segunda-feira, 9 de novembro de 2020

.: A coparticipação no frete: como é vender no Enjoei? Entenda!

Por Mary Ellen Farias dos Santos

Vender na internet não é tão fácil quanto se vê nos anúncios televisivos. Incentivo para que as pessoas passem a negociar por lá? Sim! Quando o assunto é item usado também não é simples. Vendi muito, muito mesmo na época do Orkut. Foto, depósito em conta e envio pelos Correios. Simples!

Quantas Barbies comprei apenas para ficar com as roupas e acessórios e revendia nua... Era muito fácil! Com o fim do Orkut e a migração para o Facebook, mesmo com a página O Sebinho, para as vendas, o ritmo esfriou. Ok! Não sou fã dessa rede social!

Eis que para fazer frente ao famoso Mercado Livre surgiu o Enjoei, plataforma de vendas para produtos novos e usados. Caso você não consiga vender pelo amarelinho, o jeito é correr para o Enjoei. Será? Afinal, a forma de ter retorno financeiro de um, não se aplica ao outro.

Ao vender seu produto no Enjoei, o vendedor paga ao site comissão e taxas, ainda de acordo com o valor cobrado no produto, o vendedor entra na obrigatoriedade da coparticipação no frete. Segundo o próprio Enjoei, essa é uma forma de convencer o comprador a finalizar a negociação. "Na coparticipação de frete, que é aplicada automaticamente no frete por peso, o custo de algumas entregas é divido em três partes: entre o vendedor, o comprador e o Enjoei." 

Conforme explica o próprio Enjoei, "em pedidos com valor entre R$ 30 e R$ 149, o vendedor participa com R$ 5 e o Enjoei com o restante. Já em pedidos com valor acima de R$ 150, o vendedor contribui com R$ 10 e o Enjoei com o resto. Em pedidos com valor abaixo de R$ 30, não há coparticipação e o custo do frete fica por conta total do comprador." Ao vendedor não cabe tal escolha na coparticipação no frete, é obrigatório. 

Segue aqui um exemplo de um item anunciado a R$ 40,00. Um interessado ofereceu R$ 30,00 pelo produto, tendo sido a proposta aceita. Eis que o valor a receber pela venda foi de R$ 16,54, bem distante dos R$ 30,00 da proposta aceita. Por quê? Na conta de subtração do Enjoei foram descontados R$ 5,00 como coparticipação no frete -por conta do valor de R$ 30,00-, além de R$ 1,01 para garantir o seguro de frete, selecionados pelo vendedor, ao montar o anúncio da venda, além da comissão e taxas do Enjoei de R$ 7,45. 

Logo, para o vendedor, o Enjoei é uma plataforma que facilita a tirar de casa o que está encostado e levar alguns trocadinhos por isso ou elevar o valor, para receber o valor justo, porém sem chances de vendas. O jeito é tentar vender e receber um valor simbólico ou doar diretamente. Aí cabe o gosto do freguês!


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm



domingo, 8 de novembro de 2020

.: Conhecimento: curso para aprender a desenhar com Mayara Rodrigues

Com um curso de método simples, a ilustradora Mayara Rodrigues ensina aspirantes a desenhistas a alcançar ótimos resultados. Imagem: instagram.com/mayara_scarlet


Fazer arte” pode parecer algo complicado ou destinado a pessoas que possuem o ‘dom’ de desenhar, mas na verdade a prática é muito mais importante para o desempenho nessa atividade. A aptidão para a ilustração acontece a partir do momento em que existe interesse, e disposição, para tentar e aprender técnicas que ajudam no processo.

Pensando nisso, há alguns anos a desenhista Mayara Rodrigues iniciou o curso Método FanArt, utilizando uma metodologia mais simples para as pessoas que têm interesse e gostariam de fazer ilustrações, seja com objetivos profissionais ou como um hobby. “Em alguns lugares, o acesso à arte e a cursos ou materiais relacionados ao tema é limitado. Hoje, com a internet, é possível alcançar as pessoas que realmente querem um conteúdo simples, mas completo sobre como fazer arte”, relata.

Além da dificuldade em encontrar o material apropriado para o aprendizado, algumas pessoas podem sentir uma grande desmotivação em seguir esse caminho por conta da dita falta de talento ou dom para a arte. No entanto, com algumas horas do curso Método FanArt é possível entender um pouco mais e começar a prática das atividades, como relata Matheus Pinheiro, um dos alunos da Mayara.  “Desde sempre, tive interesse em ser ilustrador, mas não nasci com essa competência, então segui em frente, mas em 2014 resolvi dar uma chance e comecei a procurar material para aprender, inclusive foi quando comecei a acompanhar o trabalho da Mayara. Mas foi em 2017 que eu iniciei no Método FanArt, ainda no 1.0, e foi o  que me proporcionou a base que eu precisava para chegar no nível que almejava. Hoje, com a pandemia, eu tenho mais tempo para desenhar e conhecer técnicas”, conta Matheus.

