Mostrando postagens com marcador Agenda. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Agenda. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

.: Cineflix Cinemas tem ingresso promocional de R$ 10 na Black Friday

A Cineflix Cinemas de Santos está com ingresso promocional durante toda a sexta-feira, dia 28 de novembro, por conta da Black Friday, cada filme sai por apenas R$ 10,00. A unidade localizada no Shopping Miramar, traz muitas estreias para as telonas, a comédia "Bugonia" e a sequência de animação Disney "Zootopia 2" (único filme que não está no preço promocional), além dos quatro filmes do Festival de Cinema Francês do Brasil, "La Pampa""Os Bastidores do Amor""Vizinhos Bárbaros" e "A Mulher Mais Rica do Mundo". Acompanhe os quatro filmes exibidos a cada dia: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

Hoje tem sessão TEA, às 15 horas, de "Truque de mestre - O 3º ato". Seguem em cartaz a aguardada sequência do universo de Oz, "Wicked - Parte II" , o thriller eletrizante "Truque de mestre - O 3º ato", com elenco estelar que inclui Dave Franco, Isla Fisher, Morgan Freeman, Daniel Radcliffe, Ariana Greenblatt, Jesse Eisenberg, Mark Ruffalo, Rosamund Pike e Woody Harrelson, thriller dramático nacional "O Agente Secreto", cotado para o Oscar 2026 e estrelado por Wagner Moura, ao lado de Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone.

Você pode comprar antecipadamente os ingressos para o terror "Five nights at Freddy's 2" que estreia na primeira quinta-feira de dezembro.

Está disponível o balde colecionável com tampa do longa "Wicked - Parte II" e da animação "Zootopia 2"A unidade de Cinemas Cineflix Santos, fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga.


Leia+

.: Crítica: "O Agente Secreto" é filmaço imperdível com a cara do Brasil

.: Crítica: "Truque de mestre - O 3º ato" entrega jogos intrincados e reviravoltas

.: Crítica: furioso e envolvente, “O Agente Secreto” é a alegoria do tubarão

.: Crítica: "Entre Duas Mulheres" retrata feminino livre das imposições sociais

.: Crítica: "Homo Argentum" é excelente ao focar nas vertentes da hipocrisia

.: Crítica: "Mauricio de Sousa: O Filme" conta pouco sobre gênio dos quadrinhos

.: Crítica "O Telefone Preto 2": excelente continuação promete terceiro filme

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

.: Cineflix Cinemas estreia "Bugonia", "Zootopia 2" e Festival Francês

A unidade Cineflix Cinemas de Santos, localizada no Shopping Miramar, traz muitas estreias para as telonas, a comédia "Bugonia" e a sequência de animação Disney "Zootopia 2", além dos 20 filmes do Festival de Cinema Francês do Brasil, como por exemplo, "A Cabra""Eu, que te amei""Vizinhos Bárbaros""Os Bastidores do Amor" e "A Mulher Mais Rica do Mundo". Acompanhe os quatro filmes exibidos a cada dia: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

Seguem em cartaz a aguardada sequência do universo de Oz, "Wicked - Parte II" , o thriller eletrizante "Truque de mestre - O 3º ato", com elenco estelar que inclui Dave Franco, Isla Fisher, Morgan Freeman, Daniel Radcliffe, Ariana Greenblatt, Jesse Eisenberg, Mark Ruffalo, Rosamund Pike e Woody Harrelson, thriller dramático nacional "O Agente Secreto", cotado para o Oscar 2026 e estrelado por Wagner Moura, ao lado de Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone.

Você pode comprar antecipadamente os ingressos para o terror "Five nights at Freddy's 2" que estreia na primeira quinta-feira de dezembro.

Está disponível o balde colecionável com tampa do longa "Wicked - Parte II" e da animação "Zootopia 2"A unidade de Cinemas Cineflix Santos, fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga.

"Bugonia". (Bugonia). Direção: Yorgos Lanthimos. Roteiro: Will Tracy. Gênero: Ficção científica e Comédia. Duração: 2 horas. Elenco: Emma Stone, Jesse Plemons, entre outros. Sinopse: Dois homens obcecados por conspirações sequestram a CEO de uma grande empresa, convencidos de que ela é uma alienígena que quer destruir a Terra. 

"Zootopia 2". (Zootopia 2). Direção: Direção: Jared Bush, Byron Howard. Produção: Walt Disney Animation Studios. Roteiro: Will Tracy. Gênero: Animação, Aventura, Comédia. Duração: 108 minutos. Elenco: Ginnifer Goodwin como Judy Hopps, Jason Bateman como Nick Wilde, Ke Huy Quan como Gary, a Cobra, Fortune Feimster como Castor Nibbles, Idris Elba. Sinopse: Zootopia 2 é um futuro filme de animação digital do gênero comédia de aventura americano produzido pela Walt Disney Animation Studios e distribuído pela Walt Disney Studios Motion Pictures. 

"Wicked - Parte II". (Wicked For Good). Direção: Jon M. Chu. Roteiro de Winnie Holzman e Dana Fox. Elenco: Cynthia Erivo, Ariana Grande, Jonathan Bailey, Jeff Goldblum. Duração: 2h 18 min. Gênero : Fantasia, musical. Distribuidora: Universal Pictures. Sinopse: Elphaba, agora conhecida como a Bruxa Má do Oeste, vive exilada na floresta de Oz, tentando revelar a verdade sobre o Mágico.

"Truque de mestre - O 3º ato". (Now You See Me: Now You Don't (ou Now You See Me 3). Gênero: Suspense, Ação, CrimeDireção: Ruben Fleischer. Roteiro: Seth Grahame-Smith, Eric Warren Singer.  Duração: (1h 52min). Sinopse: Os Quatro Cavaleiros estão de volta com uma nova geração de ilusionistas e uma trama cheia de reviravoltas, mágicas e surpresas, em um truque que envolve uma joia valiosa do mundo. Eles se reúnem para derrubar uma empresa corrupta que lava dinheiro para criminosos.


"O Agente Secreto". Gênero: thriller, drama. Diretor: Kleber Mendonça Filho. Elenco: Wagner Moura, ao lado de Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone. Sinopse: Em 1977, Marcelo trabalha como professor especializado em tecnologia. Ele decide fugir de seu passado violento e misterioso se mudando de São Paulo para Recife com a intenção de recomeçar sua vida. Marcelo chega na capital pernambucana em plena semana do Carnaval e percebe que atraiu para si todo o caos do qual ele sempre quis fugir. Para piorar a situação, ele começa a ser espionado pelos vizinhos. Inesperadamente, a cidade que ele acreditou que o acolheria ficou longe de ser o seu refúgio.

