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segunda-feira, 18 de março de 2024

.: Teatro Rosinha Mastrângelo recebe a peça "Pagu - Do Outro Lado do Muro"


A vida de Patrícia Galvão, a Pagu, considerada uma das precursoras do movimento feminista no Brasil, como mãe, militante política, escritora, é tema do espetáculo "Pagu - Do Outro Lado do Muro", que será seguido de bate-papo. Foto: Arô Ribeiro


Localizado no Centro de Cultura Patrícia Galvão, em Santos, o Teatro Rosinha Mastrângelo recebe o monólogo "Pagu - Do Outro Lado do Muro", nesta quinta-feira, dia 21 de março, às 19h00.  Ao final do espetáculo, a dramaturga Tereza Freire, autora do livro "Dos Escombros de Pagu: um Recorte Biográfico de Patrícia Galvão", lançado pelas Edições Sesc SP e Editora Senac, e a atriz Thais Aguiar, participam de um bate-papo seguido de sessão de autógrafos. A classificação indicativa do espetáculo, que tem apresentação gratuita, é de 14 anos. A retirada de ingressos será no dia, a partir das 10h00, no Sesc Santos.

O monólogo com a atriz Thais Aguiar e texto da dramaturga e historiadora Tereza Freire que de forma ímpar, conta a riquíssima vida de Patrícia Galvão, mãe, militante política, escritora, que passa por sua relação com Tarsila do Amaral e os modernistas, fala de seus filhos, amores, amigos, da família, das viagens, das descobertas, da menina irreverente que foi e da mulher guerreira em que se transformou e hoje considerada uma das precursoras do movimento feminista no Brasil. Um espetáculo que nos leva a verdadeiramente conhecer o furacão que é Pagu, entendê-la e amá-la.

Estamos falando de abuso, de violência, do tarefismo imposto a mulheres, de várias coisas que Pagu passou, mas que todas nós mulheres ainda passamos. E como ampliar e tornar ainda mais arquetípica essa história, essa relação que não é só de uma mulher, é de uma geração que se perpetua pelas próximas gerações. Enquanto houver patriarcado isso vai existir.

Nesta montagem, formada por uma equipe artística composta em sua maioria por mulheres, resultado de 4 anos de pesquisa da atriz Thais Aguiar sobre a vida e a obra de Pagu. "Pagu - Do Outro Lado do Muro" traz uma dramaturgia atualizada que dialoga ainda mais com o cenário social e político brasileiro. Com idealização de Thais Aguiar, da Espontânea Cia de Teatro, direção de Érika Moura e Natália Siufi (Grupo Xingó), e dramaturgia assinada por Tereza Freire.

O espetáculo reúne forças nesse encontro de mulheres, que ditam o pulso numa caminhada vertical na contramão de um pensar, existir e se mover. Nos questiona como é que a gente faz desse teatro que é antigo e resistente, se tornar essa relação de uma experiência conjunta, presente e capaz de convocar toda uma ancestralidade de mulheres.

"Pagu - Do Outro Lado do Muro" nasceu após sua montagem embrionária em 2022, inspirada no livro "Dos Escombros de Pagu", de Tereza Freire (Edições Sesc), realizada especialmente para as comemorações do Centenário da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, em 2022, na Oficina Cultural Oswald de Andrade em São Paulo.

Sobre o livro
As Edições Sesc São Paulo lançam "Dos Escombros de Pagu: um Recorte Biográfico de Patrícia Galvão". A segunda edição da biografia, escrita pela historiadora Tereza Freire, tem como ponto de partida a reunião dos escritos de Pagu, como cartas, bilhetes, poemas, correspondências e artigos de jornal. Poucas personagens da vida cultural e política brasileira da primeira metade do século XX tiveram uma vida tão intensa e fascinante como a escritora, poetisa, diretora teatral, tradutora, desenhista, cartunista e jornalista Patrícia Rehder Galvão, a Pagu. 

Essa mulher extraordinária, no entanto, ainda é pouco conhecida do grande público. Para ajudar a preencher essa lacuna, as Edições Sesc São Paulo, em parceria com a Editora Senac SP, publicam a segunda edição de "Dos Escombros de Pagu: um Recorte Biográfico de Patrícia Galvão", da historiadora Tereza Freire.

A autora relata a agitada vida de Pagu, nascida em 1910 em uma família abastada do interior de São Paulo, a partir de correspondências, poemas e artigos de jornal. Dividido em três partes e por temas, o livro não se limita a fazer um relato cronológico de acontecimentos, mas dá voz à biografada, tomando como ponto de partida a reunião de seus escritos. Quem assina o prefácio é o historiador Rudá K. Andrade, neto de Pagu e do também escritor Oswald de Andrade, um dos principais arquitetos do Modernismo brasileiro.

Tereza Freire é historiadora com mestrado sobre Pagu pela PUC-SP. É roteirista e diretora do documentário Caminhos do Yoga, gravado na Índia em 2003, e autora do romance "Selvagem como o Vento", de 2002. Na televisão, foi roteirista da série de documentários "Diário de Viagem", sobre turismo no Nordeste, e como apresentadora do programa "Contos da Meia-noite", da TV Cultura de São Paulo. O livro "Os Escombros de Pagu" foi inspiração para duas montagens de teatro, no Rio de Janeiro e em São Paulo.


Ficha técnica
Monólogo "Pagu - Do Outro Lado do Muro" 
Atuação: Thais Aguiar
Texto: Tereza Freire
Direção: Erika Moura e Natália Siufi
Trilha Sonora original: Paulo Gianini
Iluminação: Tomate Saraiva
Fotografias: Arô Ribeiro
Design gráfico: Theo Siqueira
Cenário e Figurino orientados por Livia Loureiro
Realização: Espontânea Cultural
Assessoria de Imprensa: Antonio Montano
Coprodução: Lorenna Mesquita


Serviço
Monólogo "Pagu - Do Outro Lado do Muro"
Espetáculo seguido de bate-papo e sessão de autógrafos
Com Espontânea Cia. de Teatro
Bate-papo e sessão de autógrafos do livro "Dos Escombros de Pagu: um Recorte Biográfico de Patrícia Galvão" - Edições Sesc SP e Editora Senac com Tereza Freire (autora) e Thais Aguiar (atriz
Quinta-feira, dia 21 de março, às 19h00

Teatro Rosinha Mastrângelo
Av. Senador Pinheiro Machado, 48 - Vila Matias)
(piso térreo do Centro Cultural Patrícia Galvão)
Classificação indicativa: 14 anos
Grátis. Retirada de ingressos no dia, a partir das 10h00, no Sesc Santos

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida  
Telefone: (13) 3278-9800  

quinta-feira, 14 de março de 2024

.: Com Ricardo Tozzi e grande elenco, "Ainda Dá Tempo" estreia no Teatro Uol


Uma casa à venda é o ponto de encontro de três casais, que se surpreendem com descobertas que podem mudar os seus destinos. Comédia de Jeff Gould, com direção de Isser Korik, estreia no dia 5 de abril, no Teatro Uol. Foto: Guilherme Assano

Com Ricardo Tozzi, Bruna Thedy, Norival Rizzo, Eliete Cigaarini, Igor Cosso, Bia Arantes e Klayton Pavesi, o espetáculo “Ainda Dá Tempo”, que estreia dia 5 de abril no Teatro Uol, traz uma reflexão divertida e instigante sobre a passagem do tempo e a importância do cuidado que os casais devem ter com o relacionamento, nas suas diferentes fases.Escrita por Jeff Gould e com direção de Isser Korik, a comédia começa com casal de meia idade e seu filho adolescente, que arrumam sua casa que está à venda, para receber compradores.

Dois casais, em fases e objetivos distintos, chegam para a visitação e começam a compartilhar as experiências e os desafios que enfrentam em seus relacionamentos. As afinidades entre os gêneros vão se tornando evidentes até que sinais estranhos e misteriosos surgem, o que os leva a uma descoberta surpreendente. Tal situação desperta os casais a questionarem sobre como, no presente, lidam com o seu passado e o que desejam fazer pelo seu futuro.


Parceria de sucesso
A comédia “Ainda Dá Tempo” é o mais recente texto assinado pelo americano Jeff Gould. Durante vinte e cinco anos, o dramaturgo tem feito o público rir ao explorar os territórios do amor, do sexo e do casamento com seu olhar atento sobre aos relacionamentos. “Definitivamente meus textos têm pitadas autobiográficas. Muitos diálogos são baseados no meu relacionamento com minha ex-mulher. Mas não é só isso. Se você quer ser escritor, tenho duas sugestões: seja um pouco louco e seja amigo de alguns deles”, fala o autor sobre o seu trabalho.

“Jogo Aberto”, um dos sucessos anteriores do autor já foi montado em vários países, incluindo o Brasil (2016), traduzido e dirigido por Isser Korik e protagonizado por Ricardo Tozzi. “Eu gosto de repetir parcerias que dão certo. Alguns autores são recorrentes no meu trabalho: João Bethencourt já fiz dois textos, Jeff Gould já é o terceiro que traduzo e enceno. Retomar a parceria com o Tozzi, com a Bruna e com a Eliete, nesse elenco que é um 'dream team' é muito gratificante para mim”. O espetáculo é apresentado pela empresa Metlife e patrocínio do Banco Luso e Consigaz pela Lei Nacional de Incentivo à Cultura.

Ficha técnica
Espetáculo "Ainda Dá Tempo"
Comédia de Jeff Gould
Tradução e Direção de Isser Korik
Elenco: Ricardo Tozzi, Bruna Thedy, Norival Rizzo, Eliete Cigaarini, Igor Cosso, Bia Arantes e Klayton Pavesi.
Cenografia: Ricardo Tozzi
Figurinos: Renata Ricci
Produção Executiva e Cenotecnia: Will Siqueira
Trilha Sonora: Wagner Bernardes
Fotografia: Guilherme Assano
Assistência de Direção: Roana Paglianno
Assessoria de Imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Criação Gráfica: Letícia Andrade  e R+Marketing
Administração: Paloma Espíndola
Prestação de Contas: Sonia Kavantan
Coordenação de Marketing: Emanoela Abrantes
Iluminador e Operação: Rafael Pereir
Mídias Sociais: Renata Castanho
Realização: Referendum Participações e Serviços Ltda e Ministério da Cultura

Serviço:
Espetáculo "Ainda Dá Tempo"
De: Jeff Gould
Tradução e direção: Isser Korik
Gênero: Comédia
Duração: 80 minutos
Classificação: 12 anos
Temporada: de 5 de abril a 2 de junho. Sextas, sábados e domingos, às 20h00.

Ingressos:
Sextas e Domingos – Setor A R$ 100,00 e Setor B R$ 70,00
Sábados – Setor A R$ 120,00 e Setor B R$ 90,00
Ingressos promocionais com descontos de 70% e 80%, no site e na bilheteria, para os primeiros compradores de cada sessão.

