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sábado, 18 de maio de 2024

.: Musical "Querido Evan Hansen" chega ao Brasil com temporadas no RJ e SP


Dos mesmos produtores dos musicais “A Cor Púrpura” e “Beetlejuice”, o espetáculo vencedor de 6 Prêmios Tony chega ao Brasil para, além de entreter, sensibilizar e apoiar a saúde mental dos jovens. Elenco de "Querido Evan Hansen". Foto: Everaldo Rodrigues


Colecionando fãs ao redor do mundo, o fenômeno “Querido Evan Hansen” chega ao país pela primeira vez com toda sua emoção e impacto, unindo Cultura e Responsabilidade Social em cima do palco. Com concepção e direção original de Tadeu Aguiar ("Quase Normal", "A Cor Púrpura", "Beetlejuice"), direção musical de Liliane Secco ("Quase Normal", "Para Sempre ABBA", "Ópera do Malandro") e produção geral de Renata Borges Pimenta ("Peter Pan - O Musical da Broadway", "Cinderella - O Musical" e "Beetlejuice - O Musical") e Eduardo Bakr ("4 Faces do Amor", "Ou Tudo ou Nada", "A Cor Púrpura"), o espetáculo estreia dia 13 de junho no Teatro Multiplan, no Rio de Janeiro, seguindo para o Teatro Liberdade, em São Paulo, onde abre as cortinas no dia 2 de agosto. Os ingressos já estão à venda pela Sympla e bilheterias dos teatros.

Produzido pela Estamos Aqui Produções e Touché Entretenimento, que se uniram após seu bem-sucedido encontro em “Beetlejuice”, “Querido Evan Hansen” conta a história de Evan, um estudante que enfrenta transtorno de ansiedade e se sente invisível entre seus colegas, até que uma pequena mentira o coloca no centro das atenções, levando-o a uma jornada de autodescoberta e redenção. Através dessa narrativa comovente, o musical aborda questões fundamentais da saúde mental dos jovens, incluindo fobia social, depressão, bullying, a pressão da vida virtual, relações afetivas, a importância do pertencimento, e a necessidade do apoio emocional no ambiente familiar e escolar.

Escrito por Steven Lenson e com músicas e letras de Benj Pasek e Justin Paul, dupla de compositores de sucessos como "La La Land", “O Rei do Show” e "Aladdin", a montagem chegou à Broadway em 2016, conquistando 6 prêmios Tony, além do Grammy de melhor Álbum de Teatro Musical,  o prêmio Laurence Olivier de Melhor Musical e um Emmy, tornando-se uma verdadeira potência cultural e social entre jovens e adultos dos países que já receberam a montagem, a exemplo de EUA, Inglaterra, Canadá, Argentina - que contou com o reconhecimento do Instituto Nacional contra a Discriminação, Xenofobia e Racismo (INADI) por sua contribuição na luta contra a discriminação e pela saudável convivência social, Finlândia, Israel, Austrália, Alemanha e República Tcheca.

A montagem, que ficou conhecida com a interpretação de Ben Platt no papel-título,  no Brasil será estrelada por Gab Lara ("Clube da Esquina - Os Sonhos Não Envelhecem"); o ator, que vive seu primeiro protagonista, divide o palco com  Vannessa Gerbelli, que será vista no papel de Heidi Hansen, Mouhamed Harfouch, como Larry Murphy, Flavia Santana, como Cynthia Murphy, Hugo Bonemer, como Connor Murphy, Thati Lopes, como Zoe Murphy, Gui Figueiredo, como Jared Kleinman e Tati Christine, como Alana Beck.

Já no time criativo, a direção de movimento e coreografias são de Suely Guerra, a cenografia ficou a cargo de Natália Lana, os figurinos de Ney Madeira e Dani Vidal, o design de luz de Dani Sanchez, o design de som de Gabriel D'Angelo e o conteúdo/ imagens são da Agência Control +. Já a tradução também é assinada por Tadeu Aguiar.


Além dos palcos
Resultado da boa aceitação do espetáculo, saído da mente criativa de Benj Pasek e Justin Paul, após lerem uma notícia sobre um estudante que cometeu suicídio e deixou para trás uma série de cartas que pareciam indicar que ele tinha uma amizade com outra pessoa - e que, na verdade, não existia -, a dupla, que usou de suas próprias experiências no ensino médio e universidade, além de histórias reais de pessoas que lutaram contra problemas de saúde mental, para criar a famosa narrativa do musical, viu o sucesso dos palcos ganhar as páginas e virar livro, em 2017. Já em 2021, uma adaptação cinematográfica lançada pela Universal Pictures e dirigida por Stephen Chbosky chegou às telas, estrelando Ben Platt reprisando seu papel como Evan Hansen, ao lado de nomes consagrados do cinema como Amy Adams e Julianne Moore.


Um resgate a partir da arte
A saúde mental dos jovens é uma preocupação crescente e global, com muitos enfrentando uma variedade de desafios únicos em um mundo cada vez mais complexo e exigente, a falta de diálogo aberto e apoio emocional dentro de muitas famílias pode agravar os sintomas de depressão e ansiedade, enquanto a pressão social e acadêmica, juntamente com os dilemas da vida adulta, contribuem para um ambiente intimidador para os jovens.

Para enfrentar os altos e baixos da vida, é crucial que todos tenham acesso a recursos de suporte, incluindo aconselhamento psicológico, grupos de apoio e programas educacionais sobre saúde mental. Além disso, é fundamental promover uma mudança cultural em relação ao tema, ampliando a possibilidade de diálogo e incentivando a abertura, compreensão e aceitação.

A arte, incluindo o teatro, desempenha um papel poderoso acerca da saúde mental dos jovens, servindo por vezes como ponte para explorar questões difíceis de uma maneira emocionante e acessível. “Querido Evan Hansen” é um exemplo inspirador de como a ficção pode inspirar conversas reais e significativas, oferecendo apoio por meio de uma mensagem de esperança e resiliência através da empatia, compreensão e apoio mútuo, criando um mundo onde todos se sintam vistos, ouvidos e amados.


Serviço

Rio de Janeiro
Teatro Multiplan - VillageMall
Endereço: Av. das Américas, 3900 - Piso SS1 - Rio de Janeiro | RJ
Data: 13 de junho a 7 de julho
Sessões: Quintas e sextas-feiras, às 20h00. Sábados, às 18h00. Domingos, às 16h00
Valor: R$ 60,00 e R$ 350,00
Vendas: Site Sympla (com taxa de conveniência) | Bilheteria do Teatro
Duração: 2h30 (com intervalo de 15 minutos)
Gênero: musical
Classificação: 14 anos
Clientes participantes do MultiVocê, programa de relacionamento dos Shoppings Multiplan, ganham descontos especiais na compra de ingressos do Teatro Multiplan
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Como funciona?
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Obs: Para comprar mais de um ingresso nessa modalidade, basta preencher um formulário por ingresso conforme será solicitado. Desconto disponível para todos os públicos.
Em caso de dúvida, entre em contato com a bilheteria do teatro Multiplan pelo telefone 3030-9970.
Atendimento de terça a sábado das 13h às 21h e aos domingos das 13h às 20h.

São Paulo
Teatro Liberdade
Teatro Liberdade - R. São Joaquim, 129, São Paulo - São Paulo
Data: 2 a 30 de agosto
Sessões: sextas-feiras, às 21h00. Sábados, às 16h00 e às 20h00. Domingos, às 16h00.
Valor: R$ 60,00 e R$ 280,00
Vendas: Site Sympla (com taxa de conveniência) | Bilheteria do Teatro
Duração: 2h30 (com intervalo de 15 minutos)
Gênero: musical
Classificação: 14 anos
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Obs: Para comprar mais de um ingresso nessa modalidade, basta preencher um formulário por ingresso conforme será solicitado. Desconto disponível para todos os públicos.
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Descontos
50% de desconto | Meia-entrada 
- De acordo com a Lei Federal 12.852 (Estatuto da Juventude) e 12.933 de 2013 têm direito a compra de até 40% do total de ingressos disponíveis para cada evento os seguintes beneficiários:

Atenção - Para Pontos de Venda e Bilheterias é necessária a comprovação do direito ao benefício da 1/2 entrada no ato da compra e no acesso ao evento. Para vendas pela Internet e Telefone é necessária a comprovação do direito ao benefício da 1/2 entrada no acesso ao evento. Caso o benefício não seja comprovado, o portador deverá complementar o valor do ingresso adquirido para o valor do ingresso integral, caso contrário o acesso ao evento não será permitido.

Crianças: crianças de 2 a 12 anos pagam Meia-Entrada

Estudantes  - Lei Federal 12.933/13, Decreto Federal 8.537/15 e Medida Cautelar Provisória concedida pelo STF em 29/12/2015 – Carteira de Identificação Estudantil (CIE), emitida pela ANPG, UNE, Ubes, entidades estaduais e municipais, Diretórios Centrais dos Estudantes, Centros e Diretórios Acadêmicos, conforme modelo único nacionalmente padronizado. Os elementos indispensáveis da CIE são: I ­ nome completo e data de nascimento do estudante; II ­ foto recente do estudante; III ­ nome da instituição de ensino na qual o estudante esteja matriculado; IV ­ grau de escolaridade; e V ­ data de validade até o dia 31 de março do ano subsequente ao de sua expedição.

Idosos (pessoas com mais de 60 anos) - Lei Federal 10.741/03 e Decreto Federal 8.537/15 – Documento de identidade oficial com foto. 

Jovens pertencentes à famílias de baixa renda, com idades entre 15 a 29 anos - Lei Federal 12.933/13 e Decreto Federal 8.537/15 ­- Carteira de Identidade Jovem que será emitida pela Secretaria Nacional de Juventude a partir de 31 de março de 2016, acompanhada de documento de identidade oficial com foto. 

Pessoas com deficiências e acompanhante, quando necessário - Lei Federal 12.933/13 e Decreto Federal 8.537/15 -­ Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social ­ INSS que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013. No momento da apresentação, esses documentos deverão estar acompanhados de documento de identidade oficial com foto. 

Diretores, coordenadores pedagógicos, supervisores e titulares de cargos do quadro de apoio das escolas da rede estadual e municipais - Lei Estadual n° 15.298/14 ­- Carteira funcional emitida pela Secretaria de Educação de São Paulo ou holerite acompanhado de documento oficial com foto. 

Professores da Rede Pública Estadual e das Redes Municipais de Ensino - Lei Estadual n° 14.729/12 ­- Carteira funcional emitida pela Secretaria da Educação de São Paulo ou holerite acompanhado de documento oficial com foto.

Horário de funcionamento de bilheteria:
Atendimento presencial: de terça à sábado das 13h00 às 19h00. Domingos e feriados apenas em dias de espetáculos até o início da apresentação.


