Mostrando postagens com marcador Teatro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Teatro. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 11 de março de 2024

.: Teatro: "O Ninho, Um Recado da Raiz", de Newton Moreno, no Sesc Bom Retiro


Espetáculo inédito é escrito e dirigido por Newton Moreno. Com trilha sonora original de Zeca Baleiro, espetáculo é uma novela cênica sobre a intolerância e o ódio no canavial nordestino. Foto: Ronaldo Gutierrez


A dolorosa procura de um jovem por descobrir suas origens e o passado de sua família é tema de "O Ninho, Um Recado da Raiz", com direção e dramaturgia do premiado Newton Moreno. O espetáculo estreia nesta sexta-feira, dia 15 de março, no Sesc Bom Retiro, onde segue em cartaz até 21 de abril, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00. O trabalho ainda tem trilha sonora original de Zeca Baleiro, que também assina a direção musical ao lado de André Bedurê. Já o elenco traz Paulo de Pontes, Tay Lopes, Kátia Daher, Badu Morais, Rebeca Jamir e Jorge de Paula. Em cena, também estão os músicos Bedurê e Pablo Moura.

O projeto retoma a parceria de Moreno com o produtor Rodrigo Velloni, parceiros criativos na bem-sucedida montagem “As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão” (2019). Escrita em 2009, "O Ninho, Um Recado da Raiz" surgiu quando a Cia. Os Fofos Encenam estava pesquisando a civilização da cana-de-açúcar, o patriarcado feudalista da cana e a região da Zona da Mata, no Nordeste brasileiro, para a criação da peça “Memória da Cana”. Na época, o texto seria usado para compor um dos movimentos de outro espetáculo do grupo, “Terra de Santo”, que foi encenado na sequência.

“Nas minhas pesquisas, acabei descobrindo uma célula nazista, localizada em uma cidade perto de Recife. Lá, havia uma grande empresa de uma família poderosa chamada Lundgren, que é importantíssima para a história da cidade e apoiou alguns nazistas que vieram para cá. Encontrei no Arquivo Público do Estado de Pernambuco uma série de documentos registrando os encontros dessas pessoas com espiões alemães e até reuniões do partido nazista. Tive acesso ao trabalho de pesquisadores e ao livro de uma amiga, Susan Lewis, sobre essa presença dos nazistas no Brasil e nas Américas, e comecei a escrever a história”, conta Newton Moreno.

E sobre a decisão de retomar essa obra, o autor ainda revela que se trata de uma resposta à nova ascensão da extrema direita ultraconservadora e dos pensamentos fascista e neonazista no Brasil e no mundo. “Recentemente, tive acesso aos trabalhos da saudosa pesquisadora Adriana Dias, sobre o neonazismo no Brasil. E achamos que seria o momento de investigar o porquê a gente ainda convive com essas ideias fascistas, e nessa herança neonazista que nos cerca”, acrescenta.

"O Ninho, Um Recado da Raiz" é uma novela cênica sobre a intolerância e o ódio em terras brasileiras, em pleno canavial nordestino. Obstinado e incansável, um jovem parte em busca de sua origem até descobrir a verdade dolorosa sobre sua família. Ele é alertado sobre os perigos que se anunciam, mas persevera até entender que a descoberta de si é sempre dolorosa.

“Estamos redescobrindo o Brasil e as muitas histórias que estão sendo recontadas ou que nunca foram contadas. Contamos a história de um rapaz que descobre ter sido deixado numa roda de enjeitados de um convento por uma família. E, quando ele quer saber que família é essa, resvala em heranças que ele não imaginava. Trabalhamos esse espelhamento da busca desse menino atrás do seu DNA com a busca de um país atrás do seu DNA”, antecipa o autor.

Já a encenação, conta o diretor, trabalha com um tripé formado pelo texto, o ator e a música em cena. “É no jogo entre essas três forças que a encenação se dá. A música é executada ao vivo e esses atores estão entregando essa verdade, essa busca desse menino. Só que aqui temos realmente uma história mais seca, que flerta com o trágico”, comenta Moreno.


Ficha técnica
Espetáculo "O Ninho, Um Recado da Raiz"
Elenco: Paulo de Pontes, Tay Lopez, Kátia Daher, Badu Morais, Rebeca Jamir e Jorge de Paula
Músicos: André Bedurê e Pablo Moura
Texto e Direção: Newton Moreno Assistente de Direção: Almir Martines Dramaturgista: Bernardo Bibancos
Produção: Rodrigo Velloni Produção Executiva: Swan Prado
Trilha Sonora Original: Zeca Baleiro
Direção Musical: André Bedurê e Zeca Baleiro
A música "Recado da Raiz" foi escrita por Zeca Baleiro e Newton Moreno
A música "Corifeia" foi escrita por Zeca Baleiro, André Bedurê e Newton Moreno Preparação Vocal e Arranjos Vocais: Rebeca Jamir
Preparação dos Atores e Direção de Movimento: Erica Rodrigues
Cenografia: Andre Cortez
Assistente de Cenografia: Camila Refinetti Cenotécnico: Wanderley Wagner Serralheria: Fernando Zimolo
Adereços: Zé Valdir
Figurinos: Fábio Namatame Assistente: Lari Andrade Modelagem: Juliano Lopes Modelagem e Costura: Lenilda Moura
Costura: Fernando Reinert , Maria Jose Castro e Judite Gerônimo Adereços: Antônio Ocelio de Sá
Iluminação: Equipe A2 | Lighting Design Desenho de Luz: Wagner Pinto Produção de Luz: Carina Tavares Assistente de Iluminação: Gabriel Greghi Operação de Luz: Gabriela Cezario
Consultoria Sonora: Radar Sound | André Omote Operação de Som: Nayara Konno
Palestrante e Historiadora: Susan Lewis
Consultoria e Tradução do Alemão: Evaldo Mocarzel Consultoria de Hebraico: Elaine Kauffman
Diretor de Palco: Jones Souza
Contrarregra: Eduardo Portella
Camareira: Luciana Galvão
Designer Gráfico e Ilustrações: Ricardo Cammarota Fotos: Ronaldo Gutierrez
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Captação, Edição e Mídias Sociais: GaTú Filmes
Gestão Financeira: Vanessa Velloni
Consultoria Jurídica: Martha Macruz de Sá
Administração: Velloni Produções Artísticas


Serviço
Espetáculo "O Ninho, Um Recado da Raiz"
Temporada: 15, 16, 17, 22, 23, 24, 30 e 31/03/2024 e 5, 6, 7, 12, 13, 14, 19 (duas apresentações), 20 e 21/04/2024. Sextas e sábados, às 20h; Domingos, às 18h; Sessão extra na sexta 19/04, às 15h. No dia 29/03, feriado, o Sesc não abre.
Sesc Bom Retiro – Alameda Nothmann, 185, Campos Elíseos
Ingressos: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 15,00 (credencial plena)
Vendas on-line em sescsp.org.br
Classificação: 16 anos
Duração: 90 minutos Gênero: Drama Capacidade: 297 lugares
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Sessão com audiodescrição no dia 13/04 e interpretação em Libras no dia 14/04.


Estacionamento do Sesc Bom Retiro - (Vagas Limitadas)
O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais e bicicletário. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.       
Valores: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (Credencial Plena). R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos à noite R$ 7,50 (Credencial Plena). R$ 15,00 (pelo período).
Horários: terça a sexta, das 9h00 às 20h00. Sábado: 10h00 às 20h00. Domingo: 10h00 às 18h00. Em dias de evento no teatro, o estacionamento funciona até o término da apresentação.       


Transporte gratuito
O Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito circular partindo da Estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz.
Horário de início do serviço: Terça a Sábado, às 17h30 | Domingo e Feriados, às 15h30. Ao término do espetáculo, o serviço retorna à Estação Luz.      


Sesc Bom Retiro
Alameda Nothmann, 185 - Campos Elíseos/São Paulo
Telefone: (11) 3332-3600
Fique atento se for utilizar o Uber para vir ao Sesc Bom Retiro! É preciso escrever o endereço completo no destino, Alameda Nothmann, 185, caso contrário o aplicativo informará outra rota/destino.

domingo, 10 de março de 2024

.: Grupo Folias estreia "Coisas Estranhas que o Mar Traz", inspirado em romance


O Grupo Folias busca no Teatro de animação toda expressividade para contar "Coisas Estranhas que o Mar Traz", livremente inspirado do romance "O Filho de Mil Homens", de Valter Hugo Mãe. Com direção e dramaturgia de Cleber Laguna e Marcia Fernandes, espetáculo estreia na sede do grupo no dia 22 de março. Foto: Mariana Chama


O espetáculo "Coisas Estranhas que o Mar Traz", novo trabalho do Grupo Folias, é livremente inspirado no romance “O Filho de Mil Homens”, do autor português Valter Hugo Mãe. Estreia no dia 22 de março na sede do grupo, onde segue em cartaz até 13 de maio, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos e às segundas, às 19h00. A peça tem direção e dramaturgia de Cleber Laguna e Marcia Fernandes e traz no elenco Alex Rocha, Clarissa Moser, Lui Seixas, Marcella Vicentini e Marcellus Beghelle.

A trama se passa em um vilarejo à beira-mar, onde essas figuras solitárias têm suas histórias e sonhos cruzados. Como barcos à deriva, eles se aproximam, se reconhecem e reinventam um caminho em comum. Pequenas vidas marcadas por singelas tristezas e uma silenciosa esperança iluminam esta fábula sobre as diferenças e a mágica existência cotidiana. Trata-se de uma poesia visual e sonora sobre os vazios das pessoas e as possibilidades de felicidade ao simplesmente ser quem se é.

O grupo busca na expressividade do Teatro de Animação uma maneira de contar essa história, fazendo uso de máscaras, bonecos e Teatro de Sombras. A escolha por essa linguagem decorre do encantamento que ela evoca, traduzindo inquietações artísticas, existenciais e conceituais de seus fazedores, que a consideram mais do que simplesmente uma forma de criar o espetáculo, mas sim uma maneira de interpretar a realidade, transgredindo o mero funcionalismo dos objetos.

“A presença cênica de objetos, bonecos e máscaras é capaz de provocar um efeito impactante, como um choque, uma estranheza ou ao menos uma sacudidela, despertando algo ‘profundamente adormecido’ na psique do espectador, proporcionando uma experiência simbólica e ritualística muitas vezes esquecida nos dias de hoje”, revela o coautor e codiretor Cleber Laguna.

O livro "O Filho de Mil Homens" aposta no cuidado minucioso das relações, apresentando uma pluralidade de figuras humanas e universos, com personagens solitárias que acabam se encontrando e buscando formas de construir pequenas coletividades, reconhecendo-se nas diferenças e encontrando maneiras de se relacionar e conviver com elas.

“Assim como quem acompanha de perto uma semente brotando no asfalto, observamos com uma lupa essa pequena comunidade, essa vila de pescadores. Ao olhar a organização desse microcosmo comunitário, composto por pessoas tão diversas entre si, percebemos que ele é, ao mesmo tempo, algoz e salvação”, acrescenta a coautora e codiretora Marcia Fernandes. "Coisas Estranhas que o Mar Traz" foi contemplado pela 40ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. Compre o livro "O Filho de Mil Homens", de Valter Hugo Mãe, neste link.


