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quarta-feira, 16 de julho de 2025

.: Espetáculo “Cachorro!” segue em cartaz na Cia. dos Atores


A montagem mergulha nas entranhas de um triângulo amoroso e se utiliza do melodrama para desvelar o ser humano e seus defeitos mais íntimos. Foto: Renato Mangolin


Inspirado no universo de Nelson Rodrigues, o espetáculo “Cachorro!”, de Jô Bilac, segue em cartaz na Sede da Cia dos Atores, todas as quartas-feiras do mês, às 20h00, até o dia 30 de julho. Com direção de Cesar Augusto, o elenco é composto por Caique Ordeno, Julia Raposo e Thiago Miyamoto, além da voz off de Drica Moraes. A montagem mergulha nas entranhas de um triângulo amoroso e se utiliza do melodrama para desvelar o ser humano e seus defeitos mais íntimos.

A temporada de “Cachorro!” faz parte da programação do Sede Viva, iniciativa que reúne espetáculos, leituras e festas, com curadoria do ator e diretor Cesar Augusto. O espetáculo foi desenvolvido por participantes do projeto Residentes da Sede ao longo do ano passado e abriu a temporada do projeto em março deste ano. O projeto Sede Viva foi contemplado pelo edital Pró-Carioca, programa de fomento à cultura carioca, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura.

O espetáculo narra a história do romance clandestino entre Almeidinha e Solange, que está tendo um caso com o melhor amigo de seu marido. Não estando ciente do triângulo amoroso em que está inserido, Apoprígio leva Almeidinha para almoçar todos os dias em sua casa, alimentando a paixão entre o rapaz e sua esposa. Enroscados nesse mafuá, os três personagens vivem à beira de um desfecho rodrigueano, do qual a única saída é a tragédia. Ai, não vai sobrar mais nada. Não tem choro, nem vela… Só silêncio.


Sede da Cia. dos Atores
Em atividade ininterrupta desde 2006, a Sede da Cia. dos Atores, localizada na Escadaria do Selarón, na Lapa, foi palco de inúmeros espetáculos e atividades culturais – residências, ensaios, mostras de dramaturgia contemporânea, festivais e oficinas – realizadas na Sala Bel Garcia e nas dependências do espaço. Sob a gestão da Cia dos Atores, renomado grupo teatral com 35 anos de existência, o espaço multicultural é um dos locais há mais tempo em atividade na área das artes cênicas na cidade.

A Sede já recebeu importantes festivais como TEMPO_FESTIVAL, Câmbio e Panorama, além de eventos como o Festival Trans Arte (2019) sobre transexualidade e identidade de gênero. A programação mantém acesso com entrada franca para moradores locais e o passe “trans-free” (ingressos gratuitos para pessoas transexuais). O espaço também promove festas, recitais e saraus. Durante o ano, são apresentados cerca de 50 espetáculos e circulam mais de 12 mil pessoas pelo espaço, entre público e alunos.


Ficha técnica
Espetáculo "Cachorro!"
Texto: Jô Bilac
Direção: Cesar Augusto
Elenco: Caique Ordeno, Julia Raposo e Thiago Miyamoto
Voz off: Drica Moraes
Assistente de direção: Camila Olivieri
Cenografia: Marcella Amorelli
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Trilha sonora original: André Poyart
Figurino: Marcelo Olinto e Julia Raposo
Preparação corporal: Milena Codeço
Produção: Caique Ordeno e Julia Raposo
Fotos divulgação: Luiza Coqueiro
Fotos de palco: Renato Mangolin
Assessoria de imprensa: Catharina Rocha e Paula Catunda
Social media e filmmaker: Camila Moyano
Projeto gráfico: Raquel Alvarenga
Operador de luz: Marcella Amorelli
Operador de som: Igor Borges
Costureira: Romilda Silvares Feio
Projeto Sede Viva


Serviço
Espetáculo “Cachorro!”
Local: Sede da Cia. dos Atores - Rua Manuel Carneiro, 12 – Escadaria Selarón, Lapa
Temporada: de 2 a 30 de julho de 2025
ias e horários: quartas-feiras de julho, às 20h00
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 55 minutos
Ingressos: R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 50,00 (inteira)
Vendas pela Sympla

terça-feira, 15 de julho de 2025

.: "O Nascimento do Vento" investiga a respiração como coreografia da vida


Espetáculo de Bruno Moreno será apresentado no Sesc Pinheiros, com trilha ao vivo executada por sexteto de sopros. Foto: Milton Zan

O espetáculo "O Nascimento do Vento", de Bruno Moreno, estreia no Sesc Pinheiros nesta terça-feira, dia 15 de julho, com apresentações no palco do Teatro Paulo Autran. A obra nasce da pesquisa iniciada no programa "Pivô Pesquisa 2024", partindo de um mergulho nas relações entre dança, morte e decomposição, atravessando referências que vão das "Danças Macabras" medievais ao Butô, passando pelo universo das práticas BDSM, que são deslocadas para criar um ambiente coreográfico que tensiona os limites entre vida e morte.

A cena se constrói a partir de uma cama a vácuo: dispositivo que imobiliza o corpo e evidencia unicamente o movimento da respiração. Nessa condição limítrofe entre imobilidade e presença o corpo se manifesta, enquanto uma nuvem de sinos o envolve. Ao mesmo tempo, um quarteto de sopros executa ao vivo uma versão reescrita da Sinfonia do Adeus, de Haydn, sob a direção musical de Felipe Botelho. A música acompanha o ritmo da respiração e vai se esvaindo ao longo da apresentação.

O trabalho explora a respiração como elemento central da coreografia e mostra um corpo em trânsito pelos tempos da vida, da morte e de um espaço intermediário onde essas dimensões se cruzam. O espetáculo combina movimento, imobilidade e som para criar uma atmosfera de suspensão e transformação, convidando o público a vivenciar esse estado de tensão e renovação.


Sobre Bruno Moreno
Nasceu em 1988, em São Paulo. Vive entre a capital paulista e Teresina/PI, onde é artista residente no CAMPO Arte Contemporânea. Performer e coreógrafo formado em Artes Cênicas pela USP, colabora desde 2014 com a plataforma Demolition Incorporada, de Marcelo Evelin, integrando obras como "Batucada", "Dança Doente", "A Invenção da Maldade" e "UIRAPURU", apresentadas em festivais nacionais e internacionais.


Ficha técnica 
Espetáculo "O Nascimento do Vento"
Concepção, coreografia e performance: Bruno Moreno
Arranjos e direção musical: Felipe Botelho
Quarteto de sopros: Beto Sporleder (clarone e sax soprano), Catherine Santana (oboé), Léo Muniz (clarinete) e Tahyná Oliveira (flauta)
Concepção e operação de luz: Luana Gouveia
Direção visual: Beatriz Id e Bruno Moreno
Figurino: Beatriz Id
Cenotécnica: Dinho Weidson e Tobias Barleta
Produção e direção técnica: Andrez Ghizze
Registro em vídeo: Igor Marotti
Registro fotográfico: Mayra Azzi
Residência de criação: Pivô Pesquisa
Realização: CAMPO Arte Contemporânea


Serviço
Espetáculo "O Nascimento do Vento"
De 15 a 17 de julho - terça a quinta-feira, às 20h00
Teatro Paulo Autran – Sesc Pinheiros
Classificação: 12 anos
Duração: 40 minutos
Preços: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 15,00 (credencial plena)
Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195   Estacionamento com manobrista: Terça a sexta, das 10h00 às 21h30; sábados das 10h00 às 21h00; domingos e feriados das 10h00 às 18h00.

.: Teatro-X revisita história do escritor Lima Barreto no Centro Cultural Olido


Com dramaturgia de Luís Alberto de Abreu e direção de Paulo Fabiano, espetáculo promove diálogo entre a vida do homenageado, momentos da escrita do romance ‘Triste Fim de Policarpo Quaresma’ e uma crítica à sociedade que marginalizou esse grande autor negro. Foto: Allan Bravos
 


Dono de uma literatura militante e engenhosa, Lima Barreto (1881-1922) não apenas ficou conhecido como um dos maiores nomes da nossa literatura, como viveu às margens dessa sociedade racista e desigual que tanto combateu em suas obras. E a genialidade desse grande autor negro é visitada pelo grupo Teatro-X em "Lima Barreto, Ao Terceiro Dia", com dramaturgia de Luís Alberto de Abreu e direção de Paulo Fabiano. O espetáculo estreia em curta temporada no Centro Cultural Olido, na Sala Sala Paissandú, de 18 de julho a 3 de agosto, com sessões gratuitas, às sextas e aos sábados, às 19h30, e aos domingos, às 18h00. 

A montagem trata do período em que o escritor e jornalista esteve em sua segunda internação no Hospício Dom Pedro II para tratar sua dependência de álcool e os problemas de saúde.  A peça é um mergulho poético e visceral nos pensamentos finais do autor. Na trama, aos 41 anos, durante o período em questão, Lima revive memórias de sua juventude e o processo de escrita de “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, que ele publicou como folhetim no Jornal do Commercio em 1911, e, mais tarde, em 1915, foi lançada em livro em uma edição bancada pelo próprio autor.

Entre delírios e a lucidez, ele fantasia encontros com os personagens que criou, como se eles próprios viessem cobrar, consolar ou confrontar seu criador. A peça ainda escancara as marcas de um Brasil racista, elitista e hipócrita que empurrou o autor à margem. A trama é narrada em três planos: o do presente, no qual vemos Lima internado compulsoriamente em 1919 por alcoolismo; o do passado, quando ele escreve sua obra-prima; e o da ficção, no qual se desenvolvem trechos da história de Policarpo e outros personagens do autor. 

A ideia é propor um diálogo urgente entre passado e presente, revelando o abismo entre o gênio literário de Lima e o grave abandono e a falta de reconhecimento que ele sofreu em vida. Além disso, em consonância com a luta antimanicomial, o trabalho denuncia as internações em hospícios como forma de controle social, processo que vitimou uma massa de pessoas pretas, incluindo o próprio escritor.


Sobre Lima Barreto
Filho de um tipógrafo e de uma professora negros, Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu em 1881, no Rio de Janeiro, e era apadrinhado por Visconde de Ouro Preto, senador do Império. Sua mãe morreu quando ele tinha apenas seis anos. 

Seus primeiros escritos começam cedo, em 1900, com registros de suas impressões sobre o Rio de Janeiro e da vida urbana em seu “Diário Íntimo”, publicado postumamente. Em 1905, começa a trabalhar na imprensa ao escrever reportagens publicadas no Correio da Manhã. Em 1907, torna-se secretário da revista Fon-Fon, que tinha grande circulação na época.