VEM AÍ!

"Five nights at Freddy's 2". (Five nights at Freddy's 2). Direção: Emma Tammi. Roteiro: Scott Cawthon, Emma Tammi, Seth Cuddeback. Gênero: Terror sobrenatural. Elenco: Josh Hutcherson, Matthew Lillard, Elizabeth Lail, Piper Rubio. Duração: 1h45. Sinopse: A irmã de 11 anos de Mike sai escondido para se reencontrar com Freddy, Bonnie, Chica e Foxy. Ela desencadeia uma aterrorizante série de eventos que revelam segredos sombrios sobre a verdadeira origem de Freddy.


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no GonzagaConsulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


Leia+

.: Crítica: "O Agente Secreto" é filmaço imperdível com a cara do Brasil

.: Crítica: furioso e envolvente, “O Agente Secreto” é a alegoria do tubarão

.: Crítica: "Entre Duas Mulheres" retrata feminino livre das imposições sociais

.: Crítica: "Homo Argentum" é excelente ao focar nas vertentes da hipocrisia

.: Crítica: "Mauricio de Sousa: O Filme" conta pouco sobre gênio dos quadrinhos

.: Crítica "O Telefone Preto 2": excelente continuação promete terceiro filme

terça-feira, 25 de novembro de 2025

.: Montagem teatral de "O Segredo de Brokeback Mountain" chega a São Paulo


Estrelado por Marcéu Pierrotti e Júlio Oliveira, o espetáculo estreia em 14 de janeiro no Teatro Itália, para uma temporada até 22 de março. Foto: Terci Melo


O clássico cinematográfico "O Segredo de Brokeback Mountain", vencedor de três Oscars, chega a São Paulo em sua segunda montagem oficial em todo o mundo. Estrelado por Marcéu Pierrotti e Júlio Oliveira, o espetáculo estreia em 14 de janeiro no Teatro Itália, para uma temporada até 22 de março. A primeira montagem do espetáculo aconteceu em Londres, em 2023, com Mike Faist e Lucas Hedges nos papéis principais, conquistando diversos prêmios e aclamação do público e da crítica. No Brasil, dirigida por Moacyr Góes, a peça estreou no Rio de Janeiro em 2024. A versão brasileira conta com trilha sonora original de Dan Gillespie Sells e texto de Ashley Robinson traduzido por Miguel Góes.

Com uma estreia impactante em 2005, “Brokeback Mountain” se tornou um marco na história do cinema contemporâneo. Dirigido por Ang Lee e estrelado por Heath Ledger e Jake Gyllenhaal, o filme rompeu barreiras ao tratar com sensibilidade e profundidade o amor entre dois homens em um contexto de repressão e preconceito. Além de conquistar o público e a crítica, a obra provocou debates intensos sobre masculinidade, afetividade e representação LGBTQIA+ nas telas, abrindo caminho para uma nova geração de narrativas mais inclusivas e humanas. Vencedor de três Oscars - incluindo Melhor Direção -, o filme é considerado um símbolo da força do cinema em transformar percepções sociais.

Em 2023, “Brokeback Mountain” ganhou uma nova vida nos palcos de Londres, em uma adaptação teatral emocionante apresentada no Soho Place Theatre. Com direção de Jonathan Butterell e texto de Ashley Robinson, o espetáculo contou com a trilha sonora original de Dan Gillespie Sells, interpretada ao vivo, recriando com delicadeza o universo íntimo e melancólico dos personagens. A montagem foi amplamente aclamada pela crítica britânica, destacando-se pela interpretação sensível de Mike Faist e Lucas Hedges nos papéis principais.

A produção foi indicada e premiada em diversas categorias no WhatsOnStage Awards e no Evening Standard Theatre Awards, consolidando-se como uma das experiências teatrais mais marcantes do período. Em 2024, após sua temporada londrina, a peça reafirmou o poder atemporal da história de Ennis e Jack - uma narrativa sobre amor, silêncio e coragem -, provando que “Brokeback Mountain” continua ecoando com a mesma força e relevância quase duas décadas após seu lançamento. A peça “O Segredo de Brokeback Mountain” é uma realização Avante Produções.


Sinopse
"O Segredo de Brokeback Mountain" é uma história de amor entre dois cowboys no interior dos Estados Unidos na década de 60. Jack Twist e Ennis del Mar são jovens que se conhecem ao serem contratados para cuidar das ovelhas de Joe Aguirre em Brokeback Mountain. Os dois cowboys, pobres, ao passarem semanas isolados, no frio e em más condições de trabalho, começam a criar uma intimidade que se transforma em um romance intenso e conflituado. 

Com o fim do trabalho, voltam às suas vidas, deixando um enorme pedaço de quem são em Brokeback Mountain - e que passam o resto de suas vidas tentando recuperar. A peça é de Ashley Robinson, adaptada do conto de Annie Proulx, que teve uma notória e premiada versão de Ang Lee para o cinema. A história atravessa personagens profundamente humanos e faz pensar sobre a intolerância, os medos, as fragilidades, os interditos e o poder do amor.


Serviço
"O Segredo de Brokeback Mountain"
Idealização: Marcelo Brou
Texto: Ashley Robinson
Tradução: Miguel Góes
Direção: Moacyr Góes
Elenco: Marcéu Pierrotti, Júlio Oliveira, Arlete Heringer, Daniel Tonsig, e Eduardo Rieche Francis Helena Cozta e Marcelo Brou.
Banda: Breno Ganz, Júlia Maez e Milena Suzano
Duração: 90 minutos.
Classificação: 16 anos.
Gênero: drama
Temporada: de 14 de janeiro a 26 de março de 2026, as quartas e quintas, às 20h
Ingressos: R$ 100,00 | R$ 50,00 (meia-entrada)
Vendas pelo site: https://bileto.sympla.com.br/event/113440

Horário de bilheteria
Abre duas horas antes do início do espetáculo
Teatro Itália | 302 lugares
Av. Ipiranga, 344 - República - São Paulo