Ficha técnica
Espetáculo "Coisas Estranhas que o Mar Traz".
Dramaturgia e Direção: Cleber Laguna e Marcia Fernandes
Atuação e Animação: Alex Rocha, Clarissa Moser, Lui Seixas, Marcella Vicentini e Marcellus Beghelle
Assistência de Animação: Juliana Notari e Matias Ivan Arce
Bonecos: Juliana Notari
Máscaras: Juliana Notari e Cleber Laguna
Figuras para Sombras: Matias Ivan Arce
Iluminação Cênica e Atuação: Diego França
Sonoplastia e Atuação: Jô Coutinho   
Cenografia e Figurinos: Maria Zuquim
Assistência de cenografia e figurino: Murilo Yasmin Soares
Serralheria: Joseane Natali Domingos e Fábio Luiz Souza Gomes
Costureira figurinos: Rita de Cássia Martins
Costureira cenário: Mônica Cristina Rocha
Arte Gráfica: Renan Marcondes
Fotos: Mariana Chama
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Diarista: Fabiana Rodrigues
Direção de Produção: Tetembua Dandara
Assistente de Produção: Tati Mayumi
Realização: Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo e Grupo Folias
Apoio: Cooperativa Paulista de Teatro

Serviço
Espetáculo "Coisas Estranhas que o Mar Traz"
Temporada: 22 de março a 13 de maio
Às sextas-feiras e aos sábados, às 20h00; e aos domingos e segundas-feiras, às 19h00
Galpão do Folias – Rua Ana Cintra, 213, Santa Cecília
Ingressos: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia-entrada) e R$ 10,00 (sócio morador)
Capacidade: 40 lugares
Duração: 60 minutos

sábado, 9 de março de 2024

.: Cia. Lazzari apresenta a peça “Perdoa-Me Por Me Traíres” na Funarte SP


A Cia. Lazzari, companhia independente de teatro em São Paulo, apresenta o espetáculo “Perdoa-Me Por Me Traíres”, uma obra de Nelson Rodrigues pelo olhar de Victor Lazzari, no Complexo Cultural Funarte SP. Na peça, a jovem Glorinha, de 16 anos, vive sob a tutela de seu tio Raul, um homem dominador e violento, e de sua tia Odete, uma mulher psicologicamente abalada, que vive apenas por uma frase “está na hora da homeopatia”

Movida pela tragédia e pelo desejo de vingança, Glorinha se envolve em desejos proibidos, prostituição e jogos de poder, e busca também identidade e justiça, onde oscila entre a inocência e a depravação. Raul, consumido pelo ódio e pela culpa, tenta controlar a vida da sobrinha. A obra explora os motivos e as consequências de suposta traição e sobre o machismo estruturado, apresentando, de forma secundária, a história de Gilberto e Judite, pais de Glorinha, questionando a justiça e a possibilidade de redenção. 

A violência física e psicológica permeia a obra, assim como a exploração da sexualidade como forma de poder e dominação. As relações familiares são distorcidas e disfuncionais, desafiando os valores tradicionais e a hipocrisia social.

Ficha técnica
Espetáculo “Perdoa-Me Por Me Traíres”
Autor: Nelson Rodrigues
Direção, visagismo, cenografia e figurino: Victor Lazzari
Produção: Jessica Oehlerick
Elenco: Bianca Duarte, Gabriel Datsch, Guilherme Vendramim, Jorge Pitta, Joviana Venture, Marcela Lebrão, Maria Fernanda Thiago, Nina Inski, Vinny Guimarães e Vitória Stecca
Assistência de Direção: Maria Fernanda Thiago
Stand-in e técnica de palco: Pérolla Franzini
Iluminação: Mafe Rubi Sonoplastia e operação de som: Lívia Martinez
Coreografia: Camila Victorino
Cenotécnica: Mateus Fiorentino
Fotos: Juliana Palladino
Design Gráfico: Pedro Cardoso e Victor Lazzari
Realização: Cia Lazzari
Apoio: Funarte


Serviço
Espetáculo “Perdoa-Me Por Me Traíres”
De 14 de março a 7 de abril
Quintas-feiras, sextas e sábados às 20h00. Domingos, às 19h00
Inteira: R$ 80,00 . Meia-entrada: R$: 40,00
Endereço: Alameda Nothmann, 1058 - Complexo Cultural Funarte SP (Sala Carlos Miranda) em São Paulo.
Duração: 90 minutos
Classificação: 16 anos.
Para garantir o seu ingresso, é só clicar no link da bio da @cialazzari no Instagram.

.: Sweeney Todd: barbeiro mais cruel de Londres passa rapidamente por Curitiba

A Broadway vai invadir Curitiba com o musical aclamado de Stephen Sondheim. No elenco, os premiados artistas Saulo Vasconcelos e Andrezza Massei subirão ao palco acompanhados de grande elenco e orquestra ao vivo. Ingressos disponíveis pelo site da Disk Ingressos a partir de 14/3 (quinta-feira). Foto: Stephan Solon


Inspirada no livro "O Colar de Pérolas", publicado em 1846 pelos escritores britânicos Thomas Peckett Prest e James Malcom Rymer, "Sweeney Todd – o Cruel Barbeiro da Rua Fleet" é fábula vitoriana macabra adaptada com maestria por Stephen Sondheim. O espetáculo, que teve temporada esgotada em São Paulo e é sucesso absoluto na Broadway com ingressos disputadíssimos, desembarca em Curitiba para três únicas sessões nos dias 20 e 21 de abril, no Teatro Positivo. Seja na literatura nos cinemas ou no palco, Sweeney Todd sempre chamou a atenção do público pelo seu humor sórdido e inteligente.

O musical conta a história de Benjamin Barker, barbeiro que se viu obrigado a ir embora de Londres por conta de uma briga com o cruel Juiz Turpin (Rodrigo Mercadante). Após 15 anos afastado da cidade, ele retorna sob o pseudônimo Sweeney Todd (Saulo Vasconcelos) e sedento por vingança. Ao chegar ao lugar onde funcionava sua antiga barbearia, na Rua Fleet, Todd se depara com uma arruinada loja de tortas administrada pela Dona Lovett (Andrezza Massei). A partir daí, Todd e Lovett unem forças para que ele se vingue de Turpin, e ela faça sua loja crescer com tortas recheadas de ingredientes muito suspeitos.

As apresentações na capital paranaense contarão com orquestra ao vivo, composta por 9 músicos e elenco de 18 atores. Sweeney Todd é apresentado por Ministério de Cultura e Mobilize com patrocínio de Zurich Santander. Os ingressos estarão disponíveis pelo site da Disk Ingressos a partir de 14/3 e custam de R$37,50 (meia) a R$180 (inteira). A realização é da Del Claro Produções, que faz parte do Grupo Live, em parceria com a Firma de Teatro. A produção local é da RW7.

Em 2022, o espetáculo alcançou enorme sucesso de público e crítica no Brasil, com sessões esgotadas e oito indicações ao Prêmio Bibi Ferreira. A produção conquistou prêmios nas categorias de Melhor Direção em Musicais, para Zé Henrique de Paula, Melhor Atriz, para Andrezza Massei, e Melhor Figurino, para João Pimenta.

Em Curitiba, o público terá oportunidade de assistir à montagem com Saulo Vasconcelos no papel-título. Saulo é um dos maiores atores de teatro musical no Brasil, notabilizado por protagonizar O Fantasma da Ópera e por participar do elenco de clássicos como Les Misérables, A Bela e a Fera, A Noviça Rebelde, Cats, O Homem de La Mancha e Priscilla, a Rainha do Deserto. “É a realização de um sonho. Após 25 anos de carreira, que vão se completar este ano, estou em um papel que sempre sonhei em fazer em uma produção oficial e profissional”, comenta Saulo.

Sweeney Todd conta com direção musical de Fernanda Maia e direção geral de Zé Henrique de Paula. A produção geral é de Adriana Del Claro. O trio é conhecido por montagens de sucesso recentes do teatro musical brasileiro como “Chaves – Um Tributo Musical” e “Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812”.

 

Confira abaixo o elenco completo do espetáculo:

Sweeney Todd - Saulo Vasconcelos

Dona Lovett - Andrezza Massei

Tobias Ragg – Paulo Viel

Juiz Turpin – Rodrigo Mercadante

Anthony – Pedro Silveira

Johanna – Sofie Orleans

Bedel Bamford- Gui Leal

Lucy Barker - Amanda Vicentte

Adolfo Pirelli - Elton Towersey 

Ensemble – Bel Barros

Ensemble – Davi Novaes

Ensemble – Davi Tápias

Ensemble – Guilherme Gila

Ensemble – Fabiana Tolentino

Ensemble – Paulinho Ocanha

Ensemble - Renato Caetano

Ensemble – Samir Alves

Ensemble – Vanessa Espósito


Sobre Sweeney Todd: O musical de Stephen Sondheim (música e letras) e Hugh Wheeler (libreto) estreou na Broadway em 1º de março de 1979. Já naquele ano, a montagem original levou oito Prêmios Tony, considerado o Oscar do teatro na Broadway, incluindo os de Melhor Musical, Melhor Libreto de Musical e Melhor Trilha Sonora Original. Além disso, levou o prêmio em 11 categorias do Drama Desk Awards e recebeu certificação de Melhor Musical no Drama Critics’ Circle Award.

Diante do grande sucesso nos palcos, com montagens no mundo inteiro até hoje, a obra de Sondheim chamou a atenção do cultuado diretor de cinema Tim Burton e, em 2007, Sweeney Todd chegou às telonas. Com Johnny Depp e Helena Bonham Carter no elenco, o filme foi indicado em três categorias do Oscar e levou a estatueta de Melhor Direção de Arte. Na premiação do Globo de Ouro, o longa ganhou nas categorias de Melhor Filme de Comédia ou Musical, Melhor Ator em Comédia ou Musical (Johnny Depp), Melhor Atriz em Comédia ou Musical (Helena Bonham Carter) e Melhor Diretor (Tim Burton).

Sinopse: O pacato barbeiro Benjamin Barker tinha quase tudo o que desejava. Era considerado o melhor de Londres em seu ofício e vivia um casamento feliz. O único problema é que sua esposa era cegamente desejada pelo inescrupuloso Juiz Turpin. Por esta razão, Barker foi perseguido, acusado injustamente e condenado à prisão. 

Depois de fugir, acaba recebendo apoio do marinheiro Anthony para se refugiar em territórios mais tranquilos. Após 15 anos nesse exílio, o barbeiro volta à decadente capital inglesa, mas agora com um pseudônimo e muita sede de vingança. Barker agora é Sweeney Todd.

Já na cidade, Todd reencontra sua antiga barbearia, localizada à Rua Fleet. O estabelecimento agora é uma decadente loja de tortas, que pertence à Dona Lovett. Os dois se encontram e estabelecem uma relação peculiar. Com a crise em Londres e a dificuldade em se conseguir carne de qualidade para as tortas, Lovett vê a oportunidade de fazer seu negócio crescer enquanto Todd coloca seu plano macabro de vingança em prática.

Enquanto ele mata seus clientes para chegar ao Juiz Turpin, que ainda mantém sua filha Johanna prisioneira, ela faz deliciosas tortas com os restos mortais dos desafortunados clientes.

