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sábado, 25 de novembro de 2023

.: “Foi uma emoção imensa quando Gilberto Braga pediu...”, lembra Bethânia


Clássico de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, a novela estreia no ‘Vale a Pena Ver de Novo’ nesta segunda, 27. “Foi uma emoção imensa quando Gilberto Braga me pediu para fazer”, lembra Maria Bethânia, intérprete do tema de "Paraíso Tropical". Foto: Globo/Fábio Rocha


Maria Bethânia
embalou “Sábado em Copacabana”, tema de abertura da novela "Paraíso Tropical", que volta a TV Globo, no "Vale a Pena Ver de Novo", a partir desta segunda-feira, 27 de novembro. A cantora lembra que o convite partiu do próprio Gilberto Braga, que dividiu a autoria da trama com Ricardo Linhares. Composta por Dorival Caymmi, a canção foi gravada por Bethânia especialmente para a novela – um encontro de baianos no horário nobre. A música também foi composta por Carlos Guinle e gravada, originalmente, na década de 1950, por Lúcio Alves.

“Sempre será uma honra cantar Caymmi. Esse baiano extraordinário, fora do comum. Grande mestre da nossa música, da nossa poesia, do nosso ritmo. Foi uma emoção imensa quando o Gilberto Braga me pediu para fazer. Imediatamente eu falei que sim, mas um pouco assustada porque é uma responsabilidade muito grande cantar Caymmi; e para uma abertura de novela, ou seja, uma canção que será executada diariamente. Mas eu me preparei, estudei, fiz o melhor que pude. Fiz com muito amor, muita devoção e muito grata a Gilberto porque ele falou: ‘não, eu não quero outra cantora, eu quero você’. E isso foi lindo, ficou bonito, a abertura era muito bonita. Tudo era lindo ali, como Caymmi merece”, conta Bethânia. 

Presença marcante em trilhas de novelas, Bethânia já cantou dezenas de histórias: a estreia foi em "Gabriela", exibida em 1975, com a canção “Coração Ateu”. Mais recentemente, em 2022, a baiana interpretou o tema de abertura de "Pantanal". “É um alcance incalculável porque as pessoas gostam muito de assistir às novelas. É um caminho muito bonito para a voz de uma cantora. A voz dessa cantora chega a milhares de lares, pessoas, corações, sentimentos. Isso é emocionante! Eu tenho consciência de que essa canção, ‘Sábado em Copacabana’, foi muito ouvida na minha voz por conta dessa novela”, destaca.

De volta a partir desta segunda-feira, dia 27 de novembro, no "Vale a Pena Ver de Novo", a novela "Paraíso Tropical" tem autoria de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, com colaboração de Ângela Carneiro, João Ximenes Braga, Maria Helena Nascimento, Nelson Nadotti, Sérgio Marques, Rosa Maria e Marília Garcia. A novela tem direção de núcleo de Dennis Carvalho, direção-geral de Dennis Carvalho e José Luiz Villamarim e direção de Amora Mautner, Maria de Médicis e Cristiano Marques.

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

.: Crítica musical: Edu Lobo completa 80 anos em grande estilo


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Edu Lobo chega aos 80 anos em plena atividade musical. Lançou um disco com participações de quatro intérpretes e um time de feras acompanhando. O repertório conta com canções autorais menos conhecidas, que soam como pérolas musicais para o ouvinte. No time de cantores figuram Monica Salmaso, Vanessa Moreno, Zé Renato e Ayrton Montarroyos.

Uma mescla bem interessante de novos nomes com outros com mais tempo de estrada na música. Entre os instrumentistas estão Kiko Horta (criador do Cordão do Boitatá) e o violão de oito cordas de Paulo Aragão (do Quarteto Maogani), além do naipe de sopros de Carlos Malta e Mauro Senise. Na seção rítmica está o trio que acompanha Edu há décadas: Cristóvão Bastos (além de pianista, arranjador e diretor musical), Jorge Helder (contrabaixo) e Jurim Moreira (bateria), acrescido da percussão de Marcelo Costa.

O disco tem 24 canções, sendo Beatriz talvez a faixa mais conhecida, composta originalmente para "O Grande Circo Místico" em parceria com Chico Buarque. Edu Lobo interpreta a bela composição em dueto com Monica Salmaso. A faixa de abertura é a instrumental "Casa Forte", que mostra suas raízes com Pernambuco. E é na redescoberta das demais composições que reside a beleza da obra de Edu Lobo. Seja na malemolência do samba "Nego Maluco" (cantado por Zé Renato), ou no xote com toques de baião da "Dança do Corrupião" (cantada por Edu e por Vanessa Moreno).

Edu Lobo redescobre da peça "Cambaio" a bela canção "A Moça do Sonho" (cantada por Ayrton Montarroyos). E ele mesmo interpreta magistralmente Bancarrota Blues, que tinha sido gravada originalmente por Chico Buarque nos anos 80. Se você esperava ouvir os antigos hits de Edu Lobo, como "Ponteio", "Upa Neguinho" ou "Lero-Lero", talvez fique desapontado. Mas isso muda logo ao ouvir as ótimas canções desse disco. Um trabalho de extremo bom gosto que prova que a sua obra resistiu ao teste do tempo.

A voz de Edu Lobo está firme e impecável, assim como a direção musical de Cristóvão Bastos. Na verdade, com uma produção desse nível, dificilmente o resultado seria negativo. "Edu Lobo 80" é um daqueles discos para se ter em sua discoteca particular e ser degustado com audições sem a menor pressa.


"Beatriz"

"Casa Forte"

"Gingado Dobrado"

sábado, 18 de novembro de 2023

.: Domingando mantém a tradição do choro com tempero nordestino

Quarteto Domingando e Ferragutti. Foto: Gláucia Chiva


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

O Quarteto Domingando vem divulgando o show De Choro a Choro, um espetáculo instrumental concebido em homenagem a dois importantes músicos do choro, referências em seus respectivos instrumentos: Charles da Flauta (premiado flautista, reverenciado mundialmente como um gênio de seu instrumento) e Toninho Ferragutti (acordeonista, compositor e arranjador, reconhecido como um dos mais inventivos e talentosos instrumentistas de sua geração). E o trabalho do grupo vem chamando a atenção do público que curte a boa música instrumental. O nome do quarteto é uma homenagem a um ícone da música: Dominguinhos. Em entrevista para o Resenhando, Cicinho Silva conta como foi conceito para a formação do grupo e revela que eles já estão produzindo material autoral. “Queremos manter viva a tradição do choro”.


Resenhando – Como foi seu início na música?

Cicinho Silva – Venho de uma família de músicos. Meu pai foi um divulgador do forró em São Paulo. Comecei aprendendo cedo, aos 15 anos, no acordeon. Depois estudei em conservatórios, para aperfeiçoar e aprender novas técnicas. Fui aluno do Oswaldinho do Acordeon e do Toninho Ferragutti, dois mestres do instrumento, que foram muito importantes nessa minha formação.


Resenhando – Ouvindo as canções, notamos que vocês mostram um som do choro próximo de outros ritmos tradicionais, como o xote e o forró. Houve essa intenção?

Cicinho Silva – Primeiro é preciso lembrar que o nome do grupo se originou de uma homenagem ao grande Dominguinhos, um mestre de nossa música popular, que tinha raízes fortes com os ritmos do Nordeste. E a nossa proposta consiste mesmo em mostrar a influência do choro no forro. Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga utilizavam conjuntos regionais como acompanhamento em suas apresentações. Então essa identificação com os ritmos tradicionais é natural. Utilizamos o acordeon, o instrumento mais característico do forró. São ritmos que se integram, no final das contas. O público tem respondido positivamente ao nosso trabalho.


Resenhando – Qual é a formação atual do Quarteto?

Cicinho Silva – O Quarteto conta  com Cicinho Silva (acordeon e direção musical), Edmilson Capelupi (violão de 7 cordas), Alex Cavaco (cavaquinho) e Lucas Brogiolo (percussão), além do músico convidado Diego Lisboa (flauta) - e o homenageado Toninho Ferragutti (acordeon) que tem participação especial nas apresentações.


Resenhando – Como você avalia o panorama da música instrumental no Brasil?

Cicinho Silva – Essa é uma pergunta interessante. A mídia de uma forma geral não dá muito espaço para a música instrumental. Mas o que noto nas nossas apresentações é que o público gosta do trabalho. Acho que o fato de nós tocarmos ritmos tradicionais, que fazem parte de nossa autêntica música popular, acaba mexendo com a memória afetiva de quem ouve. O que percebo é que o público gosta e se mostra presente nas apresentações. Hoje temos um grande número de músicos talentosos de várias gerações, que buscam seu espaço na música.