Atualmente, com a quarentena e mais tempo em casa, realmente é um momento mais propício para colocar em ação algum hobby oculto e aprender coisas novas, ainda que sejam simples. Umas das principais preocupações de Mayara para a criação do Método FanArt foi justamente em relação a praticidade do aprendizado, que, na opinião dela, não deve ser algo complicado. “O comprometimento com a arte e o desenvolvimento leva tempo, mas não deve ser algo que as pessoas precisam ter medo ou receio, porque aprender algo novo pode ser difícil, mas com a dedicação é possível alcançar ótimos resultados”, ela ressalta.

Outra vantagem de procurar uma atividade como o desenho nesse período é aplicação dela como uma maneira de evitar o estresse, que pode estar ainda mais presente por conta da pandemia. “A arte é libertadora, ajuda muito a se expressar e também traz uma paz. Ficar ali, desenhando tirando um tempo pra você, longe dos problemas do mundo, é confortante”, Matheus finaliza.

Sobre Mayara Rodrigues: Hoje, Mayara possui mais de 100 mil alunos no Brasil e no mundo, e mais de 1 milhão de inscritos no Youtube. Ela descobriu que sua missão é reacender este sonho, que muitas pessoas tinham e torná-lo uma realidade. Depois de anos, Mayara teve a nítida percepção de que métodos tradicionais de ensino causavam frustração e desistência. Foi então que a sua jornada para desenvolver um método realmente inovador e inspirador começou. A professora está focada em sua missão de ajudar mais de 200 mil pessoas até 2025 a realizar este antigo sonho que é aprender a desenhar, mesmo se não nasceu com o "dom de desenhar". Para saber mais, acesse metodofanart.com.br/ ou pelas redes youtube.com/c/MayaraRodriguesDrawings e instagram.com/mayara_scarlet/





.: Diário de uma boneca de plástico: 8 de novembro de 2020

Querido diário,

Nos últimos dias peguei você para escrever, mas... não descobri por onde anda a minha energia! É um cansaço que me domina e quando menos percebo, durmo. E ainda durmo pesado.

Eu até me senti um Sim, personagem do jogo The Sims. Se aquilo fosse real eu estaria no meu limite, na cor laranja beirando a vermelha. Talvez até desmaiasse de cansaço e dormiria pelo caminho, sem ter tempo suficiente de chegar até a minha cama.

É... temos que vencer um leão por dia!! E não é que me lembrei desse dia de visita no Zoológico da Camboriú, Santa Catarina.

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg
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.: Obras de arte do Metrô de São Paulo ganham projeto de conservação

Sem Título, 1978, Alfredo Ceschiatti - Sé | Foto Acervo do Metrô

A partir de novembro, esculturas, murais e painéis, trabalhos de nomes emblemáticos da arte contemporânea brasileira e instalados no Metrô de São Paulo passarão por um minucioso processo de limpeza, conservação e proteção. São 21 obras de artistas como Cláudio Tozzi, Denise Milan, Francisco Brennand, Geraldo de Barros e Gilberto Salvador, criações que hoje trazem marcas ocasionadas pelo tempo e por intempéries diversas. Com patrocínio da Bombril, apoio do ProAC e da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, o projeto é idealizado pelo produtor Eduardo L. Campos e realizado em parceria com o escritório Julio Moraes Conservação e Restauro .

A ação terá início na Estação Clínicas com a conservação da instalação O Ventre da Vida, de Denise Milan e Ary Perez. O processo deve se estender até abril de 2021 e prevê a recuperação de trabalhos instalados nas Estações Trianon-MASP, Santos-Imigrantes e Paraíso com a conservação de quatro obras de arte: as esculturas Passáro Rocca (1990) de Francisco Brennand, Esfera (2009), de Marcos Garrot, O Equilíbrio (1989), de Renato Brunello e o painel O Paraíso (1995), de Betty Millan. Cada trabalho receberá cuidados específicos, feitos de acordo com o estado de preservação, e ao final do processo a obra receberá uma camada protetora, que prolonga o período de proteção, e facilita limpezas futuras.

O cronograma de conservação ainda contempla as obras das Estações Pedro II (Figuras Entrelaçadas, escultura de Antonio Cordeiro), Clínicas (Jogos de dados, painéis de Geraldo de Barros), Vila Madalena (Homenagem a Galileu Galilei II, escultura de Cleber Machado), Santuário Nossa Senhora de Fátima - Sumaré (escultura Sem título, de Caito), Trianon-MASP (a escultura Pássaro Roca, de Francisco Brennand), Paraíso (painel O Paraíso, de Betty Millan, e a escultura Equilíbrio, de Renato Brunello), Jardim São Paulo - Ayrton Senna (Voo de Xangô, escultura de Gilberto Salvador), Tucuruvi (A Semente, escultura de Renato Brunello), Tiradentes (Sem título, escultura de Akinori Nakatani), República (Resíduos e Vestígios - Século XXI - Vitrine / Cápsulas, de Bené Fonteles; - Resíduos e Vestígios - Século XXI - Grande Cocar, de Roberto Mícoli; Resíduos e Vestígios - Século XXI - Luz da Matéria, de Xico Chaves; Resíduos e Vestígios - Século XXI (duas instalações), de Luiz Hermano); e Santos-Imigrantes (Esfera, escultura de Marcos Garrot).

