sábado, 22 de maio de 2021

.: "A maldição do mar": prepare-se para ser enfeitiçado


Na pequena cidade de Sparrow na costa do Oregon, o verão não traz apenas o sol, mas também morte e vingança.

Há duzentos anos, as irmãs Swan, acusadas de bruxaria foram afogadas nas traiçoeiras águas da baía, lar de inúmeros navios naufragados.

Desde então, do dia primeiro de junho até o solstício de verão, Aurora, Marguerite e Hazel retornam das profundezas para se vingar dos homens da cidade.

Sempre começa do mesmo modo: do oceano ecoa uma canção, até que cada uma delas possua o corpo de uma garota local e aprisione a alma de ao menos um garoto no Pacífico.

A polícia acredita que se trate de um pacto suicida entre adolescentes, mas Penny Talbot sabe que a lenda Swan não é apenas uma história para atrair turistas.

Ela sabe que é real... Mas guarda este segredo para si.

Neste verão, no entanto, Penny tem um motivo para se importar: Bo Carter chegou à cidade. Misterioso, o belo garoto guarda um segredo, mas, ainda assim, Penny não consegue se manter distante. E fará de tudo para que nenhuma irmã Swan o enfeitice e o arraste para as profundezas. Mesmo que, para isso, se torne alvo de sua fúria. 

Você pode comprar "A maldição do mar", de Shea Ernshw, aqui: amzn.to/3oBWWex

Livro: A maldição do mar

Autora: Shea Ernshw

Selo: Galera

Grupo Editorial Record

.: "Baby", solo de Erika Puga conta história de amor além dos clichês


Em curta temporada, solo de Erika Puga dirigido por Marcos Pedroso conta uma história de amor além dos clichês. Hospedado com exclusividade no canal do YouTube da Hysteria. Foto: Jeyne Stakflett

Estrelado por Erika Puga, “Baby”, que faz curta temporada online no YouTube da Hysteria a partir de 20 de maio, quinta-feira, seguindo temporada de quinta a domingo, por duas semanas, é o desabafo de uma mulher assumidamente apaixonada, tentando explicar e entender, ao mesmo tempo, sua natureza sentimental. Com humor, escapa da autocomiseração ao expor as mazelas de sua busca por uma realização amorosa.

“Baby” começou a ser desenhado por Erika numa oficina de auto ficção, dirigida por Nelson Baskerville, com 16 atrizes criadoras. Sentindo que a proposta teria fôlego para além dos 15 minutos propostos, foi iniciado um novo processo de desenvolvimento dramatúrgico visando uma experiência completa, desta vez, com parte da equipe de criação formada também por profissionais do cinema e do audiovisual em busca dessa nova linguagem híbrida que é o teatro-cinema.

“Baby nasceu a partir do texto da Erika Puga, que como protagonista e autora, chamou para adentrar nesse seu universo feminino, rico, complexo, humano, com dose de humor e contradição. Fomos buscar, a partir de trabalhos de artistas plásticas mulheres, diretoras de cinema, coreógrafas, encenadoras, um alicerce para que Baby se materializasse. Com um pé em distintas expressões e particularmente na mistura de teatro, performance e cinema fomos em busca de aprofundar essa a questão do amor romântico feminino e seus matizes profundos no coração da personagem/atriz”, diz o diretor Marcos Pedroso.

A dramaturgia em tom confessional e linguagem direta é pontuada pela ironia. Optou-se pela quebra da quarta parede para a personagem se comunicar com o espectador, olhando diretamente para a câmera ao comentar sua situação. Através do monólogo interno e externo da protagonista é desvendada simultaneamente a trama e a personagem.

Ao refletir sobre relacionamentos afetivos contemporâneos, e repensar os estereótipos e condicionamentos estruturais, a dramaturgia busca estabelecer uma conexão íntima e divertida com o público (a exemplo de séries autoficcionais de grande sucesso como “Fleabag” e “I May Destroy You”).

“Ao rir do próprio exagero, com inteligência, a personagem escapa do papel de vítima. Não há um tom moralista, tampouco entra no território da autoajuda, idealizando o relacionamento sob a aura dourada do empoderamento feminino. O apelo da peça é justamente o de evitar o tom normativo, que diz o que o relacionamento deve ser e o que não deve ser. Centrando no que ele é de fato”, explica a atriz Erika Puga.