Ficha técnica
Idealização: Marcelo Brou
Texto: Ashley Robinson
Tradução: Miguel Góes
Direção: Moacyr Góes
Elenco: Marcéu Pierrotti (Ennis del Mar), Júlio Oliveira (Jack Twist), Daniel Tonsig (alternante de Ennis Del Mar), Marcelo Brou (Ennis Del Mar mais velho), Arlete Heringer (Garçonete e Mãe de Jack), Francis Helena Cozta (Alma), Eduardo Rieche (Joe Aguirre, Bill e Pai de Jack)
Atenção: o elenco desse espetáculo pode sofrer alterações sem aviso prévio.
Banda: Breno Ganz, Milena Suzano e Júlia Maez
Assistência de Direção: Daniela Stirbulov
Preparadora vocal: Ângela Castro
Direção de produção: Júlio Oliveira
Assistência de produção: Yelon Daniel
Direção de musical: Breno Ganz
Designer de luz: Adriana Ortiz
Designer: Júlia Maez
Figurino: Ana Elisa Schumacher
Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Produção: Avante Produções

sábado, 22 de novembro de 2025

.: No musical "Titanique", Céline Dion assume o leme e vira furacão pop


Por 
Helder Moraes Miranda, jornalista e crítico de cultura, especial para o portal Resenhando.com
Foto: Caio Gallucci

Há algo deliciosamente profano em ver o mito do navio Titanic ser desmontado, reconfigurado e servido como um grande cabaré marítimo onde Céline Dion, diva absoluta do exagero emocional e dos hits românticos, transforma o naufrágio mais famoso do cinema em uma ópera pop de humor ácido, brilho extravagante e inteligência cênica. "Titanique - O Musical" zomba, com respeito, do clássico de James Cameron, para, paradoxalmente, homenageá-lo com mais amor do que reverência. 

Sob a direção lúcida e debochadamente precisa de Gustavo Barchilon, o espetáculo entende que o segredo do riso não está no pastelão gratuito, mas na consciência estética da própria precariedade. O exagero é método, o nonsense é linguagem e o camp é tratado como filosofia de palco. É besteirol? Sim. Mas do mais alto nível, como quem ri sabendo exatamente de onde vem a piada. Há glamour, deboche e genialidade.

No centro desse furacão pop está Alessandra Maestrini, simplesmente avassaladora como Céline Dion. Sua performance é um espetáculo dentro do espetáculo. Ela incorpora, ironiza e usa a potência vocal com precisão cirúrgica, sem jamais abandonar o timing cômico que a transforma em uma narradora tão divina quanto ridiculamente humana. Há elegância na caricatura dela, há humor sofisticado na diva que ela interpreta, e há classe até quando tudo parece desabar. É Céline Dion como você nunca viu e talvez como sempre imaginou, no fundo.

Ao seu lado, Giulia Nadruz constrói uma Rose que flutua entre a delicadeza romântica e uma ironia sutil absolutamente vital para o jogo cênico. A beleza delicada encontra na experiência brilhante do teatro musical uma camada extra de inteligência dramática. É uma Rose que sabe que está dentro de um delírio e se diverte com isso. Luis Lobianco, recém-saído da televisão como o controverso Freitas de "Vale Tudo", encontra nesse espetáculo outro campo fértil para o humor ferino. A Ruth de Lobianco é cruel, afetada e debochada na medida certa. Marcos Veras sustenta um Jack que talvez não seja o mais heroico, mas certamente é o mais autoconsciente. 

Musicalmente, "Titanique" passeia pelos grandes hits de Céline Dion com energia e irreverência - “My Heart Will Go On” está lá, em toda sua glória piegas e monumental - mas o espetáculo não se prende à nostalgia fácil. Pelo contrário: faz dela uma arma, uma piada, um gesto político queer que transforma o passado em festa, a tragédia em carnaval, o drama em delícia pop.

É impossível sair ileso. Não porque emociona apenas, mas porque desmonta a ideia de que o riso precisa ser raso. Aqui, rir é um ato sofisticado. É entender que a cultura pop também pensa, critica, ironiza e reinventa. O palco vira navio e nele o público se vê refletido na fome por exagero, por catarse, por um espetáculo que não pede desculpas por ser excessivo. "Titanique - O Musical" não afunda. Pelo contrário, ele boia, dança, desafia o iceberg do bom gosto conservador e transforma a tragédia em celebração. E se for para naufragar, que seja ao som de Céline Dion, com luzes, plumas e um público gargalhando em estado de puro êxtase.


"Titanique - O Musical" | Ficha técnica
Direção artística: Gustavo Barchilon 
Elenco: Alessandra Maestrini (Celine Dion), Marcos Veras (Jack), Giulia Nadruz (Rose), Luis Lobianco (Ruth - mãe da Rose), George Sauma (Carl), Wendell Bendelack (Victor Garber), Valéria Barcellos (Tina Turner), Talita Real (Molly Brown), Matheus Ribeiro (Marinheiro), Luiza Lapa, Marcos Lanza e Luan Carvalho.
Direção artística: Gustavo Barchilon
Direção de produção: Thiago Hofman
Direção musical | Arranjo | Orquestração: Thiago Gimenes 
Desenho de luz: Maneco Quinderé
Direção de movimento: Alonso Barros
Figurino: Theo Cochrane
Cenografia: Natália Lana
Visagismo: Feliciano San Roman
Design de som: João Baracho
Assistentes de direção: Talita Real e Gabi Camisotti

"Titanique - O Musical" | Serviço
Local: Teatro Sabesp Frei Caneca - Shopping Frei Caneca
Endereço: Rua Frei Caneca, nº 569 • 7° Piso I Consolação • São Paulo • SP
Temporada: 11 de outubro a 14 de dezembro de 2025
Sessões: Sábados às 17h e 20h e Domingos às 15h e 18h 
Duração: 110 minutos
Capacidade: 600 pessoas
Classificação indicativa: 12 anos 

Bilheteria do Teatro Sabesp Frei Caneca • Sem incidência de Taxa de Serviço
7º Piso do Shopping Frei Caneca
Rua Frei Caneca, nº 569 • 7° Piso I Consolação • São Paulo • SP
Horário de funcionamento: terça-feira a domingo, das 12h00 às 15h00, e das 16h00 às 19h00, e segunda-feira bilheteria fechada.

.: “Beetlejuice”: musical reafirma pacto com absurdo e encontra nova pulsação


Por 
Helder Moraes Miranda, jornalista e crítico de cultura, especial para o portal Resenhando.com

Se existe algo mais perigoso do que invocar Beetlejuice três vezes, é subestimar o poder de um elenco que entende o caos como linguagem e o grotesco como celebração. Na nova temporada paulistana, em cartaz até 30 de novembro no Teatro Liberdade, “Beetlejuice - O Musical” não apenas confirma o status de fenômeno premiado. O espetáculo se reinventa no detalhe, na troca de energia, no risco calculado de quem sabe que a morte - quando bem encenada - é uma forma superior de estar vivo.