Teatro Uol
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323
Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323
Vendas on-line: www.teatrouol.com.br
Capacidade: 300 lugares
Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel: 4040-2004 / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094

Horário de funcionamento da bilheteria
Quartas e quintas das 17h às 20h, sextas das 16h às 20h, sábados, das 13h às 22h e domingos, das 13h às 20h; não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube UOL e Clube Folha 50% desconto.Patrocínio do Teatro Uol: Uol, Folha de S.Paulo, Genesys, Banco Luso Brasileiro e MetLife.

quarta-feira, 13 de março de 2024

.: Últimas apresentações de "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta..."


Com texto da brasileira Consuelo de Castro, peça está em cartaz até 24 de março no Teatro Paiol Cultural, com idealização de Roberta Collet e direção de Reginaldo Nascimento. Foto: Ronaldo Gutierrez

A montagem "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História", com texto da dramaturga Consuelo de Castro (1946-2016), e idealizada por Roberta Collet, que também está no papel principal, e dirigida Reginaldo Nascimento, faz as últimas apresentações  no Teatro Paiol Cultural, na Vila Buarque, em São Paulo. A peça está em cartaz até dia 24 de março, com sessões sábados e domingos.

Nesta versão livre do mito de Medeia, a personagem-título toma o lugar de Jasão e chefia a expedição dos Argonautas, não por amor a ele, mas pelo ideal de paz entre os povos do Ocidente e do Oriente. Na peça, ela é traída não só pelo amor de Jasão a uma outra mulher, mas por uma aliança política dele com o rei Creonte. Os intérpretes são  Roberta Collet, Felipe Oliveira, Haroldo Bianchi, Joca Sanches e Rodrigo Ladeira. 

A peça foi montada com recursos próprios, sem o apoio de leis de incentivo. O texto de Consuelo mostra Medeia por outros ângulos: na trama, ela tem ideais políticos e chefia a expedição dos Argonautas no lugar de Jasão. De acordo com o mito, a missão desses navegantes era ir à Cólquida buscar o Velocino de Ouro, um presente dos deuses cujo poder era atrair prosperidade. 

Medeia lutava para garantir a paz entre os povos do Ocidente e do Oriente. Por esse motivo, foi traída não só pelo amor de Jasão a uma outra mulher, mas por uma aliança política dele com o rei Creonte. Para abordar todas essas dimensões no espetáculo, a encenação coloca o poder feminino a partir dos atos finais de vida, mortes e renascimentos que atravessam o caminho de Medeia. Ela representa a luta de tantas outras pela paz ao longo da história. A traição aparece em cada desejo inescrupuloso dos homens que a cercam no desenvolvimento da tragédia. “Ela é deslegitimada pelos deuses, pelos oráculos e pelo próprio Jasão. Em sua visão, todos esses agentes matam as pessoas que a ajudam e roubam seu direito de ser rainha”, comenta o diretor Reginaldo Nascimento.


Sobre a encenação
"Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História" de uma maneira diferente. Por isso, de acordo com o diretor Reginaldo Nascimento, a concepção do espetáculo se pauta em uma encenação limpa. “Nosso foco está na força das palavras e na potência das interpretações. Dessa maneira, o cenário é minimalista e a trilha sonora serve apenas para ambientar o espectador”, comenta.

Na proposta cênica, todos os personagens já estão mortos – exceto Medeia, pois ela se tornou um símbolo. “Como minha ideia é que ela esteja expurgando os pecados, a narrativa acontece em retrospecto, como um filme. Ou seja, o palácio já foi queimado e os filhos já estão mortos. Assim, quero que os atores e atrizes estejam chamuscados pela poeira do fogo e do tempo – e o figurinista Chriz Aizner vai viabilizar isso”, detalha o diretor.    

Em relação à sonoplastia, Reginaldo Nascimento pensou em utilizar apenas músicas instrumentais. Haverá também a projeção de um mar, com o barulho constante de água, raios e trovões, dando o clima de uma tragédia grega.  “Para nós, é uma alegria montar esse texto no Teatro Paiol Cultural, que abriu as portas em 1969, justamente com um texto de Consuelo de Castro”, afirma Nascimento. 

Ficha técnica
Espetáculo "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História"
Autora: Consuelo de Castro
Direção: Reginaldo Nascimento
Diretora assistente: Amália Pereira
Elenco: Roberta Collet, Felipe Oliveira, Haroldo Bianchi, Joca Sanches e Rodrigo Ladeira
Desenho de Espaço Cênico e Sonoplastia: Reginaldo Nascimento
Cenário e figurinos: Chris Aizner
Lighting Design: Wagner Pinto
Costureira: Judite Gerônimo de Lima
Assessoria de imprensa: Canal Aberto
Fotógrafo: Ronaldo Gutierrez
Produção executiva: Amália Pereira
Direção de produção: Reginaldo Nascimento
Designer: Patricia Collet


Serviço
Espetáculo "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História"
Até 24 de março, aos sábados, às 20h00, e, aos domingos, às 19h00
Local: Teatro Paiol Cultural - R. Amaral Gurgel, 164 - Vila Buarque (estações de metrô: Santa Cecília e República. Estacionamentos conveniados: Rua Marquês de Itu, 401 e 436). Telefone: (11) 2364-5671.
Bilheteria: de quinta a domingo, das 14h00 às 20h00
Valor: R$ 60,00 e R$ 30,00
Classificação: 14 anos | Duração: 90 minutos

segunda-feira, 11 de março de 2024

.: "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada" estreia no Teatro Faap


Marisa Orth e Tania Bondezan protagonizam "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada", que estreia no dia 19 de março no Teatro Faap.Inédito no Brasil, o espetáculo dirigido por Odilon Wagner é uma comédia ágil, de humor insólito e cheio de surpresas. Foi escrito pelos uruguaios Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal e encenado em 12 países. Foto: João Caldas 

A insegurança laboral no serviço doméstico e a questão da idade no mundo do trabalho são os grandes temas abordados pela peça "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada", dos autores uruguaios Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal. Ainda inédito no país, o espetáculo ganha uma versão dirigida por Odilon Wagner e protagonizada por Marisa Orth e Tania Bondezan, estreia no dia 19 de março no Teatro Faap onde segue em cartaz até 23 de maio, com sessões às terças, quartas e quintas-feiras, às 20h. 

A comédia estreou em 2016 em Montevidéu e, desde então, teve montagens bem-sucedidas no Uruguai, Chile, Argentina, Espanha, Colômbia, Peru, México, Costa Rica, República Dominicana, Porto Rico, EUA e Panamá. Além disso, conquistou os prêmios Estrella de Mar (2022), Carlos (2023) e ACE Awards (2023), na Argentina, e Bravo (2023), no México. E, em 2024, ainda deve estrear na Bélgica e no Paraguai.

“O convite para montar essa obra veio do próprio autor Fernando Smith”, conta a atriz Tania Bondezan, que também assina a produção ao lado de Odilon Wagner. “Fernando me perguntou se eu tinha interesse em ler a peça e eventualmente montá-la. Eu morri de rir já na primeira leitura, encantei-me com a inteligência e com o humor do texto e já fui traduzindo. Então, mostrei a peça para o Odilon que também se encantou com o trabalho e se propôs a dirigi-lo”, explica a atriz.

Com humor cáustico, a peça acompanha duas cuidadoras de idosos, Glória e Lúcia, que trabalham em diferentes turnos para cuidar de Radojka, uma senhora sérvia que vive longe de sua família. Tudo funciona maravilhosamente bem até que, certa manhã, Glória descobre que Radojka faleceu, após um fatídico acidente doméstico. 

A comédia é baseada nos planos delirantes que as cuidadoras tramam para não perder o emprego, o que acaba resultando em situações bizarras. O desespero de perder o emprego em uma certa idade, o duplo padrão, a ganância e a impunidade que certas situações dão como desculpa para quebrar nosso sistema de crenças e valores são temas apresentados pela obra. 

E sobre a montagem, o autor Fernando Schmidt reflete: “É a nossa primeira experiência teatral no Brasil e esperamos que proporcione as mesmas gargalhadas que ouvimos em todas as montagens anteriores. Cada versão da peça integrou referências locais, mas sempre refletiu como é difícil conseguir um emprego depois dos 50 anos. E rir dos nossos problemas é uma forma de começar a superá-los”.

Para Marisa Orth, que estará em cartaz ao mesmo tempo com o drama "Bárbara", de Michelle Ferreira, a experiência de interpretar dois papéis tão diferentes é desafiadora. “Realmente, nunca vivi isso. Estou ansiosa e aflita, porque de terça a quinta estou em uma comédia e de sexta a domingo, em uma peça densa. Mas estou feliz, porque tenho certeza de que vou crescer muito como atriz. Está sendo uma experiência muito enriquecedora”, diz.

“'Radojka' é um dos textos mais divertidos que li nos últimos anos, era impossível não gargalhar com o humor ácido desse texto ágil e cheio de surpresas do começo ao fim. As duas cuidadoras se envolvem numa trama inusitada e que ao decorrer da peça parece não ter solução, mas as reviravoltas aparecem, como em toda boa comédia de situação, mudando o rumo da história”, comenta Odilon Wagner. O diretor ainda comenta que os papéis das duas protagonistas não poderiam estar em melhores mãos. “Trabalhar com Marisa e Tania é um deleite, pois essa união de talentos, criatividade pulsante e entrega despudorada, tornou o trabalho da direção e de toda a equipe criativa uma alegria. Nos divertimos e rimos muito durante os ensaios e tenho certeza que a experiência será assim para todos!”, acrescenta.


Sobre os autores
Fernando Schmidt é dramaturgo e roteirista de cinema e televisão. Escreveu uma dezena de peças teatrais e mais de vinte peças colaborativas, encenadas em diversos países. Em 1994 estreou seu trabalho solo “Track”. Sete Personagens em Busca do Amor”, premiado pelo Instituto Internacional de Teatro (Unesco) como a melhor obra de um autor nacional daquele ano. 

Pela peça “Quem Foi o Engraçado?”, ganhou o Prêmio Municipal de Dramaturgia em 2010. A peça foi encenada no Uruguai, Argentina e Chile. É autor dos monólogos que compuseram o espetáculo teatral “10 Maneiras de Ser Homem”, estreado no Uruguai, Argentina e Chile.

Em coautoria com Christian Ibarzabal, escreveu diversas obras. Uma delas é “Radojka”, vencedora do prêmio Estrella de Mar em 2022 e do prêmio Carlos 2023, de melhor texto teatral e melhor comédia da temporada, na República Argentina. Com versões na Espanha, México, Argentina, Colômbia, Peru, República Dominicana, Costa Rica, Chile e Uruguai, a obra já ultrapassou 300 mil espectadores.