No desenrolar da história, aparece Tobias Ragg. O garoto é aprendiz de barbearia do abusivo Pirelli. Após Pirelli ser assassinado por Todd, o rapaz acaba ficando sob a tutela de Todd e Lovett.


Ficha técnica:


CRIATIVOS 

Música e Letras: Stephen Sondheim

Libretto: Mark Wheeler

Direção Geral: Zé Henrique de Paula

Versão e Direção Musical: Fernanda Maia

Preparação de Elenco: Inês Aranha

Assistência de Direção e Ensemble: Davi Tápias

Assistência de Direção Musical e Preparação Vocal: Rafa Miranda

Cenografia: Zé Henrique de Paula 

Assistência de Cenografia: Cesar Costa

Ilustrações: Renato Caetano

Figurino: João Pimenta

Assistência de Figurino: Dani Kina

Equipe de Figurino: Everton Monteiro (auxiliar de corte), Magna Almeida Neto (piloteira), Marcia Almeida (contramestra), Neide Brito (piloteira), Noel Alves (piloteiro) e Wesley Souza (pintura de tecidos)

Visagismo: Dhiego Durso e Feliciano San Roman (peruca Dona Lovett)

Design de Luz: Fran Barros

Design de Som: João Baracho, Fernando Akio Wada e Guilherme Ramos 


MÚSICOS

Regência e piano: Fernanda Maia

Teclado: Rafa Miranda

Violino 1: Thiago Brisolla

Violino 2: Bruna Zenti

Violoncelo: Leonardo Salles

Contrabaixo: Pedro Macedo

Flauta transversal e flautim: Fábio Ferreira 

Flauta e clarinete: Flávio Rubens

Oboé: André Massuia


TÉCNICA

Camareira: Larissa Elis

Perucaria e Maquiagem: Feliciano San Roman (Perucas).

Assistência e Operação de Iluminação: Tulio Pezzoni

Operação de som: Guilherme Ramos 

Microfonista: Káthia Akemi

Direção de Palco: Diego Machado

Assistência de Direção de Palco: Matheus França

Contrarregra: Leo Magrão

Cenotécnica: All Arte Cenografia (cortinas e cadeira da barbearia), Armazém, Cenográfico (forno e moedor de carne), Ateliê Thiago Audrá (tortas cênicas), Fabin, Cenografia (pintura de arte), T.C. Cine Cenografia (montagem)


PRODUÇÃO

Produção Geral: Del Claro Produções

Produção: Laura Sciulli e Douglas Costta

Assistente de Produção: Renato Braz

Financeiro / Administrativo: Pedro Donadio

Diretora Comercial: Simone Carneiro

Mídia: Grupo Live, RW7 e Renato Braz

Criação e Direção de Arte: Gustavo Perrella

Assessoria de Imprensa: Agência Taga e Augusto Tortato

Redes Sociais: Renato Braz

Fotografia: Ale Catan e Stephan Solon

Realização: Del Claro Produções e Firma de Teatro

Siga Sweeney Todd nas redes sociais: instagram.com/sweeneytoddbrasil


"Sweeney Todd – o Cruel Barbeiro da Rua Fleet"

Data: 20 e 21 de abril, sábado e domingo

Horário: 15h e 20h (sábado) e 15h (domingo) 

Local: Teatro Positivo – Curitiba/PR

Endereço: R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 - Campo Comprido, Curitiba - PR, 81280-330

Classificação Etária: 16 anos

Duração: 120 minutos (com intervalo de 15 minutos)

Capacidade: 2.000 lugares

Ingressos: De R$37,50 (meia) a R$180 (inteira) 

Vendas pela Disk Ingressos e bilheteria do Teatro Positivo a partir de quinta-feira, 14/3. 

 Obs.: O elenco deste espetáculo pode sofrer alterações sem aviso prévio.


Leia+

.: "O Cinema de Tim Burton" traz um panorama da obra e de influências

.: Exposição "O Mundo de Tim Burton" em São Paulo em fevereiro

.: Teatro: "Sweeney Todd – o Cruel Barbeiro da Rua Fleet" com Rodrigo Lombardi

.: "Sweeney Todd": o clássico musical tem previsão de estreia para março

.: Mateus Ribeiro é mais um nome confirmado no musical " Sweeney Todd"

.: Mateus Ribeiro em palestra para desvendar segredos da carreira de ator

.: Sucesso: exposição "Terror no Cinema" é prorrogada até 31 de janeiro no MIS


sexta-feira, 8 de março de 2024

.: Espetáculo "Dias e Noites de Amor e de Guerra" parte de Eduardo Galeano


Espetáculo reflete sobre os sistemas de violência que geram a desumanização. Foto: Bob Sousa

No período em que a América Latina estava tomada por ditaduras militares, o jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano (1940-2015) percorreu vários países durante seu exílio, registrando suas experiências no livro “Dias e Noites de Amor e de Guerra” (1978). Parte desses textos originou o espetáculo homônimo, com direção de Cesar Ribeiro, que faz uma temporada no Sesc 24 de Maio entre os dias 16 de março e 7 de abril de 2024, com sessões às quintas e às sextas-feiras, às 20h00. 

Aos sábados, às 16h00 e às 20h00; e aos domingos, às 18h00. Estão programadas sessões extras na quarta-feira, dia 20 de março, às 20h, na quarta-feira, dia 3 de abril, às 20h, e na quinta-feira, dia 4 de abril, às 16h. Não haverá sessão na sexta-feira, dia 29 de março. Em cena, estão Helio Cicero, Mariana Muniz, Rodrigo Bolzan e Pedro Conrado. A iniciativa foi selecionada no Edital ProAC de produção de 2022.

Encenada pela Cia. Mecenato Moderno, fundada pela produtora Silvia Marcondes Machado e por Helio Cicero, a peça parte das ditaduras militares para investigar, de maneira mais ampla, os sistemas autoritários e violentos que geram a desumanização. E, ao mesmo tempo, apresenta a construção de uma memória coletiva do continente latino-americano. “Em um momento do texto, Galeano afirma: ‘Em tempos de crise, não se tornam conservadores os liberais e fascistas os conservadores?’. Em outro, diz: ‘As teorias de Milton Friedman significam, para ele, um Prêmio Nobel. Para os chilenos, significam Pinochet’. É contra essa produção da morte – sempre com objetivo econômico, e não ideológico, como costumam afirmar as lideranças autoritárias – que surge a montagem”, afirma o diretor do espetáculo.

Direito à memória
Para o grupo, o mais importante é reforçar o direito à memória e à verdade, movimento que, segundo a escritora e crítica literária argentina Beatriz Sarlo, citada no projeto, teve início ao fim da Segunda Guerra Mundial, quando os crimes nazistas foram julgados pelo Tribunal de Nuremberg. A ideia é usar os testemunhos para fazer a reconstrução histórica – e não apenas os documentos -, investigando o passado para fortalecer a cidadania.

Em “Dias e Noites de Amor e de Guerra”, os relatos mostram como os governos autoritários provocaram uma diáspora de brasileiros, chilenos, argentinos, uruguaios e outros povos latino-americanos, tudo por conta de uma perseguição político-ideológica virulenta. 

O público entra em contato com depoimentos como o de Eric Nepomuceno, tradutor de Galeano, quando descobriu que seu amigo, o jornalista Vladimir Herzog, foi “suicidado” nas celas da repressão militar. Há também dados sobre a participação dos Estados Unidos na ditadura da Guatemala, considerado “o primeiro laboratório latino-americano para a aplicação da guerra suja em grande escala”; além de encontros de Galeano com Fidel Castro, Che Guevara e Salvador Allende.

Ao mesmo tempo, a obra retrata os movimentos estudantis, os indígenas latino-americanos, os trabalhadores e os encontros em que amor e amizade serviram como resistência à barbárie. Ou seja, toda a narrativa é construída a partir dos afetos, mesmo com o cenário de terror e medo.

“Depois da tragédia dupla que foi viver sob um governo neofascista e atravessar a pandemia de Covid-19, momento de acúmulo de mortes, deterioração econômica, perda de trabalho e destruição de áreas como meio ambiente, cultura, educação e outras, além da perseguição às chamadas minorias, o ideal é o retorno a uma existência em que, no mínimo, seja possível viver sob um Estado que não busque a destruição de sua própria população”, defende Ribeiro.


Sobre a encenação
Cesar Ribeiro buscou uma linguagem que “cruza princípios do teatro documental com o trágico, em que estão presentes Tadeusz Kantor, HQs, artes plásticas, dança contemporânea, butô, cyberpunk e futurismo”. O espetáculo é formado por dez narrativas conduzidas como quadros em movimento. Há cenas desenhadas como coreografias de dança, sem texto, reproduzindo movimentos de fuga e perseguição. O cenário de J. C. Serroni, os figurinos de Telumi Hellen e o desenho de luz de Domingos Quintiliano contribuem para a potência da peça, além do visagismo de Louise Helène.

“Encenar a obra de Eduardo Galeano é uma necessidade contra o revisionismo, contra a tentativa de apagamento da memória e contra uma estrutura histórica do capitalismo que, para sua sobrevivência, provoca a exclusão de tudo o que não seja o homem branco heterossexual – ou seja, negros, mulheres, indígenas, homossexuais e outros, além do ataque a partidários do espectro político de esquerda”, defende Cesar Ribeiro.

Sinopse
De caráter entre o documental e o poético, o espetáculo apresenta diversos textos curtos selecionados do livro do jornalista e escritor uruguaio Eduardo Galeano sobre suas experiências durante os chamados anos de chumbo da América Latina, que levaram a uma diáspora de brasileiros, argentinos, uruguaios, chilenos e outros povos para escapar da violência de Estados autoritários. 

Percorrendo diversos países durante seu exílio, o autor tece uma colcha de retalhos em que as narrativas refletem sobre o terror político em tom marcado pela afetividade em relação à América Latina e aos cidadãos que lutaram pelas liberdades democráticas, com histórias que envolvem estudantes, jornalistas, artistas, povos originários, políticos e outros, utilizando as memórias pessoais para compor a memória dos povos e traçar um painel da identidade latino-americana.


