quarta-feira, 10 de março de 2021

.: As Clês narram vozes femininas como Pagu e Tarsila do Amaral para crianças


Com uma linguagem lúdica, as atrizes Beatriz Diaféria e Junia Magi narram as histórias de superação de mulheres das mais variadas áreas do conhecimento. Dentro da programação da série Biblioteca Viva da Secretaria de Cultura, as contadoras de histórias. As Clês apresentam para as crianças as vozes femininas do mundo. Entre elas estão uma jurista, uma maratonista, uma jornalista e uma inventora, além da escritora Pagu e pintora Tarsila do Amaral. No mês da mulher, as atrizes Beatriz Diaféria e Junia Magi, a ser apresentado nos dias 10, 12, 13, 17, 19 e 20 de março, sempre às 16h, com transmissão online e gratuita pela página de Facebook da companhia. 

São elas: a escritora Pagu (quarta-feira, dia 10), a pintora Tarsila do Amaral (sexta-feira, dia 12), a jornalista Eugênia Álvaro Moreyra (sábado, dia 13), a jurista Maria Rita Soares (quarta-feira, dia 17), a ex-maratonista Kathrine Switzer (sexta-feira, dia 19) e a inventora Hedy Lamarr (dia 20 de março). O projeto começou com Frida Kahlo, no último dia 6, e Nise da Silveira, dia 8 de março.

Com uma linguagem lúdica, as atrizes Beatriz Diaféria e Junia Magi narram as histórias de superação de mulheres das mais variadas áreas do conhecimento. “São mulheres que fizeram a diferença na história, sendo sujeitas do seu tempo, rompendo barreiras e conquistando espaços antes jamais imaginado”, diz Junia Magi, completando que são histórias baseadas na vida de mulheres latino-americanas que lutaram contra as adversidades de gênero, de classe e que contestaram os padrões femininos de sua época.

Cleusa e a Cleide, mais conhecidas como Clês, são as personagens interpretadas pelas atrizes-narradoras, que embalam seu trabalho com música e utilizam objetos cênicos como suporte para as contações. As atrizes contam que o projeto foi criado pela vontade de enfocar narrativas femininas, mostrando que mulheres também fizeram grandes feitos, transformaram a sociedade e conquistaram lugares importantes no seu tempo.

“Queremos dizer para as crianças que elas podem ser o que quiserem, da forma que quiserem e no tempo que quiserem, sem deixar ninguém falar o contrário”, completa Beatriz Diaféria. “É muito gratificante contar a história dessas mulheres. No final da ação tem sempre alguém que conta a história de uma mãe ou uma avó que foi determinante pra sua vida”, comenta Junia.

Criada em 2012, a companhia de contação de histórias para crianças tem a proposta de levar ao público infantil e às famílias, em geral, toda a riqueza das histórias, significados e aprendizados presentes nas mais diversas mitologias construídas por grupos humanos em diversas épocas e regiões. “O projeto surge com a vontade de trazer narrativas femininas para a nossa historicidade, mostrar que mulheres também fizeram grandes feitos, transformaram a sociedade e conquistaram lugares importantes no seu tempo”, diz a atriz Junia Magi.

O grupo As Clês mantem no repertório o projeto “As Clês Contam a Origem do Mundo”, com histórias inspiradas em mitologias grega, indígena e japonesa, tendo circulado por diversas unidades do Sesc, Casa das Rosas, Itaú Cultural, Arte na Rua, Biblioteca Parque Villa-Lobos, Biblioteca de São Paulo, Biblioteca Mário de Andrade e Centro Cultural São Paulo. Venha desfrutar das Clês e destas mulheres incríveis!

Transmissão online pela página de Facebook da Cia as Clês. Sempre às 16h. Gratuito. Realização Secretaria de Cultura e Biblioteca Viva. https://www.facebook.com/ciaascles.

10 de março - Pagu (Patrícia Galvão) - Uma das mais polêmicas figuras femininas da história brasileira no século 20. Escritora, poeta, foi militante do Partido Comunista, o que lhe rendeu várias prisões. 


12 de março - Tarsila do Amaral - Importante artista plástica brasileira, uma das principais artistas modernistas da América Latina, influenciada por vanguardas europeias,  criou um estilo próprio, explorando formas e temáticas tipicamente brasileiras.


13 de março - Eugênia Álvaro Moreyra - Jornalista, atriz e diretora de teatro brasileira. De personalidade anticonvencional e transgressora, foi uma das pioneiras do feminismo e uma das líderes da campanha sufragista no país.