Em 1911, publicou em folhetim o romance “Triste Fim de Policarpo Quaresma” no Jornal do Commercio. E essa obra tão importante para a literatura brasileira só ganhou formato de livro em 1915, em uma edição bancada pelo próprio autor. 

Por ser um homem negro e por conta de sua literatura combativa e suas críticas aos costumes, às hipocrisias e às desigualdades sociais, foi excluído da crítica literária e teve suas obras praticamente ignoradas. Marginalizado e vítima do racismo, sofreu com a desvalorização de seu trabalho, alcoolismo e depressão, que resultaram em duas internações em manicômios. Morreu em 1922, aos 41 anos, por conta de um colapso cardíaco. 

Além de “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, Lima Barreto escreveu outras grandes pérolas da literatura brasileira, como “Recordações do escrivão Isaías Caminha” (1909), “Numa e a Ninfa” (1915), “Clara dos Anjos” (1922/1948 - póstumo) e “Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá” (1919), além de contos, crônicas, memórias e correspondências e peças de teatro. Compre os livros de Lima Barreto neste link.


Ficha técnica
Espetáculo "Lima Barreto, Ao Terceiro Dia"
Dramaturgo: Luis Alberto de Abreu
Direção: Paulo  Fabiano
Criação de luz:  Décio  Filho
Criação musical:  Ivan  Silva
Operação de luz: Flávia  Servidone
Criação de figurino: Paulo  de  Moraes  e  Claudia  Mitsue  Petroff
Cenografia: Paulo Fabiano   
Cenotécnica e adereços: Eduardo Mena e Emerson Fernandes   
Produção geral: Tamires  Santana e Andréia  Manczyk
Elenco: Alda   Machado, Cléo  de  Moraes, Estefane  Barros, Paulo Fabiano, Baraúna, Ulisses  Sakurai, Jon  Marquez, Marcelo Sousa, Sérgio  Fabi, Airton Reno, Paulo de  Moraes e Rodrigo Cristalino SUBS  Ricardo  Sequeira e Valmir Santana
Preparação vocal: Gleiziane  Pinheiro
Preparação corporal: Inês  Aranha
Criação audiovisual e fotografia: Alexandre  Mercki
Assessoria Tupi Guarani: Claudio Vera
Assessoria de imprensa: Pombo  Correio
Design gráfico: MANCZYK
Mídias  sociais: Jon Marquez
Entrevistados: Estefânia  Ventura, Eduardo  Silva, Luis  Alberto  de  Abreu e Rui Ricardo Dias
Agradecimentos: EMEI Regente Feijó: Andrea  Angelotti e Maria Bamonte ; Teatro Studio Heleny Guariba : Dulce  Muniz  e Roberto Sullivan


Serviço
Espetáculo "Lima Barreto, Ao Terceiro Dia"
Classificação: 16 anos
Duração: 120 minutos
Centro Cultural Olido - Sala Paissandú
Av. São João, 473 - Centro Histórico de São Paulo, São Paulo
Temporada: 18 de julho a 3 de agosto de 2025
Às sextas e aos sábados, às 19h30; e aos domingos, às 18h
Ingressos: Grátis (Reservas antecipadas Sympla - link: Lima Barreto ao Terceiro Dia em São Paulo - Sympla  ) Distribuição de ingressos a partir de 1h antes do inicio do espetaculo *espaço sujeito à lotação
Capacidade: 139 lugares
Acessibilidade:  acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida (SIM) // Domingo, 03 de Agosto terá intérprete de libras

.: "Estratagemas Desesperados" estreia dia 17 de julho no Sesc 24 de Maio


Personagens que desafiam arquétipos da mulher estão no espetáculo baseado em contos de horror das autoras ibero-americanas: Mariana Enriquez (Argentina), María Fernanda Ampuero (Equador) e Layla Martinez (Espanha), em dramaturgia original. Foto: Mayra Azzi


Quatro mulheres dentro de uma casa compartilham histórias que tensionam os limites entre o desejo e o horror. As personagens são inspiradas na obra das autoras contemporâneas Mariana Enriquez (Argentina), María Fernanda Ampuero (Equador) e Layla Martinez (Espanha). A direção é de Amanda Lyra e Juuar, que também assinam a dramaturgia.  O espetáculo tem sua temporada de estreia de 17 de julho a 10 de agosto, no Sesc 24 de maio. No elenco, além de Lyra, estão Carlota Joaquina, Monalisa Silva e Stella Rabello.

“Lemos e ouvimos histórias todos os dias de mulheres em situações de violência doméstica, mulheres que são abusadas, estupradas e assassinadas. Que mudança aconteceria no nosso imaginário se as histórias que ouvimos e contamos sobre violência não fossem apenas sobre a mulher que sofre e a mulher que morre, mas também sobre a mulher que responde à violência? A mulher que tem desejos violentos intrínsecos e viscerais?”, indaga a diretora Amanda Lyra ao explicar a perspectiva adotada pela peça.

Essas autoras exploram, por meio do horror, um olhar radical sobre o feminino e a violência de gênero, além de desafiar os arquétipos tradicionais da mulher em suas histórias. São personagens complexas, dúbias, que fogem dos padrões morais. Juuar, que também assina a direção da peça, elabora: “Ao revirar o material dessas autoras ficamos frente a frente com mulheres que agem e vão até as últimas consequências do desejo, o que nos coloca diante de um constante trânsito entre o assombro e a atração, o nojo e o tesão. Ao provocar em nós a habitação desses sentimentos aparentemente avessos, essas mulheres parecem nos libertar de qualquer julgamento moral e revelar, a partir de ações violentas e radicais, a possibilidade de debater e existir fora do campo de um desejo prescrito, aceito socialmente. Nesse sentido, o próprio gênero do horror nos apresenta a mesma questão ao abordar temas sociais que são constantemente evitados em debates públicos”.

A ideia da casa como cenário no espetáculo é contrapor o espaço doméstico - esse lugar historicamente destinado às mulheres, espaço familiar e de cuidado, normalmente associado à felicidade - às histórias terríveis que essas personagens contam. Na peça, é a casa que se assombra com essas histórias de amor, obsessão, delírio e vingança. A trilha sonora original (Azulllllll e Lello Bezerra), a cenografia (Valdy Lopes) e a iluminação (Sarah Salgado) são usadas para distorcer sua imagem convencional e, criando uma atmosfera assombrada, ajudam a transformar a casa em uma espécie de quinto personagem da peça. A equipe de criação conta, ainda, com Danielli Mendes (direção de movimento) e Diogo Costa (figurino). 

O texto foi construído em uma residência ao longo de sete semanas no CPT (Centro de Pesquisa Teatral do Sesc-SP) em julho e agosto de 2024, em uma iniciativa em parceria com o Festival Mirada. Na ocasião, além de ler e discutir várias obras de escritoras latino- americanas contemporâneas, as artistas se debruçaram sobre os gêneros cinematográficos do terror e do horror.


Sobre as autoras
 Mariana Enriquez (Buenos Aires, 1972) é conhecida por sua obra literária que explora temas de horror e violência. Seu estilo combina elementos do realismo com o sobrenatural, criando narrativas que revelam as tensões sociais e políticas da Argentina contemporânea. Ela é autora de vários livros de contos e romances, incluindo “As coisas que perdemos no fogo” e “Nossa parte da noite”. Seu trabalho tem sido reconhecido tanto em seu país natal quanto no exterior, e recebeu vários prêmios literários que destacam sua contribuição inovadora para a literatura contemporânea, como o Prêmio Herralde, o Prêmio da Crítica Argentina, entre outros. 

María Fernanda Ampuero (Equador, 1976) explora temas de violência, opressão e desigualdade em sua obra literária. Seu último livro, “Briga de Galos”, foi um dos dez livros do ano do The New York Times em Espanhol e já foi traduzido para vários idiomas. É uma das escritoras latinoamericanas mais importantes dos últimos anos, de acordo com a revista Gatopardo. “Briga de Galos” recebeu o prêmio Joaquín Gallegos Lara 2018 como melhor livro de contos do ano.  

Layla Martinez (Espanha, 1987) é escritora, cientista política e mestre em sexologia. Coordenou e ministrou oficinas de literatura, ciclos de cinema e palestras sobre a história das mulheres e dos movimentos sociais. “Cupim”, seu romance de estreia, lançado em 2021, tornou-se um fenômeno na Espanha, com direitos de publicação vendidos em mais de 15 países.


Ficha Técnica
Espetáculo "Estratagemas Desesperados"
Idealização: Amanda Lyra
Direção e dramaturgia: Amanda Lyra e Juuar
A partir dos textos: “Nada de Carne Sobre Nós” e “Onde Está Você Coração?”, de Mariana Enriquez; “Crias” de María Fernanda Ampuero; e trecho adaptado do romance “Cupim”, de Layla Martinez
Elenco: Amanda Lyra, Carlota Joaquina, Monalisa Silva e Stella Rabello
Direção musical e trilha sonora original: Azulllllll e Lello Bezerra
Direção de movimento: Danielli Mendes
Cenografia: Valdy Lopes
Figurino: Diogo Costa
Iluminação: Sarah Salgado
Assistente de direção e de produção: Vini Silveira
Assistente de cenografia: Cris Cortilio 
Produção de  cenografia: Marília Dourado
Cenotécnico: Pelé Leonarchick
Contrarregra: Cezar Renzi
Modelista: Edson Honda
Engenheiro e operador de som: Murilo Gil
Operação de luz: Pâmola Cidrack
Design gráfico: Estúdio M-CAU
Fotos: Mayra Azzi
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Coordenação geral e produção: Amanda Lyra | Troca produções
Direção de produção: Aura Cunha | Elephante Produções


Serviço
Espetáculo "Estratagemas Desesperados"
Dir. Amanda Lyra e Juuar
Temporada: 17 de julho a 10 de agosto de 2025
Quintas, às 19h00. Sextas, às 20h00. Sábados, às 17h00 e 20h00. Domingos, às 18h00.
*Sessões com interpretação em Libras nos dias 7, 8, 9 e 10 de agosto
Sesc 24 de Maio, Rua 24 de Maio, 109, São Paulo – 350 metros da estação República do metrô
Ingressos: https://www.sescsp.org.br/programacao/estratagemasdesesperados/  ou através do aplicativo Credencial Sesc SP a partir do dia 8/7 e nas bilheterias das unidades Sesc SP a partir de 10/7 - R$60 (inteira), R$30 (meia) e R$18 (Credencial Sesc).
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos
Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
Serviço de van: transporte gratuito até as estações de metrô República e Anhangabaú. Saídas da portaria a cada 30 minutos, de terça a sábado, das 20h00 às 23h00, e aos domingos e feriados, das 18h00 às 21h00.

segunda-feira, 14 de julho de 2025

.: Espetáculo “Navalha na Carne” celebra os 90 anos de Plínio Marcos


Dirigida por Fernando Aveiro, versão do núcleo CaTI reestreia em SP e atualiza a presença feminina no clássico escrito em 1967. Foto: Kaligari


No ano em que se comemora os 90 anos de nascimento do dramaturgo santista Plínio Marcos (1935-1999), o núcleo CaTI (Caxote Teatro Íntimo) reestreia o clássico “Navalha na Carne” em 24 de julho, no Teatro Manás Laboratório, localizado na Bela Vista, zona central de São Paulo. Onze anos após sua primeira montagem da peça, intitulada "Por Acaso, Navalha", o grupo atualiza as questões sociais e humanas de um dos textos mais potentes da dramaturgia brasileira.