Também em parceria com Ibarzabal escreveu “Creer y Reventar”, obra que estreou no Chile, Uruguai e México. Com a sua obra “Retrato Inacabado de Mulher” ganhou o Prémio Cofonte 2023 de dramaturgia inédita. É coautor de cinco longas-metragens de diferentes gêneros. Desenvolveu formatos e conteúdos para mais de 30 programas de televisão na Argentina, Uruguai e Chile. Programas de comédia, sitcoms, shows, tramas de suspense, séries animadas, esportes, entrevistas e musicais, vários deles reconhecidos com os prêmios Martín Fierro (Argentina), Iris (Uruguai) e Tabaré (Uruguai).

Já Christian Ibarzabal é roteirista e dramaturgo. Fez cursos de roteiro com Fernando Schmidt no Uruguai e participou de seminários e workshops com Jorge Maestro, Pablo Culell, Carolina Aguirre e Leandro Calderone na Argentina. Desenvolveu roteiros para os programas de televisão Sinvergüenza (Teledoce, Uruguai), La Culpa es de Colón (Teledoce, Uruguai) e Something with you (Montecarlo, Uruguai).

Estreou dez obras de sua autoria e quase vinte em colaboração, nos principais teatros de Montevidéu e do interior do Uruguai. Recebeu indicações e prêmios da crítica teatral, nas categorias Estreante, Melhor Espetáculo Musical e Melhor Espetáculo Infantil, no Prêmio Florencio de teatro uruguaio. Sua obra “Ojos que No Ven” recebeu distinção honorária no Concurso Municipal de Montevidéu 2010. 

Ficha técnica
Espetáculo "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada"
Texto: Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal
Tradução: Tania Bondezan
Elenco: Marisa Orth e Tania Bondezan
Direção: Odilon Wagner
Assistente de direção e Trilha Sonora: Raphael Gama
Cenário: Chris Aizner
Figurinos: Marichilene Artisevskis
Visagista: Eliseu Cabral
Música: Jonatan Harold
Desenho de Luz: Ney Bonfante
Desenho de Som: André Omote
Arte Gráfica: Lais Leiros
Fotografia: João Caldas
Mídias Sociais: Felipe Pirillo
Direção de Palco: Tadeu Tosta
Contra-regra: Jonathan Alves
Produção Executiva: Katia Brito
Produtores Associados: Tania Bondezan e Odilon Wagner

Serviço
Espetáculo "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada", de Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal
Temporada: 19 de março a 23 de maio, de terça a quinta, às 20h
Teatro Faap – Rua Alagoas, 903 – Higienópolis/São Paulo
Ingressos: R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada) R$ 42,00 (inteira ingresso social) R$ 21,00 (meia ingresso social)
Vendas on-line em https://teatrofaap.showare.com.br/ e http://www.radojkaacomedia.art.br/
Bilheteria: de quarta a sábado, das 14h às 20h, e aos domingos, das 14h às 17h. ​ Em dias de espetáculos, a bilheteria funciona até o início dos mesmos.
Classificação: 12 anos
Duração: 80 minutos
Capacidade: 477 lugares
Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. 

.: Teatro: "O Ninho, Um Recado da Raiz", de Newton Moreno, no Sesc Bom Retiro


Espetáculo inédito é escrito e dirigido por Newton Moreno. Com trilha sonora original de Zeca Baleiro, espetáculo é uma novela cênica sobre a intolerância e o ódio no canavial nordestino. Foto: Ronaldo Gutierrez


A dolorosa procura de um jovem por descobrir suas origens e o passado de sua família é tema de "O Ninho, Um Recado da Raiz", com direção e dramaturgia do premiado Newton Moreno. O espetáculo estreia nesta sexta-feira, dia 15 de março, no Sesc Bom Retiro, onde segue em cartaz até 21 de abril, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00. O trabalho ainda tem trilha sonora original de Zeca Baleiro, que também assina a direção musical ao lado de André Bedurê. Já o elenco traz Paulo de Pontes, Tay Lopes, Kátia Daher, Badu Morais, Rebeca Jamir e Jorge de Paula. Em cena, também estão os músicos Bedurê e Pablo Moura.

O projeto retoma a parceria de Moreno com o produtor Rodrigo Velloni, parceiros criativos na bem-sucedida montagem “As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão” (2019). Escrita em 2009, "O Ninho, Um Recado da Raiz" surgiu quando a Cia. Os Fofos Encenam estava pesquisando a civilização da cana-de-açúcar, o patriarcado feudalista da cana e a região da Zona da Mata, no Nordeste brasileiro, para a criação da peça “Memória da Cana”. Na época, o texto seria usado para compor um dos movimentos de outro espetáculo do grupo, “Terra de Santo”, que foi encenado na sequência.

“Nas minhas pesquisas, acabei descobrindo uma célula nazista, localizada em uma cidade perto de Recife. Lá, havia uma grande empresa de uma família poderosa chamada Lundgren, que é importantíssima para a história da cidade e apoiou alguns nazistas que vieram para cá. Encontrei no Arquivo Público do Estado de Pernambuco uma série de documentos registrando os encontros dessas pessoas com espiões alemães e até reuniões do partido nazista. Tive acesso ao trabalho de pesquisadores e ao livro de uma amiga, Susan Lewis, sobre essa presença dos nazistas no Brasil e nas Américas, e comecei a escrever a história”, conta Newton Moreno.

E sobre a decisão de retomar essa obra, o autor ainda revela que se trata de uma resposta à nova ascensão da extrema direita ultraconservadora e dos pensamentos fascista e neonazista no Brasil e no mundo. “Recentemente, tive acesso aos trabalhos da saudosa pesquisadora Adriana Dias, sobre o neonazismo no Brasil. E achamos que seria o momento de investigar o porquê a gente ainda convive com essas ideias fascistas, e nessa herança neonazista que nos cerca”, acrescenta.

"O Ninho, Um Recado da Raiz" é uma novela cênica sobre a intolerância e o ódio em terras brasileiras, em pleno canavial nordestino. Obstinado e incansável, um jovem parte em busca de sua origem até descobrir a verdade dolorosa sobre sua família. Ele é alertado sobre os perigos que se anunciam, mas persevera até entender que a descoberta de si é sempre dolorosa.

“Estamos redescobrindo o Brasil e as muitas histórias que estão sendo recontadas ou que nunca foram contadas. Contamos a história de um rapaz que descobre ter sido deixado numa roda de enjeitados de um convento por uma família. E, quando ele quer saber que família é essa, resvala em heranças que ele não imaginava. Trabalhamos esse espelhamento da busca desse menino atrás do seu DNA com a busca de um país atrás do seu DNA”, antecipa o autor.

Já a encenação, conta o diretor, trabalha com um tripé formado pelo texto, o ator e a música em cena. “É no jogo entre essas três forças que a encenação se dá. A música é executada ao vivo e esses atores estão entregando essa verdade, essa busca desse menino. Só que aqui temos realmente uma história mais seca, que flerta com o trágico”, comenta Moreno.


Ficha técnica
Espetáculo "O Ninho, Um Recado da Raiz"
Elenco: Paulo de Pontes, Tay Lopez, Kátia Daher, Badu Morais, Rebeca Jamir e Jorge de Paula
Músicos: André Bedurê e Pablo Moura
Texto e Direção: Newton Moreno Assistente de Direção: Almir Martines Dramaturgista: Bernardo Bibancos
Produção: Rodrigo Velloni Produção Executiva: Swan Prado
Trilha Sonora Original: Zeca Baleiro
Direção Musical: André Bedurê e Zeca Baleiro
A música "Recado da Raiz" foi escrita por Zeca Baleiro e Newton Moreno
A música "Corifeia" foi escrita por Zeca Baleiro, André Bedurê e Newton Moreno Preparação Vocal e Arranjos Vocais: Rebeca Jamir
Preparação dos Atores e Direção de Movimento: Erica Rodrigues
Cenografia: Andre Cortez
Assistente de Cenografia: Camila Refinetti Cenotécnico: Wanderley Wagner Serralheria: Fernando Zimolo
Adereços: Zé Valdir
Figurinos: Fábio Namatame Assistente: Lari Andrade Modelagem: Juliano Lopes Modelagem e Costura: Lenilda Moura
Costura: Fernando Reinert , Maria Jose Castro e Judite Gerônimo Adereços: Antônio Ocelio de Sá
Iluminação: Equipe A2 | Lighting Design Desenho de Luz: Wagner Pinto Produção de Luz: Carina Tavares Assistente de Iluminação: Gabriel Greghi Operação de Luz: Gabriela Cezario
Consultoria Sonora: Radar Sound | André Omote Operação de Som: Nayara Konno
Palestrante e Historiadora: Susan Lewis
Consultoria e Tradução do Alemão: Evaldo Mocarzel Consultoria de Hebraico: Elaine Kauffman
Diretor de Palco: Jones Souza
Contrarregra: Eduardo Portella
Camareira: Luciana Galvão
Designer Gráfico e Ilustrações: Ricardo Cammarota Fotos: Ronaldo Gutierrez
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Captação, Edição e Mídias Sociais: GaTú Filmes
Gestão Financeira: Vanessa Velloni
Consultoria Jurídica: Martha Macruz de Sá
Administração: Velloni Produções Artísticas


Serviço
Espetáculo "O Ninho, Um Recado da Raiz"
Temporada: 15, 16, 17, 22, 23, 24, 30 e 31/03/2024 e 5, 6, 7, 12, 13, 14, 19 (duas apresentações), 20 e 21/04/2024. Sextas e sábados, às 20h; Domingos, às 18h; Sessão extra na sexta 19/04, às 15h. No dia 29/03, feriado, o Sesc não abre.
Sesc Bom Retiro – Alameda Nothmann, 185, Campos Elíseos
Ingressos: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 15,00 (credencial plena)
Vendas on-line em sescsp.org.br
Classificação: 16 anos
Duração: 90 minutos Gênero: Drama Capacidade: 297 lugares
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Sessão com audiodescrição no dia 13/04 e interpretação em Libras no dia 14/04.


Estacionamento do Sesc Bom Retiro - (Vagas Limitadas)
O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais e bicicletário. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.       
Valores: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (Credencial Plena). R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos à noite R$ 7,50 (Credencial Plena). R$ 15,00 (pelo período).
Horários: terça a sexta, das 9h00 às 20h00. Sábado: 10h00 às 20h00. Domingo: 10h00 às 18h00. Em dias de evento no teatro, o estacionamento funciona até o término da apresentação.       


Transporte gratuito
O Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito circular partindo da Estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz.
Horário de início do serviço: Terça a Sábado, às 17h30 | Domingo e Feriados, às 15h30. Ao término do espetáculo, o serviço retorna à Estação Luz.      


