sexta-feira, 12 de março de 2021

.: Fofocas sobre Gabriel García Márquez em uma biografia eletrizante


No aniversário de Gabriel García Márquez, biografia baseada em história oral sobre escritor chega às livrarias pelo selo Crítica.

Gabo faria 94 anos no dia 6 de março. "Solidão e Companhia" apresenta a vida do maior escritor da América Latina a partir de relatos de amigos e familiares. Lançamento pelo selo Crítica, "Solidão e Companhia" é uma biografia diferente de tudo que já foi publicado sobre o escritor mais importante da América Latina: Gabriel García Márquez. 

Na obra, a jornalista Silvana Paternostro compila relatos de pessoas que conheceram ou testemunharam a vida de Gabo antes dele se tornar um escritor célebre. Amigos, familiares e personagens que aparecem em "Cem Anos de Solidão", descrevem o homem que se tornou um dos maiores escritores de todos os tempos.

O livro é dividido em duas partes: o antes e o depois de "Cem Anos de Solidão". Na primeira, os irmãos e amigos falam sobre a vida de García Márquez antes dele se tornar uma figura amada internacionalmente. Depois, a história do homem célebre e premiado é contada. Da infância às dificuldades para escrever "o grande romance", diversas personagens apresentam suas versões sobre o escritor, inclusive seus erros, derrotas, amores e inimizades.

"Solidão e Companhia" é um livro que combina vozes para construir o retrato humano do personagem que viria a ser uma lenda. Até a data de seu nascimento tem história: em seu relato, o irmão do escritor, Luis Enrique García Márquez, conta que Gabo decidiu trocar a data do seu nascimento de 1927 para 1928, para coincidir com o ano do massacre dos trabalhadores da norte-americana United Fruit Company pelo Exército colombiano, atacados enquanto protestavam por melhores condições de trabalho. O episódio ficou conhecido como Massacre das Bananeiras e foi um marco na vida do escritor. Nascido em 6 de março de 1927, García Márquez faria 94 anos no próximo sábado. Você pode comprar "Solidão e Companhia", de Silvana Paternostro, neste link.

O que disseram sobre o livro

"O charme do livro são as histórias, confidências e fofocas que um escritor não usaria em uma biografia tradicional". - The Financial Times

Sobre a autora
Silvana Paternostro nasceu em Barranquilla, cidade onde García Marquéz e seus amigos se encontravam e de onde saíram os personagens para "Cem Anos de Solidão". Desde criança ela ouvia histórias sobre o autor com quem chegou a estudar. Formou-se em jornalismo nos Estados Unidos e escreve para diversos jornais e revistas de renome como The New York Times, The Washington Post, Vogue e Paris Review. Jornalista premiada, foi escolhida pela revista Time/rede CNN como uma das 50 líderes latino-americanas do milênio. Mora em Nova York.

Sobre o Selo Crítica
Criado na Espanha, em 1976, o selo Crítica é conhecido pela qualidade de seus títulos na área de história, ensaios e divulgação científica. Lançado no Brasil em 2016, já publicou grandes nomes como Niall Ferguson, Noam Chomsky, Antony Beevor, Mary Beard, Andrea Wulf, Michio Kaku, Miguel Nicolelis, Richard J. Evans, Martin Gilbert e Madeleine Albright.

Ficha técnica
Título:
 "Solidão e Companhia"
Autor: Silvana Paternostro
Tradução: Carla Fortino
Páginas: 288
Editora Planeta
Selo Crítica
Link na Amazon: https://amzn.to/3qLsz4Q


.: Inspiração de filme feminista da Netflix, "Moxie" está de volta


A estreia de "Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta" na Netflix inspirou o lançamento de edição especial do livro homônimo com capa que faz referência ao cartaz do filme. O livro de Jennifer Mathieu, que já está em pré-venda pela Verus Editora, trata sobre feminismo de um jeito doce, engraçado e inspirador, direcionado para meninas adolescentes.

"Moxie" nos apresenta Vivian Carter, uma estudante tímida, mas que está cansada dos comportamentos machistas dos seus colegas de classe. Cansada das regras de vestuário, dos assédios nos corredores e da direção da escola. Mas, acima de tudo, Vivian está cansada de sempre seguir as regras. Com isso, ela decide seguir os passos da sua mãe.

