas contemporâneas, mesmo quando abordados sob uma perspectiva de época. E Dona Beja tem esse propósito. Os autores foram muito sensíveis na abordagem de temas que ainda são tão relevantes para o nosso país.” 

"Dona Beja" é uma novela da HBO Max, produzida e licenciada pela Floresta. Escrita por Daniel Berlinsky, António Barreira e colaboração de Maria Clara Mattos, Cecília Giannetti, Clara Anastácia e Ceci Alves. A produção é baseada na sinopse desenvolvida por Renata Jhin e António Barreira, em releitura da obra original criada por Wilson Aguiar Filho.

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

.: "Paraíso Tropical" volta pela primeira vez no "Vale a Pena Ver de Novo"


Olavo (Wagner Moura) e Bebel (Camila Pitanga) são um dos destaques da novela que volta à TV aberta em dezembro. Foto: divulgação

Clássico de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com direção de núcleo de Dennis Carvalho, "Paraíso Tropical" está de volta! Exibida originalmente em 2007, a história de amor entre Paula (Alessandra Negrini) e Daniel (Fábio Assunção) estreia nas tardes da TV Globo, no "Vale a Pena Ver de Novo", em dezembro.

Ambientada em Copacabana, com toda beleza e contradições que o tornam um bairro-símbolo do Rio de Janeiro, esse novelão que também fala sobre cobiça e ética, reúne personagens que ficaram marcados em nossa teledramaturgia, como as gêmeas Paula e Taís (Alessandra Negrini), o ambicioso e mau-caráter Olavo (Wagner Moura), a divertida Bebel (Camila Pitanga), a decadente Marion (Vera Holtz) e o poderoso Antenor (Tony Ramos). 

Além do Rio de Janeiro, a história se passa, inicialmente, na cidade fictícia de Marapuã, na Bahia. É lá onde vive Amélia (Susana Vieira), dona do bordel mais famoso da região, e mãe da doce e honesta Paula (Alessandra Negrini), a gerente de uma pousada em Pedra Bonita, cidade próxima a Marapuã. Os problemas de saúde de Amélia levam Paula à cidade onde também, coincidentemente, está Daniel (Fábio Assunção), o diretor-executivo do Grupo Cavalcanti, um dos mais fortes do país, fundado e presidido pelo empresário Antenor Cavalcanti (Tony Ramos). A empresa tem interesse em construir um resort na região, mas o prostíbulo de Amélia fica exatamente no terreno onde seria erguido o empreendimento, o que gera um embate entre Daniel e a mãe de Paula.

Um acidente em alto-mar coloca Paula e Daniel frente a frente. Uma tempestade deixa Daniel em apuros enquanto pratica windsurf e Paula, que volta para casa de lancha, consegue socorrê-lo. Sem condições de voltar, os dois se abrigam na cabana de uma ilha desabitada, e desse encontro surge uma arrebatadora história de amor, recheada de intrigas, mistérios e emoções.

"Paraíso Tropical" tem autoria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com colaboração de Ângela Carneiro, João Ximenes Braga, Maria Helena Nascimento, Nelson Nadotti, Sérgio Marques, Rosa Maria e Marília Garcia. A novela tem direção de núcleo de Dennis Carvalho, direção-geral de Dennis Carvalho e José Luiz Villamarim e direção de Amora Mautner, Maria de Médicis e Cristiano Marques. ‘Paraíso Tropical’ tem previsão de estreia em dezembro no ‘Vale a Pena Ver de Novo’.





domingo, 24 de setembro de 2023

.: Quem é quem em "Elas por Elas", novela que estreia nesta segunda-feira


"Elas por Elas" estreia nesta segunda-feira, dia 25 de setembro. Na imagem, Mário Fofoca (Lázaro Ramos), Natália (Mariana Santos), Renée (Maria Clara Spinelli), Helena (Isabel Teixeira), Taís (Késia), Lara (Deborah Secco), Adriana (Thalita Carauta) e Carol (Karine Teles). Foto: Globo/Fábio Rocha

Originalmente criada por Cassiano Gabus Mendes e exibida na década de 1980, a novela “Elas por Elas” volta à TV Globo em uma releitura escrita por Thereza Falcão e Alessandro Marson com direção artística de Amora Mautner. A obra tem colaboração de Carol Santos, Letícia Mey e Wendell Bendelack. A direção é de Caetano Caruso, Fellipe Barbosa, Mayara Aguiar e Mariana Duarte. A produção é de Andrea Kelly e Isabel Ribeiro e a direção de gênero de José Luiz Villamarim. Conheça os perfis dos personagens que estreia nesta segunda-feira, dia 25 de setembro.


Perfis dos personagens  

Núcleo de Lara 
Lara (Kiria Malheiros/Deborah Secco) –
Vaidosa e divertida, é a responsável por reunir as amigas novamente após 25 anos. Casada com Átila (Eduardo Moscovis), é mãe de Cris (Valentina Herszage) e Yeda (Castorine). Quando o marido morre, percebe que sua história era uma farsa e dá um novo rumo para a sua vida. Se aproxima de Mário (Lázaro Ramos) quando o contrata para descobrir quem era a amante de Átila.}

Átila (Sergio Guizé) – Advogado bem-sucedido, casado com Lara (Deborah Secco), com quem tem duas filhas, Cris (Valentina Herszage) e Yeda (Castorine). Mantém um caso com Taís (Késia), por quem se diz apaixonado e para quem se apresenta com o falso nome de Herbert.

Cris (Valentina Herszage) – Filha de Lara (Deborah Secco) e Átila (Sergio Guizé), adora ostentar sua vida luxuosa nas redes sociais. Vai se interessar por Giovanni (Filipe Bragança), tornando-se rival de Ísis (Rayssa Bratillieri).

Yeda (Castorine) – Filha de Lara (Deborah Secco) e Átila (Sergio Guizé), é inteligente e bem resolvida. Trabalha na empresa do pai e vai incentivar a mãe a retomar a carreira.

Nice (Ludmila Rosa) – Assistente pessoal de Lara (Deborah Secco), está sempre presente e sabe de tudo o que acontece na casa da família.

Roberto (Cassio Gabus Mendes) – Sócio de Átila (Sergio Guizé), é um homem ambicioso que vai tentar impedir que Lara (Deborah Secco) investigue sobre quem era a amante de Átila.

Aramis (Diego Cruz) – Advogado no escritório de Átila (Sergio Guizé), se apaixona por Yeda (Castorine).

Vilma (Viétia Zangrandi) – Secretária no escritório de Átila (Sergio Guizé), tem uma relação suspeita com Roberto (Cassio Gabus Mendes).  

  

Núcleo de Taís
Taís (Liza Del Dala/Késia) –
Modelo com uma carreira de sucesso, tem um romance com Átila (Sergio Guizé), que ela pensa se chamar Herbert. Descobre que é amante do marido de sua amiga no dia em ele morre. Tem pavor de ser descoberta por Lara (Deborah Secco) e por Mário (Lázaro Ramos), seu irmão, que foi contratado para investigar quem era a tal amante. É filha de Raquel (Mariah da Penha) e Evilásio (Cosme dos Santos).  

Mário Fofoca (Lázaro Ramos) – Irmão de Taís (Késia), é um detetive atrapalhado. Será contratado por Lara (Deborah Secco) para investigar quem era a amante de Átila (Sergio Guizé) e, apesar do jeito desligado, vai acabar descobrindo, sem querer, pistas do segredo de Átila (Sergio Guizé). Mantém uma paixão platônica por Érica (Monique Alfradique), mulher de seu melhor amigo, Edu (Luís Navarro).

Raquel (Mariah da Penha) – Mãe de Taís (Késia) e de Mário (Lázaro Ramos). Trabalha fora enquanto o marido, Evilásio (Cosme dos Santos), cuida da casa.  

Evilásio (Cosme dos Santos) – Pai de Taís (Késia) e de Mário (Lázaro Ramos), sempre apoia o filho em tudo. Cuida da casa e está sempre procurando alguma coisa para fazer, pois não suporta ficar parado.


Núcleo de Helena
Helena (Fernanda Lasevitch/Isabel Teixeira) –
Voluntariosa e acostumada a sempre ter tudo o que quis, comanda com mãos de ferro a fábrica de cosméticos que foi fundada por seu pai, Sérgio (Marcos Caruso). É mãe – superprotetora – de Giovanni (Filipe Bragança) e casada com Jonas (Mateus Solano), mas vive uma crise no relacionamento. As coisas pioram quando Adriana (Thalita Carauta), ex-noiva de Jonas, volta a fazer parte da vida deles, e Helena se vê novamente diante de sua grande rival, de quem será uma pedra no sapato.  

