quarta-feira, 3 de março de 2021

.: O vampiro Lestat: clássico de Anne Rice ganha edição especial

O vampiro Lestat é o aclamado segundo livro das "Crônicas Vampirescas" de Anne Rice, agora eternizado em uma edição especial capa dura. No primeiro volume, o best-seller Entrevista com o vampiro, Lestat é retratado como vilão pelo conturbado vampiro Louis. Neste romance, narrado em primeira pessoa, Lestat dá a sua versão dos fatos relatados na célebre entrevista e conta sua fascinante história, desde que era um simples mortal no interior da França pré-revolucionária. 

Para escapar da rotina da vida no campo, o jovem Lestat de Lioncourt, seduzido pela fulgurante Paris do século XVIII, abandona sua família e segue com uma trupe de atores para trabalhar no teatro. Em Paris, seu talento chama a atenção de Magnus, um vampiro secular que está decidido a dar fim à própria existência, e, para isso, transforma Lestat em vampiro, legando a ele sua fortuna e a missão de encontrar as origens de sua espécie. 

Em sua busca, Lestat desvela a fantástica mitologia vampiresca que remonta ao antigo Egito e, aos poucos, toma conhecimento de quem é quem na galeria de imortais que habitam os subterrâneos do mundo. Suas aventuras através dos tempos desembocam no século XX, quando o vampiro se torna um ídolo do rock, com uma verdadeira legião de fãs e clipes na MTV. Além de se integrar ao mundo dos vivos com sua música, Lestat pretende acordar vampiros ancestrais para tentar esclarecer os enigmas de sua misteriosa forma de existência. 

Com essa extravagância, no entanto, Lestat acaba quebrando o código de silêncio dos vampiros e provocando a ira de criaturas ainda mais poderosas do que ele. Assim, perseguido pelos imortais e pelos mortais que percebem sua natureza, Lestat percorre o mundo, experimentando os pesares, mas também todos os prazeres que a condição de vampiro pode lhe proporcionar.

Você pode comprar a edição especial do "O vampiro Lestat", de Anne Rice em amzn.to/3sLXaRc


Título: O vampiro Lestat (capa dura)

Autora: Anne Rice

Edição: 1ª Ed.

Editora: Rocco Jovens Leitores

576 Número de páginas

Gênero: Fantasia, Ficção de terror e/ou sobrenatural

.: "O Protocolo de Auschwitz" estreia dia 18 nos cinemas brasileiros

No próximo dia 18 de março, a A2 Filmes estreia nos cinemas brasileiros o drama "O Protocolo de Auschwitz" (The Auschwitz Report), do cineasta e roteirista Peter Bebjak (Trhlina) e baseado na obra de Alfred Wetzler, "What Dante Did Not See". Baseado em uma história real, o filme é o representante da Eslováquia para concorrer ao Oscar 2021 de melhor filme estrangeiro. 

Sinopse: Esta é a história real de Freddy e Walter - dois jovens judeus eslovacos, que foram deportados para Auschwitz em 1942. Em 10 de abril de 1944, após um planejamento meticuloso e com a ajuda e a resiliência de seus colegas internos, eles conseguiram escapar. Os dois homens são movidos pela esperança de que suas evidências possam salvar vidas. Feridos, eles voltam pelas montanhas para a Eslováquia. Com a ajuda de estranhos pelo caminho, eles finalmente conseguem cruzar a fronteira e encontrar a resistência e a Cruz Vermelha. Eles compilam um relatório detalhado sobre o genocídio sistemático no campo. No entanto, com a propaganda nazista e ligações internacionais ainda em vigor, seu relato parece ser muito angustiante para acreditar.

O Protocolo de Auschwitz

Alemanha – Eslováquia – Polônia – República Checa | 2020 | 94 min. | Drama – Guerra | 16 anos

Título Original: The Auschwitz Report

Direção: Peter Bebjak

Roteiro: Peter Bebjak, Tomás Bombík, Jozef Pastéka

Baseado na obra de Alfred Wetzler (What Dante Did Not See)

Elenco: Noel Czuczor, Peter Ondrejicka, John Hannah, Wojciech Mecwaldowski, Jacek Beler, Michal Rezný, Kamil Nozynski, Christoph Bach

Distribuição: A2 Filmes

Trailer



.: Diário de uma boneca de plástico: 3 de março de 2021

Querido diário,

A vida é uma jornada confusa. Para alguns breve e para outros é longa. Pessoas passam por nós e muitas nos ensinam a não ser como elas, enquanto que outras sentimos saudade pela distância imposta ou até pela despedida indesejada, embora isso faça parte da lei da vida.

