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terça-feira, 26 de setembro de 2023

.: Crítica: "Elis e Tom - Só Tinha de Ser com Você" tem muitos méritos


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Dois bicudos não se beijam, mas podem produzir algo que vá além da posteridade. É isso, y otras cositas más, que mostra o documentário "Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você", um filme que tem muitos méritos, a começar por levar música boa para a sétima arte, e está em cartaz no Cineflix Cinemas. Improvável até de se ver porque nem o álbum sairia pelo caráter antagônico de dois artistas, o filme ganha a direção sensível de Jom Tob Azulay e Roberto de Oliveira, que também assina o roteiro com Nelson Motta.

Ela, intensa e visceral. Ele, contido e econômico nas notas: eram água e óleo, mas estranhamente complementares. É dessa mistura que surge uma obra-prima da música brasileira: o álbum "Elis & Tom". Ao longo de quase 50 anos, era tanto burburinho em torno dos bastidores desse disco que pensei que fosse mais - o que não chega a ser uma decepção: é briga de gente culta. No máximo, uma "alfinetadinha" aqui, outro "piti" acolá. Nada que tire a integridade dos envolvidos e, principalmente, nem de longe comparável àquelas tretas homéricas com cheiro de farsa dos realites de hoje, quando é nítida a percepção de que as pessoas perderam a classe.

Há um pouco do machismo da época na insubmissão de um homem perante uma mulher que não aceita que o projeto seja dela. Mas também há o fazer artesanal de música. Impossível pensar, hoje, em projetos que sejam elaborados durante tanto tempo. Também não é fácil pensar em um documentário sobre algo relevante na música que esteja sendo produzido agora. 

Há depoimentos contundentes, como o de João Marcelo Bôscoli que, embora uma criança, participou de alguma maneira do projeto e está lá para contar esta história. "Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você" também tem o mérito de apresentar Elis Regina e Tom Jobim para os mais novinhos. E é sempre bom torcer para que um álbum desta magnitude esteja na crista da onda. Mais impressionante ainda é pensar que esse trabalho quase não saiu do projeto por causa de divergências pessoais e artísticas. Ambos começaram o trabalho sem se gostar mas, no mínimo, saíram desse disco se admirando. Eram personalidades em CAIXA ALTA.

Compre o álbum "Elis & Tom" neste link.

O Resenhando.com é parceiro da rede 
Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"Elis & Tom, Só Tinha De Ser Com Você" ("nacional") Ingressos on-line neste link
Gênero: documentário, musical. Classificação: livre. Duração: 1h40. Ano: 2023. Idioma: português. 
Distribuidora: O2 Play. Direção: Roberto de Oliveira, Jom Tob AzulayRoteiro: Roberto de Oliveira, Nelson Motta. Elenco: Elis Regina, Tom Jobim. Sinopse: Documentário dirigido por Roberto de Oliveira e Jom Tob Azulay que conta com imagens da gravação do antológico álbum que juntou a cantora Elis Regina com Antonio Carlos Jobim (popularmente conhecido como Tom Jobim). Gravado pelo produtor Roberto de Oliveira durante os registros, em Los Angeles, nos Estados Unidos, do álbum lançado em 1974, o filme apresenta uma série de materiais de bastidores inéditos, que permaneceram guardados desde então, e que mostram todos os altos e baixos por trás da produção do álbum - que por muito pouco não foi interrompida

Sala 1
21/9/2023 - Quinta-feira: 18h10
22/9/2023 - Sexta-feira: 18h10
23/9/2023 - Sábado: 18h10
24/9/2023 - Domingo: 18h10
25/9/2023 - Segunda-feira: 18h10
26/9/2023 - Terça-feira: 18h10
27/9/2023 - Quarta-feira: 18h10

"Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você" - Trailer


terça-feira, 11 de julho de 2023

.: "Indiana Jones e a Relíquia do Destino": motivos para assistir nos cinemas

Estrelado por Harrison Ford, o último filme de uma das franquias mais aclamadas pelo público chega ao fim


É hora do adeus! O último filme da franquia estrelada por Harrison Ford, "Indiana Jones e a Relíquia do Destino", está em cartaz nos cinemas e promete emocionar o público com sua despedida. Acompanhado de um elenco de peso e novos personagens, Ford retorna ao icônico papel pela última vez, trazendo elementos surpreendentes que enriquecem a história de um dos protagonistas mais emblemáticos do cinema.