"Querido Evan Hansen": trailer do musical brasileiro

Musical "Querido Evan Hansen": teaser do elenco

sexta-feira, 17 de maio de 2024

.: Estreia de "As Aves da Noite", drama de Hilda Hilst dirigido por Hugo Coelho

"As Aves da Noite", drama de Hilda Hilst dirigido por Hugo Coelho. Foto: divulgação


O espetáculo "As Aves da Noite", drama teatral escrito por Hilda Hilst, há 55 anos, vencedor do Prêmio APCA de Melhor Espetáculo Virtual, em 2022, faz sua estreia oficial no dia 24 de maio de 2024, sexta-feira, no Teatro Cacilda Becker, às 21h. A encenação, que se passa em Auschwitz, tem direção de Hugo Coelho e elenco formado por Marco Antônio Pâmio, Marat Descartes, Regina Maria Remencius, Rafael Losso, Walter Breda, Fernando Vítor, Marcos Suchara, Wesley Guindani e Heloisa Rocha.

As apresentações no Teatro Cacilda Becker vão até o dia 2 de junho, às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h. Na sequência, segue para o Teatro Arthur Azevedo (6 a 16/06) e Teatro Paulo Eiró (20 a 30/06), sempre com ingressos gratuitos. Este projeto foi contemplado pela 17ª Edição do Prêmio Zé Renato, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

O enredo de "As Aves da Noite" parte da história real do padre franciscano Maximilian Kolbe que, em um campo de concentração nazista de Auschwitz, apresentou-se voluntariamente para ocupar o lugar de um judeu sorteado para morrer no chamado “porão da fome” em represália à fuga de um prisioneiro. Segundo o diretor Hugo Coelho, “esta é uma versão contemporânea do texto de Hilda. Não é uma reconstituição de Auschwitz, partimos de Auschwitz. O espetáculo é um grito contra a barbárie, contra o fascismo que usa a violência como instrumento de ação política”.

No porão da fome, a autora coloca em conflito os prisioneiros condenados a morrer na cela: o Padre, o Carcereiro, o Poeta, o Estudante e o Joalheiro, que são visitados pelo Oficial da SS, pela Mulher que limpa os fornos e por Hans, o ajudante da SS. Na montagem, eles aparecem isolados, confinados em gaiolas como um signo, uma alusão à prisão onde a história se passa. “A primeira coisa que os governos totalitários e ditatoriais fazem ao prender alguém é destituí-lo de sua dignidade e submetê-lo ao sofrimento extremado, e isso os nazistas fizeram com requintes inimagináveis de crueldade”, comenta o diretor.  Segundo ele, a proposta de concepção de Hilda Hilst é muito clara, colocando as personagens em estado de reflexão sobre suas próprias condições no confinamento. A leitura que a autora faz dos aspectos éticos e humanos passam por questionamentos sobre Deus, sobre o mal e sobre a crueldade.

Nos diálogos estão o embate entre a vida e o que lhes resta, os devaneios entre o desespero e o delírio. O Poeta declama como se morto estivesse, o Estudante sonha com outro tempo, o Joalheiro ainda lembra-se da magnitude das pedras, enquanto a Mulher é humilhada em sua condição inferior. O Carcereiro, mesmo sendo um condenado, ironiza a condição dos demais e os trata com escárnio; o SS os chama de porcos e os agride e menospreza, enquanto o estado de debilidade emerge da vida e da já não existência desses humanos subjugados.

A montagem de "As Aves da Noite" busca elucidar a humanidade e densidade contida no texto, mergulhando nas possibilidades inesgotáveis do drama para emergir na poética da tragédia. “O discurso racional não dá conta da realidade. A arte tem o papel de traduzir esse discurso como uma segunda realidade que passa pela razão, mas também pelo sensorial e pela emoção”, reflete Hugo Coelho. “E temos a sorte de reunir um elenco de extrema grandeza. O talento desses atores é um pilar fortíssimo no resultado final do trabalho”.

Sobre o texto, Hilda Hilst falou: “Com As aves da noite, pretendi ouvir o que foi dito na cela da fome, em Auschwitz. Foi muito difícil. Se os meus personagens parecerem demasiadamente poéticos é porque acredito que só em situações extremas é que a poesia pode eclodir viva, em verdade. Só em situações extremas é que interrogamos esse grande obscuro que é Deus, com voracidade, desespero e poesia”.

O cenário, que traduz o cárcere com gaiolas humanas, foi concebido pelo diretor. O figurino (de Rosângela Ribeiro) faz alusão aos uniformes de presidiários, reforçando a imagem do encarceramento. A iluminação (de Fran Barros) dá foco a cada personagem, reforça o clima denso e claustrofóbico do ambiente, privilegiando o espaço teatral, “afinal a visão do espectador é diferente da visão do telespectador”, diz o diretor reportando à temporada virtual.  A trilha sonora, assinada por Ricardo Severo, traz uma canção original do texto que remete à tradição judaica, cantada pelas personagens, e segue a mesma orientação da iluminação: “não faria sentido apenas reproduzirmos o que fizemos no vídeo, pois agora estamos no palco, que tem a sua dinâmica e necessidades próprias. Quem viu a peça online e for assistir no teatro vai encontrar cenas e tratamentos diferentes, inclusive com introdução de novos elementos”, explica o diretor.

Hugo Coelho afirma que o propósito do espetáculo é trazer à cena o discurso poderoso e contundente de Hilda Hilst. “As Aves da Noite nos faz encarar toda a barbárie do poder, do domínio, do autoritarismo, das torturas nos porões das ditaduras. Auschwitz é uma ferida aberta na humanidade para a qual é difícil encontrar palavras que a qualifique. As Aves da Noite mostra o reverso, o outro rosto da humanidade, perverso, doente e profundamente violento. Não podemos permitir que a violência e a barbárie continuem sendo normatizadas ao longo da história. Por isso essa obra, de extrema qualidade literária, é tão importante para o momento em que vivemos”, finaliza o encenador.

"As Aves da Noite", idealizado pelo produtor Fábio Hilst, teve sua primeira temporada apresentada virtualmente, devido à pandemia da covid-19. Foi gravado em vídeo, 80 anos após a morte de Maximilian Kolbe, exatamente no momento em que o mundo vivia uma experiência de confinamento. Kolbe morreu em Auschwitz, em 1941, e foi canonizado em 1982, pelo Papa João Paulo II. São Maximiliano é considerado padroeiro dos jornalistas e radialistas e protetor da liberdade de expressão.

FICHA TÉCNICA - Texto: Hilda Hilst (1968). Direção: Hugo Coelho. Elenco: Marco Antônio Pâmio (Pe. Maximilian), Marat Descartes (Carcereiro), Regina Maria Remencius (Mulher), Walter Breda (Joalheiro), Rafael Losso (Estudante), Fernando Vítor (Poeta), Marcos Suchara (SS), Wesley Guindani (Hans) e Heloisa Rocha. Direção de produção: Fábio Hilst. Assistência de direção e de produção: Fernanda Lorenzoni. Cenografia: Hugo Coelho. Figurino e objetos de cena: Rosângela Ribeiro. Desenho de luz: Fran Barros. Música original e desenho de som: Ricardo Severo. Cenotecnia: Wagner José de Almeida. Serralheria: José da Hora. Pintura de arte: Alessandra Siqueira. Assistência de cenotecnia: Matheus Tomé. Confecção de figurino: Vilma Hirata e Natalia Hirata. Fotos/divulgação: Priscila Prade e Heliosa Bortz. Design gráfico: Letícia Andrade. Gerenciamento de mídias sociais: Felipe Pirillo. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Realização: Três no Tapa Produções Artísticas. Apoio: Prêmio Zé Renato - 17ª Edição, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

Serviço

Espetáculo: As Aves da Noite

Duração: 75 min. Gênero: Drama. Classificação: 16 anos.

Ingressos: Gratuitos - Bilheterias dos teatros: 1h antes das sessões.

Ingressos antecipados: Sympla - www.sympla.com.br.


Teatro Cacilda Becker

De 24 de maio a 2 de junho - Sextas e sábados, às 21h, e Domingos, às 19h.

Rua Tito, 295 - Lapa. São Paulo/SP.

Tel.: (11) 3864-4513. Capacidade: 198 lugares.

26/05 (domingo) - Intérprete de Libras, audiodescrição e bate-papo com o público.


Teatro Arthur Azevedo

De 6 a 9 de junho - Quinta a sábado, às 21h, e Domingo, às 19h.

De 14 a 16 de junho - Sexta e sábado, às 21h, e Domingo, às 19h.

Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca. São Paulo/SP.

Tel.: (11) 2604-5558. Capacidade: 349 lugares.

09/06 (domingo) - Intérprete de Libras, audiodescrição e bate-papo com o público.


Teatro Paulo Eiró

De 20 a 23 de junho - Quinta a sábado, às 21h, e Domingo, às 19h.

De 28 a 30 de junho - Sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h.

Avenida Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro. São Paulo/SP.

Tel.: (11) 5546-0449. Capacidade: 467 lugares.

23/06 (domingo) - Intérprete de Libras, audiodescrição e bate-papo com o público.


quinta-feira, 16 de maio de 2024

.: "Eu Sou um Monstro": espetáculo de Fause Haten reestreia no Teatro Vivo

Criado a partir de um acontecimento da vida do artista Francis Bacon, o trabalho mescla teatro, performance, vídeo e artes plásticas para propiciar uma experiência única ao espectador. Foto: Fause Haten


Na véspera da estreia de uma importante exposição, um artista encontra seu namorado morto e deixa o corpo no mesmo lugar, para não atrapalhar o grande dia. A história, com ares de filme de mistério, aconteceu com o pintor anglo-irlandês Francis Bacon (1909–1992) e inspirou Fause Haten a criar a performance “Eu Sou um Monstro”, que faz sua segunda temporada em São Paulo, de 25 de maio a 30 de junho, no Teatro Vivo. O espetáculo estreou em abril de 2024 no Sesc Pompeia.

Tudo começou a partir da palavra. Haten, que transita entre as diversas artes, ficou muito impressionado com esse relato e escreveu um conto ficcional. Em um determinado momento, surgiu a ideia de transportar a narrativa para o teatro – foi quando começou a fazer leituras individuais para amigos atores e diretores de teatro. Nessas leituras sempre gravadas e roteirizadas depois, foi performando de improviso todo o restante da obra.

“Eu Sou um Monstro” alcançou seu formato final e fez uma temporada na Casa Rosa Salvador, em 2022. Na prática, o universo desenvolvido pelo conto foi expandido para se tornar esse teatro-performance site specific, ou seja, que pode ser adaptado e alterado por cada espaço onde é encenado. 

Sobre a encenação: Fause Haten quer levar o público a uma vivência singular. Tudo aquilo que é, pode não ser. E tudo aquilo que deveria ser, talvez não seja. Todas as expectativas da rotina de um espetáculo teatral como a chegada, a entrada e o fim podem ser subvertidas e a mágica do teatro se fará por outras vias. “Talvez as projeções de imagens do espetáculo aconteçam dentro da cabeça do espectador. 'Eu Sou um Monstro' se apresenta como teatro, mas poderia ser uma exposição ou uma performance de artes visuais. Mas o trabalho é mais do que isso", comenta o artista.

Como estilista, Fause extrapola ao também performar seus desfiles. Como ator, cria seus textos, cenários e figurinos. As artes plásticas também estão presentes na cena ou nos seus processos de criação. Neste trabalho, em particular, tudo está amalgamado, as artes cênicas, visuais e a moda estão presentes. 

