sábado, 24 de maio de 2025

.: "Ela me achou antipático", diz Roberto de Carvalho, no "Provoca", sobre Rita Lee


Além da parceria com Rita, Roberto também é um dos instrumentistas e compositores mais respeitados e bem-sucedidos do Brasil. Foto: Ana Paula Santos

Na próxima terça-feira, dia 27 de maio, Marcelo Tas recebe Roberto de Carvalho no "Provoca". Na entrevista inédita, o multi-instrumentista e compositor, parceiro de Rita Lee na música e na vida por quase 50 anos, conta sua versão do primeiro encontro com a Rainha do Rock, fala do novo documentário sobre a vida de Rita e comenta sobre sua formação musical. O programa vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura.

“Ela me achou antipático, (...) mais especificamente blasé” - é assim que Roberto de Carvalho descreve o que ouviu dizer sobre a primeira impressão de Rita Lee a seu respeito. O encontro aconteceu num show da banda de Ney Matogrosso, em 1976, da qual Roberto fazia parte. Os dois ainda se esbarraram no Festival de Saquarema, no mesmo ano, antes do próprio Ney entrar em ação como cupido do casal.

Eles se conhecerem de vez num jantar na casa de Rita, para o qual Ney foi convidado. A cantora pediu que ele "levasse um músico" - e Ney entendeu a deixa. Roberto conta: “Eu me sentei, ela sentou do meu lado, e eu estava com uma meia de lurex, que é um material brilhante. A meia apareceu, e ela disse: ‘Nossa, que meia legal!’. Aí eu falei: ‘Gostou? Então é sua!’. Tirei a meia, dei para ela e falei: ‘pode usar, que eu não tenho chulé’. (...) Dali, iniciou-se uma dialética interminável, que durou 48 anos. Uma dialética em todos os níveis: nível conversacional, no nível de troca de ideias, de música, de amor, de sexo, de filhos, enfim, tudo era muito intenso. Mas começou ali”.

Sobre o documentário "Rita Lee: mania de Você", recém-lançado na plataforma de streaming Max, Roberto comenta: “Eu assisti duas vezes. (...) [a primeira] eu estava em Londres, e o Guito – que foi o diretor do documentário – me mandou para assistir. Eu estava lá, assim, tentando oxigenar as ideias. Foi a primeira viagem que eu estava fazendo depois que aconteceu tudo. E aí veio aquela pedrada. Eu assisti no IPhone, eu estava na casa de um amigo meu, no andar de baixo. E eu comecei a chorar, chorar, chorar. Aí eu subi a escada, e quando ele me viu [perguntou]: ‘Roberto, o que está acontecendo!?’... Aquilo me pegou de um jeito...”.

Além da parceria com Rita, Roberto também é um dos instrumentistas e compositores mais respeitados e bem-sucedidos do Brasil. A relação com a música começou logo cedo, aos três anos de idade, muito por conta da influência da mãe e da avó, que tocavam piano. Roberto logo descobriu um talento muito específico, mas que vinha a certo custo: “eu tinha muita dificuldade para ler partitura, e ao mesmo tempo eu tinha bom ouvido”. Tas lembra que Roberto tem o chamado “ouvido absoluto”, que o músico explica: “você tem um computador interior que te dá a nota”.

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