O doido é que volta e meia eu me pego pensando num hábito em que eu me prejudico, mas isso acontece, muito devido a minha criação. A ideia de 99,99% das vezes colocar o outro em primeiro lugar e sempre assumir o posto de "a minha vez fica para depois".

A questão é que estamos inseridos em um mundo de capitalismo selvagem. É cada um por si e pronto! 

Esse é o caminho da vida... árduo e dificílimo. Contudo, é preciso não se anular. Jamais ignorar as próprias necessidades, pois a vida é passageira.

O negócio é lutar! Tipo no lipsync de "RuPauls Drag Race"... é por sua vida!

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg

Foto publicada no ensaio fotográfico "Etiqueta Selvagem" com Mumu, o Jabuti, em https://photonovelas.blogspot.com/2012/12/etiqueta-selvagem.html



.: Sesc Palladium promove visitas guiadas gratuitas à exposição “Desvios"


As visitas mediadas gratuitas à exposição “Desvios: um panorama da arte urbana em Belo Horizonte” estão de volta. A equipe do Sesc Palladium preparou uma programação especial, que estimula o diálogo e reflexões sobre as diversas manifestações culturais e o dia a dia nos espaços urbanos.

O Desvios é um projeto que busca a valorização das artes visuais e urbanas, por meio da exposição de murais pintados por artistas locais nas paredes do Sesc Palladium. A mostra conta com curadoria de Juliana Flores, também idealizadora do Cura (Circuito Urbano de Arte), e traz um panorama das artes visuais de BH nos últimos dez anos, em 12 obras criadas por artistas como Criola, Lidia Viber,  Thiago Alvim, Raquel Bolinho, Nilo Zack, Andre Gonzaga Dalata e Clara Valente.

As visitas mediadas serão realizadas nos dias 4, 11, 18 e 25 de março, sempre às 19h, no Foyer da Rua Rio de Janeiro – Centro – BH. Há um limite de 10 pessoas por visita e todos os protocolos de segurança contra a Covid-19 estão sendo respeitados. Ingressos em www.sympla.com.br.



 

.: Raul Gazolla fala sobre o assassinato da atriz Daniella Perez


Raul Gazolla conta como o assassinato de Daniella Perez afetou sua vida e relembra apoio que recebeu da mãe da atriz, Gloria Perez.

Em dezembro de 1992, o assassinato da atriz Daniella Perez chocou todo o país. Estrela em ascensão, ela foi morta por um colega de elenco da novela "De Corpo e Alma" e a mulher dele na época. Marido da atriz quando tudo aconteceu, o ator Raul Gazolla conta como conheceu a artista e também fala sobre o crime no programa "A Noite É Nossa" desta quarta-feira, dia 3, que será comandado por Luiz Bacci enquanto o apresentador Geraldo Luis se recupera da covid 19.

Em entrevista à repórter Livia Mendonça, Gazolla revela que conheceu Daniella nos bastidores da novela "Kananga do Japão", exibida pela TV Manchete em 1989. "A primeira vez que eu olhei a Dani, pensei: 'Eu já sonhei com essa menina.' Foi uma coisa incrível. Eu nunca a tinha visto, mas sabia que ela já fazia parte da minha vida". À época, ela só tinha 19 anos, enquanto ele, 33 anos. O sonho do casal era logo ter um filho, mas a morte dela desmontou, para sempre, a vida dele e a vida da família de Daniella, filha da novelista Gloria Perez.

A atriz foi morta em um matagal da cidade do Rio de Janeiro ao ser apunhalada pelo ator Guilherme de Pádua e a esposa dele. "Na delegacia, eu pensei que ela tinha sido sequestrada. Liguei para a Glória e falei que haviam encontrado o carro, mas nada da Dani. A atriz Marilu Bueno, que fazia a mãe dela na novela, que me contou. Foi muito difícil", desabafa Gazolla. "Eu me lembro que estava no velório e que não tinha forças para nada. Eu estava há 24 horas sem comer nem dormir. Eu nem sabia como ela tinha sido assassinada porque não me deixavam ver televisão. Quando soube, fiquei doido", completa.

Tamanho desespero quase o fez aceitar uma oferta para se vingar do assassino. "Um conhecido me chamou e falou: 'Gazolla, a gente vai dar 'cabo' do cara. Eu falei: 'Não, eu não quero! Ele precisa viver porque tem muita coisa para contar'. E ele está aí, graças a Glória e a mim, porque a gente não quer fazer a mesma coisa que ele fez. Se não tem a justiça do homem, tem a divina".