As obras visuais presentes no espetáculo são fotos-performances elaboradas com o rosto de Fause acrescido de diferentes materiais, como fitas, cordões e adesivos. Essas imagens provocam distorções em busca  de um "novo" rosto ou da revelação de um interior desconhecido.

Neste jogo, o artista coloca na mesa as inquietações de um artista a respeito da arte. “Quando eu li ‘Os anormais’, de Michel Foucault, que estabelece uma relação entre o exame psiquiátrico e o direito penal, partindo da análise de grandes casos de monstruosidade criminal, vi várias frases que se eu tirasse a palavra monstro e colocasse artista, o sentido se manteria. Então, estou assumindo que sim, somos monstros: deixamos as pessoas sem ar e fazemos coisas inimagináveis. Eu sou um artista e quero redesenhar o mundo!”, defende. 

Sobre Fause Haten: é um artista reconhecido pela sua trajetória na moda. Desde 2006, abriu seus horizontes para o campo das artes, iniciando pelos estudos em artes cênicas no Teatro Escola Célia Helena, onde se formou em 2010. 

Participou de vários trabalhos como ator, entre os quais destacamos “A Feia Lulu” (2014) e “Lili Marlene Um Anti Musical” (2017), em que escreveu, dirigiu e atuou. Entrando pela porta do teatro, foi se reconhecendo também como performer e acabou chegando nas artes visuais. 

Sua pesquisa, sempre muito relacionada ao corpo, parte do seu próprio como matéria-prima principal. O seu ponto de partida é a sua habilidade em fazer imagens e na construção escultórica a partir de tecidos, fios, linhas e pedrarias.

O seu ponto de chegada tem sido a construção de uma nova realidade. Suas plataformas de expressão são a performance, vídeo, fotografia, escultura, pintura têxtil e pintura a óleo.

Sinopse: escrita a partir de um acontecimento na vida do artista Francis Bacon (1909/1992) e seu namorado George Dyer, o performer pretende submeter seu público a experiência de sentir um ser idolatrado se transformar em um Monstro dentro delas. O sentimento de admiração e aversão colocados em confronto.

Ficha Técnica

Fause Haten | Diretor, Ator e Autor

Caetano Vilela | Designer de Luz

Associação SÙ de Cultura e Educação | Gestão e Produção 

Assessoria de Imprensa | Canal Aberto - Márcia Marques e Daniele Valério


Serviço

Eu Sou um Monstro

De 25/05 a 30/06 de 2024, sábados às 20h e domingos às 18h. 

Teatro VIVO - Espaço Convivência  - Avenida Doutor Chucri Zaidan, 2460 Morumbi, São Paulo

Ingresso: R$100 (inteira), R$50 (meia-entrada)

Recomendação de idade: 14 anos

Capacidade: 30 lugares

Duração: 50 minutos


terça-feira, 14 de maio de 2024

.: Teatro Uol: "Ainda Dá Tempo" terá renda 100% revertida para ONG do RS

No dia 17 de maio, sexta feira   haverá uma sessão extra do espetáculo Ainda dá Tempo às 22h, com a renda 100% revertida para a ONG O Pão dos Pobres do Rio Grande do Sul. "Ainda dá Tempo": uma casa à venda é o ponto de encontro de três casais, que se surpreendem com descobertas que podem mudar os seus destinos. Foto: Guilherme Assano


 “Ainda Dá Tempo” traz uma reflexão divertida e instigante sobre a passagem do tempo e a importância do cuidado que os casais devem ter com o relacionamento, nas suas diferentes fases.  A comédia começa com casal de meia idade e seu filho adolescente, que arrumam sua casa que está à venda, para receber compradores. Dois casais, em fases e objetivos distintos, chegam para a visitação e começam a compartilhar as experiências e os desafios que enfrentam em seus relacionamentos. As afinidades entre os gêneros vão se tornando evidentes até que sinais estranhos e misteriosos surgem, o que os leva a uma descoberta surpreendente. Tal situação desperta os casais a questionarem sobre como, no presente, lidam com o seu passado e o que desejam fazer pelo seu futuro.

A comédia “Ainda Dá Tempo” é o mais recente texto assinado pelo americano Jeff Gould. Durante vinte e cinco anos, o dramaturgo tem feito o público rir ao explorar os territórios do amor, do sexo e do casamento com seu olhar atento sobre aos relacionamentos. “Definitivamente meus textos têm pitadas autobiográficas. Muitos diálogos são baseados no meu relacionamento com minha ex-mulher. Mas não é só isso. Se você quer ser escritor, tenho duas sugestões: seja um pouco louco e seja amigo de alguns deles”, fala o autor sobre o seu trabalho.

“Jogo Aberto”, um dos sucessos anteriores do autor já foi montado em vários países, incluindo o Brasil (2016), traduzido e dirigido por Isser Korik e protagonizado por Ricardo Tozzi. “Eu gosto de repetir parcerias que dão certo. Alguns autores são recorrentes no meu trabalho: João Bethencourt já fiz dois textos, Jeff Gould já é o terceiro que traduzo e enceno. Retomar a parceria com o Tozzi, com a Bruna e com a Eliete, nesse elenco que é um "dream team" é muito gratificante para mim”.

No elenco de “Ainda Dá Tempo” estão: Ricardo Tozzi, Bruna Thedy, Norival Rizzo, Eliete Cigaarini, Igor Cosso, Bia Arantes e Klayton Pavesi. O espetáculo é apresentado pela empresa Metlife e patrocínio do Banco Luso e Consigaz pela Lei Nacional de Incentivo à Cultura.


 Serviço:

“Ainda Dá Tempo”

Autore: Jeff Gould

Tradução e direção: Isser Korik

Gênero: Comédia

Duração: 80 minutos

Classificação: 12 anos

Temporada: de 5 de abril a 02 de junho. Sextas, sábados e domingos, às 20h.

Ingressos:

Sextas e Domingos – Setor A R$ 100,00 e Setor B R$ 70,00

Sábados – Setor A R$ 120,00 e Setor B R$ 90,00

Ingressos promocionais com descontos de 70% e 80%, no site e na bilheteria, para os primeiros compradores de cada sessão.


TEATRO UOL

Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323 

Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323

Vendas online: www.teatrouol.com.br

Capacidade: 300 lugares

Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel: 4040-2004 / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094

Horário de funcionamento da bilheteria

Quartas e quintas das 17h às 20h, sextas das 16h às 20h, sábados, das 13h às 22h e domingos, das 13h às 20h; não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube UOL e Clube Folha 50% desconto.

Patrocínio do Teatro UOL: UOL, Folha de S. Paulo, Genesys, Banco Luso Brasileiro e MetLife



 

segunda-feira, 13 de maio de 2024

.: Teatro: Flávio Tolezani e Daniel Infantini na comédia dramática "In Extremis"


Com direção de Bruno Guida, o texto do dramaturgo inglês Neil Bartlett coloca o escritor Oscar Wilde em uma consulta com uma cartomante. Foto: Hemerson Celtic


Uma experiência esotérica vivida pelo escritor irlandês Oscar Wilde (1854-1900) inspirou o premiado autor inglês Neil Bartlett a escrever a comédia dramática "In Extremis", que teve uma montagem brasileira em 2015, dirigida por Bruno Guida. O espetáculo, estrelado por Daniel Infantini e Flávio Tolezani, volta em cartaz para uma temporada de reestreia no Teatro Bravos, entre os dias 1° de junho e 28 de julho, com apresentações aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00.

De acordo com um telegrama enviado para uma amiga em 1895, apenas há uma semana de começar o julgamento que custaria a sua reputação, sua liberdade, sua família e em seguida sua vida, Oscar Wilde foi fazer uma consulta a uma famosa cartomante chamada Mrs. Robinson.  “Nunca saberemos o que de fato aconteceu naquela noite. Mas a história é muito boa para ser ignorada”, comenta Bruno.  

Depois de criarem juntos o espetáculo "The Pillowman - O Homem Travesseiro", Bruno Guida, Daniel Infantini e Flávio Tolezani repetem o formato e se dividem na equipe criativa para continuar a pesquisa sobre a linguagem de bufão iniciada no espetáculo anterior. Bruno traduziu o texto, idealizou o projeto e dirige a montagem, Daniel além de atuar, assina o figurino e a maquiagem. E Flávio, além de ator, também é o cenógrafo da peça. 

O grupo busca uma atmosfera mística a fim de trazer a plateia para o jogo de adivinhação e mistério que faz parte da encenação de uma consulta exotérica. Os três artistas fizeram oficina com o hipnólogo Fábio Puentes para entender o caminho apontado por um especialista contemporâneo na ciência da hipnose.


Ficha técnica
Espetáculo "In Extremis"
Texto: Neil Bartlett
Tradução: Bruno Guida
Direção: Bruno Guida
Elenco: Daniel Infantini e Flavio Tolezani
Assistente de direção: Mateus Monteiro
Treinamento em hipnose: Fabio Puentes
Iluminação: Aline Santini
Cenário: Flavio Tolezani
Figurinos: Daniel Infantini
Adereços: Marcela Donato
Maquiagem: Daniel Infantini
Fotografia: Hemerson Celtic
Designer gráfico: Kelson Spalato
Direção de produção: Marco Griesi
Produtor Executivo: Giovanni D ‘Angelo
Redes sociais e vídeo: Gatu Films
Digital: Matheus Resende – Motisuki Pr
Idealização: Bruno Guida
Realização: Palco 7 Produções e Pitaco Produções


Serviço
Espetáculo "In Extremis"
Temporada: 1º junho a 28 de julho
Aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h
Teatro Bravos - Sala Bravos Multi - Rua Coropé, 88, 1 andar, Pinheiros
Ingressos: R$ 100,00 (sábados) R$ 90,00 (domingos)
Vendas on-line em Sympla
Bilheteria: de terça a domingo, das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo.
Capacidade: 172 lugares
Classificação: 14 anos
Duração: 60 minutos
Gênero: comédia
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

.: Billy Bond faz tributo aos grandes musicais em "Um Dia na Broadway"


Com 32 artistas em cena, espetáculo reproduz a atmosfera de dez dos mais famosos musicais de todos os tempos com figurinos e cenários grandiosos. São eles: "Priscila", "Evita", "Chicago", "Grease", "Les Miserable", "Mary Poppins", "A Bela e a Fera", "O Fantasma da Ópera" (na imagem), "Cats" e "Mamma Mia". Foto: divulgação


Uma espécie de tributo aos grandes musicais estadunidenses, "Um Dia na Broadway" volta em cartaz a partir do dia 16 de maio, às 21h no Teatro Liberdade, em São Paulo. A temporada é curtíssima e vai até dia 9 de junho. Depois de quase 15 anos encenando clássicos do universo infantil, o diretor e músico Billy Bond - há mais de 30 anos no Brasil, à frente da Black & Red Produções – volta a montar espetáculos adultos.

Billy Bond aposta no encantamento dos brasileiros por Nova York, por isso, reproduz o espírito da cidade em cena. Com isso, o diretor quer agradar quem já conhece e ama a metrópole e os que nunca estiveram por lá, mas sonha visitá-la. Para levar o público a essa viagem, o espetáculo cria uma ambientação característica: um painel com 160 metros de tiras de luz de LED que reproduz pontos turísticos clássicos, como a Times Square, a Broadway, a Estátua da Liberdade, Wall Street, o Harlem, o Empire State, o Metrô e o Grand Central Station.