Jonas (Dani Flomin/Mateus Solano) – Marido de Helena (Isabel Teixeira) e pai de Giovanni (Filipe Bragança). Tem uma boa relação com o filho, mas não é muito próximo ao sogro. Era namorado de Adriana (Thalita Carauta), mas casou-se com Helena quando ela ficou grávida.  

Sérgio (Marcos Caruso) – Pai de Helena (Isabel Teixeira). Fundou a empresa de cosméticos Heláne, mas agora está aposentado e é a filha quem administra os negócios da família. Guarda segredos do passado que escondem seu verdadeiro caráter.  

Giovanni (Filipe Bragança) – Filho de Helena (Isabel Teixeira) e Jonas (Mateus Solano), se apaixona por Ísis (Rayssa Bratillieri), filha de Adriana (Thalita Carauta), ex-namorada de seu pai. Também vai despertar o interesse de Cris (Valentina Herszage). Trabalha na empresa de cosméticos da família.  

Míriam (Paula Cohen) – Enfermeira que sabe sobre o segredo que Sérgio (Marcos Caruso) esconde e reaparece para chantageá-lo.  

Maninha (Regiana Antonini) – Cozinheira da casa de Helena (Isabel Teixeira).  

Carmen (Laura Fernandez) – Secretária na Helàne.  


Núcleo de Adriana
Adriana (Mari Oliveira/Thalita Carauta) –
Dona de uma clínica veterinária, é muito dedicada aos animais. Ao reencontrar as amigas, volta a cruzar também com seu amor da adolescência, Jonas (Mateus Solano), a quem ainda ama. No passado, Adriana terminou o noivado com Jonas após descobrir que Helena (Isabel Teixeira) estava grávida. É mãe de Ísis (Rayssa Bratillieri).

Ísis (Rayssa Bratillieri) – Filha de Adriana (Thalita Carauta), é uma jovem comprometida, que ajuda a mãe em sua clínica veterinária e ainda faz trabalho voluntário de resgate de animais em situação de risco. Ísis vai se envolver com Giovanni (Filipe Bragança), filho justamente de Helena (Isabel Teixeira), rival de sua mãe.

Marlene (Maria Ceiça) – Alto astral, é tia de Adriana (Thalita Carauta) e apoia muito a sobrinha. É a única a conhecer a verdade sobre a paternidade de Ísis (Rayssa Bratillieri).

Carlinhos (Luciano Mallmann) – Parceiro de Ísis (Rayssa Bratillieri) no trabalho voluntário de resgate de animais em situação de risco  


Núcleo de Renée
Renée (Shi Menegat/Maria Clara Spinelli) –
Mulher de Wagner (César Mello), madrasta de Tony (Richard Abelha) e de Vic (Bia Santana), Renné trabalha na padaria da família. É irmã de Érica (Monique Alfradique). Sofre um revés da vida quando é abandonada por Wagner e vai precisar se reinventar.  

Wagner (César Mello) – Marido de Renée (Maria Clara Spinelli) e pai de Tony (Richard Abelha) e de Vic (Bia Santana). Parece amar a esposa e os filhos, mas desaparece levando tudo, deixando Renée e os filhos apenas com dívidas.  

Tony (Richard Abelha) – Filho de Wagner (César Mello) e enteado de Renée (Maria Clara Spinelli), a quem ama como mãe. É um rapaz bom, mas que após o abandono do pai começa a ter atitudes questionáveis. Vai se interessar por Ísis (Rayssa Bratillieri).

Vic (Bia Santana) – Filha mais nova de Wagner (César Mello). Assim como o irmão, tem muito amor pela madrasta, Renée (Maria Clara Spinelli).  

Marcia (Mary Sheila) – Ex-mulher de Wagner (César Mello), mãe de Tony (Richard Abelha) e Vic (Bia Santana). Vai tentar se reaproximar dos filhos.  

Érica (Monique Alfradique) – Personal trainer, é irmã de Renée (Maria Clara Spinelli) e casada com Edu (Luís Navarro). Desconfia das traições do marido, mas prefere acreditar que ele é fiel. É alvo do amor platônico de Mário (Lázaro Ramos).

Edu (Luís Navarro) – Assim como a esposa, Érica (Monique Alfradique), é personal trainer. Melhor amigo de Mário (Lázaro Ramos), é um conquistador compulsivo e conta com a sua ajuda do para esconder de Érica suas traições. Não se dá bem com a cunhada, Renée (Maria Clara Spinelli). 


Núcleo de Natália
Natália (Jade Mascarenhas/Mariana Santos) –
Atormentada há 25 anos pela morte do irmão gêmeo, Bruno (Luan Argollo). Na ocasião, sofreu um trauma e perdeu a memória do que aconteceu. Decidida a saber quem o matou, vê o reencontro com as amigas como uma oportunidade de descobrir se foi uma delas. Seu primeiro alvo é Carol (Karine Teles), mas ela irá desconfiar de todas. Mora com Pedro (Alexandre Borges), seu irmão.

Pedro (Caian Zattar/Alexandre Borges) – Irmão mais velho de Natália (Mariana Santos), quer que a irmã esqueça a obsessão em descobrir quem matou Bruno (Luan Argollo), irmão deles. Vai se envolver com Carol (Karine Teles) a pedido de Natália.  

Dra. Lígia (Paula Burlamaqui) - Psiquiatra de Natália. 

Cláudia (Maiara Astarte) – Trabalha na casa de Natália e Pedro. Fisioterapeuta e neurocientista premiada, passou a vida estudando, se preparando e hoje é professora universitária. Nunca se permitiu ficar sem fazer nada, nem gastar o tempo com algo que não fosse produtivo. Só após reencontrar as amigas se dá conta de que o tempo passa depressa demais.

Wanda (Magda Gomes) – Cientista e professora, divide com Carol (Karine Teles) um grupo de trabalho na universidade. Não gosta de conviver com outras pessoas.

Ulisses (Chao Chen) – Professor da universidade, vai se envolver com Carol.

.: Entrevista: Olivia Araújo fala sobre o retorno de Maria Navalha em "Fuzuê"

 


Na imagem, Maria Navalha (Olivia Araújo) nos bastidores do Beco do Gambá. Foto: Globo/Estevam Avellar


A preocupação de Luna (Giovana Cordeiro) com o sumiço da mãe chegará ao fim em "Fuzuê". Na novela, Maria Navalha (Olivia Araújo), desaparecida há um ano, resolve voltar ao Bairro de Fátima. A decisão surge após a ex-cantora da Lapa ver uma propaganda sobre a reabertura do Beco do Gambá, que traz, como uma das principais atrações, a sua grande rival, Rejane Miranda (Walkiria Ribeiro). 

Sem ser vista, Maria Navalha chega ao bairro bem arrumada e portando apenas uma mala de mão, cujo conteúdo ajuda a explicar o motivo do seu desaparecimento. Enquanto isso, nos bastidores do Beco do Gambá, Luna tenta acalmar Rejane, que foi "presenteada" com um buquê de flores acompanhado de uma navalha. A antiga Rainha do Fuzuê acredita que foi Maria Navalha quem aprontou isso com ela e teme o retorno da adversária.   

Mal sabem elas que a mãe de Luna realmente está de volta e tem muito a falar. Mas o primeiro a vê-la é Merreca (Ruan Aguiar), que a surpreende antes de ela conseguir entrar na casa de shows. No clima tenso entre eles, Merreca fala para Maria Navalha que a filha dela se envolveu com gente grande e, por causa deles, está no erro com ele.

"Fuzuê" é criada e escrita por Gustavo Reiz, com direção artística de Fabricio Mamberti. A obra é escrita com colaboração de João Brandão, Juliana Peres e Michel Carvalho, e tem direção geral de Adriano Melo e direção de Bernardo Sá, Nathalia Ribas, Glenda Nicácio e Cadú França. A produção é de Gustavo Rebelo e direção de gênero de José Luiz Villamarim. Em entrevista, a atriz Olivia Araújo comenta sobre a chegada da personagem, a preparação para dar vida à cantora, além de adiantar como será o reencontro com Luna. 


Desde o início da história, Maria Navalha aparece em cenas de flashback, despertando a curiosidade de quem a assiste. Você estava ansiosa para o retorno da personagem?
Olivia Araújo - 
Até agora, ela é uma lembrança das pessoas. Com a sua volta, o público vai entender melhor essa mulher tão intensa, cheia de vida e tão apaixonada por tudo, que acabou sendo julgada e sofrendo com isso.


Qual a sua expectativa com o aparecimento de Maria Navalha?
Olivia Araújo - 
Estou ansiosa com o retorno da Maria Navalha porque é a estreia dela e o meu desejo como atriz é que as pessoas se encantem e se apaixonem por ela assim como eu. 