A opressão vivida pela personagem Neusa Sueli, interpretada por Bárbara Salomé, é um dos destaques da dramaturgia original. Na nova montagem, se por um lado a prostituta ainda segue no centro do “ringue”, de onde não consegue sair e vive inúmeros tipos de violência, por outro se insere em um novo contexto, em que a voz da mulher ganha protagonismo. 

Fernando Aveiro, diretor do núcleo, lembra que uma simples frase dita pela personagem, como “Um dia a casa cai viu, pode crer!", hoje ganha outro peso na voz de Salomé. “Embora a Neusa tenha consciência do que está vivendo, ela não consegue sair desse lugar, e isso pode acontecer com qualquer pessoa, por diferentes motivos", comenta. “A violência está em outros patamares: ela é verbal, moral, psicológica, e não só física, aliás esse último aspecto é o que menos existe na versão do CaTI. Optamos por um caminho que revela os abusos silenciosos do texto", completa Humberto Caligari, que assina a produção ao lado de Camila Biondan e também interpreta o personagem Veludo.

O diretor relembra a atualidade do texto e o fato de não se fixarem em uma adaptação realista. “Existe um mistério para além do que é dito na trama, que aparece muito no tempo dilatado da encenação, nos silêncios, no pensamento dos personagens. Não existe aqui uma Neusa resignada, até mesmo os silêncios e olhares dela têm uma densidade cortante", completa Aveiro.

O núcleo CaTI foi criado em 2013 com o objetivo de investigar o teatro na linguagem contemporânea. Ao longo de sua trajetória, dedica-se à releitura de textos clássicos e à exploração de novas proposições dramatúrgicas. Seus espetáculos buscam unir diferentes linguagens, enquanto investigam o espaço alternativo e a relação intimista entre o público e a cena. Em montagens como “Ex-Gordo”, “Obras Sobre Ruínas”, “Flores para Los Muertos” e o próprio “Navalha na Carne”, o CaTI se aprofunda no protagonismo de personagens quase invisíveis à sociedade, dando voz a esses indivíduos esquecidos e provocando reflexões sobre as desigualdades e exclusões que permeiam nosso cotidiano.


Sinopse “Navalha na Carne”
A peça narra a história de Neusa Sueli, uma prostituta (Bárbara Salomé) confrontada por seu cafetão, Vado (Murilo Inforsato), ao retornar de uma noite de trabalho. Em meio a acusações e tensões, ela é forçada a lidar com o abuso, a violência e a desconfiança, enquanto a luta pela sobrevivência se torna um jogo brutal de poder e verdade. Uma obra crua e contundente sobre os limites da dignidade humana e as relações de dominação.


Ficha técnica
Espetáculo "Navalha na Carne"
Texto original: Plínio Marcos
Direção: Fernando Aveiro
Assistente de direção: Camila Biondan
Elenco: Bárbara Salomé como Neusa Sueli, Murilo Inforsato como Vado, Humberto Caligari como Veludo
Figurinos: Rosângela Ribeiro
Cenografia e Iluminação: CaTI - Caxote Teatro Íntimo
Produção: Humberto Caligari e Camila Biondan
Fotos: Kaligari Fotografia
Assessoria de imprensa: Katia Calsavara
Coordenação geral: Fernando Aveiro
Idealização: Caxote Coletivo Produções


Serviço
Espetáculo “Navalha na Carne”
Estreia quinta, 24 de julho, às 21h; 31 de julho, às 21h. E todas as terças de agosto, às 21h.
Teatro Manás Laboratório (Rua Treze de Maio, 222, Bela Vista, SP/SP)
Ingressos: de R$ 40,00 (meia-entrada) a R$ 80,00 (inteira)
Ingressos via Sympla: https://www.sympla.com.br/evento/navalha-na-carne/3020680

.: "Meu Remédio”, espetáculo solo de Mouhamed Harfouch, chega a São Paulo


Sucesso de público e crítica há mais de seis meses no Rio de Janeiro, o monólogo reúne memória, ancestralidade e música em uma reflexão que diverte e emociona sobre identidade e aceitação. Foto: Claudia Ribeiro


Após conquistar o público mineiro e carioca, o monólogo autobiográfico “Meu Remédio” estreia pela primeira vez em São Paulo, no Teatro Santos Augusta, no dia 30 de agosto, para uma curta temporada com ingressos já à venda pelo site da Sympla. Escrito, produzido e protagonizado por Mouhamed Harfouch, e com direção de João Fonseca, o espetáculo parte da premissa de que “todo nome guarda uma história pra contar” - e, a partir dela, mergulha em memórias, identidades e afetos. 

A peça estreou em 2024, em Juiz de Fora (Minas Gerais), com três apresentações especiais, e seguiu para o Rio de Janeiro, onde permaneceu por mais de seis meses em cartaz, passando por cinco diferentes palcos da cidade - uma jornada marcada por casas cheias, críticas positivas e fortes conexões com o público. O espetáculo propõe um mergulho pessoal, mas com ressonância coletiva: com doses equilibradas de humor e drama, Harfouch revisita momentos marcantes de sua trajetória, explorando temas como identidade, pertencimento, ancestralidade e autoaceitação. 

A obra marca também um momento especial de reinvenção artística e pessoal, celebrando os 30 anos de carreira do ator, que acumula mais de 40 produções teatrais, além de novelas como “Pé na Jaca”, “Cordel Encantado”, “Amor à Vida” e “Órfãos da Terra”, séries como “Rensga Hits” e “Betinho - No Fio da Navalha”, e filmes como “Uma Pitada de Sorte” e “Nosso Lar 2”. Sua trajetória inclui ainda musicais como “Querido Evan Hansen”, vencedor do prêmio de Destaque Elenco no Prêmio Destaque Imprensa Digital 2024, e “Ou Tudo ou Nada”, que lhe garantiu uma indicação ao Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Ator em 2016.

“‘Meu Remédio’ nasce da minha vontade de entender e compartilhar a relação com o meu nome, com minha história de vida, com a mistura de culturas que carrego. Sou filho de imigrantes – sírios por parte de pai e portugueses por parte de mãe. Crescer com um nome tão emblemático em um Brasil dos anos 70, em que o preconceito e a dificuldade de aceitação eram muito presentes, não foi fácil. A peça é uma comédia, mas carrega uma reflexão sobre aceitação e pertencimento, sobre entender que, muitas vezes, o maior remédio é aceitar quem somos", explica Harfouch, que busca, com o espetáculo, tocar o coração do público ao falar sobretudo, como cada ser é único e especial em sua individualidade, origem e essência.

A ideia da peça começou a germinar ainda durante as gravações da novela “Órfãos da Terra”, da TV Globo, quando o ator foi levado a revisitar suas raízes e encarar memórias profundas. Mas foi durante a turnê com a peça “Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito”, ao lado de Vera Fischer, que esse processo se intensificou, levando-o a necessidade de transformar tudo isso em arte. O mergulho em suas camadas mais íntimas resultou em meses de escrita intensa e no enfrentamento de um novo desafio: somar, à entrega emocional do palco, a coragem de assumir também a produção do próprio espetáculo.

“Já tinha produzido no começo da minha carreira, mas agora, com mais maturidade, eu me senti mais preparado para enfrentar esse desafio. Produzir e atuar ao mesmo tempo é uma tarefa árdua. A maior dificuldade foi lidar com as duas funções e ainda me manter fiel à ideia que queria transmitir. Mas, com o apoio de grandes amigos e parceiros como Tadeu Aguiar e Eduardo Bakr, senti que tínhamos força para fazer isso acontecer”, revela ele.

A parceria com o diretor João Fonseca foi decisiva para o tom do espetáculo. Com um histórico de montagens de grandes biografias musicais nacionais e internacionais, como Tim Maia, Cazuza, Cássia Eller, Elvis Presley, Tom Jobim e Djavan, Fonseca foi o responsável por equilibrar delicadeza e comicidade. "João Fonseca é um amigo e um grande diretor. Ele segurou a minha barra de maneira sensível e honesta, e acreditou no meu projeto desde o início. Sem ele, não sei se teria conseguido fazer essa transição entre o autor e o ator de forma tão tranquila", comenta Harfouch, com quem já havia trabalhado anteriormente no monólogo on-line “Homem de Lata”, fruto da pandemia.

Misturando elementos autobiográficos e ficcionais, a peça, que já na escolha do título faz referência a uma situação vivida com o seu nome de batismo - e que é explicada em cena -, apresenta um monólogo íntimo, costurado a algumas canções, entre hits e paródias, cantadas e tocadas ao vivo por ele, marcando transições importantes da narrativa, onde o autor recria personagens que representam figuras significativas nas duas primeiras décadas da sua vida, mantendo, ao mesmo tempo, a privacidade de sua própria história. 

Com uma abordagem sensível e profunda, a obra convida o público a refletir sobre a importância da autocompreensão e do existir de cada um. "Meu Remédio" destaca como o nome, muitas vezes imposto, carrega histórias que conectam o indivíduo ao passado e iluminam seu futuro, e convida a todos a olhar para dentro, entender melhor a própria caminhada e perceber como a arte pode ser um remédio. Como ele mesmo afirma: “Um nome nunca é só um nome. É uma jornada, fala dos que vieram e dos que virão. Poder enxergar melhor os caminhos de fora e nossos desejos é algo que me move. ‘Meu Remédio’ foi um ponto de partida, pois aceitar quem somos é curativo e a arte salva”, finaliza.