O longo processo de recuperação, com todos os detalhes da ação, será registrado por meio de fotos e vídeos, em um catálogo digital e impresso e ainda no documentário Conservação das Obras de Arte do Metrô. Ambos serão apresentados e distribuídos gratuitamente ao público no término do projeto.

A missão do projeto converge com a cultura da Bombril, que há 72 anos é uma grande aliada dos brasileiros, oferecendo uma linha completa de produtos de higiene e limpeza para casa e para o cuidado com as roupas. O Metrô de São Paulo é uma referência mundial, motivo de orgulho para os paulistanos, e contribuir para conservação das obras de arte ali instaladas é, para Bombril, um modo de valorizar a cultura e memória do Brasil.

"Para além de prolongar a vida destas obras, o projeto chama a atenção para a existência da arte no dia a dia das pessoas que transitam pelo Metrô de São Paulo. O papel da arte e sua relevância para sociedade serão reafirmados no mundo pós-pandemia. Essa ação é um presente que oferecemos à São Paulo", diz Eduardo L. Campos, diretor da Sequoia Produções.

A recuperação das obras de arte de São Paulo corresponde a um projeto recorrente, iniciado em 2018, que já entregou 41 esculturas conservadas. O projeto conservou nove esculturas da Praça da Sé. Entre os destaques, Abertura (1970), escultura em aço de Amilcar de Castro; Emblema de São Paulo (1979), de Rubem Valentim, O Voo, de Caciporé Torres e ainda uma obra de extrema importância para a capital: o Marco Zero da cidade, prisma hexagonal revestido de mármore e bronze, idealizado por Jean Gabriel Villin e Américo Neto e instalado no centro geográfico de São Paulo. Esta última, passou duas vezes pelo processo de conservação por conta de um acidente que ocorreu na Praça antes do aniversário de 465 anos de São Paulo, em 2019

No Parque Trianon, na Avenida Paulista, foram conservadas três emblemáticas esculturas: Fauno (1944), de Victor Brecheret; Anhanguera (1935), de Luís Brizzolara; e Busto de Joaquim Eugenio de Lima (1952), de Roque de Mingo.

A última etapa foi concluída em junho de 2019, com a recuperação das 30 obras do Jardim de Esculturas do MAM São Paulo, no Parque Ibirapuera, um dos principais acervos brasileiros expostos a céu aberto. São monumentos projetados por importantes nomes da cena contemporânea do País, com obras como Aranha (1981), de Emanoel Araújo; Carranca (1978), de Amilcar de Castro; Sete ondas - uma escultura planetária (1995), de Amelia Toledo; Cantoneiras (1975), de Franz Weissmann; e Corrimão (1996), de Ana Maria Tavares.

As primeiras etapas do projeto podem ser conferidas no documentário Conservação de Esculturas em Espaços Públicos na cidade de São Paulo, disponível no YouTube .


.: Bia Brumatti será Rheduana em novela "Gênesis"


A atriz e cantora mirim Bia Brumatti integra o elenco da nova novela da TV Record, 'Gênesis', prevista para estrear em 2021, interpretando a personagem de destaque Rheduana em sua fase de infância


Com texto de Emílio Boechat, Camilo Pellegrini, Raphaela Castro e Stephanie Ribeiro, a novela traz para a televisão o livro Gênesis da Bíblia, contando a história de toda a criação, até chegar ao período de escravidão dos hebreus no Egito. 

As gravações da novela já foram retomadas. Bia integra o núcleo Ur dos Caldeus, onde interpreta Rheduana, personagem interpretada em sua fase adulta por Tammy Di Calafriori, é filha de Nidana e Hasabia, interpretados por Julianne Trevisol e Fifo Benicasa. Bia irá ainda trabalhar ao lado de Paulo Goulart Filho e Flávia Monteiro, que interpretam seus avós na trama.

Bia Brumatti é atriz e traz em seu currículo diversas experiências profissionais, como no programa "Humoristinhas" do Multishow (2017), em que atuou ao lado de Eduardo Sterblitch e o espetáculo "A Noviça Rebelde" (2018), quando deu vida à personagem Brigitta, ao lado de Gabriel Braga Nunes, Malu Rodrigues, Marcelo Serrado, Gotsha e sua inspiração, Larissa Manoela. Ainda em 2018, deu vida a personagem July, no musical "Annie", atuando ao lado de Miguel Falabella, Ingrid Guimarães, Cleto Baccic e Sara Sarres. Em 2019 esteve novamente no palco, ao lado de Baccic e Sara, além de outros nomes do teatro musical, como Arthur Berges e Thais Piza, na montagem brasileira de "Escola do Rock - O Musical". Recentemente esteve em cartaz com o espetáculo "Princesa Falalinda Sem Papas Na Língua", no qual interpretou o papel título.