A mãe de Viv era dura na queda, uma autêntica integrante das Riot Grrrls nos anos 90. Inspirada por essas histórias, Viv pega uma página do passado da mãe e cria um fanzine feminista que distribui anonimamente para as colegas da escola. É só um jeito de desabafar, mas as garotas reagem. Logo, ela está fazendo amizade com meninas com quem nunca imaginou se relacionar. E então percebe que o que começou não é nada menos que uma revolução feminista no colégio. Na plataforma de streaming, a comédia feminista é dirigida por Amy Poehler, e interpretada por Hadley Robinson, Lauren Tsai, Josephine Langford e Patrick Schwarzenegger. Você pode comprar "Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta", de Jennifer Mathieu, neste link.

Sobre a autora
Jennifer Mathieu é escritora premiada de romances juvenis. Moxie é seu primeiro livro publicado no Brasil. Ex-jornalista, ela dá aulas no ensino médio em uma escola do Texas, onde mora com o marido e o filho.

Ficha técnica
Livro: 
"Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta"
Autora: Jennifer Mathieu
Tradução: Ana Guadalupe
Editora: Verus | Grupo Editorial Record
Link na Amazon: https://amzn.to/3evtUdn

.: Circo de Teatro Tubinho faz temporada gratuita e online a partir desta sexta


Foto: Studio Diego Soares

O Circo de Teatro Tubinho, tradicional referência do circo-teatro brasileiro, mais uma vez, faz o espetáculo acontecer mesmo em tempos difíceis de pandemia. A temporada 2021 na cidade de São Paulo, idealizada para ser presencial, mergulha no universo online a partir desta sexta-feira, dia 12 de março, até 7 de abril, com espetáculos infantis e adultos todas as semanas, em uma série de 12 espetáculos-lives, gratuitos e ao vivo, pelo canal do YouTube e página do Facebook da trupe. Cada atração será reprisada uma vez, totalizando, uma agenda recheada de 24 exibições.

Como diz a canção Piruetas, de Chico Buarque, "o espetáculo não pode parar" e, por isso, a companhia se reinventou e comemora seus 20 anos com 12 espetáculos-lives pelo Youtube e Facebook, além de 12 reprises. O Circo de Teatro Tubinho, tradicional referência do circo-teatro brasileiro, mais uma vez, segura as pontas da lona com firmeza (e singeleza) para o espetáculo acontecer, mesmo em tempos difíceis de pandemia.

A programação acontece no período de datas importantes: Dia Mundial do Teatro, Dia do Circo (ambas no dia 27 de março) e do ano em que o Circo Teatro Tubinho completa 20 anos. A comemoração será no encerramento da temporada, em 7 de abril, com um bate-papo especial em formato virtual, pelas redes sociais do Centro de Memória do Circo.

O extenso repertório da trupe é composto tanto por peças tradicionais, levadas à cena nos circos brasileiros desde o início do século XX, quanto por adaptações e textos escritos pelo próprio Pereira França Neto, o palhaço Tubinho, além de outros autores contemporâneos, imersos também nesta tradição circense.

Neste projeto, realizado com apoio do Edital de Fomento ao Circo - Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, o público poderá conferir clássicos da companhia, como as comédias “Tubinho, o médico à força”, “Tubinho, o capitão da Tropa de Elite”, o infantil “Pinocchio - o boneco que queria ser gente”, o drama “O Céu uniu dois corações”, entre outros que despertam o lúdico e a poesia.

“Com este formato, o público em casa terá uma experiência análoga a que possibilitamos em nossa lona: a cada dia um espetáculo diferente para assistir”, salienta Tubinho, citando, ainda, a possibilidade do fomento às novas plateias por meio de um “plano de ação continuada, que não se restringe a um evento, mas sim, propõe a apresentação de uma temporada de espetáculos teatrais, que fazem parte um repertório tradicional diverso”.

Atualmente, o Circo de Teatro Tubinho é uma das raras companhias que continuam nas estradas brasileiras – talvez a única companhia de “família tradicional”, de lona e de circo-teatro a itinerar ininterruptamente pelo estado de São Paulo há 20 anos. É composta hoje por aproximadamente 40 artistas.

“Antes da pandemia, o coletivo levava à cena, todas as noites, um espetáculo diferente para cerca de 400, 500 pessoas. Desde março de 2020 estamos sem trabalhar na lona e a arrecadação por bilheteria, que nos mantém em atividade, está suspensa”, destaca o artista Pereira França Neto, o Palhaço Tubinho.