Amada por todas as idades, a franquia conquistou uma legião de fãs desde o seu lançamento. Para aqueles que ainda não assistiram ao novo filme, selecionamos alguns motivos para correr ao cinema e prestigiar Ford e seu emblemático Indiana Jones. Confira!


O adeus de Harrison Ford


Com 80 anos, Harrison Ford retorna à franquia Indiana Jones, que projetou o ator como um dos principais nomes da indústria do audiovisual. O primeiro filme, "Indiana Jones: Os Caçadores da Arca Perdida" (1981), teve um sucesso estrondoso, garantindo o lançamento de mais quatro produções do personagem: "Indiana Jones e o Templo da Perdição" (1984), "Indiana Jones e a Última Cruzada" (1989), "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" (2008) e, agora, "Indiana Jones e a Relíquia do Destino" (2023).

O filme, que acaba de chegar aos cinemas, é o último de Ford na franquia. Durante o Festival de Cannes, o ator foi contemplado de surpresa com uma Palma de Ouro®, prêmio de maior prestígio do festival, por seu papel como Indiana.


O talento de Phoebe Waller-Bridge



Se Harrison Ford é estrela da produção, Phoebe Waller-Bridge também não fica tão atrás. A estrela de Fleabag interpreta Helena Shaw, afilhada de Indy, com quem não tem contato a mais de 10 anos. Ela chega fazendo com que o padrinho saia da zona de conforto, e sua ganância acaba colocando os dois em sérios problemas.


Um filme para todas as idades


Favorito dos anos 1980, a franquia Indiana Jones conquistou uma legião de fãs. Alguns deles, jovens na época do primeiro filme, acabam passando sua paixão para seus filhos, fazendo com que a franquia passe de geração em geração.

Para os mais jovens que não conhecem a franquia, é possível apreciar em Indiana Jones e a Relíquia do Destino uma bela homenagem ao ator Harrison Ford, maior fã do personagem, e que há mais de 40 anos, faz questão de interpretar. O filme, que é a despedida do ator ao senhor Jones, é mais do que uma mais uma aventura, e sim, a última.


Franquia premiada

Logo em sua estreia, com "Indiana Jones e Os Caçadores Da Arca Perdida" (1981), a franquia já garantiu diversos prêmios. Dirigido por Steven Spielberg, o primeiro filme foi indicado em nove categorias do Oscar® em 1982, garantindo quatro estatuetas: Melhor Edição de Som, Melhor Som, Melhores Efeitos Visuais e Melhor Direção de Arte

Em 1985, o segundo filme "Indiana Jones e o Templo da Perdição" (1984) também foi indicado ao Oscar®, e levou o prêmio de Melhores Efeitos Visuais. Já em 1990, "Indiana Jones e a Última Cruzada" (1989) garantiu a estatueta de Melhores Efeitos Sonoros.

Além disso, a franquia também já ganhou diversos prêmios como BAFTA®, Saturn Awards®, Grammy®, entre muitos outros, ao longo desses 40 anos.


Uma produção e direção de peso

Pela primeira vez na história da franquia, Steven Spielberg e George Lucas não estão a frente do projeto. O diretor James Mangold (Ford vs Ferrari, Logan) ficou responsável pelo novo longa da Lucasfilm, e escreveu, junto de Jez Butterworth & John-Henry Butterworth e David Koepp e James Mangold o roteiro do filme. Indiana Jones e a Relíquia do Destino é produzido por Kathleen Kennedy, Frank Marshall e Simon Emanuel, com Steven Spielberg e George Lucas atuando como produtores executivos. John Williams, que compôs a partitura de todas as aventuras de Indy, é responsável pela trilha musical.


Um novo e conhecido vilão

E como não poderia faltar, o clássico vilão nazista também está presente em Indiana Jones e a Relíquia do Destino. O ator Mads Mikkelsen (Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore; Druk: Mais uma Rodada) ficou responsável por dar vida a Jürgen Voller, um oficial nazista que esteve envolvido no programa Apollo de 1969 como cientista de foguetes e matemático da NASA. 