Resenhando – Como vocês estão trabalhando para divulgar o projeto?

Cicinho Silva - Esse projeto é uma realização do Quarteto Domingando, da Associação Construindo Consciência (ACC), da produtora cultural Elielma Carvalho. Foi viabilizado com o apoio do 6º Edital de Apoio à Música para a Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura da Capital. Fizemos uma apresentação na Escola de Música Tom Jobim no dia 7 de novembro, na Capital Paulista. E estamos programando novas apresentações em breve.

Papo de Sanfoneiro


Ferragutiando


A Gente vê Depois



.: "Wish": animação Disney tem trilha sonora original disponível


A trilha sonora de “Wish”, novíssima produção dos Walt Disney Animation Studios, já está disponível em todas as plataformas de streaming (Apple Music, Spotify, Amazon Music e YouTube Music), e também em CD e vinil. Com as vozes da atriz vencedora do Oscar® Ariana DeBose como Asha, Chris Pine como Rei Magnífico e Alan Tudyk como o bode de estimação de Asha, Valentino, o épico musical animado “Wish” chega às telas dos Estados Unidos no Dia de Ação de Graças (27 de novembro) — no Brasil, a estreia, com o título “Wish — O Poder dos Desejos”, está prevista para 4 de janeiro), quando o famoso estúdio comemora 100 anos de produção de filmes. Inspirado no legado mágico e musical de Walt Disney, “Wish” apresenta uma história e personagens originais, com sete músicas inéditas escritas pela cantora e compositora indicada ao Grammy® Julia Michaels e pelo produtor, compositor e músico vencedor do Grammy® Benjamin Rice.  Cinco canções foram lançadas antes do filme e se tornaram sensações virais, gerando mais de 60 milhões de criações no TikTok e resultando em 5,5 bilhões de visualizações.

No centro de “Wish”, como em muitos dos filmes da Disney que vieram antes dele, está a música. “Muitos de nossos filmes mais amados são musicais”, disse o produtor Peter Del Vecho. “Quando pensamos na Disney, pensamos em uma gama de emoções. Queremos nos sentir como se estivéssemos em uma montanha-russa, e parte dessa emoção vem da música.”

Ao considerar nomes para compor a música de “Wish”, os cineastas queriam encontrar alguém que pudesse oferecer um som atemporal e contemporâneo. Jennifer Lee, diretora de criação do Walt Disney Animation Studios, disse: “Julia Michaels é um talento extraordinário. Juntamente com seu parceiro de composição Benjamin Rice, criou músicas originais que inspiraram todos nós que trabalhamos no filme. Seu processo colaborativo foi muito especial, pois ela realmente se sentou conosco e conversou sobre as motivações de nossos personagens”.

Julia Michaels comentou: “A Disney esteve muito presente em minha vida durante toda a minha jornada de compositora.  As músicas de ‘Wish’ são divertidas, emocionais e sinceras.  Ben e eu tivemos que cobrir um espaço grande nas letras, então muitas das canções são sinceras e extravagantes na parte rítimica. O processo de colaboração com os cineastas foi especial”

Benjamin Rice acrescentou: “As canções são realmente muito significativas. Desde a música de abertura até os créditos finais, acho que as músicas cobrem um rico território emocional e, ao mesmo tempo, fornecem o contexto da história e o tipo de mensagem genuína que vive tanto no filme quanto fora dele”.

De acordo com Tom MacDougall, produtor musical executivo/presidente da Walt Disney Music, Michaels e Rice representam uma direção ousada para os compositores do Walt Disney Animation Studios, pois os musicais anteriores geralmente recrutavam profissionais do mundo do teatro. “Julia e Ben vêm de uma formação de compositores de música pop e trouxeram uma exuberância juvenil para o projeto — o fato curioso é que Julia é a pessoa mais jovem a escrever todas as músicas para um longa-metragem do Walt Disney Animation Studios.” Para MacDougall, Michaels e Rice preenchem todos os requisitos - e mais alguns. “Eles realizaram todos os meus sonhos para ‘Wish’”, diz MacDougall. “Há um frescor nas músicas com o qual acho que o público se conectará em muitos níveis. Acho que é fácil se envolver com essas músicas rapidamente por causa da sensibilidade moderna e clássica que foi usada em sua criação.”

Matt Walker, produtor musical executivo/vice-presidente sênior de música da Walt Disney Music, acrescentou: “Uma canção em um musical tem um propósito específico na narrativa. À medida que a história vai se construindo e a emoção vai ficando maior, é como se um simples diálogo não conseguisse transmitir todo o sentimento, e o personagem não tivesse outra escolha a não ser continuar falando por meio da canção”.


Lista de faixas de “The Wish— Original Motion Picture Soundtrack”:

“Welcome To Rosas” Performed by Ariana DeBose and Cast

“At All Costs” Performed by Chris Pine and Ariana DeBose

“This Wish” Performed by Ariana DeBose

“I’m A Star” Performed by Cast

“This Is The Thanks I Get?!” Performed by Chris Pine

“Knowing What I Know Now” Performed by Ariana DeBose, Angelique Cabral and Cast

“This Wish (Reprise)” Performed by Ariana DeBose and Cast

“A Wish Worth Making” Performed by Julia Michaels

“This Wish” Instrumental

“I’m A Star” Instrumental

“This Is The Thanks I Get?!” Instrumental

“A Wish Worth Making” Instrumental

  

Sobre “WISH”: “Wish”, do Walt Disney Animation Studios, dá as boas-vindas ao público ao reino mágico de Rosas, onde Asha, uma idealista perspicaz, faz um desejo tão poderoso que vem a ser atendido por uma força cósmica — uma pequena bola de energia sem limites chamada Star. Juntas, Asha e Star enfrentam um inimigo formidável — o governante de Rosas, o Rei Magnífico — para salvar sua comunidade e provar que, quando a vontade de um humano corajoso se une à magia das estrelas, coisas maravilhosas podem acontecer. Com as vozes da atriz ganhadora do Oscar® Ariana DeBose como Asha, Chris Pine como Magnífico e Alan Tudykas como o bode favorito de Asha, Valentino, o filme é dirigido pelo diretor ganhador do Oscar® Chris Buck (“Frozen”, “Frozen 2”) e Fawn Veerasunthorn (“Raya and the Last Dragon”), e produzido por Peter Del Vecho (“Frozen”, “Frozen 2”) e Juan Pablo Reyes Lancaster Jones (“Encanto”). Jennifer Lee (“Frozen”, “Frozen 2”) é produtora executiva, e Lee e Allison Moore (“Night Sky”, “Manhunt”) são roteiristas do projeto.

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

.: Francisco, el Hombre em show que encerra a turnê de 10 anos no Cine Joia


Em 2023, a Francisco, el Hombre transformou todos seus encontros em uma grande comemoração à primeira década de existência da banda. Formado por Mateo Piracés-Ugarte, Sebastianismos, LAZÚLI, Helena Papini e Andrei Kozyreff, o grupo  fez de diversos lugares a sua festa. O pontapé foi o lançamento do álbum 10 AÑOS (2023), que logo se desdobrou na maior turnê do grupo, passando por 36 cidades. Agora, para encerrar este ciclo, a Francisco, el Hombre realiza uma apresentação embrasada no Cine Joia, em São Paulo, no dia 15 de dezembro.

“Não é surpresa para quem nos acompanha que sempre dedicamos muito tempo da nossa banda ao fator político, sendo uma oposição declaradíssima à uma sequência de governos. De 2015 para cá, encontramos muita força na música para dizer o que pensamos e fizemos de todo show uma catarse coletiva para aliviar as tensões diárias que vínhamos recebendo”, relembra o vocalista Mateo Piracés-Ugarte. “Quando virou esse ano, sentimos a necessidade de nos reconectar com todos os outros sentimentos que nos motivam a fazer esse trabalho. Afinal, fez-se necessário nos perguntar novamente: quem somos enquanto Francisco, el Hombre? Então, essa comemoração de um ano inteiro de '10 AÑOS' foi perfeita para nos reconectar com tudo isso. Foi bom retornarmos ao nosso eixo para dar o pontapé para nossa próxima fase”, complementa ele.

