Experiência cênica online realizada pelo Pandêmica Coletivo Temporário de Criação surge do desejo de contracenar com o momento presente e fomentar a criação e produção artística neste período atípico. À distância, artistas em diferentes estados do Brasil se unem para a temporada online do espetáculo "De Passagem ou Que Ano Louco 2020", a partir do texto dramatúrgico En Passant, de Rafael Martins.
A direção é de Juracy de Oliveira e no elenco estão Marisa Bezerra, Raquel Parras e Walmick de Holanda. Completam a ficha técnica Josyara, que assina a direção musical, e Fernanda Garcia, responsável pela direção de arte e figurinos. A temporada acontece de 25 de março a 1º de abril e será transmitida gratuitamente pelo Zoom. Em todas as sessões haverá intérprete de libras e legendas. Para ampliar o alcance de público, o coletivo disponibiliza uma gravação prévia da experiência, para acesso online, com audiodescrição.
“Como eu vou ficar depois de ter vivido isso?” Esta é a primeira frase dita no espetáculo, que traz a dimensão do ano de 2020: suas mudanças, instabilidades, incertezas, novas rotinas, pavores e traumas. As reflexões da existência do ser sob a perspectiva da sociedade digitalizada e sua plataformização, bem como a recorrência de desastres naturais no ano de 2020, foram pontos que se relacionaram com a dramaturgia.
A experiência investiga a reorganização de práticas e imaginários culturais em torno das plataformas virtuais. O desenrolar cênico reflete questionamentos bastante explorados no Existencialismo, do século XX – mas que invadem o século XXI pela ausência de respostas efetivas (e que talvez nunca venham a existir).
O texto de Rafael Martins está diretamente ligado a “Esperando Godot”, de Samuel Beckett, que em síntese é uma longa espera por alguém salvador, que não se sabe quem é nem quando vem. Nada mais é do que a metáfora de nossa atual condição social no Planeta - esperamos a chegada de algo que nos libertará do confinamento por isolamento social, para que seja possível retornar ao que compreendemos como “normalidade” – ritmos e práticas sociais às quais estávamos habituados antes da pandemia.
Todavia, De Passagem ou Que Ano Louco 2020 fricciona tanto o que vem a ser essa “normalidade”, para quais grupos sociais ela aponta operar, como também: se a ideia de salvação é possível – o quê, quem e de quem precisamos ser salvos?
Sinopse "De Passagem ou Que Ano Louco 2020" é uma realização do Pandêmica Coletivo Temporário de Criação. A transmissão acontece a partir do texto "En Passant" de Rafael Martins. Ela e Ele, corpos que falam, trocam sensações e confidências em uma sala virtual e tentam achar o sentido da própria existência. A transmissão foi completamente criada durante a quarentena e aposta em uma dramaturgia atual e música ao vivo.
Ficha técnica Espetáculo: "De Passagem ou Que Ano Louco 2020" Texto: Rafael Martins Direção: Juracy de Oliveira Elenco: Marisa Bezerra, Raquel Parras e Walmick de Holanda Direção musical e música em cena: Josyara Direção de arte e figurino: Fernanda Garcia Edição de vídeo: Nina Fachinello Intérprete de Libras: Jhonatas Narciso Roteiro e narração de audiodescrição: Nara Monteiro Consultoria - audiodescrição: Felipe Monteiro Legendas: Dyhego Martins Projeto gráfico: Walmick de Holanda Produção: Léo Birche
Serviço Espetáculo: "De Passagem ou Que Ano Louco 2020" Quinta-feira dia 25 de março, às 20h20. Sexta-feira dia 26 de março, às 20h20. Sábado dia 27 de março, às 16h20 e 20h20. Domingo dia 28 de março, às 20h20. Quinta-feira, dia 1º de abril, às 20h20. Grátis. Duração: 40 minutos Classificação: livre Preço: gratuito Plataforma: YouTube - https://www.youtube.com/pandemicacoletivotemporario
A estreia teatral com 28 atrizes de 11 países que se unem com o propósito de encenar, no formato online, trinta e três microcontos na montagem "Mulheres Nascidas de Um Nome", a partir do livro homônimo do argentino Claudio Hochman.
Nesta quinta-feira, dia 25 de março, às 18h, pelo YouTube, a estreia virtual do espetáculo"Mulheres Nascidas de Um Nome", contemplado pela Lei Aldir Blanc, acontece diretamente do Brasil, Portugal, Espanha, Panamá, Peru, Colômbia, Uruguai, Paraguai, Venezuela, Costa Rica e Bolívia.
Dirigidas por Claudio Torres Gonzaga, 28 atrizes de 11 países estão reunidas no espetáculo "Mulheres Nascidas de Um Nome", que chega no formato online, em seis apresentações, de 25 a 30 de março, sempre às 18h, pelo YouTube. Baseado no livro homônimo do argentino radicado em Portugal, Claudio Hochman, que contém cinquenta microcontos em prosa, todos a partir de um nome feminino, a montagem tem direção do premiado Claudio Torres Gonzaga e produção da Raja Gebara Pictures. Após as apresentações, bate-papo com elenco e diretor pelo Sympla.
No espetáculo, as atrizes encenam 33 nomes que tendo como título nomes de mulher, não pretendem descrever uma única pessoa. Em cada um deles, o autor joga com o imaginário coletivo do nome. Os contos são apresentados em solo, duplas, trios ou em grupos, com todas as mulheres, além de cenas musicais com canções com nomes de mulheres, como Lígia, Malena, Sandra, Rosa, Magdalena, Maria Maria, dentre outras. Performances de dança e perna de pau também agregam diferentes linguagens ao espetáculo.
Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc apresentam Mulheres Nascidas de um Nome, com o elenco com de atrizes de várias etnias, bem como de inclusão social. São elas: Atrizes brasileiras: Angélica Rodrigues (Brasil/Atriz e intérprete de libras), Ana Terra Blanco, Catarina Saibro, Celisa Diuana, Cíntia Kawahara (Brasil/Nissei), Daruã Góes, Isabella Dionísio, Juliana Resende, Kizi Vaz, Maíra Kestenberg, Michelle Raja Gebara, Rafa Delgado (Brasil/Síndrome de Down), Rayza Noiá, Renata Di Carmo, Roberta Chaves, Sorys Vellozo. Amparo de Gata (Espanha), Andrea Lacassy (Uruguai), Andy Romero (Paraguai), Carolina Solano (Costa Rica), Gabriela Dias (Brasil/Venezuela), Hada Luz (Colombia/Brasil), Laise Leal (Portugal/Brasil), Marta Fernandes (Portugal), Martha, Nieto (Espanha), Mayra Padilla (Bolivia/indígena), Rosa García (Panamá/indígena), Vanessa Saba (Peru).
"Uma Marta me chamou pra dirigir uma peça em Portugal, lá conheci uma Adelaide Sofia que me chamou pra ver um espetáculo de muitas mulheres com muitos nomes. Na montagem brasileira conheci uma Michelle que me apresentou mais outros tantos nomes de mulheres latinas. De tantos nomes nasceu esse 'Mulheres Nascidas de Um Nome'", afirma o diretor Claudio Torres Gonzaga.
Parte das artistas mulheres, são brasileiras que fizeram a montagem presencial em 2019. São atrizes brasileiras que moram fora do Brasil (Colômbia, Portugal), artistas estrangeiras que dominam o português (Uruguai, Portugal, Paraguai, Panamá, Bolívia e Espanha), além de duas cantoras indígenas, quatro artistas negras e uma atriz com Síndrome de Down.
"Mulheres Nascidas de Um Nome" será encenado em português, com duas cenas em espanhol. A apresentação contará com intérprete de libras. Além de uma cena interpretada totalmente em libras, para que o público não entenda e "se coloque" no lugar do deficiente auditivo. Esta cena especificamente será a única que não terá nenhum recurso musical.
Sobre Claudio Torres Gonzaga | Diretor Formado em cenografia pela UniRio e com mestrado em teatro. Diretor de teatro premiado com os espetáculos “Boca de Ouro” e “Mulher sem Pecado”, de Nelson Rodrigues e “Comédia dos Erros” e “Mercador de Veneza”, de Shakespeare. Suas últimas peças foram: “Mulheres Nascidas de um Nome” (2019), “Enfim Nós” e “Jacaré”; estreando as duas últimas como diretor/autor em Portugal (2017); Redator da TV Globo de 1998 a 2016, assinando a redação de humorísticos como “Sob Nova Direção” e “Zorra Total”. Escreveu os programas: A Grande Família, Sai de Baixo, Malhação e Escolinha do Prof. Raimundo; Foi diretor da webserie “SuperOnix” com Daniel Ventura para o Gshow. Roteirista dos longas “Vestido para Casar” com Leandro Hassum e “Os Parças”, com Tom Cavalcanti e Whinderson Nunes (2019). Fundador do “Comédia em Pé” e se apresenta como comediante stand-up desde 2005 pelo Brasil e exterior. Atualmente, ensaia online a peça "O Misterioso Desaparecimento de W", premiada pelo Fundo de Cultura de Portugal.
Sobre Claudio Hochman | Autor Escreve peças de teatro, adapta clássicos e encena espetáculos de todo o tipo, desde textos literários a musicais, óperas e teatro de marionetes. As obras do Argentino viajam por muitos países europeus e latino-americanos, tendo recebido vários prêmios pelo seu trabalho. Entre os anos de 1983 e 2001 desenvolveu seu trabalho na Argentina e, desde 1997, encena e dá aulas de teatro em Lisboa, onde mora desde o ano de 2001. Também é diretor e, com seus espetáculos, participou de Festivais na Iugoslávia, Espanha, Uruguai, Costa Rica, Venezuela, México, Colômbia, Portugal, Holanda, Hungria, França, Peru, Bolívia, Jordânia e Brasil. O seu primeiro livro, Saudade, com ilustrações de João Vaz de Carvalho, foi publicado em Portugal e no Brasil. Também publicou “Pássaro que Voa”, “Famílias Destrambelhadas”, “Mulheres Nascidas de um Nome”, “Ilhas” e “Homens sem Nome”. Este último com o apoio do Fundo Cultural da Sociedade Portuguesa de Autores.
Sobre Michelle Raja Gebara | Atriz/ assistente de Direção/Produção Executiva É produtora e atriz formada pela CAL (2007). Foi finalista do Edital Prêmio Sesc Rio de Fomento à Cultura 2011 com o projeto do filme “A Mídia na Alimentação do Escolar”. Agora em 2020, foi selecionada pelo edital Cultura nas Redes para produzir a “Oficina de Teatro Acessível” durante a quarentena. Em 2017, foi selecionada pelo Edital da Prefeitura do Rio de Janeiro, com dois projetos teatrais: “Amor por Anexins”, direção: Wagner Brandi e “Diários Marginais: Um Encontro com Lima Barreto e João do Rio”, direção: Luiz Furlanetto. Ganhou o edital “Prêmio Arte Escola Territórios Sociais”, da Prefeitura do Rio em 2018. Ainda no mesmo ano, foi selecionada pelo Edital “Paixão de Ler”. Em 2013, foi assistente de produção do espetáculo “Arte”, direção Emilio de Mello, com Vladimir Britcha, Marcelo Flores e Cláudio Gabriel (Teatro Leblon e Teatro Renaissance).
Wagner Pacheco | Diretor de Produção Foi diretor financeiro do Espaço Tom Jobim, de 2007 a 2009 e da Escola de Atores Wolf Maya em 2016. Principais trabalhos: "Diários do Abismo", com Maria Padilha, direção de Sergio Módena – CCBB RJ Teatro II, 2018 e Sesc 24 de maio, 2019; "Um Pai Puzzle", com Ana Beatriz Nogueira, direção de Vera Holtz e Guilherme Leme, Teatro Maison de France, 2017; "Marlene Dietrich, As Pernas do Século", direção de William Pereira – Teatro Maison de France e Teatro Nair Bello (SP), 2014; "Jacinta", com Andrea Beltrão, direção de Aderbal Freire Filho – Teatro Poeira e SESC Vila Mariana, 2013; "Tudo que Eu Queria te Dizer", com Emilio Orciollo Netto, direção de Victor Garcia Peralta – (São Luis – Teatro Arthur Azevedo/ Fortaleza – Teatro Celina Queiros/ Manaus – Teatro Direcional/Brasília – Teatro Nacional Sala Martins Penna/Salvador – Teatro do Sesc Casa do comércio), 2012; "A Ecola do Escândalo", com Maria Padilha e grande elenco, direção de Miguel Falabella – Teatro Tom Jobim e Teatro Raul Cortêz (SP);
Sinopse Baseado em livro homônimo do argentino Claudio Hochman, 28 atrizes de 11 países encenam os microcontos a partir de um nome feminino. Trinta e três nomes que não pretendem descrever uma única pessoa, em cada um deles o autor joga com o imaginário coletivo do nome.