Uma história para manter viva a tradição do circo-teatro brasileiro
O Circo de Teatro Tubinho é um circo diferente e faz parte de uma tradição muito popular das décadas de 20 à 70, mas que está praticamente extinta nos dias de hoje. Sai de cena a referência de circo com apresentações de malabares, trapézio, acrobacias e globo da morte e entra em cena o circo itinerante de lona, que apresenta um espetáculo teatral diferente a cada noite.

Completando 20 anos de estrada, o Circo de Teatro Tubinho é uma das poucas companhias no país que continua sendo responsável por levar a arte circense e teatral a locais que não estão na rota das companhias convencionais, apresentando todas as noites, um espetáculo diferente de um repertório de mais de cem peças.

Nesses 20 anos, o empreendimento cresceu em tamanho, abrangência e mérito artístico. Tanto que a família Tubinho conquistou inúmeros admiradores e fãs nas cidades pelas quais passou. O reconhecimento da companhia junto ao público foi confirmado com o recebimento do Prêmio Governador do Estado de São Paulo, na Categoria Circo, por votação popular, para Pereira França Neto (Palhaço tubinho), em 2011, e para o Circo Teatro Tubinho, em 2017.

Ao longo dos anos, o Circo de Teatro Tubinho transitou entre os mais diversos meios de comunicação e empreendimentos, de modo que Tubinho lançou CD, livro de piadas, ganhou seu próprio boneco e uma série de histórias em quadrinhos, estrelou um programa semanal na televisão e chegou aos cinemas por meio da produção independente Tubinho, o filme.

Circo de Teatro Tubinho em números

  • Há 20 anos na estrada;
  • Atualmente, a família é composta por 40 pessoas;
  • Mais de 100 artistas e funcionários já passaram pela companhia;
  • Repertório recheado com mais de 100 espetáculos teatrais;
  • Passou por mais de 60 cidades do Paraná, de Santa Catarina e de São Paulo;
  • Já visto por mais de dois milhões de espectadores;
  • Em 2014, realizou a sua maior temporada, permanecendo 8 meses em Sorocaba (SP);
  • Nesses 20 anos, foram apresentados, aproximadamente, 6000 espetáculos.

Circo de Teatro Tubinho
Temporada on-line de espetáculos
De 12 de março a 7 de abril
Sextas e sábados, às 20h, e domingo, às 16h (espetáculo infantil).
Reprises dos espetáculos da semana às segundas, terças e quartas, às 10h
youtube.com/youtubinho
facebook.com/circotubinho
Grátis. Projeto realizado com apoio do Edital de Fomento ao Circo - Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Programação completa no site: www.tubinho.com.br.

.: Espetáculo "Terminal Só" estreia sob direção de Nelson Baskerville


Vinicius Aguiar no solo "Ela". Foto: Bruno Fiorentino

Estreia nesta sexta, dia 12, às 19h, a nova e curta temporada do espetáculo teatral online "Terminal Só", sob direção do premiado dramaturgo e diretor paulista Nelson Baskerville. O espetáculo "Terminal Só", reúne 20 solos de auto-ficção, com duração de dez minutos cada, com atores e atrizes de diferentes gerações, entre elas a atriz Larissa Nunes, que está no elenco da série "Coisa Mais Linda" da Netflix, as atrizes premiadas Ana Nero e Luciana Caruso e a jovem revelação, o ator cearense radicado em São Paulo, Vinicius Aguiar.

"Terminal Só" acontece ao vivo em formato inédito enquanto experiência teatral online, através do Sympla Streaming, sob direção do premiado de Nelson Baskerville. O espetáculo, resultado do projeto "Solos em Confinamento", realizado pela InBox Cultural, tem duração de quatro horas, dividido em 4 atos, batizado de quatro estações-terminais, com duração de uma hora cada. Após o espetáculo acontece ainda um bate-papo com o diretor e todo o elenco.

O espetáculo é exibido às sextas e sábados, das 19h às 23h, através da platafoma Sympla Streaming. No elenco, atrizes experientes da cena teatral brasileira e jovens atores, apostas do diretor, como: Vinicius Aguiar, Paula Liberati, Camila Cruz, Larissa Nunes, Deia Leopoldino, entre outros.

Durante quatro apresentaçoes às sextas e sabados, dias 12 e 13, 19 e 20 de março, o espetáculo será apresetando ao vivo, das respectivas casas dos atores e atrizes que compoem o elenco. Com a direção de Nelson Baskerville, 20 atrizes e atores, valendo-se da autoficção, apresentam solos de 10 minutos cada, crônicas criadas no isolamento de suas casas durante a pandemia causada pelo Coronavírus. 