Ao utilizar a casa da atriz como cenário, o uso do espaço comum, interno, é explorado de maneira cênica. Lugar de passagem, transforma o espaço íntimo em espaço de trânsito comum. “O funcionamento do dispositivo cênico, o corredor e as relações de poder entre os gêneros, uma porta que não se abre, mostrada a partir do próprio interior da personagem/atriz. A busca de mostrar o íntimo feminino e suas contradições, exibindo as gamas dos estados internos e fazendo sentir a solidão, a fragilidade, a resistência, a revolta e as contradições não apenas da personagem, mas também da atriz. O corredor se torna o lugar de uma dissecação do humano e de um mergulho empático na experiência subjetiva”, complementa Marcos Pedroso que também é responsável pela direção de arte.

“Por estarmos em uma pandemia, algumas peculiaridades surgiram neste fazer artístico. Optamos por trabalhar com uma equipe enxuta e mesmo com 13 profissionais envolvidos no projeto, centramos nos artistas que já conviviam diariamente para minimizar os riscos. A peça foi feita na casa em que moram o diretor Marcos Pedroso, a atriz Erika Puga e o contrarregra, Davi Puga e apenas eu e o Dimitre Lucho, responsável pelas câmeras, luz e microfones que, seguindo os protocolos de segurança, estivemos presentes nas filmagens nos desdobrando em diversas funções”, revela a produtora Odara Carvalho.

A peça será gentilmente hospedada pela Hysteria, que é uma produtora de conteúdo e entretenimento que nasceu como canal digital dentro da Conspiração, a produtora brasileira com mais indicações ao Emmy Internacional. Concebida com o objetivo de ampliar a inserção feminina no mercado e abrir espaço para narrativas que tenham as mulheres sempre no centro das histórias, o selo combina a expertise para realizar produções audiovisuais com o acesso a uma rede exclusiva e diversa de mais de mil colaboradoras por todo o país. Além de criar e distribuir conteúdo original multimídia inspirador e com propósito, cocria projetos com marcas como Google, Tik Tok e Natura, e desenvolve e produz filmes e séries para grandes players em atuação no país, como HBO Max, YouTube Originals, GNT e Curta!.

“Baby” se arrisca a dizer em voz alta o quanto pode ser aterrorizante amar, sem receitas de superação ou clichês cômicos. Renunciar ao amor é renunciar a uma ilusão de amor. Há coisas infinitas a se dizer sobre ele.


Serviço:
Espetáculo:
"Baby"
Solo de Erika Puga
Direção e arte: Marcos Pedroso
Cinematografia: Dimitre Lucho
Música: Gui Calzavara
Contrarregra: Davi Puga
Preparação de corpo: Bruna Paoli
Preparadora da atriz: Jerusa Franco
Design gráfico: Vanessa Deborah
Fotos de divulgação: Jeyne Stakflett
Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro
Produção executiva e direção de produção: Odara Carvalho
Curta temporada, de 20 a 23 de maio e 27 a 30 de maio -  8 sessões, às 20h
Exibição exclusiva: pelo Canal do YouTube da Hysteria
Horário: 20h     
Duração: 35minutos
Grátis
Indicação de faixa etária:
16 anos
Projeto contemplado pela Lei PROAC Aldir Blanc SP 36/2020.

.: Mortal Kombat: ação e aventura dos games para as telonas

Do mundo dos games para as telonas, a novidade promete cenas de muita ação e aventura


O clássico dos anos 90 “Mortal Kombat” ganha uma nova adaptação do longa metragem com a proposta de ser fiel ao material original. A terceira versão live action da série apresenta o lutador de MMA Cole Young, acostumado a apanhar por dinheiro, não faz ideia da herança que carrega. Temendo pela segurança de sua família, Cole sai em busca de Sonya Blade. 

Logo, ele se encontra no templo do Lorde Raiden, um Deus Ancião e protetor do reino da Terra, que acolhe aqueles que ostentam a marca. Lá, Cole treina com os experientes guerreiros Liu Kang, Kung Lao e o mercenário vigarista Kano, à medida que se prepara para enfrentar, ao lado dos maiores campeões da Terra, inimigos oriundos da Exoterra em uma arriscada batalha pelo universo.


sexta-feira, 21 de maio de 2021

.: Entrevista: Thais Polimeni afirma que escrever é terapia, publicar é coragem


Por Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Thais Polimeni acaba de lançar o livro de crônicas "Escrever É Terapia. Publicar É Coragem", que sai em formato dois livros em um, publicado em conjunto com Leonardo Cássio, que lança os contos de "Latíbulo".  Ambos são sócios há 10 anos da Cult Cultura e da Carbono 60, desenvolvendo projetos na área da Economia Criativa. As crônicas de Thais Polimeni têm um olhar empático e reflexivo sobre situações cotidianas e falam sobre amizade, família, viagem, resoluções de ano novo, política, religião e futebol.