Ficha técnica Espetáculo: "Mulheres Nascidas de Um Nome" Elenco: Angélica Rodrigues (Brasil/Atriz e intérprete de libras), Ana Terra Blanco, Catarina Saibro, Celisa Diuana, Cíntia Kawahara (Brasil/Nissei), Daruã Góes, Isabella Dionísio, Juliana Resende, Kizi Vaz, e Maíra Kestenberg, Michelle Raja Gebara, Rafa Delgado (Brasil/Síndrome de Down), Rayza Noiá, Renata Di Carmo, Roberta Chaves, Sorys Vellozo.Amparo de Gata (Espanha), Andrea Lacassy (Uruguai), Andy Romero (Paraguai), Carolina Solano (Costa Rica), Gabriela Dias (Brasil/Venezuela), Hada Luz (Colombia/Brasil), Laise Leal (Portugal/Brasil), Marta Fernandes (Portugal), Martha Nieto (Espanha), Mayra Padilla (Bolivia/indígena), Rosa García (Panamá/indígena) e Vanessa Saba (Peru). Autor/dramaturgia: Claudio Hochman. Direção: Claudio Torres Gonzaga. Assistente de Direção/Produção Executiva: Michelle Raja Gebara. Direção de Produção: Wagner Pacheco. Preparação Corporal: Ignacio Aldunate. Iluminação: Luiz Paulo Nenen. Cenário/Figurino: Nello Marrese. Preparação Vocal: Monica Karl. Trilha Sonora: Tomás Gonzaga. Operador de câmera/vídeo: Edith Barcelos. Design: Patrícia Fernandes. Assessoria de Imprensa: Silvana Cardoso E. Santo (Passarim Comunicação)/ Maria Inês Costa (MAIC Comunicação). Comunicação virtual: Inove Mais Marketing Digital. Controller: Fernanda Barreto. Realização: Raja Gebara Pictures. Patrocínio: Retomada Cultural RJ – Secec/RJ - Lei Aldir Blanc.
"Voltar vestida de dummy foi épico, zerei o 'BBB'", DIAZ, Carla. Foto: João Cotta.
Em uma disputa acirrada na última terça-feira, dia 23 de março, Carla Diaz foi a sétima participante a deixar a 21ª edição do "Big Brother Brasil". Ela saiu com 44,96% dos votos, após enfrentar os cantores Rodolffo e Fiuk no paredão que bateu recorde de votação por minuto do reality show: 2.988.000 votos foram contabilizados simultaneamente. A atriz mostrou um jogo guiado pelo coração e teve a oportunidade de mudar os rumos do game ao participar de um paredão falso e voltar à casa, vestida de dummy, depois de ter tido acesso a informações privilegiadas dos participantes.
Agora fora do programa, Carla afirma ter sido sincera e fiel aos seus sentimentos todo o tempo: “Me permiti de verdade, me libertei. Mesmo sendo uma pessoa conhecida, eu preferi me jogar, porque eu sou dessas; não consigo ficar na dúvida, me jogo mesmo (risos)”. Na entrevista a seguir, a ex-participante conta sobre o momento mais marcante de sua trajetória – o paredão falso – e comenta sobre as amizades e o romance com Arthur.
Como foi, para você, a experiência de participar do "Big Brother Brasil"? Carla Diaz - Foi uma experiência maravilhosa, completamente diferente de tudo que eu já vivi. Apesar de estar na TV desde os meus dois anos de idade, eu nunca tinha feito isso 24 horas por dia, dormindo e acordando em frente às câmeras. Eu me joguei, segui o meu coração, fui fiel aos meus sentimentos e me permiti viver tudo aquilo. Eu passava do lado de fora da casa do BBB, nos Estúdios Globo, e sonhava estar ali dentro. Vivi esse sonho e foi ainda melhor do que eu imaginava. Foi uma trajetória de autoconhecimento também.
Quais foram os pontos altos dessa trajetória e as maiores dificuldades? Carla Diaz - Um ponto alto foi ter jogado com o coração o tempo todo, ser eu mesma lá dentro. E é engraçado falar isso porque no "BBB" tudo acontece dentro de situações muito específicas, que não existem fora do programa. Eu poderia não tomar as mesmas atitudes se estivesse fora da casa, em outro contexto. Mas eu agi com o que eu tinha ali. Fui a Carla que sou na vida real, acolhi as pessoas, ouvi sem julgar, fui sincera. Não foi uma dificuldade para mim, esse é o meu jeito de ser. Além disso, ter ido para o quarto secreto e ter voltado daquela forma foi incrível. Eu “saí” sendo muito julgada pelas pessoas lá dentro e voltei porque fui escolhida pelo público. Foi uma oportunidade única. Voltar vestida de dummy foi épico, zerei o "BBB" (risos)! Atender o Big Fone também foi um risco, que nem todo mundo tem coragem de correr, mas eu me dispus àquilo; era um jogo e eu tinha que jogar. Já a minha maior dificuldade foi saber lidar com as situações da casa, estar com tantas pessoas diferentes 24 horas por dia e administrar os conflitos que apareciam entre a gente. Mas até isso foi positivo para mim. Fica um aprendizado muito grande de toda essa troca.
Estar diante das câmeras como atriz, interpretando um personagem, é muito diferente de estar cercada por elas em um reality show? Carla Diaz - É completamente diferente. As pessoas falam muito sobre sustentar personagem no "BBB", mas é impossível sustentar um personagem que não existe e não tem um roteiro a ser seguido. Tudo acontece de forma muito rápida e precisamos reagir às situações que vão aparecendo de acordo com o que a gente observa e sente. Para mim, não tinha como fingir ser alguém que eu não era. É até clichê dizer isso, mas eu fui eu mesma. Fui muito sincera com todo mundo, me joguei e me permiti viver e fazer tudo que eu queria lá dentro.