O público é convidado a uma viagem em histórias dos mais variados temas e texturas. Uma radiografia desse mundo de pandemia, extremismos, dores por mortes, dores de amores, cicatrizes e histórias fantásticas que passam pelos anos da ditadura civil militar no Brasil, violências familiares, amor ao teatro, busca das raízes, busca da identidade, a língua “brasileira”.

Um trem sobre trilhos onde o espectador é convidado a viajar e ingressar em cada um dos 20 vagões da locomotiva onde em cada parada haverá apenas um artista para ingressar. A mostra, que acontece ao vivo via Sympla Streaming, é dividida em quatro atos temáticos, chamados de estações: Estação 1 às 19h, Estação 2, às 20h, Estação 3, às 21h, Estação 4, às 22h. O ingresso dá direito a assistir às quatro estações que relacionam-se de maneira independente. 

O público fica livre para entrar na sala às 19h, 20h, 21h ou 22hs ou para assistir aos quatro atos em sequência. Caso deseje assistir os atos em diferentes dias, é possível adquirir o ingresso para a nova sessão. No final todos serão convidados a participarem de uma roda de conversa com o elenco e diretor.

Com um grande elenco, que reúne atrizes experientes da cena teatral brasileira e jovens atores, apostas do diretor, Terminal Só apresenta nomes como: Vinicius Aguiar, Ana Nero, Paula Liberati, Luciana Caruso, Camila Cruz, Larissa Nunes, Deia Leopoldino, dentre outros. O espetáculo é resultado da oficina “Solos em Confinamento – Dramaturgia em Pequenos Formatos 2” criada por Nelson Baskerville especialmente para o projeto de Oficinas de Montagem Inbox Cultural. 

*Programação das Estações com ordem dos solos e horários:


Estação 1 - 19 horas
"Balança-Caixão" - Camila Cruz
"Entropia" - Lucca Gussoni
"Aranha Pirata" - Paula Liberati
"O Fio Invisível" - Ana Nero
"Riscos Diários" - Letícia Zapata 


Estação 2 - 20h
"
Cancelada" - Larissa Nunes
"O que Sobrou?" - Juliana Mesquita
"Powerpério" - Luciana Caruso
"Aire" - Marieli Goergen
"Radialista É a Mãe!" - Graziela Mantoanelli 


Estação 3 - 21h

"Pra que Minha Mãe me Reconheça" - Ivan Alves
"Tétrica" - Andrea Leopoldino
"Ela" - Vinicius Aguiar
"Ilha das Flores" - Ricardo Valle
"Vaca Indomada" - Ana Bonetti


Estação 4 - 22h
"A Estranha" - Michelle Braz
"Cavalo-Marinho" - Giovanna Marcomini
"La Llorona" - Naíra Gascon
"Fortaleza" - Simone Évanz
"Eu Sou Atriz" - Luma Duarte


Ficha técnica
Espetáculo:
"Terminal Só - Solos em Confinamento"
Direção: Nelson Baskerville 
Criação:  Ana Bonetti, Ana Nero, Andrea Leopoldino, Camila Cruz, Giovanna Marcomini, Graziela Mantoanelli, Ivan Alves, Juliana Mesquita, Larissa Nunes, Letícia Zapata, Lucca Gussoni, Luciana Caruso, Luma Duarte, Marieli Goergen, Michelle Braz, Naíra Gascon, Paula Liberati, Ricardo Valle, Simone Évanz, Vinicius Aguiar
Direção técnica: Juracy de Oliveira 
Operação técnica: Raquel Parras
Arte gráfica: Nelson Baskerville, Juliana Poggi e elenco
Comunicação digital: Juliana Poggi
Trilha sonora: Lucca Gussoni, Ivan Alves e Guilherme Kuraoka
Assessoria de imprensa: Bossa Comunicação
Produção: Letícia Crozara
Direção de produção: Júlia Ribeiro e Kauê Telolli
Concepção: Nelson Baskerville 
Parceria: Pandêmica Coletivo Temporário de Criação
Realização: Inbox Cultural 


Serviço: 
Espetáculo: "Terminal Só - Solos em Confinamento"
Curtíssima temporada
Dias 12, 13, 19 e 20 de março
Sextas e Sábados, às 19h.
Ingressos a R$20, R$30, R$40 e R$ 50 reais.
Via Sympla Streaming: www.sympla.com.br/inboxcultural 
Duração: cada ato/estação dura uma hora.
Todos os dias o público é convidado para uma conversa após a sessão
Classificação: 18 anos 
Instagram: @terminal.so


.: "Who´s Next": há 50 anos, o auge do The Who em disco


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

A banda britânica The Who iniciava a década de 70 com um desafio: superar o sucesso de seu disco lançado no final dos anos 60, a ópera rock "Tommy". E há 50 anos era lançado "Who´s Next", considerado o ponto mais alto, o auge da carreira do grupo.