Ficha técnica
Espetáculo solo "Meu Remédio"
Idealização, produção e texto: Mouhamed Harfouch
Elenco: Mouhamed Harfouch
Direção: João Fonseca
Figurinos: Ney Madeira e Dani Vidal
Iluminação: Daniela Sanchez
Cenógrafo: Nello Marrese
Produtora executiva: Valéria Meirelles
Coordenação Geral: Edmundo Lippi
Assessoria: GPress Comunicação


Serviço
Espetáculo solo "Meu Remédio"
Local: Teatro Santos Augusta
Alameda Santos, 2159 - Jardim Paulista, São Paulo - SP, 01419-100
Temporada: 30 de agosto a 28 de setembro
Sessões: Sábado às 20h00 | Domingo às 18h00
Valor: Plateia R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada) | Balcão R$ 100,00 (inteira) e R$ 50,00 (meia-entrada)
Vendas: Bilheteria Local e site Sympla
Duração: 75 minutos
Classificação: 10 anos

sábado, 12 de julho de 2025

.: Comédia dark “Rapsódia - O Musical” chega a SP após temporadas no Rio


Sucesso no Rio de Janeiro, a produção poderá ser vista pela primeira vez na Sala Experimental do Teatro B32 a partir de 2 de agosto, com montagem inédita, cenário sustentável, novas músicas e proposta imersiva. Na imagem, o elenco de "Rapsódia - O Musical". Foto: Álefe Ouriques


Após 12 anos de estreia no Rio de Janeiro, onde cumpriu temporadas em casas como o Teatro dos Quatro e o Teatro Serrador, o espetáculo “Rapsódia - O Musical” chega pela primeira vez a São Paulo em uma montagem inteiramente renovada. Produzida pela Cerejeira Produções, de Mau Alves e Julia Morganti, em parceria com o produtor Rafael Ramirez, a temporada chega à Sala Experimental do Teatro B32, espaço multiuso localizado na Faria Lima, que passou a integrar a cena cultural da cidade com um conceito contemporâneo, sustentável e voltado à experimentação cênica. Com ingressos já à venda, as apresentações acontecem de 2 de agosto a 7 de setembro, com sessões duplas aos sábados e domingos.

Criada e dirigida por Mau Alves, a produção é uma comédia de terror que mescla humor ácido, exagero estético e um toque expressionista. Para São Paulo, o espetáculo chega com 14 músicas autorais, sendo duas inéditas, cenários e figurinos totalmente novos, texto atualizado e uma proposta cênica que transforma a sala em um ambiente imersivo e sensorial. “A gente está recontando a mesma história, mas com uma roupagem completamente diferente. Quem assistiu no Rio vai se surpreender, e quem vê pela primeira vez vai encontrar uma peça autoral, brasileira, que aposta na originalidade em todos os níveis”, comenta o autor e diretor.

A montagem paulistana é também marcada pelo compromisso com a sustentabilidade. Com cenário desenvolvido a partir de materiais recicláveis fornecidos pelo próprio B32 - um teatro que recicla todos os seus resíduos - e figurinos que incorporam elementos reaproveitados, a nova produção assume um discurso coerente com o espaço que a abriga. “Estamos construindo tudo com o que, normalmente, seria descartado. É bonito ver isso fazer parte da cena, literalmente”, explica Mau. “Nosso objetivo sempre foi montar esse espetáculo em São Paulo, e fazer isso inaugurando uma sala como essa, com esse cuidado estético, sonoro e ambiental, tem um significado enorme”.

Na trama, o público acompanha Pátrio (Felipe Assis Brasil), um jovem sonhador que, ao se ver sem perspectivas, aceita o convite do primo distante Jeremias (Conrado Helt) para trabalhar numa antiga fábrica de sabonetes na misteriosa cidade de Rapsódia. Lá, se depara com figuras excêntricas como Tobias (Mau Alves), Coné (Lurryan), Catarina (Jofrancis), Horácio (Igor Miranda) e as artistas do cabaré “Palco dos Prazeres”: Gana (Luan Carvalho), Shana (Julia Morganti) e Tamara (Marília Di Lorenço). A curiosidade de Pátrio o coloca frente a um segredo grotesco que transforma sua jornada numa sucessão de reviravoltas.

A ambientação acompanha o tom da narrativa: em vez da tradicional configuração frontal, a plateia será disposta dentro da própria cena. O espetáculo não é interativo, mas se propõe a uma vivência sensorial - o público poderá ser surpreendido por bolhas de sabão, folhas secas, objetos de cena entregues durante as cenas e até respingos (controlados) de sangue cenográfico. “É um espetáculo para os olhos, os ouvidos, o tato. Uma hora você olha pra direita, outra pra esquerda. As cenas acontecem ao redor. A gente quis criar uma experiência de presença total, onde o público se sente parte da atmosfera”, conta Mau.

A equipe criativa da montagem reúne profissionais de destaque: a direção geral é de Mau Alves, com direção residente de Andressa Secchin, direção musical de Tony Lucchesi e direção musical residente de Dan Motta. O texto e as letras são assinados por Mau Alves e Sarah Benchimol, com músicas de Tony Lucchesi e Sarah Benchimol. A coreografia é de Clara da Costa, a iluminação de Rafael Ramirez, o design de som é de Anderson Moura, os figurinos são de Ùga agÚ e Fê Faria, e o cenário leva a assinatura de Lurryan.


Ficha técnica
Espetáculo "Rapsódia - O Musical"
Direção: Mau Alves
Direção residente: Andressa Secchin
Direção musical: Tony Lucchesi
Direção musical residente: Dan Motta
Coreografias: Clara da Costa
Texto: Mau Alves
Letras: Mau Alves e Sarah Benchimol
Músicas: Tony Lucchesi e Sarah Benchimol
Iluminação: Rafael Ramirez
Designer de som: Anderson Moura
Figurinos: Ùga agÚ e Fê Faria
Cenário: Lurryan
Assessoria de imprensa: GPress Comunicação
Produção: Cerejeira Produções
Apoio: A Voz Em Cena
Elenco: Julia Morganti, Conrado Helt, Jofrancis, Lurryan, Mau Alves, Igor Miranda, Luan Carvalho, Marília Di Lorenço, Felipe Assis Brasil e Pablo Petronilho


Serviço
Espetáculo "Rapsódia - O Musical"
Local: Espaço Experimental do Teatro B32
Av. Brigadeiro Faria Lima, 3732 – Itaim Bibi/São Paulo
Temporada: de 2 de agosto a 7 de setembro de 2025
Sessões: sábados, às 19h00 e 21h30 | Domingos, às 17h00 e 19h30
Ingressos: R$ 90,00 (inteira) | R$ 45,00 (meia-entrada)
Vendas: site Teatro B32 e na bilheteria do teatro
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

.: "açúcar ou As Irmãs Anne" reúne as atrizes Cleide Queiroz e Dirce Thomaz


Com Cleide Queiroz e Dirce Thomaz somando, respectivamente, mais de 50 e 40 anos de profissão, a peça celebra as vozes femininas com mais de 60 anos e o protagonismo negro no teatro. Foto: Leonardo Cenedeze

Com mais de 40 anos de carreira, Cleide Queiroz e Dirce Thomaz sobem ao palco juntas em "açúcar ou As Irmãs Anne" texto de estreia na dramaturgia do ator, educador e produtor Breno Rosa Gomes. Trata-se de um drama lírico que se utiliza da crítica e do metateatro para refletir sobre o tempo, o envelhecimento e o papel das mulheres na sociedade.

O drama, que faz uso do humor, do lirismo e da crítica social para abordar o envelhecimento e as estruturas sociais que moldam e limitam as mulheres na sociedade, em cartaz no Itaú Cultural até dia 27 de julho, sempre de quinta-feira a domingo. A direção artística é de Eliana Monteiro e, pela primeira vez, Breno Rosa Gomes assina a dramaturgia. Também é inédita a reunião em cena das atrizes Cleide Queiroz e Dirce Thomaz, nomes fundamentais da cena teatral brasileira.

As sessões são realizadas às 20h00, de quinta-feira a sábado, e às 19h00, nos domingos e feriados. Como toda a programação do Itaú Cultural, as apresentações são gratuitas. Os ingressos devem ser reservados a partir das 12h da terça-feira da semana de apresentação dos espetáculos, pela plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br.

"açúcar ou As Irmãs Anne" começa com o reencontro, após décadas, de duas ex-parceiras de palco, que decidem revisitar as personagens que marcaram suas carreiras: as irmãs Mary Anne e Rose Anne, filhas de uma família burguesa decadente e moldadas por silêncios, aparências e expectativas sociais. No passado, elas próprias tiveram suas trajetórias interrompidas por imposições familiares: uma engravidou e a outra se casou.

Nesse reencontro inesperado, o passado e o presente, a realidade e a ficção se cruzam, confundem e mesclam provocando um jogo cênico de espelhos, que transforma o palco em um espaço poético sobre identidade, afeto, frustrações e a passagem do tempo. Não à toa, a atriz Beatriz Nauali também se faz presente em cena, na narração performativa do espetáculo.

Com Cleide e Dirce somando, respectivamente, mais de 50 e 40 anos de profissão, a peça celebra as vozes femininas com mais de 60 anos e o protagonismo negro no teatro. Uma combinação de metateatro e crítica social se desenvolve em diversas camadas do espetáculo, desde a presença das próprias atrizes às que elas interpretam em cena, passando pelas personagens que revisitam.

“Quando convidei a Cleide e a Dirce para a peça eu não sabia que elas já se conheciam, mas nunca tinham trabalhado juntas”, recorda Breno. “Desde os ensaios deu para ver que elas se identificam com as atrizes que interpretam”, diz o dramaturgo. Ele conta que a mãe e a madrinha, duas mulheres negras, o inspiraram a construir essa dramaturgia e o elenco formado por atrizes negras. “Esse é um projeto muito provocativo, com muitos temas envolvidos, como a questão do feminino. É importante que a narrativa faça entender isso, sem que a gente precise ser literal”, observa.

Segundo Gomes, o ponto de partida para criar esta obra foi a visualização de uma imagem na qual duas mulheres enlutadas tomavam um chá inglês, vendo uma chuva de açúcar. Não à toa, o açúcar no espetáculo vai além do título e é um elemento cênico central da peça. “As personagens se oferecem açúcar o tempo inteiro, para fugir de conversas difíceis”, conta ele.


Serviço
Espetáculo "açúcar ou As Irmãs Anne"
Até dia 27 de julho (quinta-feira a sábado, às 20h00, e domingos e feriados às 19h00)

Sala Itaú Cultural (piso térreo)
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Entrada gratuita. Reservas de ingressos a partir da terça-feira da semana da apresentação, a partir das 12h, na plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br.