Alguns participantes apontaram, em diferentes momentos, que você estaria atuando ou “fazendo média”. Como você enxerga isso? Carla Diaz - Essa questão de “fazer média” nunca foi algo que eu aprovei ou gostei, então eu jamais faria com outra pessoa. Mas é o meu jeito, sim, ser educada, é o meu jeito querer agradar o outro, seja fazendo um bolo, seja ouvindo ou acolhendo. Foram atitudes sinceras da minha parte que algumas pessoas podem ter interpretado de outra forma. Mas aí já é um problema delas (risos).
Você foi escolhida pelo público para ir ao quarto secreto no paredão falso. Qual foi a sensação de viver aquele momento? Carla Diaz - Foi mágico, épico, indescritível. Não tem como definir em uma só palavra ou em uma frase porque foi uma das maiores emoções que eu já senti na minha vida. Eu estava “saindo” da casa arrasada, tentando ser o máximo sincera com as pessoas e vendo uma certa rejeição; elas não queriam me ouvir. Quando eu recebi uma nova chance, eu vi que não estava tão errada assim, que agir com o coração e com a sinceridade ainda é o que vale e o que é reconhecido também.
O que mais te surpreendeu no comportamento dos brothers após a sua “eliminação”? Carla Diaz - A falsidade. Pessoas que diziam que gostavam de me ouvir e viam sinceridade em mim e por trás falaram mal. Vi também muita agressividade na forma como falavam sobre mim. E não só sobre mim, mas sobre a Juliette também. Aquilo me deixou muito magoada, não era coerente com o discurso que eu ouvia antes, pessoalmente. Eu me surpreendi muito positivamente com as escolhas de amizade que eu tinha feito, mas negativamente com algumas pessoas que eu ainda não tinha tanta proximidade. Meu “pé atrás” tinha um certo fundo de verdade.
Qual foi a sua estratégia de jogo na volta para a casa, depois do quarto secreto? Carla Diaz - Foi uma mistura de um monte de pensamentos. Muitas pessoas achavam que eu iria voltar para a casa fazendo a mesma coisa que fizeram comigo lá dentro: apontando, falando mal, julgando. Só que eu não sou essa pessoa. Eu olhava para a falsidade e pensava: “é um problema dele, não é meu”. Eu preferi ficar na minha, em silêncio, e observar como as pessoas iriam reagir. E, de fato, acho que foi a melhor coisa que eu fiz. Todas vieram falar comigo por elas mesmas, eu tinha praticamente um horário marcado na agenda de cada um (risos). Foi assim que eu também consegui ver que muitos reconheceram seus erros e que percebi uma grande mudança na casa. Estava uma energia ruim antes e, com a minha volta, as coisas foram ficando mais leves. As pessoas, ao invés de apontar para o outro, começaram a olhar para elas mesmas. Obviamente eu ainda estava receosa com alguns, mas tudo ficou mais em harmonia.
O que você pode comentar sobre o seu relacionamento com o Arthur? Carla Diaz - Eu posso dizer que não fui alguém que ficou com pudor de viver uma experiência amorosa dentro de um reality show. Me permiti de verdade, me libertei. Mesmo sendo uma pessoa conhecida, eu preferi me jogar, porque eu sou dessas; não consigo ficar na dúvida, me jogo mesmo (risos). Fui feliz, tive dúvidas, acertei... Acho que todo mundo passa por isso em qualquer tipo de relacionamento, seja ele amoroso ou mesmo amizade. E quanto ao futuro, a Deus pertence.
O que você acha que te levou a ser eliminada ontem? Carla Diaz - Muita coisa. Minha trajetória não se resume a uma só situação. Estou com a consciência muito tranquila de que eu fiz a minha parte de seguir o meu coração, e as pessoas acharam melhor me ver aqui fora. Então eu vim, com a maior felicidade da missão cumprida e com o coração aberto para viver a vida real, que é aqui. Eu estava morrendo de saudade da minha mãe, da minha casa, do meu cachorro. Eu acredito que Deus tem uma missão para cada um e que o tempo para coisa é único. A minha hora chegou, acredito nisso.
Quais são as amizades feitas lá dentro que você pretende levar adiante a partir de agora? Carla Diaz - Camilla de Lucas, Pocah, Juliette e João. Quero muito os quatro na minha vida! A Juliette, inclusive, foi uma descoberta. Ambas somos sagitarianas, a gente se reconheceu. Apesar da diferença de quartos e grupos acabar distanciando um pouco a gente, é uma amizade que eu senti que foi verdadeira. Por mais que a gente não tivesse tido muitos momentos de conversa, a gente se reconhecia muito pelo olhar. Ela me defendeu muito, acreditou em mim, assim como eu acredito nela. Lembro de ter falado para ela ser forte ainda na minha “primeira eliminação”. Ver as imagens no quarto secreto só confirmou tudo.
O que você leva consigo do "BBB 21"? Carla Diaz - Uma experiência de vida e um aprendizado que eu jamais teria em outro trabalho ou na minha vida pessoal, ainda mais durante uma pandemia. Cada momento que eu vivenciei foi muito especial. Com certeza vai ficar guardado no coração.
Para quem fica sua torcida? Carla Diaz - Camilla, Juliette e João são o meu trio favorito. E a Pocah também! Quero que os quatro cheguem à final. Não tenho como escolher um só, acho muito cedo. Quem vai decidir é o público (risos).
Quais são seus planos agora, fora do BBB? Carla Diaz - Trabalhar muito! Cansei de ficar só dormindo e acordando, quero trabalhar, me movimentar, ser criativa (risos)!
Filmes de terror geralmente são rasos e eis o grande motivo de muitos torcerem seus narizes para o gênero. Em "O Espelho", filme dirigido por Mike Flanagan, de sucessos recentes de arrepiar como o filme "Doutor Sono"e a série "A Maldição da Residência Hill", toda a tensão é entregue a cada sequência e, embora garanta alguns sustos, não convence 100%.