Sesc Bom Retiro
Alameda Nothmann, 185 - Campos Elíseos/São Paulo
Telefone: (11) 3332-3600
Fique atento se for utilizar o Uber para vir ao Sesc Bom Retiro! É preciso escrever o endereço completo no destino, Alameda Nothmann, 185, caso contrário o aplicativo informará outra rota/destino.

domingo, 10 de março de 2024

.: Grupo Folias estreia "Coisas Estranhas que o Mar Traz", inspirado em romance


O Grupo Folias busca no Teatro de animação toda expressividade para contar "Coisas Estranhas que o Mar Traz", livremente inspirado do romance "O Filho de Mil Homens", de Valter Hugo Mãe. Com direção e dramaturgia de Cleber Laguna e Marcia Fernandes, espetáculo estreia na sede do grupo no dia 22 de março. Foto: Mariana Chama


O espetáculo "Coisas Estranhas que o Mar Traz", novo trabalho do Grupo Folias, é livremente inspirado no romance “O Filho de Mil Homens”, do autor português Valter Hugo Mãe. Estreia no dia 22 de março na sede do grupo, onde segue em cartaz até 13 de maio, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos e às segundas, às 19h00. A peça tem direção e dramaturgia de Cleber Laguna e Marcia Fernandes e traz no elenco Alex Rocha, Clarissa Moser, Lui Seixas, Marcella Vicentini e Marcellus Beghelle.

A trama se passa em um vilarejo à beira-mar, onde essas figuras solitárias têm suas histórias e sonhos cruzados. Como barcos à deriva, eles se aproximam, se reconhecem e reinventam um caminho em comum. Pequenas vidas marcadas por singelas tristezas e uma silenciosa esperança iluminam esta fábula sobre as diferenças e a mágica existência cotidiana. Trata-se de uma poesia visual e sonora sobre os vazios das pessoas e as possibilidades de felicidade ao simplesmente ser quem se é.

O grupo busca na expressividade do Teatro de Animação uma maneira de contar essa história, fazendo uso de máscaras, bonecos e Teatro de Sombras. A escolha por essa linguagem decorre do encantamento que ela evoca, traduzindo inquietações artísticas, existenciais e conceituais de seus fazedores, que a consideram mais do que simplesmente uma forma de criar o espetáculo, mas sim uma maneira de interpretar a realidade, transgredindo o mero funcionalismo dos objetos.

“A presença cênica de objetos, bonecos e máscaras é capaz de provocar um efeito impactante, como um choque, uma estranheza ou ao menos uma sacudidela, despertando algo ‘profundamente adormecido’ na psique do espectador, proporcionando uma experiência simbólica e ritualística muitas vezes esquecida nos dias de hoje”, revela o coautor e codiretor Cleber Laguna.

O livro "O Filho de Mil Homens" aposta no cuidado minucioso das relações, apresentando uma pluralidade de figuras humanas e universos, com personagens solitárias que acabam se encontrando e buscando formas de construir pequenas coletividades, reconhecendo-se nas diferenças e encontrando maneiras de se relacionar e conviver com elas.

“Assim como quem acompanha de perto uma semente brotando no asfalto, observamos com uma lupa essa pequena comunidade, essa vila de pescadores. Ao olhar a organização desse microcosmo comunitário, composto por pessoas tão diversas entre si, percebemos que ele é, ao mesmo tempo, algoz e salvação”, acrescenta a coautora e codiretora Marcia Fernandes. "Coisas Estranhas que o Mar Traz" foi contemplado pela 40ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. Compre o livro "O Filho de Mil Homens", de Valter Hugo Mãe, neste link.


Ficha técnica
Espetáculo "Coisas Estranhas que o Mar Traz".
Dramaturgia e Direção: Cleber Laguna e Marcia Fernandes
Atuação e Animação: Alex Rocha, Clarissa Moser, Lui Seixas, Marcella Vicentini e Marcellus Beghelle
Assistência de Animação: Juliana Notari e Matias Ivan Arce
Bonecos: Juliana Notari
Máscaras: Juliana Notari e Cleber Laguna
Figuras para Sombras: Matias Ivan Arce
Iluminação Cênica e Atuação: Diego França
Sonoplastia e Atuação: Jô Coutinho   
Cenografia e Figurinos: Maria Zuquim
Assistência de cenografia e figurino: Murilo Yasmin Soares
Serralheria: Joseane Natali Domingos e Fábio Luiz Souza Gomes
Costureira figurinos: Rita de Cássia Martins
Costureira cenário: Mônica Cristina Rocha
Arte Gráfica: Renan Marcondes
Fotos: Mariana Chama
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Diarista: Fabiana Rodrigues
Direção de Produção: Tetembua Dandara
Assistente de Produção: Tati Mayumi
Realização: Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo e Grupo Folias
Apoio: Cooperativa Paulista de Teatro

Serviço
Espetáculo "Coisas Estranhas que o Mar Traz"
Temporada: 22 de março a 13 de maio
Às sextas-feiras e aos sábados, às 20h00; e aos domingos e segundas-feiras, às 19h00
Galpão do Folias – Rua Ana Cintra, 213, Santa Cecília
Ingressos: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia-entrada) e R$ 10,00 (sócio morador)
Capacidade: 40 lugares
Duração: 60 minutos

sábado, 9 de março de 2024

.: Cia. Lazzari apresenta a peça “Perdoa-Me Por Me Traíres” na Funarte SP


A Cia. Lazzari, companhia independente de teatro em São Paulo, apresenta o espetáculo “Perdoa-Me Por Me Traíres”, uma obra de Nelson Rodrigues pelo olhar de Victor Lazzari, no Complexo Cultural Funarte SP. Na peça, a jovem Glorinha, de 16 anos, vive sob a tutela de seu tio Raul, um homem dominador e violento, e de sua tia Odete, uma mulher psicologicamente abalada, que vive apenas por uma frase “está na hora da homeopatia”

Movida pela tragédia e pelo desejo de vingança, Glorinha se envolve em desejos proibidos, prostituição e jogos de poder, e busca também identidade e justiça, onde oscila entre a inocência e a depravação. Raul, consumido pelo ódio e pela culpa, tenta controlar a vida da sobrinha. A obra explora os motivos e as consequências de suposta traição e sobre o machismo estruturado, apresentando, de forma secundária, a história de Gilberto e Judite, pais de Glorinha, questionando a justiça e a possibilidade de redenção. 

A violência física e psicológica permeia a obra, assim como a exploração da sexualidade como forma de poder e dominação. As relações familiares são distorcidas e disfuncionais, desafiando os valores tradicionais e a hipocrisia social.

Ficha técnica
Espetáculo “Perdoa-Me Por Me Traíres”
Autor: Nelson Rodrigues
Direção, visagismo, cenografia e figurino: Victor Lazzari
Produção: Jessica Oehlerick
Elenco: Bianca Duarte, Gabriel Datsch, Guilherme Vendramim, Jorge Pitta, Joviana Venture, Marcela Lebrão, Maria Fernanda Thiago, Nina Inski, Vinny Guimarães e Vitória Stecca
Assistência de Direção: Maria Fernanda Thiago
Stand-in e técnica de palco: Pérolla Franzini
Iluminação: Mafe Rubi Sonoplastia e operação de som: Lívia Martinez
Coreografia: Camila Victorino
Cenotécnica: Mateus Fiorentino
Fotos: Juliana Palladino
Design Gráfico: Pedro Cardoso e Victor Lazzari
Realização: Cia Lazzari
Apoio: Funarte


Serviço
Espetáculo “Perdoa-Me Por Me Traíres”
De 14 de março a 7 de abril
Quintas-feiras, sextas e sábados às 20h00. Domingos, às 19h00
Inteira: R$ 80,00 . Meia-entrada: R$: 40,00
Endereço: Alameda Nothmann, 1058 - Complexo Cultural Funarte SP (Sala Carlos Miranda) em São Paulo.
Duração: 90 minutos
Classificação: 16 anos.
Para garantir o seu ingresso, é só clicar no link da bio da @cialazzari no Instagram.

.: Sweeney Todd: barbeiro mais cruel de Londres passa rapidamente por Curitiba

A Broadway vai invadir Curitiba com o musical aclamado de Stephen Sondheim. No elenco, os premiados artistas Saulo Vasconcelos e Andrezza Massei subirão ao palco acompanhados de grande elenco e orquestra ao vivo. Ingressos disponíveis pelo site da Disk Ingressos a partir de 14/3 (quinta-feira). Foto: Stephan Solon


Inspirada no livro "O Colar de Pérolas", publicado em 1846 pelos escritores britânicos Thomas Peckett Prest e James Malcom Rymer, "Sweeney Todd – o Cruel Barbeiro da Rua Fleet" é fábula vitoriana macabra adaptada com maestria por Stephen Sondheim. O espetáculo, que teve temporada esgotada em São Paulo e é sucesso absoluto na Broadway com ingressos disputadíssimos, desembarca em Curitiba para três únicas sessões nos dias 20 e 21 de abril, no Teatro Positivo. Seja na literatura nos cinemas ou no palco, Sweeney Todd sempre chamou a atenção do público pelo seu humor sórdido e inteligente.

O musical conta a história de Benjamin Barker, barbeiro que se viu obrigado a ir embora de Londres por conta de uma briga com o cruel Juiz Turpin (Rodrigo Mercadante). Após 15 anos afastado da cidade, ele retorna sob o pseudônimo Sweeney Todd (Saulo Vasconcelos) e sedento por vingança. Ao chegar ao lugar onde funcionava sua antiga barbearia, na Rua Fleet, Todd se depara com uma arruinada loja de tortas administrada pela Dona Lovett (Andrezza Massei). A partir daí, Todd e Lovett unem forças para que ele se vingue de Turpin, e ela faça sua loja crescer com tortas recheadas de ingredientes muito suspeitos.

As apresentações na capital paranaense contarão com orquestra ao vivo, composta por 9 músicos e elenco de 18 atores. Sweeney Todd é apresentado por Ministério de Cultura e Mobilize com patrocínio de Zurich Santander. Os ingressos estarão disponíveis pelo site da Disk Ingressos a partir de 14/3 e custam de R$37,50 (meia) a R$180 (inteira). A realização é da Del Claro Produções, que faz parte do Grupo Live, em parceria com a Firma de Teatro. A produção local é da RW7.

Em 2022, o espetáculo alcançou enorme sucesso de público e crítica no Brasil, com sessões esgotadas e oito indicações ao Prêmio Bibi Ferreira. A produção conquistou prêmios nas categorias de Melhor Direção em Musicais, para Zé Henrique de Paula, Melhor Atriz, para Andrezza Massei, e Melhor Figurino, para João Pimenta.