Paulistana, Thais Polimeni é formada em publicidade e defende o diálogo, a sororidade e a empatia.  Descobriu a paixão por crônicas depois de um visto negado e uma amizade terminada. Sonha colorido (quase) todas as noites e às vezes se pergunta se é sonho ou realidade. 

São dois livros em um, que contam ainda com prefácio do escritor Jailson de Almeida, na parte "Latíbulo" e da cronista e dramaturga Andréa Martins na parte "Escrever É Terapia. Publicar É Coragem". Há ainda a contribuiçao da pesquisadora e cronista Mayra Guanaes, que redigiu dois textos explicativos sobre a relação entre contos e crônicas.

Resenhando.com - Escrever é terapia. Publicar é coragem. Por quê?
Thais Polimeni - O título desse livro daria uma nova crônica, né? Comecei a escrever para colocar pra fora o que eu pensava. Nesse processo, percebia que, depois do texto finalizado, eu sentia como se tivesse organizado minhas ideias para continuar a vida de um jeito cada vez mais leve. A fase seguinte à escrita, no meu caso, era a publicação na internet. Escrever e imediatamente publicar requer a coragem de se expor, especialmente quando a escrita apresenta, de forma transparente, as reflexões da autora, como é o caso das crônicas de "Escrever É Terapia. Publicar É Coragem".

Resenhando.com - Você afirma que publicar é coragem. Qual a maior exposição que você faz sobre si mesma neste livro?
Thais Polimeni - Tive que pegar o livro pra ver qual das 50 crônicas foi a de maior exposição! Olha, não tem uma em específico, mas tem temas sobre os quais eu não me expunha, e comecei a refletir a partir das crônicas: política e amizade. Eu sempre fui da turma da "política não se discute", até que percebi que a isenção é também um posicionamento. Posicionar-se politicamente requer muita coragem, tanto entre os amigos e familiares quanto entre os internautas e leitores em geral. O outro tema, amizade, nunca foi uma questão, pra mim. Sempre tive muitos amigos e me orgulhava muito disso; até que uma amiga parou de falar comigo sem me contar o motivo (ghosting que chama - também existe entre amigos) e passei a refletir sobre amizade. As crônicas sobre esse tema geraram elogios e críticas, e também um segundo projeto: o podcast "As Minas Gerais", em que falo sobre amizade, na primeira temporada.

Resenhando.com - Há uma história inusitada a respeito de como começou a escrever crônicas. Como foi?
Thais Polimeni - 
Tem algumas histórias que me motivaram a começar a escrever crônicas. 2013 foi meu retorno de Saturno (alô, astrolovers!) e, nesse ano, tudo aconteceu. Uma amiga parou de falar comigo, meu cachorro morreu, meu visto foi negado, entre outras crises. Afoguei minhas mágoas na livraria, no meio da seção de crônicas. Clarice Lispector, Martha Medeiros, Fernanda Takai, Betty Milan (que não era crônica, mas poderia ser) me acompanharam nesses processos de cicatrização e me inspiraram a escrever esse gênero.

Resenhando.com - Qual a maior terapia de escrever este livro? Que benefícios lhe proporcionou?
Thais Polimeni - 
A maior terapia (e acho que vale não apenas pra mim, na escrita, mas pra todos que frequentam algum tipo de terapia) é a do autoconhecimento. A escrita me permitiu olhar para minhas dores com atenção e dedicação, e descobrir o melhor caminho para curá-las.


Resenhando.com - Qual o maior desafio de escrever em primeira pessoa?
Thais Polimeni - 
A exposição, certamente. Por mais que a escrita em terceira pessoa carregue elementos do autor, fica mais fácil do leitor separar o autor do personagem. Já em primeira pessoa, e sem personagem ficcional, o personagem é o próprio autor; e quando o leitor não concorda com algo que está escrito, é com o autor que ele vai "brigar". Por outro lado, quando o leitor concorda, a conexão com o autor é imediata, e já tive muitos retornos positivos nesse sentido.