Em 1 hora e 45 minutos tudo gira em torno de dois irmãos e um espelho, que dá o nome ao longa, inclusive. Tim (Brenton Thwaites, príncipe em "Malévola") e Kaylie (Karen Gillan, atriz do novo "Jumanji") são traumatizados pela morte dos pais quando ainda eram crianças. Contudo, Tim foi quem mais pagou pelo ocorrido, o que no caso, o levou a um hospital psiquiátrico. Após anos internado, Tim reencontra Kaylie que está certa de que a tragédia é proveniente do objeto.
O roteiro de Mike Flanagan e Jeff Howard segue a receita de confundir o público. Enquanto a moça segue afirmando que o espelho é o causador de fenômenos paranormais, Tim assume a postura de um cético aos estudos realizados pela irmã. E é justamente nessa confusão que cenas estranhas ganham a tela.
"O Espelho" não tem tantos pontos positivos para ser o filme favorito de alguém, mas é uma boa opção de entretenimento que gera tensão. Além disso, traz o intérprete de Nathan Scott do seriado"One Tree Hill" , James Lafferty. Nesse longa ele faz apenas uma participação em algumas cenas como o noivo de Kayle. Contudo, parece que Mike Flanagan gostou de trabalhar com o rapaz, pois eles se reencontraram em "A Maldição da Residência Hill".
*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm
"Prisioneiro Espacial" estreia no Cinema Virtual dia 25 de março. Longa chega com exclusividade à platafoma na próxima quinta-feira.
O filme "Prisioneiro Espacial" estreia no Cinema Virtual na próxima quinta, dia 25 de março. O longa chega com exclusividade à plataforma, que segue o padrão dos cinemas físicos e tem feito lançamentos semanais às quintas-feiras. Com produções de diferentes gêneros e países, o Cinema Virtual leva filmes a todo Brasil, inclusive a muitas cidades que ainda não contam com salas de cinema.
O suspense de ficção científica, que traz a história de um detento enviado ao espaço para iniciar uma colônia penal fora da Terra, é escrito e dirigido por Luke Armstrong, diretor premiado pelo curta-metragem Shadows e integrante da equipe de efeitos visuais de “Vingadores: Ultimato” e “Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw”, entre outros sucessos. No elenco estão Johnny Sachon, Lottie Tolhurst, Michael Condron, Ben Valentine, Brian Bovell.
Quando Issac acorda dentro de uma sala estranha, ele descobre que é na verdade um prisioneiro que foi enviado ao espaço para iniciar a primeira colônia espacial fora da Terra como uma nova forma de punição. Para piorar, ele descobre que tem uma companheira de cela, Alana, que está decidida a explodi-los e destruir tudo. “Prisioneiro Espacial” é um thriller claustrofóbico de ficção científica britânico que vai te deixar ansioso até o clímax explosivo.
Para assistir aos filmes, o público pode acessar a plataforma pelo NOW ou escolher a sala de exibição preferida em www.cinemavirtual.com.br e realizar a compra do ingresso. O filme fica disponível durante 72 horas para até três dispositivos. Outros dez filmes também estão disponíveis no Cinema Virtual: "A Poucos Passos de Paris", "Nona, Um Amor", "Proibido", "Mambo Man - Guiado Pela Música", "O Muro", "A Jornada de Jhalki", "O Mistério de Frankenstein", "Inteligência Artificial - Ascensão das Máquinas", "Medo de Amar", "Contágio em Alto Mar".
A Cia. Queda Livre apresenta o espetáculo online “SÓS: Ao Cair de Mim Morrerei Vivendo” , que segue nos dias 24, 27, 28 e 31 de março. O espetáculo foi concebido em linguagem de teatro online, contemplado pelo Edital ProAc Expresso Lei Aldir Blanc 36/2020 - Produção e temporada de espetáculo de teatro com apresentação online.
Com duração de 60 minutos, "SÓS" leva os espectadores a uma experiência intrigante em que três personagens se encontram presos em uma sala de videoconferência, não podendo sair dela e nem de suas casas, como que em um sequestro virtual.As personagens não têm nome, são chamados por números – 0506, 1103, 1310, 1511 –, e só conseguem se comunicar uns com os outros.
Porém, existe um quarto elemento em cena, a Caos, que é a própria escritora dessa história. De uma maneira nada agradável e nada confortável, ela questiona e provoca essas personagens, até que elas não conseguem mais sustentar uma imagem que construíram de si mesmas.“Apesar da estratégia duvidosa (risos), proponho uma espécie de jogo esteticamente absurdo e surreal para que as personagens busquem uma mudança verdadeira em si mesmas. Só assim será possível uma mudança maior: coletiva. É muito fácil criticar o mundo a nossa volta, difícil é olhar pra si, para as nossas próprias falhas. Tudo tem uma falha e é por aí que a luz entra”, destaca Beatriz Belintani autora e diretora de "SÓS".
O espetáculo é apresentado pela Cia. Queda Livre, com concepção, direção e dramaturgia de Beatriz Belintani, que também está no elenco junto a Lilian Alves (1103), Oliver Olívia (0605) e Rodrigo Odone (1310). O projeto também tem orientação de Fabiana Monsalú (direção e dramaturgia) e Gilvan Balbino (dramaturgia). As apresentações são transmitidas ao vivo durante o mês de março. Para adquirir o ingresso, basta entrar no site sympla.com.br/ciaquedalivre e retirar o ingresso consciente, em que o público pode decidir quanto quer pagar, de R$ 0, R$ 10, R$20 ou R$ 30.
A Companhia Queda Livre foi criada em 2017, idealizada por Beatriz Belintani, Rodrigo Odone e Gilson Totti Dias. A libertação dos padrões estéticos impostos pelo textocentrismo clássico e a valorização da liberdade criativa norteiam a produção cultural da companhia, que se lança sem resistências na experimentação de novos modos de encenação e linguagem, de novas poéticas e estéticas, como sugere o seu nome. Atualmente, a companhia é composta por Beatriz Belintani, Rodrigo Odone, Lilian Alves, Mateus Torres e Maria Beatriz Avanso tendo outros artistas como convidades e parceires, a depender do trabalho a ser realizado.