17 de março - Maria Rita Soares - Advogada, feminista e magistrada brasileira. Tornou-se, em 1967, a primeira juíza federal do Brasil. Também foi a primeira mulher a integrar o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.


19 de março - Kathrine Switzer - Ex-maratonista alemã que entrou para a história por ser a primeira mulher a participar da Maratona de Boston, em 1967, numa época em que apenas os homens podiam integrar quaisquer provas de rua no país.


20 de março - Hedy Lamarr - Atriz e inventora austríaca radicada nos Estados Unidos.

.: Marcello Camargo, filho de Hebe: "Silvio Santos pediu perdão para ela"


Na semana em que Hebe completaria 92 anos, Marcello Camargo, filho da apresentadora, abre o coração e faz declarações emocionantes sobre a trajetória da mãe. Filho de Hebe relembra a saída polêmica dela do SBT e a relação de amizade eterna com Silvio Santos e ainda fala do primo Cláudio Pessutti, que faleceu vítima de Covid 19. Foto: Divulgação/Record TV

Na semana em que a apresentadora Hebe Camargo completaria 92 anos, o filho único dela, Marcello Camargo, revela, em entrevista ao programa "A Noite É Nossa" desta quarta-feira, dia 10 de março, histórias curiosas e emocionantes da mãe, que faleceu em setembro de 2012, deixando um país inteiro comovido e órfão de seu talento e da sua alegria de viver. A matéria foi realizada pela repórter Fabiana Oliveira.

Aos 55 anos, o filho único da apresentadora, Marcello, é agora responsável pelo legado da mãe. O primo e empresário, Cláudio Pessutti, que cuidava de todos os negócios da família, faleceu em janeiro deste ano, vítima de Covid-19. Foi ele quem fez a gestão da carreira de Hebe e trabalhou como braço direito da tia por décadas, inclusive acompanhando a apresentadora em momentos importantes da vida profissional, como, por exemplo, sua saída do SBT. “Quando minha mãe optou por alguém da família para cuidar da carreira dela, eu era muito novo e não tinha conhecimento para assumir uma coisa tão importante como aquilo. E o Cláudio, que era mais velho, já tinha mais bagagem de vida. Naquele momento, foi a pessoa certa”, relata.

Em 2011, após 24 anos com seu programa no ar, Hebe deixou o SBT para assinar um contrato com a Rede TV. A saída de Hebe virou um grande acontecimento na história da televisão brasileira e gerou muitas especulações nos bastidores. “Foi uma surpresa, né? Para a minha mãe foi muito difícil porque ela tinha muito amor pelo SBT. Ninguém entendeu”, desabafa Marcello Camargo. 

Em 2012, após rescisão com a nova emissora, a família Abravanel tentou trazer Hebe de volta ao SBT. “Um pouco antes da minha mãe falecer, a Daniela Beyruti (filha de Silvio Santos) esteve conosco e falou para ela: ‘Está na hora de você voltar para casa. Você quer fazer o quê? Mensal, semanal, quinzenal, diário... você escolhe’. Foi uma coisa importante para minha mãe porque ela nos deixou estando empregada. Mesmo que fosse ‘só de boca’ , mas era no SBT, que inevitavelmente era a casa que ela mais amava", revela.

De acordo com Marcello Camargo, as demonstrações de carinho de Silvio Santos por Hebe eram sempre comemoradas por ela. “Uma relação de profunda admiração e profundo respeito profissional. Me lembro que minha mãe estava no hospital, fazendo quimioterapia, e o Silvio ligou. Ela arrancou todos os fios, lá no hospital mesmo, de tanta alegria que ela sentiu com aquele telefonema”.

Ainda sobre Silvio, Marcello conta que a empresária e amiga Lilian Gonçalves narrou a ele um momento que o comoveu. “No velório da minha mãe, o Silvio estava ao lado da Lilian Gonçalves. E ela diz que, na beira do caixão, ele pediu perdão (para a Hebe). E aí falou depois: ‘Ela me perdoou’”, afirma Marcello sobre o pedido de perdão de Silvio, em referência ao período final da vida de Hebe, em que ela se tornou apresentadora de outra emissora. Após o pedido de perdão no velório, o dono do SBT deu um selinho em Hebe. 