Resenhando.com - Para você, a escrita é autobiográfica?
Thais Polimeni - 
Para mim, toda escrita é, ao mesmo tempo, autobiográfica e ficcional. É quem escreve que vai determinar a forma que o livro deve ser lido. Por exemplo: eu defini que os meus textos são crônicas; porém, se eu tivesse assinado com outro nome, criado uma personagem de mim mesma, já seria conto ou então autoficção. E quem determinaria isso teria sido eu, quem escreveu. Mesmo escrevendo crônicas, com a coragem de falar "isso sou eu, é isso que eu penso", a partir do momento que eu transformo um acontecimento ou uma reflexão em escrita, já passa a ser ficção, porque é o meu olhar sobre aquilo, não uma reportagem jornalística sobre um fato (apesar de existirem crônicas jornalísticas, mas não é o meu caso). Então, a escrita é autobiográfica porque utilizamos elementos das nossas vivências nela; e é ficcional porque o objetivo não é relatar fatos, então podemos utilizar elementos da ficção para criar um texto mais divertido ou emotivo.


Resenhando.com - Por que lançar um livro solo em dupla com outra pessoa?
Thais Polimeni - 
O Leo é meu amigo e sócio há vários anos. Estudamos na faculdade e, depois de formados, abrimos uma empresa juntos. Começamos a publicar textos mais ou menos na mesma época: ele escrevendo contos e eu, crônicas. Decidimos lançar o livro também na mesma época e, então, pensamos: por que não lançarmos um livro dois em um? Foi também uma estratégia de marketing, porque o nosso público em comum pode comprar um único livro e ler os dois; o meu público que comprar o meu livro, também passa a conhecer o trabalho dele, e vice-versa.


.: Entrevista com Leonardo Cássio, publicitário e autor de "Latíbulo"


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Leonardo Cássio acaba de lançar o livro de contos "Latíbulo", que sai em formato dois livros em um, publicado em conjunto com Thais Polimeni, que lança as crônicas de "Escrever é Terapia. Publicar É Coragem". Ambos são sócios há 10 anos da Cult Cultura e da Carbono 60, desenvolvendo projetos na área da Economia Criativa. Ele se formou em publicidade sem saber que poderia ter feito relações internacionais. Paulistano da zona sul, quase mineiro da região norte, as peculiaridades da sociedade brasileira são suas inspirações constantes.

Os contos de Leonardo Cássio estão reunidos na parte "Latíbulo" do livro, com temas que envolvem família, traumas, experiências espirituais, política e viagem. Um dia, ainda vai viver só para escrever e contar histórias desse mundão para suas filhas. São dois livros em um, que contam ainda com prefácio do escritor Jailson de Almeida, na parte "Latíbulo" e da cronista e dramaturga Andréa Martins na parte "Escrever é Terapia. Publicar É Coragem".

Há ainda a contribuiçao da pesquisadora e cronista Mayra Guanaes, que redigiu dois textos explicativos sobre a relação entre contos e crônicas. "Latíbulo" significa esconderijo. Nesse livro, representa o lugar em que são guardados pensamentos e falas que necessitam de terapia e coragem para serem expostos. "Latíbulo" também pode significar o local em que moram os deuses. Qual é seu latíbulo?


Resenhando.com - O título de seu livro é diferente. Por que a escolha dessa palavra?
Leonardo Cássio - Eu gosto bastante de títulos com poucas palavras ou palavras únicas, como os contos Enxúndia ou Progresso. Bem, fazendo uma pesquisa com a Thais sobre palavras diferentes (acho que há um perfil no Instagram dedicado a isso), vimos Latíbulo, que significa refúgio, esconderijo. No exato momento fiz a escolha pelo título do livro, complementar ao nome grande escolhido pela Thais para seu livro. 


Resenhando.com - O que os personagens de seus contos têm a dizer sobre você?
Leonardo Cássio - A maioria deles, apesar do sofrimento ou de um olhar triste para as coisas, é otimista. Vejo o mundo assim: é um lugar contraditório, por ser ótimo para uns e péssimo para outros, e gosto de uma frase de um podcaster chamado Cristiano Dias: sou pessimista a curto prazo e otimista a longo. As personagens vivem um mundo ruim, mas sente que ele será melhor.

Resenhando.com - Você se formou em publicidade sem saber que poderia ter feito relações espirituais. Explique.
Leonardo Cássio - ahahaah, engraçado a colocação porque eu não sou uma pessoa de crenças religiosas. Nem sei bem o que penso sobre relações espirituais e sobre o sobrenatural, além do fascínio pelo desconhecido. Prestei vestibular para publicidade e relações internacionais e passei na primeira opção. Não teve motivo, na verdade talvez tenha sido uma escolha espiritual. Mas a morte, a memória e o sonho são temas que me fascinam e pretendo me debruçar mais sobre. Posso ainda me graduar em relações espirituais. 