Os críticos do portal Resenhando.com assistiram ao espetáculo com Fabrizio Gorziza, substituto de Eduardo Sterblitch, e o que poderia ser uma simples alternância transforma-se em afirmação artística. O Beetlejuice de Gorziza é menos caricatura e mais veneno cênico elegante: há um brilho perverso no olhar, um domínio vocal seguro e um timing cômico que beira o insolente. E ele não entra tímido nesse universo: chega como um mestre de cerimônias do além, confortável em sua irreverência e perigosamente magnético. Em cena, não sobra espaço vazio - tudo vibra sob a presença desse artista que sempre é outro a cada novo personagem.

E quando o espetáculo poderia se perder em sua própria grandiloquência visual, surge Pâmela Rossini como Lydia Deetz para lembrar que carisma não se fabrica, mas se sustenta. Com a bagagem de quem já foi Wandinha e Elphaba em musicais anteriores, Rossini imprime à personagem uma densidade rara: é gótica, sim, e nunca rasa. A voz dela é um acontecimento à parte - forte, expressiva, tecnicamente impecável - e a atuação dessa atriz cria um contraste delicioso entre melancolia e ironia. Lydia, nas mãos dela, é uma adolescente em luto que zomba da própria sombra. E brilha. Sempre.

Ivan Parente, como o fantasma Adam Maitland, é daqueles acertos que arrancam risos e aplausos sem esforço... aparente. Está impagável e lírico neste personagem. Há uma comicidade fina na composição dele, mas também um cuidado afetuoso que humaniza o absurdo de um homem que acabou de morrer e precisa assombrar a casa para afastar novos moradores. O talento dele irrompe em cena com naturalidade, como quem compreende que o humor mais inteligente não grita: seduz.

É importante sublinhar: “Beetlejuice - O Musical” não é um espetáculo para crianças. O texto brinca com duplos sentidos, palavrões e humor ácido - ainda bem. A obra respeita a própria inteligência e confia no espectador. Não higieniza o riso, não suaviza o grotesco, não pede desculpas pela ousadia. Pelo contrário: celebra e faz dela um manifesto festivo sobre a precariedade humana, sobre rir da morte para insistir na vida.

A direção de Tadeu Aguiar mantém a engrenagem afinada entre espetáculo visual e emoção sincera. Cenários, figurinos, luz entre o roxo e o verde e coreografias operam como um organismo pulsante que envolve a plateia numa estética de Tim Burton, que consagrou o personagem em duas produçoes cinematográficas, e não se limita à nostalgia: atualiza, provoca e expande. "Beetlejuice - O Musical” é sombrio, divertido, debochado e tecnicamente irrepreensível. Uma espécie de lembrete torto de que o teatro, quando se permite ser estranho, também se torna lendário. E que, às vezes, os mortos são muito mais interessantes do que os vivos.

Serviço
"Beetlejuice - O Musical"
Teatro Liberdade | Rua São Joaquim, 129 - Liberdade / São Paulo
Temporada: até dia 30 de novembro

Sessões
Quarta a sexta-feira, às 20h00 | Sábado, às 16h00 e às 21h00 | Domingo, às 16h00 às e às 20h30
*O elenco pode sofrer alterações sem prévio aviso.
Duração: 2h30m (com intervalo de 15m)
Classificação: 14 anos

Valores
Plateia Premium: R$350,00 (Inteira)  R$175,00 (Meia-entrada)
Plateia R$280,00 (Inteira)  R$140,00 (Meia-entrada)
Balcão A Visão Parcial: R$170,00 (Inteira)  R$85,00 (Meia-entrada)
Balcão A: R$240,00 (Inteira)  R$120,00 (Meia-entrada)
Balcão B : R$190,00 (Inteira)  R$95,00 (Meia-entrada)
Ingresso Popular*: R$42,36 (Inteira)  R$21,18 (Meia-entrada)
*Os ingressos populares são válidos em todos os setores, sujeito à disponibilidade

Vendas:
Internet (com taxa de conveniência): https://www.sympla.com.br/
Funcionamento de bilheteria física (sem taxa de conveniência)
Atendimento presencial: de terça à sábado das 13h00 às 19h00. Domingos e feriados apenas em dias de espetáculos até o início da apresentação.
Formas de pagamento: dinheiro, cartão de débito ou crédito.

.: Crítica: “Um Dia Muito Especial” revela o lado mais visceral de Gianecchini


Por 
Helder Moraes Miranda, jornalista e crítico de cultura, especial para o portal Resenhando.com
Foto: Priscila Prade

O que acontece quando Reynaldo Gianecchini e Maria Casadevall são colocados no mesmo palco, sob a direção sensível e precisa de Alexandre Reinecke, em plena Roma de 1938, com Mussolini e Hitler desfilando suas sombras ao fundo? A resposta é, de certa forma, simples e ao mesmo tempo devastadora: surge um teatro que lembra que a política, o amor e a humanidade não podem ser separados. “Um Dia Muito Especial” vai além da transposição de um clássico do cinema italiano para o palco brasileiro, é um ensaio sobre o que torna as pessoas vulneráveis e, ao mesmo tempo, extraordinárias. 

Maria Casadevall, no papel de Antonietta, dá vida a uma mulher submissa, esmagada pelo machismo e pela rotina doméstica, mas que consegue despertar afeto sem jamais se tornar apenas objeto de piedade. É impossível não se emocionar com cada gesto, cada pausa, cada olhar que ela entrega. É uma grande atriz que ficou conhecida na televisão em um momento impressionante da carreira, desta vez no teatro - lugar em que consegue elevar a arte dela a um patamar que beira o sagrado.

Gianecchini, por sua vez, está em um momento raro de visceralidade teatral. O Gabriele interpretado por ele, recém-demitido por ser homossexual, é alguém que faz o público confrontar os próprios preconceitos e, por vezes, a covardia. A química do ator com Maria Casadevall é elétrica, mas nunca óbvia. Eles conversam, trocam e, mais importante, tornam os espectadores cúmplices de um amor platônico que não precisa de cenas grandiosas para ser arrebatador. É. E ponto. 

Quando Gianechini berra em plenos pulmões, em uma cena tensa e ao mesmo tempo comovente, ele se coroa como ator de teatro, um lugar que sempre foi dele, mas que precisou ser conquistado e merecido. Essa consagração vai além do número de peças que ele vem apresentando desde que passou a ter autonomia para escolher os projetos que quer fazer, mas principalmente em relação às histórias que ele escolhe contar.

O espetáculo vai além do romance: desenha o fascismo, não com cartazes ou discursos, mas a partir da vida das pessoas comuns, dos pontos de vista conflitantes, das escolhas assumidas e das limitações apresentadas pelos personagens. É nessa tensão que o texto de Ettore Scola e Ruggero Maccari, traduzido por Célia Tolentino e adaptado por Reinecke, encontra seu respiro: cada diálogo é uma provocação.