Ficha técnica
Espetáculo “Dias e Noites de Amor e de Guerra”
Texto: Eduardo Galeano
Direção, sonoplastia e adaptação: Cesar Ribeiro
Atores: Helio Cicero, Mariana Muniz, Rodrigo Bolzan e Pedro Conrado
Vozes em off: Paulo Campos e Ulisses Sakurai
Cenografia: J. C. Serroni
Desenho de luz: Domingos Quintiliano
Figurinos: Telumi Hellen
Visagismo: Louise Helène
Tradução: Eric Nepomuceno
Direção de produção: Edinho Rodrigues
Realização: Cia. Mecenato Moderno, ProAC 01/2022 e Sesc São Paulo

Serviço
Espetáculo “Dias e Noites de Amor e de Guerra”
Dia 16 de março a 7 de abril de 2024
Quintas e sextas, às 20h; aos sábados, às 16h e 20h; e aos domingos, às 18hAtenção: Sessões extras na quarta-feira, dia 20 de março, às 20h, na quarta-feira, dia 3 de abril, às 20h, e na quinta-feira, dia 4 de abril, às 16h.
Não haverá sessão na sexta-feira, dia 29 de março.
Local: Sesc 24 de Maio
Endereço: Rua 24 de Maio, 109, Centro / São Paulo
Ingressos: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 15,00 (credencial plena)
Duração: 90 min | Classificação: 14 anos

quinta-feira, 7 de março de 2024

.: “O Elogio da Loucura”, monólogo com a atriz Leona Cavalli, no Teatro J. Safra


Em nova parceria, a atriz Leona Cavalli e o diretor Eduardo Figueiredo apresentam “O Elogio da Loucura”, uma adaptação teatral, assinada pela dupla, inspirada no livro homônimo de Erasmo de Rotterdam.  Foto: divulgação

“O Elogio da Loucura”, monólogo com a atriz Leona Cavalli com direção de  Eduardo Figueiredo, estreia no dia 13 de abril no Teatro J. Safra. A peça, inspirada no livro homônimo de Erasmo de Rotterdam, retoma a parceria entre a atriz e o diretor, que também assinam a adaptação 

O autor viveu na idade média e tornou-se um dos maiores escritores, humanistas e teólogos de todos os tempos. A obra, escrita como uma sátira à sociedade dos séc. XV e XVI, tornou-se atemporal, e profundamente atual, por apresentar uma nova visão da loucura, expondo as relações de poder na sociedade, na política e na igreja, como espelhos de si mesma. Ainda hoje vivemos conflitos semelhantes aos de séculos atrás; a hipocrisia e a perda dos valores da vida ainda são recorrentes.

“Sempre fui apaixonada por esse texto de Erasmo de Rotterdam, inédito no teatro brasileiro, e incrivelmente atual, lúcido e necessário; por identificar a Loucura como parte da condição humana, que, quando integrada, torna-se potência de transformação, arte e liberdade”, diz a atriz Leona Cavalli, que irá interpretar a Loucura mantendo a ótica, o sarcasmo e a sagacidade do conteúdo original da obra.

Completam a encenação, repleta de ironia e humor, várias referências sobre a Loucura: nas artes, na história e na sociedade e é pontuado com música ao vivo, que transita entre o popular e o erudito, executado pelos talentosos: Rafa Ducelli no violoncelo e Cika na percussão. Como definição gramatical, loucura é insanidade; porém o autor não a representa dessa forma, mas sim como parte da estrutura do nosso mundo; que, como tal, clama por ser reconhecida e aceita.

“Em um momento com tantas adversidades e repleto de inversões de valores éticos, políticos e sociais, um momento onde o homem apresenta sérios sinais de retrocesso e barbárie, a obra de Erasmo de Rotterdam nos apresenta uma importante reflexão sobre civilidade e empatia nos dias atuais”, diz o diretor Eduardo Figueiredo.

O espetáculo é inspirado na obra “O Elogio da Loucura”, de Erasmo de Rotterdam, um dos principais humanista e teólogo que viveu durante a idade média. Esta obra é uma total sátira a sociedade dos sécs. XV e XVI, e apresenta uma nova visão eclesiástica e renovadora da igreja, pois mostra a sociedade como um espelho de si mesma, porém sua obra acabou tornando-se atemporal.

Nesta versão para o teatro, a atriz Leona Cavalli interpreta a Loucura, que mantém o seu discurso através da ótica e conteúdo da obra, com ironia e sarcasmo, um reflexo da sociedade de todos os tempos. A loucura, a insanidade mental, não é definida como uma condição humana que podemos adquirir. Erasmo trata a loucura de uma forma externa ao homem, e o homem só será louco se desejar ser. Música ao vivo e várias referências da Loucura: nas artes, na história e na sociedade, completam a encenação repleta de ironia e humor.


Serviço
Monólogo “Elogio da Loucura”
Da obra de Erasmo de Rotterdam
Dramaturgia: Leona Cavalli e Eduardo Figueiredo
Direção: Eduardo Figueiredo
Elenco: Leona Cavalli
Música ao vivo: Rafa Ducelli (violoncelo) e Cika (percussão)
Gênero: tragicomédia
Recomendação: 12 anos
Duração: 70 minutos
Data: de 13 de abril a 4 de maio, sábados, às 21h00, e domingos, às 20h30.
Ingressos: entre R$ 25,00 e R$ 80,00
Compras on-line: https://www.eventim.com.br/artist/elogio-loucura/?affiliate=JSA
Bilheteria: quartas e quintas, das 14h00 às 21h00. Sextas, sábados e domingos, das 14h00 até o horário dos espetáculos
Aceita os cartões de débito e crédito: Amex, Dinners, Elo, Mastercard, Visa e Hipercard. Não aceita cheques.
Telefone da bilheteria: (11) 3611-3042
Teatro J. Safra | 627 lugares
Endereço: Rua Josef Kryss, 318 - Barra Funda - São Paulo – SP
Telefone: (11) 3611 3042 e 3611 2561
Abertura da casa: 2 horas antes de cada horário de espetáculo, com serviço de lounge-bar no saguão do Teatro.
Acessibilidade para deficiente físico
Estacionamento: Valet Service (Estacionamento próprio do Teatro) - R$ 30,00

.: "Corpo Intruso" estreia: texto de Samir Yazbek e direção de Pedro Granato


Espetáculo traz suspense contemporâneo sobre vida e morte, com texto inédito de Samir Yazbek e direção de Pedro Granato. Apresentações vão de 15 a 31 de março no Teatro Alfredo Mesquita.. Elenco conta com Luciana Schwinden, Sílvio Restiffe e Julia Terron. Foto: Nadja Kouchi
 

Com texto inédito do premiado autor Samir Yazbek, o espetáculo "Corpo Intruso" estreia em 15 de março no Teatro Alfredo Mesquita para discutir, com um olhar contemporâneo, vida e morte. A montagem tem direção de Pedro Granato e elenco composto por Luciana Schwinden, Sílvio Restiffe e Julia Terron.

A trama acompanha a trajetória de uma professora de língua portuguesa do ensino médio que, distante da sua vocação literária, encontra-se no leito de um quarto de hospital, acometida por uma doença desconhecida. Sua relação com o marido mantém padrões de afetos desgastados pelo tempo, com arquétipos e símbolos do casamento convencional, força motriz de uma vida comprometida com as aparências e os ganhos materiais.

Ao receber no hospital a visita de uma aluna apaixonada pelo universo da literatura, a professora, questionada em sua visão de mundo, passa a rever a sua relação com o seu marido e a forma de tocar a sua própria existência. O espetáculo traz discussões sobre vida e morte, e mais precisamente, sobre o que nos mantém vivos, o que nos impulsiona a ter sonhos e querer realizá-los. O universo da educação e da literatura também estão presentes no trabalho, tanto na relação entre professora e aluna, quanto no âmbito familiar e no embate geracional. “A busca da vocação e da paixão está no centro da peça”, conta Granato.

A atmosfera é de suspense intimista. Mesclar o mistério e o drama em um ambiente hospitalar de maneira a criar uma história equilibrada e “temperada” foi o maior desafio da construção, conta o diretor. O minimalismo está presente em toda a concepção do espetáculo, da cenografia que quer colocar o espectador dentro de um quarto de hospital à trilha sonora original, fortemente inspirada na banda britânica Portishead.

 
O absurdo como representação da realidade
O texto de "Corpo Intruso" flerta com o absurdo e está ancorado em uma história contemporânea. De acordo com o autor, a percepção da realidade como “absurda” surgiu a partir da análise de um contexto social em que as pessoas passaram a se fechar cada vez mais em suas próprias certezas. 

“Há um elemento de classes nessa análise, representado pelas elites brasileiras, que cristalizaram uma postura avessa ao contato com o outro ou com o diferente. Mas esses abismos, na peça, também são explorados por meio das relações interpessoais e intrapessoais: ver o macro da sociedade por meio do micro das relações humanas”, explica Yazbek.

 A dramaturgia se pautou na investigação da linguagem, na troca com artistas de gerações distintas e na escrita debatida em mesa com direção e elenco em todo o processo. Mas a peça também se inspira na dimensão psíquica das personagens de Ingmar Bergman, para falar sobre o sofrimento da protagonista, e em autoras como Virginia Woolf e Rosa Montero, sobretudo na perspectiva crítica que apresenta sobre a dinâmica das relações humanas e o papel da mulher na sociedade.

 Para o autor, a renovação da dramaturgia está ligada ao seu estudo e à sua prática, mas também à sua relação com o público. E a peça busca essa relação por meio das perguntas que oferta à sua plateia: “como saber se e quando devo deixar que o outro se aproxime de mim? Devo me aproximar dele? Ele me oferece riscos? Que riscos ele me oferece? Vale a pena correr esses riscos? Vale a pena me expor para o outro? Afinal, quem é o outro?”, elenca. Parodiando “Quem Tem Medo de Virginia Woolf”, importante peça de Edward Albee, cujo universo temático e formal também foi referência para Corpo Intruso, indaga-se: “quem tem medo do outro?”.

 
Sobre o autor
Samir Yazbek é dramaturgo, pesquisador e professor teatral. Já recebeu diversos dos maiores prêmios em teatro e literatura (Shell, APCA, entre outros). Fez conferências em Cádiz (Espanha), Londres (Inglaterra), Minnesota (EUA) e Moscou (Rússia). Alguns de seus textos foram publicados (e encenados) em outros países, como Bolívia, Cuba, Inglaterra, México, Polônia e Portugal. E está lançando pela editora É Realizações a "Coleção Dramaturgia - Samir Yazbek", com 12 volumes que abrangem 30 anos de trajetória do dramaturgo.

 
Sobre o diretor
Pedro Granato é diretor e gestor cultural, foi vencedor duas vezes do APCA com o Pequeno Ato, que fundou. Foi Coordenador de Centros Culturais e Teatros da cidade de São Paulo quando reformou e reabriu importantes teatros como Paulo Eiró e Arthur Azevedo, inaugurou espaços como o Centro Cultural da Diversidade e dobrou a média histórica de público dos espaços culturais. Selecionado para o Directors LAB com diretores do mundo todo no Lincoln Center em Nova Iorque em 2014. Teve obras montadas com co-produção nos EUA, África do Sul, Inglaterra, Argentina, França e Israel.

 
Ficha técnica
Espetáculo "Corpo Intruso". Texto: Samir Yazbek. Direção: Pedro Granato. Atores: Julia Terron, Luciana Schwinden e Silvio Restiffe. Participação Especial: Carolina Romano. Cenário e adereços: Diego Dac. Iluminação: Beto de Faria. Trilha sonora original: Décio 7. Figurino: Iara Wisnik. Produção executiva: Carolina Henriques e Rommaní Carvalho. Técnico de palco: Victor Moretti. Técnico de Luz: Carol Soares. Técnico de Som: Diego Leo. Acompanhamento técnico: Édson Reis.  Assistente de direção e Contrarregragem: Carolina Romano. Assistente de cenário e Adereços: Luana Miyamoto. Assistente de Figurino: Amrita. Tintura Cabelo: Cida Grecco. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Fotos: Nadja Kouchi. Design gráfico: Carolina Romano. Produção: Jessica Rodrigues Produções e Pequeno Ato. Direção de produção: Jessica Rodrigues. O espetáculo foi contemplado EDITAL PROAC Nº 01/2023 – TEATRO / PRODUÇÃO DE ESPETÁCULO INÉDITO.