Resenhando.com - A literatura é um refúgio? 
Leonardo Cássio - 
Sim, sem dúvida. Gosto de escrever sozinho ou em momentos de solidão - coisa impossível no momento, pois tenho duas crianças pequenas e há meses em casa. É um dos poucos momentos (talvez apenas quando estou correndo, por exemplo) que reflito de fato sobre coisas que me interessam, assustam, motivam, etc. É um momento de estar afastado das pessoas, celular, televisão, etc. Não digo que deva ser um lugar silencioso, mas deve ser "afastado" das tarefas cotidianas. 


Resenhando.com - O que levou um publicitário a escrever um livro de contos? Quais os seus objetivos com o lançamento do livro?
Leonardo Cássio - Olha, não sei se sei responder. Bom, primeiro que me formei em publicidade, mas trabalhei pouco com marketing e propaganda. Tanto que faz anos que não digo que sou publicitário, ainda que parte do trabalho da Cult exija essa verve. Sobre os contos: eu nunca tive a consciência de que escreveria para publicar, na verdade até hoje não tenho pois um livro não quer dizer muita coisa. Mas sempre gostei de escrever para expressar sentimentos, ideias, e tal. Escrevia textos diversos para sites, portais, mas tive vontade de escrever textos para irmão que perdi, pai de ex-amigo (olha, talvez por isso o espiritual, porque os primeiros contos foram "homenagens", nunca havia pensado) e eram textos curtos. Como gosto de Guimarães Rosa e Nelson Rodrigues, os contos já estavam na minha cabeça e por aí segui. Depois li contos de Clarice Lispector, Machado de Assis, entre outros, e fui tentando, tentando melhorar. Meu objetivo com o livro foi apenas o de materializar as histórias. Nada mais do que isso.  

Resenhando.com - Para você, a escrita é autobiográfica?
Leonardo Cássio - 
Sim, deve ter algum escritor ou escritora que escreva 100% dos textos sem algo autobiográfico, mas quase todos têm alguma obra, texto ou fase sobre a própria vida. Parte das personagens é parte de mim ou do que penso. 

Resenhando.com - Por que lançar um livro solo em dupla com outra pessoa?
Leonardo Cássio - Ah, eu e a Thais fazemos coisas juntos desde, pelo menos, 2006, com trabalhos da faculdade. Fizemos textos para o Jornalirismo, temos o blog da Cult, diversos projetos culturais, uma infinidade de coisas. Olhamos para o material que tínhamos e pensamos: por que não publicar? Aí analisando: fizemos tanta coisa juntos, canal, blog, projetos, o livro então seria uma boa ideia, não? Concluímos que sim e foi isso! Há uma questão comercial para facilitar, mas a questão é mais de reconhecimento pela trajetória recíproca. E é coisa de publicitário (risos).


.: George Harrison e amigos: há 50 anos, a música ajudava Bangladesh


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

O Concerto para Bangladesh foi um concerto beneficente organizado pelo ex-guitarrista dos Beatles. George Harrison, e o músico indiano Ravi Shankar em agosto de 1971, nos Estados Unidos. O evento serviu para mostrar como a música podia ajudar a aumentar a conscientização internacional e financiar a ajuda aos refugiados do Paquistão Oriental, após a Guerra de Libertação de Bangladesh.

Os shows foram realizados às 14h30 e 20h no domingo, 1º de agosto de 1971, no Madison Square Garden, na cidade de Nova York. O evento foi o primeiro de tal magnitude e contou com um supergrupo de artistas que incluía Harrison, o ex-beatle Ringo Starr, Bob Dylan, Eric Clapton, Billy Preston, Leon Russell e a banda Badfinger. Além disso, Shankar e Ali Akbar Khan - ambos com raízes ancestrais em Bangladesh – fizeram  uma apresentação de abertura de música clássica indiana.

George Harrison apresentou canções de sua autoria da época dos Beatles e outras de sua carreira solo. Ringo cantou It Don´t Come Easy, que ele compôs em parceria com Harrison. Leon Russell canta um cover excelente de Jumpin Jack Flash dos Rolling Stones. Um destaque desse concerto foi a apresentação de Bob Dylan, que interpreta clássicos como Just Like a Woman e Blowin The Wind, acompanhado de George Harrison e outros músicos conhecidos.