Protocolos / Sala Itaú Cultural
- É necessário apresentar o QR Code do ingresso na entrada da atividade até 10 minutos antes do seu início. Após esse período, o ingresso será invalidado e disponibilizado na bilheteria.
- Se os ingressos estiverem esgotados, uma fila de espera presencial começará a ser formada 1 hora antes da atividade. Caso ocorra alguma desistência, os lugares vagos serão ocupados por ordem de chegada.
- O mezanino é liberado mediante ocupação total do piso térreo.
- A bilheteria presencial abre uma hora antes do evento começar.


Devolução de ingresso
Até duas horas antes do início da atividade, é possível cancelar o ingresso diretamente na página da Inti, assim outra pessoa poderá utilizá-lo. Na área do usuário, selecione a opção “Minhas compras” no menu lateral, escolha o evento e solicite o cancelamento no botão disponível.


Programação sujeita a cancelamento
O Itaú Cultural informa que sua programação poderá ser cancelada em virtude de questões extraordinárias. Nesse caso, os ingressos adquiridos perdem a validade. O público que reservou o ingresso será notificado por e-mail. Um eventual reagendamento da programação ficará a exclusivo critério do IC, de acordo com a disponibilidade de agendas, sem preferência para quem adquiriu os ingressos anteriormente.


Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, próximo à estação Brigadeiro do metrô
De terça-feira a sábado, das 11h00 às 20h00.
Domingos e feriados, das 11h00 às 19h00.
Informações: pelo telefone (11) 2168.1777 e wapp (11) 9 6383 1663 E-mail: atendimento@itaucultural.org.br
Acesso para pessoas com deficiência física
Estacionamento: entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

.: Crítica: musical “Wicked” desafia a gravidade e as expectativas


Por 
Helder Moraes Miranda, especial para o portal Resenhando.com. Foto: divulgação/Jairo Goldflus

Existe um momento em que o teatro deixa de ser teatro e passa a ser transcendência, em que a arte deixa de apenas entreter e começa a transformar. “Wicked - A História Não Contada das Bruxas de Oz”, em cartaz no Teatro Renault, é exatamente isso: um salto entre o bom e o inesquecível. E se a palavra “clássico” já pairava sobre essa história nascida nos palcos da Broadway, o que se vê na terceira montagem brasileira é o nascimento de um novo patamar para o teatro musical no país.

Myra Ruiz não interpreta Elphaba - ela É Elphaba. E isso não é apenas um elogio, é um aviso. Prepare-se para testemunhar uma entrega artística de tirar o fôlego, que combina técnica vocal absurda, presença cênica hipnótica e uma força emocional que faz tremer a poltrona. Ver Myra “voar” - literalmente e metaforicamente - enquanto canta “Desafiando a Gravidade” é uma experiência de se guardar talismã verde-esmeralda. Em uma era de performances cada vez mais plastificadas, ela entrega verdade.

Bel Barros, como Glinda, na apresentação que substituiu Fabi Bang, encontra o tom exato entre o carisma solar e a frivolidade encantadora da bruxa boa. A química com Myra é mais do que uma parceria: é a prova de que antagonismos podem gerar beleza. Já Luisa Bresser, como Nessarose, mostra um domínio emocional raro para tanta juventude. A transição da atriz, de doce para amarga, é digna de nota - e, se o futuro da dramaturgia musical brasileira precisa de representantes, ela certamente já está convocada.

Hipólyto, como Fiyero, encontra mais um papel que o desafia e o valoriza. O Fiyero interpretado por ele tem charme, mas também tem camadas - algo raro nesse tipo de papel. E Cleto Baccic, como sempre, é a cereja do bolo: o Mágico de Oz dele destila cinismo com vulnerabilidade, lembrando a todos os espectadores que até o poder pode ser patético. Há algo que diferencia esta montagem das anteriores: ela ouve o tempo. 

Sob a direção de Ronny Dutra e com novos figurinos, efeitos visuais e sistemas de voo que parecem saídos de uma ficção científica glamurosa, o espetáculo conecta-se às angústias e urgências do presente. A mensagem de resistência, identidade e amizade feminina não poderia ser mais atual. “Wicked” não é apenas um musical: é uma alegoria queer, um manifesto feminista, uma crítica às narrativas oficiais. Tudo isso embalado em luz verde e rosa, plumas, vassouras e canções que colam na alma.

Além disso, o projeto extrapola os limites do palco. O leilão de figurinos em prol do GIV, as ações durante o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+ e a participação ativa do elenco em iniciativas sociais mostram que esta produção entende o que significa “teatro vivo”. Se o teatro é um espelho, “Wicked” é aquele espelho mágico que nos mostra não só quem somos, mas quem podemos ser.

E que prazer vê-lo em cartaz justamente agora, quando a cultura brasileira parece, mais do que nunca, precisar de esperança, de empatia e de um pouco de feitiçaria também. Não é novidade que "Wicked" sempre será o melhor espetáculo do ano em todas as vezes em que estiver em cartaz. Mas, sem qualquer exagero, também é o melhor espetáculo que você terá a honra de assistir em toda a sua vida.


Serviço
"Wicked - A História Não Contada das Bruxas de Oz"
Quartas, quintas e sextas-feiras, às 20h00. Sábados e domingos, às 15h00 e às 19h30.
Teatro Renault - Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 - República/São Paulo.
Bilheteria oficial no Teatro Renault (sem taxa de conveniência): de terça a domingo, das 12h00 às 20h00 (exceto feriados). Site e app Ticket For Fun: ticketsforfun.com.br.
Temporada estendida até 10 de agosto de 2025.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

.: Entrevista: Bruno Baroni transforma caos hospitalar em comédia de plantão


Por 
Helder Moraes Miranda, especial para o portal Resenhando.com. Foto: Abílio Gil

Ele já salvou vidas com estetoscópio na mão e agora arranca gargalhadas com um jaleco e uma peruca loira. Bruno Baroni, médico formado em 2020 em plena pandemia, decidiu que o hospital também podia ser palco - e viralizou ao transformar o cotidiano tenso das emergências em esquetes que dialogam com milhões de seguidores. Agora, ele leva esse universo para os palcos com a comédia teatral “Eu Também Sou Médico”, que mistura stand-up, personagens hilários e caos institucional com precisão cirúrgica.  O espetáculo fica em cartaz até dia 29 de julho no Teatro Uol, com sessões às terças, às 20h00. Depois, parte em turnê por Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba. 

A peça, em parceria com a roteirista e atriz Thaisa Damous, estreia em São Paulo e já tem sessões esgotadas. Na encenação, Bruno dá vida a tipos reconhecíveis por qualquer brasileiro que já passou por um postinho ou UPA: desde a residente insegura até a temida Doutora Dinossauro. Mas é com a enfermeira Sandra, diva do SUS e fenômeno nas redes, que ele conquista plateias e desafia os estereótipos do profissional de saúde.

Nesta entrevista exclusiva ao Resenhando.com, Bruno Baroni fala sobre vaidade médica, humor como remédio, a responsabilidade de rir do que dói - e como sobreviveu ao plantão mais longo do mundo: o da pandemia. Prepare-se para uma consulta fora do comum. E pode rir à vontade: aqui, o convênio é com o bom senso.

Resenhando.com - Você viralizou com a enfermeira Sandra. Mas diga com sinceridade de jaleco: quem é mais difícil de lidar, o algoritmo ou o paciente que “só quer uma dipirona”?
Bruno Baroni - Com toda a certeza o algoritmo! Até porque o algoritmo é algo completamente instável e imprevisível! Eu estudei seis anos de medicina e três anos de pós-graduação em dermatologia, então sou preparado pra tratar e cuidar do paciente! Quando aprendemos medicina, não é ensinado só o tratamento de uma doença, mas tambem aprendemos a como lidar com todas as possíveis complicações que podem acontecer com um paciente! Já o algoritmo, não é algo que aprendemos em lugar nenhum! Ainda mais eu, que cai de paraquedas nesse mundo do entretenimento, sem nenhuma pretensão.

Resenhando.com - A medicina exige precisão. A comédia exige timing. Quando o plantão virou palco e você decidiu que o estetoscópio também podia ser microfone?
Bruno Baroni - A comédia sempre fez parte da minha personalidade! Eu consumia quando criança muito conteúdo de humoristas muito conhecidos, e me identificava naquilo que eu via nos comediantes! Eu sempre tive esse olhar mais cênico das coisas, e conseguia visualizar cenas na minha cabeça de coisas do cotidiano que poderiam ser traduzidas em cenas de comédia! Quando o meu reconhecimento na internet aconteceu eu vi que eu conseguia levar pras pessoas o meu ponto de vista das coisas! Mas eu sinto que eu tenho uma necessidade de levar o riso pras pessoas de uma maneira mais próxima! Quero estar de frente com as pessoas! Eu me juntei com minha amiga roteirista Thaisa Damous em dezembro e decidi! Vamos escrever juntos uma peça, e vamos pros palcos!


Resenhando.com - 
Qual foi a primeira vez que você riu - de nervoso - dentro de um hospital? E teve que disfarçar com um “licença, vou ali buscar o prontuário”?
Bruno Baroni - É dificil lembrar de um momento específico! Ate porque minha memória é uma coisa a ser estudada, de tão enferrujada! Mas eu me lembro de momentos que me marcavam! Os momentos de alegria e risos na hora do café, quando todos os setores se juntavam em um só lugar pra fofocar e
compartilhar histórias! Enfermeiros, técnicos, médicos, auxiliares de limpeza, recepcionistas, todos em um só lugar rindo em unidade! Aquilo me trazia um conforto tão grande! Eu sempre sentia que o riso trazia as pessoas a se unir! Aqueles momentos para mim eram mágicos!


Resenhando.com - 
“Eu Também Sou Médico” mistura stand-up, teatro e caos hospitalar. Você aredita que, no fundo, médicos e atores vivem do mesmo combustível: improviso e vaidade?
Bruno Baroni - Não acredito que os médicos e atores vivam de um combustível de improviso e vaidade! Até porque os atores e médicos devem fazer uma desconstrução do ego, tanto para ter empatia e se colocar no lugar do paciente, quanto nos palcos quando se entrega a um papel de algum personagem!


Resenhando.com - 
Sandra, sua enfermeira pop, virou oráculo da saúde pública nas redes. O que ela diria hoje para um estudante do primeiro ano de medicina? 
Bruno Baroni - Ela diria para colar na enfermagem! E sempre tratar todo o setor de maneira educada! Porque uma boa relação com a equipe do plantão faz com que o trabalho flua muito melhor! Ainda mais quando estamos começando! Todos estão ali para te ajudar, e te ver ajudar o próximo


Resenhando.com - 
Entre a pandemia e a fama, o que você aprendeu sobre remédio que não se compra em farmácia?
Bruno Baroni - A empatia! Saber se colocar no lugar do outro é algo que não se compra. E é o diferencial na hora de formar um profissional competente e humanizado. Saber entender as dificuldades e medos do meu paciente, e saber cuidar de forma individualizada cada pessoa!