A turnê rodou por 36 cidades e 4 países com um repertório de clássicos da banda em uma nova roupagem, como “Arrasta” e “Triste, Louca ou Má” — single responsável pela indicação da banda ao Grammy Latino e que se transformou em um hino de empoderamento feminino. Além disso, outras fases do grupo também foram contempladas com as inserções de “O Tempo É Sua Morada”, “Nada Conterá a Primavera” e “Matilha” nos setlists

Em uma eterna celebração à música latino-americana, o grupo ainda apresentará mais novidades antes de 2023 acabar. “A sensação desse final de ano é: queremos fazer coisas novas! Que delícia tudo que já fizemos, mas agora chegou a hora de fazer mais!”, afirma Mateo


Serviço
Francisco, el Hombre @ Cine Joia, São Paulo. Data: 15 de dezembro (sexta-feira). Horário: 22h (abertura da casa). Local: Cine Joia. Endereço: Praça Carlos Gomes, 82 - Liberdade/São Paulo. Ingressos: https://cinejoia.byinti.com/#/event/fancisco-el-hombre-397-733


sexta-feira, 10 de novembro de 2023

.: "Now and Then": novo single dos Beatles emociona os fãs


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Um dos versos da canção "Clube da Esquina 2", de Milton Nascimento, Lo Borges e Marcio Borges, afirma que os sonhos não envelhecem. E a máxima faz ainda mais sentido quando constatamos que os Beatles estão de volta. Com o lançamento do single "Now and Then", uma canção de John Lennon gravada originalmente em uma fita cassete nos anos 70 e que recebeu o acabamento dos dois integrantes remanescentes (Paul McCartney e Ringo Starr), além de intervenções de guitarra deixadas por George Harrison nos anos 90.

A história da canção remonta a época do lançamento das coletâneas "Anthology", em 1995, que incluíram outras duas canções de Lennon acabadas pelos três integrantes (George faleceu em 2001). As três canções constavam na fita dada por Yoko Ono para Paul McCartney. "Free As a Bird" e "Real Love" foram incluídas nas coletâneas denominadas "Anthology". E "Now and Then" acabou deixada de lado, pelo fato da gravação não ter ficado tecnicamente boa pelos músicos.

Porém, com o avanço dos recursos técnicos, foi possível melhorar a qualidade da gravação da voz de John. E novamente surgiu a possibilidade de lança-la, com o material que George já tinha feito em 1995, além do acabamento feito recentemente por Paul e Ringo. Ou seja: genuinamente é uma canção onde os quatro integrantes originais (John, Paul, Ringo e George) participam.

O lançamento em formato single com a versão remasterizada de "Love Me Do", o primeiro hit da banda, provocou uma catarse entre os fãs da pelo mundo. Seriam esses ecos da Beatlemania? Talvez sejam. O fato é que nesse mundo globalizado, interligado por diversas redes sociais, ficou muito mais fácil para os fãs se conectarem para comentar sobre a novidade relacionada com o grupo. Até o ex-íntegrante da banda Oasis, Liam Gallagher, teceu comentários elogiosos sobre o single.

Ouvi mais de uma vez a gravação. E é realmente emocionante ouvir a voz de John misturada com os vocais dos demais integrantes. Senti a mesma coisa quando ouvi Free as a Bird pela primeira vez. "Now and Then" é uma balada típica de John Lennon dos anos 70. Se você ouvir seus discos solo, constatará outras canções com um tom melancólico e triste, no mesmo estilo deste single.

A questão é que a inclusão de Paul, George e Ringo na gravação fez com que a despretensiosa fita demo caseira se potencializasse, ampliando o seu raio de alcance e atingindo em cheio os corações de milhares de fãs espalhados pelo mundo. "Now and Then" coincide com o relançamento de duas coletâneas lançadas originalmente nos anos 70. Chamadas de "Red and Blue", as duas foram ampliadas com a inclusão de mais faixas dos Beatles.

Se estivesse vivo, talvez John Lennon até gostasse do single e da sua repercussão, 53 anos depois do anúncio do fim da banda. Mas creio que também estaria triste ao ver que estão ocorrendo guerra entre Russia e Ucrânia e, mais recentemente, o conflito entre Israel e os grupos palestinos. Creio que ele retomaria a sua campanha pacifista “War is Over – If You Want It” ("A Guerra termina – se você quiser"). Outro trecho do "Clube da Esquina 2", cita que “basta contar compasso e consigo, pois de tudo se faz canção”. O resultado final de Now and Then é a prova definitiva disso, com certeza.


"Now and Then" - The Beatles

Trailer sobre "Now and Then"


quarta-feira, 8 de novembro de 2023

.: Dude São Thiago estreia show "O Sexo do Vento" para celebrar o amor


Repertório inclui Caetano Veloso, Jorge Drexler, Chico Buarque e Marina Lima. Artista banda se apresentam no Teatro Giostri às sextas-feiras, de 10 de novembro a 1º de dezembro.


Para celebrar a constante inventividade da vida e como ela se transforma em amor, o ator e diretor Dude São Thiago traz um repertório diverso de músicas populares para o show "O Sexo do Vento", que estreia no Teatro Giostri, na Bela Vista, em São Paulo. Com direção musical e arranjos do pianista Iuri Salvagnini, supervisão cênica do ator e diretor João Paulo Lorenzon e mentoria artística da cantora, compositora e poeta Ana Luiza, o artista se apresenta de 10 de novembro a 1º de dezembro, às sextas-feiras, a partir das 20h30.

Ao lado de uma banda formado por Iuri Salvagnini (piano), Mathilde Fillat (violino), Reginaldo Feliciano (contrabaixo) e Claudio Vecchiato (bateria), o repertório inclui canções de Jorge Drexler (Al otro lado del rio), Renato Rocha (Bicho de sete cabeças), Chet Baker (Born to be blue), Marina Lima (Charme do mundo), Milton Nascimento (Conversando no bar), Caetano Veloso (Milagres do povo), Chico Buarque (O que será - À flor da pele), entre outras.

Dude São Thiago é ator e médico psicanalista. Durante sua carreira artística, ele dirigiu espetáculos de teatro, música e dança de 2000 a 2012. E nos últimos 10 anos, se dedicou à psicanálise. Sua volta aos palcos se dá por meio de um solilóquio musical, que combina clássicos da música popular com monólogos autorais permeados pela poética da trajetória diversa da experiência humana com a qual ele conviveu nesta última década. 

“Estive mais de dez anos afastado dos palcos, completamente mergulhado na prática psicanalítica, escutando histórias das mais diversas, e acompanhando de perto o modo como diferentes pessoas lidavam com suas histórias. Algumas mais aprisionadas do que outras, mas todas envolvidas nesse conflito que é tomar para si a responsabilidade do sentido da própria existência”, esclarece. “E eu, assim como elas, lidava profundamente com este mesmo conflito perante a minha história pessoal”, conta. 

Foi dessa vasta pesquisa que o questionamento a respeito da criação e de seu papel na manifestação do amor surgiu e se transformou em arte. “O roteiro, portanto, vai narrando essa trajetória, a trajetória da invenção da vida, sem entrar em particularidades ou fatos. Entendo que a arte carrega em si essa potência. Freud afirma, em sua obra, que o poeta é como uma antena do mundo, costumando chegar antes do cientista à revelação de nossos conflitos”, diz.

O espetáculo se divide em quatro cenas: "Denúncia", "Fe-menino", "o milagre" e "a invenção". Para Dude a poesia e a união com a música foram a melhor forma de tornar o pensamento psicanalítico mais acessível. Por isso, a curadoria do repertório buscou canções marcantes, que fizessem parte do repertório de vida de todos nós e com letras que falassem dessas sensações conflitantes, que despertem reflexões no espectador.

 
Ficha técnica
Show "O Sexo do Vento". Elenco: Dude São Thiago (voz e cena), Iuri Salvagnini (piano), Mathilde Fillat (violino), Reginaldo Feliciano (contrabaixo), Claudio Vecchiato (bateria) | Concepção, dramaturgia e direção: Dude São Thiago. Direção musical e arranjos: Iuri Salvagnini. Supervisão cênica e preparação de ator: João Paulo Lorenzon. Mentoria artística: Ana Luiza. Treinamento de voz: Cor e Voz (Alessandra Lyra) e Juvenal De Moura. Projeto gráfico: Emerson Brandt Fotografia: Rinaldo Martinucci. Supervisão cenográfica: Fcstudio_ (Flávio Castro). Obra de arte cenográfica: Mariana Palma. Figurino: Andrea Levy. Luz: Wagner Antônio. Som: Ricardo Jubram. Faixa sonora original: Paulo Assis. Realização: Dude São Thiago. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Produção executiva: Martha Lozano. 