Tecnicamente, a montagem é impecável. Marco Lima e Cesar Pivetti transformam o palco em um mosaico de intimidade e história, enquanto Dan Maia, com a trilha sonora, consegue fazer a música dialogar com a dor, a esperança e o absurdo da existência. A iluminação, o figurino e o design gráfico completam o quadro de maneira tão sutil quanto necessária: nada rouba a atenção do que realmente importa - a conexão entre os personagens e, por extensão, com o público. A atriz Carolina Stofella tem uma participação singela, mas marcante.

Nesse duelo de talentos, os espectadores têm a chance de sair do Teatro Sérgio Cardoso diferente de como entrou. Mais atento, mais sensível, mais inquieto. Dizem que a marca dos grandes espetáculos é transformar quem assiste a partir de uma boa história. “Um Dia Muito Especial” convida a sentir com urgência. Se você acredita que o teatro é apenas entretenimento, ou quer assistir a uma história de amor "levinha", prepare-se para se surpreender. Nesse espetáculo, a política, o amor e a coragem se entrelaçam de maneira tão natural que, durante a apresentação, é possível que os espectadores se sintam participantes de um diálogo impossível de ignorar.


Ficha técnica
"Um Dia Muito Especial" 
Autor: Ettore Scola e Ruggero Maccari
Tradução: Célia Tolentino
Adaptação: Alexandre Reinecke
Direção Geral: Alexandre Reinecke
Elenco: Reynaldo Gianecchini, Maria Casadevall, Carolina Stofella
Direção de Produção: Marcella Guttmann
Produção Executiva: Tatiane Zeitunlian
Assistência de Produção: Erica Paloma
Assistência de Direção: Carolina Stofella
Design Gráfico: Victória Andrade
Iluminação: Cesar Pivetti
Cenários: Marco Lima
Fotografia: Priscila Prade
Trilha Sonora: Dan Maia
Hair Stylist e Visagismo: Robson Souza
Makeup Artist: Beatriz Ramm 
Figurino Masculino: Ricardo Almeida
Figurinos Femininos: Debora Ceccatto
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Operação de Luz: Rodrigo Pivetti 
Produtores associados: Reynaldo Gianecchini e Alexandre Reinecke
Realização: Reinecke Produções Culturais Ltda.


Serviço
"Um Dia Muito Especial"
Direção Alexandre Reinecke com Maria Casadevall e Reynaldo Gianecchini
Temporada: até dia 30 de novembro, sexta-feira, às 20h00; sábado, às 17h00 e às 20h00, e domingo, às 17h00
Ingressos entre R$ 70,00 e R$ 200,00 | Sympla
Duração: 90 minutos 
Classificação etária:10 anos 
Local: Teatro Sérgio Cardoso | Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo/SP
Capacidade: 827 lugares
Bilheteria: Aberta nos dias de espetáculos, das 14h00 até o horário da atração.
Contato bilheteria: (11) 3288-0136

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

.: Cineflix traz "Wicked - Parte II", "Homo Argentum" e "Entre duas mulheres"

A unidade Cineflix Cinemas de Santos, localizada no Shopping Miramar, traz três estreias para as telonas. A aguardada sequência do universo de Oz, "Wicked - Parte II" e as comédias "Homo Argentum" e "Entre duas mulheres".

Seguem em cartaz o thriller eletrizante "Truque de mestre - O 3º ato", com elenco estelar que inclui Dave Franco, Isla Fisher, Morgan Freeman, Daniel Radcliffe, Ariana Greenblatt, Jesse Eisenberg, Mark Ruffalo, Rosamund Pike e Woody Harrelson, thriller dramático nacional "O Agente Secreto", cotado para o Oscar 2026 e estrelado por Wagner Moura, ao lado de Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, além da cinebiografia "Mauricio de Sousa: O Filme".

Sábado, dia 13 de dezembro, haverá exibição do filme "Harry Potter e o Cálice de Fogo" em comemoração aos 20 anos, a venda dos ingressos estará aberta a partir de 27 de novembro. Você também pode antecipar os seus ingressos para a estreia de "Five nights at Freddy's 2".

A unidade de Cinemas Cineflix Santos, fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga.

"Wicked - Parte II"". (Wicked For Good). Direção: Jon M. Chu. Roteiro de Winnie Holzman e Dana Fox. Elenco: Cynthia Erivo, Ariana Grande, Jonathan Bailey, Jeff Goldblum. Duração: 2h 18 min. Gênero : Fantasia, musical. Distribuidora: Universal Pictures. Sinopse: Elphaba, agora conhecida como a Bruxa Má do Oeste, vive exilada na floresta de Oz, tentando revelar a verdade sobre o Mágico.

"Entre duas mulheres". (Deux femmes en or). Direção: Chloé Robichaud. Duração: 1h 40min. Roteiro: Catherine Léger, Elenco: Karine Gonthier-Hyndman, Laurence Leboeuf, Félix Moati, Mani Soleymanlou, Sophie Nelisse, Juliette Gariépy. Distribuição: Imovision. Sinopse: Violette enfrenta uma licença-maternidade difícil. Florence, uma depressão persistente. Mesmo com vidas estáveis, ambas se sentem fracassadas. Mas e se a felicidade estiver em romper expectativas?

"Homo Argentum". (Homo Argentum. Direção: Mariano Cohn e Gastón Duprat. Duração: 1h e 50min. Gênero: comédia. Distribuição: Disney. Sinopse: O filme é composto por 16 histórias curtas e independentes que formam uma crítica social sobre a realidade argentina.  

"Truque de mestre - O 3º ato". (Now You See Me: Now You Don't (ou Now You See Me 3). Gênero: Suspense, Ação, CrimeDireção: Ruben Fleischer. Roteiro: Seth Grahame-Smith, Eric Warren Singer.  Duração: (1h 52min). Sinopse: Os Quatro Cavaleiros estão de volta com uma nova geração de ilusionistas e uma trama cheia de reviravoltas, mágicas e surpresas, em um truque que envolve uma joia valiosa do mundo. Eles se reúnem para derrubar uma empresa corrupta que lava dinheiro para criminosos.


"O Agente Secreto". Gênero: thriller, drama. Diretor: Kleber Mendonça Filho. Elenco: Wagner Moura, ao lado de Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone. Sinopse: Em 1977, Marcelo trabalha como professor especializado em tecnologia. Ele decide fugir de seu passado violento e misterioso se mudando de São Paulo para Recife com a intenção de recomeçar sua vida. Marcelo chega na capital pernambucana em plena semana do Carnaval e percebe que atraiu para si todo o caos do qual ele sempre quis fugir. Para piorar a situação, ele começa a ser espionado pelos vizinhos. Inesperadamente, a cidade que ele acreditou que o acolheria ficou longe de ser o seu refúgio.