Serviço:
Espetáculo "Corpo Intruso"
Estreia 15 de março no Teatro Alfredo Mesquita.
De 15 a 31 de março - Sextas e Sábados às 21h, Domingos às 19h.
Ingressos: R$20 (https://www.sympla.com.br/produtor/jessicarodrigues)
Classificação etária: 14 anos
Duração: 90 minutos
Teatro Alfredo Mesquita
Endereço: Av. Santos Dumont, 1770
Capacidade: 40 lugares.
Estacionamento gratuito

terça-feira, 5 de março de 2024

.: "Cabaré Miss Jujuba", em homenagem à Julieta Hernández, faz duas sessões


Espetáculo traz para o palco uma celebração à vida e ao legado de Julieta, que desempenhou papéis diversos como palhaça, cicloviajante, bonequeira, poeta e musicista. Foto: Traiana Zacariotti 


O Mundo Circo SP, iniciativa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, com gestão e produção da Associação Paulista dos Amigos da Arte, recebe nos dias 9 e 10 de março, sábado e domingo, às 17h00, o espetáculo "Cabaré Miss Jujuba", uma homenagem à palhaça Miss Jujuba, celebrando a diversidade e a inspiração da imigrante venezuelana Julieta Hernández. 

Repleto de números de circo, palhaçaria, poesia e música, o espetáculo faz parte da programação do mês da mulher e promete momentos de graça, reflexão e celebração, com um elenco formado exclusivamente por artistas circenses mulheres. Em uma homenagem emocionante, o "Cabaré Miss Jujuba" traz para o palco uma celebração à vida e ao legado de Julieta, que desempenhou papéis diversos como palhaça, cicloviajante, bonequeira, poeta e musicista. Julieta, infelizmente, teve a vida abreviada em dezembro do ano passado, no estado do Amazonas, durante uma longa viagem de bicicleta até seu país de origem, para visitar sua mãe.

Sob a curadoria do grupo Circo di SóLadies | Nem SóLadies, o espetáculo promete mergulhar o público em uma emocionante experiência, oferecendo uma reinterpretação das tradições circenses e interioranas, sob a perspectiva do palhaço. A performance, pontuada por músicas típicas ao vivo, não apenas promete entretenimento, mas também busca transmitir a essência e a inspiração que Julieta Hernández deixou.


Serviço
"Cabaré Miss Jujuba"
Dias 9 e 10 de março, sábado e domingo, às 17h00
Classificação etária: Livre
Entrada gratuita
Duração: 55 minutos
Local: Av. Cruzeiro do Sul, 2630 - Carandiru/São Paulo

sábado, 2 de março de 2024

.: Clássico da Broadway, "Cabaret" estreia dia 8 no 033 Rooftop, em São Paulo


Fabi Bang, Ícaro Silva e André Torquato protagonizam a versão brasileira e imersiva do musical Cabaret, dirigida e idealizada por Kleber Montanheiro. Inspirado no clássico de 1966 da Broadway, o espetáculo tem direção musical de Fernanda Maia, coreografia de Barbara Guerra e banda formada por 10 mulheres. A estreia acontece dia 8 de março no 033 Rooftop. Espetáculo terá experiência com jantar inspirado na gastronomia da Alemanha. Fotos: Caio Gallucci 


Criado originalmente em 1966, o musical "Cabaret" é um dos maiores sucessos da Broadway de todos os tempos e ficou ainda mais conhecido graças à icônica adaptação cinematográfica de 1972, dirigida por Bob Fosse e estrelada por Liza Minnelli. Agora, o espetáculo ganha uma nova versão brasileira que estreia no dia 8 de março, no 033 Rooftop, no complexo JK Iguatemi, onde segue em cartaz até 12 de maio, com apresentações às sextas, às 20h30; aos sábados, às 15h e às 20h30; e aos domingos, às 15h e às 19h30.

A montagem brasileira tem direção de Kleber Montanheiro, direção musical de Fernanda Maia, coreografia de Barbara Guerra e versão brasileira assinada por Mariana Elisabetsky. Além disso, traz no elenco feras da cena teatral brasileira como Fabi Bang (Sally Bowles), Ícaro Silva (Cliff Bradshaw) e André Torquato (Emcee). 

O espetáculo é fruto da colaboração entre a produtora Marilia Toledo e o diretor Kleber Montanheiro, dois grandes nomes do teatro nacional. E mantém as músicas originais de John Kander e as letras de Fred Ebb, que marcaram gerações de espectadores em todo o mundo. Recentemente, o musical foi remontado em Londres, na Inglaterra, e também deve reestrear na Broadway ainda no primeiro semestre de 2024.

A trama acompanha a vida noturna no KitKat Klub, um cabaré falido de Berlim que assiste ao terrível surgimento do nazismo na Alemanha, então República de Weimar, no começo da década de 1930. É lá que a cantora e dançarina inglesa Sally Bowles se apaixona por um jovem escritor estadunidense chamado Cliff Bradshaw.

Encenação imersiva
A produção brasileira recria a atmosfera única e envolvente do Cabaret de forma imersiva, inspirada nas bem-sucedidas montagens internacionais. “A ideia é transportar as pessoas para dentro do KitKat Club, onde se passa a história. Então, vamos transformar o 033 Rooftop espalhando mesinhas por todo o espaço e criaremos cenas no meio da plateia, de modo que o público faça parte da encenação e seja transportado para a virada de 1929 para 1930. Também queremos explorar essa ideia sensorial com a ajuda de efeitos de som e de luz”, antecipa o diretor Kleber Montanheiro.

O encenador ainda conta que o show começa logo que o espectador sai do elevador, onde os atores já estarão apresentando alguns números de cabaré. “Queremos romper com a ideia do terceiro sinal anunciando o começo do espetáculo. Quando as pessoas chegarem, já vão se sentir em um cabaré em Berlim e assistir a algumas cenas que vão se misturando até o começo do show”, acrescenta.

Outro aspecto ressaltado por Montanheiro é a diversidade buscada na escolha do elenco. “O texto fala de pessoas de diferentes nacionalidades, etnias, cores de pele e corpos. E a escolha do elenco, através das audições e de alguns convites, passou por isso. Fui brincando um pouco com um cabaré nessa época na Alemanha como uma ideia de liberdade, de construção de um movimento que se pauta pelas diferenças entre todas as pessoas. E esse pensamento permeou todo o conceito de escolha do elenco”, afirma.


Versão brasileira
Sobre os desafios de criar a versão brasileira desse grande clássico, Mariana Elisabetsky explica: “Como a obra é muito conhecida do público, é sempre mais difícil quando a plateia escuta a versão em português cantando o original em inglês dentro da cabeça. Outra particularidade é o fato de existirem na história personagens provenientes de vários países e as brincadeiras com as línguas ao longo dos diálogos, especialmente o inglês e o alemão”.

Já a coreógrafa Barbara Guerra conta que a liberdade para criar uma releitura contemporânea do clássico é um presente. “Cabaret é um musical icônico, rico em camadas. Montar uma obra que chamamos de não-replica é a oportunidade perfeita para expressar nossa visão artística, criando assim uma versão pessoal e genuinamente brasileira. Minha ideia é que as coreografias não se limitem apenas à estética, quero que elas captem a essência única de cada cena”, revela.

Experiência gastronômica
Para ampliar ainda mais essa encenação imersiva, o público poderá desfrutar de uma experiência gastronômica completa, assinada pelo Chef Mário Azevedo, do 033 Rooftop. Inspirado pelo clima de Berlim no início da década de 1930, o Chef preparou três pratos tipicamente alemães, que contam ainda com drink e sobremesa. O público precisa adquiri-los antecipadamente pela Sympla, pois eles não estarão disponíveis para a venda no local no momento da apresentação, serão servidos apenas aos clientes que reservarem com antecedência.

“Este espetáculo reúne em uma remota Berlim dos anos 30 diversas nuances e sensações, como: diversão, entretenimento e paixões. Um jantar com pratos típicos alemães tornará essa experiência ainda mais completa aos espectadores”; comenta o Chef Mário Azevedo.


Confira as opções do Menu Cabaret:
Kit Kat Premium - R$ 155,00
Drink: The Berries - Espumante, Suco de Cranberry e Licor de Amora
Jantar: Mix de Salsichas - Bratwurst (Branca) e Brühwurst (Vermelha) com Mostarda Amarela servido com Sauerkraut (Chucrute) e Salada de Batatas
Sobremesa: Apfelstrudell com Creme Chantilly

Kit Kat Especial - R$ 165,00
Drink: The Berries - Espumante, Suco de Cranberry e Licor de Amora
Jantar: Schnitzel (Carne de porco empanada) com Molho Tártaro servido com Sauerkraut (Chucrute) e Salada de Batatas
Sobremesa: Apfelstrudell com Creme Chantilly

Kit Kat VIP - R$ 175,00
Drink: The Berries - Espumante, Suco de Cranberry e Licor de Amora
Jantar: Mix de Frios e Embutidos – Lombo defumado, Salame Hamburguês, Pastrame e Mini salsichas servidos com Mostarda amarela, Torradas e Mini Pretzels
Sobremesa: Apfelstrudell com Creme Chantilly

*A compra dos itens do Menu Cabaret não dá acesso ao 033Rooftop, é necessário adquirir ingressos para o espetáculo Cabaret.

* Cliente Santander tem desconto de 15% nos kits de jantar e demais itens comercializados no bar do 033 Rooftop.

Sobre a parceria entre Marilia Toledo e Kleber Montanheiro
Marilia Toledo, autora, idealizadora e diretora de sucessos como "Ney Matogrosso - Homem com H" e "Silvio Santos Vem Aí", assume a produção do espetáculo. Por sua vez, Kleber Montanheiro, reconhecido pelo recente sucesso de "Tatuagem" (vencedor do APCA), e pela direção de "Carmen, a Grande Pequena Notável", encarrega-se da direção.

A parceria entre Marilia e Kleber não é novidade para o sucesso. Fundadores do Miniteatro na Praça Roosevelt em 2009, a dupla já trabalhou em peças premiadas como “Amídalas”, escrita por Marilia e Rodrigo Castilho e dirigida por Kleber, e “A Odisseia de Arlequino”. Após mais de 14 anos de hiato, eles se unem novamente para proporcionar ao público brasileiro uma perspectiva inovadora de um clássico que transcende gerações. Este espetáculo será apresentado por Ministério da Cultura e Zurich Santander, com patrocínio master de EMS, patrocínio de Santander Brasil e Return.