Serviço
Dude São Thiago no show "O Sexo do Vento". Temporada: de 10 de novembro a 1º de dezembro de 2023 - Sextas-feiras, às 20h30. Teatro Giostri - Rua Rui Barbosa, 201 - Bela Vista/São Paulo. Ingressos: Sympla - Valores: R$ 80,00 | R$ 40,00 meia-entrada | Nos dias 17/11, 24/11 e 01/12, cota de 10 ingressos gratuitos para pessoas negras, indígenas, refugiadas e transexuais (comparecer à bilheteria 30 minutos antes do espetáculo; sujeito à ordem de chegada). Classificação indicativa: 14 anos. Capacidade: 60 lugares. Duração: 80 minutos.

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

.: Um ano sem Gal Costa: Gilberto Gil e Mundo Bita fazem homenagem


Novo clipe contará com a voz original da cantora na gravação do álbum “Cantar”, de 1974. A novidade será lançada no próximo dia 9 de novembro, data em que completa um ano que a artista nos deixou.

Em novembro, faz um ano da partida de uma das vozes mais icônicas e cativantes da música brasileira. Gal Costa deixou grandes saudades e um legado musical que jamais se apagará. Em homenagem especial à baiana, Mundo BitaGilberto Gil lançam novo clipe com a canção “Barato Total”, eternizada na voz de Gal.

Além do áudio original da gravação do disco “Cantar”, de 1974, cedido pela gravadora Universal Music, o vídeo traz Gal como personagem da animação. Esse é o quarto e último clipe do projeto “Rádio Bita Especial Gilberto Gil”.

Para o cantor e um dos membros da Academia Brasileira de Letras (ABL), uma das coisas que mais chamou atenção de Gal e fez ela gravar a canção na época foi a subjetividade da composição em relação ao tempo e às emoções. “Se você está contente, tanto faz o frio, tanto faz o quente, tanto faz que eu me esqueça do meu compromisso com isso e aquilo que aconteceu há dez minutos atrás. Essa dissolução do tempo, numa fluência que é atemporal, acima de todas as coisas, acima de todas as dimensões. Essa foi uma das coisas que fez com que a Gal fosse atraída pela canção, que bom o Mundo Bita está fazendo ‘Barato Total’ dedicada à juventude”, celebra Gil.

Nesta nova aventura, o personagem de Gilberto Gil passa por vários desafios ao lado de Bita e da turminha formada pelas crianças Lila, Dan e Tito. No entanto, com o bom humor e o otimismo de todos, tudo que estava dando errado para os amigos é solucionado. O que eles não previam é que contariam também, ao longo dessa jornada, com uma ajuda para lá de especial de Gal Costa, que, na animação, é representada como uma espécie de ser mágico da natureza. No clipe, a personagem se junta ao grupo e todos se divertem ao som de muita música, encontrando boas alternativas para todos os obstáculos que surgem durante a brincadeira.

Chaps, criador do Mundo Bita e um dos fundadores da produtora Mr. Plot, conta como surgiu a ideia de reunir os dois cantores nessa versão de “Barato Total”. "Tínhamos há muito tempo uma vontade enorme de gravar com Gal Costa. Até tentamos, mas a pandemia atrapalhou os planos. Hoje, não é mais possível fazer uma gravação inédita com ela, mas quando contamos a Gil sobre a ideia da homenagem, ele achou ótimo usar a voz original. Colocar o Mundo Bita ao lado desses dois ícones da nossa arte é um privilégio”, afirma.

Todas as famílias podem se emocionar com essa homenagem no próxima quinta-feira, dia 9 de novembro, às 10h, no canal do YouTube do Mundo Bita, que possui mais de 17 bilhões de visualizações e 13 milhões de inscritos.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

.: Entrevista: Marcelo Costa celebra a MPB em disco com convidados


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Considerado um dos percussionistas mais requisitados da MPB, Marcelo Costa conseguiu reunir um time de intérpretes para produzir o seu Volume 2, um projeto no qual atua como diretor artístico e recria canções que marcaram a sua trajetória na música. Para viabilizar esse projeto, ele contou com nomes como Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Jussara Silveira, Marisa Monte, Teresa Cristina e Martinália, entre outros. Em entrevista para o Resenhando.com, Marcelo explica que cada convidado tem uma passagem profissional com ele na música e que o repertório tem uma característica atemporal. “Esse projeto é uma celebração para nossa MPB”.

Resenhando.com - Como foi seu início na música?
Marcelo Costa -
 Eu comecei nos anos 70, com o grupo A Barca do Sol. Tinha apenas 14 anos naquela ocasião. Logo em seguida, participei da gravação do primeiro disco do grupo Boca Livre, que acabou alcançando ótimos índices de vendagens. Em 1984 fui convidado para participar da Banda Nova do Caetano Veloso, que gravou o álbum Velô. Essa participação acabou me projetando no meio musical ainda mais e desde então tenho sido requisitado e trabalhado com vários nomes.


Resenhando.com - Como foi possível reunir esse grupo de intérpretes nesse trabalho?
Marcelo Costa - 
Não foi difícil porque tenho uma história com cada um dos convidados. Todos entenderam o conceito artístico do projeto e colaboraram da melhor forma possível. Então, a questão foi apenas conciliar datas para poder agendar a gravação. Esse projeto tem um caráter atemporal, com composições de vários nomes consagrados, como Lupicínio Rodrigues e Vinícius de Morais. Não sou compositor, portanto pude me concentrar na escolha do repertório e na produção. Foi muito legal foi ver a colaboração dessas pessoas que sempre admirei e continuo admirando na música.

Resenhando.com - Você citou o Caetanos Veloso, mas tem trabalhado bastante com a Maria Bethânia. Como tem sido essa parceria com ela?
Marcelo Costa - 
Se por um lado trabalhar com o Caetano Veloso ajudou a abrir portas, trabalhar com a Bethânia foi uma benção. Comecei a trabalhar com ela a partir de 1999. Como intérprete, nem preciso falar muito; considero ela uma das maiores vozes de sua época, capaz de transmitir uma emoção incrível em suas interpretações. Nesse Volume 2 ela canta a canção intitulada Número Um, parceria de Benedito Lacerda e Mario Lago. E para minha surpresa, a Bethânia disse que já conhecia porque a mãe dela cantava essa canção durante a infância dela. E ela cantou divinamente, como sempre.

Resenhando.com - Nesse Volume 2 você participa cantando uma das faixas. Como foi essa experiência?
Marcelo Costa - 
Foi algo que se encaixou no conceito do disco. Mas não tenho pretensão de virar um intérprete. Continuo tendo a mesma pretensão de ser um músico que acompanha o intérprete.


Resenhando.com - Como está sendo feita a divulgação desse trabalho.
Marcelo Costa -
A Gravadora Biscoito Fino já disponibilizou o disco nas plataformas de streaming. No futuro quero levar esse trabalho para o palco.

 "Número Um" (Maria Bethânia)

"Deixei Recado" (Roberta Sá)

"Mulher Sem Razão" (Ney Matogrosso)

sábado, 28 de outubro de 2023

.: "Hackney Diamonds": os Rolling Stones desafiam o tempo


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Ninguém poderia imaginar que estaríamos em pleno 2023 ouvindo uma canção nova dos Rolling Stones. Mas foi justamente o que aconteceu com o lançamento mundial do álbum "Hackney Diamonds", recheado de participações especiais e uma vitalidade musical de dar inveja a qualquer fã ou um simples admirador do grupo.

A banda se resume hoje a três integrantes: Mick Jagger, Keith Richards e Ron Wood. O falecido baterista Charlie Watts chegou a gravar quatro faixas do disco, sendo que nas demais as baquetas são tocadas por Steve Jordan.

Entre as participações especiais estão Elton John que toca teclados nas faixas "Get Close" e "Live By The Sword", sendo que nesta segunda há também a presença de Bill Wyman, ex-baixista da formação original dos Stones. Destaque também para Stevie Wonder (no piano) e Lady Gaga (vocal)  na canção gospel "Sweet Sound Of Heaven".

Mas a colaboração que chamou mais a atenção foi a de Paul McCartney, ex-Beatle, que toca baixo na divertida faixa "Bite My Head Off", um rock´n roll bem ao estilo dos anos 60. Isso meio que fecha um ciclo. Beatles e Stones efetivamente juntos em uma faixa era algo que poucos poderiam apostar que aconteceria, apesar de não ser bem uma novidade.

Nos anos 60, Jagger participou do coro de "All You Need Is Love" dos Beatles, enquanto que John LennonPaul McCartney fazem vocais na canção "We Love You" dos Rolling Stones, gravada  também naquela época. E um os primeiros hits dos Stones foi composto por Lennon e McCartney ("I Wanna Be Your Man").