O espetáculo conta com direção geral e dramaturgia de Billy Bond e Andrew Mettine, adaptação de Bond e Lilio Alonso, direção musical e arranjos de Bond e Villa, direção de cena de Marcio Yacoff, coreografia de Italo Rodrigues, cenário de Marcelo Larrea e figurinos de Paula Canterini e Feliciano San Roman. Além disso, em cena estão 32 pessoas, entre atores, cantores e bailarinos e técnicos. 

A história começa com a chegada de uma família de férias em Nova Iorque. Acompanhado pelos filhos, um casal viaja para Nova York a fim de comemorar o aniversário de casamento na cidade onde se conheceu e se apaixonou. Logo há um desencontro e as crianças se perdem dos pais no Metrô da Grand Central Station. A partir de então, na tentativa de reencontrá-los, os irmãos se aventuram por lugares onde acreditam que encontrarão o casal.  Sabem que os pais são fanáticos por teatro, portanto, na busca, visitam os teatros da Broadway e assistem trechos de musicais clássicos. 

Na plateia, o público acompanha a saga da família e se delicia com as cenas concebidas por Billy para reproduzir a atmosfera de dez dos mais famosos musicais de todos os tempos, em imagens, figurinos, cenários e músicas cantadas ao vivo. São eles: "Priscila" (ao som de "It’s Raining Men"), "Evita" ("Don’t Cry for me Argentina"), "Chicago" ("All That Jazz"), "Grease" ("Summer Night"), "Les Miserable" ("One Day More"), "Mary Poppins" ("Supercalifragilistic"), "A Bela e a Fera" ("Beauty and Beast") "O Fantasma da Ópera" ("The Phantom of the Ópera"), "Cats" ("Memories") e "Mamma Mia" ("Dancing Queen").

E, no decorrer dessa trama, um personagem entra em cena para ajudar a contar sua história. Trata-se do próprio George Michael Cohan, artista identificado como um dos primeiros a fazer espetáculos musicais nos Estados Unidos. Como não pode faltar nas montagens do diretor, a encenação conta com números aéreos, levitação e outros truques e efeitos especiais. Para dar a sensação de 3D, Billy explica, o espetáculo mescla dois cenários, um virtual (composto por imagens de NY em 4K) e outro físico. Outro destaque é o sistema de som Surround, que envolve toda a plateia. Além disso, para que tudo saia como o diretor concebeu, uma equipe de dez profissionais trabalha há meses na computação gráfica. “A reprodução dos espaços da cidade tem de ser fiel”, exige o diretor.


Serviço
Espetáculo "Um Dia na Broadway", de Billy Bond
Temporada: 16 de maio a 9 de junho
Às sextas-feiras, às 21h; aos sábados, às 17h e às 21h; e aos domingos, às 17h
Teatro Liberdade - Rua São Joaquim, 129, Bairro Liberdade
Ingressos: R$ 250,00 (Plateia Premium), R$ 230,00 (Plateia), R$ 180,00 (Balcão A), R$ 150,00 (Balcão A com vista parcial) e R$ 150,00 (Balcão B)
Vendas on-line em https://site.bileto.sympla.com.br/teatroliberdade/
Bilheteria: de terça-feira a sábado, das 13h às 19h, e aos domingos e feriados (apenas em dias de espetáculo), das 13h até o início da apresentação.
Indicação etária: livre.
Duração aproximada: 130 minutos.
Lotação: 900 lugares.
Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

domingo, 12 de maio de 2024

.: Da obra de Anton Tchékhov, "Outros Malefícios do Tabaco" faz temporada


O projeto foi contemplado pelo Edital Funarte Aberta 2023 e os ingressos custam R$30. Em data a ser divulgada brevemente, haverá uma sessão do espetáculo com tradução em Libras - Linguagem Brasileira de Sinais. Cena de Outros Malefícios do Tabaco. Crédito: Andreza Spina

A peça "Outros Malefícios do Tabaco", em cartaz até dia 1° de junho, às sextas e sábados, às 20h00, na Sala Augusto Boal do Teatro de Arena Eugênio Kusnet, traz à cena um protagonista que pretende expor à plateia uma conferência sobre o tabaco, porém, enquanto a palestra prossegue, os dados científicos são frequentemente interrompidos por revelações pessoais da personagem cuja oratória funde-se a temas díspares transformando seu relato em frações de pensamentos e estilhaços de sentimentos. O elenco é composto por Barros Batista e Thiago Morrinho. A direção é de Ju Lima.

A encenação é resultado da releitura da obra "Os Males do Tabaco", de Anton Tchékhov que, a despeito de ter sido escrita há mais de um século, continua a oferecer inúmeras reflexões acerca de questões sociais e existenciais. O espetáculo ultrapassa a proposta da dramaturgia original ao dar espaço a uma nova personagem possibilitando um ousado (des)encontro.

Em 2024, o ator e produtor teatral Barros Batista retoma e aprofunda pesquisas acerca da obra do escritor russo Anton Tchékhov, propondo a adaptação da dramaturgia original e sua encenação através do "Núcleo Cultural Um homem só e todo mundo”. O diretor teatral Ju Lima e o ator e músico Thiago Morrinho juntam-se à nova temporada, oferecendo elementos de ousadia e atualização de uma obra potente.


Ficha técnica
Espetáculo "Outros Malefícios do Tabaco"
Dramaturgia: Barros Batista
Direção e iluminação: Ju Lima
Elenco: Barros Batista e Thiago Morrinho
Assistente de produção: Clara Auricchio / Talita Guerra
Assessoria de Imprensa: Diogo Locci
Produção executiva: Barros Batista e Ju Lima
Arte gráfica: Nilza Cristina
Fotos: Andreza Spina
Realização: Núcleo Um Homem Só e Todo Mundo


Serviço
Espetáculo "Outros Malefícios do Tabaco"
Temporada: até dia 1° de junho de 2024, sextas e sábados, 20h
Local: Sala Augusto Boal - Teatro de Arena Eugênio Kusnet (Rua Doutor Teodoro Baima, 94, Sala Augusto Boal, Vila Buarque)
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia). Vendas via Sympla.
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 45 minutos

.: "Entre Franciscos, o Santo e o Papa" faz temporada no Teatro Sérgio Cardoso


Peça de Gabriel Chalita, com  Paulo Gorgulho e César Mello, chega a São Paulo e propõe uma reflexão sobre tragédias atemporais da humanidade. Foto: Guilherme Logullo


Oito séculos separam um jovem de Assis, cidade  no centro da Itália, e um de Buenos Aires, capital da Argentina, que em comum têm um nome: Francisco. Mas não só: ambos dedicaram suas vidas  a levar alívio e dignidade aos desassistidos em suas próprias épocas. Agora,  em pleno século XXI, ambos se encontram e trocam pensamentos: querem  entender como o barulho todo do mundo, de ingratidão, desamparo e ganância, tem crescido e abafado a mensagem de amor ao próximo. O local do encontro? Uma lavanderia. Este é o ponto de partida de "Entre  Franciscos, o Santo e o Papa", a nova peça de Gabriel Chalita, com os atores César Mello e Paulo Gorgulhoque  está em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso (Sala Paschoal Carlos Magno) até dia 30 de junho.

"Entre Franciscos, O Santo e O Papa” mostra o Papa Francisco preocupado e cansado dos problemas do cotidiano. Ele entra na lavanderia do Vaticano, local que mandou construir para a população de rua e encontra um homem. Inicialmente, ele não percebe, mas este homem é São Francisco de Assis e, aos poucos, o diálogo entre essas duas icônicas figuras vai revelando dores, incertezas, mas também amores, fé e reflexões sobre os grandes dilemas da humanidade.  

A lavanderia não é um estabelecimento comercial qualquer: trata-se da chamada "Lavanderia do Papa Francisco", inaugurada em 2017 em Roma, para que a população de rua tivesse como lavar e passar suas roupas e mantas. Desde então, o projeto já ganhou unidades em Gênova, em 2019, e outras duas em Turim, no ano passado.  

Na peça, o Papa Francisco vai à lavanderia, quando, cansado da realidade inclemente do mundo de hoje, com fome, guerra e outras tragédias, precisa de uma pausa para descansar e refletir. Lá, um dia, encontra um jovem acompanhando a lavagem de suas roupas, à espera ao lado da máquina de  lavar. E começam a conversar. Chalita diz que, ainda que sejam duas figuras religiosas, os diálogos e as angústias que cada um traz à conversa transcendem as divisões religiosas. “Você poderia assistir essa peça e esquecer que são o papa e São Francisco. São apenas dois homens”, diz.  

A inspiração para colocar os dois personagens no palco veio de uma imagem do cotidiano, explica Chalita. “Um dia, caminhando por uma grande cidade, vi um senhor idoso sentando-se ao lado de um homem, morador das ruas, para cuidar dele. A imagem ensinadora lembrou dois Franciscos, o santo e o papa”, diz o autor. São Francisco é interpretado pelo ator César Mello, conhecido por seu  trabalho em novelas da TV Globo, como “Viver a Vida”, “Lado a Lado”,  “Sangue Bom” e “Babilônia”. E seu talento nos palcos é mais conhecido por seu trabalho em musicais, como “Rei Leão” e “Wicked”. Os diálogos de seu personagem na peça de Chalita são todos baseados no que dizia São  Francisco. “É muito bom encontrar ‘personagens-professores’, que mudam a dinâmica da sua vida, te questionam, te incomodam”, diz o ator. 

O Papa Francisco, por sua vez, é interpretado pelo ator Paulo Gorgulho,  que estreou na TV em 1984, e, desde então, já viveu dezenas de papéis na TV e no cinema, como a novela “Pantanal” (1990), o filme “O Jardim Secreto de Mariana” (2021) e a série “Todo Dia a Mesma Noite” (2023). Compre o livro "Entre  Franciscos, o Santo e o Papa", de Gabriel Chalita, neste link.

Amor filosófico
Trata-se de uma peça sobre “o amor filosófico que está em cada um de nós,  nosso caráter, crenças e dúvidas”, diz o diretor do espetáculo, Fernando  Philbert – que já foi indicado, em 2019, ao Prêmio Shell por “Todas as Coisas Maravilhosas”. “É preciso caminhar para encontrar respostas e às vezes elas ainda não existem”. 

O cenário da peça – uma lavanderia – funciona como uma maneira figurada de se representar o que os dois personagens conversam ao longo da peça. No diálogo entre os Franciscos, ambos vão tentando lavar, por assim dizer, as dores e tristezas do mundo. A lavanderia questiona, então, “quais são os barulhos do mundo e os caminhos que estamos tomando. Por meio da dimensão humana desses personagens, a peça quer inspirar o público com  reflexões do mundo contemporâneo”, explica Chalita. 