Ficha técnica
Musical "Cabaret"

CRIATIVOS
Libreto: José Masteroff
Música: John Kander
Letras: Fred Ebb
Baseado na peça de teatro de John Van Druten e Christopher Isherwood
Versão: Mariana Elisabetsky
Direção geral, cenário e figurinos: Kleber Montanheiro
Direção musical: Fernanda Maia
Coreografia: Barbara Guerra
Preparação de elenco: Erica Montanheiro
Diretor musical assistente e preparador vocal: Rafa Miranda
Diretora assistente e diretora residente: Daniela Stirbulov
Diretora assistente: Ana Elisa Mattos
Dance captain: Tiago Dias
Produção de elenco: Daniela Cury
Designer de luz: Gabriele Souza
Sound Designers: João Baracho / Fernando Akio Wada
Sound Designers associados e consultoria: Beatriz Passeti / Zelão Martins / Guilherme Ramos
Visagismo: Louise Helène
Figurinista assistente, gerência de ateliês e chefe de camarim: Marcos Valadão
Assistente de figurinos: Thaís Boneville
Pintura artística de cenário e figurino: Victor Grizzo
Perucaria: Malonna
Criação de bonecos: Dante
Direção cenotécnica: Evas Carretero
Cenotécnicos: Isaac Tibúrcio e Alício Silva
Production Stage Manager: Rafael Reis
Stage Manager: Juliana Imperial
Stage Managers Assistentes: JV Costa e Wallace Félix

ELENCO
Fabi Bang - Sally Bowles
Ícaro Silva - Clifford Bradshaw
André Torquato - Emcee
Anna Toledo -  Fräulein Schneider
Bruno Sigrist - Ernst Ludwig
Eduardo Leão - Herr Schultz
Carla Vazquez - Fräulein Kost
Maria Clara Manesco - Ensemble e cover de Sally Bowles
Marisol Marcondes - Ensemble e segunda cover de Sally Bowles
Hipólyto - Victor, Ensemble  e cover de Clifford Bradshaw
Alvinho de Pádua - Ensemble e cover de Emcee
Ana Araújo - Ensemble e cover de Fräulein Schneider
Moira Osório - Ensemble e cover de Fräulein Kost
Daniel Caldini - Bobby, Ensemble e cover de Ernst Ludwig
Gabriel Malo - Marinheiro 01 e Ensemble
Bruno Albuquerque - Marinheiro 03 e Ensemble
Larissa Noel - Ensemble
Mari Saraiva - Ensemble
Tiago Dias - Marinheiro 02 e Ensemble 

PRODUÇÃO
Direção de produção:Marilia Toledo
Coordenação de produção: Patrícia Figueiredo
Produção: Camila Sartorelli, Eddye Vieira e Jota Rafaelli
Produtores associados: Kleber Montanheiro, Marília Toledo e Erica Montanheiro
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Idealização do projeto: Kleber Montanheiro e Erica Montanheiro
Produtora associada: Domínio Público Produções
Idealização: Da Revista Arte e Entretenimento
Realização: Lolita & La Grange Produções Artísticas

Serviço
Espetáculo "Cabaret"
Temporada: 8 de março a 12 de maio de 2024.
Sessões: sextas-feiras às 20h30; aos sábados às 15h e 20h30; e aos domingos às 15h e 19h30.
Duração do espetáculo: 2h45 (com 15 minutos de intervalo)
Local: 033 Rooftop
Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041 - Vila Olímpia/São Paulo
Capacidade: 342 lugares

Setores e preços: 
Mesa: R$ 300,00
Camarote: R$ 250,00
Mesa bistrô: R$ 200,00
Preço popular: R$ 39,60
Vendas online em: https://bileto.sympla.com.br/event/89608 (com taxa de conveniência)
Classificação indicativa: 14 anos
** Clientes Santander têm 30% de desconto no valor do ingresso, mediante compra com o cartão do Banco.


CANAIS DE VENDAS OFICIAIS
Sem taxa de serviço
Bilheteria do Teatro Santander - Todos os dias, das 12h às 18h. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação. A bilheteria do Teatro Santander possui um toten de autoatendimento para compras de ingressos sem taxa de conveniência 24h por dia.
Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041.

Internet (com taxa de conveniência):
https://site.bileto.sympla.com.br/teatrosantander
Formas de pagamento: dinheiro, Cartão de débito e Cartão de crédito.

Meia entrada:
ATENÇÃO - Para Pontos de Venda e Bilheterias é necessária a comprovação do direito ao benefício da 1/2 entrada no ato da compra e no acesso ao evento. Para vendas pela Internet e Telefone é necessária a comprovação do direito ao benefício da 1/2 entrada no acesso ao evento. Caso o benefício não seja comprovado, o portador deverá complementar o valor do ingresso adquirido para o valor do ingresso integral, caso contrário o acesso ao evento não será permitido.

CRIANÇAS: Crianças de 02 a 12 anos pagam Meia-Entrada

ESTUDANTES - Lei Federal 12.933/13, Decreto Federal 8.537/15 e Medida Cautelar Provisória concedida pelo STF em 29/12/2015 – Carteira de Identificação Estudantil (CIE), emitida pela ANPG, UNE, Ubes, entidades estaduais e municipais, Diretórios Centrais dos Estudantes, Centros e Diretórios Acadêmicos, conforme modelo único nacionalmente padronizado. Os elementos indispensáveis da CIE são: I  nome completo e data de nascimento do estudante; II  foto recente do estudante; III  nome da instituição de ensino na qual o estudante esteja matriculado; IV  grau de escolaridade; e V  data de validade até o dia 31 de março do ano subsequente ao de sua expedição.

IDOSOS (PESSOAS COM MAIS DE 60 ANOS) - Lei Federal 10.741/03 e Decreto Federal 8.537/15 – Documento de identidade oficial com foto. 

JOVENS PERTENCENTES A FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA, COM IDADES DE 15 A 29 ANOS - Lei Federal 12.933/13 e Decreto Federal 8.537/15 - Carteira de Identidade Jovem que será emitida pela Secretaria Nacional de Juventude a partir de 31 de março de 2016, acompanhada de documento de identidade oficial com foto. 

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E ACOMPANHANTE QUANDO NECESSÁRIO - Lei Federal 12.933/13 e Decreto Federal 8.537/15 - Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social  INSS que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013. No momento de apresentação, esses documentos deverão estar acompanhados de documento de identidade oficial com foto. 

DIRETORES, COORDENADORES PEDAGÓGICOS, SUPERVISORES E TITULARES DE CARGOS DO QUADRO DE APOIO DAS ESCOLAS DAS REDES ESTADUAL E MUNICIPAIS - Lei Estadual n° 15.298/14 - Carteira funcional emitida pela Secretaria de Educação de São Paulo ou holerite acompanhado de documento oficial com foto. 

PROFESSORES DA REDE PÚBLICA ESTADUAL E DAS REDES MUNICIPAIS DE ENSINO - Lei Estadual n° 14.729/12  Carteira funcional emitida pela Secretaria da Educação de São Paulo ou holerite acompanhado de documento oficial com foto.

sexta-feira, 1 de março de 2024

.: "Estudo para Fantasmas", de Henrik Ibsen, no Teatro Sérgio Cardoso


O Teatro Sérgio Cardoso, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, recebe curta temporada da peça "Estudo para Fantasmas", de Henrik Ibsen, da companhia Cia. do NIT – Núcleo de Imersão Teatral, com direção de Sérgio Ferrara. A montagem da marcante obra de Ibsen aborda questões polêmicas e escandalosas para a época em que foi escrita (1881). A estreia está marcada para o dia 16 de março, sábado, às 18h. 

Sérgio Ferrara – renomado diretor que recebeu o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de melhor diretor pelo espetáculo "Pobre Super-Homem" de Brad Fraser e que já trouxe a peça "Genet: o Poeta Ladrão" ao Teatro Sérgio Cardoso em 2014. "Estudo para Fantasmas" é a primeira obra da CIA. do NIT – Núcleo de Imersão Teatral criada em 2022. 

Após anos dedicados à direção teatral, Ferrara decidiu criar o NIT (Núcleo de Imersão Teatral) para promover, a partir de encontros, o compartilhamento de vivências e saberes entre atores e diretores de teatro, abordando assuntos diversos como artes plásticas, filosofia e psicologia. O NIT é o espaço do diretor dedicado a abrir novos caminhos para um futuro mais inclusivo e democrático na arte. A partir do projeto, Sérgio Ferrara cria a Cia. do NIT - Núcleo de Imersão Teatral. 

Sérgio Ferrara traz no currículo algumas obras de Henrik Ibsen. Em 2006, quando se comemorou o centenário de Ibsen no Brasil, foi convidado pela embaixada real da Noruega para participar das homenagens, dirigindo a leitura do texto Inimigo do Povo no Sesc Consolação. No ano de 2007, dirigiu a montagem de Inimigo do Povo que estreou no Sesc Ipiranga. Depois cumpriu a viagem teatral do Sesi por 11 cidades do interior de São Paulo e retornou a São Paulo em duas temporadas: no teatro Ruth Escobar e no Tuca.


Inspirado pelo estilo da dramaturgia ibseniana, deu continuidade à sua pesquisa sobre sua obra, levando ao público, em 2008, um texto nunca encenado nem traduzido no Brasil: Imperador e Galileu, que falava sobre a apostasia do imperador romano Juliano, do momento em que Ibsen viveu na Itália. Com a colaboração do ator Caco Ciocler, estrearam no Sesc Santana e depois viajaram para o festival de teatro de Porto Alegre e retornaram à temporada em São Paulo no teatro Imprensa. Em 2012, trabalha com um texto da fase simbolista, A Dama do Mar. Élida, a personagem central dessa obra,  possui o mesmo perfil da personagem Nora de Casa de Bonecas, ou de Hedda Gabler. 

A peça teatral "Estudo para Fantasmas" é muito importante para Ferrara, pois há muito tempo ele vem se dedicando ao estudo e pesquisa de Ibsen, que é considerado o pai do realismo no teatro moderno. Ibsen, conhecido como o "poeta do mal-estar da civilização", desafiou as normas sociais de sua época ao expor as contradições e dilemas do novo sujeito da modernidade. Ele percebeu, claramente, os obstáculos que a civilização impõe ao livre desenvolvimento humano, enquanto, ao mesmo tempo, reconheceu a necessidade dessa busca por uma vida plena. 

Na peça "Estudo para Fantasmas" encontramos as personagens em constante estado de angústia, muito característico desse novo sujeito da modernidade, dividido entre a racionalidade social e a subjetividade do sujeito, em busca ininterrupta por uma forma de abarcar a si mesmo, de modo a admitir essa oposição. Essa peça fala sobre as convenções da moral religioso versus a ética do desejo, revelando a tragédia da personagem Helena Alving, que, ao final da trama, enfrenta a solidão e a angústia, confrontando as renúncias e traições de uma vida dedicada à felicidade alheia.