A volta de Indiana Jones

Por último, mas menos importante, o enredo do último filme da franquia fala por si só. Ambientado no ano de 1969, e imerso no contexto da Corrida Espacial e da intensa Guerra Fria, nosso arqueólogo e aventureiro americano favorito está à beira da aposentadoria, brigando para se encaixar em um mundo que parece ter evoluído além dele. No entanto, quando um antigo rival ressurge, trazendo consigo a sombra de um mal conhecido, Indiana Jones é forçado a calçar seu icônico chapéu e empunhar seu fiel chicote, mais uma vez. Com habilidades afiadas, bravura incansável e um espírito indomável, ele enfrentará perigos mortais, desvendará mistérios milenares e superará obstáculos aparentemente intransponíveis em uma busca que desafiará seu próprio legado, mostrando ao mundo que sua chama aventureira nunca se apaga. "Indiana Jones e a Relíquia do Destino" está em cartaz nos cinemas de todo o país.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site acessando este link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Trailer oficial de "Indiana Jones e a Relíquia do Destino" 


Leia+

.: Crítica: "Indiana Jones e a Relíquia do Destino" é despedida emocionante

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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

.: Lista: cinco filmes para assistir por sua conta e risco. Fuja!

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em janeiro de 2023


Em 2022 tivemos muitas produções cinematográficas indispensáveis que estrearam nas telonas dos cinemas (Cineflix: lista dos dez melhores filmes que estrearam nos cinemas em 2022), enquanto que outras foram direto para o streaming, mesmo merecendo projeção nas grandes telas (Lista: três filmes que estrearam no streaming e mereciam a telona). No entanto, há os filmes que nos fizeram pensar e geraram profundo arrependimento pelo tempo e dinheiro perdido. Confira a lista dos filmes que o melhor a se fazer é fugir!


Moonfall: Ameaça Lunar

Imagine um filme descabido. "Moonfall: Ameaça Lunar", de Roland Emmerich, protagonizado por Patrick Wilson e Halle Berry tem o roteiro fraco de Roland Emmerich, Harald Kloser e Spenser Cohen. E como não sendo suficiente o desnorteio, chega ao ponto de fazer uma misturinha de outros filmes e, ao fim, não mostrar a que veio. Resumo: é uma bobajada de 2 horas que vira uma tortura com sensação de pelo menos 3 horas de duração. A ficção científica tem várias cenas de ação que, por vezes, derrubam todo o convencimento conquistado do público e transforma o filme numa total enganação. No início, "Moonfall: Ameaça Lunar" parece querer ser levado a sério e convence o público a embarcar na trama. Contudo, logo, a construção da atmosfera cai por terra. Sem dó! 


Chamas da Vingança

Lançado no primeiro semestre de 2022, o novo filme para o livro de Stephen King de 1980, intitulado "Firestarter", batizado no Brasil de "A Incendiária", com direção de Keith Thomas traz Ryan Kiera Armstrong (American Horror Story: Double Feature e "IT: Capítulo II") na pele da garotinha Charlie com poderes pirocinéticos ao lado dos pais interpretados por Zac Efron ("High School Musical" "Música, Amigos & Festa") e Sydney Lemmon ("Fear The Walking Dead"), além de efeitos visuais nem sempre satisfatórios, mesmo comparado ao longa de 1984 protagonizado pela atriz mirim do momento: Drew Barrymore.

Neste, a história da garotinha com poderes de incendiar com a mente, leva o público até a crer que o filme da categoria terror e suspense seja, na verdade, uma trama de ficção científica. Antes da metade até o fim, o longa chega a remeter ao clássico "A Experiência" (1995), mas com o diferencial de não ter conteúdo. Como escapar impune à revelação da menina, quando diz ter direcionado o fogo ao pai e ele simplesmente retribui com uma carinha de compreensivo?

Um Pequeno Grande Plano

O filme começa com a temática assustadora de filhos roubando os pais, mas que atenua a atitude errada uma vez que a ação é para um bem do planeta Terra: levar água para a África, no deserto do Saara. Apesar desse baque de conduta errônea, a produção dirigida por Louis Garrel consegue convencer quando apresenta o envolvimento de várias crianças num super projeto pelo bem de todos. 