Resenhando.com - Você se formou em 2020, no meio do colapso. Agora estreia nos palcos. Como foi sair da linha de frente da UTI direto para a coxia do teatro?
Bruno Baroni - Desde o último ano de faculdade comecei a fazer videos para a internet, e meu
crescimento aconteceu de forma muito espontânea e exponencial! Minha paixão pela comédia só foi
crescendo a cada ano! Eu tenho um prazer enorme em fazer o outro rir, tirar uma gargalhada de alguém!
E eu queria muito levar isso pras pessoas pessoalmente e nao só pela tela do celular!


Resenhando.com - 
Você está com quase três milhões de seguidores e uma peça em turnê. Em que
momento você se deu conta de que também era 
artista - e não só médico comediante?
Bruno Baroni - Nunca me enxerguei so como um médico comediante! Sentia que eu era um profissional multifacetado! Ao mesmo tempo medico, ao mesmo tempo humorista, criador de conteúdo!
Mas senti que queria essa mudada de chave na carreira indo pros palcos pra sentir o calor do publico!
Transformar aquele publico das redes em publico que eu poderia enxergar, abraçar e agradecer por todo
o carinho que me deram. Porque foi esse carinho que me fez chegar até aqui! Foi esse carinho que me
fez me sentir talvez o artista que sou hoje!


Ficha técnica
Espetáculo “Eu Também Sou Médico”
Elenco: Bruno Baroni e Thaisa Damous
Texto: Bruno Baroni e Thaisa Damous
Direção: Camila Vaz e Thaisa Damous
Produção: Ika Tronco
Figurino: Danilo Diniz
Iluminação: Vini
Cenografia: Grazi Bastos
Assessoria de Imprensa: Angelina Colicchio e Diogo Locci - Pevi 56 


Serviço
Espetáculo “Eu Também Sou Médico”
Teatro Uol (Av. Higienópolis, 618 - Consolação)
Até dia 29 de julho, terças-feiras, às 20h00
Ingressos: entre R$ 45,00 e R$ 120,00. À venda pelo site do Teatro Uol
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos

terça-feira, 8 de julho de 2025

.: Espetáculo "Vermes Radiantes" encara a gentrificação e supressão do outro


Versão brasileira para a peça do celebrado autor inglês Philip Ridley é estrelada por Maria Eduarda de Carvalho e Rui Ricardo Diaz, com múltiplas contribuições do ator e músico Marco França. Foto: Matheus Ramalho


Uma poderosa e ácida crítica social, com humor perspicaz, "Vermes Radiantes", do poeta, dramaturgo e roteirista inglês Philip Ridley, ganha uma versão brasileira inédita, dirigida por Alexandre Dal Farra. O espetáculo tem sua temporada de estreia no Sesc Pompeia, de 17 de julho a 10 de agosto, com apresentações de quinta a sábado, às 20h00; aos domingos, às 18h00, e às sextas, também às 16h00.

A peça, protagonizada por Maria Eduarda de Carvalho e Rui Ricardo Diaz, com múltiplas contribuições do ator e músico Marco França, trata do poder de supressão do outro. Trata do que podemos nos tornar se cooptados pela ideia distorcida de ascensão, colocando em xeque até onde estamos dispostos a seguir para realizar os nossos mais ínfimos desejos. 

A partir da aldeia onde sobrevivem nossos protagonistas, a montagem convida o espectador a um exercício estranho, que diverte, mas também aterroriza: refletir sobre a ideia do humano transformado em matéria de ascensão, mediante ao sacrifício ou aniquilamento do outro. No espetáculo, Jill e Ollie querem contar para vocês sobre a casa dos sonhos - ou melhor, sobre como eles conseguiram a casa dos sonhos. Algumas coisas que eles fizeram para isso talvez não tenham sido legais. Tem gente que vai dizer que foram até mesmo chocantes. Mas eles vão explicar. Vocês vão entender. Vocês precisam entender. Escutem a história e me digam: Vocês não fariam o mesmo?

Ficha técnica
Espetáculo "Vermes Radiantes"
Autor: Philip Ridley
Direção: Alexandre Dal Farra
Elenco: Rui Ricardo Diaz, Maria Eduarda de Carvalho e Marco França
Idealização: Rui Ricardo Diaz e Maria Eduarda de Carvalho
Tradução: Diego Teza
Iluminação, preparação de elenco e assistência de direção: Lucas Brandão
Cenografia: Stéphanie Fretin e Camila Refinetti
Figurino: João Marcos de Almeida
Direção musical: Marco França
Direção de produção: Bia Goldenberg
Fotografia e projeto gráfico: Matheus Ramalho
Técnico e operador de som: Alexandre Martins
Assistência de figurino e costureira: Daiane Martins
Cenotécnicos: Wanderley Wagner e Fernando Zimolo
Intérprete de Libras: Wesley Leal
Produção: Raiz de Oito, Quincas, Nem Freud Explica

Serviço
Espetáculo "Vermes Radiantes"
De 17 de julho a 10 de agosto
De quinta-feira a sábado, às 20h, e aos domingos, às 18h*
*Há também sessão vespertina às sextas-feiras, às 16h
Sesc Pompeia - Teatro - Rua Clélia, 93 - Água Branca, São Paulo
Ingressos: R$ 60,00 (inteira), R$ 30,00 (meia-entrada) e R$ 18,00 (credencial plena)
Vendas on-line em sescsp.org.br/pompeia
Classificação: 16 anos
Duração: 90 minutos
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
Sessões com tradução em Libras aos domingos.

segunda-feira, 7 de julho de 2025

.: Espetáculo "Dodô", criado por pessoas com afasia, no Teatro Sérgio Cardoso


Peça criada por afásicos, pessoas com condição neurológica que afeta a comunicação, faz apresentações dias 8 e 9 de julho. Foto: divulgação


O Teatro Sérgio Cardoso recebe nos dias 8 e 9 de julho, terça e quarta-feira, às 20h30, o espetáculo "Dodô", realizado por Ser em Cena e Ministério da Cultura, e criado coletivamente por integrantes do grupo Ser em Cena - Teatro de Afásicos. "Dodô" parte de experimentações cênicas baseadas na obra de Samuel Beckett, especialmente em sua abordagem da linguagem, do silêncio e do absurdo. A peça não segue uma narrativa linear e se organiza como um inventário de memórias inventadas, pausas, ruídos e afetos.

Criado por pessoas com afasia, condição neurológica que compromete a linguagem, o espetáculo explora improvisações, fragmentos de fala, silêncios e movimentos, propondo uma poética do intervalo, da escuta e da presença. O nome “Dodô” surgiu espontaneamente nos ensaios, em referência à sonoridade de “Esperando Godot”, texto clássico de Beckett.

A direção é de Elisa Band, com codireção de Nicolas Wahba, que também assina a dramaturgia ao lado da diretora. A produção executiva é de Cláudia Niemayer e Cassia Navarro, com coordenação de Igor Armucho. A equipe conta ainda com fonoaudiólogos, psicóloga, figurinista, técnico de som, iluminador e designer gráfico.


O que é afasia?
Afasia é um déficit geral da linguagem decorrente de uma lesão no hemisfério esquerdo do cérebro. As causas mais comuns de afasia são: AVCs (acidentes vasculares cerebrais, como derrames e isquemias), traumatismos (decorrentes de acidentes automobilísticos, armas de fogo, quedas graves, entre outros) e tumores cerebrais.

A afasia pode se manifestar por distúrbios na capacidade de compreender ou expressar a linguagem — ou ambas. O comprometimento da comunicação pode ser leve, moderado ou severo, a depender da extensão e da localização da lesão cerebral.

Ficha técnica
Espetáculo "Dodô" 
Direção geral: Elisa Band | Codireção: Nicolas Wahba | Dramaturgia: Elisa Band e Nicolas Wahba | Fonoaudiologia: Fernanda Papaterra, Guilherme Zaramella, Rafaela Pagani | Psicologia: Fátima Monteiro | Produção Executiva: Cláudia Niemayer e Cassia Navarro | Coordenação de Produção: Igor Armucho | Divulgação: Márcia Aguirre | Figurino: Marcelo X | Iluminação: Carlos Aleixo | Trilha Sonora: Peri Pane | Técnico de Som: Caike Carvalho Souza | Designer Gráfico: Marcelo X


Serviço
Espetáculo "Dodô" 
Datas: 8 e 9 de julho, terça e quarta-feira, às 20h30
Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Nydia Licia | Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista – São Paulo/SP
Duração: 75 minutos
Classificação: livre
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) | R$ 15,00 (meia) | Sympla
Capacidade da sala: 827 lugares

.: "Uma Rapsódia Para Sarah Bernhardt" na Biblioteca Mário de Andrade


Solo  escrito e interpretado por Luciana Carnieli, com direção de Elias Andreato, "Uma Rapsódia para Sarah Bernhardt" faz temporada gratuita na Biblioteca Mário de Andrade. Foto: João Caldas


Durante o mês de julho, a Biblioteca Mário de Andrade recebe o solo teatral "Uma Rapsódia para Sarah Bernhardt", com Luciana Carnieli e direção de Elias Andreato. As apresentações acontecem às segundas-feiras, às 19h, com entrada gratuita. Inspirado na trajetória da atriz francesa Sarah Bernhardt (1844–1923) - ícone do teatro mundial - o espetáculo propõe um diálogo entre passado e presente, refletindo sobre os desafios históricos e atuais das mulheres nas artes cênicas. A narrativa se constrói a partir de uma atriz contemporânea que, em processo criativo, incorpora momentos marcantes da vida de Bernhardt no palco.

A trilha sonora, assinada pelo maestro João Maurício Galindo, resgata obras de compositoras da época, como Lili Boulanger e Cécile Chaminade, ampliando o protagonismo feminino também na música. Segue o release para mais informações; . Depois de temporada esgotada na Arena B3, o espetáculo volta ao cartaz. No palco, uma profunda reflexão sobre o legado da icônica atriz Sarah Bernhardt, os desafios das mulheres no mundo das artes, e principalmente, no Teatro.

Inspirado na trajetória de vida da atriz francesa Sarah Bernhardt, considerada por muitos "a atriz mais famosa da história", o espetáculo propõe uma reflexão sobre os desafios e conquistas das mulheres no universo teatral. O espetáculo se apresenta às segundas-feiras de julho, às 19h, no teatro da Biblioteca Mário de Andrade.