Conceitualmente, Pete Townshend elaborou as canções para compor uma nova ópera rock, que se chamaria "Lifehouse". Entretanto a ideia não vingou em estúdio e a gravadora achou melhor lançar um álbum convencional, com composições inéditas e sem o conceito original imaginado.

Nessa época a formação original da banda estava completa, com Pete Townshend (guitarra, teclados e backing vocals), Roger Daltrey (vocal), John Entwistle (baixo e backing vocals) e Keith Moon (bateria).

"Who´s Next" ganhou força pelo fato de as canções serem excelentes. Só as faixas "Baba O´Riley" e "Won´t Get Fooled Again", dois verdadeiros hinos do rock, já valeriam a audição do álbum. Mas há outras com o famoso peso que o The Who imprimia em suas gravações, como "Bargain", "Love Ain´t For Keeping" e "Going Mobile".

As composições de Townshend são excepcionais. O vocal de Daltrey está incrivelmente poderoso, assim como a cozinha rítmica formada por Keith Moon e John Entwistle. Moon aliás apresenta um repertório de viradas e intervenções nas baquetas que até hoje impressiona quem ouve o álbum pela primeira vez.

Destaco ainda as baladas "Behind Blue Eyes" e "The Song Is Over", onde Daltrey brilha de forma intensa com seu vocal forte. "Pure And Easy", com vocal de Pete Townshend, é outro momento inspirado e intenso desse disco.

"Who´s Next" representa o auge criativo da banda britânica, que anos depois ainda gravaria um ótimo álbum duplo ("Quadrophenia") e outros discos com menor impacto para a carreira, até a morte de Keith Moon em 1978. E prosseguir até os dias de hoje, mas sem Entwistle (que faleceu em 2002).

"Won´t Get Fooled Again"

"Baba O´Riley"

 "Behind Blue Eyes"


.: "A Vida da Gente": Ana sofre acidente e entra em coma


Após vencer o torneiro de tênis, Ana e Manuela fogem de casa e sofrem acidente de carro. TV Globo / João Miguel Júnior

Para os críticos esportivos, Ana (Fernanda Vasconcellos) pode não ser mais a mesma atleta de um ano atrás, mas sua garra na competição é indiscutível. Após vencer umtorneiro, a jovem está decidida a ir atrás de seus sonhos e já tem tudo combinado com a irmã, Manuela (Marjorie Estiano). Para o plano de fuga, Alice (Stephany Brito) empresta o carro e Iná (Nicette Bruno) deixa todos os quitutes preparados em Gramado à espera das netas e da bisneta, Júlia. Mas os pressentimentos da sábia Iná não enganam: algo está errado.

Na estrada para a Serra, elas sofrem um acidente de carro, que desaba de um barranco e cai dentro de um lago. Manu consegue salvar apenas a sobrinha e Ana, que estava desacordada, é socorrida minutos depois por um caminhoneiro. Já no hospital, o neurocirurgião Lúcio (Thiago Lacerda) fala para a família da tenista que ela precisa ser operada urgentemente e que corre risco de morte. 

Eva (Ana Beatriz Nogueira), assim que chega no local, implora para que o médico salve sua filha. Mas o estado é grave e o coma pode se estender por tempo indefinido. Eva passa mal e culpa Manuela pelo acidente e por não ter prestado ajuda a Ana. Rodrigo (Rafael Cardoso) fica atônito com a noticia sobre o estado de saúde da tenista. Manuela o leva para ver Júlia e, a esta altura, o rapaz já tem certeza de que é pai da menina, o que deixa Eva furiosa.