.: Maricotta: semente musical que começa a dar frutos

Cantora de 9 anos encanta ao interpretar canções belas e especiais com uma voz doce, envolvente e de rara personalidade para tal idade

Em meus 35 anos de atuação como crítico musical e jornalista especializado em música, já tive a oportunidade de ver o nascimento de alguns jovens talentos. Entre as cantoras, posso citar Patricia Marx e Sandy, que ouvi e entrevistei antes de completarem dez anos de idade. Era possível sentir que o futuro prometia muita coisa boa para aquelas belas, simpáticas e talentosas garotas. E isso se confirmou plenamente.

Pois sinto mais uma vez esse pressentimento. Desta vez, a menininha em questão é Mariana Cotta, com apenas nove aninhos, que atende por um simpático nome artístico que muita gente já conhece e muito mais gente irá conhecer em breve: Maricotta.

Ouvi-la interpretar com desenvoltura, doçura e emoção “A Cor Mais Bonita”, envolvente e inédita canção pop escrita pela badalada Kell Smith, dá um susto. Tudo bem, a voz é de criança, mas como pode ser tão afinada, tão bem encaixada na melodia, tão boa de se ouvir?

Kell não ofereceu essa música por acaso à jovem amiguinha. Afinal, ela promoveu em 2019 um concurso via Instagram para escolher um(a) fã para cantar com ela em um show em São Paulo, no Teatro Porto Seguro, a canção “Mudei”. E adivinhem quem foi a escolhida?

Maricotta não só deu conta do recado como atraiu as atenções do bem-sucedido tecladista, produtor e compositor Bruno Alves, conhecido por seus trabalhos com a própria Kell e Daniel Boaventura (entre outros), que confessa ter se emocionado ao ter ouvido a cantora pela primeira vez, quando a gatinha tinha apenas sete anos. Ele que também começou a carreira ainda criança. As lágrimas eram inevitáveis.

Para gravar com a garota oriunda de Belo Horizonte (MG), Bruno arregimentou um time que traz, entre outros, o violonista Edson Guidetti, que tocou durante cinco anos com Sandy & Júnior, e o baterista Marco da Costa, que tocou com Maria Rita, por exemplo.

Juntos, gravaram em um estúdio em São Paulo e também em um show realizado em Caeté (MG). O repertório se divide entre releituras bem personalizadas de sucessos da amiga Kell Smith (“Era Uma Vez”), do grupo Melim (“Dois Corações”), Sandy & Júnior (“Era Uma Vez”) e da Disney (“Um Mundo Ideal”, de Alladim) e canções inéditas bem bacanas, como a já citada “A Cor Mais Bonita” e as envolventes “Feito Algodão Doce” (Gabê Anjos) e “Geração do Amor” (Felipe Ispério).

Em seu canal no Youtube, uma websérie com até agora cinco episódios é uma boa prova de como a moçoila evoluiu nesse período tão curto de tempo. E isso não veio de graça. Não mesmo.

Fernando montou em sua casa um estúdio para Mariana aprimorar seu talento. Além disso, ela estuda inglês, dança, artes e com uma fonoaudióloga, além da escola convencional.

“Nunca escutei ela me dizer que não quer ter aula, nem um único dia. Sempre está disposta. Olha que eu sempre disse que seria difícil, que seria até chato, e perguntava se ela estava disposta a encarar esse desafio, e ela me respondeu: muito!”, relembra Fernando.

Os próximos anos prometem muito para Maricotta, mas já dá para conferir resultados bem concretos dessa preparação toda. Veja o clipe de “A Cor Mais Bonita” e presencie uma nova história de sucesso nascendo ali, na sua frente, em pleno 2020. Acredite, é um privilégio. - Fabian Chacur

Biografia: Mariana Cotta nasceu em Belo Horizonte (MG) em 9 de agosto de 2011, e chegou a morar por alguns anos no Rio de Janeiro (RJ). Seu pai, Fernando , é oriundo de uma família com forte inclinação musical, embora ele tenha preferido seguir a carreira de médico. Ele se surpreendeu ao ver sua filha mais nova aprender rapidamente canções complicadas quando tinha apenas três anos.

Em determinado momento, resolveu montar um home studio e contratar um professor de música para dar aulas a ele e às filhas Mariana e Laura. E foi Mari quem se destacou e resolveu levar a coisa a sério.

Decidida, a menina também pediu ao pai para criar um canal no Youtube, o que ocorreu logo a seguir. Aos poucos, foram cativando uma audiência cada vez maior.

O canal permite a quem ver os vídeos conferir o rápido progresso da Maricotta a cada nova gravação. Ao contrário de outras cantoras da mesma faixa etária, ela não se perde em exibicionismos, procurando valorizar cada canção.