Ao trazer pra cena a história de Sarah Bernhardt, o espetáculo celebra uma mulher que desafiou as normas de sua época, enfrentando a discriminação por sua postura irreverente e inovadora. Bernhardt se tornou um símbolo de força e empoderamento, não apenas por sua brilhante atuação no palco, mas também pela ousadia em quebrar convenções sociais, solidificando-se como uma das maiores atrizes de todos os tempos.

Simultaneamente, o espetáculo apresenta uma atriz contemporânea brasileira, que, diante dos desafios da profissão, se dedica à criação e produção de um espetáculo sobre Sarah Bernhardt. Essa conexão entre passado e presente, resulta em uma rapsódia cômico-dramática que revela pontos em comum ao longo da história, como o etarismo e a constante luta das mulheres no universo artístico.

A trilha sonora do espetáculo, elaborada pelo Maestro João Maurício Galindo, destaca-se por resgatar a obra de grandes compositoras contemporâneas de Sarah Bernhardt, como Lili Boulanger e Cécile Chaminade. Essa escolha cria um diálogo profundo entre a trilha sonora e o texto e valoriza a presença feminina nas artes. A peça também explora a relação de Sarah Bernhardt com o Brasil, país onde se apresentou diversas vezes, sendo o palco de um acidente que resultou na amputação de uma de suas pernas.

"Uma Rapsódia para Sarah Bernhardt" é uma homenagem ao poder da arte e ao papel transformador das mulheres. Um espetáculo para aqueles que buscam, para além do entretenimento, uma reflexão sobre temas contemporâneos e universais.


Sobre Luciana Carnieli
Atriz e dramaturga formada pela Escola de Arte Dramática/ ECA/ USP. No teatro, atuou em espetáculos de variados estilos – musical, comédia e drama - dirigidos por Jô Soares, Gabriel Villela, Marcelo Lazzaratto, Débora Dubois, Eduardo Tolentino de Araújo, Marcia Abujamra, Cássio Scapin, Alexandre Reinecke, entre outros. Na TV atuou em novelas e seriados da TV Globo, GNT e TV Cultura, sendo dirigida por diretores como Maurício Farias, Hugo Prata, Denise Sarraceni e Luís Villaça.

Foi indicada aos Prêmios: Bibi Ferreira, por seu trabalho em “Primeiro Hamlet”, APCA e Aplauso Brasil, por seu trabalho em “Amar, Verbo Intransitivo”, também ao Prêmio Aplauso Brasil por seu trabalho em “Roque Santeiro, o Musical” e aos prêmios Bibi Ferreira de Teatro Musical e Prêmio Qualidade Brasil por sua atuação no espetáculo musical “Lampião e Lancelote”, sendo vencedora do Prêmio Femsa por este trabalho.

Sobre Elias Andreato
Ator de teatro, cinema e televisão, diretor e muitas vezes roteirista dos seus próprios trabalhos. Sua busca é pela humanidade dos personagens que interpreta e seus espetáculos frequentemente questionam o papel do artista na sociedade e a relação com seu tempo. Construiu uma carreira sólida feita, acima de tudo, pela escolha por personagens/personalidades que pudessem traduzir esse pensamento – Van Gogh, Oscar Wilde, Artaud, são exemplos dessa escolha e resultaram em interpretações marcantes que garantiram a ele um lugar especial no teatro brasileiro.


Ficha técnica
Solo "Uma Rapsódia Para Sarah Bernhardt"
Dramaturgia e atuação: Luciana Carnieli
Direção: Elias Andreato
Trilha sonora: Maestro João Maurício Galindo
Figurino: Marichilene Artisevskis
Iluminação: Sylvie Laila
Fotos: João Caldas Filho
Vídeo: Seh Marques
Realização: Luminária Produções Artísticas


Serviço
Solo "Uma Rapsódia Para Sarah Bernhardt"
Biblioteca Mário de Andrade/ Auditório
Rua da Consolação, 94 - República
Segundas-feiras, dia 7, 14, 21 e 28 de julho. Horário: 19h00
Duração: 60 minutos Classificação: 12 anos
Ingressos: gratuitos/  disponíveis uma hora antes na bilheteria do Teatro.

domingo, 6 de julho de 2025

.: Leona Cavalli, provocada, diz que o teatro é a arte mais humana que existe


A artista, que atuou pela primeira vez aos seis anos de idade, continua nos palcos e conta como é trabalhar também como diretora. Foto: Gelse Montesso


Nesta terça-feira, dia 8 de julho, o apresentador Marcelo Tas recebe a atriz e diretora Leona Cavalli, no "Provoca". A artista, que atuou pela primeira vez aos seis anos de idade, continua nos palcos e conta como é trabalhar também como diretora. A entrevista inédita vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura.

Leona estreou profissionalmente no Teatro Oficina, do diretor Zé Celso, e fez peças como "As Troianas, de Eurípedes", e "Hamlet", de William Shakespeare; a atriz também começou a fazer cinema e TV. Mesmo com sua evolução, ela comenta que não recebeu apoio no começo da carreira. “O meu pai é político e ele sempre quis que eu fosse política. Eu nunca quis”, afirma.

Durante o bate-papo, Tas pergunta como é ser diretora, já que passou a maior parte da vida atuando. Leona responde que, na prática, a essência é a mesma, o que muda é a parte técnica e atenção aos detalhes. “O teatro é a arte mais humana que existe (...) A matéria-prima do teatro somos nós”, acrescenta.

Leona está na direção de seu quarto espetáculo. Participou de "Cascando o Bico" (1999), "O Príncipe" (2012) e "Pandora" (2018); e, atualmente, está em "Lady" (2025), interpretado por Susana Vieira. Hoje, aos 55 anos, Leona tem um sítio no Rio de Janeiro, onde cuida das suas plantas, investe em uma alimentação vegetariana e encara o tempo de forma cíclica.

sábado, 5 de julho de 2025

.: Bianca Rinaldi e Rodrigo Phavanello na comédia "Casa, Comida e Alma Lavada"


Destaque pelos palcos de diversas cidades brasileiras, peça de autoria Américo Nouman Jr. e Ricardo Tibau, terá apresentações aos sábados no palco do Teatro Santo Agostinho. Foto: divulgação

Com sucesso de público pelos palcos de diversas cidades brasileiras, a  comédia “Casa, Comida e Alma Lavada”, com autoria de Américo Nouman Jr. e Ricardo Tibau, anuncia nova temporada na cidade de São Paulo. Com estreia neste sábado, dia 5 de julho, no palco do Teatro Santo Agostinho, a peça destaca em cena os atores Bianca Rinaldi e Rodrigo Phavanello e contará com apresentações nos sábados, dias 12, 19 e 26 de julho.

“Estar no palco representando, é uma realização uma alegria transbordante e quando sento que o público participa do começo ao fim, rindo, se vendo em cena, refletindo, se envolvendo junto com gente nessa história, a realização e a alegria se tornam missão cumprida. Vou pra casa com a Alma Lavada”, comenta a atriz Bianca Rinaldi, no elenco desde do início da montagem, em setembro de 2024, no Rio de Janeiro.

“Com muito humor e uma boa dose de realidade, Casa, Comida e Alma Lavada nos faz rir e refletir sobre os altos e baixos da vida a dois. Entre trocas de farpas e momentos de cumplicidade, a peça mostra que, no fim das contas, o amor que resiste ao tempo é aquele que aprende a rir de si mesmo”, pontua o ator Rodrigo Phavanello, que passou a dividir o palco com Bianca, em março deste ano.

A comédia "Casa, Comida e Alma Lavada" apresenta ao público, com muito humor e irreverência, a história de Tânia Mara e Luís Alberto, onde após 20 anos de casados, resolvem aderir à DR (Discussão da Relação), quando vem à tona toda a trajetória do relacionamento, desde os apaixonados tempos de namoro até os dias atuais, onde, de ambas as partes, são revelados os detalhes e os segredos mais íntimos da relação e também dos que nela estão envolvidos.

Com direção assinada pelo experiente diretor Rogério Fabiano, a montagem preserva com excelência, a essência do texto, com os atores mantendo interação com o público, que acabam contando suas histórias e ao se identificarem com essa troca de farpas, chegam à conclusão de que na tradicional guerra dos sexos, quando o amor resiste ao tempo lutando contra tudo e contra todos, não existe um vencedor.

"Nada mais compensador para um autor do que ver sua obra crescer. O espetáculo 'Casa, Comida e Alma Lavada!' é para mim como um filho primogênito que faz os pais vibrarem na primeira palavra, no primeiro passo, no primeiro banho. 'Casa, Comida e Alma Lavada' foi a primeira peça escrita, a primeira montada, a primeira remontada, a primeira a trocar elenco. Agora, nessa nova temporada, está adulta. A sensação é quase a mesma de um pai ao ver seu primogênito se formando na faculdade", comemora o autor Américo Nouman Jr, que fez a estreia do texto da comédia em setembro de 2003.

Ficha técnica
Espetáculo "Casa, Comida e Alma Lavada"
Elenco:  Bianca Rinaldi  e Rodrigo Phavanello
Direção: Rogério Fabiano
Direção de movimentos: Ciro Barcelos
Cenário e figurinos: Márcio Araújo
Customização: Débora Munhyz
Designer de luz: Rafael Burgath
Trilha sonora: Miguel Briamonte
Produção executiva: Gherardo Franco
Produção: Rama Kriya Produções
Assessoria de imprensa: Davi Brandão


Serviço
Espetáculo "Casa, Comida e Alma Lavada" 
Temporada: apresentações aos sábados, dias 5, 12, 19 de julho, às 20 horas e  26 de julho, às 18 horas.
Teatro Santo Agostinho–  Rua Apeninos, 118, na Liberdade
Ingressos: R$ 100,00 (Bilheteria Express:  https://abrir.link/RGvuH)
Classificação: 14 anos
Duração: 75 minutos
Gênero: comédia
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

.: Flávia Reis faz estreia paulistana da comédia "Neurótica!" no Teatro J. Safra


Com direção de Márcio Trigo e roteiro de Henrique Tavares, espetáculo cria discussão bem-humorada sobre sobre a sobrecarga ainda enfrentada pelas mulheres. Foto: Tercianne Melo

A divertidíssima comédia "Neurótica!", estrelada pela atriz Flávia Reis, estreou em 2014 no Rio de Janeiro, onde fez várias temporadas de sucesso. E, agora, o espetáculo, com direção de Márcio Trigo e roteiro de Henrique Tavares,  desembarca na capital paulista para série de novas apresentações de 5 de julho a 31 de agosto, no Teatro J.Safra, aos sábados, às 21h00, e aos domingos, às 19h00.