Na audição de Angry, o primeiro single do álbum, você percebe que eles tentaram buscar aquela sonoridade de discos clássicos, como "Tatoo You" e "Exile From Main Street".  É fato que eles não conseguiriam repetir o mesmo efeito. Mas só por fazer algo novo podemos considerar relevante a iniciativa. O núcleo criativo segue na mão da dupla Jagger-Richards, mas claro que sem o brilho de outrora. E é preciso entender que lançar material inédito exige esperar para ver se o mesmo passa no teste do tempo.

Se você deixar de lado as inevitáveis comparações e ouvir o disco despretensiosamente, pode até curtir, pois Jagger segue cantando como se tivesse 20 anos. E Keith Richards continua sendo um mestre indiscutível dos riffs. Há até momentos de clímax na faixa "Sweet Sound Of Heaven", no dueto de Jagger com Lady Gaga. E essa faixa lembra um pouco "Fool to Cry", do disco "Black And Blue", mas longe de ser repetitiva. Também gostei das faixas "Get Close" e "Driving Me Too Hard", ambas com ecos do passado nos arranjos e na produção. No geral, o disco soa um pouco saudosista, sem dúvida. Mas quem se importa com isso? É somente rock´´n roll e eu gosto. Vale muito a audição. Compre o álbum "Hackney Diamonds" neste link.

"Angry"

"Sweet Sound Of Heaven"

"Bite My Head Off"

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

.: O "Presente & Cotidiano" de Cristina Guimarães por Luiz Gomes Otero

Foto: Gal Oppido 

Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.


A paulistana Cristina Guimarães está divulgando o show "Presente & Cotidiano" com repertório em homenagem ao cantor e compositor Luiz Melodia (1951-2017). O show é um trabalho de releituras pautado pela originalidade, trazendo arranjos que apresentam obras de Luiz Melodia pela interpretação de Cristina Guimarães.

A banda que acompanha a cantora é formada pelos músicos André Bedurê (violão, baixo e direção musical), Rovilson Pascoal (guitarra) e Gustavo Souza (bateria), além da participação de Bianca Godoi como técnica de som e violonista em uma das canções. 

São composições imortalizadas e outras menos conhecidas, porém de extrema beleza e que traduzem bem a sensibilidade do poeta. "Luiz Melodia é um artista que me toca e encanta por vários motivos, desde a sua melodia, sempre moderna e desafiadora, além de bastante elaborada, até as canções que trazem poesias lindas com versos surpreendentes e que, muitas vezes, só depois de algum tempo cantando você se dá conta do que ele realmente fala. Para uma cantora isso já é um desafio incrível”, comenta Cristina Guimarães.

O programa do show traz “O Sangue Não Nega” (Luiz Melodia e Ricardo Augusto), “Começar pelo Recomeço” (Luiz Melodia e Torquato Neto), “Congénito” (Luiz Melodia), “Presente Cotidiano” (Luiz Melodia), “Magrelinha” (Luiz Melodia), “Estácio, Eu e Você” (Luiz Melodia) e “O Caderninho” (Olmir Stocker), entre outras.

Cristina Guimarães lançou, recentemente, seu primeiro EP, Em Canto, um trabalho de voz e piano formado por composições que a apresentam como uma intérprete singular, de timbre aveludado, que imprime sua identidade à música popular brasileira. Em Canto é formado pelas faixas “Caso Você Case” (Vital Farias), “Nunca” (Lupicínio Rodrigues), “Dindi” (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira) e “Tempo Velho” (Douglas Germano), sendo que essas duas últimas foram lançadas também em formato single.

Filha de pianista, Cristina descobriu o amor pelo canto na juventude. Estudou canto; formou-se em Psicologia na Universidade São Francisco, em Itatiba, SP; cursou Psicanálise na Escola de Psicanálise de Campinas e segue em formação no Instituto Vox de Pesquisa em Psicanálise, em São Paulo, cidade onde mantém trabalho em consultório. Paralelamente, seguiu cantando. Em Campinas, foi a voz de grupos que se apresentavam na cidade, atuando ao lado de instrumentistas como o pianista Bebeto von Buettner, o baterista Ramo Montagner e, no Trio Azeviche, com o guitarrista Bruno Mangueira e o baixista Marcos Souza. Em 2019, a pianista e cantora Cida Moreira, com quem fazia aulas de canto, incentivou-a assumir definitivamente sua relação com a música. Foi quando decidiu investir em um trabalho próprio de intérprete, gravar alguns singles e, finalmente, lançar seu primeiro EP.


Presente Cotidiano


O Sangue não nega



.: Zeca Baleiro lança "O Samba Não É de Ninguém": nas plataformas e em vinil

Com capa de Elifas Andreato, álbum autoral chega dia 27 de outubro nas plataformas digitais e também terá versão em vinil. A capa de ‘O Samba Não É de Ninguém’ é provavelmente a última do genial artista Elifas Andreato, que faleceu no ano passado


No dia 27 de outubro, Zeca Baleiro lança álbum autoral de sambas, O Samba Não É de Ninguém, nas plataformas digitais. Com produção de Swami Jr., o álbum começou a ser gravado há pouco mais de 10 anos e só agora chega ao público. "O samba pra mim sempre foi um lugar meio que sagrado, intocável, perigoso... Tinha medo de expor essa minha faceta, que já é antiga, mas que eu nunca havia registrado em disco. Devo a dois amigos e parceiros o estímulo para tomar coragem e realizar de fato o disco, o poeta Sergio Natureza e Swami Jr.”, confessa o artista.

A capa do disco, que terá versão em vinil, foi encomendada ao genial artista Elifas Andreato, responsável por capas clássicas de artistas da música brasileira, entre eles Martinho da Vila, Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. Elifas faleceu no ano passado e é provável que esta tenha sido sua última "capa" de disco, trabalho que tanto o apaixonava.

"O Samba Não É de Ninguém" sai pelo selo do próprio artista, Saravá Discos, com distribuição da ONErpm, e já está disponível para pre-save aqui. Com instrumentação acústica e tradicional, o álbum tem 11 canções, todas de Baleiro, três delas em parceria – "Casa no Céu" (com Eliakin Rufino); "Eu pensei que você fosse a lua" (com Salgado Maranhão); e "Duas Ilhas"(com Swami Jr.). 

O lançamento de "O Samba Não É de Ninguém" faz parte das comemorações pelos 26 anos de carreira de Baleiro, que incluiu também o álbum Mambo Só, lançado em julho. A celebração ainda engloba um álbum com Chico César, um livro de memórias e o talk show “Evoé”.

Zeca Baleiro lança ‘O Samba Não É de Ninguém’ na próxima sexta-feira, 27 de outubro. 


Pré-save disponível aqui: onerpm.link/osambanaoedeninguem

Pra saber mais sobre Zeca Baleiro: linktr.ee/zecabaleiro

Para ouvir Zeca Baleiro: onerpm.lnk.to/zecabaleiro


sábado, 14 de outubro de 2023

.: Entrevista: Bernardo Lobo traz "Bons Ventos" para a MPB


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

O cantor e compositor Bernardo Lobo, filho do consagrado músico Edu Lobo, lançou o CD "Bons Ventos", oitavo de sua discografia. Gravado em Lisboa, o álbum que leva o nome de uma canção inédita do artista carioca no título, marca os 30 anos de sua carreira. O produtor foi Marcelo Camelo, que participou da seleção do repertório e toca quase todos os instrumentos no álbum: guitarra, piano, baixo, bateria e percussão.Em entrevista para o Resenhando.com, Bernardo Lobo conta como foi o conceito de produção do disco, relembra passagens marcantes de sua carreira e explica como está sendo feita a divulgação desse novo trabalho. “A música é uma parte importante da minha vida”.


Resenhando.com - Como foi seu início na música?
Bernardo Lobo - A música sempre esteve presente em mim. Meu pai tocava as fitas e eu cantava. Mais tarde participei de dois discos dele: o "Jogos de Dança" e o "Grande Circo Místico", no qual participei do coro infantil. Na adolescência gostava de rock, reggae. E um pouco mais tarde comecei a fazer teatro. E foi o teatro que me trouxe de volta a música brasileira. Caetano. Gilberto Gil, Jorge Benjor, Djavan,  Edu (Lobo). Eu me apaixonei por esses mestres. Em uma turnê do meu pai, ele me levou junto como roadie e decidi que queria ser músico. Passei a fazer aulas de violão com a minha mãe e no segundo mês de aula eu já estava fazendo música. Logo depois fiz minha primeira gravação profissional no songbook do meu pai, editado pelo Almir Chediak. Daí em diante passei a fazer shows e não parei mais. Tive projetos com Chico Buarque, Paulinho Moska e quando me vi já estava totalmente envolvido com a música. Em 1998, fiz minha primeira fita demo com as minhas canções. E no ano 2000 lancei meu primeiro disco autoral


Resenhando.com - Quais são as suas principais influências musicais?
Bernardo Lobo - Inicialmente Caetano Veloso. Mais tarde Chico Buarque, Djavan e Milton Nascimento, Gilberto Gil, João Bosco, Ivan Lins, Dori Caymmi. Essas são minhas principais influências da formação musical.