Alice, ainda decepcionada com a recepção de Vitória (Gisele Fróes) ao saber que é sua mãe biológica, tem uma crise de identidade e muda o visual drasticamente. Além disso, a menina passa a frequentar festas da faculdade e some, deixando os pais preocupados. "A Vida da Gente" é escrita por Lícia Manzo, com direção de núcleo e geral de Jayme Monjardim, e direção geral de Fabrício Mamberti. A novela é exibida depois de "Malhação Sonhos".

quinta-feira, 11 de março de 2021

.: Diário de uma boneca de plástico: 11 de março de 2021


Querido diário...

Sou um lançamento de 2009 e cheguei até a minha dona algum tempo depois, de segunda mão, portanto, algumas histórias para mim, são novidade. 

Mas, diário, eu adoro ouvir esses causos...

Eis que a minha dona topou com um vídeo de um cara que foi visitar o local em que era o parque de diversões de São Paulo, o Playcenter, ficou instalado na Barra Funda até 29 de julho de 2012.

Diário, não é que ela chorou vendo aquele vídeo? Ouvi-la acertar a localização das atrações, enquanto ele mostrava o terreno, foi uma coisa tão estranha... Até eu senti saudade do que não vivi lá.

Hoje em dia, ali há prédios altíssimos residenciais e comerciais, um estacionamento e até uma escola, junto a parte do terreno do parque que está vaga, mas cheia de mato.

Enfim, é de partir o coração... Como eu queria poder ir lá, mesmo para ficar grande parte do tempo dentro da mochila dela. Ficaria esperando ela enquanto ela subiria no Turbo Drop ou até me arriscaria a ir no colinho dela, protegida pela mochila, a, talvez, sair molhadíssima do Splash.

Ah! Ela sempre comenta alguns acontecimentos... 

Seja o boné jeans de marca que voou da cabeça e passou pelos longos cabelos dela na descida do Splash ou da garrafinha plástica que ganhou durante a primeira graduação que voou do Evolution.

São tantas histórias, diário! 

E qual era a atração favorita dela? A montanha-russa Tornado que chegou em 1992 e funcionou por lá até 2002. Para a emoção geral, ela reencontrou a amadinha na lua-de-mel com o maridão. Estava  toda desmontada no Beto Carrero World. E quando a Tornado não estava mais lá, todo o amor foi transferido para a Bumerang... 

Ah! Como eu queria poder andar nesses brinquedos, mas a maioria deles foi para fora do Brasil. Ao menos, estive com ela em Canela e lá ela reencontrou a Windstorm, outra montanha-russa incrível.

Ela sempre diz: "Quantos shows de as 'Noites do Terror' eu assisti da fila e do alto dela!"... Saudades!!

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg
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O vídeo foi esse:



.: Por que ninguém podia com Nara Leão? Uma lista com 20 motivos


Lançada recentemente, "Ninguém Pode com Nara Leão", a biografia de Nara Leão resgata a intimidade de uma mulher que revolucionou a cultura brasileira e foi símbolo de resistência à ditadura militar. Escrita pelo jornalista Tom Cardoso a obra traz prefácio de Tárik de Souza. O livro traz uma lista de motivos para justificar por que minguém podia com Nara Leão. Divirta-se!

Por que ninguém podia com Nara Leão?

1. A despeito do ar de desencanto e da quase displicência, Nara participou ativamente dos mais importantes movimentos musicais surgidos a partir da década de 1960 - e saiu de todos eles sem se despedir.

2. Ela foi a primeira artista de sua geração a ridicularizar a passeata contra a guitarra elétrica, liderada por Elis Regina e Geraldo Vandré e endossada por Gilberto Gil.

3-. Filha de um advogado excêntrico, fez tudo que uma pré-adolescente de classe média alta carioca nos anos 1950 jamais sonhou fazer: como ir ao cinema, ao teatro e ter aulas de violão com um professor negro.

4. Ela foi uma das primeiras adolescentes do Rio a fazer análise, por necessidade e curiosidade.

5. Tratada como bibelô pelos machos alfas da bossa nova, deixou o movimento para se juntar à turma politizada do CPC e do Cinema Novo.

6. No disco de estreia, recusou-se a pegar carona no sucesso da bossa nova e gravou um disco com sambas de Cartola, Zé Kéti e Nelson Cavaquinho.

7. Apesar da decisão de dar um caráter mais político ao disco de estreia, tendo como fio condutor um gênero que estava associado diretamente às massas, ela se recusou a gravar uma letra machista de Cartola.