Glória só conseguiria escrever um personagem para o ex-genro em 2001, quase dez anos após a perda da filha. "Ela me ligou e falou: 'Raul, eu já posso trabalhar com você'. Temos uma grande amizade, e eu tenho um carinho absurdo pela Glória. Tanto que minha filha mais nova a chama de avó. Sou amigo e fã incondicional do trabalho dela", afirma ele. Entre as novelas escritas por ela em que Gazolla atuou, destacam-se "O Clone" e "América". A novelista, inclusive, fará uma homenagem ao ator na reportagem, que o deixará bastante emocionado.

Na conversa com a equipe do "A Noite É Nossa", Gazolla também relembra o período em que trabalhou como modelo na Europa, quando tinha pouco mais de 20 anos de idade. "Teve uma fase em que eu só tomava café da manhã. Foram oito dias tomando só café da manha até cair uma grana", conta ele, cuja carreira no Brasil começou por acaso. "Um colega me chamou para fazer um desfile, e eu falei: 'Meu irmão, pelo amor de Deus, eu não sei nem andar direito. Eu pareço um malandro, faço capoeira!' Mas, daí, ele me disse: 'Você vai desfilar quatro roupas e vai ganhar R$ 1 mil!' Aí, eu topei na hora! 250 por roupa? Nem pensei!".

Já como ator, Gazolla fala de uma situação que vivenciou ao lado da amiga, a também atriz Claudia Raia, nos bastidores do musical "A Chorus Line". "Nós ensaiávamos de 9h da manhã até as 8 da noite. E eu me lembro que a Claudia vomitava. Ela se esquecia, comia bem no almoço e, aí, na hora de fazer a coreografia, passava mal".

A questão da saúde também é tema da entrevista, uma vez que o ator já sofreu quatro infartos. Embora mantenha uma vida saudável - não come carne vermelha, não fuma e nem bebe -, os médicos o avisaram que seus infartos têm duas razões: é hereditário e resultados de estresse. "Depois do segundo, eu aprendi a identificar na hora quando estou tendo um infarto e voo para o hospital".


terça-feira, 2 de março de 2021

.: Netflix confirma: "Cidade Invisível" ganha segunda temporada



Estrelado por Marco Pigossi e Alessandra Negrini, o primeiro projeto de Carlos Saldanha fora do mundo da animação chegou à lista de mais vistos em mais de 40 países na Netflix


Após encantar o mundo e chegar à lista de conteúdos mais assistidos da Netflix, por pelo menos um dia, em mais de 40 países incluindo o Brasil,  a série Cidade Invisível acaba de ser renovada para uma segunda temporada. A trama repleta de mistério, investigação policial instigante e conflitos humanos trouxe ainda personagens inspirados no folclore brasileiro a partir de uma releitura contemporânea do criador e co-produtor Carlos Saldanha. A produção segue com a Prodigo Films para a Netflix. 

“É uma alegria enorme ver um produto nosso, do Brasil, chegar a tantas partes do mundo e agradar a tantas pessoas. Foi o meu primeiro projeto 100% brasileiro, com a Prodigo Films, e eu não poderia estar mais feliz com a oportunidade de seguir contando essa história. Recebi muitos comentários, li bastante sobre o que as pessoas desejam para a continuação, e estou levando tudo em consideração para trazer ao público uma sequência bacana”, celebrou Saldanha, conhecido pelas franquias animadas A Era do Gelo e Rio, além de O Touro Ferdinando, indicado ao Oscar de Melhor Animação.

Se na primeira temporada Saldanha criou uma porta de entrada para um mundo invisível em pleno Rio de Janeiro, cidade natal que ele costuma homenagear em suas produções, na próxima seu desejo é explorar outra região do país. Os novos personagens que irão habitá-la, no entanto, são segredo. O elenco ainda não está confirmado, mas trará novidades.  

“Cidade Invisível nasceu de um desejo muito bonito de resgatar personagens do nosso folclore. São histórias que fazem parte da memória afetiva dos brasileiros, mas que ainda não haviam sido abordadas com uma visão contemporânea. Ao mesmo tempo em que estamos celebrando o retorno positivo dos fãs da série aqui e em outros países, também reconhecemos que temos um compromisso ainda maior em fazer com que mais pessoas se vejam representadas nessa segunda temporada. Estamos muito felizes em continuar trabalhando ao lado de Carlos Saldanha com toda sua excelência criativa”, afirmou Haná Vaisman, gerente de conteúdo de Séries Originais Brasileiras da Netflix.

Informações complementares sobre o início das gravações da segunda temporada de Cidade Invisível serão divulgadas posteriormente. 

Assista:



.: Diário de uma boneca de plástico: 2 de março de 2021

Querido diário,

Em 2 de março de 1996 aconteceu o assombroso acidente aéreo brasileiro que acabou com a banda "Mamonas Assassinas" formada por Dinho, Bento Hinoto, Sérgio Reoli, Júlio Rasec, Samuel Reis de Oliveira

Debochados e totalmente irreverentes tiveram um sucesso meteórico com músicas do ritmo pop rock com influências de gêneros populares: sertanejo, brega, heavy metal, pagode romântico, forró, música mexicana e vira. E muita gente curte até hoje... inclusive eu!