Resenhando.com - Fale sobre a produção do novo disco.
Bernardo Lobo - Tive a ideia de chamar o Marcelo Camelo. E aí passamos a conceituar o que seria o disco. Ele escolheu oito músicas e a lista acabou ficando igual a minha. Queria um disco com as canções mais comunicativas. E acho que conseguimos atingir o nosso objetivo


Resenhando.com - Na sua discografia consta um disco com canções de Marcos Valle.  Como foi essa experiência?
Bernardo Lobo - Foi ótimo. Foi muito importante. Naquela época estava sem fazer nada. E um produtor de São Paulo me procurou depois de uma apresentação, me convidando para gravar esse disco. Quando estava gravando, me mudei para Portugal. E o Marcos Valle apareceu por lá. Desse contato resultou em uma parceria que fizemos e ainda faríamos outra canção. As duas por final para meus filhos. Não estava no script virar parceiro do Marcos, mas acabou acontecendo e foi algo incrível. Uma experiência gratificante da qual me orgulho muito.


Resenhando.com - Como é trabalhar com o Marcelo Camelo na produção?
Bernardo Lobo - Foi fácil demais. O Marcelo Camelo foi um gigante. Tocou vários instrumentos e me obrigou a tocar violão em todas as músicas, coisa que eu nem queria. Tinha intenção de trazer um violonista, mas ele (Camelo) disse que queria eu no violão. Acabei inclusive participando dos arranjos que partiam mesmo do meu violão. Foram dois meses de gravação sem uma única discussão.

Resenhando.com - Há planos para shows no Brasil para divulgar o álbum?
Bernardo Lobo - Sim. Devo me apresentar no Brasil em 2024, logo depois do carnaval. Tenho planos de shows em algumas capitais. Rio e São Paulo, com certeza estarão no roteiro.


"Bons Ventos"

"Na Palma da Mão"

"Arrebentação"

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

.: Uyara Torrente traz o seu quebra-cabeça musical em disco

 
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Marco Novack

Integrante da Banda Mais Bonita da Cidade, a paranaense Uyara Torrente está lançando seu primeiro disco solo, intitulado "Montada em Seu Cabelo". Um trabalho que se assemelha a um mosaico musical, com canções inéditas de autores contemporâneos e releituras de composições que marcaram a sua formação musical. O disco já está disponível nas plataformas de streaming.

Lançar um álbum solo representou um desafio, conforme explica Uyara. “Porque está intrinsecamente ligado aos processos pessoais, que trazem consigo inevitavelmente as inseguranças, os medos, tudo isso está presente ali. Como uma fotografia sonora”. A ideia surgiu em 2017 e acabou começando a tomar forma em 2021

Para o ouvinte, fica a impressão de uma cantora com uma voz suave e marcante, que canta um repertório convincente. Flertes com uma MPB imersa no estilo indie e um  vocal de timbre cool. Destaque para as deliciosas releituras de "Nuvem Passageira" (sucesso de Hermes de Aquino nos anos 70) e "Sereia" (hit de Lulu Santos que foi lançado originalmente por Fafá de Belém).

Entre as canções inéditas se sobressaem as faixas "Ela Vem", "Sol do Meio Dia" e "Pudera", que contam com arranjos marcantes. Uyara parece ter sido influenciada pela chamada Vanguarda Paulista, representada pelo Grupo Rumo. A cantora Ná Ozzetti poderia ter sido uma de suas influências.

Mas não pense que o som de Uyara se classifica como alternativo. Ela tem uma forte essência pop nos arranjos e na produção musical em si. Produz música que pode ser ouvida nas rádios ou até mesmo em trilhas de novelas ou minisséries da TV. E o mais legal é que ela não precisa fazer concessões para atingir isso. Tudo flui naturalmente. Tomara que Uyara estenda sua turnê para outros estados. Porque o público precisa  conhecer melhor o seu trabalho.

 "Ela Vem"

"Pudera"

"Sol do Meio Dia"

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

.: Globo Livros lança edição de luxo de “Rita Lee: uma Autobiografia”


O best-seller "Rita Lee: Uma Autobiografia", que transformou a maneira de os artistas contarem a própria história e se tornou um dos maiores sucessos editoriais do país, ganha edição de luxo pela Globo Livros. Essa homenagem para Rita Lee tem a cara — e as ideias — dela: o projeto, iniciado em 2020, teve a nova capa pensada por Rita e Guilherme Samora, o Phantom, responsável também pelas fotos de ficha policial, as quais Rita sugeriu que ocupassem a capa e a quarta capa.

“Em 2020, Rita e eu começamos a pensar nesta edição de luxo de sua primeira autobiografia. Planejávamos lançá-la no ano seguinte. Entretanto, ela decidiu focar a criação de um novo livro infantil ("Dr. Alex e Vovó Ritinha: uma Aventura no Espaço"), e o lançamento dessa edição especial acabou ficando para depois. Apesar disso, a maior parte das ideias aqui presentes surgiram de papos com Rita. A capa dura com a brincadeira das duas imagens semelhantes àquelas usadas em fichas policiais foi sugestão dela. Assim como o tom metálico nas letras e o fitilho, que serve como marcador de página. Outra ideia que surgiu quando discutimos o projeto foi um caderno de fotos extra. Na edição padrão, algumas das imagens escolhidas por nós ficaram de fora. Desta vez, decidimos manter os quatro cadernos anteriores e adicionar mais um. Uma espécie de bônus — todas essas fotos com legendas escritas por Rita (prontas desde 2016!). E temos mais algumas surpresinhas por aí. Esta edição, além de uma homenagem à nossa padroeira-gênia-deusa-fada-roqueira-escritora-guru-etc., é uma forma de celebrar os fãs e a todos aqueles que embarcaram e embarcarão nesta viagem. Rita pra sempre!”, conta Phantom neste livro de luxo.

Na edição padrão (2016), devido à falta de espaço, algumas das imagens escolhidas por Rita Lee ficaram de fora. Desta vez, além dos quatro cadernos de fotos, um novo foi adicionado. É um bônus, com 37 fotos e muitas inéditas, como aquela em que Rita aparece ajudando a derrubar o muro de Berlim. Compre a edição especial de "Rita Lee: Uma Autobiografia" neste link.

 
Outras curiosidades da nova edição:

  • A capa é dura, com o nome de Rita em cobre metálico.
  • As folhas de guarda são especiais, com uma foto inédita de Rita de bobo da corte.
  • A lateral terá pintura tie-dye, um pedido de Rita.
  • Há um fitilho marcador de página laranja, cor que lembra a capa da edição padrão.
  • A primeira tiragem virá com dois minipôsteres.

sábado, 23 de setembro de 2023

.: Gloria Groove leva espetáculo "Noites de Glória" para SP

Após grande sucesso no The Town, cantora apresenta novo show na capital paulista, no dia 17 de novembro de 2023 (sexta)


Diretamente do “The Town” para o Espaço Unimed! Gloria Groove estreou o espetáculo “Noites de Glória” no último final de semana do The Town e está preparada para rodar o Brasil com a nova apresentação. 

Depois de ser ovacionada pelo público do festival e emocionar os fãs de todo o país, o público terá a oportunidade de ver este espetáculo no Espaço Unimed, uma das principais casas de shows do Brasil, localizada em São Paulo. A apresentação acontece dia 17 de novembro de 2023 (sexta) e promete – mais uma vez – sensibilizar o público com todo seu talento e potência vocal.

O show reúne seus maiores sucessos em um conceito totalmente inédito e uma apresentação histórica dividida em quatro atos. No primeiro, totalmente representante da VOZ, traz a materialização da ancestralidade de Daniel, através de sua mãe. É a ferramenta de destaque desde o início de sua carreira e traz músicas como " Sobrevivi", "A Tua Voz" e "Samba in Paris" no setlist.  

Já o segundo ato traz a mescla da VOZ e do PERTENCIMENTO, dando destaque para as composições da artista, no rap e hip-hop, como "Leilão", "Greta", "A caminhada" e "Radar". Logo depois, o terceiro ato chega como um momento de transição para os ritmos reggaeton e o funk, conectando o PERTENCIMENTO ao FUTURO e preparando o público para a nova era de Gloria Groove: Futuro Fluxo, que sucede a bem-sucedida era Lady Leste!