Marcello ainda revela uma paixão platônica que a mãe sentiu pelo Rei Roberto Carlos, rebate o mito da coleção de 20 carros importados que Hebe supostamente mantinha em sua mansão no Morumbi, em São Paulo, e critica situações mostradas na cinebiografia “Hebe”, de 2019. “Eu vi cenas ali que eu falei: ‘Isso não existe’. Eu me senti muito chateado, me senti ferido realmente porque minha mãe odiava uísque. No filme, ele está o tempo inteiro com um copo de uísque na mão. Minha mãe jamais bebeu no camarim ou no trabalho, jamais deu vexame em algum lugar, como em uma cena mostrada no filme com ela, a Nair e a Lolita. Eu não consegui ver aquilo, me revoltou demais”, desabafa. 

Durante a entrevista, o filho ainda ouve de amigos da mãe histórias curiosas, como a de um acidente de avião que quase matou Hebe na década de 1980, e também descobre como está o Fendi, um cão da raça galguinho italiano e um dos preferidos de Hebe. Hoje, o cachorro com quem a apresentadora dividia a própria cama é cuidado por uma antiga funcionária dela. "A Noite É Nossa" é exibido às quartas-feiras, a partir das 22h45, com direção-geral de João Scortecci.

terça-feira, 9 de março de 2021

.: "A Árvore", com Alessandra Negrini, é um espetáculo gritante e urgente


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Religar o homem e a natureza, fincar os pés na terra, enxergar a essência para entender de onde viemos e para onde podemos ir é o que propõe "A Árvore", espetáculo híbrido entre teatro e cinema, que traça um jogo reflexivo com o espectador.  "A Árvore" é um ato de resistência. Para o teatro. Para o cinema. Para a arte. Para a vida humana e vegetal. 

Baseado na obra de ficção de Silvia Gomez, com criação e roteirização de Ester Laccava e direção conjunta de Ester Laccava e de João Wainer, o espetáculo "A Árvore", até o momento, é a maior estreia do ano. Alessandra Negrini, atriz ultramoderna e conectada a tudo o que está ao redor, aparece majestosa neste monólogo inovador, não apenas porque mistura cinema e teatro, mas pelas conversas que impõe ao público e pelas conexões entre homem e natureza que pode levar o telespectador a pensar. 

"A Árvore" é exibida em um momento em que a arte precisou se reinventar. Há uma pandemia matando pessoas e o teatro, que já não era tão frequentado quanto deveria em todo o mundo, está entre as representações artísticas que mais sofreram ao longo do isolamento social imposto para as pessoas. Em uma plateia vazia, várias imagens externas e cenários que enchem os olhos, Alessandra Negrini interpreta, com muita energia, uma mulher que fica presa pelo cabelo a uma planta. A partir desse encontro, ela começa a se reconectar com aquilo que tem de melhor em si.

Produzido por Gabriel Fontes Paiva, que assina a produção, e a própria atriz,o  espetáculo foi pensado  originalmente para estrear teatro e foi adaptado para o formato online pela questão da pandemia. Há muita sensibilidade no texto e uma interpretação orgânica de Alessandra Negrini. Na peça teatral, ela é natureza em estado bruto. Antes de se misturar com o que é verde e depois que o espetáculo acaba. 

Mas "A Árvore" também é crítica. Se o corpo é casa, é correto o que se faz com o planeta Terra? Que sinais o mundo vem nos enviando? Isso, misturado com a realidade em que se vive hoje, torna o espetáculo gritante e urgente. É o momento de voltar os olhos para si e "A Árvore" planta essa semente em cada telespectador que passar por ela.


Serviço
Espetáculo: 
"A Árvore". Idealização e interpretação: Alessandra Negrini. Texto: Sílvia Gomez. Criação e roteirização: Ester Laccava. Direção: Ester Laccava e João Wainer. Direção de Produção: Gabriel Fontes Paiva. Realização: Fontes Realizações Artísticas. Produtores Associados: Alessandra Negrini e Gabriel Fontes Paiva. Assessoria de imprensa: Maria Fernanda Teixeira (Arteplural). Na programação online do Teatro FAAP pela plataforma Tudus. Ingressos: R$ 30. Duração: 70 minutos. Classificação etária: 14 anos. Em plataforma digital no Teatro FAAP www.teatrofaap.com.br na plataforma da Tudus. www.tudus.com.br. De 26 de fevereiro a 18 de abril. Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h.



.: Globo Livros lança "Meu Caminho até a Cadeira Número 1", de Rachel Maia


Em seu primeiro livro, Rachel Maia conta sua trajetória de vida e como construiu uma carreira de sucesso. "Compartilho neste livro minha história. Afinal, não poderia falar do ponto de chegada sem contar como me tornei a mulher que sou hoje", afirma a autora.