O repertório da jovem cantora se concentra em um pop melódico próximo da nova mpb e do folk moderno, ficando longe de apelações e sendo infantil sem ser infantilizado, como bem define Fernando. O apoio de Bruno Alves tem sido muito importante nesse sentido. “Ele é uma dádiva de Deus para mim, um grande parceiro, com pé no chão, muito sincero e que vestiu a camisa do projeto”, elogia.

Bruno recorda uma passagem que o impressionou. “Uma das músicas que gravamos tinha modulação, algo não tão fácil para alguém iniciante, e me preparei para ensinar a ela o que é isso, como fazer etc. Pois ela fez a gravação rapidamente e com a maior desenvoltura, nem acreditei quando ouvi”, relembra, impressionado.

Fernando chega a esfregar os olhos quando vê a filhota frequentando estúdios profissionais há dois anos como se estivesse na sala de casa. “Ela entra no estúdio ou ensaia com a banda como se fosse uma brincadeira. Canta com uma banda que conta com um vencedor de Grammy ( Marco da Costa ) na maior naturalidade. É impressionante!”

Ouça: “A Cor mais Bonita”



sábado, 7 de novembro de 2020

.: Editora Record lança os vencedores do Prêmio Sesc de Literatura 2020

Enquanto "Terra nos Cabelos" do gaúcho Tônio Caetano, tece suas narrativas de modo delicado e sensual, o romance  "Encontro Você no Oitavo Round", do capixaba Caê Guimarães, é um monólogo poético de rememoração narrativa

"Terra nos Cabelos", do gaúcho Tônio Caetano, foi o escolhido entre os 666 concorrentes na categoria contos e Encontro você no oitavo round, do capixaba por adoção Caê Guimarães, levou na categoria romance, sendo o vencedor entre quase 700 inscritos. O livro de contos tem apresentação de Marcelo Moutinho e de Ana Paula Maia e o romance, de Samarone Lima e de Renata Pimentel. A premiação tem curadoria de Henrique Rodrigues

Chegaram às livrarias os dois vencedores do Prêmio Sesc de Literatura, a mais relevante premiação literária para novos escritores no Brasil. Na categoria de contos, "Terra nos Cabelos" revela as vozes femininas do autor gaúcho Tônio Caetano, que tece suas narrativas de modo delicado e sensual.  Já o romance, "Encontro Você no Oitavo Round", do escritor Caê Guimarães, capixaba por adoção, é um monólogo poético de rememoração narrativa, que revela ao leitor a surpreendente trajetória de seu protagonista, um lutador de boxe que abandonou a poesia depois de um início promissor. 

Criado em 2003 pelo Sesc, o prêmio é uma parceria com a editora Record, responsável por publicar e distribuir os livros vencedores. O concurso tem o objetivo de revelar novos escritores e, assim, renovar o cenário literário brasileiro e incentivar a cultura. Em 2020, o Prêmio Sesc de Literatura recebeu 1358 inscrições, sendo 692 romances e 666 livros de contos.


"Encontro Você no Oitavo Round"
Caê Guimarães
144 pág. | R$34,90
Ed. Record | Grupo Editorial Record

Socos, cicatrizes, quedas, redenções e um zumbido no ouvido, fruto de uma vida marcada por pancadas. Essa é a história de Cristiano Machado Amoroso, um pugilista que chegou bem perto do topo da sua carreira aos 25 anos, mas sofreu um nocaute que nunca esqueceu. Aos 40, antes de integrar ao time dos aposentados, ele tem sua última luta e uma proposta: em troca de uma boa quantia em dinheiro, o boxeador deve entregar o resultado, sem que o adversário saiba, no quarto round.

A narrativa, em primeira pessoa, nos apresenta também o cotidiano da periferia. O vizinho Magro e sua família de doidos, a amizade com o sapateiro, o bairro esquecido coalhado por cortiços e, claro, a jornalista que fará repensar o rumo da sua história são detalhados de forma fluida e delicada, pelo protagonista. Vivaz e irônica, Esther é mais do que uma repórter curiosa pela história de um pugilista no fim de carreira. Ela também é fã das obras literárias de Cristiano, que abandonou uma promissora carreira, mas que agora retorna para, quem sabe, um acerto de contas.

Neste "Encontro Você no Oitavo Round", vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2020 na categoria Romance, a irmanação entre boxe e escrita surge com rara potência. Até o último round, não sabemos se o pugilista vai beijar novamente a lona, conforme o combinado. O estranho mistério que acompanha os que apanham muito, mas nem sempre entregam os pontos.

Caê Guimarães nasceu em 1970 e vive em Vitória (ES). É escritor, poeta, jornalista e roteirista. Tem cinco livros publicados, entre poesia, conto e crônica. "Encontro Você no Oitavo Round", vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2020, é seu primeiro romance. Você pode comprar o livro neste link.

"Terra nos Cabelos"
Tônio Caetano
112 pág. | R$32,90
Ed. Record | Grupo Editorial Record

Em "Terra nos Cabelos", Tônio Caetano apresenta histórias emocionantes protagonizadas por mulheres. Entrelaçadas por um fio invisível que compartilha a força de suas histórias, as personagens apresentam situações reais que, ora atuais ora de décadas passadas, nos fazem refletir sobre autoconhecimento, medos, inseguranças e, sobretudo, o que é ser mulher – em contextos, idades e épocas diversas.