Minha dona lembra o ocorrido como se fosse hoje. Há 25 anos, era tudo precário e muito dependente da TV, para ter a real abrangência. A notícia não rolava solta na internet. Na verdade, até o acidente virar notícia, já era o dia seguinte, quando foi repercutido.

Minha dona e a mãe dela foram à missa, como de costume, na Capelinha Cristo Rei. Ao voltar, no domingo de manhã, as duas com a amiga Lucira, a senhora Rosalina e a filha dela, a Osana, ficaram ainda jogando conversa fora, na porta da casa delas.

É que conforme vinham pelo caminho, iam ficando em casa. As primeiras foram dona Rosalina e Osana. 

Conversa vai, conversa vem. De repente, chegou o neto da dona Rosalina. o Márcio que passou pelo portãozinho baixo para entrar em casa de bicicleta e disse:

- Estão sabendo que os "Mamonas Assassinas" morreram?

Na hora, riram e fizeram aquela cara de estranhamento, para entender o que ele havia acabado de deizar. Certas de se tratar de uma pegadinha maldosa.

Na sequência, o rapaz confirmou a informação ligando o radinho de pilha que carregava consigo.

Aquele domingo foi de luto na TV. 

Como eles viviam no programa do Gugu, o Domingo Legal. Naquele domingo, o SBT rodou todas as participações da banda ao longo da atração televisiva comandada por Augusto Liberato -que se a minha dona não se engana, foi estendida.

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,


.: Livro "Jesus Kid" ganha nova edição pela Companhia das Letras


Lançado pela primeira vez no início dos anos 2000, 
"Jesus Kid" ganha agora uma nova edição, completando assim a coleção dos romances de Lourenço Mutarelli pela Companhia das Letras.

Na próxima sexta-feira, dia 5 de março, será lançada a nova edição de "Jesus Kid", completando assim a coleção dos romances de Lourenço Mutarelli pela Companhia das Letras. Lançado pela primeira vez no início dos anos 2000, o livro faz crítica ácida ao mercado editorial, e especialmente, ao cinema. Por meio do personagem principal, Eugênio, um escritor convidado a adaptar sua obra mais conhecida (mas em queda livre quando se trata de venda de livros) para o cinema. 

Escritor de livros de faroeste, Eugênio está passando por uma fase difícil. Ele é famoso pelos romances estrelados pelo personagem Jesus Kid, mas faz algum tempo que suas vendas estão indo de mal a pior. A luz no fim do túnel parece ser o convite de um diretor de cinema: ele quer que Eugênio escreva um roteiro de filme. Contudo, para escrever esse roteiro, Eugênio deve ficar três meses isolado em um hotel de luxo, sem poder sair nem ter contato com o mundo que conhece. 

Partindo dessa premissa, Mutarelli constrói uma crítica mordaz ao mercado editorial e ao mercado do cinema – por onde circula há anos. Trazendo para Eugênio muito de sua própria personalidade, o autor mostra como a parte comercial da cultura pode ser perversa com aqueles que nela atuam. Em "Jesus Kid", o autor aborda as fraquezas e os pontos mais baixos da face comercial da cultura. O livro foi adaptado para os cinemas pelo ator Sergio Marone, que interpreta Eugênio e estreia como produtor. O longa-metragem, que traz também Paulo Miklos no elenco, já foi finalizado, mas não tem data de estreia por conta da pandemia. Você pode comprar "Jesus Kid", de Lourenço Mutarelli, neste link.

Sobre o autor
Lourenço Mutarelli nasceu em 1964, em São Paulo. Publicou diversos álbuns de quadrinhos, entre eles, "Transubstanciação" (1991) e a trilogia do detetive "Diomedes: o Dobro de Cinco", "O Rei do Ponto" e "A Soma de Tudo" - Parte I e Parte II. Escreveu peças de teatro – reunidas em "O Teatro de Sombras" (2007) – e os livros de ficção "O Cheiro do Ralo" (2002, adaptado para o cinema em 2007), "O Natimorto" (2004, adaptado para o cinema em 2008), "A Arte de Produzir Efeito sem Causa" (2008, adaptado para o cinema em 2014), "Miguel e os Demônios" (2009), entre outros.