A Maria Navalha tem um papel muito forte na trama. O que o público pode esperar da personagem e da representatividade dela na história?
Olivia Araújo - 
Ela chega trazendo informações e mais mistérios, coisas que vão impactar ainda mais a vida das pessoas a sua volta. Além disso, aparece com muita vontade de dar solução às situações. Mas ela também vai se surpreender com o que vai encontrar pela frente. 

Como está sendo a preparação para viver uma cantora da Lapa? 
Olivia Araújo - 
A preparação segue intensa. Já fazia aula de canto por entender que é uma ferramenta importante para mim como atriz. A dança também faz parte da minha formação. E isso se junta, agora, para fazer a Maria Navalha, que é uma mulher intensa, exuberante e que fala em caixa alta. Para colocá-la em pé, conto com um time formado por preparadoras – vocal e corporal –, além de professor de canto e fonoaudióloga. Cada número da Maria Navalha vem acompanhado de muito estudo. 
 

Luna (Giovana Cordeiro) envolveu tudo e todos na busca da mãe, causando um verdadeiro fuzuê. O que você pode adiantar da cena em que Maria Navalha vai reencontrá-la? Como tem sido trabalhar com a Giovana?
Olivia Araújo - 
Serão cenas de muita emoção. Vai ter muita alegria, mágoas, questionamento, mas, sobretudo, muito amor. Elas se amam e se admiram. E a Giovana tem sido uma grande parceira de cena. As nossas trocas são cercadas de carinho. Tenho muita admiração por ela. 

A personagem transita por diferentes núcleos, mas é parte central do Beco do Gambá, local que lhe rendeu fama e muitas alegrias. Como tem sido contracenar com esse núcleo? 
Olivia Araújo - 
O Beco do Gambá é um cenário lindo e seus personagens são cativantes e amorosos. É uma trupe vibrante. Cada cena gravada no Beco é uma animação porque tem muito brilho, muita vida. E a gente se diverte, assistindo aos números. É uma delícia.

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

.: Contagem regressiva: falta uma semana para a estreia de "Elas por Elas"


Natália (Mariana Santos), Renée (Maria Clara Spinelli), Helena (Isabel Teixeira), Taís (Késia), Lara (Deborah Secco), Adriana (Thalita Carauta) e Carol (Karine Teles). Foto: Globo/Fábio Rocha

Na próxima segunda-feira, dia 25 de setembro, , o público vai começar a acompanhar as histórias de Lara (Deborah Secco), Taís (Késia), Helena (Isabel Teixeira), Adriana (Thalita Carauta), Renée (Maria Clara Spinelli), Natália (Mariana Santos) e Carol (Karine Teles). Após 25 afastadas, essas sete mulheres, com trajetórias completamente distintas, vão se reaproximar por um laço que nunca foi definitivamente rompido: o da amizade. Só que esse reencontro, além de alegria, vai trazer grandes revelações e desenterrar mágoas que tinham ficado guardadas no passado. 

Na última quinta-feira, dia 14 de setembro, os convidados do evento de lançamento da novela, realizado nos Estúdios Globo, puderam ter um gostinho do que vem por aí. As sete atrizes, além de Lázaro Ramos, intérprete do inesquecível detetive Mario Fofoca, se apresentaram, caracterizados, contando um pouco sobre seus personagens. 

"A gente fala de reencontro, de amizade, de pessoas que se gostam. Acho que tudo isso, além de emocionar, vai causar uma grande empatia no nosso público", comenta o autor Alessandro Marson. "É uma novela em que as personagens têm a oportunidade de olhar para o passado e verem o que ficou para trás, o que não realizaram da vida que tinham planejado. A partir daí, começam a rever o presente", complementa Thereza Falcão, que escreve a novela com Alessandro.

"Elas por Elas" é criada por Cassiano Gabus Mendes e escrita por Thereza Falcão e Alessandro Marson, com direção artística de Amora Mautner. A obra tem colaboração de Carol Santos, Letícia Mey e Wendell Bendelack. A direção é de Caetano Caruso, Fellipe Barbosa, Mayara Aguiar e Mariana Duarte. A produção é de Andrea Kelly e Isabel Ribeiro e a direção de gênero de José Luiz Villamarim.

sábado, 16 de setembro de 2023

.: "Não quero cumprir cota de indígena", diz Daniel Munduruku sobre ABL


Ao ser candidato para se tornar um “imortal” na Academia Brasileira de Letras e a ocupar a cadeira de número 5, após o falecimento do historiador José Murilo de Carvalho, o escritor e filósofo Daniel Munduruku, o pajé Jurecê da atual novela “Terra e Paixão”, da TV Globo, será o primeiro indígena na história da Academia a se tornar um membro, caso seja aprovado. “Não quero cumprir cota de escritor indígena, tenho condições absolutas para concorrer de forma igualitária com os outros candidatos”, destaca. 

Com 64 livros publicados, o escritor é especializado no público infanto-juvenil e já conta com cerca de 6 milhões de livros vendidos no Brasil, além de outros países como Estados Unidos, Canadá, Áustria, Coreia do Sul e México. Caso aprovado na ABL, Munduruku, por sua trajetória em produzir conteúdo a crianças e jovens, acredita que será um “choque de cultura, uma mudança de mentalidade”. O objetivo, segundo ele, é aproximar mais a Academia Brasileira de Letras da sociedade, além de reforçar a importância da literatura infanto-juvenil. 

Entre suas obras, destaque ao “Histórias de Índio” (Editora Companhia das Letras) com cerca de 300 mil livros comercializados em 25 edições. “Coisas de Índio" (Ed.Callis), que conquistou o prêmio Jabuti, além da obra internacionalmente premiada “Meu Avô Apolinário” (Editora Studio Nobel), são mais destaques. Durante a Bienal do Livro, em setembro, mais dois livros foram lançados: “Árvore Teia”, uma fábula sobre o envelhecimento, e “Redondeza”, destinado a crianças de até seis anos com conteúdo focado em imagens. 

“Daniel é um talento brasileiro admirável que eleva a arte e a cultura de nosso país incentivando milhares de crianças e jovens a ingressarem nesta jornada fascinante de apreciar a literatura e o conhecimento por meio de um conteúdo leve e ao mesmo tempo reflexivo. Temos o maior orgulho de prestar o nosso apoio, aqui em Santa Catarina”, destaca a diretora da “A Livraria”, Miriam Almeida que, por meio da loja localizada no BravaMall, na Praia Brava de Itajaí, em Santa Catarina, apoia a candidatura de Munduruku e reconhece a relevância de sua contribuição literária e cultural.

Daniel Munduruku, 59, é paraense, de povo indígena e, atualmente, reside no interior de São Paulo. Além de escritor, é formado em filosofia, psicologia e história. Tem mestrado e doutorado em educação pela USP, e pós-doutorado em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos.

.: Resumos dos capítulos de "Elas Por Elas": episódios 1 a 6


"Elas por Elas": releitura da trama, atualizada para os dias atuais, mantém o olhar da obra elaborada na década de 1980 por Cassiano Gabus Mendes. Foto: Globo/João Cotta


Se a vida é a arte do encontro, um curso de inglês foi o local em que o destino se encarregou de cruzar a vida de sete jovens, dando início a uma grande amizade, e fazendo com que dividissem, assim, as dores e as delícias desta fase da vida. Porém, após um fim de semana na praia, um triste acontecimento quebra esse laço e provoca um hiato nessa amizade.  

Após 25 anos,  Lara (Deborah Secco) encontra uma foto antiga e tem a ideia de juntar o grupo novamente. Ela abre sua casa e recebe Taís (Késia), Helena (Isabel Teixeira), Adriana (Thalita Carauta), Renée (Maria Clara Spinelli), Natália (Mariana Santos) e Carol (Karine Teles), sem desconfiar que o momento do reencontro, que deveria ser de euforia, iria trazer também grandes revelações e desenterrar mágoas que tinham ficado guardadas no passado. 

Esse é o ponto de partida de "Elas por Elas", próxima novela das 18h da TV Globo, que estreia dia 25 de setembro. A  nova versão é escrita por Thereza Falcão e Alessandro Marson, com direção artística de Amora Mautner e direção de gênero de José Luiz Villamarim. A releitura da trama, atualizada para os dias atuais, mantém o olhar principal e tão característico da obra criada originalmente na década de 1980 por Cassiano Gabus Mendes. Confira o resumo dos primeiros capítulos.


Capítulo 1
Lara se prepara para encontrar suas amigas de juventude, que não vê há 25 anos. Yeda questiona Lara sobre Natália, Bruno e Taís. Átila se encontra com Taís, que acredita que o nome dele é Herbert. Giovanni pressiona Helena sobre possíveis testes em animais feitos pela marca da mãe. Helena proíbe Jonas de ir ao encontro promovido por Lara, por conta de Adriana. Carol recebe um prêmio por seu trabalho. Lara conta a Cris que Bruno morreu. Natália comenta com Pedro seu incômodo com o convite para o reencontro com Lara e as amigas. Natália afirma a Pedro que Bruno foi assassinado e descobrirá por quem. Taís conta a Lara que Mário se tornou detetive particular. Ísis acusa Giovanni de prejudicar animais. Lara apresenta Átila como seu marido, e Taís se choca ao reconhecer Herbert.
 