"Mauricio de Sousa: O Filme". Gênero: cinebiografia. Diretor: Pedro Vasconcelos. Elenco: Mauro Sousa, Diego Lamar. Sinopse: A infância de Mauricio, sua paixão por quadrinhos, a invenção de uma carreira em um momento em que era considerada improvável e a criação de seus personagens icônicos. a produção sobre o quadrinista mais importante do Brasil, traça os primeiros passos que tornaram realidade o seu sonho de se tornar desenhista. Criador de Turma da Mônica, a trama traz um olhar pessoal e sensível para a vida de um artista e das referências que o formaram. Da descoberta e paixão pelos quadrinhos à construção de uma carreira considerada impossível na época, a coragem de Mauricio de Sousa em sustentar suas ideias, histórias e personagens.


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no GonzagaConsulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


Leia+

.: Crítica: "O Agente Secreto" é filmaço imperdível com a cara do Brasil

.: Crítica: furioso e envolvente, “O Agente Secreto” é a alegoria do tubarão

.: Crítica: "Mauricio de Sousa: O Filme" conta pouco sobre gênio dos quadrinhos

.: Crítica: "Se Não Fosse Você" resgata gênero romance com trama de traição

.: Crítica: "Springsteen: Salve-me do desconhecido" fundamenta depressão

.: Crítica "O Telefone Preto 2": excelente continuação promete terceiro filme

.: Crítica: "Uma Batalha Após a Outra" é filmaço que vai dar Oscar a Sean Penn

terça-feira, 18 de novembro de 2025

.: "A Sabedoria dos Pais" reúne Natália do Vale e Herson Capri no teatro


Comédia romântica, que estreia no dia 26 de fevereiro, no Teatro Bradesco, marca o retorno da atriz aos palcos, após 23 anos, e o reencontro em cena com Herson. Fotos: Nana Moraes

Amigos de longa data, os atores Natália do Vale e Herson Capri celebram 50 anos de carreira em 2025 com o espetáculo "A Sabedoria dos Pais", de Miguel Falabella, escrito especialmente para a dupla. Depois de 23 anos, Natália volta aos palcos, seu último trabalho no teatro foi Capitanias Hereditárias, também de Falabella, em 2002, e reencontra Herson, com quem contracenou na novela "Em Família", de Manoel Carlos, em 2014. Após estreia no Rio de Janeiro, a montagem chega a São Paulo para temporada no Teatro Bradesco, de 26 de fevereiro a 21 de março, com sessões de quinta a sábado às 20h00 e aos domingos, às 19h00.

“Durante grande parte da minha carreira, eu sempre fiz teatro e televisão ao mesmo tempo. Mas, nos últimos anos, eu não queria mais fazer desta forma. E agora eu posso me dedicar mais ao teatro, como não estou fazendo TV, e ter uma parte da minha vida dedicada ao palco. Esse projeto nosso, com Miguel, é antigo. Fizemos irmãos numa novela ("O Outro", de 1987). E viramos irmãos. Nosso afeto vem de mais de 30 anos”, explica Natália, sobre as mais de duas décadas longe do tablado. 

Este é o terceiro trabalho da atriz com Herson. Eles atuaram juntos na novela "Negócio da China", de 2009, escrita por Miguel. “Eu e Natália nos damos muito bem em cena. Começamos as leituras na casa dela. Natália é gentil e acolhedora, temos uma ótima conexão, e com o Miguel também. Os ensaios foram muito alegres, estou feliz em fazer um texto inédito dele", entrega Herson. Dirigida por Falabella, a montagem aborda recomeços, amadurecimento e as possibilidades do amor depois de uma vida inteira compartilhada. 

A história narra a trajetória de um casal que, após 35 anos de um casamento aparentemente perfeito, decide se separar. Nos dez anos que se seguem, cada um busca novos caminhos, novas experiências. Um aprende a viver sem o outro, ambos guiados pelas lembranças e ensinamentos de seus pais, que tiveram casamentos duradouros.

Neste processo, enquanto tentam construir novas vidas, eles seguem movidos pela esperança e, com humor e delicadeza, percorrem temas como etarismo, reinvenção pessoal e a continuidade da vida afetiva na maturidade. O espetáculo é atravessado por afeto, cumplicidade e verdade, celebrando os encontros e desencontros da vida a dois e a eterna busca pelo sentido das relações humanas. O histórico reencontro em cena de Natália do Vale e Herson Capri vai brindar o público com uma experiência sensível, divertida e inesquecível, sob a batuta de Miguel Falabella.  


"A Sabedoria dos Pais" | Ficha técnica
Texto e Direção: Miguel Falabella. Elenco: Natália do Vale e Herson Capri. Assistente de direção: Edwin Luisi. Cenário: Turíbio e Zezinho Santos Arquitetura. Luz: Paulo César Medeiros. Trilha Sonora: Leandro Lapagesse. Vídeo: Richard Luiz. Figurino: Marco Pacheco e Jemima Tuany. Assistente de Produção: Pillar Paiva. Assessoria de Comunicação: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Produção executiva: Robert Litig. Direção de Produção: Theo Falabella.
 

"A Sabedoria dos Pais" | Serviço
Estreia dia 26 de fevereiro de 2026.
Temporada: de 26 de fevereiro a 21 de março - Quinta a sábado, às 20h00. Domingo, às 19h00.
Ingressos a partir de R$ 50,00
Duração: 90 minutos.
Classificação etária: 12 anos

domingo, 16 de novembro de 2025

.: Últimos dias de "Demolidora Iracema", de Renato Larini, no Espaço Zebra


Em cartaz até 27 de novembro, a mostra reúne cerca de 40 obras inéditas de fotografia expandida em grandes formatos, combinando experimentação técnica, crítica social e memória fragmentada, com visitas às sextas e sábados, das 19h à meia-noite, ou em outros dias mediante agendamento


Renato Larini volta a ocupar o Espaço Zebra, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, para trazer ao público sua nova série na exposição individual "Demolidora Iracema", que reúne cerca de 40 obras inéditas. São trabalhos de fotografia expandida sobre lonas, a maioria em grande formato. A mostra segue em cartaz até 27 de novembro, com visitas às sextas e sábados, das 19h00 à meia-noite, ou em outros dias mediante agendamento.

Fruto de um cruzamento de imagens, memórias e referências culturais que se acumulavam no imaginário do artista, Demolidora Iracema carrega múltiplas camadas: evoca a personagem de José de Alencar, símbolo da pátria-natureza violada; remete à melancolia popular de Adoniran Barbosa; e revela o anagrama de “América”, a “grande demolidora”. Na ficção criada por Larini, essa empresa imaginária não apaga vestígios, mas recupera escombros preservando cicatrizes, assumindo as marcas e rasuras como parte essencial da forma e do conteúdo.