8. Lançado sete meses após o Golpe de 1964, "Opinião de Nara" foi o primeiro trabalho de uma estrela da MPB a colocar o dedo no nariz da ditadura. Sem rodeios, sem metáforas. Um disco-manifesto, inserido no contexto político-social e em sintonia com o que se ouvia nas favelas do Rio, marginalizadas e discriminadas pela política higienista do governador Carlos Lacerda.

9. O demolidor segundo disco serviu de inspiração para um dos mais revolucionários espetáculos musicais da história do país: o "Opinião".

10. Foi ela, em pesquisa musical pelo Brasil, quem abriu as portas do Sudeste para os talentos do Teatro Vila Velha, Caetano, Gil, Gal e Bethânia - essa última, com 17 anos, foi convocada para substituí-la no show "Opinião".

11. Foi a primeira estrela da MPB a falar abertamente e de forma mais contundente contra a ditadura militar, ao afirmar, em 1966, que o "Exército não servia para nada".

12. Ao ver nascer a expressão "Esquerda Narista", ela, que sempre rejeitou ser porta-voz de qualquer coisa, decidiu gravar, só por provocação, uma singela marchinha de um compositor iniciante, que mal abria a boca: Chico Buarque.

13. Atendendo a um pedido de Nara, Chico compôs "Com Açúcar, Com Afeto", a primeira de muitas canções em que a mulher assume a narrativa na primeira pessoa. Preso aos preceitos machistas da época, Chico recusou-se a interpretá-la, passando a tarefa para a cantora Jane Moraes. Nara, sempre na vanguarda, achou a atitude ridícula.

14. Primeira artista da MPB a gravar no mesmo disco Ernesto Nazareth e Lamartine Babo, Villa-Lobos e Custódio Mesquita, Nara nasceu tropicalista antes do movimento existir - e ser gestado com a sua ajuda.

15. Presidente do júri da polêmica e histórica edição do FIC 1972, o festival que revelou Raul Seixas, Sérgio Sampaio e Walter Franco, pediu demissão por não aceitar a ingerência dos militares.

16. Cansada de tudo e de todos, decidiu dar um tempo, no auge da carreira: "Uma hora eu sou a musa da bossa nova, outra a cantora de protesto e ainda tem essa coisa ridícula do joelho. Então me recuso a virar um sabonete e vou dar uma parada".

17. Decidida a estudar Psicologia na PUC, por um bom tempo não foi reconhecida pelos colegas de classe, dez anos mais novos.

18. De volta aos estúdios, decidiu gravar um disco inteiramente dedicado ao cancioneiro de Roberto e Erasmo, ainda vistos como artistas menores por alguns medalhões da MPB.

19. No fim da década de 1970, rodou o país numa perua kombi, fazendo shows nos rincões do Brasil, ao lado de uma nova e renovadora turma do choro carioca, entre eles o violonista Raphael Rabello, de 15 anos.

20. Diagnosticada com um tumor no cérebro, que lhe impôs uma série de complicações, nunca deixou de produzir compulsivamente, gravando praticamente um disco autoral por ano.

Ficha técnica
Livro: "Ninguém Pode com Nara Leão - Uma biografia"
Autor:
Tom Cardoso
Páginas: 240 páginas
Editora: Planeta
Link no Amazon: https://amzn.to/3l95Cad

.: "Machomachine" prorroga temporada até domingo


Espetáculo de dança-teatro Machomachine prorroga suas apresentações até dia 14 de março.

Protagonizade pelos bailarinos Wilson Aguiar e Tatiane Trujillo com direção de Luciana Canton, "Machomachine" investiga a masculinidade tóxica e a problematiza como a origem de muitos males envolvendo a opressão da mulher na sociedade contemporânea - o machismo, o sexismo, a misoginia e a cultura do estupro - são fomentadas desde a infância e acabam formando gerações

Devido ao sucesso do espetáculo Machomachine, sua temporada online foi prorrogada com mais quatro apresentações, de 11 a 14 de março (quinta a domingo) sempre às 20h, no canal do Atelier Cênico. "Machomachine" coloca frente a frente os princípios e energias do masculino e do feminino em um espetáculo de dança-teatro, trabalhando a objetificação da mulher, a diminuição de sua capacidade intelectual e também o dano que a manutenção da ideia de masculinidade hegemônica causa para os homens.

“O que começa na infância com piadas sexistas evolui rapidamente para a competitividade compulsiva sexual entre os adolescentes e delas vem legitimada a permissividade do estupro e do assassinato. Os exemplos são infinitos e constantes, e provam a imensa violência contra a mulher em nossa sociedade, que cria cada vez mais machosmachines, máquinas de machismo cego e intolerante”, comenta a diretora.