A peça é apresentada pelo Ministério da Cultura, Rede D'Or, Instituto YDUQS e  Estácio, e tem o patrocínio da Ternium e do Grupo Qualicorp. Ficará em cartaz até 30 de junho de 2024, sextas, sábados e domingos, às 18h. A direção de produção é de Guilherme Logullo, a cenografia de Natália Lana, os figurinos de Karen  Brusttolin, o desenho de luz de Vilmar Olos e a realização da Luar de Abril. Garanta o seu exemplar de "Entre  Franciscos, o Santo e o Papa", escrito por Gabriel Chalita, neste link.

Ficha técnica
Espetáculo "Entre Franciscos, o Santo e o Papa"
Elenco: Paulo Gorgulho e César Mello
Texto: Gabriel Chalita
Direção: Fernando Philbert
Cenografia: Natália Lana
Desenho de luz: Vilmar Olos
Figurino: Karen Brusttolin
Trilha sonora: Gui Leal 
Design gráfico: Igor Gabriel Paz
Direção de produção: Guilherme Logullo
Assistente de direção/produção: Renata Ricci Assessoria de imprensa: GBR Comunicação Idealização: Gabriel Chalita
Realização: Luar de Abril 

Serviço
Espetáculo "Entre Franciscos, o Santo e o Papa"
Temporada: de 10 de maio de 2024 a 30 de junho de 2024 Horários: sexta, sábado e domingo, às 18h
Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno Endereço: Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista - São Paulo/SP Duração: 70 minutos
Bilheteria oficial: sympla.com.br
Telefone: (11) 3288-0136
Valores: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada) Vendas on-line: http://linktr.ee/entrefranciscos
Lotação: 143 lugares + 6 espaços de cadeirantes
Classificação: livre.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

.: Mãe e filha, Bárbara Bruno e Vanessa Goulartt estreiam "Desinfluencers"


Nesta sexta-feira, dia 10 de maio, o Teatro Santa Cruz será palco de um evento especial que não apenas marca a estreia de uma nova peça teatral, mas também celebra a profunda ligação entre mãe e filha. Bárbara Bruno e Vanessa Goulartt, renomadas artistas do cenário teatral brasileiro, unem seus talentos e laços familiares para apresentar "Desinfluencers, a Comédia".

Dirigida por Bárbara Bruno, a peça traz Vanessa Goulartt no elenco e promete encantar o público com uma história contemporânea e divertida. Além de compartilharem o palco, mãe e filha compartilham uma conexão especial que transcende o ambiente profissional. Juntas, viajam, trocam ideias e se apoiam mutuamente, cultivando uma amizade sólida e confiável.

Barbara e Vanessa também estão trabalhando no projeto da peça “Ciranda” de Célia Forte, essa montagem com as duas atrizes em cena. Com a proximidade do Dia das Mães, "Desinfluencers" não apenas proporciona uma experiência teatral única, mas também convida o público a refletir sobre a importância da relação entre mãe e filha. A confiança, a amizade e o apoio mútuo são pilares fundamentais dessa ligação tão especial. Que todas as mães e filhas possam se inspirar na história de Bárbara Bruno e Vanessa Goulartt e celebrar o Dia das Mães com toda a intensidade e afeto que essa data merece. 


Ficha técnica
"Desinfluencers, a Comédia"
Elenco: Rodrigo Phavanello, Aline Mineiro, Anna Claudia Vidal, Ailton Guedes, Vanessa Goulartt e Ernando Thiago.
Direção: Bárbara Bruno
Texto e assistência de direção: Sergio Tadeu
Ideia original: Rodrigo Phavanello
Produção: PH8 Produções e STR Eventos
Coordenação de produção: Sylvia Goulart e Leila Campos
Cenografia e adereços: Renato Ribeiro – Cenografia Sustentável
Produção de elenco: Dudu Pradella
Assessoria: Cícero Júnior
Figurinista: Malena Russo
Redator: Xandy Novaski
Gênero: comédia
Trilha Sonora: Ricardo Severo
Luz: Marcelo Yamada

Serviço
"Desinfluencers, a Comédia"
Duração: 65 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
A partir de 10 de maio no Teatro Santa Cruz
Shopping Metrô Santa Cruz - Piso Cultura
Rua Domingos de Morais, 2564 - Vila Mariana/São Paulo

terça-feira, 7 de maio de 2024

.: Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia retomam Albert Camus no teatro


"O Estrangeiro - Reloaded" é um espetáculo apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo Federal com patrocínio por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet e Teatro Vivo. Uma adaptação do livro do escritor, jornalista e filósofo franco-argelino Albert Camus (1913-1960), Prêmio Nobel de Literatura em 1957, lançado em 1942. Foto: Gustavo Leme


Era Natal de 2008 na Dinamarca. Guilherme Leme Garcia e Vera Holtz conheceram juntos a versão da mais conhecida obra de Albert Camus adaptada pelo ator, diretor e amigo dinamarquês Morten Kirkskov. Guilherme já gostava do livro e ficou encantado com a possibilidade de levar "O Estrangeiro" aos palcos. Vera aceitou estrear na direção. Juntos, criaram a primeira montagem do clássico do escritor no Brasil.

O processo levou dois anos de maturação com leituras dramatizadas realizadas para amigos, críticos literários, diretores e público, no Rio e em São Paulo.  Após 15 anos da primeira e bem-sucedida montagem, sucesso de público e crítica, que circulou por quatro anos pelo Brasil e se encerrou no Festival de Edimburgo em 2012, Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia, se juntam novamente para darem nova roupagem e emprestar novo olhar, remixado e recarregado de novos sentidos, à obra prima da literatura mundial. "O Estrangeiro - Reloades", de Albert Camus, volta aos palcos mostrando todo seu potencial contemporâneo repleto de existencialismo, humanismo e teatralidade a partir de 16 de maio, no Teatro Vivo.

Meursault, o personagem central de "O Estrangeiro", leva uma vida banal; recebe a notícia da morte da mãe, comete um crime, é preso, julgado, em meio à controversa relação entre o indivíduo e a lei, sendo assim mais um homem arrastado pela correnteza da vida e da história. Seu drama pode ser lido como o drama de qualquer pessoa, que se depara com o absurdo, ponto central da obra de Albert Camus.

Na trama, Meursault não encontra explicação nem consolo para o que acontece em sua trajetória, tudo acontece à sua revelia e nada faz o menor sentido. Ele não acha explicação na fé, religião ou ideologia, não tem onde se amparar. O que pode ser visto como uma vantagem: esse homem é livre, pode se fazer a si mesmo, sua vida está em aberto. Ele se depara, e se angustia, diante da liberdade e do absurdo, e quando descobre que essas duas condições são intrínsecas, finalmente encontra a paz.

“Quinze anos se passaram desde que desenhei Mersault na primeira montagem. Nesses anos tanta história se passou no mundo e na minha vida que é quase impossível pensar essa peça e esse personagem sem contar com tantos novos desafios que se apresentam frente ao nosso pensamento. Uma nova encenação se faz necessária para que a visualidade cênica venha cheia de vitalidade e atualidade, um Mersault ainda mais simples e ao mesmo tempo mais sofisticado se torna imprescindível para que eu possa pensar uma interpretação mais vertical e contundente”, diz Leme Garcia.

O conflito existencial do protagonista Mersault é parte da filosofia do absurdo de Camus tratada em seus ensaios "O Mito de Sísifo" (1942) e "O Homem Revoltado" (1951), tornando fundamental o entendimento da tese do absurdo de Camus para esta tentativa de compreender moral e eticamente o personagem Mersault e a obra "O Estrangeiro". O nome Meursault foi composto pensando na fonética francesa das palavras morte (mort) e sol (soleil). Mas, antes do Meursault de "O Estrangeiro", existiu Patrice Mersault, personagem de "A Morte Feliz", primeiro romance de Camus, que só foi lançado após a sua morte.

"O Estrangeiro", publicado em maio de 1942, em meio à Segunda Guerra Mundial, foi logo reconhecido como um divisor de águas na história da literatura, pois representava uma ruptura formal com o romance do século 19 e uma nova forma de apreender o mundo que sairia transformado após o final do conflito. Camus colocava seu leitor diante do absurdo da existência. Mas apesar do tema filosófico, a narrativa em nada se aparentava a um romance de tese.


Ficha técnica
Monólogo "O Estrangeiro - Reloaded"
Texto: Albert Camus
Adaptação: Morten Kirkskov
Tradução: Liane Lazoski
Direção: Vera Holtz
Performance: Guilherme Leme Garcia
Desenho de luz: Aline Santini
Figurino: João Pimenta
Movimento: Renata Melo
Trilha sonora: Zema Tämatchan
Identidade Visual: Roger Velloso
Fotos: Gustavo Leme
Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro
Assistente de direção e Produção Executiva: Sofia Papo
Direção de produção: Sérgio Saboya


Serviço
Monólogo "O Estrangeiro - Reloaded"
De 16 de maio a 27 de Junho
Teatro Vivo - Avenida Doutor Chucri Zaidan, 2460 - Morumbi, São Paulo - São Paulo
Terças, quartas e quintas-feiras, às 20h00
Duração: 60 minutos
Classificação: 16 anos
Ingressos: R$120

O ingresso Preço Popular é válido para todos os clientes e segue o plano de democratização da Lei Rouanet, havendo uma cota deste valor promocional por sessão. O comprovante de meia entrada deverá ser apresentado na entrada do espetáculo.
Bilheteria: 11 3430-1524 - Funcionamento somente nos dias de peça duas horas antes da apresentação
Ponto de Venda Sem Taxa de Conveniência: Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 (antigo 860) – Morumbi
Estacionamento no local:Valor R$25 - Funcionamento: 2h antes da sessão até 30 minutos após o término da apresentação.
Importante: comprovante de meia entrada e de qualquer outro benefício de descontos deverá ser apresentado na entrada do teatro. A falta ou não apresentação de documento válido resultará no pagamento da diferença de valor do ingresso;
Não será permitida a entrada após o início do espetáculo. Não havendo a devolução do valor nem troca de ingressos para outro dia ou outra sessão;
Não será permitida a entrada no teatro portando, alimentos ou outras bebidas.
Teatro Vivo - Av. Chucri Zaidan, 2460 – Morumbi, São Paulo-SP

Meia-entrada
Estudantes - mediantes apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) - Modelo único, emitida pelas entidades oficiais.
Professores e funcionários - das redes estadual e municipal de ensino de São Paulo mediante apresentação da Carteira Funcional ou Demonstrativo de Pagamento, acompanhado de documento oficial com foto.
Idosos - pessoas com idade superior a 60 anos mediante apresentação do documento de identidade oficial com foto.
Pessoas com necessidades especiais - mediante apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência, documento emitido pelo INSS ou holerite que comprove a aposentadoria, acompanhado de documento oficial com foto.