Se você já está contando os dias para a apresentação, aproveite para se preparar ouvindo Gloria Groove ao vivo. O álbum Lady Leste Ao Vivo já é sucesso nas plataformas digitais. A cantora quebrou o próprio recorde e atingiu a impressionante marca de 7 milhões de ouvintes mensais no Spotify!


SERVIÇO

Gloria Groove com “Noites de Gloria” no Espaço Unimed

Show: Gloria Groove com “Noites de Gloria” no Espaço Unimed

Data: 17 de novembro de 2023  (sexta-feira)

Abertura da casa: 21h

Início do show: 22h30

Local: Espaço Unimed (Rua Tagipuru, 795 - Barra Funda - São Paulo - SP) 

Classificação etária: 18 anos

Acesso para deficientes: sim

Ingressos: Pista (1º lote): R$ 120,00 (inteira) e R$60,00 (meia) | Pista Premium (1º lote): R$ 220,00 (inteira) e R$ 110,00 (meia) |  Camarote A: R$ 380,00 (inteira e individual)  | Camarote B: R$ 320,00 (inteira e individual) I Mezanino (1º lote): R$ 280,00 (inteira) e R$140,00 (meia).

Compras de ingressos: as bilheterias do Espaço Unimed (de segunda a sábado, das 10h às 19h - sem taxa de conveniência) ou online Ticket360 > Eventos > Categoria > Espaço Unimed 

Formas de Pagamento: Cartão de crédito (Aura, American Express, Mastercard, Dinners, Discover, Elo, JCB e Visa) e boleto.Não aceitamos cheques.

Objetos proibidos: Câmera fotográfica profissional ou semi profissional (câmeras grandes com zoom externo ou que trocam de lente), filmadoras de vídeo, gravadores de áudio, canetas laser, qualquer tipo de tripé, pau de selfie, camisas de time, correntes e cinturões, garrafas plásticas, bebidas alcóolicas, substâncias tóxicas, fogos de artifício, inflamáveis em geral, objetos que possam causar ferimentos, armas de fogo, armas brancas, copos de vidro e vidros em geral, frutas inteiras, latas de alumínio, guarda-chuva, jornais, revistas, bandeiras e faixas, capacetes de motos e similares.

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

.: Vitor Novello estreia na música bem "À Beça". Confira entrevista!

Vitor Novello. Foto: Saulo Segreto


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Com 17 anos de carreira como ator, Vitor Novello inicia agora na música, com o lançamento do álbum "À Beça", que já foi disponibilizado nas plataformas de streaming. O trabalho mescla diversas influências musicais, passeando pelos ritmos tradicionais como o xote e por outros elementos relacionados com o pop contemporâneo. Em entrevista para o Resenhando, Novello conta como busca integrar a sua formação como ator na nova carreira musical e revela seus planos para o futuro. “Quero levar a minha música para o maior número de pessoas possível”.


Resenhando – Como foi se aventurar na música depois de uma carreira bem sólida como ator?

Vitor Novello – Foi algo bem natural. Porque a música sempre fez parte da minha vida. Eu já tinha algumas composições autorais. E graças a produtora carioca Reurbana pude concretizar essa iniciativa de gravar um disco. Lançamos um vídeo no YouTube que já contabiliza um número significativo de visualizações. Tudo tem sido um aprendizado diário, mas a receptividade do público tem sido bem positiva.


Resenhando – E a formação como ator deve ter contribuído para essa nova empreitada.

Vitor Novello – Com certeza. O fato de ser ator ajuda muito na concepção da performance no palco, de acordo com a mensagem da canção. Mas não posso deixar de mencionar o auxílio dos parceiros que tive nessa empreitada.


Resenhando – Fale sobre suas principais influências.

Vitor Novello – Minha formação passa por várias vertentes. Desde Luiz Gonzaga até o pop contemporâneo de nossa MPB, como o Nando Reis. Passei pelo som do Secos e Molhados, além dos representantes do Nordeste, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Alceu Valença entre outros. Todos foram muito importantes para minha formação na música.


Resenhando – Como foi a participação do músico Targino Gondim, autor de Esperando na Janela?

Vitor Novello – Foi na última canção do disco, que é um xote bem no estilo do que ele compõe. Fizemos o convite e ele aceitou de pronto. Quando ouvimos o resultado final ficamos muito emocionados. Tenho o Targino como uma referência nesse estilo e tê-lo ao lado tocando acordeon e cantando foi uma emoção dupla.


Resenhando – Fale sobre produção do disco e do show de divulgação.

Vitor Novello – A direção musical é de Beto Lemos, responsável pelos arranjos de quatro faixas do álbum “À Beça”. Tem repertório autoral e covers de canções conhecidas da MPB, como "Flor de Maracujá", "O canto da ema", "Conselho" e "Sanfona sentida". A direção do Beto Lemos imprime a linguagem pretendida ao show: um território híbrido entre música, poesia e dramaturgia.


Resenhando – Em paralelo, você continua trabalhando como ator?

Vitor Novello – Eu atuo desde os 10 anos no teatro, cinema e televisão. Interpretei personagens em novelas como "Paraíso Tropical" (2007) e "Malhação" (2015 e 2016), da Rede Globo. Há tempos eu divido o tempo entre o teatro e a música. Participei de espetáculos teatrais como "Zaquim" (2020 a 2022) e "Clube da Esquina - Os Sonhos Não Envelhecem" (2022). Também escrevo para teatro: em 2018 estreei a peça autoral "Mármore”, e lancei ainda o livro de poesia "Par ou ímpar", publicado em 2020 pela editora Penalux.


Resenhando – Como estão os planos para divulgar esse trabalho?

Vitor Novello – Fizemos um show no Rio de Janeiro em agosto, no Teatro Cesgranrio. Estou programando uma participação em um festival em Belo Horizonte e iremos fazer mais um show no Rio de Janeiro. Estou vendo a possibilidade de estender a turnê para outros estados. Nos próximos meses iremos definir esse planejamento e divulgaremos. Quero levar a minha música para o maior número de pessoas possível.


Ideia de Alguém


Não Corra Perigo


Teu Olhar Dá Bandeira



.: Casa Museu Ema Klabin traz cantos litúrgicos do século IX ao XV

Associada às ações relacionadas à exposição “A palavra impressa, 1492 – 1671: livros raros da Biblioteca Ema Klabin”, espetáculo terá dois tenores, baixo e harpa


GRUPPEMM se apresenta com entrada franca na Casa Museu Ema Klabin. Foto: Heidi Diniz.


A Casa Museu Ema Klabin apresenta no próximo sábado, dia 23, o espetáculo comentado “Scriptorium – o advento das notações musicais” com o Grupo de Pesquisa e Performance em Música Medieval (GRUPPEMM) e produção do .Música.Manuscrita. Serão apresentados em latim cantos que eram entoados por sacerdotes no cenário litúrgico e extra-litúrgico.

O programa do espetáculo reúne os primeiros testemunhos da tradição de música notada na Europa Central e traz a participação dos tenores Marco Antônio e Thiago Costa, e dos músicos Tomas Callas Mistrorigo (baixo) e Pedro Augusto Diniz (harpa).

Partituras inéditas: Serão apresentadas ainda, de forma inédita, as partituras presentes em duas folhas de pergaminho retiradas de livros de canto litúrgico autênticos do século XV e alteradas no século XX pelo famoso Falsificador Espanhol, um dos maiores falsificadores da história, pertencentes à Coleção Ema Klabin. As obras atribuídas ao artista estão espalhadas em grandes museus pelo mundo, comercializadas e leiloadas por valores semelhantes aos das obras autênticas. 

A Casa Museu Ema Klabin apresenta até o dia 12 de novembro a exposição A palavra impressa, 1492 – 1671: livros raros da Biblioteca Ema Klabin. Com curadoria de Paulo de Freitas Costa, a mostra traz 20 volumes que correspondem aos dois primeiros séculos de produção do livro impresso, incluindo manuscritos, livros de horas, incunábulos e edições aldinas, assim como primeiras edições em grego de Platão (1513), Tucídides (1502) e o Novo Atlas de Blaeu (1648-1655), entre outros.