O coreógrafo e bailarino Wilson Aguiar se cercou de duas mulheres, a diretora de teatro e cinema Luciana Canton, e Tatiane Trujillo, bailarina e atriz, para desenvolver neste projeto a coreografia que enfrenta a máquina hegemônica de produzir sexismo, misoginia, machismo, cultura do estupro e feminicídio. Este espetáculo foi financiado pela Lei Aldir Blanc através do ProAC Expresso Lab da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e do Governo Federal.

"Machomachine" é um espetáculo de dança- teatro que trabalha as questões da masculinidade tóxica, personificadas por um homem cisgênero (Wilson Aguiar) e uma mulher cisgênera (Tatiane Trujillo). A narrativa do espetáculo foi inspirada em conto de 1843 de Edgar Alan Poe que trata de um feminicídio e trabalhada a partir de relatos atuais de mulheres cedidos para esse trabalho.


Ficha técnica:
Espetáculo: 
"Machomachine"
Bailarinos: Tatiane Trujillo e Wilson Aguiar
Direção e figurino: Luciana Canton
Coreografia e cenografia: Wilson Aguiar
Produção: Gustavo Valezzi
Design gráfico: Crioula Design
Realização: Atelier Cênico

Serviço:
Espetáculo:
"Machomachine"
Temporada online: de 25 de fevereiro até 14 de março, de quinta a domingo, às 20h. Ingressos gratuitos ou contribuição consciente no site do Atelier Cênico, www.ateliercenico.com.br
Duração: 30 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

.: Adaptação de "Hamlet" para o teatro de objetos tem exibição online


Clássico de Shakespeare é encenado sobre uma mesa de jantar e ressignifica objetos domiciliares. 

O Sesc RJ exibe nesta quinta-feira, dia 11, em seu canal do YouTube e no perfil do Facebook, “Hamlet à Mesa”, adaptação do clássico de William Shakespeare para o teatro de objetos. A sessão é gratuita e começa às 19h, integrando a programação do Arte em Cena, projeto pelo qual a instituição transmite apresentações artísticas em suas redes sociais.

O espetáculo foi elaborado em 2020 por meia de ferramentas digitais e colaboração a distância em razão da pandemia. Symone Strobel, que assina a direção e a adaptação, conduziu todo o processo criativo por meio de videoconferências no espaço/cenário localizado na casa dos idealizadores e produtores Bruno Paiva e Thiago Monte, responsáveis por toda a parte técnica e montagem. A ação teatral acontece sobre um pequeno teatro construído com a mesa de jantar e ressignifica objetos do domicílio dos artistas.

A adaptação de Symone é marcada por uma linguagem poética narrativa de fácil compreensão, ampliando a identificação do texto para os diferentes públicos, inclusive o infantil. O espetáculo dá destaque aos principais conflitos presentes de “Hamlet”, como a perda do pai; a descoberta de um universo controverso dentro de seu próprio lar; a corrupção que lhe atravessa todos os âmbitos da vida, até mesmo o amor por Ofélia; a sensação de solidão e isolamento diante dos conflitos existenciais; mas também a amizade por Horácio.

Pretende-se dar ênfase à trajetória de um homem despido de todas as facetas heroicas clássicas, apesar da época em que o texto foi escrito, mas que contém em si conflitos profundamente humanos, marcados pela fragilidade, efemeridade e, portanto, beleza do ser diante do mundo e da vida. “Hamlet à Mesa” teve sua estreia no dia 12 de setembro de 2020, no formato virtual, através do apoio do Edital Emergencial Cultura Presente nas Redes, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SECEC) do Estado do Rio de Janeiro.


Ficha técnica
Espetáculo:
“Hamlet à Mesa”
Adaptação, Concepção e Direção: Symone Strobel
Elenco: Bruno Paiva e Thiago Monte
Iluminação: Thiago Monte
Trilha pesquisada: Symone Strobel
Idealização: Bruno Paiva
Produção: Bruno Paiva e Thiago Monte
Edição: Thiago Monte e Symone Strobel
Gênero: Teatro de bonecos
Classificação: livre
Duração: 45 minutos
Realização: Pita Produções


Serviço
“Hamlet à Mesa”
Projeto Arte em Cena do Sesc RJ
Quinta-feira, dia 11, às 19h
Transmissão: YouTube (@portalsescrio) e Facebook (@SescRJ)

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