Ficha Técnica
Título:
 Jesus Kid"
Autor:
Lourenço Mutarelli
Capa: Kiko Farkas
Páginas: 168
Formato: 14 X 21 cm
Selo: Companhia das Letras
Link na Amazon: https://amzn.to/3e0D2q2

.: Série documental sobre a história e os crimes de João de Deus na TV aberta


"Em Nome de Deus" percorre a vida e dualidade do médium mais famoso do Brasil, com depoimentos das vítimas e de pessoas famosas. Foto: Globo/Mauricio Fidalgo

A série documental "Em Nome de Deus", lançada ano passado no Globoplay, será exibida na TV Globo a partir desta quarta-feira, dia 3 de março, logo após o "Big Brother Brasil".  Em três episódios, a série acompanha a história do médium João de Deus desde a infância no interior de Goiás, até a prisão por crimes sexuais, mostrando ainda o trabalho de investigação realizado ao longo de 18 meses, a dualidade e os crimes atribuídos ao curandeiro. 

Com condução de Pedro Bial e da roteirista do programa "Conversa com Bial", Camila Appel, a série traz ainda entrevistas com as vítimas de João de Deus e celebridades que eram próximas ao médium, como Xuxa Meneghel e Marcos Frota. "Em Nome de Deus" tem como ponto de partida as investigações que levaram, com exclusividade, às primeiras denúncias feitas no programa "Conversa com Bial", em 2018. 

Na época, mulheres revelaram que foram abusadas sexualmente pelo médium João Teixeira de Faria, o João de Deus, ao buscar tratamento espiritual em Abadiânia, interior de Goiás. Após a exibição do programa, centenas de outras denúncias contra o curandeiro foram registradas, ao mesmo tempo em que crescia a repercussão e a perplexidade em torno do caso. Em questão de dias, João de Deus foi indiciado e, posteriormente, condenado.  

Os crimes
O documentário trata de revelar a vida paralela do ex-líder espiritual, a sua ampla rede de proteção local e a denúncia de crimes graves, envolvendo lavagem de dinheiro e homicídio, desde as primeiras apurações de Camila Appel para o "Conversa com Bial" até a prisão domiciliar de João de Deus, em março de 2020. A série acompanha ainda o passo a passo investigativo da equipe no Brasil e no exterior, em viagens para Holanda e Estados Unidos, revelando supostos crimes cometidos bem distantes de Abadiânia. O documentário também analisa a popularidade dos curandeiros espirituais no Brasil e revela a decepção de celebridades e de pessoas próximas a João de Deus, com depoimentos contundentes, como o da apresentadora Xuxa e do ator Marcos Frota.   

"Em Nome de Deus" também conta com relatos de vítimas do médium – entre elas, a filha de João de Deus. O estúdio onde foi gravado a edição do "Conversa com Bial", que deu início às denúncias, foi também o palco do primeiro encontro destas mulheres, que, emocionadas, se reuniram para contar as suas histórias. "Ficamos mais de oito horas ali, em dois dias diferentes. Foi uma experiência emocionante e, apesar do nível de terror de tudo aquilo, uma experiência muito mais bonita do que triste. De esperança", revela Camila Appel.    

"Em Nome de Deus" é uma série original Globoplay que conta com argumento e criação de Pedro Bial, direção de conteúdo de Fellipe Awi e direção de Monica Almeida, Gian Carlo Bellotti e Ricardo Calil. Para gravar a série, foi feita uma extensa pesquisa de arquivo em documentários e programas de TV nacionais e estrangeiros, além ter sido usado material de arquivo pessoal das vítimas e das casas em que o médium atuava em Goiás e no Rio Grande do Sul.      

As vítimas e seus relatos 
Centenas de novos casos foram revelados logo após a exibição da edição histórica do ‘Conversa com Bial’, em 2018, que denunciou as primeiras acusações a João de Deus. Em "Em Nome de Deus" são revelados depoimentos inéditos de sete mulheres, de diferentes idades e regiões, que decidem mostrar seus rostos pela primeira vez e expor como atuava médium. As vítimas - uma advogada, uma atriz, uma fisioterapeuta, uma professora, a filha de João de Deus, uma costureira e a coreógrafa holandesa Zahira Mous, a primeira mulher a mostrar o rosto na edição do "Conversa" de 7 de dezembro de 2018 - nunca haviam se encontrado, mas aceitaram se reunir em uma roda para um momento de escuta solidária, conduzida por Camila Appel.      

 Ao longo dos episódios são mostrados trechos desta conversa entre as vítimas, os seus relatos e os aspectos similares de suas histórias: a crença comum na busca por um milagre do médium, o padrão nos abusos, a vulnerabilidade e o sentimento de indignação, medo e vergonha. Também vêm à tona o desejo de justiça e demonstrações de gratidão por Zahira.      