Capítulo 2
Átila se desespera ao reconhecer Taís, mas ambos disfarçam na frente de Lara. Giovanni se defende das acusações de Ísis. Marlene passa mal, e Adriana deixa as amigas para ir ao encontro da tia. Natália chega ao evento de Lara e nota a última foto de Bruno. Helena é notificada da confusão em sua empresa. Renée surpreende as antigas amigas. Edu se incomoda quando Érica diz que Renée dormirá em sua casa. Jonas e Adriana se reencontram ao apartar a briga entre os filhos Giovanni e Ísis. Giovanni ajuda Ísis. Taís revela a Renée que Átila é Herbert. Yeda e Cris alertam Lara para o comportamento de Átila. Átila afirma amar Taís e diz que irá se separar de Lara. Adriana confessa ainda ter sentimentos por Jonas. Átila passa mal e morre nos braços de Taís.
 

Capítulo 3
Taís pede ajuda a Renée. Taís esquece uma nécessaire no apartamento de Átila. Lara é informada sobre a morte de Átila. Cris pressiona Roberto para entender o que Átila fazia no local em que morreu. Lara deduz que Átila tinha uma amante e se revolta contra o marido. Mário percebe que Taís teve uma noite ruim. Adriana reúne as amigas para dar suporte a Lara no velório de Átila. Ísis questiona Adriana sobre a identidade de seu pai. Ísis acompanha Adriana ao velório, e reencontra Giovanni. Ísis e Giovanni discutem.
 

Capítulo 4
Giovanni confessa estar interessado em Ísis. Natália desconfia de que Carol possa ter assassinado Bruno. Cris insinua para Helena que gostou de Giovanni. Helena ouve quando Giovanni afirma seu interesse por Ísis. Érica pressiona Mário para descobrir a traição de Edu. Carol e Adriana lembram de quando Bruno as humilhou. Renée volta para casa e é recebida com amor por sua família. Helena e Jonas discutem por causa de Adriana. Edu confronta Érica, que confessa sua desconfiança com o marido. Evilásio afirma que Mário está apaixonado por Érica. Lara exige que Roberto revele o nome da amante de Átila.
 

Capítulo 5
Roberto despista Lara, que se desespera ao ver as notícias divulgadas sobre a morte de Átila nos jornais. Giovanni ajuda Ísis a conseguir lares para os animais resgatados. Mário rompe sua amizade com Edu, mas diz a Evilásio que não irá se declarar para Érica. Natália pede ajuda a Pedro para se aproximar de Carol. Taís decide contar a verdade para Lara, e Renée se preocupa. Cris sugere que Helena faça uma visita a Lara, com Giovanni a tiracolo. Lara desabafa com Taís, que perde a coragem de dizer a verdade para a amiga. Giovanni pede Ísis em namoro. Renée e Tony descobrem que Wagner fugiu com todo o dinheiro da família.

Capítulo 6
Renée se revolta contra Wagner, e Tony tenta conter a mãe. Renée, Tony e Vic descobrem que estão falidos. Ísis questiona Giovanni sobre Jonas. Lara diz a Taís que deseja contratar Mário para descobrir a identidade da amante de Átila. Natália arma para se aproximar de Carol, e manipula Pedro. Giovanni discute com Helena por causa de Ísis. Natália tem uma crise nervosa ao falar do dia em que Bruno morreu, e Pedro e Carol tentam acalmá-la. Giovanni conversa com Sérgio sobre Ísis. Adriana proíbe Ísis de voltar a se encontrar com Giovanni. Edu dá uma carona para Mário, e os dois são assaltados. Adriana comenta com Marlene que Ísis pode ser filha de Jonas, e a menina ouve.

sábado, 9 de setembro de 2023

.: Com Gabriela Spanic no papel de gêmeas, "A Intrusa" chega ao Globoplay


Inédita no Brasil, a trama traz Gabriela Spanic como protagonista e é uma adaptação da obra da autora de sucessos como "Maria do Bairro", "Marimar" e "A Usurpadora. Foto: Televisa


Os fãs de novelas mexicanas já podem se preparar. Nesta segunda-feira, dia 11 de setembro, estreia mais uma novela inédita e dublada no Globoplay: "A Intrusa", que conta com a atriz Gabriela Spanic vivendo gêmeas novamente, assim como em "A Usurpadora", novela de sucesso que consagrou a atriz no papel das gêmeas Paola e Paulina. "A Intrusa" é um dos títulos que fazem parte do acordo entre Globo e TelevisaUnivision, anunciado no início do ano, que amplia a distribuição de conteúdo pelo Globoplay de grandes produções do LasEstrellas e de Vix+Originals, além de acesso ao acervo de grandes sucessos produzidos pela Televisa.  

 A adaptação do clássico "Valentina", da radionovelista cubana Inés Rodena - autora de sucessos da plataforma, como "Maria do Bairro", "Marimar" e "A Usurpadora", apresenta a história da família Junquera, cujo patriarca está prestes a morrer e não confia nos filhos para cuidar do seu patrimônio.  O ricaço pede que Virginia (Gabriela Spanic), babá de seu filho mais novo, aceite se casar com ele em segredo para que, no futuro, ela possa cuidar dos filhos dele.

Vivendo como uma intrusa, mas com plenos poderes e controle das finanças, Virginia precisa conquistar os herdeiros. Para complicar, ela segue apaixonada pelo filho mais velho, Carlos Alberto (Arturo Peniche), que está prestes a se casar com a oportunista Anabella (Dominika Paleta). Para completar, Virginia ainda lida com uma irmã gêmea, Vanessa (Gabriela Spanic), que tem uma vida bem simples em um povoado de Veracruz e vive lhe pedindo dinheiro.

Diferente da trama de "A Usurpadora", a novela começa com protagonismo de Virginia, a irmã bondosa que tem uma vida financeira confortável com a família Junquera. Vanessa, a irmã pobre e ambiciosa, não chega a ser vilã, apesar de tentar seduzir Carlos Alberto durante uma passagem pela capital. Em determinado momento, diante de acontecimentos importantes na trama, Vanessa ganha o protagonismo e chega na mansão dos Junquera com desejo de vingança. 


Curiosidades sobre a trama
"A Intrusa" é uma telenovela mexicana produzida por Ignacio Sada Madero para a Televisa, exibida pelo Canal de las Estrellas entre 16 de abril a 19 de outubro de 2001, em 135 capítulos, sucedendo "Mujer Bonita" e sendo sucedida por "Salomé". A trama é uma adaptação de "Valentina" de 1975 original de Inés Rodena e sendo adaptada por Carlos Romero. Foi protagonizada por Gabriela Spanic, interpretando gêmeas novamente, e Arturo Peniche, e antagonizada por Dominika Paleta, Laura Zapata, Karla Álvarez, Chantal Andere, Claudio Báez, Juan Pablo Gamboa e Sergio Sendel.

O SBT havia adquirido os direitos de exibição da novela em meados de 2003/2004 e teve alguns capítulos dublados. Em 2005, o SBT chegou a anunciar a novela dentro de um pacote de novidades na programação. Desse modo, no anúncio havia uma cena do folhetim. Contudo, a trama acabou sendo engavetada pela emissora por falta de patrocinadores na época. Estreia nesta segunda-feira, dia 11 setembro, na plataforma de streaming Globoplay com 15 capítulos semanais, até o dia 6 de novembro de 2023, totalmente dublada em português.


Acordo entre Globo e TelevisaUnivision 
Produzida pela TelevisaUnivision, "A Intrusa" é um dos três títulos já anunciados pelo Globoplay como parte do acordo de ampliação da distribuição de conteúdo da maior empresa de mídia e obras em espanhol do mundo pela plataforma brasileira. A parceria entre Globo e TelevisaUnivision permite ao Globoplay a estreia, no Brasil, de produções tanto do canal aberto mexicano Las Estrellas como do ViX+, serviço de streaming da TelevisaUnivision voltado para o mercado hispânico, além de acesso ao conteúdo histórico de grandes sucessos da TV produzidos pela Televisa.  