Em Curitiba, o público terá oportunidade de assistir à montagem com Saulo Vasconcelos no papel-título. Saulo é um dos maiores atores de teatro musical no Brasil, notabilizado por protagonizar O Fantasma da Ópera e por participar do elenco de clássicos como Les Misérables, A Bela e a Fera, A Noviça Rebelde, Cats, O Homem de La Mancha e Priscilla, a Rainha do Deserto. “É a realização de um sonho. Após 25 anos de carreira, que vão se completar este ano, estou em um papel que sempre sonhei em fazer em uma produção oficial e profissional”, comenta Saulo.

Sweeney Todd conta com direção musical de Fernanda Maia e direção geral de Zé Henrique de Paula. A produção geral é de Adriana Del Claro. O trio é conhecido por montagens de sucesso recentes do teatro musical brasileiro como “Chaves – Um Tributo Musical” e “Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812”.

 

Confira abaixo o elenco completo do espetáculo:

Sweeney Todd - Saulo Vasconcelos

Dona Lovett - Andrezza Massei

Tobias Ragg – Paulo Viel

Juiz Turpin – Rodrigo Mercadante

Anthony – Pedro Silveira

Johanna – Sofie Orleans

Bedel Bamford- Gui Leal

Lucy Barker - Amanda Vicentte

Adolfo Pirelli - Elton Towersey 

Ensemble – Bel Barros

Ensemble – Davi Novaes

Ensemble – Davi Tápias

Ensemble – Guilherme Gila

Ensemble – Fabiana Tolentino

Ensemble – Paulinho Ocanha

Ensemble - Renato Caetano

Ensemble – Samir Alves

Ensemble – Vanessa Espósito


Sobre Sweeney Todd: O musical de Stephen Sondheim (música e letras) e Hugh Wheeler (libreto) estreou na Broadway em 1º de março de 1979. Já naquele ano, a montagem original levou oito Prêmios Tony, considerado o Oscar do teatro na Broadway, incluindo os de Melhor Musical, Melhor Libreto de Musical e Melhor Trilha Sonora Original. Além disso, levou o prêmio em 11 categorias do Drama Desk Awards e recebeu certificação de Melhor Musical no Drama Critics’ Circle Award.

Diante do grande sucesso nos palcos, com montagens no mundo inteiro até hoje, a obra de Sondheim chamou a atenção do cultuado diretor de cinema Tim Burton e, em 2007, Sweeney Todd chegou às telonas. Com Johnny Depp e Helena Bonham Carter no elenco, o filme foi indicado em três categorias do Oscar e levou a estatueta de Melhor Direção de Arte. Na premiação do Globo de Ouro, o longa ganhou nas categorias de Melhor Filme de Comédia ou Musical, Melhor Ator em Comédia ou Musical (Johnny Depp), Melhor Atriz em Comédia ou Musical (Helena Bonham Carter) e Melhor Diretor (Tim Burton).

Sinopse: O pacato barbeiro Benjamin Barker tinha quase tudo o que desejava. Era considerado o melhor de Londres em seu ofício e vivia um casamento feliz. O único problema é que sua esposa era cegamente desejada pelo inescrupuloso Juiz Turpin. Por esta razão, Barker foi perseguido, acusado injustamente e condenado à prisão. 

Depois de fugir, acaba recebendo apoio do marinheiro Anthony para se refugiar em territórios mais tranquilos. Após 15 anos nesse exílio, o barbeiro volta à decadente capital inglesa, mas agora com um pseudônimo e muita sede de vingança. Barker agora é Sweeney Todd.

Já na cidade, Todd reencontra sua antiga barbearia, localizada à Rua Fleet. O estabelecimento agora é uma decadente loja de tortas, que pertence à Dona Lovett. Os dois se encontram e estabelecem uma relação peculiar. Com a crise em Londres e a dificuldade em se conseguir carne de qualidade para as tortas, Lovett vê a oportunidade de fazer seu negócio crescer enquanto Todd coloca seu plano macabro de vingança em prática.

Enquanto ele mata seus clientes para chegar ao Juiz Turpin, que ainda mantém sua filha Johanna prisioneira, ela faz deliciosas tortas com os restos mortais dos desafortunados clientes.

No desenrolar da história, aparece Tobias Ragg. O garoto é aprendiz de barbearia do abusivo Pirelli. Após Pirelli ser assassinado por Todd, o rapaz acaba ficando sob a tutela de Todd e Lovett.


Ficha técnica:


CRIATIVOS 

Música e Letras: Stephen Sondheim

Libretto: Mark Wheeler

Direção Geral: Zé Henrique de Paula

Versão e Direção Musical: Fernanda Maia

Preparação de Elenco: Inês Aranha

Assistência de Direção e Ensemble: Davi Tápias

Assistência de Direção Musical e Preparação Vocal: Rafa Miranda

Cenografia: Zé Henrique de Paula 

Assistência de Cenografia: Cesar Costa

Ilustrações: Renato Caetano

Figurino: João Pimenta

Assistência de Figurino: Dani Kina

Equipe de Figurino: Everton Monteiro (auxiliar de corte), Magna Almeida Neto (piloteira), Marcia Almeida (contramestra), Neide Brito (piloteira), Noel Alves (piloteiro) e Wesley Souza (pintura de tecidos)

Visagismo: Dhiego Durso e Feliciano San Roman (peruca Dona Lovett)

Design de Luz: Fran Barros

Design de Som: João Baracho, Fernando Akio Wada e Guilherme Ramos 


MÚSICOS

Regência e piano: Fernanda Maia

Teclado: Rafa Miranda

Violino 1: Thiago Brisolla

Violino 2: Bruna Zenti

Violoncelo: Leonardo Salles

Contrabaixo: Pedro Macedo

Flauta transversal e flautim: Fábio Ferreira 

Flauta e clarinete: Flávio Rubens

Oboé: André Massuia


TÉCNICA

Camareira: Larissa Elis

Perucaria e Maquiagem: Feliciano San Roman (Perucas).

Assistência e Operação de Iluminação: Tulio Pezzoni

Operação de som: Guilherme Ramos 

Microfonista: Káthia Akemi

Direção de Palco: Diego Machado

Assistência de Direção de Palco: Matheus França

Contrarregra: Leo Magrão

Cenotécnica: All Arte Cenografia (cortinas e cadeira da barbearia), Armazém, Cenográfico (forno e moedor de carne), Ateliê Thiago Audrá (tortas cênicas), Fabin, Cenografia (pintura de arte), T.C. Cine Cenografia (montagem)


PRODUÇÃO

Produção Geral: Del Claro Produções

Produção: Laura Sciulli e Douglas Costta

Assistente de Produção: Renato Braz

Financeiro / Administrativo: Pedro Donadio

Diretora Comercial: Simone Carneiro

Mídia: Grupo Live, RW7 e Renato Braz

Criação e Direção de Arte: Gustavo Perrella

Assessoria de Imprensa: Agência Taga e Augusto Tortato

Redes Sociais: Renato Braz

Fotografia: Ale Catan e Stephan Solon

Realização: Del Claro Produções e Firma de Teatro

Siga Sweeney Todd nas redes sociais: instagram.com/sweeneytoddbrasil


"Sweeney Todd – o Cruel Barbeiro da Rua Fleet"

Data: 20 e 21 de abril, sábado e domingo

Horário: 15h e 20h (sábado) e 15h (domingo) 

Local: Teatro Positivo – Curitiba/PR

Endereço: R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 - Campo Comprido, Curitiba - PR, 81280-330

Classificação Etária: 16 anos

Duração: 120 minutos (com intervalo de 15 minutos)

Capacidade: 2.000 lugares

Ingressos: De R$37,50 (meia) a R$180 (inteira) 

Vendas pela Disk Ingressos e bilheteria do Teatro Positivo a partir de quinta-feira, 14/3. 

 Obs.: O elenco deste espetáculo pode sofrer alterações sem aviso prévio.


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sexta-feira, 8 de março de 2024

.: Espetáculo "Dias e Noites de Amor e de Guerra" parte de Eduardo Galeano


Espetáculo reflete sobre os sistemas de violência que geram a desumanização. Foto: Bob Sousa

No período em que a América Latina estava tomada por ditaduras militares, o jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015) percorreu vários países durante seu exílio, registrando suas experiências no livro “Dias e Noites de Amor e de Guerra” (1978). Parte desses textos originou o espetáculo homônimo, com direção de Cesar Ribeiro, que faz uma temporada no Sesc 24 de Maio entre os dias 16 de março e 7 de abril de 2024, com sessões às quintas e às sextas-feiras, às 20h00. 

Aos sábados, às 16h00 e às 20h00; e aos domingos, às 18h00. Estão programadas sessões extras na quarta-feira, dia 20 de março, às 20h, na quarta-feira, dia 3 de abril, às 20h, e na quinta-feira, dia 4 de abril, às 16h. Não haverá sessão na sexta-feira, dia 29 de março. Em cena, estão Helio Cicero, Mariana Muniz, Rodrigo Bolzan e Pedro Conrado. A iniciativa foi selecionada no Edital ProAC de produção de 2022.

Encenada pela Cia. Mecenato Moderno, fundada pela produtora Silvia Marcondes Machado e por Helio Cicero, a peça parte das ditaduras militares para investigar, de maneira mais ampla, os sistemas autoritários e violentos que geram a desumanização. E, ao mesmo tempo, apresenta a construção de uma memória coletiva do continente latino-americano. “Em um momento do texto, Galeano afirma: ‘Em tempos de crise, não se tornam conservadores os liberais e fascistas os conservadores?’. Em outro, diz: ‘As teorias de Milton Friedman significam, para ele, um Prêmio Nobel. Para os chilenos, significam Pinochet’. É contra essa produção da morte – sempre com objetivo econômico, e não ideológico, como costumam afirmar as lideranças autoritárias – que surge a montagem”, afirma o diretor do espetáculo.

Direito à memória
Para o grupo, o mais importante é reforçar o direito à memória e à verdade, movimento que, segundo a escritora e crítica literária argentina Beatriz Sarlo, citada no projeto, teve início ao fim da Segunda Guerra Mundial, quando os crimes nazistas foram julgados pelo Tribunal de Nuremberg. A ideia é usar os testemunhos para fazer a reconstrução histórica – e não apenas os documentos -, investigando o passado para fortalecer a cidadania.

Em “Dias e Noites de Amor e de Guerra”, os relatos mostram como os governos autoritários provocaram uma diáspora de brasileiros, chilenos, argentinos, uruguaios e outros povos latino-americanos, tudo por conta de uma perseguição político-ideológica virulenta. 

O público entra em contato com depoimentos como o de Eric Nepomuceno, tradutor de Galeano, quando descobriu que seu amigo, o jornalista Vladimir Herzog, foi “suicidado” nas celas da repressão militar. Há também dados sobre a participação dos Estados Unidos na ditadura da Guatemala, considerado “o primeiro laboratório latino-americano para a aplicação da guerra suja em grande escala”; além de encontros de Galeano com Fidel Castro, Che Guevara e Salvador Allende.