Em 2020 a Companhia deu início a um processo de pesquisa na busca de uma dramaturgia inédita. Porém, seus trabalhos começam dois anos antes, em 2018, com a estreia da primeira montagem "Entre 4 Paredes", de Jean-Paul Sartre, com direção de Gilson Totti Dias, que cumpriu temporada durante maio e junho no iNBOx Cultural e em novembro do mesmo ano no Satyros Um. O segundo trabalho, "A Valsa Nº 6", de Nelson Rodrigues, estreou em maio de 2019 no Espaço Elevador. O terceiro trabalho "O Julgamento de Páris" tinha estreia prevista para maio de 2020, mas foi interrompido por conta da pandemia, assim como o processo de pesquisa do quarto trabalho "Do outro lado da janela está você: abra(ce)". Entretanto, no mesmo ano, a Cia. manteve suas pesquisas de forma virtual e criou o curta-metragem "SÓS" que foi contemplado pelo Prêmio Funarte RespirArte. Esse trabalho impulsionou novas pesquisas para o coletivo, que segue investigando a relação entre teatro e vídeo, agora com um trabalho que acontece online e ao vivo intitulado “SÓS: Ao cair de mim morrerei vivendo”.
Serviço: Espetáculo: “SÓS: Ao Cair de Mim Morrerei Vivendo” Quando: todas as quartas, sábados e domingos, até dia 31 de março Horário: das 21h às 22h Ingressos: sympla.com.br/ciaquedalivre Ingresso consciente paga quanto puder: gratuito, R$ 10,00 ou R$ 20,00 ou R$ 30,00 Transmissão ao vivo
Ficha técnica completa Espetáculo: “SÓS: Ao Cair de Mim Morrerei Vivendo” Concepção, direção e dramaturgia: Beatriz Belintani Elenco: Beatriz Belintani, Lilian Alves, Oliver Olívia, Rodrigo Odone Orientação de direção e atuação: Fabiana Monsalú Orientação de dramaturgia: Gilvan Balbino Direção de arte: Italo Iago Criação de luz: Maristella Pinheiro Dramaturgia sonora: Camila Couto Câmeras: André Garavatti, Bruno Fragma, João Victor Camargo, Nathália Gonçalves Operação de som: Camila Couto Streaming: Sol Faganello Sobre a Cia. Queda Livre
Li o livro "Estrelas Tortas" por indicação da minha dona, que ama loucamente essa publicação de Walcyr Carrasco. História tocante e com o ponto de vista de vários personagens sobre o acidente com a atleta Marcella. É o que torna o livro de poucas páginas ainda mais envolvente.
Eis que de repente, não mais que de repente... A minha dona falou:
- Eu li esse livro na minha escola Duque de Caxias e depois, nas férias, eu sempre relia. Tenho o meu exemplar da primeira edição que na última Bienal do Livro de São Paulo, a presencial, levei para o próprio Walcyr Carrasco autografar a minha relíquia.
Logo respondi que me lembrava disso, afinal, eu estava lá com ela e o maridão dela, dentro da mochila. Na fila dos autógrafos, encontramos com o ator Eriberto Leão que estava ao lado da mãe.
Eis que em mais um de repente, a minha dona comentou:
- Acredita que eu indiquei a leitura desse livro na escola em que dava aula, para a turminha do 6º ano e um outro professor novato, mas que tinha extrema necessidade de mostrar saber mais do que os outros, veio me recomendar a leitura?! Sorri e educadamente respondi que conhecia "Estrelas Tortas", de Walcyr Carrascodesde a infância e que a indicação havia sido feita por mim.
Inspirada em Ingmar Bergman, a peça imersiva “As Palavras da Nossa Casa” é apresentada ao vivo pelo Zoom. O espetáculo, que lotou todas as sessões durante a temporada na Casa das Rosas, agora traz o público para dentro de uma videoconferência familiar, em uma espécie de “linha cruzada audiovisual”. Adriana Câmara em cena de “As Palavras da Nossa Casa”. Foto: Hernani Rocha
Sucesso de público na Casa das Rosas, o espetáculo imersivo “As Palavras da Nossa Casa”, do Núcleo Teatro de Imersão, teve sua temporada interrompida por conta da pandemia de Covid-19. Por isso, o grupo decidiu reambientar o texto e explorar os recursos oferecidos pela internet para criar uma versão online da peça. A nova temporada pode ser conferida entre os dias 22 e 27 de março, com sessões de segunda a sexta, às 14h30 e às 19h30, e, no sábado, 16h e às 20h.
A dramaturgia do espetáculo foi escrita por Adriana Câmara, que também assina a direção, e Glau Gurgel a partir de vários filmes do cineasta sueco Ingmar Bergman (1918-2007). “A principal referência é ‘Sonata de Outono’ (1978), mas também fazemos referências a ‘Através de um Espelho’ (1961), ‘Gritos e Sussurros’ (1972), ‘Morangos Silvestres’ (1957) e ‘Face a Face’ (1976)”, revela a diretora.
Na trama, o espectador acompanha uma reunião virtual entre a famosa cantora Charlote (interpretada pela atriz Gizelle Menon), sua filha única Eva (Adriana Câmara) e seu genro Victor (Glau Gurgel). As duas não se veem há muito tempo e guardam profundas mágoas do passado, como o fato de Eva ter se sentido, a vida inteira, negligenciada por Charlote, precisando, inclusive, lidar com a perda de seu único filho sem o apoio da mãe, que se dedicava à administração das demandas de sua carreira internacional.
Charlote vive na agitada metrópole São Paulo, enquanto Eva optou por uma vida mais tranquila e foi morar com o marido, o pastor presbítero Victor, em Garanhuns (PE). Como Victor teve contato com alguém que contraiu covid-19 na sua igreja, ele e Eva dividem telas diferentes – enquanto ela circula pelo apartamento, ele acessa a conferência do escritório, onde passa a quarentena.
Para resgatar os sentimentos nobres que ainda existem entre elas, mãe e filha precisam encarar todas as suas feridas e, nesse processo, acabam proferindo palavras muito duras. A montagem sensível provoca a identificação imediata do espectador, ao tratar de temas como o amor, as cobranças e expectativas na criação dos filhos, as diferenças de geração, a falta de comunicação em relacionamentos, a esperança e os recomeços após dores profundas e os temores trazidos pela pandemia, numa abordagem que parte de situações e conflitos parecidos com os que todos já vivenciaram ou testemunharam.