Além de "A Intrusa", títulos como "O Privilégio de Amar" e "A Candidata", também fazem parte do acordo. Entre os grandes sucessos de Las Estrellas, já estão disponíveis no catálogo  do Globoplay as séries "Rubi" e "Sem Medo da Verdade" e as novelas "Marimar", "Maria do Bairro", "A Usurpadora", "Império de Mentiras", "Amar a Morte" e "Cair em Tentação" e a recém-lançada versão atualizada de "Os Ricos Também Choram".



sábado, 2 de setembro de 2023

.: Regina Casé: bastidores das gravações como a vilã de "Todas as Flores"


A atriz Regina Casé já está a postos para acompanhar a trama e revela. Foto: Globo/Estevam Avellar
 

Uma mulher capaz de qualquer coisa para conseguir o que quer, mas que é atravessada pelas surpresas que a maternidade pode apresentar. A partir do dia 4, de segunda a sexta-feira, após "Terra e Paixão", o público da TV Globo acompanha as vilanias e armadilhas criadas por Zoé (Regina Casé). Ela é mãe de Vanessa (Letícia Colin), sua fiel escudeira, com quem traça os mais duvidosos planos para manter a boa condição financeira que conseguiu alcançar. Só que tudo se torna uma preocupação na vida das duas quando Vanessa é diagnosticada com leucemia e precisa de um doador de medula compatível para se salvar. Sem pensar duas vezes, Zoé recorre a um trunfo guardado há mais de 20 anos: Maíra (Sophie Charlotte), a filha que não viu crescer. 

Quando "Todas as Flores" começa, Zoé está na porta de Maíra fingindo arrependimento por tê-la abandonado ainda bebê. Tudo não passa de uma forma de sensibilizar a jovem para que ela doe a medula e ajude Vanessa. O plano dá certo. Zoé só não espera encontrar em Maíra uma doçura e altruísmo admiráveis, capazes de despertar os lados mais afetuosos de sua maternidade. “É muito fácil você embarcar naquela vilã com cara de malvada e que tem o tempo todo a mesma conduta. Já eu me surpreendia nas cenas”, entrega Regina Casé ao falar sobre as nuances de sua personagem. 

Também nos primeiros capítulos da novela, exibidos a partir de segunda-feira, Maíra, já morando no Rio de Janeiro com a mãe, consegue um emprego como perfumista na Rhodes & Co. Tailleur. Lá conhece Rafael (Humberto Carrão), por quem se encanta imediatamente sem saber que se trata do namorado de sua irmã. E na saída de uma das festas da empresa, Olavo (André Loddi), genro de Luis Felipe (Cassio Gabus Mendes), acaba provocando um grave acidente de carro com uma vítima fatal. Para livrar sua barra, Luis Felipe oferece a Diego (Nicolas Prattes) um alto valor em dinheiro para que ele assuma a culpa pelo atropelamento. O rapaz aceita, vendo na oferta uma chance de proporcionar melhores condições para sua família, mas termina preso. A seguir, confira entrevista completa com a atriz Regina Casé.


"Todas as Flores" chega à TV Globo no dia 4 de setembro, e será mais uma oportunidade de o grande público conhecer a Zoé, sua primeira vilã. Como está a sua expectativa?
Regina Casé - Eu estou superfeliz com esta exibição na TV aberta porque sou uma artista que sempre teve a ambição, a utopia e a vontade de falar com todo mundo. Me surpreendeu o resultado da novela já no streaming. Muito mais gente do que eu imaginava assistiu. Acho que isso serviu como uma grande propaganda e um boca a boca para esta exibição na TV Globo (risos). Muita gente me diz: “Soube que ‘Todas as Flores’ está indo para a TV Aberta; vou assistir de tanto que ouvi falar, todo mundo adorou”. E eu acho que vai ser muito, muito legal mesmo. Também vai ser muito legal o público que me viu em trabalhos como o "Esquenta", em "Amor de Mãe", me ver fazendo uma vilã em "Todas as Flores".  

  

Que traços ou aspectos da trajetória de Zoé mais te marcaram e você acredita que merecem a atenção de quem vai assistir à novela?
Regina Casé - Eu gosto da complexidade dela. A Zoé não é linear. Muita gente, no começo, dizia que não sabia nem apontar se ela era má ou boa, e eu acho isso muito bom. Ela se surpreende com a filha que ela não criou, com quem não conviveu, e isso a humaniza. Em muitas tramas isso acontece no final, há uma humanização ou uma redenção do vilão ou da vilã. No caso da Zoé, como ela encontra com essa filha logo no primeiro capítulo, ela divide o lado da vilania com o lado “mãezona” do início ao fim, é algo que o tempo todo está em conflito com ela, até o último capítulo.

 

Zoé ocupa o lugar de vilã, mas a relação de maternidade dela com Vanessa e Maíra, em alguns momentos da trama, também revela um lado mais sensível da personagem. Enquanto intérprete, quais foram seus desafios no processo de construção da Zoé?
Regina Casé - Foi muito difícil, talvez o trabalho mais difícil que eu já tenha feito. É muito fácil você embarcar naquela vilã com cara de malvada e que tem o tempo todo a mesma conduta. Já eu me surpreendia nas cenas. Foi maravilhoso contracenar com a Letícia Colin e com a Sophie Charlotte, que de alguma maneira viraram minhas filhas mesmo. Eu me emocionava de verdade. Algumas cenas foram muito difíceis. Sem dar muito spoiler, apesar de estar no Globoplay, mas entregar o filho da Maíra na instituição (de tráfico humano) foi muito difícil. Eu estava tão apegada ao bebezinho que participava das cenas, era como uma relação de avó com ele... Eu sabia que a personagem tinha que fazer aquilo, mas eu, Regina, sofri muito. Em muitas cenas fiquei dividida de verdade. 

 

Quais foram as contribuições mais importantes deste trabalho em sua carreira?
Regina Casé - Antes de mais nada, o convívio com um elenco que parecia um grupo de teatro. Fábio Assunção, Humberto Carrão, Letícia Colin, Sophie Charlotte - esse meu núcleo, com quem eu gravava quase todo dia - e eu desenvolvemos um compromisso com a novela, uma vontade de acertar, um cuidado com assuntos tão importantes. Houve um movimento muito bonito tanto para isso quanto para encontrarmos o equilíbrio e as nuances de cada personagem e a relação entre eles. Nos encontrávamos nas casas uns dos outros, ensaiávamos, chegávamos mais cedo aos Estúdios Globo para estudar. Isso foi muito rico! Isso nem sempre acontece, nem sempre é possível, nem sempre existe esse encontro entre os atores, mas nesse caso houve. E foi muito intenso, muito profundo. Eu sou muito grata a todos esses colegas. Foi um sonho trabalhar com Fábio pela primeira vez, ele me ajudou muito. As meninas também. Com o Humberto eu já tinha trabalhado, tínhamos um vínculo maravilhoso desde ‘Amor de Mãe’. Da novela, o que eu levo de mais precioso – e a que eu atribuo o sucesso e a surpresa das pessoas – foi esse elenco comprometido, querendo muito acertar. Isso aparece no resultado do produto. 

 

"Todas as Flores" é criada e escrita por João Emanuel Carneiro com direção artística de Carlos Araujo. A novela Original Globoplay é escrita com Vincent Villari, Eliane Garcia e Daisy Chaves. A direção é de Luiz Antonio Pilar, Carla Bohler, Fellipe Barbosa, Guilherme Azevedo e Oscar Francisco. A produção é de Betina Paulon e Gustavo Rebelo e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. A estreia na TV Globo será exibida a partir desta segunda-feira, dia 4 de setembro, indo ao ar de segunda a sexta-feira, logo após "Terra e Paixão".

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

.: Entrevista: Vera Holtz fala sobre a Santana de "Mulheres Apaixonadas"

Vera Holtz é Santana em "Mulheres Apaixonadas". Foto: Rede Globo/Divulgação


Passados 20 anos da marcante interpretação de Santana, em "Mulheres Apaixonadas", a novela escrita por Manoel Carlos e seus desdobramentos permanecem vivos na memória de Vera Holtz, atriz que deu vida à personagem. Vera passou por uma intensa experiência de preparação para o papel e lembra de cenas emblemáticas que protagonizou na novela, agora no ar no ‘Vale a Pena Ver de Novo’. “Todo esse processo, as fases do alcoolismo, isso tudo era muito presente na personagem. Quando terminou a novela, eu fui pra Curitiba, para a uma universidade onde estava tendo um curso de preparação para profissionais que faziam acompanhamento de adictos. Lá, a criação da personagem Santana foi, de alguma forma, homenageada como um exemplo de todas as fases da doença”, conta.

Na entrevista a seguir, a atriz também relembra o processo de laboratório no qual mergulhou para dar vida a Santana, avalia o impacto do trabalho em sua carreira e fala sobre o retorno do público na época e ainda hoje. Confira a entrevista com a atriz Vera Holtz!

 

Em ‘Mulheres Apaixonadas’, a Santana é uma professora que luta contra o alcoolismo. Como foi entrar no universo da personagem?