A mostra é o ponto de convergência de uma longa pesquisa e de décadas de experimentações com a imagem. As lonas de grande formato carregam elementos que atravessam toda a produção artística de Larini - colagens, serigrafias, fotocolagens, fotopinturas, ready-mades, entre outros — em composições que condensam um percurso atravessado por tentativas, descobertas e reinvenções, explorando de forma livre e contínua as possibilidades entre diferentes técnicas e suportes.

Na pesquisa que desenvolve para Demolidora Iracema, o artista voltou-se a processos químicos alternativos à fotografia tradicional, baseada no nitrato de prata, composto químico que, desde o início do que hoje reconhecemos como fotografia, consolidou-se como padrão dominante. Nesse caminho, investigou outras substâncias como cloretos, sulfatos, dicromatos, ferricianeto, peróxidos, betumes, colágenos, ácido acético e caseína, compostos mais alinhados a seu interesse por métodos artesanais, de resultados por vezes imprevisíveis e maleáveis.

O processo do artista mantém um vínculo direto com a fotografia e a ampliação clássica, mas incorpora uma série de adaptações criativas e recursos improvisados. O ampliador utilizado para projetar as imagens sobre as lonas previamente embebidas em emulsão fotossensível é, por exemplo, modificado para atender às experimentações do artista. Cada etapa, da preparação do suporte à intervenção no negativo, integra um engenho artesanal que remete tanto às origens da fotografia quanto às suas primeiras experiências no ateliê, quando já improvisava procedimentos de laboratório para expandir os limites do meio fotográfico.

A diferença, agora, está no domínio que Larini alcançou sobre o próprio processo: desde a captura da imagem, o controle da iluminação, a construção (ou invenção) de uma realidade, até a edição, a alteração do negativo e sua forma de projeção. Tudo pode ser manipulado, refeito, riscado, rabiscado, manchado, sujo. A lona torna-se espaço de rupturas, apagamentos e reinvenções sem síntese forçada. Uma superfície sensível também à intervenção manual e analógica, incorporando diversas camadas de gesto e tempo. Larini utiliza essa linguagem para compor crônicas visuais sobre o mundo que nos cerca. À revelia de tradições rígidas, propõe uma memória em movimento, tecida por alianças provisórias e narrativas não lineares, mas fragmentadas.

Além de sua dimensão técnica, "Demolidora Iracema" articula crítica social, arquivo e ficção. As obras abordam a destruição da memória, a estética da desfiguração e a representação de sujeitos borrados ou suprimidos. Para Larini, arquivar também é um gesto político: "Sofro dessa febre de arquivo, mas tento remediá-la com obras que discutem, explicitam e trazem vultos vítimas dos apagamentos, numa pulsão de vida ou de sobrevida", afirma. Compre o livro "Iracema", de José de Alencar, neste link.

Sobre o artista
Renato Larini
 nasceu no norte do Paraná e cresceu entre as margens do Rio Paranapanema. Após passagens por Curitiba, Salvador e Londres, fixou-se em São Paulo, onde fundou, em parceria com sua companheira Néli Pereira, o Espaço Zebra. Autodidata, desenvolve uma produção que articula artes visuais, design, performance e audiovisual. Seu trabalho transita entre o analógico e o digital, o precário e o simbólico, o improvisado e o ritualístico. Entre as exposições realizadas, destaque para Replicantes (2015), Gabinete de Curiosidades (2016), Bestiário (2017), Tradição, Família e Apropriação (2018) e Sinfonia Concreta (2019), todas no Zebra.


Serviço
Renato Larini em "Demolidora Iracema"

Em cartaz até 27 de novembro de 2025
Visitação: sextas e sábados, das 19h às 0h; ou em outros dias com agendamento
Agendamento: WhatsApp (11) 91653-3120
Espaço Zebra | Rua Major Diogo, 237 – Bela Vista / São Paulo

.: "Aurora", peça dedicada ao escritor Paulo Mendes Campos, estreia no CCSP


Mescla de teatro, sarau, happening, festa e até ópera set, Aurora - Uma homenagem à obra de Paulo Mendes Campos estreia dia 27 de novembro no CCSP. Com direção de Rodrigo Penna, espetáculo é livremente inspirado nas crônicas e na obra do escritor mineiro e passeia por temas como a condição humana, a ternura, a doçura, o amor e a falta desse sentimento. Foto: Larissa Vieira


Um dos mais importantes cronistas brasileiros, o escritor, poeta e jornalista mineiro Paulo Mendes Campos (1922-1991) tem seu legado celebrado em "Aurora - Uma Homenagem à Obra de Paulo Mendes Campos", idealizado e dirigido pelo produtor cultural e diretor Rodrigo Penna, com consultoria de roteiro de Adriana Falcão. O espetáculo, livremente inspirado na vida e em toda a obra do escritor, com olhar especial para a coletânea “O Amor Acaba - Crônicas Líricas e Existenciais” (1999), tem sua temporada de estreia no Centro Cultural São Paulo (CCSP), de 27 de novembro a 14 de dezembro de 2025, com sessões de quinta a sábado, às 20h00, e domingos às 19h00. No elenco, estão Julia Konrad, Gustavo Damasce no e Kadu Garcia.

A peça, que não tem uma estrutura dramatúrgica tradicional, com linearidade, curva dramática e personagens, é uma espécie de jogos de cenas e sentimentos da vida e da obra de Paulo Mendes Campos, como explica o diretor Rodrigo Penna. “É quase como uma coletânea de crônicas sobre ele que fiz ao longo dos anos. Já foram mais de 40 versões desse roteiro, baseado em muitas leituras aqui em casa, muita pesquisa de texto e muito bate-papo com a Adriana Falcão, minha consultora para roteiro”, diz.

“Sempre tive uma ligação com literatura e poesia e criei o Projeto Ambiente, um sarau contemporâneo com multilinguagens da palavra há 25 anos. Fiquei louco pelo Paulo Mendes quando a Adriana me apresentou a crônica ‘Para Maria da Graça’. Logo comprei o livro e fui atrás de tudo o que podia encontrar sobre o autor. Na época, eu estava fazendo turnê da festa ‘Bailinho’, que foi um sucesso, e devorei o livro em minhas viagens pelo Brasil”, acrescenta.