Conquistar um cargo de diretoria é algo distante para a maior parte da população brasileira. Imagine, então, quando se é mulher, negra e periférica. Além da desigualdade entre homens e mulheres, a cor da pele poderia colocar Rachel Maia, hoje uma das executivas de maior prestígio no Brasil e no mundo, fora do jogo. Com um perfil diferenciado dentro do mundo corporativo, a trajetória de sucesso e pioneirismo da executiva é contada nas páginas de seu primeiro livro "Meu Caminho até a Cadeira Número 1", lançamento da Globo Livros, que chega às livrarias no dia 8 de março.

No livro, Rachel mostra um lado menos corporativo e divide com os leitores a vida, os estudos e convicções sobre o mercado de trabalho, diversidade e como acreditar em si própria - mesmo com os momentos de dúvida. Da infância pobre até assumir o cargo de ceo em grandes multinacionais, ela fala dos amigos, da maternidade, da família e dos aprendizados herdados dos pais, do preconceito, da sua fé, dos erros e acertos desta desafiadora jornada.

"Não poderia falar do ponto de chegada sem contar como me tornei a mulher que sou hoje. Com este livro, quero inspirar outras meninas e mulheres a terem certeza de que nós podemos e somos capazes de conquistar tudo aquilo que sonhamos. Foram meus sonhos que me trouxeram até aqui. Acredito muito na força das mulheres e fico feliz de agora poder compartilhar minha história como um exemplo de sucesso", declara a autora de "Meu Caminho até a Cadeira Número 1".

Rachel Maia passou por companhias como Cia’s Seven Eleven, Farmacêutica Novartis, Tiffany & Co Joalheria, Pandora e Lacoste Brasil, e mais de 30 anos de experiência no mercado, Rachel mostra em "Meu Caminho até a Cadeira Número 1" que o sucesso nos negócios se deve à sua história de vida e costura a narrativa com depoimentos de familiares, amigos, colegas e parceiros, além de fotos de momentos íntimos com a família e os filhos. Você pode comprar "Meu Caminho até a Cadeira Número 1", de Rachel Maia, neste link.

Sobre a autora:
Rachel Maia é uma das executivas de maior prestígio no Brasil e no exterior, com passagens por companhias como Cia’s Seven Eleven, Farmacêutica Novartis, Tiffany & Co Joalheria, Pandora e Lacoste Brasil. Caçula de sete irmãos, cresceu no extremo sul da cidade de São Paulo e se especializou em cursos dentro e fora do país. Com mais de 30 anos de experiência nos segmentos de Consumidores e Farmacêutica, construiu uma carreira bem-sucedida em importantes empresas globais. 

Reconhecida em 2020 com o Prêmio Líder do Ano, concedido pela Exame Melhores e Maiores, Rachel segue no mercado de luxo e no varejo, prestando consultoria, por meio da RM Consulting. É fundadora do Projeto Social Capacita-me e ocupa a cadeira, pelo segundo mandato, de Presidente do Conselho Consultivo da Unicef Brasil, e, recentemente, tornou-se conselheira do Grupo Soma. Mãe de Sarah Maria e de Pedro Antônio, Rachel acredita em uma forma humana e agregadora para alcançar o sucesso profissional.


Ficha técnica
Título: 
"Meu Caminho até a Cadeira Número 1"
Autor:
Rachel Maia | Páginas: 248 | Formato: 14X21cm
ISBN: 9786586047608 | Link na Amazon: https://amzn.to/38l5EGW


.: Diário de uma boneca de plástico: 9 de março de 2021

Querido diário,

Prepare-se que o dia de hoje é meeeeeeeu! Muito meu!! É o dia da Barbie... Quando eu fui lançada pela Mattel, a partir da ideia de Ruth Handler, em 1959. 

Eis que nesses 62 aninhos surgiram tantos, mas tantos modelos de garotas para viver em plástico, assim como eu... Mas eu até que ainda sou novinha. Fui criada para comemorar os 50 anos da Barbie, numa releitura da clássica doll em maiô listrado. Daí, eu ganhei um biquíni listrado e até um celular de abrir e fechar, inclusive.

Sou a Barbie Then And Now, 1959 - 2009. 

Na época, a minha dona viu diversas irmãs minhas nas vitrines, mas eu cheguei nela comprada em um lote, com outras duas bonecas. Ela cuidou tanto, tanto de mim que... viramos #bffs!! Ganhei o coração dela e, agora, vocês me conhecem como Donatella Fisherburg!