Pedro Bial e Camila Appel falam de "Em Nome de Deus"
Condutores da série documental, Pedro Bial e Camilla Appel concederam uma entrevista sobre "Em Nome de Deus" na época do lançamento do documentário no Globoplay, do ponto de vista de quem participou do passo a passo investigativo que desvenda a história e os crimes do curandeiro. Relembre aqui a entrevista dos dois sobre e o que eles acham da chegada do documentário na TV aberta. 

Entrevista com Pedro Bial 

A edição do "Conversa com Bial" que denunciou João de Deus já entrou para a história e a repercussão do programa foi responsável pela prisão do curandeiro, além das denúncias de tantas outras vítimas que sofreram os abusos sexuais cometidos pelo médium. Qual foi a necessidade de dar origem a uma obra ainda mais profunda sobre os crimes e a vida de João de Deus?     
Pedro Bial - 
Toda reportagem e investigação tem um começo, mas não necessariamente tem um término ou, pelo menos, um término em um horizonte imediatamente visível. Quando pusemos no ar o programa que expôs as denúncias relatadas pelas mulheres em relação ao João de Deus, ainda não sabíamos, mas começamos a perceber, logo após a exibição, que a história tinha outros capítulos e outros episódios, e que a atividade criminosa de João de Deus não se restringia ao abuso sexual de pessoas vulneráveis. 

A escolha de fazer um documentário nasceu durante ou após o programa de denúncia?   
Pedro Bial - 
O documentário surgiu como uma consequência natural do trabalho de reportagem, que continuou. Quando você começa a cavar um túnel, você vai percebendo que vai chegando em algum lugar e vai descobrindo também novos caminhos, e a história vai crescendo... Foi isso que aconteceu e essa história está contada no documentário.    

Você divide a condução do documentário com a Camila Appel, que descobriu os primeiros casos de abuso de João de Deus. De que forma você acha que a participação da Camila contribuiu para a série documental?   
Pedro Bial - 
A Camila Appel é uma protagonista dessa história, não só por ter sido a repórter que iniciou, levou adiante e conduziu a investigação, assim como foi a alma da inspiração para o programa. A Camila, já com o acréscimo de toda a equipe que dividiu com ela esse trabalho, foi decisiva também para a série documental.    


Entrevista com Camila Appel 

A roda de conversa representa o primeiro encontro das vítimas de João de Deus e talvez seja um dos momentos mais emocionantes e aguardados do documentário. Você presenciou este encontro e ainda conduziu a conversa com as vítimas. Houve um momento em que se viu obrigada a separar a Camila mulher da Camila jornalista?  
Camila Appel - Foi um momento marcante na minha vida, sem dúvida alguma. Elas chegaram lá a partir de uma conexão de confiança pré-estabelecida. Eu já havia me encontrado com elas e as entrevistado para a série. Além de inúmeras conversas no telefone. Eu as conhecia bem, suas histórias, e elas também me conheciam. Isso foi importante para se sentirem acolhidas naquele momento e para que eu estivesse mais preparada para conduzi-lo. 

Como lidou com toda essa carga emocional?
Camila Appel - Eu lembro de entrar no estúdio, me sentar e buscar preparar aquele espaço mentalmente. Recebê-las com total abertura, acolhimento e respeito. Tivemos a preocupação de evitar que se conhecessem antes daquele momento. Não havia câmera alguma entre nós. Era uma equipe mínima e muito bem preparada. Muitas mulheres me disseram que se esqueceram que estavam sendo filmadas. Ficamos mais de oito horas ali, em dois dias diferentes. Foi uma experiência emocionante e, apesar do nível de terror de tudo aquilo, uma experiência muito mais bonita do que triste. De esperança. 

Do ponto de vista de quem mergulhou nas investigações, o que o grande público pode esperar de uma série como essa?
Camila Appel - Torço para que a tragédia exposta pelas pessoas nesta série documental seja catalisadora e que algo bom e bonito surja para cada um que a assista. O abuso sexual e a violência são injustificáveis e inaceitáveis. 

.: Ao vivo, #EmCasaComSesc estreia programação nesta terça-feira


Nova programação ao vivo da série #EmCasaComSesc estreia nesta terça-feira, dia 2 de março, e tem novidades. Camila Pitanga na peça teatral "Matriarquia em Processo", que será apresentada neste domingo. Foto: Rodrigo Pinheiro e Gal Cipreste Marinelli

Entre os nomes que se apresentam na primeira semana, estão os músicos do Trio Corrente com um show instrumental em homenagem aos 20 anos do grupo, destaque também para os shows de Lenine e Marcia Castro, o monólogo "Matriarquia em Processo", com a atriz Camila Pitanga, e a apresentação de dança "Corpos de Passagem", com o grupo GRUA - Gentlemen de Rua; no Instagram do Sesc Ao Vivo e no YouTube do Sesc São Paulo

De novo e que será incorporado de forma gradativa à programação já estabelecida, estão: a realização de apresentações em outros espaços das unidades do Sesc São Paulo além do palco; a interatividade entre espectador e artista nas transmissões; e a ampliação da curadoria artística para alcançar artistas de outros estados que ainda não integram a programação, fomentando e valorizando a produção de outras praças. As apresentações são transmitidasd no youtube.com/sescsp e no instagram.com/sescaovivo.