O diretor ainda conta que a palavra, expressa a partir de diferentes linguagens, é a grande força motriz do trabalho. “Nossa matéria prima é a palavra, o meio e o fim, como iguarias, jóias preciosas, tudo gira em torno da palavra. É o que queremos; espalhar a palavra do Paulo Brasil afora. A peça é uma dança entre diferentes linguagens, poéticas, em prosa, mídias e plataformas diversas, mas tudo em prol da palavra - até como ação e protesto. Todos são Paulo Mendes Campos e, ao mesmo tempo, todas são também suas musas, os personagens, as cenas. A peça fala sobre todo mundo, sobre a humanidade, a ternura, a doçura, o amor, a falta de amor, o excesso de amor, o conflito do amor. Um grande jogo de cenas e sentimentos”.

E, para construir essa atmosfera, o espetáculo aposta na ambiência, criada com sonoplastia, beats e ritmos, em união com projeções do artista visual Batman Zavareze, a cenografia de Marcos Figueroa, os figurinos de Marie Salles e o design de Billy Bacon. “Buscamos como referências as cores azul, que é a que ele mais explora, e o vermelho, que representa a própria origem do Paulo Mendes, que nasceu em Minas e, mesmo tendo vivido e morrido no Rio tem essa coisa mineira muito presente nas suas obras. Também buscamos referências na iconografia da arte de rua, no grafitti, no lambe-lambe e na risografia”.

A direção de Rodrigo Penna tem como forte referência e também presta uma homenagem ao trabalho do ator e diretor carioca Aderbal Freire Filho (1941-2023), que desenvolveu uma pesquisa intitulada por ele mesmo como “romance-em-cena”. Já a trilha sonora, assinada pelo próprio diretor ao lado de Chico Beltrão e Dani Roland, explora sonoridades pop e dialoga tanto com um público mais velho como com a juventude.Compre o livro de Paulo Mendes Campos neste link.

Sobre Paulo Mendes Campos
Conhecido como um dos “Quatro Cavaleiros do Apocalipse” da crônica brasileira, ao lado dos também mineiros e amigos de Fernando Sabino, Otto Lara Resende e Hélio Pellegrino, o escritor, poeta e jornalista Paulo Mendes Campos nasceu em Belo Horizonte em 1922 e mudou-se para o Rio de Janeiro em 1945. 

Ele colaborou com os principais veículos da imprensa carioca, como os jornais Correio da Manhã e Diário Carioca, no qual manteve a coluna diária “Primeiro Plano”, e a revista Manchete. Também foi diretor de Obras Raras da Biblioteca Nacional. Entre seus livros publicados, estão “O Cego de Ipanema” (1960), “Homenzinho na Ventania” (1962), “O Colunista do Morro (1965), “Antologia Brasileira de Humorismo” (1965), “Hora do Recreio” (1967), “O Anjo Bêbado” (1969), “Os Bares Morrem Numa Quarta-feira” (1980), “O Amor Acaba - Crônicas Líricas e Existenciais” (1999), “Brasil Brasileiro - Crônicas do País, das Cidades e do Povo” (2000), “Alhos e Bugalhos” (2000), “Cisne de Feltro” (2000), “Murais de Vinícius e Outros Perfis” (2000), “O Gol é Necessário” (2000), “Artigo Indefinido” ( 2000), “De Um Caderno Cinzento - Apanhadas no Chão” (2000), “Balé do Pato e Outras Crônicas” (2003) e “Quatro Histórias de Ladrão” ( 2005).

Além disso, atuou como tradutor de prosa e poesia de grandes nomes da literatura mundial, como Júlio Verne, Oscar Wilde, Jane Austen, Jorge Luis Borges, William Shakespeare, William Butler Yeats, C. S. Lewis, Charles Dickens, Gustave Flaubert, Guy de Maupassant, Pablo Neruda e outros.

Sobre Rodrigo Penna - diretor e idealizador
Rodrigo Penna participou de novelas de grande sucesso como “Top Model, “Vamp” e “Paraíso Tropical”, além de séries e minisséries como “Engraçadinha” e “JK”.  Seu primeiro sucesso no teatro foi aos 12 anos, com a peça "Menino Maluquinho“. Destacam-se ainda em sua trajetória no teatro os espetáculos “Mãe Coragem”, com direção de Daniela Thomaz, e “O Ateneu” com direção de Carlos Wilson e “Esplêndidos”, com direção de Daniel Herz, no qual dividiu o palco com nomes como Nelson Xavier, Gabriel Braga Nunes e Selton Mello.  Em 2006, dirigiu seu primeiro espetáculo “Eu Nunca Disse que Prestava”, do qual também assinou a dramaturgia, como base em textos de Adriana Falcão e Luciana Pessanha.  DJ, produtor e performer, é também idealizador de marcantes eventos   como o “Projeto Ambiente”, um sarau contemporâneo com multilinguagens da palavra, e “Bailinho” a prestigiada e disputada balada das noites cariocas. 


"Aurora - Uma Homenagem à Obra de Paulo Mendes Campos" | Ficha técnica
Adaptação, concepção e direção geral: Rodrigo Penna
Elenco: Júlia Konrad, Kadu Garcia e Gustavo Damasceno
Direção de Produção: Rubim Produções, Tatyana Rubim
Participação Especial: Teuda Bara
Cenografia: Marcus Figueiroa
Figurino: Marie Salles
Direção de arte: Marie Salles e Marcus Figueiroa
Iluminação: Lina Kaplan
Direção de movimento: Márcia Rubin
Consultoria de roteiro: Adriana Falcão
Trilha sonora: Chico Beltrão, Daniel Roland e Rodrigo Penna
Audiovisual: Batman Zavareze, Produção BH, Sartre
Produção RJ: Clarah Borges e Lucas Gustavo
Edição Audiovisual (projeções): Gabi Paschoal
Participação Especial em Vídeo: Lázaro Ramos
Vídeos participações especiais: Fred Tonucci (Teuda), Adriana Penna
Produtora Associada/temporada SP: Fábrica de Eventos
Assessoria de imprensa: Pombo Correio -SP


"Aurora - Uma Homenagem à Obra de Paulo Mendes Campos" | Serviço
Temporada: 27 de novembro a 14 de dezembro de 2025. Quinta a sábado às 20h, domingo às 19h.
Centro Cultural São Paulo - Rua Vergueiro, 1000, Liberdade, São Paulo
Ingressos: Gratuitos. Ingressos disponíveis diretamente no site do CCSP e presencialmente. A retirada presencial acontece a partir das 14h do dia anterior à sessão (iniciando em 26/11).
Bilheteria: terça a sábado, 13h às 22h; e aos domingos e feriados, das 12h às 21h |
Telefone: (11) 3397-4277
Classificação: 12 anos
Duração: 80 minutos
Capacidade: 320 lugares
Acessibilidade: sala acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.