Serviço:

Espetáculo comentado “Scriptorium – o advento das notações musicais”

sábado, 23 de setembro de 2023

Horário: 17h

100 vagas por ordem de chegada

Exposição: A palavra impressa, 1492 - 1671: Livros raros da Biblioteca Ema Klabin

Até 12 de novembro de 2023

Visitação livre:

Quarta a domingo, das 11h às 17h, com permanência até às 18h

Visitas mediadas:

Quarta, quinta e sexta às 11h, 14h, 15h e 16h

Entrada franca*

Casa Museu Ema Klabin

Rua Portugal, 43 - Jardim Europa, São Paulo, SP, Brasil

Acesse as redes sociais

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Twitter: twitter.com/emaklabin | Linkedin: linkedin.com/company/emaklabin/?originalSubdomain=br

YouTube: youtube.com/c/CasaMuseuEmaKlabin | Site: emaklabin.org.br

*Como em todos os nossos eventos gratuitos, convidamos quem aprecia a Casa Museu Ema Klabin e pode contribuir para a manutenção das nossas atividades a nos apoiar com uma doação


Repertório

• Rex Caeli Domine | Hino, em Tratado Musica Enchiriadis

• Novus annus | Hino, Monastério de São Marçal de Limoges

• Iubilate Domino omnis terra | Tracto, tropário da Catedral de Winchester

• Verbum patris umanatur | Prosa, Monastério de São Marçal de Limoges

• Viderunt Omnes | Gradual, Cidade do Vaticano

• Viderunt Emmanuel | Verso, Monastério de São Marçal de Limoges

• O nova res – SUSCEPIMUS DEUS | Introito tropado, Monastério de São Marçal de Limoges

• Kyrie fons bonitatis | Scriptorium de St. Gallen

• Santa Maria, valed’ ai Sennor | Cantiga de Santa Maria 279

• Styrps Jesse / Virga nescia / FLOS FILIUS | Moteto, Catedral de Notre-Dame de Paris

• Beata Viscera | Conductus, Catedral de Notre-Dame de Paris

• Stirps Jesse / BENEDICAMUS DOMINO | Prosa, Monastério de São Marçal de Limoges

• Stirps Jesse | Antífona, Catedral de Notre-Dame de Paris


domingo, 17 de setembro de 2023

.: Sesc Santos: Rico Dalasam traz nova turnê e álbum “Escuro Brilhante”


O show “Escuro Brilhante ” acontece no dia 23 de setembro, sábado, 20h, no Teatro do Sesc Santos. Ingressos à venda. Foto: Larissa Zaidan


Em nova turnê intitulada "Escuro Brilhante", nome também de novo álbum que ainda será lançado, o rapper Rico Dalasam chega ao palco do Sesc Santos no dia 23 de setembro em apresentação única. Os ingressos podem ser adquiridos portal do Sesc SP e aplicativo Credencial Sesc SP, e presencialmente, nas bilheterias.

Após três anos da estreia de "Dolores Dala Guardião do Alívio", o disco que refrescou tudo o que Rico Dalasam vem fazendo desde 2016, para o início deste ano, o artista preparou sua nova turnê intitulada "Escuro Brilhante", nome também de seu novo álbum que está previsto para 2023 ainda.

Algumas canções já foram reveladas em seu último EP "Fim das Tentativas" e também já fazem parte de seus shows, mas outras inéditas serão lançadas nos próximos meses e farão parte da tour e do disco. As rimas de intervalos quebrados se encontrarão com violões cavacos e guitarras nesse novo show. Apresentação dia 23/9, sábado, às 20h, no Teatro do Sesc Santos. Ingressos de R$ 10,00 a R$ 30,00. Classificação: livre.


Sobre Rico Dalasam
Rico Dalasam ingressou no rap nacional, tornando se uma das principais apostas da música nacional contemporânea. Lançou em 2015, seu primeiro trabalho o EP "Modo Diverso", reunindo seis músicas autorais que narram suas experiências de vida enquanto jovem, negro e gay, morador da periferia da Grande São Paulo.

Rico percorreu um longo caminho, construindo novas narrativas até lançar seu primeiro álbum "Orgunga", onde conta seus melhores orgulhos. Lançou em julho de 2017 seu novo EP "Balanga Raba" e escolheu a faixa "Fogo em Mim" para um clipe que alcançou mais de 2 milhões de visualizações. Rico encerrou a turnê de "Balanga Raba" no fim de 2017 e iniciou o projeto "Elefantes, Mantras e Trava Línguas" onde explora novas sonoridades com sua habilidade em rimas e poesia com músicas já conhecidas pelo público e ao mesmo tempo experimenta novas sonoridades que caminham na contra-mão de tudo já criado em seu processo musical.

No final de 2020, em comemoração aos cinco anos de lançamento de "Modo Diverso", Rico une-se a Jup do Bairro, Hiran, Bruna BG, Lucas Boombeat, Glória Groove, Murilo Zyesz, Di Cerqueira, Luana Hansen e Enme Paixão para trazer novos ares para o EP que impactou uma geração. Já em março de 2021, Rico promove o lançamento de seu segundo álbum "Dolores Dala Guardião do Alívio" que revisita suas emoções, seus afetos, vida e carreira, trazendo a dualidade que costura toda a sua obra, mas desta vez embasada no reino da fábula, retirando do mundo real ensinamentos dos últimos anos de vida. Seu último lançamento foi o single "30 Semanas", uma farofinha sincera celebrando um coração recuperado após muito chororô.

Desde o retorno aos palcos, após a pandemia, Rico circulou com a turnê "Encontro DDGA" que já passou por São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Feira de Santana, Brasília, etc. Em seu canal do Youtube é possível conferir os vídeoclipes das faixas "Braille" e "30 Semanas" registradas ao vivo.


Serviço
Show "Escuro Brilhante", com Rico Dalasam. Sábado, dia 23 de setembro, às 20h. Teatro do Sesc Santos. Livre. R$ 10,00 (credencial plena), R$ 15,00 (meia) e R$ 30,00 (inteira). Ingressos à venda on-line a partir no portal do Sesc SP e no aplicativo Credencial Sesc SP ou presencialmente, nas bilheterias do Sesc SP.

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento    
Terças a sextas-feiras, das 9h às 21h30 | Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos. Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc Santos neste link. Instagram, Facebook e Twitter: @sescsantos . YouTube /sescemsantos

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

.: Gaia Wilmer e Jaques Morelenbaum conjugam o verbo Caetanear em disco

Em dupla para conjugar o verbo Caetanear em disco. Foto: divulgação


"Trem das Cores" é um trabalho em homenagem à música de Caetano Veloso, artista fundamental nas vidas de Gaia Wilmer e Jaques Morelenbaum, que chega às plataformas de música, por intermédio da Gravadora Biscoito Fino.  O resultado prima pela excelência dos arranjos e releituras interessantes que fazem o verbo Caetanear passear com desenvoltura pelas ondas do jazz em alguns momentos.

Além do imenso prazer de estarem juntos tocando Caetano, a ideia do álbum é celebrar os 80 anos do baiano e, principalmente, valorizá-lo como compositor, para além de sua beleza como poeta e cantor. Sendo assim, Trem das Cores propõe uma viagem instrumental pela obra de Caetano Veloso: apenas duas das nove faixas são cantadas por Mônica Salmaso, convidada especial do projeto.

Gaia e Jaques trabalharam juntos pela primeira vez em 2018, numa homenagem aos 70 anos Egberto Gismonti, que incluiu uma série de shows de Gaia pelo Brasil e a gravação do álbum “Folia – The Music of Egberto Gismonti” (de Gaia Wilmer Large Ensemble, no qual Jaques era um dos convidados). Desde então queriam fazer algo juntos, e foi durante a pandemia que nasceu a ideia de homenagear Caetano Veloso.

O disco conta com Gaia Wilmer (Sax Alto e Arranjos), Jaques Morelenbaum (Cello e Arranjos), Maiara Moraes (Flauta, Flauta em Sol e Flautim), Aline Gonçalves (Flauta, Flauta Baixo e Flautim),

Gustavo D`amico (Sax Soprano), Eduardo Neves (Flauta, Flauta em Sol, Sax Tenor), Rui Alvim (Clarinete e Clarone), Pedro Franco (Guitarra), Vitor Gonçalves (Acordeom), Pablo Arruda (Baixo Elétrico e Acústico) e Diego Zangado (Bateria e Percussões). Monica Salmaso canta as canções "Trem das Cores" e "Um Dia".

Entre as faixas instrumentais destaco as releituras de "Queixa" (com um solo incrível de flauta e um arranjo que remete ao original em vários momentos) e de "Trilhos Urbanos". Entretanto, o disco inteiro merece uma audição do ouvinte, principalmente se você for admirador da obra do genial compositor baiano.

Trem das Cores


Trilhos Urbanos


Queixa



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