.: Peça teatral luso brasileira dirigida por Cássio Scapin terá só 4 apresentações


Luísa Ortigoso e Beto Coville da companhia Teatro Livre, de Portugal, protagonizam texto inédito de Cassio Junqueira e revelam lado humano de personagens pitorescos do nosso imaginário popular. Fotos: Daniel Fernandes e Sandra Cepinha


Uma coprodução Brasil-Portugal, o espetáculo "O Filho da Rainha e A Mãe do Rei" traz atores Luísa Ortigoso e Beto Covill, da companhia Teatro Livre, de Portugal, para a estreia inédita no Brasil. Com direção de Cassio Scapin e texto inédito de Cássio Junqueira, a montagem mergulha na complexa a relação entre mãe e filho para tratar de questões como hierarquia, poder, estado, nação e patriarcado. A peça também aborda temas como a dificuldade da mulher em ocupar lugares de poder, a luta por igualdade de direitos, as relações familiares permeadas por poder e dinheiro e a necessidade de superar os pais na hora de governar. As apresentações acontecem entre os dias 9 a 12 de maio, de quinta-feira a sábado, às 21h00, e domingo, às 19h00, no Teatro Alfredo Mesquita. 

Inspirado na vida de Dona Maria I e do seu filho Dom João VI, monarcas de Portugal e do Brasil colonial, o espetáculo O Filho da Rainha e A Mãe do Rei mergulha na complexa a relação entre mãe e filho para tratar de questões como hierarquia, poder, estado, nação e patriarcado. O texto propõe uma abordagem crítica, convidando o espectador a interpretar as personagens através de uma lente contemporânea destacando a relação entre mãe e filho, capaz de conectar de nobres a plebeus, antigos e contemporâneos. Além disso, o texto também vai abordar o lado humano, frágil e visceral encoberto pela pompa e pela caricatura dessas figuras tão pitorescas no nosso imaginário: a rainha louca e o rei comilão.

A dificuldade da mulher em ocupar lugares de poder em uma sociedade machista, a luta por igualdade de direitos, as relações familiares permeadas por poder e dinheiro e a necessidade de superar os pais na hora de governar são alguns dos temas que trazem diferentes vernizes a essa história de mãe e filho tão importantes para Portugal e o Brasil. Dona Maria I, conhecida como "a Rainha Louca", é uma das personagens históricas mais interessantes dos nossos países, conta o autor, que se inspirou na biografia da rainha, mas também nas histórias de outras mulheres para abordar a relação feminina com o poder. “Se uma mulher se impõe com mais energia, ainda é comum ser considerada louca”, diz Junqueira.

A encenação é calcada no entendimento do texto, explica Scapin. “É uma peça de relação, na qual os atores precisam oscilar da pessoa instituição para a pessoa humana. E essa dualidade que mistura e repele ao mesmo tempo é muito interessante de se ver no palco”, conta o diretor. A capacidade de discutir várias tramas em uma história atraiu Luísa Ortigoso. “Havia muitas camadas para desbravar: a mulher, a mãe, a rainha, a mulher no poder em um mundo de homens e para homens. Para mim, estas questões foram mais interessantes de trabalhar do que tentar um retrato realista da personagem”, conta a atriz portuguesa, que desembarca no Brasil pela segunda vez.

Para o ator Beto Coville, a humanização dos personagens provocou um grande sentimento de redenção e comoção, que ele espera ver refletidos no público.  Para construir seu D. João, ele buscou os conflitos psicológicos mais intrigantes, como o complexo de “patinho feio” por estar à sombra do irmão mais velho ou em um casamento sabidamente infeliz. Falar deste período histórico marcado pela vinda da corte portuguesa para o Brasil em um momento em que o fluxo migratório tem sido o contrário é outro ponto que pode despertar reflexão no público, espera Scapin. “É importante que as pessoas repensem a história e joguem luz sobre algumas questões que construíram o nosso presente, uma história que merece ser olhada de diversas maneiras, mas não apagada”.

A montagem partiu de um convite do ator Beto Coville, brasileiro radicado em Portugal, para Cássio Scapin, com quem já havia trabalhado na década de 1980. “Em 2020, dois anos antes das comemorações dos 200 anos da independência do Brasil, a nossa companhia de teatro daqui, Teatro Livre, resolveu fazer um espetáculo entre dois continentes, uma coprodução. Fornecemos os nossos pontos de vista e os livros, Dona Maria I -  A Rainha Louca, da Luisa Boléo e As Lágrimas de Dom João, de Alice Lázaro, para ser a base da peça”, conta.

Com apoio do Ministério da Cultura de Portugal, o espetáculo estreou no Palácio da Ajuda em 2022 e foi apresentado no Teatro Meridional em 2023. Agora, em parceria com os produtores Dani Angelotti e André Acioli, a Cia. Teatro Livre faz sua estreia no Brasil incentivada pelo programa de internacionalização do Ministério da Cultura com a DGArtes e apoio da Secretaria de Cultura do Município de São Paulo.

Sinopse de "O Filho da Rainha e A Mãe do Rei"
Uma mãe e um filho. Ela rainha e Ele que, não sendo primogênito, não nasceu para ser rei. O primogênito amado morreu. Agora, com o tempo, a idade e a vida, a cabeça da mãe rainha lembra apenas o que a mantém viva. E esse filho rei desabrocha, cresce e corta aos poucos o cordão real que o mantinha em segundo plano, assumindo o seu posto e construindo um reinado que deixou marca nos dois continentes onde foi soberano.


Ficha técnica
Espetáculo "O Filho da Rainha e A Mãe do Rei". Texto: Cássio Junqueira. Direção: Cássio Scapin. Elenco: Luísa Ortigoso e Beto Coville. Assistência de Direção: Inês Oneto. Cenografia: Eurico Lopes. Figurinos: Fábio Namatame. Música: Davide Zaccaria. Desenho de Luz: Pedro Santos. Fotos: Daniel Fernandes e Sandra Cepinha. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Designer Gráfico Portugal: André Vaz/ Innovdesigner. Produção Portugal: Helena Veloso e Nuno Pratas. Produção Brasil: André Acioli e Dani Angelotti. Realização: Teatro Livre e Cubo Produções.

Serviço
Espetáculo "O Filho da Rainha e A Mãe do Rei".  Estreia dia 9 de maio, quinta, às 21h no Teatro Alfredo Mesquita. Temporada: De 9 a 12 de maio de 2024 - Quinta a sábado, às 21h, e domingo, às 19h. Classificação: 10 anos. Duração: 60 minutos. Teatro Alfredo Mesquita - Av. Santos Dumont, 1770 – Santana/São Paulo. Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada). Vendas online: Sympla - https://www.sympla.com.br/produtor/ofilhodarainhaeamaedorei.Bilheteria presencial: 1 hora antes de cada sessão. Capacidade: 198 lugares. Acessibilidade: o Teatro é acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida na plateia.

.: João Côrtes reestreia o monólogo "Invisível" no Teatro Itália Bandeirantes


Com texto de Moisés Bittencourt e direção de Fernando Gomes, a peça foi indicada ao prêmio de melhor ator e iluminação na FITA - Festa Internacional de Teatro de Angra dos Reis. Foto: divulgação

No Brasil, a taxa de feminicídio bateu recordes em 2023, com uma alta de 1,6% em relação ao do ano anterior. Pesquisas também mostram que nosso país é onde mais se mata pessoas LGBTQIAP+. Mas pouco se fala ainda sobre a violência abusiva em relacionamentos homossexuais. Abordando questões complexas que frequentemente são silenciadas, o monólogo “Invisível”, com texto de Moisés Bittencourt e direção de Fernando Gomes, reestreia nesta quarta-feira, dia 8 de maio, no Teatro Itália Bandeirantes. Em cena, o ator João Côrtes dá vida a Eduardo, cuja rotina é marcada por uma convivência tóxica e dolorosa com seu parceiro Michel – também interpretado por João. O espetáculo, que estreou na Festa Internacional de Teatro de Angra dos Reis (FITA) em 2023 (com indicações a melhor ator e iluminação), volta ao cartaz depois de elogiada temporada de janeiro a março de 2024, no Teatro Renaissance.

A peça aborda temas urgentes e atuais, levantando questões como a vergonha e o medo de denunciar abusadores, a falta de apoio das autoridades e a fragilidade da vítima em relações tóxicas. Com “Invisível”, Moisés Bittencourt desafia os espectadores a confrontarem temas desconfortáveis, mas inegavelmente relevantes, que muitas vezes são evitados nas conversas cotidianas. "A sociedade fecha os olhos para determinadas minorias. Estamos mostrando que essas pessoas existem, não são invisíveis, e estão no mesmo barco, seja trans, hetero, bissexual... Poderia ter me baseado em casais heterossexuais que sofreram abusos dentro de casa, porque o sentimento é universal”, reflete o autor Moisés Bittencourt.

Para o ator João Côrtes, que também pode ser visto na segunda temporada de “Encantados” (TV Globo), esta é uma oportunidade de mergulhar em território inexplorado em sua carreira: "É muito importante que a gente sempre coloque questões sociais no palco. Questões delicadas, questões que provoquem, questões que sejam tabus pra sociedade", conta João, em seu primeiro monólogo. Sua interpretação dá vida aos dilemas e angústias dos personagens, incitando debates e reflexões profundas sobre o comportamento humano e a necessidade urgente de mudança. “Fiz um trabalho de pesquisar minhas emoções e minhas dores. Apesar de não ter vivido um relacionamento abusivo, foi um processo de buscar abusos e sentimentos que eu vivi de qualquer maneira. Abuso é universal”, conta.

O monólogo não apenas denuncia a violência e o preconceito, mas também convida o público a uma jornada de autoconhecimento e empatia. "Teatro é um lugar de transformação", afirma o diretor Fernando Gomes, que tem mais de 35 anos trabalhando com o teatro: "Só tem sentido um espetáculo teatral quando consegue tocar as pessoas, transformar as pessoas de alguma forma". O autor complementa: “A dramaturgia exerce o serviço de indagar, questionar, mostrar fisicamente que o problema acontece. Teatro não é apenas para entreter, é para emocionar e para mudar. E 'Invisível' tem o poder de mudança”.


Sinopse do espetáculo "Invisível"
Eduardo vive um relacionamento abusivo com seu namorado Michel. A situação se agrava ainda mais quando decidem morar juntos. Eduardo, por muito tempo, sofreu calado violência física e psicológica provocadas por seu parceiro até que um dia decide denunciar, levando o caso às autoridades. O descaso e o preconceito, vindos de quem deveria protegê-lo, cria uma barreira, ainda maior, entre o grito de socorro e o medo de se expor. A violência, então, persiste fazendo com que Eduardo sobreviva a uma estatística, normalmente atribuída apenas às mulheres.


Sobre João Côrtes
Com quase dez anos de uma carreira sólida e bem-sucedida como ator, tendo feito projetos nacionais e internacionais, protagonizado campanhas publicitárias de sucesso, 10 longa-metragens, novelas, curtas, séries para canais fechados (HBO, Sony, GNT) e abertos (Multishow, Globo) e diversos espetáculos teatrais, João vem, nos últimos três anos, se firmando como roteirista, diretor e produtor.  Em 2018, escreveu o longa-metragem "Nas Mãos de Quem Me Leva", e em 2019 produziu e dirigiu o filme, de forma 100% independente. Ainda em 2019, escreveu o roteiro do curta-metragem LGBTQIA+ "Flush", o qual também estrelou como ator. Ambos os filmes foram premiados em festivais pelo mundo, incluindo prêmios de roteiro, direção e atuação. João segue desenvolvendo roteiros para todos os formatos de conteúdo, dirigindo, produzindo, além de continuar trabalhando como ator.