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,


.: Lançamento do livro "Respire: A Nova Ciência de Uma Arte Perdida"


Partindo de estudos científicos e de pesquisa de campo, o jornalista americano James Nestor mostra como respirar corretamente traz benefícios para o corpo e a mente. 

Desde a Antiguidade, a respiração é reconhecida como a base de nossa saúde e bem-estar. Segundo cálculos médios, inspiramos e expiramos cerca de 670 milhões de vezes durante toda a nossa vida. Apesar disso, a espécie humana parece ter desaprendido a inalar e expelir o ar corretamente, e os maus hábitos nos trouxeram graves problemas. Em "Respire: A Nova Ciência de Uma Arte Perdida", que a Intrínseca lança em março no Brasil, o jornalista James Nestor investiga os benefícios de uma respiração consciente, que nos permite acessar nosso sistema nervoso, controlar nossa resposta imune e, por fim, restaurar nossa saúde.

O autor afirma que 90% das pessoas respiram incorretamente − isto é, pela boca em vez de pelo nariz. Essa diferença pode parecer trivial, mas, ao contrário da boca, o nariz limpa, aquece e umedece o ar antes de ele entrar no corpo. Com isso em mente, Nestor entrevistou homens e mulheres que estudam a ciência esquecida de antigas práticas de respiração e testou crenças há muito enraizadas sobre como respiramos. O que ele descobriu foi que basta um pequeno ajuste na forma de inspirar e expirar para melhorar o desempenho de um atleta, rejuvenescer nossos órgãos, deter o ronco, a asma e doenças autoimunes e até endireitar colunas com escoliose.

Em sua pesquisa de campo, o autor visitou escavações de antigas catacumbas em Paris, corais em New Jersey e até ruas poluídas de São Paulo. Na Grécia, conversou com dezenas de especialistas em mergulho livre, a antiga prática de permanecer centenas de metros abaixo da superfície da água com um único fôlego, por doze minutos. Como treinar o corpo e aumentar a capacidade pulmonar, de modo a tornar possível tamanha proeza?

Valendo-se de textos médicos milenares e dos estudos científicos mais recentes nas áreas de pneumologia, psicologia, bioquímica e fisiologia humana, James Nestor rompe com o senso comum em torno da nossa função biológica mais básica. Você pode comprar "Respire: A Nova Ciência de Uma Arte Perdida", de James Nestor, neste link.


O que disseram sobre o livro

“Um bem-vindo e revigorante manual do usuário para o sistema respiratório.” - Kirkus Reviews 

“Respire revela a importância da nossa respiração e nos promete uma vida nova.” - Bookpage


Sobre o autor
James Nestor é jornalista e já colaborou com diversos veículos, entre os quais The New York Times, Outside, Scientific American, The Atlantic e San Francisco Chronicle. É também autor de Deep: Freediving, Renegade Science, and What the Ocean Tells Us about Ourselves. Atualmente, Nestor vive e respira em São Francisco, nos Estados Unidos. 

Ficha técnica
"Respire: A Nova Ciência de Uma Arte Perdida"
Autor:
James Nestor
Tradução: Petê Rissatti
Páginas: 288
Editora: Intrínseca
Link na Amazon: https://amzn.to/3sZNgLI

.: Primeiro volume de "Poesia Autónima" é disponibilizado pela Global Editora


Edição de 2021 apresenta pesquisa feita por Teresa Rita Lopes, influente professora catedrática de Literaturas Comparadas da Universidade Nova de Lisboa (Portugal).

A Global Editora começa uma nova fase de suma importância para a casa e para o leitor de Fernando Pessoa, já que em março lança "Poesia Autónima", que traz consigo a obra de um dos maiores escritores da literatura universal. Esse primeiro volume proporciona acesso a versos inéditos do poeta, os quais são considerados por estudiosos um trabalho concebido por sua persona poética, diferenciando-se de outras obras já publicadas, que traziam heterónimos diferentes. O livro apresenta poemas que datam desde o início de seu trabalho como escritor até o ano de 1930.

Anteriormente, a editora havia publicado o "Livro do Dessassego" e outras obra de alguns heteronónimos de Pessoa, como Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, os quais marcaram o "start" de uma etapa igualmente relevante, pois o brasileiro pode ter acesso à poesia do autor português.

A edição inédita foi desenvolvida a partir do trabalho da pesquisadora Teresa Rita Lopes, que já havia envolvimento em outras obras publicadas pela editora, já que é uma respeitável professora catedrática de Literaturas Comparadas na Universidade Nova de Lisboa, em Portugal. "A pesquisadora tem dedicado uma vida inteira academicamente aos escritos de Fernando Pessoa e, com certeza, tê-la como parceira nesse projeto é importantíssimo, tanto para o desenvolvimento da obra quanto para nós que trabalhamos no setor editorial", enfatiza Richard Alves, diretor geral da Global Editora.