Ao longo de 15 contos, o livro se propõe a uma espécie de investigação do íntimo, das descobertas do outro, e instiga o leitor a mergulhar na vida dos personagens. A menina que vê a mãe partir e se aferra a uma prolongada espera, a esposa infeliz que se aventura na casa de swing, as adolescentes enredadas nas primeiras experiências sexuais, em ritos de passagem e de iniciação. São, todas elas, personagens em contenda com o mundo, seja no âmbito familiar ou no universo da sociedade de forma mais ampla. Tônio Caetano costura as histórias de forma que a ambiência se amalgama a um sentimento difuso de inadequação, de não pertencimento.

A poética presente em Terra nos cabelos revela a chegada de mais um autor talentoso ao cenário da literatura brasileira. Semeando boas histórias que fazem refletir as minúcias da vida comum, sua estreia é bem-vinda, e seus textos, cheios de inquietações.

Tônio Caetano nasceu em Porto Alegre (RS), em 1982. Trabalha como servidor público municipal e é especialista em Literatura Brasileira pela PUC-RS. Integra as coletâneas Contos de mochila, Minicontos de amor e morte, Planeta Fantástico e Ancestralidades: escritores negros. Em 2020, venceu o Prêmio Sesc de Literatura 2020, na categoria Contos, com o livro "Terra nos Cabelos". Você pode comprar o livro neste link.

.: Rafa Brites lança na próxima terça livro sobre síndrome de impostor


Em "Síndrome da Impostora"Rafa Brites compartilha detalhes de sua trajetória para abordar um tema que afeta diversas mulheres: a síndrome da impostora. Este é o primeiro livro dedicado exclusivamente ao fenômeno, resultado de questões como o machismo e a desigualdade social.

"O que eu tô fazendo aqui? Vai dar tudo errado, eu não sou tão boa assim!". Quem nunca se deparou com pensamentos como esses? A "síndrome de impostor" é um fenômeno que afeta principalmente mulheres e vem sendo debatido e estudado cada vez mais devido aos altos índices de pessoas que sofrem de bourn out, baixa autoestima, ansiedade e estresse. 

Em seu livro de estreia, "Síndrome da Impostora", que será lançado pela editora Planeta na próxima terça-feira, dia 10, Rafa Brites apresenta a primeira obra dedicada exclusivamente ao tema e compartilha detalhes de sua história de vida para ajudar mulheres a entender, identificar e driblar o problema, para então alcançarem a melhor versão de si mesmas.

Rafa Brites é uma mulher que inspira outras, tem uma carreira bem sucedida, um filho fofo e um marido companheiro. Quem vê de fora pode enxergar os ingredientes exatos da receita da felicidade. Essas conquistas deveriam ser mais do que definitivas para que ela não questionasse o próprio valor, mas a verdade é que elas só geraram mais pressão, pois a raiz da síndrome de impostor não está nos fatores externos. "Enquanto não mergulharmos no nosso interior e formos em busca das raízes que nos levam a ter esses sentimentos, não teremos forças para combater a Impostora que existe em nós", ela afirma no livro.

Rafa relata que já teve pensamentos de autosabotagem, consequências do que ela chama de "síndrome da impostora", em diversos momentos da vida, quando desistiu da principal vaga de trainne na época em que cursava administração ou quando adiou por anos os planos de escrever um livro por não achar que ele seria bom o suficiente. Por muito tempo ela não teve a dimensão do problema na sociedade em que vivemos, até se deparar com relatos de figuras como Maya Angelou, Michelle Obama, Kate Winslet, Sheryl Sandberg e Emma Watson. 

Todas elas, em algum momento da vida, se sentiram uma fraude. Ela então decidiu mergulhar no tema e suas pesquisas a levaram até Pauline Clance e Suzanne Imes, psicoterapeutas e professoras na Universidade da Geórgia que estudaram diversas mulheres de diferentes perfis e constataram que um sentimento unificava todas, o de que elas não mereciam estar onde estavam. Em 1978, Pauline e Suzanne escreveram um artigo sobre esse sentimento, que chamaram de "O Fenômeno do Impostor".

Ele é considerado um problema universal, mas mais forte ou comum entre pessoas de grupos sociais com baixa representatividade ou em situação de desvantagem, como no caso das mulheres. "A conclusão a que cheguei, ao ver tantas mulheres se subestimando como eu, é que esse sentimento é reflexo de toda uma construção histórica patriarcal. São fatores externos que se refletem, de maneira brusca, em nosso interior", afirma a autora. 