Sobre Moisés Bittencourt
Moisés Bittencourt tem em seu currículo aproximadamente 40 textos de teatro, sete roteiros para cinema e três roteiros para televisão, com trabalhos encenados no Rio de Janeiro e em outros estados do Brasil. Trabalhou 12 anos ao lado do autor, diretor, ator e cineasta Domingos Oliveira, exer­cendo as funções de assistente de direção e colaboração de roteiro para Teatro e TV. Atualmente Moisés Bittencourt está dirigindo um roteiro de sua autoria intitulado “A REGRA” com Charles Paraventi e Clarice Dersiê Luz

Sobre Fernando Gomes
Ator, produtor, administrador e diretor artístico, Fernando atua profissionalmente em teatro e cinema desde 1987. Trabalhou como ator com diretores e cineastas de renome nacional como Domingos Oliveira, Hamilton Vaz Pereira, Eduardo Wotzik, Breno Silveira, Pedro Vasconcellos, Claudio Torres, entre outros. No teatro produziu cerca de 40 espetáculos, como “Confissões de Adolescente” de Maria Mariana, “Confissões das Mulheres de Trinta”, de Priscilla Rozenbaum, Clarice Niskier e Maitê Proença, “Amores” e “Todo Mundo tem problemas sexuais”, de Domingos Oliveira, entre outros. Dirigiu a montagem portuguesa do espetáculo “Confissões de Adolescente”, a montagem baiana (em Salvador) de “Todo Mundo tem problemas sexuais”, de Domingos de Oliveira, e “Da Boca Pra Fora”, de Marcelo Rubens Paiva. Dirigiu, também, os atores Marcos Pasquim, Oscar Magrini e Leona Cavalli no espetáculo “E aí, comeu?” que esteve em cartaz no Rio de Janeiro e SP.  Atualmente, também é Diretor Artístico do Teatro das Artes e do Teatro dos Grandes Atores, ambos no Rio de Janeiro.


Ficha técnica
Monólogo "Invisível"}
Texto: Moisés Bittencourt
Direção e cenário: Fernando Gomes
Elenco: João Côrtes
Direção de movimento e preparação de ator: Ana Magdalena
Figurino: Clara Gomes
Visagismo: Matheus Pasticchi
Iluminação: Paulo César Medeiros
Trilha sonora: Moisés Bittencourt
Músicas: Ed Côrtes
Design gráfico: Rico Vilarouca
Direção de produção: Ricardo Fernandes


Serviço
Monólogo "Invisível"
Temporada: De 08/05 a 06/06
Teatro Itália Bandeirantes: Av. Ipiranga, 344 - República, São Paulo.
Telefone: (11) 32144579
Dias e horários: Quartas e quintas, às 20h
Ingressos: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada
Duração: 65 minutos - sem intervalo
Classificação etária: 16 anos
Capacidade de público: 290 pessoas
Venda de ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/93744

segunda-feira, 6 de maio de 2024

.: "Caio em Revista" traz para o teatro textos inéditos de Caio Fernando Abreu


Os textos que compõem o roteiro abordam a relação de Caio com a cidade de São Paulo, memórias da infância e da juventude, a visão crítica da sociedade e dos tipos urbanos que a compõem. Foto: Gilberto Perin


“Gentalha adora ruído e fica úmida com aquela britadeira que ocupa espaço dentro do seu cérebro sem permitir pensar. Aliás, gentalha que é gentalha pensa pouco ou quase nada. Mas, como fala muito, às vezes engana”. (Caio Fernando Abreu para a revista "AZ")

Espetáculo solo do ator Roberto Camargo, dirigido por Luís Artur Nunes, "Caio em Revista" põe em cena textos inéditos de Caio Fernando Abreu. Engraçadíssimos, com altas doses de ironia e sarcasmo, as crônicas publicadas em revistas, como a "Around", depois "AZ", sucessos editoriais de Joyce Pascowitch, fazem um retrato dos anos 80, com as suas questões sexuais, sociais e de mudança de comportamento. Dias 11, 18 e 25 de maio, sábados, às 17h00, no Teatro Viradalata.

As vidas de Roberto Camargo, Luís Artur Nunes e Caio Fernando Abreu se cruzaram definitivamente em Paris, no início dos anos 90, e os encontros se repetiram até a morte precoce do escritor em 1996, aos 47 anos. "A Maldição do Vale Negro", texto de Luíz Artur Nunes, em colaboração com Caio Fernando Abreu, recebeu o Prêmio Molière de melhor autor em 1988.  

A ideia do espetáculo "Caio em Revista" surgiu em uma homenagem para o escritor, quando Roberto Camargo, um dos fundadores da "Terça Insana", em meio aos textos mais densos e conhecidos de Caio trouxe “Bolero”, uma crônica escrita para a revista "AZ", editada por Joyce Pascowitch, que comandou uma revolução editorial nos anos 80, trazendo personagens e a efervescente cena cultural de São Paulo para as suas páginas e capas. Ao lado de Caio, trabalhavam para as suas publicações a fotógrafa Vania Toledo, o jornalista Antonio Bivar e o artista Guto Lacaz, que assinava a direção de arte e que agora, em "Caio em Revista" irá assinar o cenário e toda a parte gráfica.

Os textos que compõem o roteiro abordam a relação de Caio com a cidade de São Paulo, suas memórias da infância e da juventude, sua visão crítica da sociedade e dos tipos urbanos que a compõem, como o bar Ritz, a novela "Vale Tudo", a boite Madame Satã e as músicas de Rita Lee, Madonna e Chet Baker. Tudo isso temperado com a ironia fina e o humor cáustico e requintado que caracterizaram a vida e a obra do escritor, uma pessoa à frente do seu tempo, ligado em questões que só muito mais tarde viriam a ser discutidas.


“Sexo hoje em dia, para mim, é uma palavra envolta em brumas ainda mais densas do que as de Avalon. Um assunto pré-histórico, algo que as pessoas costumavam fazer umas com as outras antes que isso fosse considerado fatal.”
(Caio Fernando Abreu)


Em cena, Roberto será porta voz de Caio nos textos mais pessoais, falando em primeira pessoa sem qualquer tentativa de reproduzir as características físicas e vocais de Caio. Uma outra voz abarca dois heterônimos criados por Caio:  as colunistas Nadja de Lemos e Terezinha O’Connor, figuras femininas (dentro de uma estética “camp”, é claro), que fazem uma crônica dos tipos humanos e comportamentos da fauna urbana da São Paulo (ou de qualquer megalópole) dos anos 80, revelando uma percepção aguda a apontar um dedo (de longa unha vermelho-ciclâmen) para as idiossincrasias da sociedade alternativa da época.


“Naja é aquela pessoa que faz ou diz maldades com classe, elegância, charme, inteligência, sabedoria e humor. Uma najice dói feito ácido porque é verdadeiríssima.” (Caio Fernando Abreu)

Em "Caio em Revista" teremos um Caio Fernando Abreu um tanto diverso daquele intérprete das angústias e do mal-estar no mundo de sua geração. Roberto Camargo vestirá a roupa de um Caio memorialista e poético, de um Caio humorista e cronista, de um Caio cheio de graça e de luz.


Ficha técnica
Monólogo "Caio em Revista"
Textos: Caio Fernando Abreu
Roteiro e Atuação: Roberto Camargo
Direção: Luís Artur Nunes
Assistência de direção: Patrícia Vilela
Projeto gráfico: Guto Lacaz
Iluminação: Claudia de Bem
Figurino: Mareu Nitschke
Trilha Sonora: Roberto Camargo e Luís Artur Nunes
Edição de Trilha Sonora: André Omote
Direção de Produção: COLAATORES e Splendore Produções Produtor de Parcerias
Gênero: comédia
Indicação etária: 14 anos
Duração: 60 minutos

Serviço
Monólogo "Caio em Revista"
Temporada: dias 11, 18 e 25 de maio, sábados, às 17h00
Ingressos: R$ 80,00 | R$ 40,00
Bilheteria abre duas horas antes do espetáculo
Link para compra on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/92820/d/250020
Teatro Viradalata | 240 lugares
Rua Apinajés, 1387 – Sumaré/São Paulo
Teatro com acessibilidade

.: "O Vazio na Mala" guarda os segredos da 2ᵃ Guerra Mundial no Teatro Sesi-SP


Criado a partir da história de uma família sobrevivente do Holocausto, o espetáculo segue em cartaz no Teatro Sesi-SP até dia a 30 de junho. Foto: João Caldas

Entre ficção e realidade, o espetáculo "O Vazio na Mala" guarda os segredos  de uma família sobrevivente da Segunda Guerra Mundial. Criado a partir da história de uma família sobrevivente do Holocausto, o espetáculo segue em cartaz no Teatro Sesi-SP até dia a 30 de junho. Idealizado pela atriz Dinah Feldman, que também atua, tem texto de Nanna de Castro e direção de Kiko Marques. Com Emílio de Mello, Fábio Herdford e Noemi Marinho.

A partir de fatos verídicos mesclados a uma trama ficcionada, a história de uma família  sobrevivente do Holocausto - que imigrou da Alemanha para a China e em seguida fugiu da ocupação japonesa em Shangai, em 1941, vindo para o Brasil - é recuperada em "O Vazio na Mala". Inspirada e provocada pelo drama da perseguição nazista, a dramaturgia inédita cria uma ficção, atual, que desdobra inúmeros temas a partir do trauma familiar: as relações que se estabelecem pelo silêncio na família e na sociedade; e, também, como o afeto regenera feridas e aparece de maneiras inusitadas.

Em "O Vazio na Mala", o silêncio é um dos personagens principais, guardado e vigiado dentro de uma mala. Esta mala antiga, um objeto aparentemente sem importância, foi testemunha dos horrores que tentam esconder dentro dela. E nessa busca pelo vazio, que ali jaz, é que a história se revela. Concepção e idealização de Dinah Feldman, texto de Nanna de Castro e direção de Kiko Marques. No elenco, Noemi Marinho, Emílio de Mello, Fabio Herford e Dinah Feldman. Compõem a equipe Gregory Slivar (trilha sonora), Márcio Medina (cenário), João Pimenta (figurinos), Louise Helène (visagismo) Wagner Pinto (luz), André Grynwask (videomapping) e Marcela Horta (direção de produção). A temporada conta com interpretação em Libras e sessões com audiodescrição aos sábados e domingos.


Idealização e texto
A atriz Dinah Feldman idealizou o espetáculo ao tomar conhecimento, por meio do depoimento em vídeo do primo William Jedwab, dos fatos ocorridos com pais e avós dele. De valor narrativo, os dados fornecidos na gravação e uma mala de couro surrada vinda da Segunda Guerra (contendo documentos em alemão e chinês), trazida pelos parentes, contam a trajetória e o drama dos Jedwab. Hoje são documentos preservados e guardados no Museu Judaico de São Paulo.

À saga da família, junta-se a ficção em torno da curiosidade sobre o conteúdo de uma velha mala de couro. A ideia de montar a peça nasceu paralelamente ao trabalho de Dinah no núcleo Educação e Participação do Museu Judaico de São Paulo, quando conviveu por um ano com a mala, exposta no local depois de doada pelo primo. Nas visitas guiadas, a atriz contava a história do objeto. “Falando da mala, fui desenvolvendo o projeto do espetáculo”, diz, informando que ela e o primo logo escolheram Nanna de Castro para escrever o texto.