Um álbum triplo em vinil foi lançado na época e virou um sucesso de vendas. Atualmente pode ser encontrado em CD e DVD. Em 1985, por meio da receita arrecadada com o álbum e filme ao vivo, cerca de US $ 12 milhões foram enviados a Bangladesh, e as vendas do álbum ao vivo e do lançamento em DVD do filme continuam a beneficiar o Fundo George Harrison para a Unicef. Décadas depois, Shankar diria sobre o sucesso do evento: "Em um dia, o mundo inteiro soube o nome de Bangladesh. Foi uma ocasião fantástica".

O Concerto para Bangladesh é reconhecido como um projeto de ajuda humanitária muito bem-sucedido e influente, gerando conscientização e fundos consideráveis, além de fornecer lições valiosas e inspiração para projetos que se seguiram, como o Live Aid em 1985.


"Something" (George Harrison)


"My Sweet Lord" (George Harrison)

"Love Minus Zero/No Limit" (Bob Dylan)

.: Gal Costa faz live especial direto do Teatro Bradesco

Crédito: Carol Siqueira


A cantora Gal Costa foi a artista escolhida pelo Teatro Bradesco para protagonizar a live de maio. Celebrando 75 anos de idade em 2021, uma das maiores vozes da música brasileira se apresentará, no dia 28 de maio, às 20h, e contará com transmissão gratuita e exclusiva pelo YouTube do Teatro. No setlist, canções como "Meu Bem, Meu Mal", "Negro Amor", "Coração Vagabundo", "Só Louco" e "Baby", entre outras.

Este show é a oportunidade dos fãs e admiradores matarem a saudade da cantora, que está afastada dos palcos durante a pandemia, e de ouvirem as músicas de seu recente álbum de estúdio, lançado em fevereiro. “Nenhuma Dor” reúne os dez singles que Gal lançou com outros grandes artistas nas plataformas digitais desde novembro de 2020.

Em sua segunda live, Gal Costa faz um espetáculo estritamente musical, em que os protagonistas são sua voz e as canções. A direção geral é de Marcus Preto, o mesmo que assinou os álbuns e shows mais recentes de Gal.

“Eu estou muito feliz em retornar aos palcos em uma live. Mesmo não tendo público presente, é uma alegria muito grande poder levar música, diversão e um acalanto para as pessoas nesse momento tão difícil que todos nós estamos passando. A arte é um bálsamo e alivia a dor da gente", declara a artista.

Lives Teatro Bradesco: Ao longo do ano, o YouTube do Teatro Bradesco seguirá trazendo uma live por mês, em dois formatos: ‘Teatro Bradesco Apresenta’, com um show musical, e ‘Teatro Bradesco Bastidores’, que tem como proposta levar um ambiente mais intimista e descontraído ao público, com muita música e histórias, num bate-papo conduzido pelo músico João Marcello Bôscoli e convidados. No Instagram do teatro, haverá conteúdos complementares, como dicas de playlists e podcasts, além de vídeos específicos em datas comemorativas.

A programação cultural nas redes sociais do Teatro Bradesco teve início em agosto de 2020, após o fechamento do seu espaço físico durante a pandemia. A cada mês, artistas, músicos e palestrantes protagonizaram várias parcerias em formatos inéditos e inusitados no Instagram e no YouTube, como Seu Jorge, Daniel Jobim, Leandro Karnal, Maurício de Sousa e Turma da Mônica, Oswaldo Montenegro, Ana Carolina, Karen Hill e outros.

Acessibilidade: Todas as transmissões ao vivo no YouTube contam com recursos de acessibilidade - audiodescrição e libras - para pessoas com deficiência.

Bradesco e a cultura: Com centenas de projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. Além do Teatro Bradesco, o banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do País, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte. São eventos regionais, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros. Assim como o Teatro Bradesco, muitas instituições e espaços culturais apoiados pelo banco promoveram ações para que o público possa continuar se entretendo – ainda que virtualmente – durante a pandemia da Covid-19. Em 2020, o banco lançou o Bradesco Cultura, plataforma digital que reúne conteúdo relacionado às iniciativas culturais que contam com o patrocínio da instituição. Visite em cultura.bradesco.

Opus Entretenimento: A Opus Entretenimento acredita no poder transformador da tríade cultura, conteúdo e experiência e, desde 1976, já trouxe ao Brasil grandes nomes nacionais e internacionais. Administradora de teatros pelo Brasil nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, também faz a gestão artística de grandes nomes da música e do entretenimento brasileiro.