Sobre o autor
Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu aos 13 de junho de 1888, em Lisboa. Em 1896, vai com a mãe e padrasto para África do Sul, onde realiza seus primeiros estudos. Devido a esse fato, o inglês converteu-se em sua segunda língua, que utilizou para escrever diversos poemas.

Em 1905, Fernando Pessoa retornou a Lisboa, para se matricular no Curso Superior de Letras, que abandonou um ano depois, motivado por uma greve de estudantes. Em 1913 escreveu a poesia Pauis e, em 1914, os primeiros poemas de seus heterônimos, Alberto Caieiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis.

Consagrado escritor, Fernando Pessoa também foi astrólogo, crítico literário, tradutor, correspondente comercial e inventor. Seu legado permanece vivo até hoje. A vida do poeta foi dedicada a criar e escrever, principalmente através de seus heterônimos.  Pessoa faleceu em Lisboa, em 30 de novembro de 1935, com 47 anos. "Livro(s) do Desassossego" e "Vida e Obras de Alberto Caeiro" são algumas de suas obras publicadas pela Global Editora. Você pode comprar "Poesia Autónima", de Fernando Pessoa, neste link.

Ficha técnica:
Título: "Poesia Autónima"

ISBN: 978-65-5612-064-5
Autor: Fernando Pessoa
Número da edição:
Número de páginas: 608
Formato: 17 X 25 cm
Valor: R$ 99,00
Link na Amazon: https://amzn.to/3kY0jKJ

segunda-feira, 8 de março de 2021

.: Carpinejar lança livro de memórias com lições que aprendeu com a mãe


"Coragem de Viver"
é uma homenagem a Maria Carpi, uma das mais respeitadas poetas contemporâneas brasileiras. "Escolhi escrever sobre a coragem de viver. Não fazia sentido ser genérico, sem um exemplo. Queria provar que ela existe, que é possível. Portanto, escolhi falar da pessoa mais corajosa que conheci na vida: minha mãe, Maria Carpi. Ela é a metáfora viva da valentia", explica Fabricio Carpinejar, autor do livro.

Mas se engana quem pensa que "Coragem de Viver" é somente a biografia de Maria Carpi. O livro é algo muito maior: é a biografia do amor de um filho pela mãe. Não são raras as homenagens póstumas de filhos para mães em livros. A inspiração muitas vezes surge da ausência, da saudade.

"Coragem de Viver", novo livro de Fabricio Carpinejar que chega às lojas pela Editora Planeta, nasce da vontade de homenagear a mãe, a poeta Maria Carpi, pelos seus 30 anos de literatura comemorados em 2020, ano em que o isolamento social, o medo e as incertezas consequentes da pandemia fizeram as pessoas repensarem a forma como vivem e a perceberam a importância dos laços.

Ao longo de quase 60 textos acompanhados de ilustrações, Carpinejar apresenta memórias antigas e recentes da mãe transformadas em reflexões e lições de vida. Uma das principais poetas brasileiras da atualidade, Maria Carpi foi quem ensinou o autor a ler quando a escola havia desistido dele, quem o ajudou a criar sua filha quando era universitário e quem comprou parte da edição de seu primeiro livro sem que ele soubesse. Ela também foi quem precisou recomeçar depois do divórcio aos 40 anos e tendo 4 filhos, contas para pagar e nenhum bem. No livro, Carpinejar resgata as lições mais importantes que absorveu na companhia na mãe em uma narrativa que emociona, envolve e gera identificação para quem lê.

Nem mesmo acontecimentos cotidianos como o ato de devolver um pote para a mãe que antes estivera cheio de alguma porção de comida afetiva passam despercebidos nas reflexões do autor, que ressalta a importância em se retribuir gestos generosos. "Nós, filhos ingratos, achávamos que lembrar de lavar as vasilhas já demonstrava um carinho suficiente. Mal notávamos nossa mesquinhez: recebíamos um pote cheio e devolvíamos vazio", ele excreve. No livro, Carpinejar aborda temas como fé, ciúme, longevidade, sensibilidade, compaixão, egoísmo, dor, tristeza e superação.