É assim que conhecemos a família de protagonistas composta pelos pais Abel e Marianne e o filho de 13 anos, Joseph. Abel chega do trabalho e percebe que o patinete do filho não está onde habitualmente fica. Conversa vai, conversa vem e o menino revela ter tirado de casa diversas coisas, entre elas itens caríssimos como roupas de gripe da mãe e relógios de coleção do pai. Crítica ao consumismo desenfreado?! Sem dúvida! Por outro lado, nada justifica a audácia da criança em negociar o que não lhe pertence. Tudo cai por terra quando as crianças falam da prática sexual com os pais, tal qual fossem adultos. 

Lightyear

A história do personagem que inspirou o boneco que foi dado ao garotinho Andy e quase tirou o favoritismo do caubói Woody na franquia "Toy Story", é apresentada ao público. No início, em uma preguiçosa tela de fundo preto com letreiros, há o aviso de que iremos assistir ao filme que fez Andy querer o Buzz Lightyear. Em certos pontos, "Lightyear" até remete ao sucesso de bilheteria do momento, encabeçado por Tom Cruise, "Top Gun: Maverick". Principalmente por conta dos mocinhos assumirem os postos de pilotos destemidos e amam o que fazem, sendo ambos responsáveis por uma super missão, mas não há nada do carisma de Maverick em "Lightyear"

A vida do patrulheiro se resume a cumprir a missão de tirar todos do espaço. Contudo, enquanto teima na mesmice, o tempo passa, menos para ele, uma vez que faz viagens pelos anéis do tempo. De fato, "Lightyear" começa empolgando, mas a luz fica restrita ao nome do protagonista. O longa animado é bastante escuro, o que acaba proporcionando algumas cabeçadas para quem está com sono. 

De Volta ao Baile

A produção da Netflix estrelada por Rebel Wilson promete muito em trailer, mas entrega pouquíssimo. Não é que o longa seja voltado somente aos maiores de 30 anos e que viveram o auge de "Britney Spears" e "N´Sync", por exemplo. Ainda que tenham cortado qualquer menção a boy band "Backstreet Boys". Afinal, para a nova geração saber mais dessa época basta conversar com os pais, familiares ou simplesmente ter interesse no que aconteceu há 20 anos. Com a internet não é uma tarefa difícil!

A verdade é que em "De Volta ao Baile" falta liga, embora esteja no padrão das produções da Netflix. O trailer com o som de um sucesso da princesinha do pop, "Crazy", passa a ideia de uma volta aos anos 2000 e um combinado com os tempos atuais. Afinal, a protagonista acorda de um coma. História incrível, porém o ponto forte do longa se desgasta na atualidade e faz o filme, que começa muito bem, ir enfraquecendo no decorrer de 1h 51m. 


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


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.: Crítica: "Chamas da Vingança" é uma bomba retumbante

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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

.: Lista: três filmes que estrearam no streaming e mereciam a telona

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em janeiro de 2023


Em 2022 tivemos muitas produções cinematográficas incríveis, as quais já listamos aqui no Resenhando.com, inclusive (Cineflix: lista dos dez melhores filmes que estrearam nos cinemas em 2022). Contudo, três filmes eram merecedores de estamparem as telonas dos cinemas, mas estrearam diretamente no streaming e deixaram o gostinho de se pensar por vezes e vezes: "imagine ver essas cenas passando nas telas dos cinemas". Confira a lista e assista essas obras-primas! 


"Pinóquio por Guillermo Del Toro"

A mente mágica do diretor Del Toro, ao lado de Mark Gustafson, apresenta uma linda releitura para a história do menino desobediente que quando mente faz o nariz crescer. "Pinóquio por Guillermo Del Toro", produção da Netflix que soma 1h 57m, começa com uma história de pai e filho, migra para a magia, esbarra na história do menino que está aprendendo tudo e desobedece a Gepeto, chegando a ser escravizado, mas também, a animação com toques sombrios, explora temas como a opressão fascista. 