.: Counting Crows lança seu novo EP “Butter Miracle, Suite One”

Counting Crows está de volta com “Butter Miracle,  Suite One”, um EP composto como uma espécie de sinfonia pop de nossos tempos. Um dos destaques do pop rock alternativo dos últimos 30 anos, a banda americana se reinventa em seu primeiro trabalho de inéditas em sete anos e que está disponível em todas as plataformas de música digital via BMG.

Counting Crows tem mais de 20 milhões de álbuns vendidos no mundo todo e teve a carreira catapultada pelo seminal álbum “August and Everything After”, de 1993. Com hits globais como “Mr. Jones”, “A Long December”, “Big Yellow Taxi” e a faixa indicada ao Oscar “Accidentally in Love”, a banda californiana busca um novo caminho em seu novo EP, composto de um modo que as canções fluam de uma música para outra, sem interrupções.

Enquanto escrevia o final de ‘The Tall Grass’, fiquei tocando os dois principais acordes para frente e para trás por um tempo, apenas curtindo a maneira como a música terminava em um loop. Por capricho, mudei os acordes e me vi cantando uma melodia diferente. As palavras simplesmente vieram direto à minha cabeça e percebi imediatamente que era o começo de uma música diferente. Foi quando me ocorreu que eu poderia escrever uma série de músicas, cada uma tocando perfeitamente a anterior e fluindo juntas como uma longa música. Uma suíte. Depois que pensei nisso, era tudo o que eu queria fazer”, conta o vocalista Adam Duritz.

Com produção musical de Brian Deck (Iron & Wine, Modest Mouse, The Shins), o projeto foi completamente composto ainda no começo de 2019, antes da pandemia, em uma fazenda remota no interior do Reino Unido e traz uma banda com vigor renovado.


Eu fiquei realmente exausto com a indústria da música algumas vezes na minha carreira, e muito deprimido com o que significa estar neste meio. Eu me senti assim novamente depois de alguns anos de turnê com o nosso último disco ‘Somewhere Under Wonderland’. Nenhuma razão específica real: o negócio da música é simplesmente muito feio às vezes e eu fico desiludido. Esse é um sentimento que vem e vai. Pensei muito nisso quando comecei a escrever esta suíte porque, por mais que odeie o mundo da música, ainda amo música de verdade e queria escrever sobre isso de algumas perspectivas diferentes, especificamente em 'Elevator Boots'. A faixa conta a história de um cara em uma banda e sua vida se passa entre diferentes cidades e diferentes amantes. É sobre ele passar a vida fazendo algo que significa tudo para ele, mesmo sabendo quando partes disso não são realmente ideais. A música veio até mim muito rápido e então eu simplesmente vaguei pela fazenda cantando para mim mesmo com meu telefone para fazer anotações. Depois de ter a música, o resto demorou muito pouco tempo”, revela Duritz.

O EP contará com um curta-metragem estrelado pelo ator Clifton Collins Jr. (Westworld, Ballers, Era Uma Vez Em... Hollywood, Veronica Mars) a ser lançado em breve. “Butter Miracle,  Suite One” já pode ser ouvido em todos os serviços de música digital.

Ouça “Butter Miracle,  Suite One”: https://countingcrows.lnk.to/ButterMiracleSuiteOne

Assista ao lyric video de “Elevator Boots”


Repertório:

1. The Tall Grass

2. Elevator Boots

3. Angel of 14th Street

4. Bobby and the Rat-Kings

quinta-feira, 20 de maio de 2021

.: Cher: “Believe” é a música mais tocada no Brasil

Em homenagem aos 75 anos da artista, Ecad fez levantamento especial sobre a cantora americana


Ícone pop e uma das divas americanas, Cher completa 75 anos nesta quinta-feira, dia 20. Cantora, compositora, atriz e apresentadora, ela acumula diversos prêmios ao longo de mais de seis décadas de carreira artística, como Oscar, Grammy e Emmy. Para celebrar a data, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) fez um levantamento das músicas interpretadas por Cher e mais tocadas no Brasil nos últimos cinco anos, nos segmentos de Rádio, Sonorização Ambiental e Casas de Festas e Diversão.

Cher no videoclipe "All I Know So Far", da cantora P!nk


“Believe”, um dos importantes hits da carreira de Cher, lidera o ranking. Essa música levou a cantora ao topo da parada de sucessos dos Estados Unidos no fim dos anos 90 e foi eleita a canção de maior sucesso de 1999 pela Billboard.