VERA HOLTZ: O alcoolimo no Brasil não é estranho a ninguém. Até hoje há dificuldade em relação ao processo de reconhecer que é uma doença e que precisa de tratamento. Na época, nós fizemos uma preparação no sentido de conhecer que havia formas diferentes de tratar o alcoolismo, como por meio do trabalho do A.A. (Alcoólicos Anônimos), pautado pelas conversas nas reuniões presenciais, por exemplo. Nós fomos a um grupo para conhecer mulheres em processo de alcoolismo. Conversamos com estas mulheres sobre como lidavam com a doença e o porquê da busca pelo tratamento.

 

Que cenas foram mais marcantes durante as gravações?

VERA HOLTZ: Todas as cenas da Santana escondendo a bebida ou pendurando do lado de fora da janela, com uma cordinha para tapear as pessoas... Todo esse processo, as fases do alcoolismo, isso tudo era muito presente na personagem. Quando terminou a novela, eu fui pra Curitiba, para a uma Universidade onde estava tendo um curso de preparação para profissionais que faziam acompanhamento de adictos. Lá, a criação da personagem Santana foi, de alguma forma, homenageada como um exemplo de todas as fases da doença. Houve cenas bastante dramáticas. Normalmente, essas cenas eram dirigidas pelo José Luiz Villamarim, que tinha muito cuidado para fazer. Ele nos preparava, preparava a Santana emocionalmente; colocava uma música para chegar no tom da cena; e orientava bastante a gente para as cenas terem cuidado e delicadeza ao tratar de um assunto tão humano. 

 

O que foi mais desafiador neste trabalho? Naquela época, você já havia interpretado algum personagem semelhante à Santana?

VERA HOLTZ: Olha, eu já tinha trabalhado com alguns personagens que falavam um pouco sobre esse universo secreto feminino. Mas, o que eu percebi na Santana é a importância que tem uma personagem mostrar esse tema para a sociedade e como alguém pode se refletir nela. As pessoas conversavam comigo na rua e algumas vinham confessar para mim que bebiam escondido e que estavam se vendo nela. Isso numa ida ao supermercado, por exemplo. As pessoas paravam para falar comigo e davam retorno sobre a personagem, algumas falavam da importância da novela para elas. Filhos falaram para mim que parentes próximos tinham se enxergado na personagem e estavam fazendo tratamento para parar de beber.  Nessa dimensão, a personagem cumpriu o seu papel, que é o de ajudar a ver.

 

Ainda recebe retorno do público sobre a Santana?

VERA HOLTZ: A Santana continua no imaginário das pessoas, assim como a Heleninha Roitman, que foi uma personagem brilhantemente interpretada pela Renata Sorrah. Tinha uma comparação da Heleninha Roitman com a Santana, então ela segue no imaginário por muito tempo, até hoje. Vira e mexe, alguém manda para mim as repercussões. Eu estou viajando em turnê e, com a novela no ar, as pessoas estão acompanhando e falam da importância dela. Não só da personagem Santana, mas de outras questões, como o amor obsessivo, a violência doméstica, o alcoolismo, a homossexualidade. São os dramas e os dilemas que o Manoel Carlos escreve e todo esse universo de questões femininas que 'Mulheres Apaixonadas' levanta. 

 

Que lembranças guarda da troca com o elenco da novela, especialmente do núcleo da escola?

VERA HOLTZ: Na escola, eu lembro da Carolina [Dieckmann], da Susana [Vieira], que era a dona do colégio, da [Christiane] Torloni, que era a diretora, da Maria Padilha... a maravilhosa parceria com a Lica Oliveira, que fazia a amiga da Santana. Elas protegiam a Santana, era muito interessante essa relação entre as personagens. Também o namorado da Santana, o Lobato, interpretado pelo Roberto Frota. Nos bastidores, sempre houve um clima de cordialidade, de cooperação entre nós todas. Era um ambiente agradável "trabalhar" em escola, sempre com muita gente, muitos alunos. Foi um tempo bastante feliz, apesar do drama da personagem. À medida em que você vai fazendo a novela, vai saindo da ficção para entrar na realidade; a realidade começa a se misturar com a novela; as pessoas vão te vendo... Tanto é que, logo depois que terminou a novela, me chamaram para uma outra e eu preferi deixar a Santana reverberar um pouco mais. 

 

Qual foi o impacto dessa personagem na sua carreira?

VERA HOLTZ: Eu trabalhei em outras novelas do Manoel Carlos. Ele escreve no fluxo emocional da gente: ‘Presença de Anita’, ‘Por Amor’, ‘Mulheres Apaixonadas’. As obras dele são muito importantes na minha carreira na teledramaturgia brasileira. E o que me toca mais é esse retorno, ainda hoje, 20 anos depois. Às vezes eu estou andando na rua e ouço “Professora Santana!”. A novela realmente está muito presente no inconsciente do povo brasileiro. O povo brasileiro sabe ver novela. A Santana é sempre uma personagem lembrada.


Exibida no "Vale a Pena Ver de Novo", "Mulheres Apaixonadas" tem autoria de Manoel Carlos, com colaboração de Fausto Galvão, Vinícius Vianna e Maria Carolina. A novela tem direção de núcleo e geral de Ricardo Waddington e direção geral de José Luiz Villamarim e Rogério Gomes, com direção de Ary Coslov e Marcelo Travesso. "Mulheres Apaixonadas" vai ao ar de segunda a sexta-feira, logo após "Sessão da Tarde".




quarta-feira, 16 de agosto de 2023

.: Entrevista: Eliane Giardini conta tudo sobre a Agatha de "Terra e Paixão"


Agatha sai da prisão e volta a Nova Primavera em "Terra e Paixão". Quem é essa mulher? A atriz Eliane Giardini, que interpreta a personagem, abre o jogo sobre a personagem. Foto: Globo/ Manoella Mello

Na novela "Terra e Paixão", finalmente a personagem Agatha, interpretada por Eliane Giardini, reaparece viva. Angelina (Inez Viana) viaja para o Rio de Janeiro com a desculpa de que vai visitar uma amiga em Campo Grande e recebe Agatha na porta de um presídio. No encontro, a amiga diz que precisa ver o mar e afirma que quer voltar para Nova Primavera para acertar as contas com o passado. Na novela escrita por Walcyr Carrasco Thelma Guedes, a presença da personagem na cidade vai agitar a vida de todos. 

Até o momento, apenas Angelina e Gentil (Flávio Bauraqui) sabem que ela está viva. E o primeiro encontro será com o filho, Caio (Cauã Reymond). Ao longo de todos esses anos, ele foi culpado pela morte da mãe, afinal, seu pai, Antônio (Tony Ramos), acreditava que ela tinha morrido no parto do menino. Agatha explica o motivo pelo qual ficou tanto tempo sem dar notícias, e Caio, enfim, pode tirar o peso que carrega. Ela alega ter ficado 20 anos presa por um crime que não cometeu. Além disso, explica a simulação de sua própria morte para fugir de Antônio, pois não aguentava mais viver em uma relação abusiva. O encontro promete! Confira abaixo a entrevista com Eliane Giardini.


Fale um pouco sobre a personagem.
Eliane Giardini - É difícil por enquanto definir a Agatha. Eu acho que eu só vou conseguir ter essa definição no último capítulo. Ela chega como uma mulher muito boa querendo pedir desculpas a todas as pessoas que ela magoou no passado, querendo se explicar, querendo ser aceita por essas pessoas dessa cidade, principalmente pelos filhos. Isso em um primeiro momento. Em um segundo momento, acho que ela começa a mostrar os seus verdadeiros interesses e eu não acredito que seja só dinheiro, porque se fosse só dinheiro ela não teria se separado do Antônio. Acho que ela busca algo mais que a gente não sabe exatamente o que, e vai usar de meios ilícitos para conseguir as coisas dela.


Como se preparou para o papel?
Eliane Giardini - Na primeira conversa que eu tive com o Walcyr (Carrasco), quando ele me convidou para fazer essa personagem, ele me passou um filme que eu amei, que se chama “Minha Prima Raquel”, um filme de 1952, com Richard Burton e Olivia de Havilland. No filme, a personagem é bastante dúbia, tem os dois lados muito aflorados: ela é muito boa e muito interesseira ao mesmo tempo, mas a gente não sabe exatamente se ela é uma coisa ou se ela é outra. É uma personagem bem complexa, e eu estou com ela mais ou menos na cabeça. E tem as preparações todas que a gente faz na vida para se manter bem, preparada sempre para qualquer desafio. 

Quais os desafios dessa personagem?
Eliane Giardini - O desafiador nessa personagem é justamente isso: ela tem tintas fortes para os dois lados, não é uma pessoa totalmente boa, não é uma pessoa totalmente má, pelo menos nos capítulos que eu li até agora. Não sei para onde vai esse personagem, mas nesse momento ela é uma pessoa que tem emoções verdadeiras de carinho, de amor pelos filhos e ódios também verdadeiros. Enfim, uma personagem de tintas fortes, de emoções fortes. Isso é bem desafiador. 