A fantasia musical, ambientada na Itália, narrada pelo escritor Sebastião O. Grilo (Ewan McGregor, que é mais uma vez um literato igual em "Moulin Rouge") começa com a perda de Gepeto durante a Grande Guerra. Sem motivo para viver, o pai entrega-se ao vício da bebida e escanteia o trabalho na marcenaria de lado. Até que percebe o sentido de que "quando uma vida se perde, outra deve crescer".

"Red: Crescer é Uma Fera"

"Red: Crescer é Uma Fera" (Turning Red) é a essência do que é amar uma boy band, no caso o quinteto do 4 Town, que, na animação, teve músicas próprias escritas por Billie Eilish e Finneas. Canções chicletes -típicas- sendo que as amigas entregam a Meilin uma cópia exclusiva em CD, do tipo caseira. Atitude tão comum para a época, detalhes como esse que tornam inevitável não se identificar com a protagonista e sua paixonite pela boy band do momento.

Ambientado em 2002, volta 20 anos na história da humanidade e leva o público para a Chinatown, lá está Ming Lee, ou melhor, Mei Mei, como é chamada pela mãe. Uma boa aluna, que se vê como independente, embora siga fielmente os ideais e preceitos da família. Mas tudo muda de lugar ao fazer 13 e as mudanças passam a ser evidentes. 

"Desencantada"

"Desencantada" (Disenchanted), volta com o conto de fadas real de Gisele (Amy Adams) e Robert (Patrick Dempsey), após quinze anos do longa "Encantada". Ao retratar o depois do "felizes para sempre", usa técnica similar do filme de 2007, mas com um toque moderno, sem o livro em pop-up. Em Andalasia, logo em desenho, Pippin resume a primeira história da princesa Gisele para o filhos esquilos -e para o público. Até que guarda o livro e pega um outro, a segunda parte do conto de fadas.

Assim, em Nova Iorque, após a passagem de tempo, a antiga moradora de Andalassia é mãe de uma linda bebezinha, tem o marido e a filhinha de Robert, Morgan (Gabriella Baldacchino), que agora é uma adolescente cheia de sarcasmo. Longe, Edward (James Marsden) e Nancy (Idina Menzel) são rei e rainha de Andalasia -com tempo para visitas no mundo real. "Desencantada", não é igual ao primeiro filme, mas é tão lindo quanto, além de abordar uma história sobre o poder da memória, as construídas entre Gisele e Morgan.


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* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

.: Cineflix: lista dos dez melhores filmes que estrearam nos cinemas em 2022

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em dezembro de 2022


2022 foi marcado como o ano do regresso definitivo do público aos cinemas. E a turma da poltrona com balde de pipoca e refrigerante foi presenteada com produções incríveis e de gêneros variados como "Trem-Bala", "O Telefone Preto", "O Menu", "O Acontecimento", "Bardo: falsa crônica de algumas verdades", "Avatar: O Caminho da Água", "Esperando Bojangles", "A Felicidade das Pequenas Coisas", "O Beco do Pesadelo", "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura", "Entre Rosas", "Tempos Super Modernos", "Adão Negro", "Ela Disse", "A Mulher Rei""Batman" além de marcantes produções brasileiras como "Eduardo e Mônica", "O Palestrante" e "O Amor Dá Voltas"

A emoção nos cinemas foi tanta que voltaram para as telonas o sucesso de bilheteria "Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa", em versão estendida, assim como o destaque de público que estreou em maio: "Top Gun: Maverick". A produção protagonizada por Tom Cruise conseguiu a proeza de se segurar em cartaz por semanas e, alguns meses depois, retornar para mais algumas semanas, coincidindo com o "Dia dos Pais". Nós do Resenhando.com, que assistimos aos filmes no Cineflix Cinemas em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping, elencamos aqui as 10 melhores produções cinematográficas que passaram nas telonas daqui. Confira! 

"Trem-Bala"

O crime não compensa, mas rende uma tremenda história recheada de ação e com um mistério a ser desvendado em partes, tal qual aquelas bonequinhas russas, as matrioskas. O longa dirigido por David Leitch, o mesmo de "Deadpool 2", "Trem-Bala" é um filme de ação com sequências eletrizantes de tirar o fôlego. Sem uniforme de látex e tentando não fazer uso de armas, o protagonista de Brad Pitt, chamado carinhosamente de Ladybug (Joaninha) faz e acontece nos vagões de um trem-bala que segue caminho com toda agilidade rumo a Kyoto. Por isso é o primeiro filme da lista do Resenhando.com!