Após séculos de preconceitos e discriminações, a mulher passou a ocupar espaços que eram antes exclusivamente ocupados pelos homens e a exercer um papel fundamental na organização da nossa sociedade. Entretanto, elas não deixaram para trás sua função de mãe e esposa. Essa sobrecarga dos afazeres do lar e da profissão, aliada ao ritmo acelerado dos nossos dias, gerou esses tipos femininos cômicos e curiosos. 

E Flávia Reis, que há 15 anos pesquisa o humor no gênero feminino, se apropria justamente da figura dessas mulheres conhecidas popularmente como neuróticas para satirizar os pequenos dramas da sociedade contemporânea, de forma crítica e com bastante ironia e acidez. A atriz se divide entre 11 personagens femininos, colocando uma lente de aumento nas figuras neuróticas do dia-a-dia. A trama é conduzida por uma terapeuta que, em uma palestra absolutamente equivocada sobre neuroses, apresenta tipos como a mulher que perde o próprio carro no estacionamento, a idosa pessimista que prevê o fim do mundo ao comer um tomate com agrotóxico e “Fernanda”, a cerimonialista que se atrapalha ao atender vários celulares ao mesmo tempo.


Sobre Flávia Reis
Flávia Reis
é atriz e comediante formada em Artes Cênicas pela UniRio, com formação em workshops de grandes nomes da comédia internacional. No teatro, atuou ao lado de Paulo Gustavo em “Hiperativo" e “On Line”,  e segue em cartaz com o solo “Neurótica!" desde 2014, além de seguir ao lado de Ricardo Cubba apresentando o espetáculo “Deixa que eu Conto”,  em turnê por teatros e casas de comédia do Brasil. Na televisão, destacou-se em programas de humor do Canal Multishow como “220 Volts”, “Não Tá Fácil pra Ninguém” e “Vai que Cola”. Já na TV Globo, integrou o elenco das novelas "Amor Eterno Amor" e “Travessia”. Na Netflix, participou da série "Sem Filtro” e do longa “Um Natal Cheio de Graça”. No Prime Video, foi vencedora do reality “LOL – Se Rir Já Era”.  Atualmente, integra a série “Cosme e Damião”, exibida no Globoplay além de viver Jacira em "Garota do Momento” novela que vem fazendo um enorme sucesso no horário das seis da TV Globo.


Ficha técnica
Espetáculo "Neurótica!"
Idealização e atuação: Flávia Reis
Direção: Márcio Trigo
Texto: Henrique Tavares e Flávia Reis
Participação: Flavio Souza
Direção musical e trilha sonora original: Guilherme Miranda
Iluminação: Aurélio de Simoni
Sonorização: Vinicius Geria
Cenário: Mina Quental
Coreografia: Andrea Jabor
Figurinos: Flávio Souza
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Design gráfico: Hannah23
Videografismo: Rico Vilarouca e Renato Vilarouca
Produção executiva: Juliana Trimer
Realização: Rainha Produções


Serviço
“Neurótica”, com Flávia Reis
Temporada: 5 de julho a 31 de agosto aos sábados, às 21h00, e aos domingos, às 19h00
Teatro: J. Safra - Rua Josef Kryss, 318, Barra Funda, São Paulo
Ingressos: R$30 a R$ 80
Venda on-line em https://www.eventim.com.br/artist/flavia-reis/
Bilheteria: às quartas e quintas, das 15h às 20h; às sextas, aos sábados e aos domingos, das 15h até o horário dos espetáculos
Fone bilheteria: (11) 3611-2561
Classificação: 14 anos
Duração: 70 minutos
Capacidade: 627 lugares
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

.: "Sombras no Final da Escadaria", solo com Vannessa Gerbelli, estreia em SP


Teatro Sérgio Cardoso recebe Sombras no Final da Escadaria, com Vannessa Gerbelli e direção de Amir Haddad. Comédia dramática inédita de Luiz Carlos Góes reflete, com humor ácido e confissão, sobre fracasso, resistência e os bastidores do teatro. Foto: Guga Melgar 


Com estreia marcada para este sábado, dia 5 de julho, e temporada aos sábados e domingos, sempre às 18h00, o público poderá conferir no Teatro Sérgio Cardoso,  o espetáculo "Sombras no Final da Escadaria", estrelado por Vannessa Gerbelli e dirigido por Amir Haddad. A peça marca a última obra inédita do dramaturgo carioca Luiz Carlos Góes (1944-2014), reconhecido por seu humor mordaz e olhar crítico sobre os comportamentos humanos.

A trama gira em torno de uma atriz sem nome, como escolheu o autor, que, após uma estreia desastrosa, decide ocupar o teatro e anuncia que só sairá dali à força. O espetáculo que ela apresenta à plateia é uma mistura de embromação cômica e confissão emocional, alternando entre o absurdo, o humor rasgado e momentos de profundo desabafo. Aos poucos, o nonsense dá lugar a uma fala direta, dolorida e provocadora, expondo camadas de frustração, misoginia, abusos e a solidão de quem insiste em fazer arte em um país que frequentemente ignora sua cultura.

“As questões da submissão e objetificação femininas ( importante dizer que hoje já se fala de muitos homens que passaram por isso também) me mobilizam desde criança. Quando li essa peça, me deliciei com o humor absurdamente corajoso do Luiz Carlos em seu auge, mas também reconheci  a denúncia e o grito dessas pessoas, sobretudo mulheres, que ecoam em minha subjetividade há tanto tempo. Além disso, Trabalhar com Amir é sempre meu maior prazer no teatro. Fico muito feliz de trazer essa obra  a São Paulo, onde comecei minha carreira”, complementa a atriz Vannessa Gerbelli. "Sombras no Final da Escadaria" é um convite à reflexão: como seguir adiante após o fracasso? Que sombras rondam uma mulher artista, sozinha no palco, diante da expectativa de um público?


Ficha técnica
Espetáculo "Sombras no Final da Escadaria"
Texto: Luiz Carlos Góes
Direção: Amir Haddad
Com: Vannessa Gerbelli
Iluminação: Paulo Denizot
Assistência de direção: Máximo Cutrim
Trilha sonora: Máximo Cutrim e Vannessa Gerbelli
Figurino: Vannessa Gerbelli
Assistência de figurino: Ciça Fillon
Fotos originais: Guga Melgar
Design São Paulo: Jayme Koatz
Design original: Antônio Kvalo
Direção de arte original: Beli Araújo
Operação de luz: Nic Matheus
Livro da peça: Editora O Sexo da Palavra
Produtores: Françoise Fillon e Joaquim Vicente
Produção: Grupo Prismma e Teatro da Gente
Realização: Gelsomina Produções Artísticas


Serviço
Espetáculo "Sombras no Final da Escadaria"
Temporada: 5 a 27 de julho de 2025, sábados e domingos, às 18h
Ingressos: R$ 90,00 (inteira) | R$ 45,00 (meia-entrada) | Sympla
Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno | Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista - São Paulo/SP
Duração: 1h20
Classificação etária: 16 anos
Capacidade: 143 lugares + 6 espaços para cadeirantes

.: Fulvio Stefanini retorna ao Teatro Uol para comemorar 70 anos de carreira


Montada em mais de 30 países, peça escrita pelo francês Florian Zeller rendeu ao brasileiro os Prêmios Shell e Bibi Ferreira de melhor ator. Foto: João Caldas F.º. 


Sucesso de público e de crítica, a premiada peça "O Pai", escrita pelo francês Florian Zeller, já foi vista por mais de 120 mil pessoas em suas mais de 300 apresentações desde a estreia em 2016. E, agora, a montagem brasileira volta ao palco do Teatro Uol para comemorar os 70 anos de carreira de Fulvio Stefanini, que ganhou os prêmios Shell e Bibi Ferreira de melhor ator por este trabalho. A nova temporada acontece de 5 de julho a 31 de agosto, com apresentações aos sábados e domingos, às 18h00.

A montagem, dirigida por Léo Stefanini, filho de Fulvio na vida real, levou também  os prêmios de melhor cenografia e melhor espetáculo do ano. Ainda no elenco estão Carol Gonzalez, Paulo Emílio, Fulvio Filho, Déo Patrício e Carol Mariottini. Encenado em mais de 30 países, o texto foi adaptado pelo próprio autor para o cinema em um filme de 2020, estrelado por Anthony Hopkins, que levou o Oscar nas categorias de melhor ator e roteiro adaptado. Recentemente, Florian Zeller estreou outro drama nas telonas, “O Filho” (2022), lançado neste ano no Brasil.

A peça ainda ganhou em 2014, na França, o famoso Prêmio Molière, nas categorias de melhor espetáculo, ator e atriz. E, na Inglaterra, foi eleita a peça do ano pelo jornal The Guardian. "O Pai" conta a história de André, um idoso de 80 anos, rabugento, porém muito simpático e divertido. Quando a memória dele começa a falhar, a sua única filha vive um dilema: deve levá-lo para morar com ela e contratar uma enfermeira para ajudá-la a cuidar dele ou deve interná-lo em um asilo - para poder curtir a vida ao lado de seu novo namorado? 

Com tom poético e um leve humor requintado, a peça trata desse tema comovente com leveza e sensibilidade, e nos convida a pensar sobre questões como a convivência familiar, o envelhecimento e as nossas escolhas na vida.


Ficha técnica
Espetáculo "O Pai"
Texto: Florian Zeller
Tradução: Carol Gonzalez e Lenita Aghetoni
Direção: Léo Stefanini
Elenco: Fulvio Stefanini, Carol Gonzalez, Fulvio Filho, Deo Patricio, Carol Mariottini e Paulo Emilio Lisboa
Luz: Diego Cortez
Som: Raul Teixeira e Renato Navarro
Figurinos: Lelê Barbieri
Técnicos: Diego Cortez e Ronaldo Silva
Design: Eric Aguiar
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Realização: Cora Produções Artísticas


Serviço
Espetáculo "O Pai", de Florian Zeller
Temporada: de 5 de julho a 31 de agosto
Aos sábados e domingos, às 18h
Teatro UOL - Shopping Pátio Higienópolis - Avenida Higienópolis, 618 - Higienópolis
Ingressos: Plateia VIP - R$ 150,00 (inteira) e R$ 75,00 (meia-entrada) | Plateia – R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada)
Venda on-line em https://teatrouol.com.br/espetaculos/o-pai-2/
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos
Capacidade: 305 lugares
Acessibilidade: o teatro é acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

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