Ficha técnica
Espetáculo "Estudo para Fantasmas", de Henrik Ibsen
Direção: Sérgio Ferrara
Assistência de Direção: Raisa Suliani
Elenco: Clau Carvalho, Josuel Luna, André Pottes, Gabriel Mello, Acsa Giunco e Maria Andrade.
Figurinos: Felipe Carrasco
Cenário: Sérgio Ferrara
Assistentes: Andrey Reis e Fernanda Barroso
Apoio: Desembuxa Entretenimento
Iluminação: Beto Martins
Fotografia: Hegon Moreira
Preparadora Vocal: Nadia Vilela
Direção de Produção: Josuel Luna
Tradução de Texto: Cia. do NIT - Núcleo de Imersão Teatral
Realização: Cia. do NIT - Núcleo de Imersão Teatral 

Serviço
Espetáculo "Estudo para Fantasmas".
Temporada: de 16 de março a 28 de abril de 2024, aos sábados e domingos, às 18h
Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)| Sympla
Local: Teatro Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno | R. Rui Barbosa, 153 - Bela Vista, São Paulo
Classificação: 16 anos
Duração: 80 minutos
Capacidade: 143 lugares + 6 espaços de cadeirantes

.: Espetáculo “Hebe, Uma Revista Musical” estreia em São Paulo


Tributo oficial à Rainha da Televisão Brasileira faz temporada na capital paulista de março a maio no Teatro Mooca


No próximo dia 8 de março, sexta-feira, o Teatro Mooca se tornará palco para uma celebração única da vida e do legado de uma das mais icônicas figuras da televisão brasileira: Hebe Camargo. Com a estreia de "Hebe, Uma Revista Musical", o público terá a oportunidade de mergulhar nos momentos marcantes da trajetória dessa inesquecível apresentadora, cantora e mulher extraordinária.

Idealizado por Marcello Camargo, filho de Hebe, e sob a direção de Allan Oliver, roteirista, diretor e produtor indicado pela revista "Forbes Under 30", o espetáculo promete transportar os espectadores para os momentos mais memoráveis dos programas de Hebe, incluindo suas entrevistas marcantes no "Roda Viva", além de oferecer um vislumbre de sua vida pessoal. A atriz Fefa Moreira assume o papel de Hebe Camargo na fase adulta, trazendo à vida a essência cativante e o carisma inigualável da comunicadora. Além disso, o espetáculo conta com a participação de outros artistas renomados, como Fábio Júnior, Angélica e Rita Lee.

O espetáculo não apenas presta uma homenagem à vida pública de Hebe, mas também celebra sua personalidade única e estilo inconfundível. O figurino, composto por peças originais do acervo pessoal da apresentadora, é um testemunho tangível de sua elegância atemporal. Réplicas dos sapatos exclusivos feitos para Hebe foram confeccionadas pelo renomado designer de calçados Fernando Pires, enquanto o estilista de alta costura Ruy do Anjos recriou os icônicos vestidos usados por Hebe, incluindo peças inspiradas no calçadão de Copacabana e no vestido de estreia de seu programa no SBT, hoje pertencente ao acervo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP. Réplicas das jóias usadas por Hebe também foram cuidadosamente recriadas para a produção, e as perucas utilizadas no espetáculo são criações do renomado peruqueiro André Goi, garantindo que cada detalhe contribua para capturar a essência única de Hebe Camargo.

Destinado àqueles que acompanharam os programas da apresentadora ao longo dos anos, "Hebe, Uma Revista Musical" é um espetáculo inédito, que homenageia o legado desta verdadeira rainha da televisão brasileira e promete uma experiência emocionante e envolvente. "Estou muito ansioso, pois esse projeto é muito importante para todos nós, uma forma de levar o acervo Hebe até as pessoas de outras cidades. A estreia do musical não poderia ser em outra data, se não, 8 de março, que é o dia Internacional da Mulher e o aniversário da minha mãe", conclui Marcello Camargo, filho único da apresentadora. 


Serviço:
Espetáculo "Hebe, Uma Revista Musical".
Data: de 7 de março a 31 de maio de 2024, todas as quintas, sextas e sábados.
Horário: às 21h00.
Local: Teatro Mooca - Mooca Plaza Shopping. Rua Capitão Pacheco e Chaves, 313 - Piso L2, Vila Prudente;
Ingressos: à venda através da Sympla e Sampa Ingressos:
Quintas-feiras - R$ 110 (plateia) e R$ 90 (balcão);
Sextas e Sábados - R$ 130 (plateia) e R$ 110 (balcão)
Classificação indicativa: 12 anos
Crédito fotografia: Helena Mello

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

.: "Marilyn, por Trás do Espelho" estreia em SP e revela face desconhecida


Peça investiga uma Marilyn Monroe menos conhecida, para além do glamour que a eternizou. Temporada vai de 15 de março a 7 de abril na sala Multiuso do Teatro Arthur Azevedo. Fotos: Andrea Rocha/ZBR e Roberto Cardoso

Um “petit comité”, na casa de um executivo do cinema, em Nova Iorque, esperava o presidente John F. Kennedy, a atriz Marilyn Monroe e um grupo seleto de convidados, depois do evento de arrecadação de fundos para o Partido Democrata, no Madison Square Garden, em 19 de maio de 1962. O célebre “parabéns a você”, cantado pela atriz para celebrar o aniversário do presidente americano, foi um dos pontos altos de sua carreira, e sua última aparição pública. Curiosidade sobre essa noite e outras revelações sobre a faceta menos conhecida da loira de “O Pecado Mora ao Lado” estão na pesquisa da atriz Anna Sant’Ana para montar o espetáculo “Marilyn, por trás do Espelho” que estreia em São Paulo no dia 15 de março, às 20h, na Sala Multiuso do Teatro Arthur Azevedo, na Mooca. A peça tem dramaturgia de Daniel Dias da Silva, encenação da diretora portuguesa Ana Isabel Augusto e supervisão cênica de Roberto Bomtempo.

Idealizadora do espetáculo, Anna já realizou três temporadas da peça no Rio de Janeiro, quando ganhou o Prêmio Cenym 2022 de melhor monólogo e melhor texto original. A direção é de Ana Isabel Augusto, encenadora portuguesa com mais de 25 anos de experiência, diretora-fundadora do grupo de teatro do ISCTE-IUL, de Lisboa, em atividade há mais de 20 anos, que vem ao Brasil especialmente para dirigir a montagem. 

Por meio da história de Marilyn Monroe, estrela mundial do cinema e mulher-ícone do século 20, Marilyn, por trás do Espelho convida a uma reflexão sobre solidão, depressão e o papel da mulher, temas atuais e urgentes no mundo contemporâneo. A peça investiga uma Marilyn menos conhecida, para além do glamour que a eternizou. A mulher por trás do espelho com que muitas mulheres - e por que não homens - se identificam. Os medos, a solidão, o desejo de ser mãe, a luta pelo reconhecimento na carreira, o abandono, os relacionamentos que não deram certo, a baixa autoestima, temas universais que se conectam com o público. Entre os filmes e os momentos relembrados no espetáculo estão o “Happy Birthday” para o presidente John Kennedy, a famosa cena do vestido levantando no filme “O pecado mora ao lado” e a música “Diamonds are a girl´s best friend”, gravada por diversas cantoras, entre elas Madonna.


Longa pesquisa
O trabalho foi concebido a partir de longa pesquisa de Anna Sant’Ana em livros, filmes e reportagens sobre a vida de Marilyn, iniciada em 2010. “O que me apaixona neste projeto é a possibilidade de ver refletidas em nós tantas questões que fizeram parte da vida de um dos maiores ícones da nossa geração. Com um foco marcado no que significou - e ainda significa - ser mulher. Ser mulher com as complexidades e sonhos e expectativas que nos atravessam e puxam em todas as direções, deixando-nos tantas vezes com a sensação de frustração e falha. ‘Marilyn atrás do espelho’ é uma viagem ao interior desta personagem criada por Norma Jean nos seus maiores momentos de fragilidade. Uma incursão que obriga a questionar se ser Marilyn não são todas essas escolhas que me deixam a mim, e a ti, e a todos nós, a fabricar uma persona que não passa de um eco do que verdadeiramente somos”, diz a diretora, Ana Isabel Augusto.

“Eu comecei uma pesquisa em 2012 sobre a Marilyn Monroe, por conta de dois espetáculos seguidos que fiz e que tive que estudar cenas dela. Comecei a achar que era muita coincidência, e aquilo me fez desejar fazer uma pesquisa mais aprofundada. Desde então venho estudando sua vida e o que aconteceu principalmente nos seus últimos anos. Eu percebi que atrás de uma artista tão controversa, considerada símbolo de glamour e sensualidade, havia uma mulher como qualquer uma de nós, com desejos, medos, frustrações, inseguranças e principalmente uma solidão que a acompanhava. Acredito que as coisas acontecem no momento certo, e 10 anos depois aqui estamos nós contando essa história, e cumprindo nosso papel como artistas de proporcionar uma identificação do público com o teatro. Eu espero que esse trabalho toque tanto as pessoas quanto ele me toca e elas possam sair transformadas com essa história”, endossa a atriz e idealizadora do projeto, Anna Sant’Ana.

“Escrever sobre Marilyn Monroe é um enorme desafio para qualquer autor: uma personagem repleta de camadas e de facetas, suscetível a inúmeras possibilidades de recortes e ângulos. Da menina pobre, com suas histórias de abandono e lares adotivos que alcançou o estrelato até a mulher de personalidade forte e determinada, que buscava incansavelmente ser reconhecida pelo seu talento em um mundo essencialmente masculino, que insistia em vê-la pelo filtro da beleza e da sua sexualidade”, afirma o dramaturgo Daniel Dias de Silva.


Cenário,  figurino e trilha sonora
Para a criação do cenário, Natália Lana inspirou-se em uma foto do quarto de Marilyn, onde se identificam um certo glamour e o princípio de um caos, com a cama desfeita e objetos pelo chão. A escolha dos mobiliários foi uma solicitação da direção. Foram criados ambientes com recamier, cadeira, banqueta e cabideiro. Os figurinos de Joana Seibel foram pensados a partir dos modelos originais usados por Marilyn em seus filmes. Todos foram reproduzidos o mais fiel possível aos originais. As cores eram muito importantes e ajudam a contar a história. 

A atriz começa a peça de body e vai se montando conforme a narrativa se desenrola. Sobre a caracterização, foi realizado um estudo sobre o rosto e a maquiagem de Marilyn, e passado passo a passo, para que a atriz pudesse fazer sua própria maquiagem, baseada nesse estudo. Tibor Fittel concebeu a trilha ao lada da diretora, trocando ideias sobre a estrutura do texto, com a música caminhando junto. Algumas músicas são originais, compostas especialmente para o espetáculo, como O piano da minha infância, o fio condutor para o músico escrever o restante da trilha. Outras são originais da época e bem conhecidas do público como "New York, New York" e "My Way", ambas interpretadas por Frank Sinatra e "I´m Throught With Love", "Diamonds are a Girl´s Best Friend" e "I want be Loved by You", interpretadas por Marilyn.


60 anos sem Marilyn
No dia 4 de Agosto, quando a peça estreou no Sesc Tijuca, Rio de Janeiro, completaram exatos 60 anos sem Marilyn Monroe. A efeméride movimentou segmentos variados, que deram origem a reportagens, documentários, séries e filmes no streaming, peças teatrais, livros, exposições e até mesmo leilões - num leilão da Christie’s, seu portrait, feito por Andy Warhol em 1962, tornou-se a peça mais cara do século 20, ultrapassando nomes como Picasso.

Nascida Norma Jeane Mortenson em 1º de junho de 1926, Los Angeles, Marilyn Monroe tornou-se uma das maiores estrelas de cinema de Hollywood e um dos maiores símbolos sexuais do século 20, imortalizada pelos cabelos loiros e curvas generosas. Apesar de sua carreira ter durado somente uma década, seus filmes arrecadaram mais de duzentos milhões de dólares até sua morte inesperada em 1962, aos 36 anos. Seis décadas após seu falecimento, continua sendo considerada um dos maiores ícones da cultura popular.