Que conflitos Agatha enfrentará na trama?
Eliane Giardini - Os conflitos que eu tenho agora nesses dois primeiros blocos são os conflitos, basicamente, com os filhos, onde ela vai tentar se explicar e ser aceita por eles, convencê-los das reais motivações que fizeram com que ela abandonasse esses dois filhos, Caio e Jonatas. Ela também vai ter uma conversa muito séria com Antônio. Me parece que serão esses os primeiros conflitos dela, com os filhos e com o Antônio. 

Como foi recebida pela equipe da novela?
Eliane Giardini - Eu estou sendo extremamente bem acolhida pela direção, pelos colegas. É um elenco que está todo muito empolgado, é muito gostoso você trabalhar em um ambiente assim, onde todo mundo está querendo dar o seu melhor, está querendo fazer acontecer, está querendo que essa novela seja o maior sucesso. Então é gostoso, essa energia é muito boa e são extremamente carinhosos comigo, extremamente cuidadosos. E estou bem feliz.

Qual a expectativa para a entrada da personagem na novela?
Eliane Giardini - A expectativa é sempre a melhor possível. Gosto muito da minha profissão, eu amo fazer o que eu faço. Então a minha expectativa é gigantesca, eu quero muito que dê certo, que o público entenda a personagem, se emocione com ela e que fique com ódio dela também. Enfim, que todas as propostas que forem julgadas pelo texto, pela direção e por mim sejam compreendidas, aceitas e amadas. Essa é a minha expectativa.

Fale um pouco sobre as relações de Agatha com os personagens Angelina, Antônio e Gentil.
Eliane Giardini - A relação da Agatha com a Angelina me parece ser uma das melhores coisas tem para a personagem nesse momento. Inez Viana é uma atriz excepcional, uma mulher carinhosíssima, afetuosa e eu estou achando uma delícia iniciar esse trabalho com ela, ela acolhe muito a Agatha, entende a Agatha, ama a Agatha, então a Agatha se sente muito à vontade com ela. É claro que ela vai cometer já de cara alguns abusos com a personagem, mas, enfim, está sendo muito bom, acho que elas têm uma parceria boa. E com Antônio e com Gentil são coisas bem diversas. O Antônio é uma pessoa que ela tem uma relação complexa. Uma pessoa que ela amou muito no passado e que fugiu dele pelo caráter que ele foi adquirindo ao longo do tempo. Ele foi ficando muito ciumento, fechava ela no quarto, enfim, pelo que ela descreve era uma relação de abuso, uma relação muito grave e que ela fugiu disso, dessa violência do Antônio. O Gentil é exatamente o oposto, como o nome diz, o Gentil é um doce, é um mar de calmaria para ela, onde ela se sente muito acolhida também. Então são personagens bem diversos. Acho que o Gentil e a Angelina são os personagens que apoiam ela emocionalmente, pelo menos a princípio.


Quais foram seus últimos trabalhos?
Eliane Giardini - Desde que a gente voltou da pandemia eu fiz uma participação em "Amor de Mãe", depois eu fui para Portugal estrear um espetáculo, fiquei três meses lá fazendo Lisboa e depois excursionando pelo país e continuo com a peça "Intimidade Indecente". Então, desde janeiro do ano passado eu estou com essa peça. Nós já fizemos duas temporadas no Rio, duas temporadas em São Paulo, é um êxito muito grande. Estamos reestreando e não têm data para terminar. É um espetáculo que eu faço com Marcos Caruso. E fiz "Encantado’s", que eu fiquei realmente encantada. Uma delícia de série. Assisti à primeira temporada e fiquei superfeliz quando fui convidada para fazer a segunda, porque eu tinha amado a temporada, acho um humor muito inteligente, muito moderno, muito sagaz, muito bem dirigida, os atores são maravilhosos, um elenco delicioso. Enfim, foi também uma paixão fazer essa série, foi muito bom.

Como foi o convite para a participação na novela?
Eliane Giardini - Eu recebi o convite para fazer a novela há uns meses e já foi um exercício de manter isso a sete chaves porque eu sabia que não podia falar para ninguém que eu ia fazer essa personagem porque era um spoiler total. Até então ninguém desconfiava que a Agatha pudesse estar viva. Estava superfeliz com o convite, mas realmente mantive o supersegredo até o momento certo para divulgar.
 

Como tem sido trabalhar novamente com um texto do Walcyr Carrasco?
Eliane Giardini - Esse acho que é o quarto trabalho que eu faço com o Walcyr. É muito divertido fazer os trabalhos dele porque ele não tem pudor nenhum e vai da farsa ao drama, ao melodrama, passeia por todos os estilos, por todos os gêneros e é um desafio muito grande para os atores fazer tudo isso. É muito bom, eu gosto bastante. 


E como tem sido a experiência com o diretor artístico Luiz Henrique Rios?
Eliane Giardini - Acho que o Luiz Henrique também é de uma doçura, de uma inteligência, então é muito bom porque ele vai ajudando a gente a fazer as curvas, não abrir tanto para cá, não abrir tanto para lá e ir com calma, vai te dirigindo sussurrando no seu ouvido com a maior doçura. Está sendo muito bom. 

Como foi gravar o momento mais esperado pelo público? O encontro entre Agatha e Caio, mãe e filho.
Eliane Giardini - São duas cenas importantes, entre Caio e Agatha. Uma é mais o susto, o assombro que ele tem quando descobre que a mãe está viva. Não dá muito espaço para ela falar e já bota ela para fora. E em um segundo momento, quando ele vai procurar por ela na pousada, aí sim é um grande encontro. Eu fiz a primeira (até o momento dessa entrevista), só que foi bem intenso, bem forte. A gente se preparou bastante, ficamos um tempo no estúdio muito concentrados e muito focados. O Cauã, eu e a Inez em um silêncio, criando uma atmosfera propícia para que a gente fizesse a cena da melhor forma possível.


"Terra e Paixão" é uma novela criada por Walcyr Carrasco, escrita por Walcyr Carrasco Thelma Guedes. A obra é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina. A direção artística é de Luiz Henrique Rios com direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.

segunda-feira, 26 de junho de 2023

.: Entrevista: Grace Gianoukas entra em "Terra e Paixão" como uma impostora


Petra (Debora Ozório) e Luigi (Rainer Cadete) observados por "Roma" (Grace Gianoukas). Foto: Globo/João Miguel Júnior

Em cenas previstas para irem ao ar a partir do dia 28 em "Terra e Paixão", Luigi (Rainer Cadete), enfim, consegue casar com Petra (Debora Ozório). Apesar de fazer uso dos medicamentos tarja preta antes da celebração, a jovem não terá problemas para aceitar a união na presença dos ilustres convidados. E entre eles, uma figura importante surge: “Roma” (Grace Gianoukas), a “mãe” de Luigi.

Depois da pressão de Irene (Gloria Pires) para levar alguém da família à cerimônia, com a ajuda de Anely (Tata Werneck), Luigi encontra uma atriz disposta a se passar por sua mãe. Momentos divertidos prometem dividir a atenção do espectador, com a confusão envolvendo Berenice (Thati Lopes) e Ramiro (Amaury Lorenzo) nos bastidores do grande evento, e um celebrante inusitado.

 Para ganhar algum dinheiro em cima do novo representante da Família La Selva, Kelvin (Diego Martins) conta as intenções de Berenice com o casamento a Luigi e sugere que Ramiro desapareça com ela do local, afinal, a dona do Bar queria vingança e seu objetivo era destruir a festa. Ela pede ao responsável pelo buffet contratado para entrar na casa de Antônio como funcionária da equipe. No entanto, suas expectativas são frustradas e ela vai parar no Rio de Janeiro. Já a briga pelo buquê da noiva é entre Kelvin e Anely, resta saber quem ganhará a disputa.

Figurinista responsável pela novela, Paula Carneiro comenta sobre alguns looks do evento, que além de confusão, terá muito glamour entre os anfitriões e convidados da Fazenda La Selva. “Para o vestido de Petra, optamos por um com mais cara de princesa, já que ela ia casar com uma tiara, teoricamente de uma nobre, comprada de um receptador pelo noivo, e usaria com o colar de diamantes dado pelo pai. Fizemos uma parceria com a Casamarela. Eles foram superlegais e nos enviaram o modelo. Já a roupa de Irene é de uma loja do Rio. Um vestido todo bordado, superpesado de tanto brilho que tem. É a apoteose dela como mãe da noiva, momento para brilhar muito num casamento durante o dia, em um jeito bem Irene de ser. E o Luigi coloquei com um terno branco para ficar bem príncipe, um príncipe da realeza”, conta. Abaixo, Grace Gianoukas comenta a participação na novela.