A série #EmCasaComSesc segue em 2021 com uma programação diversificada de espetáculos ao vivo na internet. Estão mantidos os shows, as apresentações de teatro e dança, e os espetáculos para crianças e famílias, sempre mesclando artistas e companhias consagrados no cenário brasileiro com as novas apostas. As transmissões permanecem de terça a domingo, cada linguagem artística em um horário, e com o formato híbrido, seja direto das unidades do Sesc no estado São Paulo, ainda sem a presença do público na plateia e seguindo todos os protocolos de segurança, intercaladas com lives realizadas na residência ou em estúdios de trabalho dos artistas. E no YouTube do Sesc SP também é possível ver ou rever apresentações de 2020 que estão no acervo.

Para este ano, a programação traz tudo isso e algumas novidades, que serão implementadas durante as próximas semanas. Os espetáculos apresentados direto das unidades do Sesc passam a se apropriar de outros ambientes, além da ‘caixa cênica preta’ que é o palco, como foyers, espaços de convivência e bibliotecas, com o objetivo de atender as diferentes propostas artísticas, principalmente àquelas pensadas para serem executadas ao ar livre. Fazer destes novos espaços o ‘palco’ para os artistas, visa também apresentar ao público que acompanha o #EmCasaComSesc, do Brasil e exterior, a estrutura e a diversidade arquitetônica das unidades do Sesc São Paulo, principalmente os que nunca estiveram em uma sede da instituição. Outra ação incorporada à programação é a interatividade com o público, seja antes, durante ou após as exibições ao vivo. Será uma oportunidade para o público se aproximar mais dos artistas e das obras apresentadas.

Ao longo deste ano, a série deve chegar a novas praças, em especial nos estados conhecidos pela pluralidade da produção cultural e efervescência artística. A programação irá ocorrer em espaços das unidades fora dos teatros, com artistas, grupos e companhias de outras regiões do Brasil participando e o público terá um contato maior com os artistas para conhecer os trabalhos.

Nestes casos, assim como já ocorreu em 2020 nas transmissões realizadas direto de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, os espetáculos serão apresentados da casa ou estúdio de trabalho dos artistas, ou mesmo de outros espaços culturais da cidade em que estão localizados. O modelo híbrido de apresentações, implementado em outubro de 2020, faz parte da retomada parcial e gradativa das atividades do Sesc, permitindo o encontro com artistas de outros estados ou pertencentes ao grupo de risco do coronavírus, e ao mesmo tempo estimulando o setor cultural ao abrir os palcos de suas unidades.

Retrospectiva 2020: no YouTube do Sesc São Paulo e na matéria do portal é possível conferir shows, espetáculos de teatro e dança e atividades para as crianças, a partir de conexões e eixos temáticos encontrados entre as mais de 400 apresentações, que registram mais de 13,5 milhões de visualizações no ano passado. São diversas playlists criadas pela equipe curatorial.

Programação - 2 a 7 de março
Na terça-feira, dia 2, abrindo a programação 2021 de Música da série, o palco do Teatro Anchieta, do Sesc Consolação, recebe o Trio Corrente, formado por Edu Ribeiro (bateria), Fabio Torres (piano) e Paulo Paulelli (contrabaixo). No show, intitulado "Trio Corrente - 20 anos", que celebra duas décadas de carreira do trio, os instrumentistas interpretam clássicos do choro, da MPB e de seu repertório autoral, a exemplo das composições "Outra Vez" (Antônio Carlos Jobim), "Êxtase" (Djavan), "Venezuelana 3" (Fabio Torres) e "Sambassi" (Paulo Paulelli). As apresentações instrumentais do Música #EmCasaComSesc seguem às terças-feiras, às 19h.

Quinta-feira, dia 4, às 21h, é a vez de dança no #EmCasaComSesc. Diretamente do Sesc Avenida Paulista, o grupo GRUA - Gentlemen de Rua apresenta o espetáculo "Corpos de Passagem". O trabalho tem como eixo central o "passar", o "comunicar", o "lugar" e o "corpo", termos que o próprio nome do trabalho traz como definição. Vestidos de terno preto, gravata e camisa, os integrantes se relacionam com a geografia do espaço, promovendo um deslocamento de percepções e sensações. 