O caráter imersivo da montagem ganha novos contornos via Zoom. Enquanto, na Casa das Rosas, os espectadores entravam no casarão de Eva e Victor, na década de 1960, e percorriam seus diversos cômodos, cercados por personagens com figurinos da época, agora, na versão virtual do espetáculo, o público entra na videoconferência da família, nos tempos atuais, durante a pandemia, acompanhando bem de perto esse encontro virtual e tendo a oportunidade de conhecer diversos ambientes das casas de Eva, Victor e Charlote.
“Na versão presencial, o público entrava fisicamente no espaço físico dos personagens, agora o público entra virtualmente no espaço virtual dos personagens e assiste à apresentação como se estivesse testemunhando uma conversa de uma família verdadeira, e não uma encenação, numa espécie de ‘linha cruzada audiovisual’. Nosso objetivo é que a experiência seja tão imersiva, que o público esqueça que se trata de um espetáculo”, conta Adriana Câmara. Depois da sessão, o elenco continua no Zoom para uma conversa com os espectadores.
Essa temporada foi contemplada pelo edital do Programa de Ação Cultural (ProAC Expresso) e conta com recursos da Lei Aldir Blanc e realização da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria Especial de Cultura, do Ministério do Turismo, do Governo Federal.
“As Palavras da Nossa Casa” é o segundo espetáculo do Núcleo Teatro de Imersão. A primeira peça do grupo, “Tio Ivan”, ganhou o Aplauso Brasil 2018 na categoria Melhor Espetáculo de Grupo por voto popular.
Sobre o Núcleo Teatro de Imersão O Núcleo Teatro de Imersão é um grupo teatral de São Paulo, SP, que pesquisa e monta espetáculos de teatro imersivo, propondo novas relações entre ator e espectador, ao inserir o público no espaço da representação, em meio à cena representada. O objetivo do grupo é fazer com que o espectador se envolva com os personagens e emocione-se com a história como se estivesse testemunhando eventos reais, e não uma encenação. No período de distanciamento social, o grupo tem realizado também experiências de teatro virtual, criando espetáculos online que levam o espectador para dentro do mesmo ambiente virtual dos personagens.
O Núcleo Teatro de Imersão iniciou suas pesquisas em 2014 e, no ano de 2017, estreou seu primeiro espetáculo imersivo e itinerante, “Tio Ivan”, adaptação para a peça teatral “O Tio Vania”, de Anton Tchekhov, em cartaz por três temporadas na Oficina Cultural Oswald de Andrade e na Casa das Rosas, em São Paulo, em 2017, 2018 e 2019. A montagem foi premiada como Melhor Espetáculo de Grupo de 2018 do Prêmio Aplauso Brasil (júri popular).
Em 2020, o Núcleo Teatro de Imersão estreou “As Palavras da Nossa Casa”, encenação imersiva e itinerante inspirada em obras de Ingmar Bergman, em cartaz na Casa das Rosas, em São Paulo, de janeiro a março. O espetáculo obteve lotação máxima em todas as sessões de sua temporada e, com a chegada da pandemia de Covid-19, ganhou temporada online ao vivo, pelo Zoom, além de apresentação pela Conexão Casas de Cultura, nas redes sociais da Casa de Cultura de Santo Amaro, e pela Virada Cultural da Cidade de São Paulo.
Em 2021, o Núcleo Teatro de Imersão está se preparando para lançar o espetáculo virtual Ausências, montagem interativa e imersiva, que acontece ao vivo, online, pelo Zoom, com participação ativa dos espectadores.
Sinopse Durante a pandemia, uma cantora famosa reencontra sua filha e seu genro através de um aplicativo de videoconferência. No encontro, revelam-se as mágoas, o amor e as perdas que unem e separam a família. O público testemunha a videoconferência das personagens como se estivesse flagrando a conversa de uma família verdadeira. Espetáculo imersivo virtual inspirado livremente em obras de Ingmar Bergman.
Ficha técnica Espetáculo: "As Palavras da Nossa Casa" Realização: Núcleo Teatro de Imersão Direção: Adriana Câmara Texto: Adriana Câmara e Glau Gurgel, inspirado livremente em obras de Ingmar Bergman Elenco: Adriana Câmara (Eva), Gizelle Menon (Charlote), Glau Gurgel (Victor) Anfitriã da sessão: Dayane Isabela Produção executiva: Adriana Câmara Cenografia e figurino: Adriana Câmara Produção de arte: Adriana Câmara, Gizelle Menon e Glau Gurgel Programação visual: Hernani Rocha Fotografias: Hernani Rocha Produção: Menina dos Olhos do Brasil Assessoria de imprensa: Agência Fática (Bruno Motta e Verônica Domingues)
Depois de 40 anos na Rede Globo, Aguinaldo não teve o contrato renovado com a emissora. O anúncio de sua demissão aconteceu em janeiro do ano passado. “Primeiro, eu fiquei chocado. Porque quando as coisas são assim muito oficiais, depois de uma relação tão longa e que rendeu tantos frutos para ambas as partes, essa coisa assim meio burocrática, oficial, é meio chocante. E eu fiquei um pouquinho magoado com duas ou três pessoas que também não estão mais lá”, desabafa. “Foi o fim de um ciclo, entendeu? A emissora me deu muito durante esses 40 anos, eu não posso me queixar. E eu também dei muito para a emissora. Foi uma troca justa”, completa Aguinaldo.
O último trabalho do novelista na TV, a novela “O Sétimo Guardião” (2018), virou assunto na imprensa por conta de um suposto affair entre os atores José Loreto e Marina Ruy Barbosa. Questionado sobre os rumores de traição, Aguinaldo é categórico: “Eu confio plenamente na palavra da Marina, que é minha afilhada, e eu sei que para mim ela não mentiria. Ela sempre me disse que não aconteceu nada”. José Loreto e a então esposa Débora Nascimento se separaram em 2019.