Ao mesmo tempo, a obra retrata os movimentos estudantis, os indígenas latino-americanos, os trabalhadores e os encontros em que amor e amizade serviram como resistência à barbárie. Ou seja, toda a narrativa é construída a partir dos afetos, mesmo com o cenário de terror e medo.

“Depois da tragédia dupla que foi viver sob um governo neofascista e atravessar a pandemia de Covid-19, momento de acúmulo de mortes, deterioração econômica, perda de trabalho e destruição de áreas como meio ambiente, cultura, educação e outras, além da perseguição às chamadas minorias, o ideal é o retorno a uma existência em que, no mínimo, seja possível viver sob um Estado que não busque a destruição de sua própria população”, defende Ribeiro.


Sobre a encenação
Cesar Ribeiro buscou uma linguagem que “cruza princípios do teatro documental com o trágico, em que estão presentes Tadeusz Kantor, HQs, artes plásticas, dança contemporânea, butô, cyberpunk e futurismo”. O espetáculo é formado por dez narrativas conduzidas como quadros em movimento. Há cenas desenhadas como coreografias de dança, sem texto, reproduzindo movimentos de fuga e perseguição. O cenário de J. C. Serroni, os figurinos de Telumi Hellen e o desenho de luz de Domingos Quintiliano contribuem para a potência da peça, além do visagismo de Louise Helène.

“Encenar a obra de Eduardo Galeano é uma necessidade contra o revisionismo, contra a tentativa de apagamento da memória e contra uma estrutura histórica do capitalismo que, para sua sobrevivência, provoca a exclusão de tudo o que não seja o homem branco heterossexual – ou seja, negros, mulheres, indígenas, homossexuais e outros, além do ataque a partidários do espectro político de esquerda”, defende Cesar Ribeiro.

Sinopse
De caráter entre o documental e o poético, o espetáculo apresenta diversos textos curtos selecionados do livro do jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano sobre suas experiências durante os chamados anos de chumbo da América Latina, que levaram a uma diáspora de brasileiros, argentinos, uruguaios, chilenos e outros povos para escapar da violência de Estados autoritários. 

Percorrendo diversos países durante seu exílio, o autor tece uma colcha de retalhos em que as narrativas refletem sobre o terror político em tom marcado pela afetividade em relação à América Latina e aos cidadãos que lutaram pelas liberdades democráticas, com histórias que envolvem estudantes, jornalistas, artistas, povos originários, políticos e outros, utilizando as memórias pessoais para compor a memória dos povos e traçar um painel da identidade latino-americana.


Ficha técnica
Espetáculo “Dias e Noites de Amor e de Guerra”
Texto: Eduardo Galeano
Direção, sonoplastia e adaptação: Cesar Ribeiro
Atores: Helio Cicero, Mariana Muniz, Rodrigo Bolzan e Pedro Conrado
Vozes em off: Paulo Campos e Ulisses Sakurai
Cenografia: J. C. Serroni
Desenho de luz: Domingos Quintiliano
Figurinos: Telumi Hellen
Visagismo: Louise Helène
Tradução: Eric Nepomuceno
Direção de produção: Edinho Rodrigues
Realização: Cia. Mecenato Moderno, ProAC 01/2022 e Sesc São Paulo

Serviço
Espetáculo “Dias e Noites de Amor e de Guerra”
Dia 16 de março a 7 de abril de 2024
Quintas e sextas, às 20h; aos sábados, às 16h e 20h; e aos domingos, às 18hAtenção: Sessões extras na quarta-feira, dia 20 de março, às 20h, na quarta-feira, dia 3 de abril, às 20h, e na quinta-feira, dia 4 de abril, às 16h.
Não haverá sessão na sexta-feira, dia 29 de março.
Local: Sesc 24 de Maio
Endereço: Rua 24 de Maio, 109, Centro / São Paulo
Ingressos: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 15,00 (credencial plena)
Duração: 90 min | Classificação: 14 anos

quinta-feira, 7 de março de 2024

.: “O Elogio da Loucura”, monólogo com a atriz Leona Cavalli, no Teatro J. Safra


Em nova parceria, a atriz Leona Cavalli e o diretor Eduardo Figueiredo apresentam “O Elogio da Loucura”, uma adaptação teatral, assinada pela dupla, inspirada no livro homônimo de Erasmo de Rotterdam.  Foto: divulgação

“O Elogio da Loucura”, monólogo com a atriz Leona Cavalli com direção de  Eduardo Figueiredo, estreia no dia 13 de abril no Teatro J. Safra. A peça, inspirada no livro homônimo de Erasmo de Rotterdam, retoma a parceria entre a atriz e o diretor, que também assinam a adaptação 

O autor viveu na idade média e tornou-se um dos maiores escritores, humanistas e teólogos de todos os tempos. A obra, escrita como uma sátira à sociedade dos séc. XV e XVI, tornou-se atemporal, e profundamente atual, por apresentar uma nova visão da loucura, expondo as relações de poder na sociedade, na política e na igreja, como espelhos de si mesma. Ainda hoje vivemos conflitos semelhantes aos de séculos atrás; a hipocrisia e a perda dos valores da vida ainda são recorrentes.

“Sempre fui apaixonada por esse texto de Erasmo de Rotterdam, inédito no teatro brasileiro, e incrivelmente atual, lúcido e necessário; por identificar a Loucura como parte da condição humana, que, quando integrada, torna-se potência de transformação, arte e liberdade”, diz a atriz Leona Cavalli, que irá interpretar a Loucura mantendo a ótica, o sarcasmo e a sagacidade do conteúdo original da obra.

Completam a encenação, repleta de ironia e humor, várias referências sobre a Loucura: nas artes, na história e na sociedade e é pontuado com música ao vivo, que transita entre o popular e o erudito, executado pelos talentosos: Rafa Ducelli no violoncelo e Cika na percussão. Como definição gramatical, loucura é insanidade; porém o autor não a representa dessa forma, mas sim como parte da estrutura do nosso mundo; que, como tal, clama por ser reconhecida e aceita.

“Em um momento com tantas adversidades e repleto de inversões de valores éticos, políticos e sociais, um momento onde o homem apresenta sérios sinais de retrocesso e barbárie, a obra de Erasmo de Rotterdam nos apresenta uma importante reflexão sobre civilidade e empatia nos dias atuais”, diz o diretor Eduardo Figueiredo.

O espetáculo é inspirado na obra “O Elogio da Loucura”, de Erasmo de Rotterdam, um dos principais humanista e teólogo que viveu durante a idade média. Esta obra é uma total sátira a sociedade dos sécs. XV e XVI, e apresenta uma nova visão eclesiástica e renovadora da igreja, pois mostra a sociedade como um espelho de si mesma, porém sua obra acabou tornando-se atemporal.

Nesta versão para o teatro, a atriz Leona Cavalli interpreta a Loucura, que mantém o seu discurso através da ótica e conteúdo da obra, com ironia e sarcasmo, um reflexo da sociedade de todos os tempos. A loucura, a insanidade mental, não é definida como uma condição humana que podemos adquirir. Erasmo trata a loucura de uma forma externa ao homem, e o homem só será louco se desejar ser. Música ao vivo e várias referências da Loucura: nas artes, na história e na sociedade, completam a encenação repleta de ironia e humor.


Serviço
Monólogo “Elogio da Loucura”
Da obra de Erasmo de Rotterdam
Dramaturgia: Leona Cavalli e Eduardo Figueiredo
Direção: Eduardo Figueiredo
Elenco: Leona Cavalli
Música ao vivo: Rafa Ducelli (violoncelo) e Cika (percussão)
Gênero: tragicomédia
Recomendação: 12 anos
Duração: 70 minutos
Data: de 13 de abril a 4 de maio, sábados, às 21h00, e domingos, às 20h30.
Ingressos: entre R$ 25,00 e R$ 80,00
Compras on-line: https://www.eventim.com.br/artist/elogio-loucura/?affiliate=JSA
Bilheteria: quartas e quintas, das 14h00 às 21h00. Sextas, sábados e domingos, das 14h00 até o horário dos espetáculos
Aceita os cartões de débito e crédito: Amex, Dinners, Elo, Mastercard, Visa e Hipercard. Não aceita cheques.
Telefone da bilheteria: (11) 3611-3042
Teatro J. Safra | 627 lugares
Endereço: Rua Josef Kryss, 318 - Barra Funda - São Paulo – SP
Telefone: (11) 3611 3042 e 3611 2561
Abertura da casa: 2 horas antes de cada horário de espetáculo, com serviço de lounge-bar no saguão do Teatro.
Acessibilidade para deficiente físico
Estacionamento: Valet Service (Estacionamento próprio do Teatro) - R$ 30,00

.: "Corpo Intruso" estreia: texto de Samir Yazbek e direção de Pedro Granato


Espetáculo traz suspense contemporâneo sobre vida e morte, com texto inédito de Samir Yazbek e direção de Pedro Granato. Apresentações vão de 15 a 31 de março no Teatro Alfredo Mesquita.. Elenco conta com Luciana Schwinden, Sílvio Restiffe e Julia Terron. Foto: Nadja Kouchi
 

Com texto inédito do premiado autor Samir Yazbek, o espetáculo "Corpo Intruso" estreia em 15 de março no Teatro Alfredo Mesquita para discutir, com um olhar contemporâneo, vida e morte. A montagem tem direção de Pedro Granato e elenco composto por Luciana Schwinden, Sílvio Restiffe e Julia Terron.

A trama acompanha a trajetória de uma professora de língua portuguesa do ensino médio que, distante da sua vocação literária, encontra-se no leito de um quarto de hospital, acometida por uma doença desconhecida. Sua relação com o marido mantém padrões de afetos desgastados pelo tempo, com arquétipos e símbolos do casamento convencional, força motriz de uma vida comprometida com as aparências e os ganhos materiais.

Ao receber no hospital a visita de uma aluna apaixonada pelo universo da literatura, a professora, questionada em sua visão de mundo, passa a rever a sua relação com o seu marido e a forma de tocar a sua própria existência. O espetáculo traz discussões sobre vida e morte, e mais precisamente, sobre o que nos mantém vivos, o que nos impulsiona a ter sonhos e querer realizá-los. O universo da educação e da literatura também estão presentes no trabalho, tanto na relação entre professora e aluna, quanto no âmbito familiar e no embate geracional. “A busca da vocação e da paixão está no centro da peça”, conta Granato.

A atmosfera é de suspense intimista. Mesclar o mistério e o drama em um ambiente hospitalar de maneira a criar uma história equilibrada e “temperada” foi o maior desafio da construção, conta o diretor. O minimalismo está presente em toda a concepção do espetáculo, da cenografia que quer colocar o espectador dentro de um quarto de hospital à trilha sonora original, fortemente inspirada na banda britânica Portishead.