Em um dos textos, ele discorre sobre a relação da mãe com a morte para trazer uma consideração sobre a questão "Ela diz que não vai morrer por agora, pois ainda tem algo a dizer. Não conheço tamanha sabedoria para explicar o nosso fim. Só morremos quando não temos mais nada a falar. Quando o silêncio é perfeito. (...) Nossa bagagem é o coração cheio. O morto não sofre com a sua morte. São os vivos que não suportam a saudade".

Relembrando um período de dificuldade financeira da família, após a separação dos pais, Carpinejar tira um dos mais valiosos ensinamentos: "Jamais fui tão feliz na infância. Por não ter nada, éramos tudo um para o outro". Além de uma homenagem à mãe, "Coragem de Viver" é um convite a todos os leitores a repensar as questões da vida e encarar as dificuldades como um processo de aprendizado.

Sobre o autor
Com 46 livros publicados, e mais de duas dezenas de prêmios literários, entre eles o Prêmio Jabuti por duas vezes, Fabrício Carpinejar é um dos escritores contemporâneos brasileiros mais reconhecidos do país. Suas obras transitam entre diversos gêneros, como poesia, crônica, memória, infantojuvenil e reportagem.

"Colo, Por Favor! - Reflexões em Tempos de Isolamento", o primeiro livro publicado sobre o período da pandemia, já vendeu mais de 25 mil exemplares. Autor do best-seller "Cuide dos Pais Antes que Seja Tarde", também é famoso nas redes sociais por postar pequenos pensamentos escritos em guardanapos, que compartilha diariamente com seus seguidores.

Além dos trabalhos autorais, o jornalista apresentou o programa "A Máquina", da TV Gazeta, é colunista do jornal O Tempo, onde escreve crônicas semanalmente, e é comentarista do programa "Encontro com Fátima Bernardes", exibido pela TV Globo. "Coragem de Viver" inverte a lógica da herança - é um testamento em vida que o lho deixa para a sua mãe, a poeta Maria Carpi.

Ficha técnica
Livro: 
"Coragem de Viver"
Autor: Fabricio Carpinejar
Ilustrações: Ana Carolina / anacardia
Páginas: 160
Editora: Planeta
Link na Amazon: https://amzn.to/3v1b8Ap

.: Dia Internacional da Mulher: por que sempre comparada às rosas?


"A Revolução das Rosas"
dá um novo sentido para o presente mais tradicional no Dia Internacional da Mulher. A obra relaciona o desabrochar da flor com o desenvolvimento da mulher. São 27 exercícios práticos que transformam a dor feminina em poder e força.

Toda mulher gosta de rosas? Obra publicada pela Editora Saphi compara o desabrochar da flor mais romântica do mundo com o desenvolvimento da mulher e revela que o despertar para a felicidade pode estar no capítulo mais inesperado da vida.

Em "A Revolução das Rosas", 27 exercícios práticos são propostos ao fim de cada capítulo para as leitoras interessadas em encontrar um novo caminho de decisões mais conscientes e assertivas. A obra da Editora Saphi convida o público feminino a descobrir nas dores e dificuldades uma fonte de poder.

Relatos inspiradores escritos por esposas, mães, filhas e profissionais, mulheres reais que de alguma forma se conectam com o público, completam a produção idealizada por Welly Carvalho e Paulo Saphi. 27 mulheres de todas as áreas narram suas dores mais profundas, as perdas irreparáveis, e também como enfrentaram os medos e desafios para afastar as tempestades.

A relação das duas rosas, ora vista como flor e ora como substantivo próprio, se dá pela comparação do desenvolvimento de cada uma: características internas e externas; ciclos, estações, desenvolvimento, essência e encantos.

Por meio de pequenas mudanças a partir da obra, a leitora de A Revolução das Rosas irá transformar com naturalidade cada área de sua vida. Não importa qual seja o estado atual, é possível fazer uma verdadeira revolução na própria realidade e alcançar a vida de outras pessoas. A pergunta é: quem está preparada para viver essa revolução?


Trecho do livro

“Quantas de vocês vem se escondendo atrás do trabalho não querendo enxergar que o relacionamento já acabou e você está levando com a barriga? Você tem colocado a sua energia e o seu foco na vida profissional. Se a família é importante para você, coloque sua energia nela, busque ajuda se precisar e faça o que estiver ao seu alcance para resgatar os valores familiares.” (A Revolução das Rosas, pág.11)

Ficha Técnica:

Idealizadores: Welly Carvalho e Paulo Saphi
Editora: Editora Saphi{
ISBN: 978-65-87111-02-
Páginas: 204
Formato: 23x16
Link de venda:  https://amzn.to/2OxAzss



.: Carolina Maria de Jesus: mulher, negra, favelada, catadora e doutora


Por Rodrigo Augusto Prando.