Marilyn passou a maior parte de sua infância em lares adotivos e num orfanato, e se casou pela primeira vez aos 16 anos. Nos anos 1940, trabalhou numa companhia de aviação que fabricava drones na Segunda Guerra Mundial, quando foi descoberta por um fotógrafo da First Motion Picture Unit e iniciou uma carreira como modelo pin-up.

No início dos anos 50 já era uma das estrelas mais bem-sucedidas de Hollywood. O filme O Pecado Mora ao Lado (1955) foi um dos maiores sucessos de bilheteria de sua carreira. Marilyn fundou sua própria empresa de produção cinematográfica, a Marilyn Monroe Productions (MMP). Buscando aprimorar seu desempenho como atriz, dedicou-se aos estudos no famoso Actors Studio de Nova York. 

Depois de seu desempenho ser aclamado pela crítica em "Nunca Fui Santa" (1956), e de ter atuado na primeira produção independente de MMP, The Prince and the Showgirl (1957), ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz por Some Like It Hot (1959). Seu último filme completo foi o drama "The Misfits" (1961). A conturbada vida particular de Marilyn Monroe sempre despertou interesse. Durante a carreira, lutou contra o vício, a depressão e a ansiedade. Além disso, teve dois casamentos midiáticos - com o jogador de beisebol Joe DiMaggio e com o dramaturgo Arthur Miller, ambos terminados em divórcio. A atriz também provocou controvérsia por ter sido cogitada como amante do então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, apesar de nada ter sido provado. Morreu aos 36 anos de uma overdose de barbitúricos na sua casa, em Los Angeles, no dia 4 de agosto de 1962.

 

Ficha técnica
Espetáculo "Marilyn, por Trás do Espelho". Idealização, Atuação e Argumento: Anna Sant’Ana. Dramaturgia: Daniel Dias da Silva. Direção: Ana Isabel Augusto. Supervisão de Direção: Roberto Bomtempo. Assistente de Direção: Letícia Reis. Iluminação: Renato Machado. Trilha Sonora: Tibor Fittel. Figurinos e Caracterização: Joana Seibel. Cenário: Natália Lana. Direção de Movimento: Sueli Guerra. Preparação Vocal: Rose Gonçalves. Design Gráfico: Guilherme Lopes Moura. Fotos: Andrea Rocha/ZBR e Roberto Cardoso. Filmagem e Edição de Videos: Alyrio Tkaczenko. Visagismo: Camila Pio e Fernanda Pio. Costureiras: Nice Tramontin. Cenotécnico: André Salles e Equipe. Fisioterapeuta: Alessandro Costa. Preparação Física: Gustavo Bassan. Operação de Som: Tiago Abreu. Operação de Luz: Kadu Moura. Contra-regra/Camarim: James Simão. Direção de Produção: Anna Sant’Ana. Produção Local: Fábio Câmara / Lugibi Produções. Realização: Sant’Ana Produções & Artes.


Serviço
Espetáculo "Marilyn, por Trás do Espelho". Estreia: 15 de março, sexta-feira, às 20h. Temporada: de 15 de março a 7 de abril | Sexta e sábado às 20h e domingo às 18h. Duração: 90 min. Classificação Indicativa: 14 anos. Local: Teatro Municipal Arthur Azevedo – Sala Multiuso.  Av. Paes de Barros, 955, Mooca – 03115-020 | fone 2604-5558. Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).

.: Solo "Azira’i", com a atriz indígena Zahy Tentehar, estreia no Sesc Ipiranga


Dirigido por Denise Stutz e Duda Rios e produzido pela Sarau Cultura Brasileira, espetáculo autobiográfico foi criado a partir de memórias e vivências da atriz com sua mãe, a primeira mulher pajé de sua reserva indígena. Foto: Leo Aversa


Depois de estrear na capital carioca em 2023, o bem-sucedido espetáculo "Azira’i", escrito por Zahy Tentehar e Duda Rios e interpretado por Zahy, chega a São Paulo para uma temporada no Sesc Ipiranga, de 8 a 31 de março, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00. O trabalho, dirigido por Denise Stutz e Duda Rios e produzido pela Sarau Cultura Brasileira, foi indicado ao Prêmio Shell 2023 em quatro categorias – atriz, dramaturgia, cenário e iluminação. E no Prêmio APTR nas categorias - espetáculo, direção, iluminação e jovem talento – atriz.

O solo autobiográfico trata da relação entre Zahy e sua mãe, Azira'i, a primeira mulher pajé da reserva indígena de Cana Brava, no Maranhão, onde ambas nasceram. Azira'i foi uma mulher muito sábia e herdeira de saberes ancestrais, com vasto conhecimento sobre o mundo espiritual. Como pajé suprema, ela usava três ferramentas tecnológicas para curar: as plantas, a mão e o canto. Ao gerar e criar a filha nesta mesma aldeia, deixou para ela seu legado espiritual. 

Ao longo da jornada como artista, Zahy fez do canto uma de suas expressões, que pode ser visto no espetáculo, em que ela canta lamentos ensinados por sua mãe e canções originais compostas por ela com Duda Rios, sob a direção musical de Elísio Freitas, produtor responsável pelo premiado álbum "Nordeste Ficção", de Juliana Linhares, que também divide a autoria de algumas composições com a atriz e o diretor.  

É neste verdadeiro "musical de memórias" que se apresentam Azira'i e Zahy, mãe e filha, mulheres nucleares, distintas, diversas e espelhadas: “Sou a filha caçula da minha mãe. A nossa relação, como muitas de nossos brasis, foi diversa: cheia de semelhanças e diferenças, com muitos afetos e composições importantes para nossa trajetória. A presença de minha mãe é tão viva, que a nossa relação se faz continuamente importante. Quando pensei em trazê-la ao teatro, não foi para falar apenas dos meus sentimentos, foi para dialogarmos com nossos reflexos enquanto sujeitos coletivos. Gosto de nos ver, humanos, como espelhos, pois nossas histórias se entrelaçam e se compõem”, analisa Zahy. 

Azira'i faleceu em 2021, ao longo do processo de criação da montagem, que começa em 2019, quando Zahy e Duda Rios se conhecem no elenco da montagem de "Macunaíma", dirigida por Bia Lessa e encenada pela companhia Barca dos Corações Partidos, também um projeto da Sarau. Nas conversas de camarim, Duda se surpreendia com o que Zahy contava – ela mesma se define como uma contadora de histórias – e surgiu ali mesmo a semente de criar um espetáculo a partir daquela vivência em um contexto tão próximo, mas também tão distante. 

Duda formatou a dramaturgia junto com a atriz, em uma estrutura narrativa que percorre a história por diversos pontos de vista, como os da própria Zahy, mas também o de sua mãe e de uma narradora. No último ano, Denise Stutz se juntou à dupla de amigos criadores e a encenação propriamente dita começou a ganhar uma forma.  

"O nosso maior desafio foi selecionar, entre tantas histórias que ela havia me contado ao longo de quatro anos, quais iriam compor a dramaturgia da peça. Às vezes queremos abordar muitas coisas num espetáculo e terminamos perdendo o fio da meada. Mas se temos um eixo narrativo claro, a chance do público se envolver é maior. Nesse aspecto, a chegada de Denise foi fundamental, pois ela entrou no projeto pouco antes do início dos ensaios, com um olhar fresco que nos ajudou a identificar o que era essencial pra nossa narrativa", conta Duda Rios. 

Zahy, Denise e Duda conceberam então um espetáculo focado na performance, com apenas uma cadeira e uma cortina de corda crua como elementos de cena, além das projeções do multiartista Batman Zavareze (direção de arte e design gráfico), cenografia de Mariana Villas-bôas, os figurinos de Carol Lobato e a iluminação de Ana Luzia Molinari de Simoni. 

“Fui conhecendo as memórias de Zahy durante os meses de ensaio e fui me impressionando a cada dia pela potência das histórias de vida que ela contava e das narrativas sobre a mãe.  Quando recebi o convite do Duda para me juntar a ele na direção desta montagem, tivemos conversas quase infinitas e o trabalho não faria sentido se a gente não escutasse primeiro os desejos de Zahy , afinal, é a história dela e são muitas memórias junto com sua mãe. A partir dessa escuta e dos textos que ela e Duda escreviam começamos a tecer esse musical de memórias. O mundo da Zahy está no seu corpo, no seu canto, na sua presença, nas suas histórias, no que é único nela e que é também o outro”, reflete Denise Stutz. 

"Azira'i" nasce ainda do desejo que Zahy tinha de contar as suas histórias reais, mas mostrando uma visão absolutamente não romantizada dos povos indígenas. “Uma história que é minha, mas também é a verdade de muitos brasis. É muito libertador poder falar do ser indígena de uma forma mais humanizada, sem estereótipos ou políticas. Quero poder contar a história de uma pessoa, como outras, que saiu de sua reserva, foi para a cidade, aprendeu uma outra língua e teve uma relação intensa com a mãe”, reflete a atriz. 

No palco, ela alterna cenas em português e em Ze’eng eté, trazendo para o centro da cena o debate sobre os processos de aculturamento aos quais sua mãe foi submetida. Neste momento em que o país tem pela primeira vez um Ministério dos Povos Originários, a realização de um espetáculo como Azira'i ganha ainda um contorno mais especial. 

“Não por acaso, estamos realizando alguns projetos em que pensamos o Brasil a partir do que veio antes da chamada História Oficial. Ao falar de biografias que foram atravessadas e violentadas pela colonização, pensamos também no país que somos e projetamos o futuro que queremos”, celebra Andréa Alves, da Sarau Cultura Brasileira, que recentemente foi responsável pelas montagens de "Museu Nacional (Todas as Vozes do Fogo)" e "Viva o Povo Brasileiro (De Naê a Dafé)", trabalhos marcados por um acerto de contas com a turbulenta biografia do País nos últimos séculos. 


Ficha técnica
Solo "Azira’i".
Um solo de Zahy Tentehar.
Dramaturgia: Zahy Tentehar e Duda Rios.
Direção: Denise Stutz e Duda Rios.
Direção de arte e design gráfico: Batman Zavareze.
Cenografia: Mariana Villas-Bôas.
Figurinos: Carol Lobato.
Iluminação: Ana Luzia Molinari de Simoni.
Trilha sonora: Elísio Freitas.
Design de som: Gabriel D`angelo.
Direção de Produção e Produção Artística: Andréa Alves e Leila Maria Moreno.
Coordenação de Produção: Rafael Lydio.
Produção: Sarau Cultura Brasileira.  

Serviço
Solo "Azira’i".
Temporada: de 8 a 31 de março.
Às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00.
Sessões extras: dias 23 e 30, sessões às 15h00 e 20h00.
Dia 22 de março, sexta-feira, às 20h00, a sessão contará com intérprete de libras.
Sesc Ipiranga – Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga, São Paulo.
Ingressos: R$ 50,00 (inteira), R$ 25,00 (meia-entrada) e R$ 15,00 (credencial plena).
Vendas on-line em sescsp.org.br e presencialmente nas unidades, às 17h00
Capacidade: 200 lugares.
Classificação: 12 anos.
Duração: 80 minutos.
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.