"Elvis"

Cheio de pompa e estilo, a cinebiografia retrata a vida do ícone do rock que muitos juram não ter morrido. "Elvis"filme do diretor consagrado Baz Luhrmann ("Romeu e Julieta", "Moulin Rouge: O Amor em Vermelho" e "O Grande Gatsby"), apresenta edição ágil e com transições impecáveis, tendo pré-estreia no Dia Mundial do Rock. Em 2h39 não há uma nova história ou segredos expostos -como no recente "Spencer". Contudo, ainda que romanceado e com passagens floridas, "Elvis" trata-se de uma cinebiografia com uma trilha sonora muito bem usada para complementar falas e até pensamentos dos personagens. No entanto, o modo em que tudo é estampado na telona, consegue trazer um ar de novidade quando associado aos fatos que ocorrem em paralelo, atribuindo veracidade a toda narrativa. 

"O Telefone Preto"

No pódio, em terceiro, está "O Telefone Preto". Num visual retrô, leva o público para uma pequena cidade suburbana do Colorado em 1978 enquanto acontece uma partida de beisebol. Entre os adolescentes está o tímido e inteligente Finney Shaw (Mason Thames) que perde para o time oponente. O conto de Joe Hill, adaptado para as telonas, não é somente a história de meninos que foram sequestrados para a satisfação de um sádico. "O Telefone Preto" traz efeitos visuais que contribuem para que o público mergulhe no terror em que Finney é inserido quando capturado pelo sequestrador do carro preto, interpretado por Ethan Hawke ("Antes do Amanhecer", "Dia de Treinamento" e "O Homem do Norte"), ainda que a irmã, Gwen (Madeleine McGraw), tenha algumas informações privilegiadas -daquelas que a polícia esconde.

"Top Gun: Maverick"

O maior sucesso de bilheteria de 2022 é a sequência do clássico "Top Gun: Ases Indomáveis" que recebeu um novo subtítulo "Maverick". "Top Gun: Maverick" fez valer toda a expectativa criada durante o tempo de produção até a estreia nos cinemas, chegando com pegada de clássico. Seja nos minutos iniciais com os créditos da produção tendo imagens similares ao longa de 1986, ao som de "Danger Zone" ou por resgatar o melhor de seu protagonista: Pete "Maverick" Mitchell (Tom Cruise). Tudo regado a um romance pé no chão e muita ação nos ares em cenas de tirar o fôlego. O longa que é pura tensão em 2h 17m, para roer as unhas, é uma sequência de "Top Gun: Ases Indomáveis"Depois de mais de 30 anos, Maverick tira a famosa jaqueta do armário, acelera a moto e volta a pedido de Iceman (Val Kilmer). Embora contasse pilotar novamente com os melhores, acaba assumindo o posto de instrutor de alunos Top Gun e enfrenta os desafios da modernidade. 

"O Destino de Haffmann"

O drama histórico com pitadas de suspense, exibido durante o Festival Varilux de Cinema Francês, apresenta a história de um talentoso joalheiro quem dá o sobrenome ao filme que começa na Paris de 1941. Assim, o senhor Haffmann (Daniel Auteuil) depara-se com um aviso que irá mudar a vida dele e dos que estão a seu redor. Com a invasão dos alemães, por todo o país, a caça aos judeus é iniciada. Sem conhecer François Mercier (Gilles Lellouche), o novo funcionário do comerciante recebe a proposta de um acordo. Haffmann passa a casa e a joalheria para o nome do francês, além de permitir que ele e a esposa, Blanche (Sara Giraudeau), morem ali, enquanto o judeu e a família se refugiam na zona livre. Contudo, em "O Destino de Haffmann", o rumo da história não segue o planejado.