Como você define a personagem?
Grace Gianoukas -
A minha personagem é uma atriz que já estrelou algumas produções e que, inclusive, chegou a se apresentar em grandes centros, grandes polos de teatro como São Paulo, mas nesse momento ela vive em uma cidade vizinha de onde se passa a novela e faz teatro infantil. Ela continua sobrevivendo de teatro, vive em um mundo de lembranças das coisas que ela viveu e de arte. Está ali tentando sobreviver.


Em quem se inspirou para fazê-la? 
Grace Gianoukas - Tem um filme que eu gosto muito que chama "Callas Forever" que a Fanny Ardant faz a Maria Callas depois que ela se aposentou, depois que ela se retirou dos palcos, quando a voz dela já não era a mesma e, então, começa com ela dentro de sua casa com aquelas lembranças, um pouco perdida e, de repente, um amigo chega, um produtor, e começa a tentar tirá-la do buraco e arranja algumas produções para ela fazer. Ela volta com uma alegria para fazer. Peguei esse momento do filme como referência, quando a Maria Callas volta à vida artística.


O que ela traz de novo e de mais desafiador para você?
Grace Gianoukas - Eu acho que o que ela traz de novo, para mim, é eu ter a oportunidade de interpretar a respeito do universo da personagem, que eu conheço muito, o teatro. E o meu maior desafio foi o da personagem, dela ser uma atriz brasileira e ter que se fazer de italiana, sem falar italiano, e fingir que ela não estava entendendo nada sobre o casamento, apesar de estar entendendo tudo, isso foi um toque até da Joana Clark, uma das diretoras, que as pessoas estão falando e eu tenho que me fazer de desentendida o tempo inteiro, isso foi um supergancho que ela me deu na direção, perfeito, exato e que me trouxe um desafio muito grande. Adorei.


Quais são as principais questões que ela vai enfrentar na trama
Grace Gianoukas Acho que é segurar a onda de ser uma italiana sem falar italiano. Ela vai se virando com os recursos que tem, um pouco de interpretação de teatro adulto, de teatro infantil, um pouco da referência de princesa, um pouco dos clássicos de Shakespeare e dos clássicos do imaginário infantil, dos contos de fadas europeus para crianças.

 
E como estão sendo as gravações, o convívio com o elenco, o que você destaca que está sendo mais interessante nessa participação?
Grace Gianoukas - Primeiro, o reencontro de cena, eu e a Tata (Werneck), que é uma pessoa que amo, uma atriz que sou profundamente admiradora, contracenar com o Rainer que acho um ótimo ator, cheio de recursos, fazendo uma personagem incrível, aliás, os dois. Fui tão bem recebida por todo o elenco, todos foram tão gentis comigo, colegas, parceiros, nos divertimos muito mesmo contracenando pouco, mas foi de uma intensidade, poder estar com a Gloria, o Tony, o Ângelo Antônio, a Débora Falabella, que são atores com quem eu ainda não tinha trabalhado, a própria Agatha, minha amiga, a Leona Cavalli com quem fiz um espetáculo durante um ano e meio. Foi tão maravilhoso trocar com essas pessoas, tendo essa experiência de poder estar juntos novamente, vivendo outros papeis, outras personagens, já sacando um pouco do estilo de cada ator e admirá-los nas suas novas personagens, e também poder contracenar com o Tony, com a Gloria, que são atores que eu respeito muito e com quem a gente sempre tem o que aprender.

 
Como você acha que o público vai receber sua personagem?
Grace Gianoukas - Como eu sei que a minha personagem caiu em um núcleo cômico no meio da trama, dei o meu melhor e sempre que vou fazer algum trabalho na televisão tento investir muito na minha versatilidade como atriz, para que seja bem diferente de outras coisas que fiz na televisão. Eu dei o meu melhor entre o clássico e o infantil que essa personagem poderia trazer, para dar comicidade, então espero que o público curta. Foi bem bacana, todo mundo adorou e a minha personagem tem uma fala que no final do dia estava todo mundo repetindo e no dia seguinte também, todo mundo da técnica, o pessoal da logística, quem viu a gravação, pessoal da caracterização e os atores. Fiquei muito feliz.
 

Comente sobre a relação de Roma com Luigi e Anely.
Grace Gianoukas - Roma, que é o nome que o Luigi deu para ela, é contratada para se passar por mãe do Luigi a partir de uma sugestão da personagem Anely, então eles chegam na casa dela. O Luigi está todo encantado, está achando que vai dar certo porque ele tem uma fé incrível nos golpes que ele dá, para tudo ele tem uma desculpa, é um aventureiro, um malandro simpaticíssimo, e a Anely é mais ressabiada, está um pouco desconfiada, achando que não vai dar certo, mas mesmo assim é a única solução que eles têm, então, eles a contratam e ficam ali dando aquela monitorada para salvá-la. Anely o tempo inteiro fica tentando estar com ela para que não dê nenhuma gafe e o Luigi também. Quando podem, um ou outro estão sempre no lado dela. Roma chega não muito instruída de qual é a situação, ela só sabe que tem que se fazer de mãe, e a única coisa que precisa falar é “Grazie Mille”.

Quais foram seus últimos trabalhos?
Grace Gianoukas -  Eu tenho trabalhado muito nos últimos tempos, no ano passado fiz temporada e turnê nacional do meu espetáculo de 40 anos de carreira, “Grace em Revista”, que encerra um ciclo de muitas coisas que criei para o pessoal que é meu fã. Fiz uma revisão da minha carreira, ganhei prêmios, prêmio de humor (o prêmio do Porchat), o prêmio de Miguel Arcanjo, enfim, ganhei alguns prêmios com esse trabalho que foi maravilhoso e, no início de 2023, estreei um espetáculo, fenômeno de público e crítica, chamado “Nasci Para Ser Dercy”, uma comédia também emocionante, que conta um pouco da história que poucas pessoas conhecem da Dercy Gonçalves e, claro, a história conhecida também. É uma grande homenagem a Dercy Gonçalves na marca de 15 anos do seu falecimento. Nesse momento, estou em turnê pelo Brasil com ele. Fiz também esse ano e ainda estou fazendo de vez em quando um outro espetáculo dirigido pelo Jorge Farjalla, “O Que Faremos Com Walter”, texto do Juan José Campanella, argentino que ganhou um Oscar com o filme “O Segredo Dos Seus Olhos”. Fiz também o filme da Ana Muylaert, como uma das protagonistas, são 7 mulheres protagonistas, o “Clube das Mulheres de Negócios”. Já está com estreia marcada para o ano que vem na Europa, e fiz duas séries “O Dono do Lar”, do Multishow, que vai estrear a temporada e o “Auto Posto” na Paramount.

Como foi o convite para a participação na novela?
Grace Gianoukas - Foi uma alegria, foi uma surpresa que me deixou muito feliz, quando eu recebi a mensagem do Fábio Zambroni, produtor de elenco, dizendo que o Walcyr gostaria de me chamar para fazer uma participação especial na novela. Adoro o trabalho do Walcyr Carrasco, sempre sonhei em trabalhar com ele, em poder atuar em um texto seu, sei que o trabalho dele é incrível, tenho vários amigos que adoram trabalhar com ele e a gente vê o resultado disso pelo sucesso das novelas que faz. Fiquei extremamente honrada com o convite e fiz de tudo para conciliar minha agenda de turnês e compromissos com imprensa que tenho a cada viagem com o roteiro de gravação da novela, graças a Deus deu certo.

Como está sendo trabalhar o texto do Walcyr Carrasco e como tem sido a direção do Luiz Henrique Rios?
Grace Gianoukas - Ser convidada pelo Walcyr Carrasco para encenar uma personagem que ele criou é uma grande honra, eu me sinto muito grata por ele ter pensado em mim para fazer essa personagem e eu me esforcei ao máximo para fazer jus ao interesse dele pelo meu trabalho. Espero que ele tenha ficado satisfeito. E o Luiz, meu Deus, o Luiz é um gentleman e toda a equipe dele. Foi muito bom de trabalhar. Ele é objetivo, sabe o que quer, uma pessoa educadíssima, prática, firme, me ajudou bastante a localizar minha personagem dentro dessa festa que é uma loucura, gravações de casamento geralmente envolvem muitos personagens, muitas situações, um elenco enorme, além da figuração, então, achei tudo maravilhoso, ele é um superdiretor, e os dois diretores que trabalham com ele com quem eu pude trabalhar, que são a Joana e o Emer, são maravilhosos, adorei ser dirigida por eles.


Criada e escrita por Walcyr Carrasco, "Terra e Paixão" é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina, com direção artística de Luiz Henrique Rios, direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.

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