Abordando questões como a diferença na criação de meninos e meninas, machismo no mercado de trabalho e estereótipos empregados às mulheres, que geram muitas vezes dificuldade de lidar com o poder e o reconhecimento, "Síndrome da Impostora" mostra como enfrentar os fantasmas internos e discorre sobre a importância da sororidade, do acolhimento e do autoconhecimento. O livro traz também relatos de mulheres com diferentes recortes sociais, de gênero e raça, como Tábata Amaral, Carol Marra, Juliana Caldas e Debora Bastos, além de apresentar algumas partes de interatividade, em que a leitora pode escrever o que pensou ou até desenvolver a criatividade. Você pode comprar o livro neste link.

Sobre a autora
Rafa Brites é Influenciadora de Jornadas. É formada em Administração de Empresas, pós-graduada em Neurociência e Comportamento e fez especialização nas áreas de Programação Neurolinguística, Self-Management Leadership e High Performance Coaching. Foi apresentadora e repórter da TV Globo e do GNT. A busca por autoconhecimento é uma paixão de família. Fez seu primeiro curso de meditação aos nove anos e, desde 1998, participa da reunião familiar anual "Transformando Sonhos em Realidade" (TSER). Hoje dedica sua vida ao TSER, dando palestras e cursos para mulheres que buscam uma revolução pessoal.

Ficha técnica
Título:
 "Síndrome da Impostora"
Autora: Rafa Brites
Páginas: 144
Selo Academia
Editora Planeta
Link na Amazon: https://amzn.to/3p9aGxd

Talk com Rafa Brites
Dia 10 de novembro às 20h
youtube.com/rafabrites

.: Pôster oficial da CCXP Worlds celebra 50 anos da revista da Mônica

 

Ilustração é um trabalho colaborativo assinado por 20 artistas da coleção Graphic MSP e reúne os personagens de Mauricio de Sousa

Acaba de ser anunciado um dos itens colecionáveis mais aguardados pelos fãs da CCXP. Em uma celebração aos 50 anos do primeiro número da revista Mônica, lançada em 1970, pela Editora Abril, o pôster oficial da CCXP Worlds é o resultado de um trabalho colaborativo de 20 artistas, expoentes dos quadrinhos brasileiros e que fazem parte da coleção Graphic MSP - projeto que traz reinterpretações dos personagens clássicos de Mauricio de Sousa. Em 2020, o maior festival de cultura pop do planeta acontece de forma virtual nos dias 4, 5 e 6 de dezembro. Outras informações estão disponíveis no site https://www.ccxp.com.br.

Seguindo a tradição da primeira CCXP, realizada em 2014, quando o pôster oficial foi criado a partir de um trabalho em conjunto de diversos artistas, a primeira edição virtual do festival também reuniu um time de peso. A arte deste ano traz os personagens de Mauricio de Sousa que já foram retratados no selo Graphic MSP lendo a Mônica # 1 - curiosidade: somente nesta primeira edição a revista trouxe o subtítulo "e Sua Turma".

O esboço inicial do trabalho colaborativo foi criado por Danilo Beyruth e a montagem final ficou por conta de Vitor Cafaggi, que deu unidade a esse mosaico de traços e de estilos. Para conferir todo o processo de criação e mais entrevistas de Sidney Gusman, editor das Graphics MSP, e de Mauricio de Sousa basta entrar no link: https://www.instagram.com/p/CHQfwfcHc7J/

Participam do projeto Bianca Pinheiro, Camilo Solano, Cristina Eiko, Danilo Beyruth, Eduardo Damasceno, Eduardo Ferigato, Fábio Coala, Fefê Torquato , Gustavo Borges, Gustavo Duarte, Jefferson Costa, Lu Cafaggi, Marcelo Costa, Orlandeli, Paulo Crumbim, Renato Guedes, Roger Cruz, Rogério Coelho, Shiko e Vitor Cafaggi. Cada artista desenhou no pôster o mesmo personagem com o qual trabalhou em sua Graphic MSP, e a ficha técnica completa segue abaixo.

"Os quadrinhos são uma potência no mercado de cultura pop. E a CCXP acompanha esta paixão dos fãs sempre apresentando novidades e conteúdos relevantes. Não só abrigamos o maior Artists' Alley do hemisfério sul, mas também valorizamos a produção nacional, o surgimento de novos talentos e promovemos painéis e masterclasses sobre o tema. A parceria com a MSP, que sempre esteve conosco em todas as edições já realizadas, proporcionou painéis que entraram para a história do festival, como é o caso de Laços, com participação de Mauricio de Sousa e de sua filha Mônica", reforça Ivan Costa, cofundador da CCXP e responsável pelo Artists’ Alley.

"Em apenas oito anos de existência, o selo Graphic MSP se tornou não apenas uma referência no mercado nacional de quadrinhos, mas também uma dos nossos chamarizes para a CCXP. Não à toa, sempre programamos para o evento um lançamento e o anúncio dos quatro álbuns do ano seguinte. E isso se estendeu para os produtos derivados do projeto, como o filme Turma da Mônica - Laços, a animação do Astronauta e a série live-action do Jeremias. É uma parceria que deu certo, e esse pôster espetacular é uma coroação disso tudo", enfatiza Sidney Gusman, editor das Graphics MSP.