Além dos bastidores da novela, a trama de “O Sétimo Guardião” também foi assunto da imprensa especializada e do público, que criticaram o desenrolar da história. À época, Aguinaldo Silva rebateu seguidores e até artistas que o criticaram pelas redes sociais. “O que aconteceu em ‘O Sétimo Guardião’ é que talvez eu estivesse em uma fase muito ativa na Internet. Eu tinha opiniões muito próprias, e isso não foi bem aceito pelas pessoas, que viram na novela uma oportunidade para puxar o meu tapete”, declara ao programa "A Noite É Nossa".
Considerada a novela brasileira de maior audiência de todos os tempos, o autor também relembra “Roque Santeiro” (1985): “Até hoje, é o maior fenômeno da TV brasileira. Tem gente que não era nem nascida na época, mas sabe quem é a Viúva Porcina”. Ele também fala sobre a protagonista da trama, a atriz Regina Duarte: “A Regina era a ‘namoradinha do Brasil’ e havia feito várias personagens doces e românticas. Quando a chamaram para fazer a Viúva Porcina, tiveram que arrancar a Viúva Porcina de dentro da Regina. Ela estava lá, só que a Regina não sabia”.
No meio da entrevista, de surpresa, Aguinaldo recebe mensagem da eterna Viúva Porcina. Com exclusividade ao "A Noite É Nossa", a atriz Regina Duarte diz a ele: “A Porcina foi a porta-bandeira da alegria com quem eu mais me diverti na vida. Minha gratidão eterna por ela e a esse presente incrível que você me deu, a mim e a todo o nosso público de telenovelas. Receba um grande abraço desta sua fã”, conta.
Aguinaldo Silva revela que chegou a pensar em uma personagem para a cantora Anitta. O convite para que ela atuasse em uma novela dele aconteceu no programa Domingão do Faustão, em 2016, mas a participação nunca aconteceu. “A Anitta foi assim. Eu fiz uma longa entrevista quando ela estava começando a ser Anitta. Ela foi na minha casa só com uma assessora de imprensa, ela mesma dirigindo o carro, botou na minha garagem, subiu… e eu comecei a conversar com aquela mulher e percebi que ela era tão focada na carreira, no que ela queria, em tudo isso. Era uma pessoa tão forte. Eu percebi que ela ia ser um grande sucesso. E eu fiquei tão fascinado por aquela figura que eu disse: ‘Você não quer aparecer em uma novela minha?' E ela topou. Só que nesse intervalo, entre a entrevista e o começo da gravação da novela, Anitta virou Anitta”, lamenta o novelista.
Aguinaldo conta que Lima Duarte foi o ator com que mais trabalhou em sua carreira: “Fiz nove trabalhos com ele. O Zé Mayer, por exemplo, fez sete novelas comigo. Mas o Lima é o campeão”. Sobre a volta de José Mayer às telinhas, o dramaturgo é categórico: “Eu acho que isso vai acontecer (a volta de José Mayer às novelas). O que também afastou o Zé é que ele teve um problema de saúde, que já está resolvido. Ele agora está em forma. Evidente que alguém vai chamá-lo”.
Questionado sobre seu futuro na televisão, Aguinaldo afirma: “Eu acho que a partir de agora, qualquer que seja o lugar onde eu volte a trabalhar, o que a gente tem que fazer é um contrato por obra. Alguém quer uma novela minha? Tudo bem, vamos conversar. Eu apresento uma sinopse e me apresentam uma proposta. Acabou a novela, acabou o compromisso. De onde quer que venha o chamado, se for do meu interesse, eu aceito. E tem mais uma coisa: eu tenho histórias já prontas”.
A Monja Coen e o filósofo Clóvis de Barros Filho lançam o livro "Despertar Inspirado". Escrito por duas das personalidades mais influentes dos dias de hoje, "Despertar Inspirado" une filosofia e autoconhecimento e propõe reflexões matinais para impulsionar o desenvolvimento pessoal. O professor Clóvis faz uma sequência de reflexões diárias, movido pela reclusão e a necessidade de se manter inspirado, complementadas por comentários da monja, cheios de compaixão, novas fundamentações e perspectivas sobre aquele olhar.
O livro "Despertar Inspirado" é resultado da iniciativa de dois amigos. Nos primeiros dias de abril de 2020, momento em que o mundo mergulhava na reclusão, o professor Clóvis de Barros Filho decidiu usar a internet para comunicar o que lhe passava pela cabeça em cada amanhecer. Em um esforço para perseverar no próprio ser e encontrar positividade e motivação, sempre às seis da manhã, ligava a câmera e falava consigo mesmo.
Monja Coen Roshi, amiga de longa data, com a mesma frequência e assiduidade, assistia aos vídeos e lhe enviava mensagens com comentários aprofundando ainda mais as reflexões - e, assim, entenderam que o conteúdo poderia ser ampliado e frutífero também em um livro. “Acredito que o pensamento sobre a vida é nossa maior fortaleza. O livro foi substancialmente enriquecido, quando comparado aos vídeos, e se propõe exatamente ao que está no título, um despertar inspirador, ameno, prazeroso e alegre”, explica Clóvis de Barros Filho.
Ainda que o livro, em parte, em tom motivacional, possa soar como uma antítese do tom de voz mais comum ao professor quando fala sobre si mesmo, ele torna-se na verdade um retrato ainda mais claro sobre sua personalidade. “A verdade é que por mais que meu humor possa soar autodepreciativo, em situações limítrofes como a que estamos vivendo, é imperativo se preocupar com nossas famílias, amigos, funcionários e sermos uma fortaleza para eles. E é aí que encontrei a motivação para seguir em frente”, explica. Você pode comprar "Despertar Inspirado", de Monja Coen e Clóvis de Barros Filho, neste link.
Sobre a Citadel A Editora Citadel foi fundada em Porto Alegre em 2014 e, desde então, mantém o foco de seus lançamentos nas áreas de desenvolvimento pessoal, psicologia aplicada, administração e filosofia. Seu catálogo conta com obras de importantes autores, como Clóvis de Barros Filho, Pedro Calabrez, Napoleon Hill, Donald Trump, e títulos best-sellers como “Mais Esperto Que O Diabo'', o livro mais lido no Brasil em 2020.