 
O absurdo como representação da realidade
O texto de "Corpo Intruso" flerta com o absurdo e está ancorado em uma história contemporânea. De acordo com o autor, a percepção da realidade como “absurda” surgiu a partir da análise de um contexto social em que as pessoas passaram a se fechar cada vez mais em suas próprias certezas. 

“Há um elemento de classes nessa análise, representado pelas elites brasileiras, que cristalizaram uma postura avessa ao contato com o outro ou com o diferente. Mas esses abismos, na peça, também são explorados por meio das relações interpessoais e intrapessoais: ver o macro da sociedade por meio do micro das relações humanas”, explica Yazbek.

 A dramaturgia se pautou na investigação da linguagem, na troca com artistas de gerações distintas e na escrita debatida em mesa com direção e elenco em todo o processo. Mas a peça também se inspira na dimensão psíquica das personagens de Ingmar Bergman, para falar sobre o sofrimento da protagonista, e em autoras como Virginia Woolf e Rosa Montero, sobretudo na perspectiva crítica que apresenta sobre a dinâmica das relações humanas e o papel da mulher na sociedade.

 Para o autor, a renovação da dramaturgia está ligada ao seu estudo e à sua prática, mas também à sua relação com o público. E a peça busca essa relação por meio das perguntas que oferta à sua plateia: “como saber se e quando devo deixar que o outro se aproxime de mim? Devo me aproximar dele? Ele me oferece riscos? Que riscos ele me oferece? Vale a pena correr esses riscos? Vale a pena me expor para o outro? Afinal, quem é o outro?”, elenca. Parodiando “Quem Tem Medo de Virginia Woolf”, importante peça de Edward Albee, cujo universo temático e formal também foi referência para Corpo Intruso, indaga-se: “quem tem medo do outro?”.

 
Sobre o autor
Samir Yazbek é dramaturgo, pesquisador e professor teatral. Já recebeu diversos dos maiores prêmios em teatro e literatura (Shell, APCA, entre outros). Fez conferências em Cádiz (Espanha), Londres (Inglaterra), Minnesota (EUA) e Moscou (Rússia). Alguns de seus textos foram publicados (e encenados) em outros países, como Bolívia, Cuba, Inglaterra, México, Polônia e Portugal. E está lançando pela editora É Realizações a "Coleção Dramaturgia - Samir Yazbek", com 12 volumes que abrangem 30 anos de trajetória do dramaturgo.

 
Sobre o diretor
Pedro Granato é diretor e gestor cultural, foi vencedor duas vezes do APCA com o Pequeno Ato, que fundou. Foi Coordenador de Centros Culturais e Teatros da cidade de São Paulo quando reformou e reabriu importantes teatros como Paulo Eiró e Arthur Azevedo, inaugurou espaços como o Centro Cultural da Diversidade e dobrou a média histórica de público dos espaços culturais. Selecionado para o Directors LAB com diretores do mundo todo no Lincoln Center em Nova Iorque em 2014. Teve obras montadas com co-produção nos EUA, África do Sul, Inglaterra, Argentina, França e Israel.

 
Ficha técnica
Espetáculo "Corpo Intruso". Texto: Samir Yazbek. Direção: Pedro Granato. Atores: Julia Terron, Luciana Schwinden e Silvio Restiffe. Participação Especial: Carolina Romano. Cenário e adereços: Diego Dac. Iluminação: Beto de Faria. Trilha sonora original: Décio 7. Figurino: Iara Wisnik. Produção executiva: Carolina Henriques e Rommaní Carvalho. Técnico de palco: Victor Moretti. Técnico de Luz: Carol Soares. Técnico de Som: Diego Leo. Acompanhamento técnico: Édson Reis.  Assistente de direção e Contrarregragem: Carolina Romano. Assistente de cenário e Adereços: Luana Miyamoto. Assistente de Figurino: Amrita. Tintura Cabelo: Cida Grecco. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Fotos: Nadja Kouchi. Design gráfico: Carolina Romano. Produção: Jessica Rodrigues Produções e Pequeno Ato. Direção de produção: Jessica Rodrigues. O espetáculo foi contemplado EDITAL PROAC Nº 01/2023 – TEATRO / PRODUÇÃO DE ESPETÁCULO INÉDITO.


Serviço:
Espetáculo "Corpo Intruso"
Estreia 15 de março no Teatro Alfredo Mesquita.
De 15 a 31 de março - Sextas e Sábados às 21h, Domingos às 19h.
Ingressos: R$20 (https://www.sympla.com.br/produtor/jessicarodrigues)
Classificação etária: 14 anos
Duração: 90 minutos
Teatro Alfredo Mesquita
Endereço: Av. Santos Dumont, 1770
Capacidade: 40 lugares.
Estacionamento gratuito

terça-feira, 5 de março de 2024

.: "Cabaré Miss Jujuba", em homenagem à Julieta Hernández, faz duas sessões


Espetáculo traz para o palco uma celebração à vida e ao legado de Julieta, que desempenhou papéis diversos como palhaça, cicloviajante, bonequeira, poeta e musicista. Foto: Traiana Zacariotti 


O Mundo Circo SP, iniciativa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, com gestão e produção da Associação Paulista dos Amigos da Arte, recebe nos dias 9 e 10 de março, sábado e domingo, às 17h00, o espetáculo "Cabaré Miss Jujuba", uma homenagem à palhaça Miss Jujuba, celebrando a diversidade e a inspiração da imigrante venezuelana Julieta Hernández. 

Repleto de números de circo, palhaçaria, poesia e música, o espetáculo faz parte da programação do mês da mulher e promete momentos de graça, reflexão e celebração, com um elenco formado exclusivamente por artistas circenses mulheres. Em uma homenagem emocionante, o "Cabaré Miss Jujuba" traz para o palco uma celebração à vida e ao legado de Julieta, que desempenhou papéis diversos como palhaça, cicloviajante, bonequeira, poeta e musicista. Julieta, infelizmente, teve a vida abreviada em dezembro do ano passado, no estado do Amazonas, durante uma longa viagem de bicicleta até seu país de origem, para visitar sua mãe.

Sob a curadoria do grupo Circo di SóLadies | Nem SóLadies, o espetáculo promete mergulhar o público em uma emocionante experiência, oferecendo uma reinterpretação das tradições circenses e interioranas, sob a perspectiva do palhaço. A performance, pontuada por músicas típicas ao vivo, não apenas promete entretenimento, mas também busca transmitir a essência e a inspiração que Julieta Hernández deixou.


Serviço
"Cabaré Miss Jujuba"
Dias 9 e 10 de março, sábado e domingo, às 17h00
Classificação etária: Livre
Entrada gratuita
Duração: 55 minutos
Local: Av. Cruzeiro do Sul, 2630 - Carandiru/São Paulo

sábado, 2 de março de 2024

.: Clássico da Broadway, "Cabaret" estreia dia 8 no 033 Rooftop, em São Paulo


Fabi Bang, Ícaro Silva e André Torquato protagonizam a versão brasileira e imersiva do musical Cabaret, dirigida e idealizada por Kleber Montanheiro. Inspirado no clássico de 1966 da Broadway, o espetáculo tem direção musical de Fernanda Maia, coreografia de Barbara Guerra e banda formada por 10 mulheres. A estreia acontece dia 8 de março no 033 Rooftop. Espetáculo terá experiência com jantar inspirado na gastronomia da Alemanha. Fotos: Caio Gallucci 


Criado originalmente em 1966, o musical "Cabaret" é um dos maiores sucessos da Broadway de todos os tempos e ficou ainda mais conhecido graças à icônica adaptação cinematográfica de 1972, dirigida por Bob Fosse e estrelada por Liza Minnelli. Agora, o espetáculo ganha uma nova versão brasileira que estreia no dia 8 de março, no 033 Rooftop, no complexo JK Iguatemi, onde segue em cartaz até 12 de maio, com apresentações às sextas, às 20h30; aos sábados, às 15h e às 20h30; e aos domingos, às 15h e às 19h30.

A montagem brasileira tem direção de Kleber Montanheiro, direção musical de Fernanda Maia, coreografia de Barbara Guerra e versão brasileira assinada por Mariana Elisabetsky. Além disso, traz no elenco feras da cena teatral brasileira como Fabi Bang (Sally Bowles), Ícaro Silva (Cliff Bradshaw) e André Torquato (Emcee). 

O espetáculo é fruto da colaboração entre a produtora Marilia Toledo e o diretor Kleber Montanheiro, dois grandes nomes do teatro nacional. E mantém as músicas originais de John Kander e as letras de Fred Ebb, que marcaram gerações de espectadores em todo o mundo. Recentemente, o musical foi remontado em Londres, na Inglaterra, e também deve reestrear na Broadway ainda no primeiro semestre de 2024.

A trama acompanha a vida noturna no KitKat Klub, um cabaré falido de Berlim que assiste ao terrível surgimento do nazismo na Alemanha, então República de Weimar, no começo da década de 1930. É lá que a cantora e dançarina inglesa Sally Bowles se apaixona por um jovem escritor estadunidense chamado Cliff Bradshaw.

Encenação imersiva
A produção brasileira recria a atmosfera única e envolvente do Cabaret de forma imersiva, inspirada nas bem-sucedidas montagens internacionais. “A ideia é transportar as pessoas para dentro do KitKat Club, onde se passa a história. Então, vamos transformar o 033 Rooftop espalhando mesinhas por todo o espaço e criaremos cenas no meio da plateia, de modo que o público faça parte da encenação e seja transportado para a virada de 1929 para 1930. Também queremos explorar essa ideia sensorial com a ajuda de efeitos de som e de luz”, antecipa o diretor Kleber Montanheiro.

O encenador ainda conta que o show começa logo que o espectador sai do elevador, onde os atores já estarão apresentando alguns números de cabaré. “Queremos romper com a ideia do terceiro sinal anunciando o começo do espetáculo. Quando as pessoas chegarem, já vão se sentir em um cabaré em Berlim e assistir a algumas cenas que vão se misturando até o começo do show”, acrescenta.

Outro aspecto ressaltado por Montanheiro é a diversidade buscada na escolha do elenco. “O texto fala de pessoas de diferentes nacionalidades, etnias, cores de pele e corpos. E a escolha do elenco, através das audições e de alguns convites, passou por isso. Fui brincando um pouco com um cabaré nessa época na Alemanha como uma ideia de liberdade, de construção de um movimento que se pauta pelas diferenças entre todas as pessoas. E esse pensamento permeou todo o conceito de escolha do elenco”, afirma.


Versão brasileira
Sobre os desafios de criar a versão brasileira desse grande clássico, Mariana Elisabetsky explica: “Como a obra é muito conhecida do público, é sempre mais difícil quando a plateia escuta a versão em português cantando o original em inglês dentro da cabeça. Outra particularidade é o fato de existirem na história personagens provenientes de vários países e as brincadeiras com as línguas ao longo dos diálogos, especialmente o inglês e o alemão”.