Tudo o que ocorre se torna elemento do jogo instaurado, construindo uma relação intensa com as situações que se apresentam no instante da performance. E se o instante é uma das questões de "Corpos de Passagem", como lidar com essa condição no momento que a apresentação for transmitida - ao vivo, online, sem a presença do público, mas na presença dele? Com o espectador como agente distinto daquele que experienciava o espetáculo na presença, qual a relação possível de se estabelecer nessa situação? Direção de Jorge Garcia, Willy Helm e Osmar Zampieri. Com Jorge Garcia, Henrique Lima, Fernando Martins, Jerônimo Bittencourt, Vinícius Francês e Osmar Zampieri e música de Eder "O" Rocha .

A música segue na sexta-feira, dia 5, e no sábado, dia 6, às 21h, no #EmCasaComSesc. Na sexta-feira, a cantora baiana Marcia Castro apresenta o show "Do Pecadinho à Treta", direto do Sesc Pompeia, acompanhada por Rovilson Pascoal (guitarra), Magno Vito (contrabaixo) e Michelle Abu (bateria). No repertório da live, canções que estão presentes nos quatro álbuns de carreira da artista, além de músicas que são fruto de sua pesquisa para o próximo disco, "Axé", a ser lançado em 2021. 

Já no sábado, direto do Rio de Janeiro, o cantor Lenine mostra composições próprias, com seu violão multifônico e percussivo, estabelecendo um fluxo contínuo para canções que percorrem sua carreira no palco e no estúdio, como "A Mancha" (Lenine / Lula Queiroga), composições recentes do projeto "Lenine Em Trânsito" e algumas surpresas da criação colaborativa na estrada.

Sábado, dia 6, também é dia dos pequenos na programação da série, em Crianças #EmCasaComSesc, que em 2021 acontece em novo horário: às 15h. Direto da biblioteca Sesc Santo Amaro, o escritor, contador de histórias e pesquisador de literatura infantil e tradição oral, Giba Pedroza, apresenta "No Colo da Menina Infância". O espetáculo de narrativas, poemas e cantigas celebra a infância e é formado por obras de autores como Pedro Bandeira, Tatiana Belinky (1919-2013) e do próprio Giba Pedroza; por contos adaptados do livro "Contos da Rua Brocá", do escritor francês Pierre Gripari (1925-1990) e por frases extraídas do livro "Dicionário de Humor Infantil", de Pedro Bloch (1914-2004). O poema "No Colo da Menina Infância", homônimo ao espetáculo e também de autoria de Pedroza, será lido no encerramento da apresentação - que tem ainda a "participação" de amigos imaginários, que serão convidados a responder perguntas (por voz, em off).

No domingo, dia 7, fechando as apresentações da semana, a atriz Camila Pitanga estreia "Matriarquia em Processo", na programação do Teatro #EmCasaComSesc, que passa a acontecer aos domingos em novo horário: às 19h. O espetáculo inédito, criado por Camila, pela preparadora vocal Lucia Gayotto, pela dramaturga e roteirista Dione Carlos e pela diretora Cristina Moura, é um encontro de mulheres. E é deste encontro - ou "sistema social liderado por mulheres" - que o trabalho surge. A atriz, acompanhada do musicista Luiz Gayotto, interpreta a agente de saúde Stela, uma mulher que, submetida a um constante estado de vigília, passa a ter delírios auditivos, reencontrando a própria mãe no fundo de suas memórias e dialogando com a filha, momento em que a narrativa da personagem atravessa e conecta-se às memórias da própria atriz.

Agenda de 2 a 7 de março:

Terça-feira, dia 2, às19h
Música #EmCasaComSesc
Trio Corrente -
Edu Ribeiro (bateria), Fabio Torres (piano) e Paulo Paulelli (contrabaixo).
Em "Trio Corrente - 20 anos" | Classificação indicativa: livre


Quinta-feira, dia 4, às 21h
Dança #EmCasaComSesc
GRUA - Gentlemen de Rua em "Corpos de Passagem"
| Classificação indicativa: 14 anos


Sesta-feira, dia 5, às 21h (novo horário)
Música #EmCasaComSesc
Marcia Castro em "Do Pecadinho à Treta"
| Classificação indicativa: livre


Sábado, dia 6, às15h (novo horário)
Crianças #EmCasaComSesc
Giba Pedroza em "No Colo da Menina Infância"
| Classificação indicativa: livre


Sábado, dia 6, às 21h (novo horário)
Música #EmCasaComSesc
Lenine
| Classificação indicativa: livre

Domingo, dia 7, às 19h (novo horário)
Teatro #EmCasaComSesc
Camila Pitanga em "Matriarquia em Processo"
| Classificação indicativa: 12 anos



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