Em homenagem póstuma, Carolina Maria de Jesus, autora do famoso livro "Quarto de Despejo", recebeu o título de Doutora Honoris Causa, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Carolina Maria de Jesus morou na favela do Canindé, na cidade de São Paulo, onde, hoje, está a Marginal Tietê. 

A vida de Carolina Maria era de catadora, tirava do lixo o pouco que tinha a fim de sustentar-se e à família. Gostava de escrever e, num diário, registrou o cotidiano da favela, numa dureza e desumanização que, da década de 1960 até os anos 2020, mantém, ainda, infelizmente, muitos de seus traços, ainda que a cidade e o país tenham mudado.

Tendo estudado apenas até o segundo ano do primário, sua escrita é repleta de erros que, no conjunto, são mínimos, desprezíveis, se comparado à grandeza de sua visão de mundo. Li "Quarto de Despejo" no início da adolescência e, em muitas atividades voluntárias no escotismo, lembrava dos trechos do livro quando estava em favelas (hoje, comunidades) fazendo minhas "boas ações".

Mais velhos, ainda no escotismo, meus amigos e eu, construíamos críticas ao assistencialismo que, então, praticávamos. Mas, de certa forma, esse viés imediato e assistencialista nos apresentava uma realidade que confirmava o que tinha lido de Maria Carolina. Alguns dos trechos de seu escrito são socos desferidos em nossa cara. A fome, o trabalho degradante e a doença são personagens de seu diário.

Em 15 de julho de 1955, registrou: "Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um par de sapatos para ela. Mas o custo dos gêneros alimentícios nos impede a realização dos nossos desejos. Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um par de sapatos no lixo, lavei e remendei para ela calçar".

Sobre as mulheres casadas que comentavam que Carolina Maria não tinha marido, ela escreve: "Elas tem (sic) marido. Mas, são obrigadas a pedir esmolas. São sustentadas por associações de caridade. Os meus filhos não são sustentados com pão de igreja. Eu enfrento qualquer espécie de trabalho para mantê-los. E elas, tem que mendigar e ainda apanhar. Parece tambor. A noite enquanto elas pede (sic) socorro eu tranquilamente no meu barracão ouço valsas vienenses"

Em 19 de julho: "Cheguei em casa, fiz o almoço. Enquanto as panelas fervia (sic) eu escrevi um pouco. Dei almoço as crianças, e fui no (sic) Klabin catar papel [...]. Trabalhei apreensiva e agitada [...] Elas (sic) (mulheres que moram na favela) costuma esperar eu sair para vir no meu barraco expancar (sic) os meus filhos. Justamente quando eu não estou em casa. Quando as crianças estão sosinhas (sic) e não podem defender-se".

O livro - o diário de sua existência - é documento de riqueza sociológica inestimável. Riqueza sociológica e metodológica da pobreza material, mas também, da riqueza moral e da dignidade daquela mulher negra e favelada.

A Sociologia Crítica de Florestan Fernandes - ele próprio filho de uma lavadeira, sem pai e criança pobre - nos revela um país que precisa compreender sua história e sua estrutura social. Um Brasil que ganha vida na obra de Florestan e na de seu discípulo, José de Souza Martins, que, em sua "Sociologia da Vida Cotidiana", traz à tona a vida do homem simples, dos que estão às margens, nas fímbrias de nossa sociedade. Carolina Maria nasceu em 1914 e faleceu, em 1977, aos 62 anos, de insuficiência respiratória, por conta de uma asma que teve por toda a vida. Seria, hoje, considerada do grupo de risco, múltiplos riscos.

A homenagem à Carolina Maria de Jesus é um bálsamo, especialmente, em nossa situação pandêmica, até porque a pandemia agudizou e desnudou nossa desigualdade de renda, oportunidades, educacional, de saúde e territorial. "Quarto de Despejo" foi muito lido, muito vendido e guindou sua autora à notoriedade. Hoje, por certo, Carolina Maria estaria atenta às "comunidades" e aos jovens com seus celulares, muitos, provavelmente, fazendo entregas por meio dos aplicativos, garantindo que possamos manter o distanciamento social e nosso home office.

Dedico este artigo à Tânia, que, no escotismo, me apresentou o "Quarto de Despejo" e Carolina Maria de Jesus.


Sobre o autor
Rodrigo Augusto Prando
é professor e pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Graduado em Ciências Sociais, Mestre e Doutor em Sociologia, pela Unesp .


Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Possui três campino estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. 

Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras. Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.




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