Já a coreógrafa Barbara Guerra conta que a liberdade para criar uma releitura contemporânea do clássico é um presente. “Cabaret é um musical icônico, rico em camadas. Montar uma obra que chamamos de não-replica é a oportunidade perfeita para expressar nossa visão artística, criando assim uma versão pessoal e genuinamente brasileira. Minha ideia é que as coreografias não se limitem apenas à estética, quero que elas captem a essência única de cada cena”, revela.

Experiência gastronômica
Para ampliar ainda mais essa encenação imersiva, o público poderá desfrutar de uma experiência gastronômica completa, assinada pelo Chef Mário Azevedo, do 033 Rooftop. Inspirado pelo clima de Berlim no início da década de 1930, o Chef preparou três pratos tipicamente alemães, que contam ainda com drink e sobremesa. O público precisa adquiri-los antecipadamente pela Sympla, pois eles não estarão disponíveis para a venda no local no momento da apresentação, serão servidos apenas aos clientes que reservarem com antecedência.

“Este espetáculo reúne em uma remota Berlim dos anos 30 diversas nuances e sensações, como: diversão, entretenimento e paixões. Um jantar com pratos típicos alemães tornará essa experiência ainda mais completa aos espectadores”; comenta o Chef Mário Azevedo.


Confira as opções do Menu Cabaret:
Kit Kat Premium - R$ 155,00
Drink: The Berries - Espumante, Suco de Cranberry e Licor de Amora
Jantar: Mix de Salsichas - Bratwurst (Branca) e Brühwurst (Vermelha) com Mostarda Amarela servido com Sauerkraut (Chucrute) e Salada de Batatas
Sobremesa: Apfelstrudell com Creme Chantilly

Kit Kat Especial - R$ 165,00
Drink: The Berries - Espumante, Suco de Cranberry e Licor de Amora
Jantar: Schnitzel (Carne de porco empanada) com Molho Tártaro servido com Sauerkraut (Chucrute) e Salada de Batatas
Sobremesa: Apfelstrudell com Creme Chantilly

Kit Kat VIP - R$ 175,00
Drink: The Berries - Espumante, Suco de Cranberry e Licor de Amora
Jantar: Mix de Frios e Embutidos – Lombo defumado, Salame Hamburguês, Pastrame e Mini salsichas servidos com Mostarda amarela, Torradas e Mini Pretzels
Sobremesa: Apfelstrudell com Creme Chantilly

*A compra dos itens do Menu Cabaret não dá acesso ao 033Rooftop, é necessário adquirir ingressos para o espetáculo Cabaret.

* Cliente Santander tem desconto de 15% nos kits de jantar e demais itens comercializados no bar do 033 Rooftop.

Sobre a parceria entre Marilia Toledo e Kleber Montanheiro
Marilia Toledo, autora, idealizadora e diretora de sucessos como "Ney Matogrosso - Homem com H" e "Silvio Santos Vem Aí", assume a produção do espetáculo. Por sua vez, Kleber Montanheiro, reconhecido pelo recente sucesso de "Tatuagem" (vencedor do APCA), e pela direção de "Carmen, a Grande Pequena Notável", encarrega-se da direção.

A parceria entre Marilia e Kleber não é novidade para o sucesso. Fundadores do Miniteatro na Praça Roosevelt em 2009, a dupla já trabalhou em peças premiadas como “Amídalas”, escrita por Marilia e Rodrigo Castilho e dirigida por Kleber, e “A Odisseia de Arlequino”. Após mais de 14 anos de hiato, eles se unem novamente para proporcionar ao público brasileiro uma perspectiva inovadora de um clássico que transcende gerações. Este espetáculo será apresentado por Ministério da Cultura e Zurich Santander, com patrocínio master de EMS, patrocínio de Santander Brasil e Return.


Ficha técnica
Musical "Cabaret"

CRIATIVOS
Libreto: José Masteroff
Música: John Kander
Letras: Fred Ebb
Baseado na peça de teatro de John Van Druten e Christopher Isherwood
Versão: Mariana Elisabetsky
Direção geral, cenário e figurinos: Kleber Montanheiro
Direção musical: Fernanda Maia
Coreografia: Barbara Guerra
Preparação de elenco: Erica Montanheiro
Diretor musical assistente e preparador vocal: Rafa Miranda
Diretora assistente e diretora residente: Daniela Stirbulov
Diretora assistente: Ana Elisa Mattos
Dance captain: Tiago Dias
Produção de elenco: Daniela Cury
Designer de luz: Gabriele Souza
Sound Designers: João Baracho / Fernando Akio Wada
Sound Designers associados e consultoria: Beatriz Passeti / Zelão Martins / Guilherme Ramos
Visagismo: Louise Helène
Figurinista assistente, gerência de ateliês e chefe de camarim: Marcos Valadão
Assistente de figurinos: Thaís Boneville
Pintura artística de cenário e figurino: Victor Grizzo
Perucaria: Malonna
Criação de bonecos: Dante
Direção cenotécnica: Evas Carretero
Cenotécnicos: Isaac Tibúrcio e Alício Silva
Production Stage Manager: Rafael Reis
Stage Manager: Juliana Imperial
Stage Managers Assistentes: JV Costa e Wallace Félix

ELENCO
Fabi Bang - Sally Bowles
Ícaro Silva - Clifford Bradshaw
André Torquato - Emcee
Anna Toledo -  Fräulein Schneider
Bruno Sigrist - Ernst Ludwig
Eduardo Leão - Herr Schultz
Carla Vazquez - Fräulein Kost
Maria Clara Manesco - Ensemble e cover de Sally Bowles
Marisol Marcondes - Ensemble e segunda cover de Sally Bowles
Hipólyto - Victor, Ensemble  e cover de Clifford Bradshaw
Alvinho de Pádua - Ensemble e cover de Emcee
Ana Araújo - Ensemble e cover de Fräulein Schneider
Moira Osório - Ensemble e cover de Fräulein Kost
Daniel Caldini - Bobby, Ensemble e cover de Ernst Ludwig
Gabriel Malo - Marinheiro 01 e Ensemble
Bruno Albuquerque - Marinheiro 03 e Ensemble
Larissa Noel - Ensemble
Mari Saraiva - Ensemble
Tiago Dias - Marinheiro 02 e Ensemble 

PRODUÇÃO
Direção de produção:Marilia Toledo
Coordenação de produção: Patrícia Figueiredo
Produção: Camila Sartorelli, Eddye Vieira e Jota Rafaelli
Produtores associados: Kleber Montanheiro, Marília Toledo e Erica Montanheiro
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Idealização do projeto: Kleber Montanheiro e Erica Montanheiro
Produtora associada: Domínio Público Produções
Idealização: Da Revista Arte e Entretenimento
Realização: Lolita & La Grange Produções Artísticas

Serviço
Espetáculo "Cabaret"
Temporada: 8 de março a 12 de maio de 2024.
Sessões: sextas-feiras às 20h30; aos sábados às 15h e 20h30; e aos domingos às 15h e 19h30.
Duração do espetáculo: 2h45 (com 15 minutos de intervalo)
Local: 033 Rooftop
Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041 - Vila Olímpia/São Paulo
Capacidade: 342 lugares

Setores e preços: 
Mesa: R$ 300,00
Camarote: R$ 250,00
Mesa bistrô: R$ 200,00
Preço popular: R$ 39,60
Vendas online em: https://bileto.sympla.com.br/event/89608 (com taxa de conveniência)
Classificação indicativa: 14 anos
** Clientes Santander têm 30% de desconto no valor do ingresso, mediante compra com o cartão do Banco.


CANAIS DE VENDAS OFICIAIS
Sem taxa de serviço
Bilheteria do Teatro Santander - Todos os dias, das 12h às 18h. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação. A bilheteria do Teatro Santander possui um toten de autoatendimento para compras de ingressos sem taxa de conveniência 24h por dia.
Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041.

Internet (com taxa de conveniência):
https://site.bileto.sympla.com.br/teatrosantander
Formas de pagamento: dinheiro, Cartão de débito e Cartão de crédito.

Meia entrada:
ATENÇÃO - Para Pontos de Venda e Bilheterias é necessária a comprovação do direito ao benefício da 1/2 entrada no ato da compra e no acesso ao evento. Para vendas pela Internet e Telefone é necessária a comprovação do direito ao benefício da 1/2 entrada no acesso ao evento. Caso o benefício não seja comprovado, o portador deverá complementar o valor do ingresso adquirido para o valor do ingresso integral, caso contrário o acesso ao evento não será permitido.

CRIANÇAS: Crianças de 02 a 12 anos pagam Meia-Entrada

ESTUDANTES - Lei Federal 12.933/13, Decreto Federal 8.537/15 e Medida Cautelar Provisória concedida pelo STF em 29/12/2015 – Carteira de Identificação Estudantil (CIE), emitida pela ANPG, UNE, Ubes, entidades estaduais e municipais, Diretórios Centrais dos Estudantes, Centros e Diretórios Acadêmicos, conforme modelo único nacionalmente padronizado. Os elementos indispensáveis da CIE são: I  nome completo e data de nascimento do estudante; II  foto recente do estudante; III  nome da instituição de ensino na qual o estudante esteja matriculado; IV  grau de escolaridade; e V  data de validade até o dia 31 de março do ano subsequente ao de sua expedição.

IDOSOS (PESSOAS COM MAIS DE 60 ANOS) - Lei Federal 10.741/03 e Decreto Federal 8.537/15 – Documento de identidade oficial com foto. 

JOVENS PERTENCENTES A FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA, COM IDADES DE 15 A 29 ANOS - Lei Federal 12.933/13 e Decreto Federal 8.537/15 - Carteira de Identidade Jovem que será emitida pela Secretaria Nacional de Juventude a partir de 31 de março de 2016, acompanhada de documento de identidade oficial com foto. 

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E ACOMPANHANTE QUANDO NECESSÁRIO - Lei Federal 12.933/13 e Decreto Federal 8.537/15 - Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social  INSS que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013. No momento de apresentação, esses documentos deverão estar acompanhados de documento de identidade oficial com foto. 

DIRETORES, COORDENADORES PEDAGÓGICOS, SUPERVISORES E TITULARES DE CARGOS DO QUADRO DE APOIO DAS ESCOLAS DAS REDES ESTADUAL E MUNICIPAIS - Lei Estadual n° 15.298/14 - Carteira funcional emitida pela Secretaria de Educação de São Paulo ou holerite acompanhado de documento oficial com foto. 

PROFESSORES DA REDE PÚBLICA ESTADUAL E DAS REDES MUNICIPAIS DE ENSINO - Lei Estadual n° 14.729/12  Carteira funcional emitida pela Secretaria da Educação de São Paulo ou holerite acompanhado de documento oficial com foto.

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