"Eduardo e Mônica"

"Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração?". É a pergunta que sempre circunda a tocante história de amor do filme "Eduardo e Mônica"o rapaz de 16 anos que está perto de prestar o vestibular com a estudante universitária de Medicina. O longa dirigido por René Sampaio  consegue emocionar o público por vezes e vezes, além de apresentar uma trilha sonora que faz cantar junto -e até dançar de modo contido na poltrona-, apresenta canções do "Legião Urbana", na voz de Renato Russo e até clássicas dos anos 80 e 90, como "Total Eclipse of the Heart". Sim! E que cena linda! Caso tenha conseguido segurar a emoção em algum momento do longa, quando Eduardo sobe ao palco e puxa o microfone para cantar o sucesso na voz da cantora Bonnie Tyler, fica impossível não se arrepiar e deixar escorrer algumas lágrimas que seja. 

"O Beco do Pesadelo"

A história perfeita e muito bem apresentada numa fotografia digna de Oscar, que saiu sem um prêmio do evento em 2022, tem um elenco de peso defendendo com unhas e dentes, personagens cheios de nuances que geram reviravoltas. A nova produção dirigida por Guillermo Del Toro, é um espetáculo completo, mesmo sendo ambientada num circo itinerante. O longa fisga o público com a grande jogada de trabalhar a narrativa, ou seja, apresenta pontos importantes da trama no início enquanto segue lançando provocações ao longo de 2h20min a respeito do rumo que a história irá tomar. É como um jogo bem elaborado em que cada situação, quando permite um novo passo a ser dado, fatalmente esbarra em um novo caos. Por outro lado, ao fim, percebe-se que tudo estava claro, ali, diante dos olhos do público, mas que nada percebeu.

"Batman"

"Batman", protagonizado por Robert Pattinson, com direção de Matt Reeves é uma tremenda surpresa. O filme do morcegão, apresenta um herói mais comedido numa história longa de quase 3h de duração que simplesmente contextualiza o enredo que conhecemos muito bem, mas foge o tempo todo da trama apelativa de heróis que logo começa com pancadaria ou explosões. Vale destacar também a cena pós-crédito, uma brincadeira debochada, para a Marvel e seus fãs. O novo longa do vigilante de Gotham City é de Pattinson que deixa espaço para que Zoë Kravitz faça seu show como Selina, a Mulher-Gato. Não há o que discutir, ambos entregam muito bem seus personagens. Ele em nada se assemelha ao Edward de "Crepúsculo" ou o jovem Cedrico da saga "Harry Potter", e Zoë Kravitz também é muito diferente da marcante Bonnie de "Big Little Lies". 

"Bardo: falsa crônica de algumas verdades" 

"Bardo, falsa crônica de algumas verdades", produção dirigida por Alejandro González Iñárritu, vencedor de quatro estatuetas do Oscar 2015 com "Birdman", incluindo na categoria de Melhor Filme, é pura poesia dedicada ao momento de despedida da vida. Em 2h39, a história pessoal e profissional Silverio, renomado jornalista e documentarista mexicano, é esmiuçada por quem está do outro lado da telona. Silverio, o latino-americano que viveu como norte-americanovolta para as origens e tenta lidar com uma crise existencial depois de ganhar um importante -e muito desejado- prêmio internacional -sequência que garante cenas de bastidores belíssimas. Aliás, "Bardo, falsa crônica de algumas verdades" também imprime poesia na impecável fotografia.

"Doutor Estranho no Multiverso da Loucura"

Em "Doutor Estranho no Multiverso da Loucura", assim como o título do longa dirigido por Sam Raimi sugere, o público é levado a encontrar o "Outro Outro Eu" do protagonista. Para tanto, logo nos primeiros minutos é apresentada a jovem America Chavez (Xochitl Gomez), garota com o dom sobrenatural de abrir portais em formato de estrelas, tendo grande facilidade em transitar pelos múltiplos universos. No entanto, ela, que é amiga de outro Doutor Estranho, topa com Stephen Strange conhecido do público no filme de 2016. Assim, aos poucos, sabe-se bem quem é America e, inclusive, quem está promovendo tal caçada para roubar o dom da moça: Wanda Maximoff, ou melhor, a própria Feiticeira Escarlate. Afinal, quem assistiu "WandaVision" logo entenderá o motivo da vingadora ter tamanha ânsia de viver em outro multiverso. 


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


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