Em "O Vazio na Mala", Samuel (Emílio de Mello), renomado jornalista de guerra, retorna ao Brasil em 2005 para vender o apartamento dos pais, fechado desde a morte deles, há mais de cinco anos. Porém, ao mergulhar nas memórias familiares, ele se depara com conflitos e segredos. A avó, Esther (Noemi Marinho), guarda numa mala fechada os relatos e documentos da fuga da Alemanha nazista. Em meio a revelações sobre o passado violento de seu pai, Franz (Fabio Herford), a cuidadora Ruth (Dinah Feldman) surge como elo de afeto e uma força propulsora do encontro entre Samuel e Esther e das transformações necessárias a cada um. Baseada em eventos reais, "O Vazio na Mala" explora temas universais como família, ciclos e a busca por significado.


Sobre a montagem – por Kiko Marques
A encenação de Kiko Marques é centrada nas atuações, no poder das palavras, na qualidade ao mesmo tempo particular e pública daquilo que está sendo contado e também na comunhão desses fatores com o cenário, figurinos, luz, som e projeções.  “Contamos uma história criada a partir de um fato real, e que trazemos ao espectador na forma de uma visita aos protagonistas dessa história, um encontro com suas vidas particulares e seus dramas mais íntimos”.  Kiko pretende levar o espectador a ser testemunha e cúmplice dessas vidas e suas trajetórias. “Pra isso os apresentamos à intimidade das personagens, às suas casas, aos quartos de sua infância, seus hábitos, suas roupas”. Ao mesmo tempo, a proposta é centrada na perspectiva ampla dessa história que nasce no holocausto, da fuga de uma mulher judia à perseguição nazista durante a Segunda Guerra Mundial, história de uma sobrevivente ao projeto nazista de extermínio em massa de seres humanos. 


“Em cena temos as casas de Esther e Franz, mãe sobrevivente e filho já morto, que aparece na forma de espectro/memória; Sami, neto de Esther e filho de Franz, que chega para visitar ao mesmo tempo a avó e suas memórias de infância; e uma mala fechada onde Esther pretendeu aprisionar sua história, como sua memória que se esvai. Também temos um céu de malas por sobre nosso mundo e nossa mala particular. Um céu de histórias iguais a dela. Temos as duas casas, espelhadas, onde a ação acontece, e que se separam à medida que as memórias se encarnam e o vazio se instaura; temos a segunda guerra e a perseguição que são projetadas nas paredes dessas casas, como balas e bombas a corroer não mais a matéria presente, mas a perspectiva do futuro.”

 
Sobre o texto de Nanna de Castro
Nanna de Castro foi uma das pessoas entrevistadas por Dinah e William quando selecionavam quem escreveria o texto. Da história ouvida por ela, o ponto considerado marcante da trama, “o que tocou minha alma” - foi a relação entre pai e filho. De forma intuitiva e emocional, a autora logo imaginou o resgate dessa relação danificada. “Propus o caminho e William topou”, conta, lembrando do frio na barriga ao imaginar “andar pela história de uma família, pelos meandros afetivos das relações”.

Para escrever o texto, Nanna baseou-se também em entrevistas que fez com pessoas da família de William – a irmã, os amigos do pai, uma tia. “Aprofundei-me em pesquisas no Museu Judaico, estudei histórias similares e li alguns livros, entre eles 'A Garota Alemã', de Armando Lucas Correa; 'Maus, a História de um Sobrevivente', de Art Spiegelman, e 'Ten Green Bottles', de Vivian Kaplan”, conta, observando que a peça tem um lugar quase de uma constelação familiar. “De alguma forma, o teatro tem o poder de revistar a ligação de pai e filho e trazer para um lugar mais saudável”, finaliza.
 

Sobre a cenografia de Marcio Medina
A velha mala de couro – com os segredos e as memórias de uma história de vida - foi o objeto que inspirou e norteou a cenografia de Marcio Medina. Para reproduzir o passado de duas gerações - o quarto de Esther (Noemi Marinho) e do seu filho Franz (Fábio Herford) – o cenógrafo concebeu dois quadrantes espelhados com objetos e mobiliário. O fundo do palco abriga um grande telão de papel - como uma antiga carta -, emoldurado com palavras e fragmentos de frases em hebraico, chinês etc.

Medina explica que as peças retratam o que resta de memória no cérebro e alma de Esther e servem de superfície para inúmeras projeções de lembranças e fatos passados. “Os quadrantes pouco a pouco deslizam para as coxias, deixando o palco nu, deserto. Como o apagamento da mente, fica o nada absoluto. Várias malas ocupam todo o espaço aéreo do palco. Iluminadas, revelam em seu conteúdo imagens de vários grupos perseguidos pelos nazistas na segunda guerra”, explica. “Uma mala pode transportar uma história de sobrevivência, resguardada e reduzida por um apagamento de memória da personagem Esther, de 92 anos. São histórias, objetos e documentos consumidos pela luta e manutenção de uma família”, finaliza Marcio.

 
Sobre o figurino de João Pimenta
O figurinista João Pimenta inverteu seu processo de trabalho na construção do figurino dos personagens. Depois de receber o briefing do diretor Kiko Marques, solicitando “uma roupa casual, do cotidiano”, o criativo logo partiu para a criação das peças. Pelo que absorveu, começou a desenvolver as roupas antes mesmo de ter o texto finalizado e de saber o perfil, as características dos personagens - quem era essa família - mãe, pai,  cuidadora e filho. “Minha proposta com o Kiko foi fazer este caminho inverso - criar o figurino e depois encaixá-lo na necessidade do espetáculo. A gente costuma dizer que na moda a roupa é a segunda pele e que no figurino ela é a primeira pele, a casca do personagem”. Pimenta considera positivo o processo pois permite que o elenco ensaie com as roupas desde o começo e não em uma etapa mais adiante. “Assim, o ator já pode sentir o personagem. E a ideia agora é ir ajustando até finalizar”.

Uma única cor foi concebida para todas as peças - o cinza e suas várias tonalidades. No design, a proposta de mesclar referências de várias não define tempo nenhum. Todas as roupas foram confeccionadas em tecido de alfaiataria, como risca de giz, lã fria, cinza mescla. Para dar a ideia de uma roupa com história, o figurino passou por um tratamento de envelhecimento, menos na roupa do filho. Um vestido em tecido de gola fechada transmite a austeridade demandada pela personagem Esther. Desgastado, o figurino do pai – “uma roupa de ficar em casa” – é formado por camiseta regata, roupão e chinelo. Já o da cuidadora, em tom mais claro, tem fluidez e passa o conceito de um anjo. Camisa e calça social, o do filho jornalista é mais elegante e atual.

 
Sobre a trilha sonora de Gregory Slivar
O universo da música judaica e suas variadas matizes são o foco da pesquisa de Gregory Slivar, autor da trilha sonora. “Com a ajuda de Dinah Feldman, entrevistamos pessoas ligadas à música deste contexto cultural, como músicos de Klezmer, cantores e pesquisadores, bem como também assistimos reuniões em sinagogas. Para além dessas pesquisas, ainda estou experimentando como me apropriar deste material a fim de poder colaborar com a história da peça”, conta Gregory. Uma vez imerso neste universo, Greg pretende usá-lo como inspiração para suas composições. “As músicas irão aparecer como traços de memória e ligações entre os recortes de espaço e tempo da peça”.  Slivar explica que as vozes serão um elemento sonoro de lembrança e, remetendo aos conjuntos tradicionais, uma base instrumental será usada para realizar a costura das cenas. “Penso na trilha como este caminho entre o subjetivo destas personagens, suas buscas de um lugar de pertencimento, a fuga dos traumas e seus ritos de cura”.

 
Serviço
Espetáculo "O Vazio na Mala"
Culturas em Movimento – coletivo artístico e produção cultural
Drama, adulto, 90 minutos. Recomendado para maiores de 14 anos
Centro Cultural Fiesp. Teatro do Sesi - São Paulo. Av Paulista, 1313
Dramaturgia: Nanna de Castro. Direção: Kiko Marques. Elenco: Dinah Feldman, Fábio Herford, Emílio de Mello e Noemi Marinho
Temporada - De quinta a sábado, às 20h00. Domingo, às 19h00
Até dia 30 de junho, de quinta a sábado, às 20h00, e domingo, às 19h00
Libras e audiodescrição: sábados e domingos
Debates: um domingo por mês
Gratuito, tem que fazer agendamento pelo site do Sesi
 
Oficina: “Ler Dramaturgia” - com Silvia Gomez
Dias 06, 13, 20 e 27 de maio, das 19h30 às 21h30
Sobre a oficina - Ler para escrever. Escrever como modo de ler. Partindo da inspiração de que “a invenção literária é, na verdade, um trabalho da memória”, como afirmou o escritor Jorge Luis Borges, esta jornada de encontros é dedicada a quem se interessa em aprofundar o olhar para a leitura de peças teatrais e suas especificidades: estrutura, imagens, repetições, oposições, tensão e interesse.

.: Espetáculo "M4NO": todas as segundas de maio no Teatro Pequeno Ato


O espetáculo "M4NO" conta a história de Luís Felipe, alguém que faz escolhas guiadas pela angústia de não se sentir completo. Desesperado pela apatia dos dias e das pessoas comuns, ele considera a felicidade como algo inalcançável. A segunda temporada do espetáculo segue até 27 de maio, todas as segundas-feiras, às 21h00, no Teatro Pequeno Ato. O bar do teatro abre 30 minutos antes. 

Em distintas janelas de tempo, a perturbação de Luís Felipe é narrada num jogo que experimenta todas as tensões entre o que é real e o que é ficção. De forma despretensiosa, a peça fala de masculinidade, de privilégios e dos erros cometidos na busca de resolver o tédio com sexo. Os narradores desenrolam a história de Luís Felipe, que mesmo com o passar dos anos não consegue se livrar da persistente sensação de vazio.

Ficha técnica
Espetáculo "M4NO". Direção e dramaturgia: Gabriela Lemos | Elenco: Haroldo Miklos, Natália Coutinho, Rafael Americo, Thomas Marcondes | Participação especial: Marilia Curtolo | Coreografia e movimento: Marilia Curtolo | Figurino: Gi Marcondes | Produção técnica: Quinhoss | Iluminação: Dida Genofre | Trilha Sonora: Haroldo Miklos e Rafael Americo | Design Gráfico: Haroldo Miklos | Social Mídia: Rafael Americo | Fotos: Haroldo Miklos | Assistente de Produção: Ricardo Granado | Produção: Gabriela Lemos e Thomas Marcondes


Serviço
Espetáculo "M4NO". 
Segundas-feiras, às 21h00, até dia 27 de maio.
Teatro Pequeno Ato.
R. Teodoro Baima, 78 - Vila Buarque/São Paulo.
Ingressos: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia-entrada) via Sympla.
Lotação: 40 lugares.
Classificação: 16 anos.
Duração: 60 minutos.

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