Como participar da CCXP Worlds
O cadastro para a CCXP Worlds é gratuito na categoria Free, que dará direito a quase todas as áreas do evento - com exceção do Thunder Arena, que pode ter alguns conteúdos não liberados. Para ter acesso total às principais transmissões do festival, basta adquirir o pacote Digital Experience (R﹩ 35,00). Nesta modalidade, o fã ainda receberá uma credencial virtual, enviada por e-mail, além de outras funcionalidades e interações, acesso a workshops e masterclasses e pré-venda da CCXP21.

Para quem gosta de viver a experiência completa, o plano o Home Experience (R$ 35,00 + R$ 21,00 de frete) tem como diferencial o envio de um kit físico contendo a credencial da edição, junto com um cordão, tag de porta, pin e stickers. Já o Epic Experience (R$ 450,00 + R$ 21,00 de frete) é feito para deixar o mundo dos fãs ainda mais especial. Ele será composto por um kit com credencial física, produtos dos estúdios e oficiais da CCXP - incluindo dois cordões, tag de porta, pin, stickers, balde de pipoca, camiseta, copo, moletom, boné e pôster. Também haverá desconto no ingresso da CCXP21 e venda exclusiva de colecionáveis Iron Studios.

Em 2019, a CCXP recebeu 282 mil visitantes, quebrando recorde de público e se estabelecendo mais uma vez como o maior festival de cultura pop do planeta. Este ano, a edição especial CCXP Worlds: A Journey of Hope acontece de forma totalmente virtual e, vai alcançar os lares de fãs do mundo inteiro nos dias 4, 5 e 6 de dezembro.

Lista completa de personagens e dos artistas que trabalharam no pôster:

Astronauta por Danilo Beyruth
Bidu por Eduardo Damasceno
Capitão Feio por Marcelo Costa
Cascão por Camilo Solano
Cebolinha por Gustavo Borges
Chico Bento por Orlandeli
Floquinho por Lu Cafaggi
Horácio por Fábio Coala
Jeremias por Jefferson Costa
Jotalhão por Roger Cruz
Louco por Rogério Coelho
Magali por Vitor Cafaggi
Mônica por Bianca Pinheiro
Papa-Capim por Renato Guedes
Penadinho por Cristina Eiko e Paulo Crumbim
Piteco por Eduardo Ferigato
Thuga por Shiko
Tina por Fefê Torquato
Zé Lelé por Gustavo Duarte

.: Joe Bonamassa condensa influências do blues britânico em novo CD


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

Do título do álbum à escolha do Abbey Road Studios como o centro de gravação, Joe Bonamassa destaca a importância do blues britânico em sua formação musical. "Royal Tea", seu mais recente disco,  é um álbum no qual ele contou com a ajuda de nomes conhecidos do estilo no Reino Unido, como o compositor Pete Brown, letrista de canções famosas do grupo Cream, além do veterano guitarrista Bernie Madsen, ex- Whitesnake e do músico Jools Holland. O resultado, como era de se esperar, ficou acima da média.

Com esse quadro, o ouvinte acredita que irá  encontrar somente covers de canções consagradas, como aconteceu em seu álbum anterior (British Blues Explosion). Porém, acaba se surpreendendo com canções novas, com influências do blues britânico dos anos 60. E que mostram o quanto Bonamassa vem evoluindo nos últimos anos.

Ao invés de fazer um tributo convencional, Bonamassa e os seus parceiros optaram por toques sutis em dez faixas originais, que soariam tão novas nas gerações passadas quanto soam hoje. Há breves acenos como as dicas de Jeff Beck para serem encontradas em solos e ecos do tom aéreo de Eric Clapton em passagens mais lentas. Mas estas pistas surgem organicamente e nunca parecem forçadas ou imitadas.

A faixa título ("Royal Tea") é um dos grandes momentos desse álbum. Riffs de guitarra pontuados e rajadas de Órgão Hammond pilotado por Reese Wynans impulsionam os versos entre a interação de chamada e resposta inteligente entre Bonamassa e os vocalistas de apoio.

"I Didn't Think She Would Do It" é um blues rock acelerado bem ao estilo britânico nos anos 60. Exatamente como os Yardbirds (aquela banda que teve como guitarristas Eric Clapton, Jeff Beck e Jimmy Page) fazia no início. Mas posso citar ainda "Why Does It Take So Long To Say Goodbye" como outro ponto forte desse disco, assim como "Beyond The Silence".

De certa forma, isso era de se esperar, já que o blues britânico moldou o jovem Bonamassa e sempre influenciou seu estilo de tocar guitarra. Quando comparadas com a nostalgia básica, canções originais e nuances artísticas geralmente ganham o dia. E como bem definiu o release de divulgação: “a vontade de reconceber esta era em vez de apenas revisita-la torna Royal Tea um grande álbum e uma audição intrigante”. Vale a pena conferir esse trabalho.


"Royal Tea"

"Why Does It Take So Long To Say Goodbye"

  
"A Conversation With Alice"

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