Cher nasceu como Cherilyn Sarkisian, no dia 20 de maio de 1946, na Califórnia, nos Estados Unidos. A artista tem 22 obras musicais e 567 gravações cadastradas no banco de dados do Ecad. Nos últimos cinco anos, a maior parte dos seus rendimentos em direitos autorais pela execução pública de suas músicas no Brasil foi proveniente dos segmentos de Rádio, Casas de Festa e Diversão e TV, que correspondem a quase 85% do que foi destinado a ela.

Músicas interpretadas por Cher mais tocadas nos últimos cinco anos no Brasil nos segmentos de Rádio, Sonorização Ambiental e Casas de Festas e Diversão

1. Believe, Torch / Paul Michael Barry / Higgins Brian

2. Love hurts, Boudleaux Bryant

3. After all (love theme from chances are), Dean Pitchford / Snow Thomas Righter

4. I hope you find it, Jeffrey Allen Steele / Robson Steven Paul

5. Just like jesse james, Diane Warren / John Charles Barrett

6. Almighty definitive mix, Gray Matt / Torch / Maclennan Stuart Ian / Paul Michael Barry / T Powell / Higgins Brian

7. Still, Thiele (Jur) Bob / Cher / Bruce Rosen

8. Wir sind stark genug, S.M.T. / Taylor Mark / Wehle Albert / Paul Michael Barry

9. It's in his kiss, Clark Rudy

10. All or nothing, Taylor Mark / Paul Michael Barry




.: "A Mulher na Janela'': O que é Agorafobia?

Especialista PhD resume a doença da personagem de Amy Adams que lidera o Top Netflix


Não é que novos transtornos estejam surgindo, mas é a nossa condição social atual que está resultando na revelação de doenças antes não comentadas. Um exemplo, desde a última sexta-feira (14), estamos ouvindo falar muito sobre a agorafobia, doença que ganhou evidência por causa do suspense “A Mulher na Janela”, disponível na Netflix e que está fazendo sucesso.

Anna Fox, personagem principal interpretada pela atriz Amy Adams, possui agorafobia. Da janela de sua mansão, em Nova York, ela observava a vida na cidade até que acabou testemunhando um crime que agravou o seu transtorno. Com base nesse fato, a trama se desenvolve e consegue prender o telespectador do início ao fim.

Analisando o filme, o PhD e neurocientista Fabiano de Abreu Rodrigues, traça um paralelo com a vida real. Assim, ele avalia. "Agorafobia é um tipo de ansiedade comum inclusive, mas que seu facilitador está na ocorrência de alguns episódios de ataques de pânico. Um indivíduo que apresenta tal distúrbio, tende a ficar dentro de casa, pois tem medo de sair já que em sua mentalidade é perigoso, mesmo não sendo", explicou ele.

O filme, ainda segundo o PhD, apresenta de forma interessante, o medo e a reclusão resultado de um trauma relacionado à perda. A reclusão, nesse sentido, se dá ao medo de estar em lugares ou situações que possam desencadear ataques de pânico ou constrangimentos.


Entre os sintomas do agorafobia, o neurocientista pontua os medos de:

Multidão 

Enfrentar filas

Lugares fechados

Transportes públicos

Espaços abertos

Solidão 


"As situações são antecipadas no imaginário e são desencadeadas por um simples medo do que poderia acontecer ou não. A pessoa faz uma projeção de uma realidade que, na maioria das vezes, não vai acontecer", observa.

Diagnóstico e tratamento: A agorafobia é uma doença crônica que pode durar anos ou por toda a vida. De 30 a 50% das pessoas que apresentam esse tipo de transtorno, também sofrem de síndrome do pânico e a doença afeta mais mulheres que homens, sendo de 2 para 1, neste caso.

A maioria dos casos surgem antes dos 35 anos de idade e o diagnóstico é feito por um período de 6 meses ou mais. Durante esse tempo, o médico ou psicólogo acompanha o paciente, avaliando o nível do medo e da ansiedade, se não diminuir, inicia-se os tratamentos.

O processo é desafiador, pois é realizado por meio de terapia de exposição, no qual o indivíduo é auxiliado a pensar, aprender novas habilidades e se comportar de outra maneira diante de situações que originam o medo. Também faz parte a terapia cognitivo-comportamental podendo ser necessário o uso de antidepressivos inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs).

Sobre Fabiano de Abreu: Fabiano de Abreu Rodrigues é PhD, neurocientista, neuropsicólogo, mestre em psicanálise com pós graduação em antropologia, jornalista e especialização em nutrição clínica.



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